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Considerações sobre os textos de Pedro Demo

Os textos de Pedro demo levantaram para mim, uma importante questão em


relação a educação: a de que nossa categoria é extremamente conservadora.
Em geral as categorias de trabalhadores são corporativistas e conservadoras,
especialmente quando se sentem ameaçadas por um fenômeno em que
visualizam instabilidade. É importante salientar que estas ameaças possuem
lastro real, não são ilusões, frutos de meros devaneios fatalistas. De fato boa
parte dos antigos postos de trabalho à maneira como se configuravam há
alguns anos atrás tende a desaparecer devido a reorganização da economia
que vem ocorrendo a partir do mundo das TICs. Com a educação não será
diferente. Contudo, a medida que algumas funções desaparecem, outras
surgem dando lugar a uma nova demanda, ou na verdade, podemos dizer que
o antigo somente desaparece devido ao surgimento de outro
mecanismo/ferramenta que supre melhor a demanda social. Como exemplo
deste processo, temos os vários aplicativos como: Uber, Airbnb, Ifood, etc...
Todos estes aplicativos caracterizam-se por suprirem demandas e reorganizar
os setores econômicos em que se inserem.

A realidade é que a educação da maneira como se configura atualmente, está


mais próxima do arcaico do que do moderno, quem dirá do pós-moderno.
Tendemos a achar que nossos métodos, apreendidos à moda antiga é que são
os mais válidos, eficientes e corretos. O mundo virtual apresenta deste modo
um aspecto ambíguo. Por um lado demonstra ser viável e praticamente
inevitável e por outro assusta porque em ultima instância significa eliminação
de postos de trabalho e desemprego.

Entendo que a educação nos próximos anos passará por uma grande
revolução que atingirá desde os aspectos materiais (estruturas físicas, escolas,
salas de aula, etc...) e especialmente os educadores e seus métodos,
adequando-se a nova realidade econômica e consolidando deste modo novos
paradigmas.

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