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Escola SENAI “Prof. Dr.

Euryclides de Jesus Zerbini”


Campinas – S.P.

2003

Instrumentação Digital
Instrumentação Digital

 SENAI-SP, 2002

Trabalho elaborado pela


Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”

Coordenação Geral Magno Diaz Gomes

Equipe responsável

Coordenação Luíz Zambon Neto

Elaboração Edson Carretoni Júnior

Versão Preliminar

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”
Avenida da Saudade, 125, Bairro Ponte Preta
CEP 13041-670 - Campinas, SP
senaizer@sp.senai.br
Sumário

Introdução aos Microcomputadores 5

Introdução aos Microprocessadores 7

8088 e 8087 11

Diagrama de Blocos 13

Memórias 27

Características Elétricas 37

Unidade Lógica Aritmética 45

PC Industrial 57

Tipos de Controladores Digitais 61

Controlador Blocado 69

Estudo das Características Elétricas e de Operação 75

Estudo de Software 77

Redes de Computadores 89

Topologia 91

Interconexão de Redes 99
Meios de Transmissão 109

Modo de Comunicação entre computadores 123

Arquitetura de Redes entre computadores 139

Protocolos de Comunicação 149

Redes Locais 161

Redes Industriais 165

Referências Bibliográficas 181


Instrumentação Digital

Introdução aos
Microcomputadores

CPU (Central Processing Unit)

A CPU (Unidade Central de Processamento) é responsável pelo controle de todo o


sistema (exceto o processo de DMA, como veremos mais adiante). Ela acessa e
interpreta programas, contidos na memória. Essa interpretação gera os sinais
necessários ao controle do fluxo de informações do sistema, e também faz com que a
CPU execute funções lógicas e aritméticas, necessárias ao tratamento de dados.

Nos microcomputadores, a CPU é na realidade um microprocessador, que controla


todo o sistema, exceto o processo de DMA, onde ela permanece inoperante.

Mais adiante, serão vistos com maiores detalhes os principais conceitos de


microprocessadores, e mostraremos alguns dos principais mais populares no mercado.

SENAI 5
Instrumentação Digital

Introdução aos
Microprocessadores

Introdução

Os microprocessadores começaram a ser utilizados em larga escala com o surgimento do


Intel 8080 em 1973. A partir de então, o desenvolvimento das CPU’s foi muito rápido.
surgindo uma série de outros microprocessadores: 8085, 6800, Z80, 6502, 8086, 8088,
80286, 80386 e outros. Dessa série de microprocessadores, alguns se destacaram também
em função dos microcomputadores que os utilizam:

• 6502 da Mosteic, que é utilizado na linha Apple. O microprocessador 6502 foi projetado
pela mesma equipe que projetou o 6800 da Motorola. É uma versão simplificada do seu
antecessor (6800).
• Z80 da Zilog, que é utilizado na linha Sinclair, TRS 80 E CP/M. É sem dúvida o
microprocessador de 8 bits mais usado. O Z80 foi projetado por um grupo de engenheiros e
projetistas que saíram da Intel para fundar a Zilog. Ele é totalmente compatível com o 8080,
tendo o seu conjunto de instruções ampliado em relação ao 8080 (possui 158 instruções).
• 8085 da Intel. Este microprocessador é uma evolução do 8080 e, tornou-se mais
difundido por possibilitar uma simplificação de hardware em relação ao 8080. Para nós é
particularmente interessante o seu estudo, pois ele é parecido com o 8088 (embora mais
simples) e nos ajudará a entendê-lo.
• 8088 da Intel, usado nos micros IBM PC e IBM PC/XT.Voltaremos a falar dele quando
entrarmos no estudo do IBM PC/XT.
• 80286 da Intel, usado nos micros IBM PC/AT e na linha PS/2 da IBM, com exceção do
PS/2 30, que utiliza o 8086 e do PS/80 que utiliza o 80386.
• 80386 da Intel, usado no equipamento PS/2 80 da IBM e no Deskpro 386 da Compaq,
entre outros.

SENAI 7
Instrumentação Digital

Control Unit (Unidade de Controle)

É nesse subsistema que ocorre a decodificação das instruções, gerando assim as variáveis
de controle internas e externas.

As variáveis de controle internas são responsáveis pelo comando dos circuitos internos à
CPU. As variáveis de controle externas são as que vão controlar todos os subsistemas que
interagem com a CPU.

Data Bus (Barramento de Dados)

São linhas paralelas por onde transitam informações (bits). O barramento de dados faz a
comunicação entre o microprocessador e a memória, e também com os dispositivos de E/S
(I/O). Para haver essa troca de dados entre os vários subsistemas, o barramento de dados
é compartilhado por vários CI’s, sendo que em um determinado instante, apenas um chip
deve estar habilitado a fornecer dados ao barramento (saída de dados), enquanto os outros
ou estão desabilitados, (three state) ou recebem os dados (entrada de dados).

8 SENAI
Instrumentação Digital

Adress Bus (Barramento de Endereços)

São linhas paralelas que fornecem para o sistema, endereços de acesso à memória ou I/O.
Esse barramento é gerado na CPU, e é unidirecional, com suas saídas podendo ficar em
three state quando necessário.

São essas linhas de endereços que determinam a capacidade de endereçamento direto de


memória e I/O. Por exemplo: um microprocessador que possui 16 linhas de endereços pode
endereçar 65536 bytes (64 Kbytes), ou seja, 216.

Registradores de Uso Geral

São dispositivos internos à CPU que armazenam dados ou endereços para uso posterior.
Normalmente, podem permutar dados entre eles próprios ou entre cada um deles e a
memória; podem também participar das operações lógicas e aritméticas. Tem normalmente,
o tamanho da palavra usada pelo microprocessador e podem ser associados para aumentar
seu tamanho ou divididos para torná-lo menor.

Stack Pointer (SP)


O Stack Pointer (ponteiro de pilha) é um registrador de uso especial, que armazena o
endereço do topo do stack (pilha) usado pelo microprocessador.

Ele é utilizado quando existe uma chamada/retorno de sub-rotina, quando há uma


interrupção aceita pela CPU e também quando se deseja trabalhar com o stack.

Program Counter (Contador de Programa)


O Contador de Programa (PC) é um registrador especial, que armazena o conteúdo da
próxima instrução a ser executada pelo microprocessador. Quando uma nova instrução vai
ser executada, a CPU coloca no barramento de endereço, o conteúdo do PC para assim
iniciar o ciclo de busca de instrução. A cada nova instrução acessada pela CPU, o PC é
incrementado automaticamente, afim de conter o endereço da nova instrução do programa.
O PC recebe um novo endereço toda vez que uma instrução de salto ou sub-rotina e
processada, ou ainda quando uma interrupção e aceita pela CPU.

ALU (Aritmetic and Logic Unit)


A ALU ou ULA (Unidade Lógica e Aritmética) é a parte da CPU responsável pela execução
de operações lógicas e aritméticas e também pela atualização do registrador de flags.

SENAI 9
Instrumentação Digital

As principais operações que uma ULA, geralmente, executa são:


• Adição;
• Subtração;
• Multiplicação (somente em algumas CPU’s);
• Divisão (somente em algumas CPU’s);
• Setar Bit;
• Testar Bit;
• Incrementar;
• Decrementar;
• Comparação;
• Lógica E;
• Lógica OU;
• Lógica OU EXCLUSIVA;
• Deslocamento à direita ou `esquerda;
• Ressetar o Bit.

Registrador de Flags

É um registrador ligado diretamente a ULA, que indica condições especiais do resultado de


uma operação lógica ou aritmética, setando (posicionando com nível lógico 1) ou
ressetando (posicionando com nível lógico 0) flags (sinalizadores) específicos.
Normalmente, os flags são referentes a:
• Zero: O flag zero é setado (posicionado com nível lógico 1) quando o resultado de uma
operação lógica ou aritmética é zero, e ressetado (posicionado com nível lógico 0)
quando o resultado é diferente de zero.
• Sinal: O flag de sinal é setado quando o resultado da operação é negativo, e é ressetado
no caso inverso.
• Carry: Quando o resultado da operação apresentar um estouro (“vai um” ou carry) no bit
mais significativo do byte, o flag de carry será setado, em caso inverso será ressetado.
• Auxiliar Carry: Quando o resultado da operação apresenta um carry no bit mais
significativo do dígito hexadecimal menos significativo, o flag AC é setado; em caso
contrário, é ressetado.
• Paridade: Quando o resultado de uma operação tiver um número par de bits iguais a 1,
o flag de paridade será setado; em caso contrário (número ímpar de bits iguais) ele é
ressetado.

10 SENAI
Instrumentação Digital

O 8088 e o 8087

O microprocessador 8088 é uma CPU com uma arquitetura interna de 16 bits, mas
com uma interface externa para um barramento de dados de 8 bits. Ela é dividida em
duas unidades: a primeira chamada de execução, que é totalmente compatível com o
8086 é responsável por todo processamento interno de instruções. A segunda é
chamada de interface de barramento, e é quem interfaceia a unidade de execução com
o mundo externo à CPU. Esta unidade não é compatível com o 8086 por ter o
barramento de dados com apenas 8 bits, enquanto o 8086 tem uma palavra de 16 bits.

Pinagem

Na figura abaixo, apresentamos a pinagem do 8088. Ele tem 40 pinos, tendo-se a


destacar a multiplexação do barramento de dados com as 8 linhas de endereços
menos significativas (semelhante à multiplexação já mostrada do 8085) e a seleção
entre os modos mínimo e máximo (através do pino 33), que possibilita à CPU,
trabalhar com outros coprocessadores periféricos (modo máximo), ou então trabalhar
de forma mais simples e mais autônoma (modo mínimo).

Os sinais descritos a seguir são comuns aos dois modos de operação do 8088: modo
mínimo e máximo. As diferenças entre os dois modos de operação serão estudadas
mais adiante.

• Vcc: +5 VDC +/- 10%. Alimentação do microprocessador.


• GNB: Referência da tensão de +5 VDC.
• CLK: É a base de tempo da CPU. Deve ter 33% do seu período em nível alto e
pode ser de 5 MHz ou de 8 MHz. No PC, o clock utilizado é de 4,77 MHz.

SENAI 11
Instrumentação Digital

• Reset: Este sinal deve permanecer em nível alto por pelo menos 4 ciclos de clock
para ressetar a CPU. Quando há um reset, o reinício do processamento ocorre a
partir do endereço FFFF0H.
• AD0 a AD7: Estas 8 linhas formam o barramento de dados multiplexado com as 8
vias de endereços menos significativas.
• A8 a A15: São mais 8 linhas que formam o barramento de endereços.
• A16/S3, A17/S4, A18/S5 e A19/S6: São as linhas de endereços mais significativas,
multiplexadas com linhas de status. Essas linhas de endereços são usadas apenas
para endereçamento de memória (o 8088 endereça apenas 64 K de I/O). Durante o
acesso à I/O, estas linhas ficam em nível baixo (durante T1). Durante os demais
períodos de clock (T2, T3 e T4) do ciclo de bus, estas vias são linhas de status.
S6 está sempre em nível baixo, S5 indica o status do flag indicador de habilitação
de interrupção, enquanto S3 e S4 indicam qual registrador de segmentação está
sendo usado para gerar o endereçamento de paginação, segundo a tabela abaixo.

S4 S3 Status
0 0 Segmentos extras
0 1 Segmento de Stack
1 0 Segmento do código ou nenhum
1 1 Segmento de dados

• Ready: Esta entrada, quando em nível alto, indica para a CPU que a memória ou
I/O está pronta para a transferência de dados.
• INTR: Esta entrada é um pedido de interrupção,que é testado pela CPU, durante o
último ciclo de clock da instrução. Esta interrupção pode ser mascarada por
software e é ativa em nível alto.
• NMI: Este pino é uma entrada de um pedido de interrupção não mascarável,
sensível à rampa de subida do sinal. Esta interrupção não pode ser mascarável por
software. No projeto do PC, existe uma lógica auxiliar que permite o mascaramento
desta interrupção.
• IO/M : É usado para indicar quando uma operação refere-se à memória(nível baixo)
ou I/O (nível alto).

12 SENAI
Instrumentação Digital

Diagrama de Blocos
Lay Out – XT

SENAI 13
14
Instrumentação Digital

FONTE CPU 8 MHZ


C17+

P1
P2
12
12

5
5
5
6
R8 4,7K DELAY LINE
245

C12 P3
JP2
8288 U22 74 00
8087 U8
8255 U101 U85 U95
CONECTOR 322
DO
373 U53 U37

P5
TECLADO U4 74 04 10
U7 175 U52 U67 U84
8088 U27 8237

XT
244
DIPSWITCH 188 20 175 00

Z4
U6

SW1
U3 U36 U51 U66 U83 U99
C6+ 245 373 U30

Z1
+C7
C5+ 08
C4+ U2 U5 32 74 74
U82 U98

04
07
C3+ U50 U65
SLOT 8

U18
92

IN4148
C2+ 2764 138 02

U27

SENAI
8253 U81 U97

ROM7

JP7 U19
JP4

27 BIOS U49

R3
R4
R5
R6
SLOT 7 U17 138 00

JP6
R1 510 R2 510 2764 U80 U96
157
U64
8259

CRI
ROM6

C11+
244

PC
670
U16

U26
U48 08 51
SLOT 6

J6
2764 157 C15 U79 U100
373

ROM5
R7 33 +C16
U15 U47
U15
2764 B.P. B.P. B.P. B.P.
SLOT 5 245

J5
2

ROM4
U14

Y1
JP1

280
1

MANDAX TURBO 8MHZ

U25
245 2764

ROM3
SLOT 4
JP5

J2
U13

50 PF
BLOQUEADOR
JP8

02
210

U24
4

U12
2764 DO TECLADO

ROM2
SLOT 3 LEAS POWER/
JP9

8284
1

322 U30
RAM
RAM
RAM
RAM

U11
TURBO
R10 74
ÁUDIO

330
SLOT 2 U103

J2
U23 138
244 8K=8ROM
510Ω
JP4
SPK

RP U10

C
C10+

24
MHZ Y2
SLOT 1 244 2410

J1
U9 U95B 4164/41256 4164/41256 BANK2 CIA + BANK3
BLOCO PRINCIPAL (CPU)
Instrumentação Digital

R3 27
OSC (9)
R4 27
PCLK (3)
19
(8) MOTOR OFF ZG
1
40 29 IG U6
+5V LOCK 244
31 VCC 2 2 1A 18
A8 1Y A8 (2,6,9)
18 RQ/GTO 7 4 (2,6,9)
(8) INTR A9 2A 2Y 16 A9
17 INTR 6 6
(8) NMI NMI A10 3A 3Y 14 A10 (2,6,9)
5 8 4A 4Y 15 (2,6,9)
U3 A11 A11
19 CLK 4
A12 3
21 RESET A13
22 READY 2
A14 39
A15 LOCK (2,6,9)
30 RQ/GT1 8088-2 A16 38
25 QS0 A17 37 13 12
36 1A 1Y A12 (2,6,9)
24 QS1 A18 8 8
35 2A 2Y A13 (2,6,9)
A19 17 15
16 3A 3Y A14 (2,6,9)
AD0 7 6
+5V 15 17 4A U7 4Y A15 (2,6,9)
AD1 S0 26 16 (2,6,9)
14 5A 5Y A16
AD2 S1 27 4 373 5
13 6A 6Y A17 (2,6,9)
AD3 S2 28 3 2 (2,6,9)
12 7A 7Y A18
AD4 18 14
11 8A 8Y A19 (2,6,9)
AD5 MN/MX 33
10 AD6 GND 20 11
9 1 E
CR1 R6 +5V AD7 GND 1
DC
23 TEST

7 12
11
OSC 2
RES PCLK
R5 27 8 9
8 1A 1Y A0 (2,6,9)
C2 13 12
U1 CLK 10 2A 2Y A1 (2,6,9)
10µ 14 15
JP1 8284 RESET 5 3A 3Y A2 (2,6,9)
READY 7 6
10V 4A 4Y A3 (2,6,9)
4 U5 5
15 5A 5Y 16
A4 (2,6,9)

SENAI
(8) RDY/WAIT
3 AEN1 17
6A
373
4 RDY1 ASYNC 8 6Y 19
A5 (2,6,9)
(8) DMA WAIT 18 (2,6,9)
GND 6 7A 7Y 14
A6
RDY2 3
1 8A 8Y A7 (2,6,9)
CSYNC +5V
11
13 1 E
(8) F/C F/E
14 Z2 DC
EP1 U18
X2 X1 47 13 12
16 17 3 04 RESET (2,729)
F/C
CHAVE 14318
50P RESET (6,7)
TURBO +5V
8 1A 11 (2,3)
1B D0
R1 R2 13 2A 12 (2,3)
16 2B D1
510 510 AD0 BUSY 14 3A 13
15 3B D2 (2,3)
AD1 7 14 (2,3)
14 2 4A U2 4B D3
Z1 AD2 A8 4 15
2 13 7 5A 373 5B D4 (2,3)
AD3 A9 17 16 (2,3)
12 6 6A 6B D5
AD4 U4 A10 18 17
11 5 7A 7B D6 (2,3)
AD5 A11 3 18 (2,3)
10 4 8A 8B D7
8 AD6 A12
9 AD7 3
A13 11
2 DIR
A14 19
24 MHZ 8087 39 G
A15
31 RQ GT0 A16 38
25 QS0 A17 37
OSC 24 QS1 36
A18
35
A19
NP MP1 (8)
19 (8)
S0 S0
21 CLK
RESET (8)
S1 S1
22 S2
READY (9)
ALE
+5V 33
+5V INT 32 +5V
34 RQ/GT1 1 20 5 +5V
BHE/S7 GND 20 VCC ALE
40 VCC GND VCC 4
19
S0 DT/R
3 U18
S1 U8
Z2 8 DEN
16 9
04 8 6 Z2
S2 8288
5
17 NC
11 NC

7
2 8
MEMR (2,9)
14 CLK 13
MEMW (2,9)
(3) INTA INTA IOR (2,9)
6 12
(8) AEN BRO AEN IOW (2,9)
15 2
(8) AEN
1 CEN
IOB
200PX4

FOLHA 1 DE 9 CLK88 (2,8)

15
16
Instrumentação Digital

BLOCO DE CONTROLE DE BIOS (ROM´S)


3 3 XA0 (3,4,6,7)
(1) A0 A Y
5 5 XA1 (3,4,6,7)
(1) A1 A Y
7 7 (4,6)
(1) A2 A U10 Y XA2
9 9 XA3 (4,6)
(1) A3 A Y
18 18
(1) A4 A 244 Y XA4 (4,6)
12 12
(1) A5 A Y XA5 (4,6)
14 14 (4,6)
(1) A6 A Y XA6
Y Y (4,6)
(1) A7 A Y XA7
XA8 (4,6)
16 XA9 (4,6)
26 XA10 (4,6)
XA11 (4,6)
XA12 (4,6)
XA13 (4,6)
XA14 (4,6)
17 9
(1) 47 A Y XA15 (4,6)
8 12
(1) 49 A U16 Y
4 13
(1) 3145 A Y
13 1
(1) 0117 A 244 Y
12 8 A0
(1) A13 A Y A0
5 5 A1
(1) A13 A Y A1
3 18 A2

SENAI
(1) A14 A Y A2 U35
4 16 A3
(1) A15 A Y A3
A4
16 A4 2764
A5
26 A5
A6
A6
A7
A7 +5V
1 A8
A8
(8)DMAAEN DIR A9
A9
A10 1
2 A10
(1) MERW A1 U22 B1 A11
U34

A11 26
3 A12 27
A12
(1) MERR A2 245 B2
U33

28
7 22
U30

4 CE +5V
(1) ICR A3 B3 6
U32

+5V G1
9 22
5 U23 CE 11
(1) ICW A4 B4 1 D0
U31

2 A 12 3 2 4 5
LS138 10 22 D1
3 B CE 13
U17 C
D2
5 15
11 22 D3
4 6 CE 16 2A
27 D4
3 17
12 22 D5
5 CE 18
D6
G2A 19
13 22 D7
4 CE
G2B CS
20
XMEMW (4,5,6)
XMEMR (3,6,7,8)
XIOR (3,6,7,8)
XIOW (3,6,7,8)

A
9 11 XD0 (3,6,7)
(1) D0 A B
8 12
(1) D1 A U14 B XD1 (3,6,7)
7 13 XD2 (3,6,7)
(1) D2 A B
6 14
(1) D3 A 245 B XD3 (3,6,7)
5 15
(1) D4 A B XD4 (3,6,7)
4 16 XD5 (3,6,7)
(1) D5 A B
3 17 XD6 (3,6,7)
(1) D6 A B
2 18 XD7
(1) D7 B (3,6,7)

19 1
E
+5v
1 U12 U17
9
2 U24
6 11
4
(9)RESE RVED 20 10 27
8 9 U12
(3)INTA 6
10 4
8 5
12 20 02
13
8 12
(1) A19 A Y 14 XA19 (5)
6 XA18 (5)
(1) A18 A U11
2
Y 16
(1) A16 A Y XA16 (5)
4 18 XA17 (5)
(1) A18 A 244 Y
11 9 RES ET KEY(7)
(1) RES ET A
13 Y 7
CLK (9)
(1) CLK88 A Y 5
15 XX XX (9)
(6) D6 A
17 Y 3
AEN (9)
(8) AENBR0 A Y

19
FOLHA 2 DE 9
BLOCO CONTROLADOR DO TECLADO
ACIONADOR FR SINAIS - 1
Instrumentação Digital

DACK0 8R0

KEYCLK (7)

(2) XA1 20
AI +5V
16 2 U65 5
(7) T/M2 GATE SPC GATE2 D Q DR00 (6)
(2) T/C CSXD7 21 11 4 +5V
CS GATE 0 +5V LS74 1
9 14 PR
CLK0 GATE 1
+5V 15 1 2
CLK1 CLR 8
18 3
CLK2 SPK
22 U78
RD 4
23 13 3 6
WR OUT1 CLK Q NC 9
14 A 8 19
(1) PCLK QD A0 JP4
1 17
U102 9 D7 OUT2 T/C2OUT (7)
NC 2 Q1
QB D6 12 9 PC4 (7)
6 R0(1) 11 3 11
(9) RESET D NC
D5 13 00 10 00 3904
7 QC 13 4 U49
R0(2) NC D4
12 5
QA D3
1 LS92 6
D2
8253
B 7 10
D1 OUT
GND 8 D0 10
10
2
1 12 9
3 02 D Q PCK (7)

(2) SPK DATA


U52
(2) EN RAM PCK
LS74

SENAI
11 8
(2) XMEMR CLK Q PCK (8)

18
IR0 12 13
XD7 4 D7 CAS0 NC U67
(2)
5 13
(2) XD6 D6 11 10
6 CAS1 NC 04
(2) XD5 D5
7 15
(2) XD4 D4 CAS2 NC
8
(2) XD3 D3
9 16
(2) XD2 D2 SP/EN +5V
(2) XD1 10 D1
11 17
(2) XD0 D0 INT INTR (1)
(2) XA0 27 A0 26
(6) INTRO 1 INTA INTA (1,2)
CS
(2) 2
XIOW WR
(2) 3
XIOR RD
(7) 19 IR1
IR01
(9) IR02 20 IR2
21
U48
(9) IR03 IR3 9
(9) IR04 22 IR4 8259 ODD
IR05 23 IR5
U25
(9)
(9) IR06 24 IR6 5280
(9) IR27 25 IR7
EVEN 5 MDP (4,5)

2 1 13 12 11 10 9 8

19
EN
1 DIR
(2)XMEMR
2 18
(1) D7 A B MD7 (4,5)
3 17
(1) D6 A B MD6 (4,5)
4 16
(1) D5 A B MD5 (4,5)
5 15
(1) D4 A U13 B MD4 (4,5)
6 14
(1) D3 A B MD3 (4,5)
7 245 13
(1) D2 A B MD2 (4,5)
8 12
(1) D1 A B MD1 (4,5)
9 11
(1) D0 A B MD0 (4,5)

FOLHA 3 DE 9

17
18
Instrumentação Digital

BLOCO DE CONTROLE DE MALHAS 2 14


(3) MDP I 0
2,14
(3) MD0 DA TAI/O
2,14
(3) MD1 DA TAI/O
2,14
(3) MD2 DA TAI/O
2,14
(3) MD3 DA TAI/O
2,14
(3) MD4 DA TAI/O
2,14
(3) MD5 DA TAI/O
2,14
(3) MD6 DA TAI/O A8
2, 14
(3) MD7 DA TAI/O A8 1
RA S
CA S A8 1
5
(5) RS0 M0 A8 1
7
(5) CS0 A1 RAM
6 A8 1
A2
12 BANK1
A3
11 A8 1
A4
10
A5 A8 1
13
A6
U78 9 A8 1
1 U56 A7
(2) XMEMW 3 15 2 3
2 32 WE A8 1

SENAI
1

WE (5)
2 4 14 3 (5)
(2) XA0 1A 1Y MA0
3 7 12 5 (5)
(2) XA14 1B 2Y MA1
5 9 13 4 (5)
(2) XA2 2A 3Y MA2
6 12 16 1
(2) XA9 2B 4Y MA3 (5)
11
(2) XA4 3A
10 MA4 (5)
(2) XA11 3B U47
14 15 MA5 (5)
(2) XA6 4A G
13 MA6 (5)
(2) XA13 4B S157
1 MA8 (5)
(5) ADDR SEL S
U63 2 14
I 0 MP OUT (8)
2, 14
DA TAI/O
2 2,14
(2) XA1 1A 4 10 7 DA TAI/O
1Y
3 7 15 2 2,14
(2) XA8 1B 2Y DA TAI/O
5 8 11 6 2,14
(2) XA3 2A 3Y DA TAI/O
6
(2) XA10 2B 4Y 12 9 8 2,14
11 DA TAI/O
(2) XA5 3A 2,14
10 DA TAI/O
(2) XA12 3B U64
14 15 2,14
(2) XA7 4A G DA TAI/O A8
13 2,14
(2) XA15 4B DA TAI/O 1
1 S157 5 A8
S M0
7 A8 1
A1
6
A2 A8 1
12
A3 RAM
11 A8 1
A4
10 BANK1
A5 A8 1
13
A6
9
A7 A8 1
3
WE
4 A8 1
(5) RSI RA S
15
(5) CSI CA S A8 1
1
(5) MA8

FOLHA 4 DE 9
BLOCO DE CONTROLE DE MEMÓRIAS (RAM)
(3) MDP
2,14 14
DATAI/O 0
(3) MD0
(3) MD1 2,14
(3) MD2 DATAI/O
Instrumentação Digital

(3) MD3 2,14


(3) MD4 DATAI/O
(3) MD5 2,14
(3) MD6 DATAI/O
(3) MD7
2, 14
DATAI/O
2,14
DATAI/O
2, 14
DATAI/O
12 2, 14
11 11 DATAI/O
1 U96 A8
12 02 13 00 2, 14
00 DATAI/O A8 1
2 5
(6) DACK08RD A0
7 A8 1
A1
4 1 15 13 6
(6) XA19 A Y0 3 A2 A8 1
U96 11 14 12
5 5 2 B U90 12 00 11 A3 RAM
(6) XA16 A4 A8 1
6 U95B 12 4 00 3 14 2 10 BANK2
(6) XA17 C S139 Y1 4 A5 A8 1
U96 3 13 13
7 1 00 A6
(6) XA18 24S10 9 A8 1
A7
1 11 4 3
5 G2B Y2 13 6 WE A8 1
U96 6 11 4
2 4 RAS
G2A 5 00 5 1
CAS A8
3 10 6 12 9
G1 Y3 7 1
U96 8 10
JP3 10 00 MA8 (4)
RS0 (4)
13 14 15 RS1 (4)
1 (4)
A Y0 CS0
2 B Y1 CS1 (4)
3 U81

SENAI
U67 C Y2
LS138 Y3
04 5 G2B
1 2 4
G2A
6 G1
+5V

ADOR SEL (4)


U95 4
DELAY 5
LINE
1 U96
(2) MEMW U100
3 1 4 RAM SEL (3)
2 00 IN 551
(2) MEMR 5
R7
6 2 14
9 U97 I 0 MP OUT RS1 (2)
3 33 Ω 2, 14
8 02 DATAI/O
2 2, 14
DATAI/O
2, 14
DATAI/O
2, 14
DATAI/O
2,14
DATAI/O
2, 14
DATAI/O
2,14
DATAI/O A8
2, 14
DATAI/O A8 1
5
A0
7 A8 1
(4) MA0 A1
6
(4) MA1 A2 A8 1
(4) 12
MA2 A3 RAM
(4) MA3 11 A8 1
A4
(4) MA4 10 BANK3
(4) MA5 A5 A8 1
13
(4) MA6 A6
(4) MA7 9 A8 1
A7
(4) MA8 3
WE A8 1
4
RAS
15 A8 1
CAS
1
FOLHA 5 DE 9

19
20
Instrumentação Digital

ACIONADOR DE SINAIS - 2 3 18
(9) XA0 4 1A 1Y 16
(9) XA1 2A 2Y
(9) XA2 4 3A 3Y 14
(9) XA3 3 4A U9 4Y 12
(9) XA4 4 5A 5Y 8
(9) XA5 4 6A 6Y 7
(9) XA6 4 7A
244 7Y 5
(9) XA7 4 8A 8Y 3
(9) DMA AEM 1
19 G
G
32 A0 A4 37
A1 A1 A5 38
A2 A2 A6 39
A3 A3 U36 A7 40
1 5
2 IOR
(2) IOR
3 IOW 8237
(2) IOW 4 MEMR VCC 31
6 MEMW
RDY AEN 9 NC U18
(8) HOLDA 7 HOLDA
(8) DCLK 12 1 04 2
13 CLK T/C 36 T/C (9)
(1) RESET RESET
14 CS
(3) DRE0 19 DRE0 DACK0 25 DACK0 BR0 (2,3,5,8)
(1) DRE0 18 DRE1 DACK1 24 DACK1 (9)
(1) DRE0 17 DRE2 DACK2 15 DACK2 (9)
(1) DRE0 16 DRE3 DACK3 14 DACK3 (9)
30 EOP 10 NRE DMA (9)

SENAI
(3) XD0 DB0
(3) XD1 29 DB1 4 RB
(3) XD2 25 DB2
(3) XD3 24 DB3 AOSTB 8 5 RA
(3) XD4 26 DB4 14 U26
(3) XD5 23 DB5 13 WA
22 WB LS670
(3) XD6 DB6 GND 20
(3) XD7 21 DB7 15 D1 Q1 10
14 D2 Q2 9
2 D3 Q3 7
3 D4 Q4 6
(2) XA5 1 A Y0 15
(2) XA6 2 B Y4 11 5 11 READ
32 6 12 WRITE
3 4
(2) XA7 C
4 U50
(2) XA8 G2A Y1 14 INTR CS (3)
(2) XA9 5 Y2 13 T/C CS (3)
G2B
6 Y3 12 PPI CS (7)
(2) AEN G1 U51 10
32 8 WAIT NMI NEW (8)
LS138Y5 10 9
U50 11 G
1 OE
13 1A 1Y 12
8 2A 2Y 9
14 3A U15 3Y 15
7 4A 6
17 5A 373 4Y 16
5Y 5
4 6A 6Y
18 7A 7Y 19
3 8A 8Y 2

(1) A0
(1) A1
(1) A2
(1) A3
(1) A4
(1) A5
(1) A6
(1) A7
(1) A8
(1) A9
(1) A10
(1) A11
(1) A12
(1) A13
(1) A14
(1) A15
(1) A16
(1) A17
(1) A18
(1) A19

Folha 6 de 9
Instrumentação Digital

BLOCO CONTROLADOR DO TECLADO


+5V
3 4 6 7

14 13 11 10

NP INSTL SW (8)
+5V 26 VCC PB0 18 T/M2 GATE SPC (8)
PB1 19 SPK DATA (3)
5 RD 20
(2) XIOR 36 PB2 21 TUSW (8)
(2) XIOW 6 WR PB3 22 MOTOR OFF (1)
(6) PPI CS CS PB4 23 EN RAN/CK (3)
9 PB5 24 ENABLE LOCK (8)
(2) XA0 A0 PB6 PC4 (3)
(2) XA1 8 A1
(1) RESET 35 RESET
(2) XD0 34 D0
33 D1 +5V
(2) XD1 32 U37
(2) XD2 D2 10 2G 1Y 1
31 1A 2Y 2
(2) XD3 30 D3 8255 U6 2Y 3
(2) XD4 D4 Z3 3 1Y 3Y 3
(2) XD5 29 D5 5 3Y 4Y 4 U18
28 8 5 7 9 2Y U6 4Y
(2) XD6 27 D6 7 04 4
(2) XD7 D7 3Y
8 4Y
10 14 5 8 9
(3) PCK PC7 PC0 15 6 10 11
PC1 +5V
11 16 7 12 13
(8) I/O CH CK PC6 PC2 17 8 6 9
12 PC3

SENAI
(3) T/C OUT PC5 4 DIP SW1 13 3
PA0 QH D0
PA0 3 7 QG
7 GND PA1 2 14 QF S/P 2
1 6 QE
PA2 43 15 18
PA3 QD SE
PA4 39 5 QC U53
38 16 QB DS 19
PA6 37 4 332
PA7 QA
PA6 25 8 OE
24
PA7
JP8 17 D1 G 1
9 CLR
11 CLK GH 12
1 U19 13
07 U67
2 12
2 D Q 2 IRQ1 (3)
1 CLR
U52
4 LS74
ID 3
U27 CLK
9
(3) KEY CLK CLK 4 PR Q 6
1 LS175
(3) RESET CLR 3
5 U19
2D 6 +5V
2Q 07 4
2 Z1
1Q
3 4
1 CLOCK
2 DATA
3 SAÍDA
(3) RESET KEY RESET
4
GND
PARA
C7 C9 C8
5 TECLADO
47P 47P +5V VCC

47P
FOLHA 7 DE 9

21
22
Instrumentação Digital

ACIONADOR DE SINAIS
12 D PR
Q 9 RDY WAIT (1)
13 U101
(2) XIOR 1 U84 12 11
(2) XIOW 2 10 LS74
10
(2)IO CHRAY
U84 13 CLK Q8
3 4 CLR U85
(7) XMER 04 4
U84 5
6 4 8 (6)
(6) DACK 0BRA +5V PR 4 00 RDY TO DMA
5 10 2 Q 5
D
U101
1
U98 LS74
3 3
08 CLK
(4,5) MP OUT 2
1 Q 6
CLR NC
1 U66 U67
(1) LOCK 2
(1) S1 6 5 6
(1) S0 4 20 04 MP IN (3)
(1) HRQ DMA 5 2
4 D1 Q1 AEN BR0 (1,2)
3

SENAI
5 D2 Q1 6 AEN (1,6)
1 CLR Q2 DMA WAIT (1)
(1) RESET
9 CLK 4
U90
(1) CLK 8
00 DMA AEN (2,6)
12 D3 7 5
Q2
Q3
13 D4 10 NC
+5V U101
Q3 11
10 S175 Q4 15
12 D PR 2
(3) MD7 Q 9 04 D Q5 HOLDA (6)
U101 1 2 U101 U85
3 CLK 5
LS74 LS74 8
4
00
1
CLR
11 CLK 8
(6) WAIT NMI NEG Q 4700p 4 Q6
NC PR NC
CLR U85
13 U67 2
U99 8
5 9 8 1 00
(1) NP MPI 8 04
4 00
MP INSTL SW
11 U98
10 8 10 U98
(3) 08 8
(7) PCK 9 NMI (1)
9 08
(7) ENABLE LOCK
IO CHCK LED TURBO LED
(7) TUSW POWER
2
4
3 02 JP9
+5V
10 4 4.7k 10 1 5/0 2 3 4
JP6 JP7
12 D PR 2 D PR 5 12 PR 9 +5V
Q 9 NC Q D Q
510
U101 U103 U103 F/C (1)
JP5 LS74 LS74 JP2 LS74 5
8 10 U100
6 02
11 CLK Q8 3 CLK Q0 11 CLK Q 8 NC 9 S51
CLR CLR CLR 8
13 1 DCLK (6)
13 13
1

FOLHA 8 DE 9
SLOTS
IO CONNECTOR
FROM BOARD
(1) D0 A09 TOP SIDE
A08
Instrumentação Digital

(1) D1 A07
(1) D2 A06
(1) D3 A05 B01 A01
(1) D4 A04
(1) D5 A03
(1) D6 A02 +5V
(1) D7 A31
(1) A0
(1) A1 A30 Z1
A29 A01 IO CH CR
(1) A2 8
A28 A10
(1) A3 A27 IO CH RDY
(1) A4 A26 B08
(1) A5 I/O RESERVED
(1) A6 A25 B04 IRQ2 B31 A31
A7 A24 B25
(1) A23 CONNECTOR IRQ3
(1) A8 A22 (62 PIN) B24
(1) A9 IRQ4
(1) A10 A21 B23 IRQ5
(1) A11 A20 B22
A19 IRQ6
(1) A12 A18 B21
(1) A13 J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 J8 IRQ7 POWER
A17
(1) A14 A16 CONNECTOR
(1) A15 B18 DRQ1
A15
(1) A16 A14 B26 DRQ2

SENAI
(1) A17 A13 B16
(1) A18 DRQ3 1 power good
(1) A19 A12 2 key
B14 B09 3 +12V
(1) IOR B13 B07
(1) IOW 4 -12V
B12
(1) MEMR B11 5 GND
(1) MEMW B01 6 GND
(2) CLK B20 B10
B30 B31 7 GND
(1) OSC B27
(6) T/C A11 8
(2) AEN GND
11 U18 10 B02 B05 9 -5V
(1) RESET 04 B03 10 +5V
B19
(2) DACK0 B17 11
(6) DACK1 +5V
B26 B29 12 +5V
(6) DACK2 B15
(6) DACK3 B29
(1) ALE

RESET D

FOLHA 9 DE 9

23
Instrumentação Digital

QUESTIONÁRIO

Assunto: Componentes de um Microcomputador


1) Faça o diagrama de blocos básico de um computador.
2) Explique a função de cada elemento básico de um computador.
3) Cite a função de cada barramento de um computador.
4) Explique o que é um multiplexador.
5) Por que no barramento de endereço tem memórias nas linhas?
6) O que significa a sigla DMA?
7) Qual a função do circuito DMA?
8) Quais os tipos de interrupção de um computador ?
9) O que é interrupção de um computador?
10) Qual a função do CI controlador de interrupções?
11) Qual o nível de interrupção do relógio e do teclado?
12) Quantas interrupções tem o CI 8259?
13) Como pode ser ampliado o número de interrupções utilizando o CI 8259?
14) Qual a interrupção no 8259 que é usada para ampliar o número de
interrupções?
15) Qual a interrupção que tem o maior nível de prioridade?
16) Qual o número máximo de interrupções que pode atingir dois CI 8259?
17) Quais os sentidos que podem assumir cada barramento de um computador?
18) O que é um componente TRISTATE?
19) Porque os barramentos utilizam componentes TRISTATE?
20) O quê faz o controlador de barramento (BUS CONTROL)?
21) O que representa a POST na BIOS ?
22) O que significa a sigla BIOS?
23) Que tipo de memória a BIOS utiliza?
24) Qual a seqüência de passos de uma BIOS?
25) O que é software de um computador?
26) O que é hardware de um computador
27) O que é firmware de um computador ?
28) Qual o único firmware existente no computador?
29) Qual a função da memória CACHE?
30) Que tipo de memória se utiliza na CACHE?
31) O que é memória virtual?
32) Quais são as memórias de massa utilizadas em um computador?
33) Como um disquete é organizado?
34) O quê é realizado na formatação de um disquete ou “winchester”?

24 SENAI
Instrumentação Digital

35) Quantos bytes têm normalmente em cada trilha de disquete?


36) Como é calculado a capacidade de armazenamento de um disquete?
37) O conteúdo do SETUP fica armazenado em que tipo de memória?
38) Qual os dois tipos de bateria utilizados para armazenar o SETUP do
computador?
39) Classifique as baterias utilizadas em recarregável e não recarregável.
40) Qual a função dos SLOT’s de expansão?
41) Explique o que é uma porta de comunicação Paralela e Serial.
42) Qual a função do driver de linha nas postas de comunicação serial?
43) Dê exemplos de elementos que são conectados nas portas Seriais e
Paralelas.
44) Que tipo de porta de comunicação demora mais tempo para transmitir a
informação? Por quê?
45) O que é um coprocessador e qual a sua função?

Questionário

Assunto: Memória de Sistemas Digitais


1) Explique o que representa cada memória abaixo:
RAM ( SRAM E DRAM);
NVRAM (com bateria de segurança);
NOVRAM (sem bateria de segurança);
ROM;
PROM;
EPROM;
EEPROM;
Flash EPROM.

2) Defina o que é memória volátil e não volátil.

3) Classifique as memórias acima representadas em volátil e não volátil.

4) Apresente as principais características das memórias?


a) Defina tempo de acesso
b) Como é organizada uma memória ? De exemplos
c) Como é definido o tamanho de uma memória ? De exemplos

5) O que são dispositivos magnéticos de armazenamento de massa?

SENAI 25
Instrumentação Digital

6) O que são memórias de acesso aleatório?

7) O que são memórias de acesso serializado?


8) Compare as características das memórias SRAM com a DRAM

9) Apresente o diagrama de blocos de uma memória comercial 2114.

10) Utilizando a pinagem da memória 2114 faça uma RAM de 1K x 8.

11) Apresente códigos de fabricantes das memórias:


EEPROM, SRAM, DRAM

12) O que representa o processo de Leitura/Escrita (“Read/Write”) de uma


memória?

13) Porque um PROM não pode ser reprogramada?

14) Qual a capacidade de uma memória organizada de 32 x 8?

15) Quais as diferenças entre uma memória EEPROM e uma Flash EPROM?

16) Qual a capacidade em bit's de uma memória de 1K x 4 ?

17) Quantas linhas de endereço têm uma memória de 1K x 4 ?

18) Quantas palavras e de que tamanho podem ser armazenadas em uma


memória de 4K x 8 ?

19) Quantas palavras podem ser armazenadas em uma memória que tem 10
linhas de endereço e 4 linhas de dados ?

20) Memórias de 2K x 8 devem ser ligadas para se obter uma capacidade de


4K x 8.
Apresente a ligação elétrica.

21) Memórias de 64K x 1 podem ser utilizadas para se obter 65536 palavras de
4 bit's ? Sendo a resposta afirmativa apresentar a ligação elétrica.

26 SENAI
Instrumentação Digital

Memórias

As memórias são dispositivos onde estão armazenadas informações (dados) que


serão tratadas pela CPU. As memórias também guardam os programas a serem
executados pelo microprocessador, bem como as rotinas necessárias a sua execução.

Para entendermos melhor o funcionamento das memórias, vamos analisar o diagrama


cartesiano apresentado na figura abaixo.

Ele é composto pelos eixos linha e coluna. Podemos observar, que existem 16
intersecções. Supondo que cada intersecção é um bit, teríamos aí, uma estrutura de
memória de 16 endereços por 1 bit de dados, sendo cada bit endereçado (acessado)
através da seleção de uma linha e uma coluna.

Se essas linhas e colunas fossem saídas de um decodificador, teríamos então 4 vias


de endereços necessárias para gerar as 16 posições de memória, conforme demonstra
a figura e tabela abaixo.

SENAI 27
Instrumentação Digital

A1 A0 Linha A3 A2 Coluna
0 0 0 0 0 0
0 1 1 0 1 1
1 0 2 1 0 2
1 1 3 1 1 3

Vamos supor que queiramos acessar ao invés de 1 bit por vez, acessaremos 1 byte (ou
seja, 8 bits simultâneos). Para isso basta colocarmos 8 estruturas iguais à da figura
abaixo em paralelo, isto é, ligam-se todas as vias de endereços com índices entre si,
para que ao acessarmos uma posição do primeiro também acessemos a mesma
posição dos outros sete planos.

28 SENAI
Instrumentação Digital

RAM

Endereçamento e controle dos Bancos de RAM

Estudaremos a seguir os bancos de RAM do PC. No total temos 256 Kb de RAM,


distribuídos em 4 bancos de 64 Kb cada um. Devemos observar que cada byte do
banco de RAM possui mais um bit que é usado para checar a paridade.

Circuitos de Refresh

No PC, a questão do Refresh das RAM’s dinâmicas teve uma solução engenhosa,
através da geração periódica de um falso DMA.

Este processo se inicia no timer número 1 do chip 8253, que está programado para
solicitar a cada 15 microssegundos, um falso DMA ao controlador 8237 A (DMA 0). A
cada nova solicitação desse falso DMA (a cada 15 microssegundos), o 8237 A lê um
novo endereço em uma nova linha. Como foi dito anteriormente, as RAM’s dinâmicas

SENAI 29
Instrumentação Digital

usadas no PC têm seu endereço dividido em linhas e colunas, e para fazer o refresh
de todas as células de uma linha basta apenas ler uma célula desta linha.

Quando a saída OUT1 do 8253 vai a nível alto (pedindo o falso DMA de refresh), é
gerado o clock para o flip flop 74LS74, que coloca a sua saída em nível 1, ativando
assim, o sinal DRQ0 (DMA Request 0), conforme pode ser visto na figura abaixo. O
sinal DRQ 0 ativado irá solicitar ao 8237A o falso DMA. Por sua vez, o 8237A pede à
CPU permissão para executar o DMA 0. Quando o 8088 informa ao 8237A o
reconhecimento do pedido de DMA, o controlador de DMA ativa o sinal DACK 0
(8237A) no pino 25, ativando assim o sinal DACK 0 BRD (em nível 0), e também o
sinal DACK 0 (em nível 1) que foi gerado através de um inversor, como pode ser visto
na figura abaixo. Estes sinais além de irem para a lógica de DMA vão também para a
lógica de refresh. O sinal XMEMR (ativo por se tratar de uma operação de leitura),
ativa o sinal RAS em nível alto. RAS e DACK 0 estão em nível 1 e entram em uma
porta NE, que colocará em sua saída o nível 0. Este sinal o chamado
REFRESH GATE, que é ligado às 4 portas E, que gerarão simultaneamente ativos os
sinais RAS 0, RAS 1, RAS 2 e RAS 3. Estes sinais ativos mais o endereçamento irão
realizar o refresh das RAM’s.

30 SENAI
Instrumentação Digital

Checagem da Paridade

Como já foi dito em outras oportunidades, os bancos de RAM do PC possuem um


nono bit, que e usado para aumentar a confiabilidade dos dados armazenados nas
memórias RAM. Este processo de checagem das memórias é chamado paridade, e
consiste em se gerar (e gravar) um nono bit que é o resultado da combinação do
número de bits em nível 1 do byte em analise, da seguinte forma:
• Se o número de bits em nível 1 é par (0,2,4,6 ou 8), é gerado um sinal em nível 1;
• Em caso contrário, ou seja, um número ímpar de bits em nível 1, é gerado um sinal
em nível 0.

Esta checagem é baseada no CI 74S280, tendo em suas entradas A, B, C, D, E, F, G e


H, o barramento de dados (MD 0 a MD 7).

Memórias RAM

As memórias RAM (Random Acess Memory) são memórias a semicondutor, com


acesso direto e do tipo volátil, isto é, quando a alimentação é cortada, o conteúdo de
todas as células é perdido.

As memórias RAM dividem-se em estáticas e dinâmicas. As memórias do tipo


estáticas conservam as informações escritas nelas enquanto houver alimentação, pois
suas células são formadas por circuitos biestáveis.

Já, as memórias dinâmicas, também chamadas de DRAM, têm suas informações


armazenadas em capacitores parasitas, que vão se descarregando com o tempo, daí
ser necessário fazer um refrescamento (refresh) ciclicamente.

Como se pode ver, as memórias estáticas parecem ser mais simples em seu uso e
são, mas as memórias dinâmicas tornaram-se mais comuns, em sistemas que
necessitam grande quantidade de memória RAM, pois elas tem uma maior densidade
de células de memória por chip.

Agora como exemplo, mostraremos a seguir a memória RAM dinâmica 4164 (64K x 1)
e descreveremos seu funcionamento e sua pinagem. Este chip é usado no IBM PC/XT
para formar os seus bancos de memória RAM (256K x 9).

SENAI 31
Instrumentação Digital

Como podemos ver na figura anterior, o chip tem apenas 8 vias de endereços (A0 a
A7), mas para acessarmos os 64 Kbits que ela pode armazenar temos que trabalhar
com 16 vias de endereços. Como se faz para se acessar 64 Kbits com apenas 8 vias
de endereços?
A resposta é simples: multiplexação das vias de endereços. Portanto, essas 8 vias têm
informações de linhas (row em inglês) e colunas (column em inglês) multiplexadas,
isto é, um momento as informações que entram pelas vias são linhas (o sinal RAS
ativo), e no momento seguinte são colunas (com o sinal CAS ativo), e como vimos
anteriormente, tendo as informações de linha e coluna, fica possível acessar qualquer
célula de dados da memória.

Vamos agora descrever a sua pinagem:


• D IN: entrada do bit a ser escrito em um endereço da memória;
• D OUT: saída do bit a ser lido de algum endereço da memória;
• A0 a A7: são as 8 vias de endereços multiplexadas entre linhas e colunas. São
usadas 8 linhas e 8 colunas para completar as vias de endereços necessárias;
• RAS: Este sinal (Row Adress Strobe), ativo em nível baixo, controla a
demultiplexação entre linha e coluna. Ele está ativo quando as vias de endereço têm
informações de linha, coluna ou quando se faz a operação de refresh.
O refresh é realizado automaticamente, toda vez que operação de leitura ou escrita é
feita, sendo que, são “refrescadas” todas as células da linha selecionada. Como é
necessário que cada célula das DRAM’s seja “refrescada” no máximo a cada 2
milissegundos, deve haver uma rotina própria para esse fim.
• CAS: este sinal (Column Adress Strobe), ativo em nível baixo, indica para o chip
que as informações nas vias de endereços são referentes à coluna.
• WE: Esta entrada indica quando uma operação e de leitura refresh (nível alto), ou
escrita (nível baixo).
• VCC: +5 VDC.
• GND: Referência da fonte de +5 VDC.
• NC: Indica que não há conexão interna.
32 SENAI
Instrumentação Digital

Na figura abaixo, é mostrada uma associação de 8 DRAM, formando um banco de


64 Kbytes.

ROM (Read Only Memory)

São memórias do tipo não volátil, isto é, as informações contidas nelas não se perdem
nem com o tempo, nem com a ausência de alimentação. Elas são usadas para
armazenar dados ou programas que não necessitam ser alterados. Elas têm suas
informações gravadas durante a fabricação, não podendo mais serem modificadas.

PROM (Programmable Read Only Memory)

São dispositivos da mesma família das ROM’s, só que mais versáteis, pois possibilitam
a programação pelo usuário. Esta programação é feita por equipamentos dedicados a
esse fim e uma vez programado, o conteúdo da memória não mais pode ser alterado.

EPROM (Erasable Programmable Read Only Memory)

Este tipo de memória foi mais um passo na evolução família das ROM’s. São
memórias programáveis (assim como as PROM’s), que podem ser desprogramadas,
ficando assim, aptas para uma nova programação.

SENAI 33
Instrumentação Digital

Assim como as PROM’s, as memórias EPROM’s são programadas por equipamentos


projetados para esse fim.

A programação deste tipo de memória consiste em transformar os bits de nível 1


(todos os bits da EPROM estão inicialmente em nível 1) para nível 0, quando se fizer
necessário (de acordo com o byte a ser gravado). Para se programar uma memória
deste tipo, é necessário acessar uma célula através das linhas de endereços, colocar
nas vias de dados o byte a ser gravado, gerar os sinais de controle de forma
apropriada e por fim ativar uma tensão de gravação (Vpp), que pode ser 12,5V, 21V ou
25V, de acordo com o tipo de EPROM a ser gravada. Estas condições descritas devem
ser mantidas por 50 milissegundos por byte a ser programado, embora existam
técnicas de gravação mais modernas (e também memórias mais modernas), que
permitem uma programação mais rápida por byte.

Para essas memórias serem apagadas, elas devem ser postas à luz ultravioleta. Essa
luz ultravioleta deve ter comprimento de onda entre 2500 Å e 4000 Å e uma
intensidade de 15 Wseg/cm. O tempo que uma memória EPROM deve ficar exposta a
essa luz para ter todas as suas células apagadas (todos os bits retornam a nível 1) é
entre 15 e 20 minutos.

Estas memórias são facilmente identificadas, pois elas possuem uma janela de quartzo
por onde a luz ultravioleta age, diretamente, na pastilha de silício durante o processo
de gravação.

As EPROM’s são muito usadas e sua tecnologia evoluiu muito, existindo hoje,
memórias com capacidade de até 64 Kbyte.

Na figura abaixo, apresentamos algumas memórias da família de EPROM’s 27XXX.


Devemos destacar a sua grande compatibilidade de pinagem, inclusive entre memórias
de 24 e 28 pinos.

Embora a estrutura interna das EPROM’s dessa família esteja em bytes, a capacidade
delas é dada em bits. Por exemplo, a memória 27128 possui 128 Kbits, ou seja, 16
Kbytes.

34 SENAI
Instrumentação Digital

Vamos agora descrever a sua pinagem:


• VCC: +5VDC;
• GND: Referência de tensão;
• A0 a A15: Vias de endereçamento de bytes (barramento de endereços);
• D0 a D7: Barramento de dados;
• CS ou CE : Chip select. Um sinal (nível baixo) neste pino, habilita a comunicação da
memória com o sistema;
• OE : Output enable. Um sinal neste pino, habilita a leitura do byte selecionado;
• VPP : Tensão de programação. Normalmente é 25 VDC, 21 VDC ou 12,5 VDC;
• PGM : Este sinal habilita a gravação do byte que está presente no barramento de
dados.

EEPROM (Electrically Erasable Programmable Rom)

São memórias do tipo não voláteis, programáveis, com a possibilidade de se apagar


eletricamente, apenas 1 byte. Essas memórias são úteis onde existem arquivos, ou
programas que sofrem alterações ou atualizações sistemáticas.

SENAI 35
Instrumentação Digital

Características Elétricas

Diversos

Resolução
Precisão
Scan
Tempo de Execução
Capacidade de Memória
Código ASCii

SENAI 37
Instrumentação Digital

Descrição do Produto

O módulo de saída analógica AL- 1203 é integrante das séries AL-2000 de


controladores programáveis e destina-se a converter operandos digitais para quatro
saídas analógicas, sob forma de tensão ou corrente.
Esta CT é válida a partir da revisão G do módulo AL- 1203.
Existem quatro tipos de módulos de saída analógica AL-1203, cada um com saídas
conforme a tabela a seguir:

Módulo Saídas
AL-1203/0-5V 4 saídas analógicas 0-5 V
AL-1203/1-5V 4 saídas analógicas 1-5 V
AL-1203/0-20 Ma 4 saídas analógicas 0-20 mA
AL-1203/4-20 mA 4 saídas analógicas 4-20 mA

O circuito elétrico simplificado de cada saída é mostrado a seguir:

Em tensão

38 SENAI
Instrumentação Digital

Em corrente:

Itens Integrantes

A embalagem do produto contem um dos seguintes itens:


AL-1203/0-5 V- módulo 4 saídas analógicas 0-5 V
AL-1203/1-5 V- módulo 4 saídas analógicas 1-5 V
AL-1203/0-20 mA- módulo 4 saídas analógicas 0-20 mA
AL-1203/4-20 mA- módulo 4 saídas analógicas 4-20mA

Características Funcionais

Características Gerais
Números de canais :4 com terra comum
Resolução 10 bits (1.1000)
Precisão:±0,1% do valor da memória
Bitolas dos cabos de conexão: 0,5 a 1,5 mm²
Temperatura de operação: 0 a 55 °C
Umidade relativa: 95% sem condensação
Peso:
Sem embalagem: 300 g
Com embalagem: 300g
MTBF: 48.350 horas @ 40°C

SENAI 39
Instrumentação Digital

Calculado segundo norma MIL-HDBK-E


Características Elétricas
Tempo máximo de atualização de saída :
- uma varredura
- o canal apresenta sempre o ultimo valor convertido
Saídas em tensão:
- escalas: 0 a 5 V ou 1 a 5 V
- corrente máxima de saída : 5 mA
- Impedância mínima de carga : 1kΩ
Saídas em corrente
- escalas: 0 a 20 mA ou 4 a 20 mA
- ImpedÂncia mínima de carga: 300 Ω
Consumo do módulo: 180 mA @ +12 V

Dimensões Físicas

40 SENAI
Instrumentação Digital

Apêndice A Tempos de Execução de Instruções e Funções

Tempos de Execução
Relés

RNA, RNF – Contato normalmente aberto ou fechado


Situação Tempo execução
Tempo mínimo (EE0000.0 A E0015.7) 2,4 us

Tempo médio (E0016.0 a E0063.7) 4,8 us


(A0000.0 a A0095.7)

Tempo máximo (M0000.0 a M0127.F) 8,0 us

BOB – Bobina simples


Situação Tempo execução
Tempo mínimo (S0000.0 a S0015.7) 2,4 us

Tempo médio (S0016.0 a S0063.7) 6,4 us


(A0000.0 a A0095.7)

Tempo máximo (M0000.0 a M0127.F) 9,6 us

SENAI 41
Instrumentação Digital

Input and Output Modules


Analog Input modules (continued)

1) To DIN 43 745: referred to nominal measuring range


2) For S5-95F as well.

42 SENAI
Instrumentação Digital Processor General Specifications

The table below describes the general specifications for the SLC 5/01
Processors (1747-L511 and 1747-L514). The SLC 5/02 processor
(17-47-L524).the SLC 5/03 processor (1747-L532).and the SLC 5/04
processors (1747-L541. 1747-L542. and 1747-L543).

Specification SLC 5/01 SLC 5/01 SLC 5/01 SLC 5/01 SLC 5/01 SLC 5/01 SLC 5/01
(1747-L511) (1747-L514) (1747-L524) (1747-L532) (1747-L5241) (1747-L5242) (1747-L543)
Program
1K User 4K User 4K User 12K User 12K User 28K User 60K User
Memory Instructions or Instructions Instructions Instructions or Instructions or Instructions or Instructions or
or or
4K Data Words 16K Data 16K Data 4K additional 4K Data 4K Data 4K Data
Words Words Data Words Words Words Words
Local I/O 256 Discrete 256 Discrete 480 Discrete 960 Discrete 960 Discrete 960 Discrete 960 Discrete
Capacity
Remote I/O Not Applicable Processor Processor Processor Processor Processor Processor
Capacity memory and memory and memory and memory and memory and memory and
chassis chassis chassis power chassis power chassis power chassis power
power limit power limit limit up to limit up to limit up to limit up to
up to 4000 up to 4000 4000 inputs 4000 inputs 4000 inputs 4000 inputs
inputs and inputs and and 4000 and 4000 and 4000 and 4000
4000 outputs 4000 outputs outputs outputs outputs outputs
Maximum
Chassis/Slots 3/30 3/30 3/30 3/30 3/30 3/30 3/30
Tandar RAM Capacitor 2 Lithium Lithium Lithium Lithium Lithium Lithium
weeks 1 Battery 2 Battery 2 Battery 2 Battery 2 Battery 2 Battery 2
Optional Lithium years years years years years years
Battery - 5 years
Memory EEPROM or EEPROM or EEPROM or Flash Flash Flash Flash
Back-up UVPROM UVPROM UVPROM EPROM EPROM EPROM EPROM
options
LED Indicators Rum, CPU Fault, Rum, CPU Rum, CPU Rum, CPU Rum, CPU Rum, CPU
Forced I/O, Fault, Fault, Fault, Fault, Fault,
Batery Low Forced I/O, Forced I/O, Forced I/O, Forced I/O, Forced I/O,
Batery Low Batery Low. Batery Low, Batery Low, Batery Low,
COMM RS-232, DH+ RS-232, DH+ RS-232, DH+
Typical Scan 8 ms/K 8 ms/K 4.8 ms/K 1 ms/K 0.9 ms/K 0.9 ms/K 0.9 ms/K
Time 2
Bit Execution 4µ 4µ 2.4 µ 44 µ .37 µs .37 µs .37 µs
(x/c)
Communication DH485 receive DH485 DH485 Ch 1: DH-485 Ch 1: DH+ Ch 1: DH+ Ch 1: DH+
receive receive (DH485 (DH+) (DH+) (DH+)
or initate receive or Ch 0: RS-232 Ch 0: RS-232 Ch 0: RS-232
initiate) (DF1,ASCII, (DF1,ASCII, (DF1,ASCII,
Ch 0: RS-232 or or or
(DF1,ASCII, DH485) DH485) DH485)
or
DH485)
Power Supply 350 mA 350 mA 350 mA 500 mA 1A 1A 1A
Loading at 5V dc
Power Supply 105 mA 105 mA 105 mA 175 mA 200mA 200mA 200mA
Loading at 24V dc

SENAI 43
Instrumentação Digital

Unidade Lógica e Aritmética


CI 74181

Descrição

O CI 74181 é uma unidade lógica aritmética geradora de funções que possui um


circuito de complexidade equivalente a 75 portas lógicas básicas em um único chip
monolítico.
É a unidade lógica aritmética básica da série TTL 74, que faz operações lógicas e
aritméticas entre palavras de quatro byts.

SENAI 45
Instrumentação Digital

Descrição dos terminais

Terminais Descrição
Ao, A1. A1, A2, A3 Quatro bits de entrada de dados A .
Bo, B1, B2, B3 Quatro bits de entrada de dados B.
Cn Entrada carry in → age como um carry
invertido durante operações de adição,
pois é zero quando ocorre um carry in.
So, S1, S2, S3, Quatro bits de entrada de controle S →
determinam as operações executadas
sobre as entradas.
M Determina se a saída é uma operação
lógica ou aritmética das entradas.
F3, F2, F1, Fo Quatro bits de saída de dados F fornecem
o resultado da operação efetuada.
Cn + 4 Saída carry out → é o sinal de vai um da
operação executada.
G Saída de geração para uso do método vai
um antecipado aplicado para operações
aritméticas de palavras longas.
P Saída de propagação para uso do método
vai um antecipado aplicado para
operações aritméticas de palavra longas.
A=B Saída do comparador ativa se ambas as
entradas forem iguais.

46 SENAI
Instrumentação Digital

Operações

Entrada M= 1 M= O
de Seleção Operações Aritméticas
S3 S2 S1 S0 Funções Lógicas Cn = 0 Cn = 1
0 0 0 0 Fi = Ai F = A menos 1 F=A
0 0 0 1 Fi = AiBi F = AB menos 1 F = AB
0 0 1 0 Fi = Ai + Bi F = AB menos 1 F = AB
0 0 1 1 Fi = 1 F = menos 1 (*) F=0
0 1 0 0 Fi = Ai + Bi F = A mais ( A + B) F = A mais (A + B) mais 1
0 1 0 1 Fi = Bi F = AB mais ( A + B) F = AB mais (A +B) mais 1
0 1 1 0 Fi = Ai + Bi F = A menos B menos 1 F= A menos B
0 1 1 1 Fi = Ai + Bi F=A+B F = (A + B) mais 1
1 0 0 0 Fi = AiBi F = A mais ( A + B) F = A mais (A + B) mais 1
1 0 0 1 Fi = Ai + Bi F = A mais B F = A mais B mais 1
1 0 1 0 F = Bi F = AB mais ( A + B) F = AB mais (A + B) mais 1
1 0 1 1 Fi = Ai + Bi F=A+B F = (A + B) mais 1
1 1 0 0 Fi = 0 F = A mais A (**) F = A mais A mais 1
1 1 0 1 Fi = AiBi F = AB mais A F = AB mais A mais 1
1 1 1 0 Fi = AiBi F = AB mais A F = AB mais A mais 1
1 1 1 1 F = Ai F=A F = A mais 1

SENAI 47
Instrumentação Digital

Estrutura Interna

48 SENAI
Instrumentação Digital

CI 74LS244

CI 74LS245

SENAI 49
Instrumentação Digital

CI 74LS373

Memória 2114

RAM Estática 2114 Capacidade: 40% bits


Tecnologia: N-MOS Organização: 1024 x 4
Alimentação: 5V

50 SENAI
Instrumentação Digital

Princípio de Funcionamento de Hardware

O SLD é um equipamento baseado na tecnologia de 16 bits e utiliza o processador


V20 que mesmo sendo o cérebro do equipamento necessita de outros componentes
para seu funcionamento, tais como:
MEMÓRIA RAM, MEMÓRIA ROM, CANAL DE COMUNICAÇÃO, CONTROLADORES
DE INTERRUPÇÃO, DE DISPLAY, TIMER, etc.
O SLD 548 utiliza memórias EPROM para o sistema operacional e memória RAM com
back- up do software aplicativo em EEPROM. A EEPROM possui uma vida útil de até
5000 operações (gravação/desgravação).

SENAI 51
Instrumentação Digital

AUTOMAÇÃO SLD – 548

52 SENAI
Instrumentação Digital

PLACA SGL – CPU


Placa base do sistema digital que contém:

- 8088 PROCESSADOR
- 8087 OPCIONAL
- EPROM (3 x 2764)
- RAM (1 x 6116)
- EEPROM (9816)
- GERAÇÃO DE CLOCK (8284)
- USART (8251)
- CONTROLADOR DE TECLADO E DISPLAY (8279)
- TIMER DE TEMPO (8253)
- CONTROLADOR DE INTERRUPÇÃO (8259)
- LINE DRIVER/RECEIVER RS422
- CIRCUITO DE WATCH-DOG
- GERAÇÃO DE SINAIS DO BUS DE CONTROLE
- (8288 – MÁXIMO 74LS32 – MÍNIMO)

PLACA SGL – ANL


Placa de entrada e saída analógica que contém:

- Conversor A/De respectivos multiplex e sample-hold.


- Conversor tensão-corrente para saída da variável de controle.
- Conversor D/A e respectivos multiplex e sample-hold.
- 8255 para controle de chaves de entrada e saída digitais.
- Parte do circuito de excitação dos BAR-GRAPHS de 101 pontos.

SENAI 53
Instrumentação Digital

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

– ALIMENTAÇÃO.
- 110 Vac ± 15% - 25 W
- 220 Vac + 15% - 25 W
- 24 Vdc + 15% - 30 W
- Isolação – 600 V (entre a alimentação e o circuito)

– ENTRADAS ANALÓGICAS
- Entradas analógicas..........................4*
- Faixa de operação em tensão...........0.0 V a 5.0 V
1.0 V a 5.0 V
- Faixa de operação em corrente........0 mA a 20 mA . ou
4 mA a 20 mA
- Entrada termoelemento (opcional) 1 (termopar J,K ou PT-100)
- resolução de entrada ........................10 bits
- Erro máximo do sistema A/D.............+ 0.3% na faixa de 10 °C a 50 °C
- Tipo de entrada..................................Diferencial **
- Tensão máxima diferencial.................12 V
- Tensão máxima não diferencial..........12 V

– SAÍDAS ANALÓGICAS
- Saídas analógicas ( tensão)...........................4
- Faixa de operação..........................................0.0 V a 5.0 V ou
1.0 a 5.0 V
- Saídas analógicas (corrente ).......................4 ( echo da tensão)
- Faixa de operação..........................................0.0 mA a 20.0 mA ou
4.0 mA a 20.0 mA
- Impedância de carga na saída de corrente....0 0hms 2 750 ohms
- Tempo máximo de curto circuito para saída
de tensão....................................................... ilimitado
- Resolução de saída........................................10 bits
- Erro máximo no sistema D/A ........................+ 0.3% na faixa de 10 °C a 50 °C
- Impedância de carga na saída de tensão......2000 Ω

• Em corrente ou tensão selecionado por estrapes.

54 SENAI
Instrumentação Digital

ENTRADAS DIGITAIS ( Leitura de Contato Seco ou Tensão)

- Entrada em tensão (no máximo).............................24 Vdc (Máximo) *


- Nível ativo................................................................ contato fechado
- Corrente de entrada.................................................10mA para 24 Vdc
- Nível de isolação......................................................250 V

SAÍDAS DIGITAIS (Tipo contato Seco NA e NF)

- Tensão de ligação.....................................................250 V
- Intensidade de ligação instantânea..........................4 A
- Potência de ligação..................................................600 VA
- Corrente permanente...............................................2 A

CARACTERÍSTICAS ELETRÔNICAS

- Processador: Tipo de processador...........................8088


Freqüência do clock...........................4.772 Mhz
Co-processador (opcional)................8088
- Capacidade de memória (RAM/EEPROM)..............4 Kbytes
- Capacidade de memória (EPROM)..........................24 Kbytes
- Canal de comunicação.............................................RS 422
- Velocidade do canal: SINCRONO até 64 Kbauds...sob Consulta
ASSINCRONO......................Até 19200 Bauds
- Ciclo de máquina (Sample e Time).......................200ms

CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS

- Temperatura de operação...............................................0°C a 50°C


- Umidade relativa máxima...............................................90% não condensável

SENAI 55
Instrumentação Digital

PC Industrial

PC’s Industriais: Construção e Características

Os PC’s industriais (IPC’s) possuem características que os diferenciam das montagens


convencionais, possibilitando seu uso em condições bastante adversas e mantendo as
características de confiabilidade desejadas e necessárias a qualquer processo.

No quadro a seguir temos uma comparação que demonstra as principais diferenças


entre um IPC e um PC comercial.

Condições Industrial Comercial


Temperatura 0 a 50°C 15 a 30°C
Choque 5.0 G 0.5 G
Vibração 17 a 500Hz com 1.0G Não suporta
100000 horas de 10000 horas de
Alimentação
funcionamento contínuo funcionamento contínuo
Umidade Relativa 10 a 95% 15 a 80%
Arquitetura Backplane Passivo Motherboard

Na prática, as proteções do IPC são implementadas das seguintes formas:

Temperatura e Poeira
Um conjunto de dois (ou mais) ventiladores, operando em push-pull, cria um fluxo de
ar com pressão positiva no interior do gabinete. Nos computadores comerciais não há
a preocupação com ventilação.

Incorporados aos ventiladores, existem filtros que ajudam na limpeza do ar que


penetra no micro.

SENAI 57
Instrumentação Digital

Esse conjunto, portanto, tem as funções de impedir a entrada de poeira e partículas do


ambiente e, ainda, refrigerar o interior do gabinete com ar limpo, permitindo que o
equipamento funcione numa ampla faixa de temperatura (0 a 50°C).

A CPU opera em 60°C por burn-in estático e dinâmico de 24 horas, além de possuir
componentes de baixo consumo e dissipação.

Vibrações mecânicas e choque


Para absorver as vibrações mecânicas que afetam principalmente as unidades de
disco, são previstos no gabinete sistemas de amortecimento.

No caso das unidades de disco, os coxins de amortecimento garantem a absorção de


possíveis impactos, muito comuns nas operações de transportes.

As placas conectadas ao backplane dispõem de pontos de fixação através de uma


haste transversal. Na parte frontal do gabinete, uma porta com fechadura protege os
disk-drives e as chaves do computador.

Alimentação
A alimentação é uma das partes mais importantes do PC. Os sistemas necessitam de
uma fonte especial, que exige uma maior demanda de potência.

As fontes de alimentação dos IPC’s são especialmente projetadas para suprir todas as
placas, incluindo CPU e todas as placas que podem ser conectadas em qualquer
solução, além de suportar picos de tensão, ruídos e variações na rede.

Essas fontes são capazes de fornecer uma alimentação DC de boa qualidade, mesmo
sob as piores condições do lado AC.

O uso de componentes de boa qualidade e de circuitos de proteção contra sub e sobre


tensão proporciona um MTBF de aproximadamente 100.000 h. As fontes dos IPC’s
também têm a possibilidade de serem redundantes, aumentando o MTBF e,
conseqüentemente, diminuindo a possibilidade da máquina parar.

Para completar as medidas de proteção, os gabinetes de aço dos IPC’s são totalmente
aterrados, protegendo o sistema contra EMI e descargas de energia estática.

58 SENAI
Instrumentação Digital

Umidade Relativa
Os efeitos da umidade excessiva afetam principalmente as unidades de disco (rígido e
flexível), podendo ocasionar inclusive erros de leitura nas mesmas.

Os IPC’s são capazes de trabalhar em ambientes, com umidade relativa do ar de até


95%. Para isso, são adotadas as seguintes medidas:
• contatos de placas e conectores banhados a ouro;
• tratamento antiferrugem no gabinete;
• tratamento antifungo nos cartões.

Arquitetura
Os IPC’s trabalham com backplane passivo. Esse tipo de configuração dispõe de
inúmeras vantagens:
• baixo custo de ampliação do sistema (up-grades); quando há a necessidade, é só
conectar as placas no backplane;
• melhor distribuição de corrente para suprir todos os slots;
• indicação com leds das tensões da fonte facilitando e agilizando a identificação de
possíveis defeitos;
• régua de fixação das placas.

MTBF e MTTR
Uma das principais exigências do mercado é o funcionamento ininterrupto de seus
equipamentos.Em caso de falhas, é necessário que a parte defeituosa seja trocada
com um mínimo de parada.Os IPC’s respondem a isso, apresentando um alto MTBF e
um baixo MTTR.

MTBF (Mean Time Between Failure)


Os objetivos de todos os fabricantes são dispor seus produtos com o mínimo de falhas
possível. O MTBF indica o tempo que se passa entre falhas sucessivas, e é
interessante que esse tempo seja o mais alto possível.

Nos IPC’s várias medidas foram adotadas para se conseguir esse objetivo, tais como:
• uso de componentes selecionados;
• montagens com tecnologia SMD (Surface Mounting Device);
• fonte chaveada com proteção (MTBF = 100.000 h).

SENAI 59
Instrumentação Digital

MTTR (Minimum Time To Repair)


Outro parâmetro importante que define a qualidade de um equipamento é o MTTR. Ele
indica o tempo mínimo necessário para se efetuar um reparo de uma falha.

Ao contrário do MTBF, é importante que o MTTR tenha um valor bem baixo. As


características dos IPC’s que favorecem a um baixo MTTR são:
• fácil acesso ao interior do microcomputador;
• fonte e módulos periféricos removíveis;
• backplane passivo (como já citado anteriormente);
• leds de indicação de alimentação (+5V, -5V, +12V e -12V);
• Compatível com IBM – PC – AT.

60 SENAI
Instrumentação Digital

Tipos de Controladores
Digitais

Os controladores digitais, podem assumir três tipos diferentes de configuração quanto


à forma de estabelecer a estratégia de controle.
- Controlador Estruturado
- Controlador Blocado
- Controlador Misto

Controlador Estruturado
Neste tipo o controlador a estratégia de controle vem pré definida de fábrica. O
fabricante define o algoritmo de controle que julgar melhor, ficando ao usuário
posteriormente a escolha dos recursos disponibilizados pelo fabricante, bem como
suas respectivas parametrizações.

Opção 1

Entrada/S Escolha feita pelo usuário Saída/S


Opção 2

Opção 3

SENAI 61
Instrumentação Digital

Na seqüência pode ser visto a árvore de programação de dois controladores


estruturados:

Controlador FOXBORO mod. 760

READ VALUES INPUT IN1 ALTUNE TUNE MODES PF VALEU P TYPE MODES P
IN2 IF I ACTION INC/INC I
IN3 DF ON D INC/DEC PI
IN4 EXACT STATE OFF PK 1 RATIO OUTBIAS VALUE PD
BIAS MAIN PK 2 READ
NO PID
CONTACT CI 1 BALANCE PK 3 ONLY
EXACT
CI 2 STATUS ENT TPK 1 NONLINR YES SEE
CO1 NO DETAIL1
STUN TPK 2
CO2 TPK 3 W/P YES ADDRESS VALUE
ERR NO BAUD 300
ALARM MEAS1 LOGIC NB TIMEOUT 1200
MEAS2 VALUES ON WMAX
OUT PTUN STATE OFF 2400
DMP REFERTO MEAS BIAS VALUE 4800
DEV READ OVR TI 039-200 SEE
LIMITS HIGH ALARMS MEAS 1 CLM MI 018-843 FORMAT LIN A DETAIL2
LOW MEAS 2 DFCT SOR A+B
SOD A+B+C REPEATFOREACH
CONFIG CTLR TYPE OUT LIM SEE VARIABLEA,B,CUSED
DEV UPPERSP BUMP VALUE CHAR DETAIL1
A*B
MEAS A*B/C
LOWERSP
SET PT SETPT LOCALSP MEASTRK MAN A/C
DB VALUE
PRESS OUT LIMITS NOTRK CI1 A*B/C
INTHIGH
LIMTS VALUE CI2 B*C/A
TAG INTLOW
EXTRES
TO STATUS SHOWOP MODES PF YES REMTSP BIAS VALUE
BEGIN STARTUP IF NO FORMAT LIN D
SEE
DETAIL2
NOTE: DF SQR D+B
ALARM MEAS1 EXACT SQD
Press SEE D+B+C REPEATFOREACH
MEAS2 CHAR D*B VARIABLED,B,CUSED
twiceafter OUT ALARMS MEAS 1 DETAIL1
MEAS 2 D*B/C
power DEV
OUT OUT FUNCTION LIN D/C
outage. COMBIN
DEV SQR D+B/C
EXTACK
LIMITS SQD SEE
DISPLAY SIGTYPE CHAR DETAIL1
ENGUNITS CONFIG CTRL
ALARMS MEAS
OUTSUM OUT+E FUNCTION LIN SEE
ALARMS MEAS 1 LOGIC H/H NO CHAR DETAIL1
OUTREV OUT MEAS 2 ASSIGN H/L
LOOPTAG OUT L/L SEE VALUE
AUX OUT DEV NO DETAIL4 IN2
COMBIN NO CO1 IN3
CO1 CO2 IN4
SET OPTUNE MODES NOTE: CONFIGURATIONOF"SHOWOP"
ALARMS DETERMIMESWHICHPARAMETERS CO2 NO
WILLBESHOWNTOTHEOPERATORIN OUTTRK OUT+F ASNANLG IN2
LIMITS EXTACK NO NO IN3
"OPTUNE", WHICTHISNOT
CI1 IEC100 °F
PASSCODEPROTECTED. SAMA100 °C IN4
PASSCODE CI2 ASSIGN OUT1
PROTECTION T/CJ ASNCON CI1
DISPLAY SIGTYPE LIN T/CK LIMITS HIGH INT
LINE CI2
TEMP T/CE LOW IN2
SECURE PASSCODE IN3
ENGUNITS LVR VALUE EXTRES IN2 IN4
URV IN3
UNITS ____ IN4
NO
ALARMS MEAS MEAS 1 SEE
MEAS 2 STATUS A/M INPUT DETAIL3
DEV MEAS OUTPUT AOPEN CO1
OUT REMTSP MOPEN CO2
SETPT NO
NOTES: OUT YES
NO OUT1 SEE
OUTREV YES A R/L INPUT DETAIL3
1. B*C/AAPPLIESTOVERSIONK0143RBANDK0143RC. NO B
2. FORDETAIL1,2,3AND4, SEENEXTPAGE. OUTPUT ROPEN CO1
C
LOOPTAG _________ LOPEN CO2
D NO
AUXOUT NO
SEE
NEWPASS ___ VERIFY ___ W/P INPUT DETAIL3
STRUCTUREDIAGRAM8 OUTPUT WOPEN CO1
CALIB INPUTS ANALOG EXT IN1 ZERO POPEN CO2
INT IN2 FS NO
IN3 FLUNK
IN4 A/
STARTUP OUT1 LASTVAL
FREQ F1 ZERO VALUE 0 /M
F2 FS VALUE 100 LAST
OUTPUTS OUT1 ZERO VALUE A/M A/
FS VALUE /M
AUXOUT ZERO VALUE R/L R/
FS VALUE /L
TEST DISPLAY W/P W/
LOOPBAK ON /P
OFF

62 SENAI
Instrumentação Digital

Controlador HONEYWELL mod. UDC 3000

SENAI 63
Instrumentação Digital

Exercícios ( Controlador Estruturado )

Configurar o controlador FOXBORO para operar com os parâmetros abaixo:


a) Controlador P
Ação Reversa
PB = 100

b) Controlador P + I
Ação Direta
PB = 200
I = 0,5 RPM

Exercícios ( Controlador Estruturado )

Configurar o controlador HONEYWELL para operar com os parâmetros abaixo:


a) Controlador P
Ação Reversa
Unidade da ação Proporcional = Ganho
Ganho = 1,2

b) Controlador P + I
Ação Direta
Unidade da ação Proporcional = Banda Proporcional
PB = 200
I = 0,5 RPM

c) Controlador ON-OFF
Ação Direta

64 SENAI
Instrumentação Digital

Fluxograma de Ciclos e telas

SENAI 65
Instrumentação Digital

Fluxo das Mensagens no Display:

Em qualquer posição, desejando-se retomar ao


modo de operação, basta pressionar a tecla
RETORNO.

Observações:

1 – As funções RAMP,oPoF,AISPeA2SP só
estarão presentes no NIVEL 11 se a função P-L do
NLVEL III estiver setada para” 3 “.

2- A função TIME só aparecera no NIVEL 1 se a


função AIFu ou A2Fu estiver setada para
“5” ou “9”

3 - As Funções assinaladas com asterisco ( * ) só


aparecerão se seu controlador possuir estas
facilidades.

F11033 REV.2 AG099 Controlador HM1O1

66 SENAI
Instrumentação Digital

Menus do Usuário – Nível Básico


Esta sessão fornece uma descrição curta de todas as funções de programação que o
usuário necessita para fazer a configuração de todas as entradas e saídas de acordo
com a sua necessidade.

Menu Nível Básico

SENAI 67
Instrumentação Digital

Operating the front panel

68 SENAI
Instrumentação Digital

Controlador Blocado

Controlador Blocado

Neste tipo, o fabricante disponibiliza ao usuário uma biblioteca de funções, ficando ao


usuário a liberdade de escolher sua estratégia. O usuário tem como limite neste
controlador a biblioteca de funções.

Biblioteca de Funções

F - 04 Área de

Entrada/S Saída/S

SENAI 69
Instrumentação Digital

Programação

A programação dos controladores pode ser feita de três modos diferentes, dependendo
do fabricante e do tipo de controlador. Os dispositivos utilizados para configurar os
controladores são:

1) Teclado

2) Terminal Portátil

3) Terminal Portátil ou Micro PC


No controlador do tipo estruturado a programação é feita normalmente por
um teclado do próprio controlador que pode estar no frontal ou na lateral do
instrumento.

No controlador do tipo blocado a programação se torna mais complexa pois o usuário


tem que definir toda estratégia de controle, desta forma alguns fabricantes oferecem
interfaces HOMEM-MAQUINA de mais alto nível, a qual propicia uma facilidade maior
na programação.

CONFIGURAÇÃO CONTROLADOR BLOCADO CD600

Estudo dos Blocos Funcionais (LIVRE)


a) Auto/Manual (A/M)

- Bornes de ligação
- Parametrização
b) Local/Remoto (L/R)

- Bornes de ligação
- Parametrização
c) Frontal (FV)

- Bornes de ligação
- Parametrização

70 SENAI
Instrumentação Digital

d) PID Simples (PID)

- Bornes de ligação
- Parametrização

Estudo dos Blocos Funcionais (FIXOS)


Faça o estudo dos seguintes blocos:
a) Entrada Analógica (AI)

- Bornes de ligação
- Parametrização
b) Saída Analógica (CO)

- Bornes de ligação
- Parametrização
c) Entrada Digital (DI)

- Bornes de ligação
- Parametrização
d) Saída Digital (DO)

- Bornes de ligação
- Parametrização

ESTUDO DO TERMINAL DE PROGRAMAÇÃO

Utilizando o terminal de programação, faça o estudo detalhado da seção 3 do manual


do controlador CD600 e responda as questões:

1- Identifique as seguintes teclas do programador:


a) ON
b) SHIFT
c) DEL
d) SPACE
e) EXE
f) ←→
g) ↑ ↓

SENAI 71
Instrumentação Digital

2- O que representa o termo “LOOP GERAL” na programação?

3- O que representa o termo “LOOP” na programação?

4- Definir:
a) Parâmetro de ligação;
b) Parâmetro de caracterização;
c) Parâmetro de ajuste.

5- Responda:
a) O que é um cartucho de programa?
b) Em qual SLOT deve ser inserido?
c) Que tipo de memória é utilizado neste cartucho?

6- Responda:
a) O que é um cartucho de configuração?
b) Em qual SLOT deve ser inserido?
c) Que tipo de memória é utilizada neste cartucho?

7 – Qual o cuidado que devemos ter ao conectar ou desconectar uma EPROM no


terminal portátil? Porque?

8- Quais são os quatros modos de programação que o usuário poderá trabalhar ?

9- Explique a função de cada modo de programação.

10- Quantos níveis de senha podemos definir no modo de programação?

11- No modo de programação aparece três bases para operação. Explique cada uma
delas.

72 SENAI
Instrumentação Digital

Configuração do Controlador CD600 com o Terminal de Programação

LIT FIC
LI

ESGOTO

LIT FIC
LIC

ESGOTO

LIC

LIT FIC
FIC

FIT

ESGOTO

SENAI 73
Instrumentação Digital

Estudo das Características


Elétricas e de Operação

CONTROLADOR DIGITAL SMAR - CD600

Utilizando o manual de Instruções, Operação e Manutenção do controlador CD600


seção responda as questões abaixo:

Características Elétricas:
a) Alimentação (Tensão e Freqüência);
b) Fonte para transmissor (Tensão e corrente máxima);
c) Fonte para o terminal de programação (Tensão e corrente máxima);
d) Tipo de memórias;
e) Entradas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
f) Saídas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
g) Entradas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
h) Saídas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
i) Saída para alarme de falha do controlador (Quantidade e tipo de sinal);
j) Unidade Central de Processamento (Tipo);
k) Condições de instalação;
l) Interligação de todos os elementos de entrada e saída.

CONTROLADOR DIGITAL FERTRON - CDP200

Utilizando o manual de Instruções, Operação e Manutenção do controlador CDP200


seção responda as questões abaixo:

Características Elétricas:
a) Alimentação (Tensão e Freqüência);
b) Fonte para transmissor (Tensão e corrente máxima);

SENAI 75
Instrumentação Digital

c) Fonte para o terminal de programação (Tensão e corrente máxima);


d) Tipo de memórias;
e) Entradas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
f) Saídas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
g) Entradas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
h) Saídas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
i) Saída para alarme de falha do controlador (Quantidade e tipo de sinal);
j) Unidade Central de Processamento (Tipo);
k) Condições de instalação;
l) Interligação de todos os elementos de entrada e saída.

CONTROLADOR DIGITAL FUJI – PNA3

Utilizando o manual de Instruções, Operação e Manutenção do controlador FUJI,


responda as questões abaixo:

Características Elétricas:
a) Alimentação (Tensão e Freqüência);
b) Fonte para transmissor (Tensão e corrente máxima);
c) Fonte para o terminal de programação (Tensão e corrente máxima);
d) Tipo de memórias;
e) Entradas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
f) Saídas Digitais (Quantidade e tipo de sinal);
g) Entradas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
h) Saídas Analógicas (Quantidade e tipo de sinal);
i) Saída para alarme de falha do controlador (Quantidade e tipo de sinal);
j) Unidade Central de Processamento (Tipo);
k) Condições de instalação;
l) Interligação de todos os elementos de entrada e saída.

76 SENAI
Instrumentação Digital

Estudo do software

ESTUDO DO SOFTWARE CONF600

Utilizando o manual do CONF600, inicialize o software e realize os passos a seguir:


1) Ative o modo PROGRAMAÇÃO e faça um breve estudo de cada ícone;
2) Ative o modo CARREGAMENTO e faça um breve estudo de cada ícone;
3) Ative o modo OPERAÇÃO e faça um breve estudo de cada ícone;
4) Ative o modo UTILITÁRIO e faça um breve estudo de cada ícone;

ESTUDO DA INTERFACE ICS 2.0

Utilizando o manual da Interface ICS responda as questões apresentadas a seguir:


1) Alimentação do módulo
2) Tensões de alimentação dos cartuchos de conversão;
3) Quantidade de canais de conversão
4) Padrão dos canais de conversão;
5) Faça a identificação de todos os componentes do módulo;
6) Faça o estudo do diagrama de blocos do módulo.

SENAI 77
Instrumentação Digital

CONFIGURAÇÃO DO CONTROLADOR CD600 COM O SOFTWARE


CONF600

Configurar o controlador digital como CONTROLADOR BÁSICO

FIC

FIT

Configurar o controlador digital para operar em CASCATA

LIC

LIT FIC
FIC

FIT

ESGOTO

78 SENAI
Instrumentação Digital

Configurar o controlador digital para a malha de controle de RAZÃO

FIC
FIC

FIT

X +
FIY
FIC FY

FIT

FIY
FIC

FIT

Configurar o controlador digital para a malha de controle SELETIVO

SENAI 79
Instrumentação Digital

CARGA

TT

>
TY TT

TT

TIC

PRODUTOS

REFRIGERANTE

Configurar o controlador digital para uma malha de controle de temperatura com


GERADOR DE RAMPA DE SET POINT

80 SENAI
Instrumentação Digital

Configurar o controlador digital para operar em uma malha de vazão de gás com
compensação de temperatura e pressão

SENAI 81
Instrumentação Digital

FI

FY

f(x)

FIY
FIC

TIT PIT FIT

Configurar o controlador digital para operar na estratégia de controle LIMITES


CRUZADOS

82 SENAI
Instrumentação Digital

SENAI 83
Instrumentação Digital

Blocos Funcionais de Controle

84 SENAI
Instrumentação Digital

SENAI 85
Instrumentação Digital

86 SENAI
Instrumentação Digital

SENAI 87
Instrumentação Digital

88 SENAI
Instrumentação Digital

Redes de Computadores

Uma Rede de Computador é formada por um conjunto de módulos processadores


capazes de trocar informações e compartilhar recursos, interligados por um sistema de
comunicação, conforme ilustrado na figura 1.

O sistema de comunicação vai se constituir de um arranjo topológico interligando os


vários módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e de
um conjunto de regras a fim de organizar a comunicação (protocolos).

Fig. 1- Rede de Computadores

Tipos de redes

Inicialmente haviam as redes de terminais nas quais, todo poder computacional


encontrava-se centralizado, normalmente em um mainframe. Os terminais eram
apenas periféricos de entrada e saída de dados.

SENAI 89
Instrumentação Digital

Com o avanço tecnológico, cada vez mais as estações de trabalho ganharam poder de
processamento e em decorrência culminaram no aparecimento das redes de computa-
dores.

No que diz respeito à redes de computadores quanto a área de instalação estas


podem ser divididas em locais , metropolitanas ou geograficamente distribuídas.

Redes Locais (Local Area Networks – LANs)


Surgiram dos ambientes de institutos de pesquisa e universidades. Decorrente das
mudanças nos sistemas de computação que ocorreram na década de 70 e o desenvol-
vimento dos microcomputadores e minicomputadores de bom desempenho permitiu-se
a instalação de considerável poder computacional em várias unidades de uma organi-
zação ao invés da anterior concentração em uma determinada área . Redes locais
surgiram , assim, para viabilizar a troca e o compartilhamento de informações e dispo-
sitivos periféricos ( recursos de hardware e software), preservando a independência
das várias estações de processamento, e permitindo a integração em ambientes de
trabalho cooperativo.

Pode-se caracterizar uma rede local como sendo uma rede que permite a interconexão
de equipamentos de comunicação de dados numa pequena região. De fato, tal defini-
ção é bastante vaga principalmente no que diz respeito às distâncias envolvidas. Em
geral, nos dias de hoje costuma-se considerar “pequena região” distâncias entre 100m
e 25km, muito embora as limitações associadas às técnicas utilizadas em redes locais
não imponham limites a essas distâncias. Outras características típicas encontradas e
comumente associadas a redes locais são: alta taxas de transmissão ( de 0,1 a
100Mbps) e baixas taxas de erro (de 10-8 a 10-11). É importante notar que tais termos
são susceptíveis à evolução tecnológica; os valores que associamos a estes termos
estão ligados à tecnologia atual. Outra característica dessas redes é que elas são, em
geral, de propriedade privada.

Redes Metropolitanas (Metropolitam Area Networks – MANs).


A definição do termo “rede metropolitana” surgiu com o aparecimento do padrão IEEE
602.8. Uma rede metropolitana apresenta características semelhantes à de uma rede
local, sendo que as MANs, em geral, cobrem distâncias maiores que as LANs operan-
do em velocidades maiores.

Redes geograficamente Distribuídas (Wide Area Netwoarks – WANs) surgiram da


necessidade de se compartilhar recursos especializados por uma maior comunidade
de usuários geograficamente dispersos. Por terem um custo de comunicação bastante
elevado (circuitos para satélite, enlaces de microondas, etc) , tais redes são em geral
públicas , isto é, o sistema de comunicação, chamado sub-rede de comunicação, é
mantido, gerenciado e de propriedade de grandes operadoras (públicas ou privadas),
e seu acesso é público.

90 SENAI
Instrumentação Digital

Topologia

Topologia é o termo usado para descrever a maneira pela qual os computadores são
conectados à rede. A topologia pode ser vista em dois planos: uma topologia lógica,
que é aquela observada sob o ponto de vista das interfaces estações com a rede
(que inclui o método de acesso etc..), e a topologia física, que diz respeito ao layout
físico utilizado na instalação da rede, refere-se à forma como os enlaces físicos e os
nós de comutação estão organizados, determinando os caminhos físicos existentes e
utilizáveis entre quaisquer pares de estações conectadas a essa rede.

Todo sistema de comunicação vai se constituir de um arranjo topológico interligando


os vários módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e
de um conjunto de regras com o fim de organizar a comunicação (protocolos). As
alternativas em termos de arranjos topológicos dependerão do tipo de rede (LAN,
MAN ou WAN) da velocidade, eficiência e outros detalhes. Três são os tipos mais
utilizados de topologias:

Topologia em Estrela

Na topologia em estrela cada nó é interligado a um nó central (mestre), através do


qual todas as mensagens devem passar. Tal nó age, assim, como centro de controle
da rede, interligando os demais nós (escravos).

SENAI 91
Instrumentação Digital

Figura 1 – Topologia em Estrela

O gerenciamento das comunicações realizadas pelo nó central pode ser por chavea-
mento de circuitos ou chaveamento de pacotes, onde o nó central, baseado em
informações recebidas, estabelece uma conexão entre o nó origem e o nó de destino,
conexão esta que existira durante toda a conversação. Neste caso, se já existir uma
conexão entre duas estações, nenhuma outra conexão poderá ser estabelecida para
esses nós. Já no caso do chaveamento de pacotes, pacotes são enviados do nó de
origem para o nó central que o retransmite ao nó de destino no momento apropriado.

Dentre as funções do nó central, podemos citar o gerenciamento das comunicações e


processamento de dados. Por exemplo, o nó central pode realizar a compatibilização
da velocidade de comunicação entre o transmissor e o receptor. Os dispositivos de
origem e destino podem até operar com protocolos e/ou conjunto de caracteres
diferentes. O nó central atuaria nesse caso como um conversor de protocolos permi-
tindo ao sistema de um fabricante trabalhar satisfatoriamente com um outro sistema
de um outro fabricante.

Poderia também ser função do nó central fornecer algum grau de proteção de forma a
impedir pessoas não autorizadas de utilizar a rede ou de ter acesso a determinados
sistemas de computação. Outras funções, como operações de diagnóstico de redes,
por exemplo, poderiam também fazer parte dos serviços realizados pelo nó mestre.

Confiabilidade é um problema nas redes em estrela. Falhas em um nó escravo


apresentam um problema mínimo de confiabilidade, uma vez que o restante da rede
ainda continua em funcionamento. Falhas no nó central, por outro lado, podem

92 SENAI
Instrumentação Digital

ocasionar a parada total do sistema. Redundâncias podem ser acrescentadas, porém


o custo de tornar o nó central confiável pode mascarar o benefício obtido com a
simplicidade das interfaces exigidas pelas estações secundárias.

Outro problema da rede é relativo à modularidade. A configuração pode ser expandi-


da até um certo limite imposto pelo nó central: em termos de capacidade de chavea-
mento, número de circuitos concorrentes que podem ser gerenciados e número total
de nós que podem ser servidos. Embora não seja freqüentemente encontrado, é
possível a utilização de diferentes meios de transmissão para ligação dos nós escra-
vos ao nó central.

O desempenho obtido em uma rede em estrela depende da quantidade de tempo


requerido pelo nó central para processar e encaminhar uma mensagem, e da carga
de tráfego na conexão, isto é, o desempenho é limitado pela capacidade de proces-
samento do nó central.

Um crescimento modular visando o aumento do desempenho torna-se a partir de


certo ponto impossível, tendo como única solução a substituição do nó central.

Topologia em Anel

Uma rede em anel consiste em estações conectadas através de um caminho fechado.


Por motivos de confiabilidade que se tornarão claros ao longo desta seção, o anel
não interliga as estações diretamente, mas consiste em uma série de repetidores
ligados por um meio físico, sendo cada estação ligada a esses repetidores, conforme
apresenta a figura 2.

Redes em anel são, teoricamente, capazes de transmitir e receber dados em qualquer


direção. As configurações mais usuais, no entanto, são unidirecionais, de forma a
simplificar o projeto dos repetidores e tornar menos sofisticados os protocolos de
comunicação que asseguram a entrega da mensagem ao destino corretamente e em
seqüência, pois sendo unidirecionais evitam o problema de roteamento. Os repetido-
res são em geral projetados de forma a transmitir e receber dados simultaneamente,
diminuindo assim o retardo de transmissão.

SENAI 93
Instrumentação Digital

Quando uma mensagem é enviada por um nó, ela entra no anel e circula até ser
retirada pelo nó de destino, ou então até voltar ao nó de origem, dependendo do
protocolo empregado.

Figura 2 - Topologia em Anel.

Além da maior simplicidade e do menor retardo introduzido, as redes onde a


mensagem é retirada pelo nó de origem permitem mensagens de difusão
(broadcast e multicast), isto é, um pacote é enviado simultaneamente para
múltiplas estações.

Topologia em Barra

Neste tipo de topologia todas as estações (nós) se ligam ao mesmo meio de


transmissão (figura 8), ao contrario das outras topologias, que são configura-
ções ponto a ponto (isto é, cada enlace físico de transmissão conecta apenas
dois dispositivos), a topologia em barra tem uma configuração multiponto.

94 SENAI
Instrumentação Digital

Figura 8 - Topologia em barra.

Existe uma variedade de mecanismos para o controle de acesso à barra, que pode
ser centralizado ou descentralizado. A técnica adotada para cada acesso à rede (ou
à banda de freqüência de rede no caso de redes em banda larga) é uma forma de
multiplexação no tempo. Em um controle centralizado, o direito de acesso é determi-
nado por uma estação especial da rede. Em um ambiente de controle descentraliza-
do, a responsabilidade de acesso é distribuída entre todos os nós.

Ao contrário da topologia em anel, as topologias em barra podem empregar interfaces


passivas, nas quais as falhas não causam a parada total do sistema. Relógios de
prevenção (watch-dog timers) em cada transmissor devem detectar e desconectar o
nó que falha no modo de transmissão (nó que não para de transmitir). A confiabilida-
de desse tipo de topologia vai depender em muito da estratégia de controle. O contro-
le centralizado oferece os mesmos problemas de confiabilidade de uma rede em
estrela, com o atenuante de que, aqui, a redundância de um nó pode ser outro nó
comum da rede. Mecanismos de controle descentralizados semelhantes aos empre-
gados na topologia em anel podem também ser empregados neste tipo de topologia,
acarretando os mesmos problemas quanto à detecção da perda do controle e sua
recriação.

A ligação ao meio de transmissão é um ponto crítico no projeto de uma rede local em


barra. A ligação deve ser feita de forma a alterar o mínimo possível as características
elétricas do meio. O meio, por sua vez, deve terminar em seus dois extremos por uma
carga igual a sua impedância característica, de forma a evitar reflexões espúrias que
interfiram no sinal transmitido.

A ligação das estações ao meio de comunicação é realizada através de um transcep-


tor (transmissor/receptor), que tem como funções básicas transmitir e receber sinais,
bem como reconhecer a presença destes sinais no meio. 0 transceptor se liga à barra
através de um conector, que é responsável pelo contato elétrico com os condutores
da barra. Esse conector pode ser de vários tipos. Ligações ao meio de transmissão
geram descontinuidade de impedância, causando reflexões. Assim, o transceptor

SENAI 95
Instrumentação Digital

deve apresentar uma alta impedância para o cabo, de forma que sua ligação a este
altere o mínimo possível as características de transmissão. Devido a isto, o transcep-
tor deve ser localizado perto do cabo (uma distância grande do cabo impediria a
obtenção de uma alta impedância), a uma distância de alguns poucos centímetros
(figura 9).

Figura 9 - Ligação ao meio em redes em barra.

0 poder de crescimento, tanto no que diz respeito à distância máxima entre dois nós
da rede quanto ao número de nós que a rede pode suportar, vai depender do meio de
transmissão utilizado, da taxa de transmissão e da quantidade das ligações ao meio.
Conforme se queira chegar a distâncias maiores que a máxima permitida em um
segmento de cabo, repetidores serão necessários para assegurar a qualidade do
sinal. Tais repetidores, por serem ativos, apresentam um ponto de possível diminui-
ção da confiabilidade da rede.

O desempenho de um sistema em barra é determinado pelo meio de transmissão,


número de nós conectados, controle de acesso, tipo de tráfego e outros fatores. Por
empregar interfaces passivas (sem repetidores), que não exigem armazenamento
local de mensagens, topologias em barra não vão degradar o retardo de transferên-
cia, que, contudo, pode ser altamente dependente do protocole de acesso utilizado.

A topologia de uma rede ira determinar, em parte, o método de acesso utilizado.


Métodos de acesso são necessários para regular o acesso a meios físicos comparti-
lhados. Assim, costuma-se associar os métodos de acesso às topologias utilizadas. A
instalação física das redes tem sofrido uma forte tendência na direção da utilização
de hubs, o que, fisicamente, corresponde à implantação de uma topologia em estrela.

96 SENAI
Instrumentação Digital

Essa tendência é explicada, basicamente, pela crescente necessidade de melhorar o


gerenciamento e a manutenção nessas instalações. 0 maior problema da topologia
em estrela, como mencionado, é a sua baixa confiabilidade dada a presença de um
elemento central no qual as falhas provocam a parada total do sistema. Porém, os
avanços da eletrônica já permitem, hoje, que se construam equipamentos de alta
confiabilidade, viabilizando esse tipo de topologia.

A utilização de hubs, no entanto, não exige, necessariamente, que as interfaces das


estações com a rede a percebam como uma topologia em estrela. Do ponto de vista
da interface das estações com a rede, o funcionamento se dá como em uma barra ou
em um anel, com os seus respectivos métodos de acesso. Note porém, que a imple-
mentação física, interna nos hubs, pode ser qualquer uma desde que essa interface
seja preservada.

SENAI 97
Instrumentação Digital

Interconexão de Redes

Internet working ou interconexão de redes se faz necessário a partir do momento em


que se deseja ampliar os horizontes das redes locais de modo a permitir que os
dados até então confinados viagem por dezenas, centenas de quilômetros.

Internetworking nada mais é do que a implementação de técnicas e equipamentos


que permitem ampliar os limites impostos pelas tecnologias de redes locais de modo a
não perder o desempenho e qualidade.

Equipamentos de interconexão de redes

São equipamentos que tem por função conectar LANs e WANs, isto é, propiciar a
conectividade entre todos os segmentos de redes. Os mais comuns são :

• Repetidor;
• Ponte (Bridge);
• Roteador (Router);
• Comporta (Gateway);
• Multiplexador;
• Compressores
• Hub ou Switch;
• Modem.

Repetidor (Repeater)
É o equipamento mais simples de interconexão de redes usado para estender a área
geográfica de cobertura de uma rede.

Características
• Opera no nível da camada física;
• Regenera sinais transmitidos pela rede;
• São transparentes ao protocolo.

Como exemplo podemos citar uma rede Ethernet com cabo 10base5. Nesta rede sem
repetidor a distância máxima é de 500m. Com o emprego dos repetidores, está
distância passa para um valor de 2,5km.

SENAI 99
Instrumentação Digital

Ponte (Bridge)

São equipamentos utilizados para conectar segmentos de uma mesma rede (LAN ou
WAN), encaminhando dados (quadros).

A ponte utiliza apenas os endereços dos quadros para encaminhar os dados, isto é,
não executa nenhum processamento do protocolo de enlace.

Suponha duas redes, Eth1 e Eth2, interconectadas através de uma ponte, onde
temos uma rede local grande e desejamos dividi-la em duas partes para aliviar o
tráfego no barramento. A função da Bridge será de passar para o outro lado, somente
os dados endereçados, conseguindo um menor trafego.

Figura 1 - Ponte

Roteador (Router)

O Roteador, ao contrário da ponte ou mesmo dos switch, realiza o processamento de


protocolo e portanto operam no nível da camada de rede do modelo OSI.

Como principal função, o roteador executa o roteamento, ou seja, promove a escolha


do melhor caminho para o tráfego dos dados através de uma rede geograficamente
distribuída (WAN).

Com a utilização dos Roteadores, pode-se ter um grande número de caminhos entre
dois pontos de uma rede. No caso de falhas, há outras rotas pelas quais os dados
poderão chegar ao seu destino.

Características
• Opera no nível de rede (03),
• Não é transparente. Sendo assim, para transmitir dados através do roteador, este
deve ser endereçado.
• Permite interligar tecnologias diferentes. Por exemplo, pode-se interligar uma rede

100 SENAI
Instrumentação Digital

Token-ring com uma Ethernet.


• Operam com tabelas de rotas as quais são atualizadas pelo método RIP (Routing
Information protocol).
• Os roteadores só se preocupam em retransmitir os pacotes para as redes certas e
não para a estação final certa.
• Ele “abre” o protocolo, ou seja, abre o bloco (frame) de dados, processando o que
está dentro a nível do protocolo de rede.
• O roteador escolhe o melhor caminho para atingir um endereço final.
• As estações finais devem conhecer todos os roteadores presentes na rede. A
estação remetente deve conhecer obrigatoriamente o endereço do primeiro rotea-
dor ao qual envia o pacote.

Comporta (Gateway)

Podemos entender o gateway como um conversor de protocolo, que conecta arquite-


turas diferentes (Netware, SNA, UNIX e outras), fazendo com que um equipamento
de uma lado com um protocolo X, fale com outro equipamento do outro lado com um
protocolo Y.

Características
• Não é um roteador, pois só opera ponto a ponto.
• Não é uma bridge, pois o gateway não é transparente já que trata o protocolo.
• São equipamentos utilizados para conectar redes de arquiteturas diferentes,
operando como conversores de protocolo.
• São usados para conexão de redes locais diferentes entre si (com protocolos
diferentes), como token-ring x Ethernet ou para conexão de uma rede local com
uma rede WAN SNA, por exemplo.
• O gateway efetua conversão de protocolo e não é, portanto, transparente a
dados.
• A interconexão e o tratamento dos dados se dá no nível 7 do modelo OSI, ou seja,
no nível de aplicação.

Multiplexadores

O objetivo básico da multiplexação é a de compartilhar o meio de transmissão entre


vários usuários.

No início da formação das redes de teleprocessamento,


sempre que se desejava fazer uma conexão entre dois
pontos, a mesma era dedicada, onde um acesso atendia
unicamente ligação entre dois pontos

SENAI 101
Instrumentação Digital

Figura 2

Os protocolos existentes na época eram de transmissão ponto a ponto, e não se fazia


o uso de roteamento. Visando principalmente a redução de custos, surgiram os
multiplexadores do tipo divisão de tempo e estatístico, compartilhando assim o meio
de transmissão.

MUX Estatísticos

A multiplexação visa basicamente o compartilhamento de um meio de transmissão


(canal principal) por vários usuários que acessam o equipamento por canais chama-
dos de secundários. A multiplexação estatística aloca a banda de transmissão dina-
micamente, para a porta que mais estiver necessitando transmitir no momento.

MUX TDM

A multiplexação TDM (Time Division Multiplex) divide o tempo de transmissão entre


seus canais secundários em partes predeterminadas, pré-programadas e fixas. Neste
caso ocorre que mesmo que um canal não tenha dados a transmitir, terá o seu
espaço de tempo de uso alocado. Esta técnica também é chamada de multiplexação
determinística.

Compressores

Normalmente, são multiplexadores do tipo estatístico com função de compressão


agregada. A compressão, reduz a quantidade de bits transmitidos para representar os
dados. Isto dá um aumento na performance de transmissão pois a informação é
transmitida mais rapidamente devido ao fato de se ter menor quantidade de bits.

Hub ou Switch

Muito semelhante a bridge, trabalha na camada de enlace, conectando vários seg-


mentos da rede ao mesmo tempo, com conexão ponto a ponto, ou seja, este disposi-
tivo fecha o link entre um ponto e outro, podendo efetuar vários links ao mesmo
tempo, permitindo, portanto que vários links se falem ao mesmo tempo.

102 SENAI
Instrumentação Digital

Modem

Modem, nome formado pela contração das palavras MOdulador e DEModulador, são
um equipamento bidirecional que, instalado nas duas extremidades de um canal de
comunicação de dados, tem por função adequar um sinal binário oriundo de um
computador às características da linha.

Na prática, os sinais, no seu formato digital normal, podem ser transmitidos por cabo
comum a uma distância de no máximo 15 metros. Além desse limite, o índice de erros
pode se tornar extremamente elevado, exigindo o uso de modens para resolver o
problema.

Existem no mercado dois tipos de modens:

• Analógicos;
• Digitais.

Modems Analógicos
Este equipamento executa a transformação, por modulação dos sinais digitais emiti-
dos pelo computador, gerando sinais analógicos adequados à transmissão sobre uma
linha telefônica. No destino, um equipamento igual a este demodula a informação,
entregando o sinal digital restaurado ao equipamento terminal a ele associado.

Conceito de Modulação
É um processo pelo qual é modificado a onda PORTADORA, segundo um sinal
MODULANTE. A modulação pode ser feita variando amplitude, freqüência ou fase da
onda portadora, isoladamente ou conjuntamente. A informação impõe o modo como
vai ser modificada a portadora. Ao se analisar na recepção, as modificações sofridas
pela portadora, pode-se recuperar a informação digital.

Existem vários tipos de modulação entre elas: FSK, PSK, DPSK, QAM, porém vamos
estudar apenas a modulação FSK e PSK.

Modulação FSK

A modulação FSK (Frequency Shift Keying), ou modulação por desvio de freqüência,


consiste em alterar a freqüência da portadora de acordo com a informação a ser
transmitida.

No caso de comunicação de dados, quando se deseja enviar o bit “1” (marca), trans-
mite-se a própria portadora sem alterar sua freqüência. Para o bit “0” (espaço), a
freqüência da portadora é alterada para uma freqüência mais alta.

Na falta de dados para transmitir, o Modem fica na condição de marca, isto é, emitin-
do na linha a própria portadora (condição de portadora constante).

A modulação FSK é utilizada nas transmissões assíncronas (até 1200bps), por isso a
portadora pode ser mantida na condição de marca (1300Hz) durante a ausência de
dados, já que, por ocasião de transmissão de um caractere haverá o START, que
significa o estado inicial de espaço (frequência de 2100Hz).

A principal vantagem da modulação em freqüência é a pouca sofisticação dos mo-

SENAI 103
Instrumentação Digital

dens e a principal desvantagem é a necessidade de uma relação S/R (sinal/ruído)


muito elevada.

Modulação PSK

A modulação PSK (Phase Shift Keying),ou modulação por


desvio de fase, consiste em variar a fase da portadora de
acordo com os dados a serem transmitidos. Por exemplo,
ao bit “0” corresponde a fase 0º e ao bit “1” corresponde a
fase de 180º da portadora, conforme mostra a figura 5

Figura 5 - Modulação PSK

Técnicas Multinível

Até o momento, verificamos que, para cada bit “0” ou “1” que desejamos transmitir, a
portadora sofre uma mudança em uma de suas características, ou seja, um bit (0 ou
1) provoca um estado na portadora. Esta técnica denomina-se MONOBIT, mas tem
também as técnicas DIBIT e TRIBIT

A técnica DIBIT consiste em imprimir à onda portadora a informação de dois bits ao


mesmo tempo. Desta forma, para cada variação da portadora, transmitem-se dois
bits. Consideremos o exemplo em que para cada conjunto de dois bits possíveis,
altera-se o ângulo da portadora em 90º. Assim, poderíamos ter a tabela 1

DIBIT Fase da Portadora


Alternativa “A” Alternativa “B”
00 0º 45º
01 90º 135º
11 180º 225º
10 270º 315º

Tabela 1

A técnica TRIBIT provoca uma mudança no ângulo da portadora para cada três bits
que se deseje transmitir, conforme é mostrado na tabela 2.

TRIBIT Mudança de Fase

104 SENAI
Instrumentação Digital

0 0 1 0º
0 0 0 45º
0 1 0 90º
0 1 1 135º
1 1 1 180º
1 1 0 225º
1 0 0 270º
1 0 1 315º

Tabela 2

Modems Digitais

São equipamentos que realizam uma codificação no sinal digital visando adequá-la à
transmissão em uma linha física. A codificação é uma mudança na representação do
sinal digital, transformando o próprio sinal digital oriundo do ETD em um outro sinal
mais adequado às condições da linha.

Rigorosamente, esse tipo de equipamento não deveria ser chamado de modem, uma
vez que não realiza a modulação/demodulação do sinal digital. Os modens digitais
são também conhecidos como MODEM BANDA BASE ou DATA SET.

Considerando que a faixa de frequência disponível nos meios de transmissão geral-


mente é limitada, esse sinal digital codificado sofre bastante distorção ao se propagar
pelo meio. Isso obriga ao uso desses modens digitais apenas em distâncias curtas
(alguns quilômetros) e com linhas de boa qualidade, sem pupinização e dispositivos
eletrônicos (linhas tipo “B”).

Uma das vantagens de se usar um modem digital é que, pelo fato de apenas realizar
a codificação do sinal, ele é mais simples a nível de circuitos, tornando o seu preço
mais acessível.

As diversas técnicas de codificação do sinal digital procuram gerar o sinal codificado


com muitas transições, a fim de facilitar a recuperação do sincronismo do modem
receptor. Além disso, procura-se concentrar o espectro de transmissão do sinal
codificado dentro de uma faixa de frequência com pouca componente DC. Existem
várias técnicas de codificações entre elas: Codificação AMI, Codificação HDB-3,
Codificação MILLER, porém estudaremos somente a AMI.

Codificação AMI

O método bipolar AMI (Alternate Mark Inversion - Inversão Alternada de Marcas)


utiliza três níveis de sinal (+,0,-) para codificar a informação binária a ser transmitida.
O bit “0” é representado pelo nível 0 (nível nulo), enquanto o bit “1” corresponde a
pulsos retangulares com metade da duração do dígito e polaridade alternada (+ ou -),
conforme mostra a figura 9.

SENAI 105
Instrumentação Digital

Figura 9 - Codificação AMI

Com essas alternâncias de marcas, consegue-se garantir a ausência de nível DC no


sinal codificado, entretanto, quando ocorrer uma seqüência longa de zeros, o sinal
codificado fica muito tempo sem transições na linha, o que dificulta a obtenção do
relógio de sincronismo (cadência).

Comparações entre Modems Digitais/Analógicos

Digital Analógico
Custo Econômico Caro
Modulação Não faz Faz
Codificação Faz Não faz
Distância Distância pequena - 8 a 22 km Não tem limite
Modelo/Velocidade Opera em qualquer velocidade Opera em determinadas
velocidades
Tipo de LPCD Melhor qualidade - tipo “B” Qualquer meio - tipo “N” ou “C”
Conexão Interurbana Inadequado Adequado
(FDM)
CCITT Não são padronizados São padronizados

Tabela 4

Interface ETD-ECD

A interface digital é um dispositivo de entrada e saída que torna possível a compatibi-


lidade entre um ETD (Microcomputador, impressora, terminal de vídeo, etc) e um ECD
(modem).
A compatibilidade é obtida pela padronização a nível internacional da interface. A
primeira tentativa de padronização ocorreu em 1969, quando os fabricantes de
equipamentos , o laboratório Bell e a EIA especificaram a RS232B, que logo em
seguida, com algumas alterações , tornou-se o padrão RS232C. Paralelamente, o
CCITT também padronizou a interface terminal-modem, através das recomendações
V.24/V.28, compatível com a RS232C. A diferença básica entre ambas consiste
apenas na designação de pinagem. Em termos de Brasil, a Telebrás adota a norma
internacional recomendada pelo CCITT.

106 SENAI
Instrumentação Digital

Principais sinais de interface

A figura 12 mostra os principais sinais de interface entre o terminal (ETD) e o mo-


dem(ECD).

Figura 12 – Principais Sinais de Interface

Modem Analógico Síncrono

O diagrama em blocos de um modem genérico analógico síncrono é apresentado na


figura 13.

Figura 13 - Modem analógico síncrono

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Instrumentação Digital

Modem Digital Síncrono

A figura 14 mostra o diagrama de blocos do modem digital e os principais circuitos de


interface digital.

Figura 14 - Modem digital

108 SENAI
Instrumentação Digital

Meios de Transmissão

Para realizar a conecção entre equipamentos microprocessados é necessário um


meio de transmissão, onde a informação será transmitida e recebida. O meio de
transmissão pode se apresentar em três tipos a saber:

• ELÉTRICO;
• ÓTICO;
• SEM FIO.

Elétrico

Utiliza o condutor elétrico para realizar a transferencia de informações. O condutor


elétrico pode assumir vários formatos como será mostrado a seguir. Porém antes de
serem apresentados, é conveniente fazer uma rápida explanação contemplando as
características mais importantes, para caracterizar os cabos elétricos. Veremos a
seguir algumas das características e a terminologia utilizadas para referenciar os
cabos elétricos.

Características dos Cabos

Taxa de Transmissão
Um cabo que transmite apenas um sinal é denominado cabo de banda- base. Esse
termo é freqüentemente abreviado para BASE. Alguns cabos podem manipular
simultaneamente a transmissão de diferentes sinais, enviando-os em diferentes
freqüências. Esses cabos são denominados cabos de banda larga. Os cabos de
banda larga são mais caros e requerem um equipamento de modulação de freqüência
adicional; o cabo de banda base é o tipo usado para rede de computadores.

SENAI 109
Instrumentação Digital

Os cabos também são descritos pela velocidade máxima de transmissão de dados


que eles podem manipular. A velocidade de transmissão de dados é expressa em
números de megabits (um milhão de bits) transmitidos por segundo. Assim, 10BASE,
um tipo muito comum, indica que o cabo é de banda-base e é capaz de transmitir os
dados a uma taxa de 10 megabits por segundo (abreviado para 10 Mbits/s). O cabo
100BASE está se tornando mais comum e pode manipular 100 Mbits/s.

Além disso, o cabo é descrito por um número indicando o comprimento máximo, em


centenas de metros, que você pode usar para qualquer segmento sem diminuir o
sinal eletrônico. Por exemplo, o termo 10BASE2 indica que o cabo é de banda-base,
manipula 10 megabits por segundo e pode ser usado a um comprimento máximo de
200 metros.

Finalmente, se o cabo é do tipo par trançado, a letra T é acrescentada ao final do seu


atalho descritivo. Desse modo, 10BASET descreve um cabo de banda-base, de par
trançado, que manipula 10Mbits/s.

Largura da Banda

Na terminologia dos cabos, BASE vem do cabo de rede padrão, que é o cabo de
banda-base. Os termos banda larga e banda-base são relativos a uma peça freqüen-
temente usada no jargão de rede: largura da banda.
Largura da banda é um termo genérico que descreve a quantidade de dados que
pode ser transportada em uma rede; quanto mais dados, maior a largura da banda. O
cabo de banda larga pode transportar uma rede com uma grande largura de banda,
pois um único cabo transporta simultaneamente as transmissões de dados ao longo
de freqüências múltiplas. Por exemplo, ele é usado em sistemas de TV a cabo para
transmitir múltiplos canais. Nas redes locais o cabo com banda-base, é que será
usado.

Tipos de Cabos

Além das diferenças nas suas capacidades de transmissão, os cabos são classifica-
dos de acordo com seu tipo de construção física. Existem diversos tipos de cabos,
cada um adequado a uma determinada configuração de rede e taxas de transporte de
dados. Os tipos mais comuns em uso são o coaxial, o par trançado e a fibra óptica.

110 SENAI
Instrumentação Digital

Cabo Coaxial (THIN – 10BASE2 E THICK – 10BASE5)


O cabo coaxial é um suporte de transmissão formado basicamente por um condutor
cilíndrico, dentro de um tubo metálico concêntrico, que serve ao mesmo tempo como
condutor de retorno e como blindagem eletrostática.

Os dois condutores são separados por um material dielétrico que pode ser o ar seco
ou algum plástico. Duas fitas de aço podem ser aplicadas em espiral sobre o condutor
externo a fim de fornecer , além da proteção mecânica, uma eficiente blindagem
magnética (cabos triaxiais). Isto aumenta a imunidade às diferenças de potencial
entre os aterramentos nas extremidades do cabo.

Os parâmetros elétricos de cabos coaxiais são determinados pela disposição geomé-


trica dos condutores. A partir desses parâmetros obtém-se as suas características de
atenuação em função do comprimento do cabo que em última análise determinam
sua capacidade de transmissão. A estrutura mais consistente do cabo coaxial (homo-
geneidade dos parâmetros geométricos) e as suas qualidades intrínsecas quanto à
blindagem permitem um melhor controle , e uma menor dependência com a freqüên-
cia das suas constantes elétricas. Disso resulta uma melhor capacidade de transmis-
são dos cabos coaxiais quando comparados com os pares trançados.
Os cabos coaxiais costumam ser classificados segundo a tecnologia de transmissão
utilizada: banda básica (50 ohms) e banda-larga (75 ohms). No caso da transmissão
em banda-básica onde o sinal digital é injetado diretamente no cabo, a capacidade de
transmissão dos cabos coaxiais usuais varia desde alguns Mbps/Km em cabos mais
finos até algumas dezenas de megabits por segundo x quilômetro para cabos mais
grossos.

Devido a sua inerente estrutura blindada, os cabos coaxiais apresentam uma imuni-
dade ao ruído superior aos pares trançados. Isso favorece o uso de cabos coaxiais
nas ligações em ambientes mais ruidosos. Por outro lado, os cabos coaxiais apresen-
tam dimensões físicas maiores e menor maleabilidade quando comparados com os
pares trançados. Essas características exigem maiores cuidados na sua instalação
quanto ao espaço nas canalizações , dobras etc. Os cabos coaxiais banda larga com
maiores capacidades de transmissão são mais volumosos e menos flexíveis, portanto,
tendem a ser mais difíceis de se instalar.

SENAI 111
Instrumentação Digital

Figura 1- Cabo Coaxial

Cabo Par Trançado (Twisted Pair – TP)

No par trançado, dois fios são enrolados em espiral evita que os fios assumam
características de uma antena, o que os tornaria susceptíveis a interferências eletro-
magnéticas.

A transmissão no par trançado pode ser tanto analógica quanto digital. Radiação
pode ocorrer quando a separação dos condutores e o comprimento de onda se
aproximam. Como conseqüência, existe um limite na freqüência de transmissão. A
banda passante do par trançado é notavelmente alta, considerando o fato de ele ter
sido projetado para o tráfego analógico telefônico. Taxas de transmissão podem
chegar até a ordem de alguns megabits por segundo, dependendo da distância,
técnica de transmissão e qualidade do cabo.

A perda de energia é um parâmetro importante quando se discute não só a taxa


máxima de transmissão, mas também a distância máxima permitida, qualquer que
seja o meio de transmissão. A perda de energia aumenta com o aumento da distân-
cia, até chegar a um ponto onde o receptor não consegue mais reconhecer o sinal.

A energia pode ser perdida por:

• Radiação: a linha de transmissão pode agir como uma antena se o condutor é


uma fração apreciável do comprimento de onda transmitido
• Calor: que vai ser proporcional à corrente e à impedância do meio, aumentando
com a freqüência, uma vez que o sinal é transportado cada vez mais na parte ex-
terna do condutor – efeito peculiar

Em geral um par trançado pode chegar até várias dezenas de metros com taxas de
transmissão de alguns megabits por segundo.

112 SENAI
Instrumentação Digital

A desvantagem do par trançado é a sua susceptibilidade à interferência e ruído,


incluindo crosstalk de fiação adjacente. Esses efeitos podem, no entanto, ser minimi-
zados com uma blindagem adequada. O par trançado pode ser comprado com
diferentes propriedades (par trançado comum, par trançado blindado, etc.

Em sistemas de baixa freqüência a imunidade ao ruído é tão boa quanto a do cabo


coaxial. Em freqüências um pouco mais elevadas ( acima de cerca de 100kHz ) o
cabo coaxial é bem superior. Cabos de par trançado blindado (Shielded Twisted Pairs
- STP) são confeccionados industrialmente com impedância característica de 150
ohms e podem alcançar largura de banda de 300MHz em 100 metros de cabo.

Figura 2 - Cabo Par Trançado

Meio de Transmissão Ótico

A transmissão ótica é realizada por cabos de fibra de vidro fina ou filamento plástico,
coma largura aproximada de um fio de cabelo, protegida por um enchimento plástico
e uma camada externa de teflon. Os cabos de fibra óptica usam um pulso de luz laser
em vez de uma freqüência eletrônica para transmitir um sinal.

O uso de luz oferece vantagens importantes sobre o uso da eletricidade; o sinal de


luz pode ir mais longe, mais rápido e de forma mais confiável. Além disso, o sinal de
luz é imune a interferências elétricas externas. O cabo de fibra ótica pode enviar
sinais confiáveis a uma distância de até 10 quilômetros, a uma velocidade de aproxi-
madamente 100.000 Mbits/s.

SENAI 113
Instrumentação Digital

Figura 3 - Cabo de Fibra ótica

Esse tipo de cabo pode também ser mais caro de comprar, instalar e manter. Ele
requer equipamentos especiais (denominados dispositivos de linha de fibra ótica)
para traduzir os sinais eletrônicos que são enviados pelas estações ao longo do cabo.
Seu uso é limitado a grandes e extensas redes, em que a distância, velocidade e
segurança são pontos tão importantes que justificam a despesa extra.

As fibras de vidro podem ser do tipo:

• Multimodo: suporta distâncias de até 2km com fibras de 50/125u ou 62,5/125u de


diâmetro. A fonte geradora de luz são LEDs.

A aplicação básica é a interligação de redes e equipamentos em campo, para o


tráfego de redes Ethernet (10 ou 100Mbps), token-ring, FDDI e ATM a 155Mbps e
622Mbps.

• Monomodo: tem alcances de 10 a 40km, com fibras de 10u de diâmetro. Este


tipo de fibra opera com feixe de luz laser para a transmissão, tendo um custo mais
elevado que a fibra multimodo.

O cabo de fibra ótica é composto por condutores de fibra de vidro, protegida por uma
camada plástica protetora. Visando reduzir custos, é provável que tenhamos as fibras
de vidro substituídas por fibras de plástico no futuro (Plastic Optical Fiber – POF). Os
sinais são propagados por luz, atingindo velocidades de transmissão de 100Mbps até
Gbps e com alcances de até 120km, sem a necessidade de uso de repetidores,
dependendo do sistema utilizado.

114 SENAI
Instrumentação Digital

Resumo das principais características dos Meios de transmissão Elétrica e Ótica

• Transmissão Elétrica (Cabo Coaxial)


1. Relativa facilidade de instalação, baixo custo e boa imunidade a ruídos elétricos;
2. Pode ser utilizado tanto em redes departamentais, como em ambientes industriais;
3. Dificuldade de remanejamento físico (lay-out) e baixo nível de segurança;
4. Complexidade de manutenção, quando o número de nós for grande.

• Transmissão Elétrica (Cabo Par Trançado)


1. Custo por metro atraente, instalação simples e eficiente;
2. Ótimo gerenciamento de manutenção;
3. Velocidade de até 100Mbps (nível 5) - com padrão Fast Ethernet
4. Grande flexibilidade de Lay-out;
5. Baixa imunidade a ruídos elétricos, com limitações de distância (100m);
6. Aplicações em ambientes internos (Redes departamentais).

• Transmissão Óptica (Fibra óptica)


1. Não conduz eletricidade, totalmente a prova de campos eletromagnéticos;
2. Possuí baixa atenuação, não necessitando de elementos amplificadores;
3. Requer mão de obra especializada para conectorização e instalação;
4. Custa o dobro do investimento realizado com as soluções anteriores;
5. Teme ambientes úmidos, requerendo tipos especiais de fibras.

Instalação dos Cabos


Um cabo é conectado às estações de trabalho e a outros nós ao longo da rede por
meio de conectores especiais, que são específicos para o tipo de cabo que está
sendo usado.

Conectores Coaxiais
Um cabo coaxial requer uma conexão denominada conector BNC (British Naval
Conector) que é um cilindro de metal com uma incisão no lado (figura 3.6). O conector
se ajusta sobre um receptáculo cilíndrico menor com uma pequena saliência. A
incisão no conector desliza em torno da saliência à media que o conector é fixado no
lugar. Você prende o conector girando-o, apertando-o contra a saliência.

Um conector BNC especial, denominado conector T (figura 3.7), é usado para unir as
estações de trabalho com topologia em anel ou encadeada. Um conector T é fixado a
cada placa de rede e se projeta da parte posterior de cada estação de trabalho. A

SENAI 115
Instrumentação Digital

rede é ligada por cabos que são fixados à extremidade aberta dos conectores T. Em
uma topologia encadeada, duas estações de trabalho (uma em cada extremidade da
encadeada) terão apenas um cabo fixado. Nessas estações de trabalho, a extremida-
de aberta do conector T deve ser tampada usando um plug resistor (figura 3.8), uma
pequena tampa que absorve o sinal e evita distorções ao longo da linha. Esse tipo de
conexão é muito fácil de instalar e manter.

Figura 4 - Conector BNC

As redes com topologia em barramento com padrão Ethernet, que compartilham um


único cabo, são conectadas de maneira diferente. Nessa topologia, um cabo é
conectado diretamente a cada placa de rede e estendido até o cabo compartilhado.
Este é marcado a cada 1,5 metro para indicar onde um conector tap pode ser instala-
do. Um tap é um pequeno dispositivo que perfura o cabo compartilhado e faz a
conexão com o núcleo. O tap é usado para ligar um dispositivo denominado transcep-
tor (ou Media Attachment Unit, MAU) ao cabo compartilhado.

Figura 5 - Conector tipo T

Tal dispositivo inclui uma ligação para um cabo especial de nove fios que conecta o
cabo compartilhado com a estação de trabalho da rede. Esse tipo de conexão requer
uma manipulação mais precisa e cuidadosa, para garantir que conexões sólidas
sejam feitas nos locais exatos ao longo do cabo central compartilhado. Conexões
imprecisas levam a distorções do sinal e a comunicações ruins na rede, e, por esse
motivo, é melhor deixar essa tarefa para um profissional responsável.

116 SENAI
Instrumentação Digital

Figura 6 - Plug Resistor

Conexões de Par Trançado

Os cabos de par trançado usam conectores que se parecem


com plugs normalmente encontrados nos fios telefônicos
dentro das residências. São denominados conectores RJ
(figura 3.9). Eles são construídos para diferentes especifica-
ções para diferentes tipos de cabos par trançado. O tipo mais
comum, denominado RJ-11 é o usado para telefones. Uma
versão maior desse conector é o RJ-45, que pode manipular
cabos até oito fios. O conector RJ é inserido simplesmente no
soquete correspondente na placa da rede até que se fixe no
lugar. Esse tipo de tecnologia de cabo está aperfeiçoado, e o
desempenho pode ser igualado ao do cabo coaxial a preços
reduzidos.

Figura 7 - RJ45

Conexões de Fibra Óptica

Um cabo de fibra óptica é feito sob encomenda e vem equipado com seus próprios
conectores. Esses conectores se encaixam em receptáculos especiais e se fixam no
lugar. Se você está conectando uma estação com equipamento que não é compatível
com o cabo de fibra óptica, deve ligar a estação de trabalho a um dispositivo de
SENAI 117
Instrumentação Digital

conversão denominado dispositivo de linha de fibra óptica (fiber-line driver); este


dispositivo captura o sinal de luz e o converte em sinal eletrônico, e vice-versa. Pode
vir a se tornar caro instalar vários equipamentos extras a fim de proporcionar compa-
tibilidade entre os nós da rede e o cabo, e o equipamento extra exige também manu-
tenção adicional. Mas, se você tem um sistema muito grande e precisa melhorar o
desempenho, essa opção pode valer a pena.

Instalação de Cabos

Ao contrário de outros cabos elétricos, um cabo de rede está sujeito a problemas de


desempenho devido a curvaturas e pressões. Por razões estéticas, as pessoas
gostam de instalar os cabos de maneira que não fiquem visíveis - atrás das paredes,
junto ao teto e em espaços apertados. Isso é ótimo, desde que você os proteja contra
danos difíceis de serem percebidos. Vazamentos de água e calor podem prejudicar o
cabo e interromper a rede.

Além disso, os sinais do cabo estão sujeitos a distorções provenientes de aparelhos


elétricos próximos. Luzes de néon têm sido causa de problemas; outro foco de
problema potencial são os cabos dos elevadores e maquinário industrial próximo.
Quando necessário, você pode proteger seu cabo das interferências do ambiente,
passando-o através de uma tubulação isolante especial.

Manutenção dos Cabos da Rede


Como os problemas de cabeamento são freqüentemente a fonte dos problemas da
rede, faz sentido inspecioná-lo sempre que se tentar solucionar quase tudo na rede -
desde baixo desempenho até queda do sistema.

Primeiro verifique os conectores. Cabos frouxos ou desconectados causam enormes


problemas e são facilmente reconectados.

Verifique os sinais de danos físicos. Os cabos podem estar cortados ou quebrados


(quando objetos pesados são colocados sobre eles, por exemplo), e o dano é nor-
malmente fácil de localizar.

Se os cabos não são fáceis de inspecionar (quando são passados através de dutos
de ar ou através de paredes), você pode usar um dispositivo denominado reflectôme-
tro, que transmite um sinal através do cabo e mede o tempo necessário para o sinal

118 SENAI
Instrumentação Digital

ser refletido de volta a partir dos pontos bloqueados. O tempo decorrido é traduzido
em distância no cabo, e você então terá uma boa idéia de onde o problema está.

Transmissão Sem Fio (WIRE-LESS TRANSMISSION)

A terceira alternativa para estabelecer a conexão é denominada serviço de transporte


sem fio, ou rede sem fio. Essa tecnologia consiste em um hardware que administra a
conexão utilizando dispositivos de sinal de rádio ou sinal de infravermelho, eliminando
a necessidade de cabos. Uma rede sem fio pode ser necessária em áreas onde o
cabeamento é extremamente difícil ou impossível.
Pode ser encontrado dois tipos de transmissão sem fio:

• Irradiação de Ondas;
• Infravermelho

A transmissão por irradiação de ondas pode ser do tipo:

• Rádio
• Microondas
• Satélite

Ondas de Rádio
Por sua natureza, a radiodifusão é adequada para ligações ponto a ponto quanto
para ligações multiponto. Os rádios podem operar na faixa de UHF, necessitando de
autorização do dentel para irradiar.

Uma outra opção de freqüência são as bandas: 902 a 928MHz, 2.4 a 2.483GHz e
5.725 a 5.875GHz, conhecida como tecnologia Spread Spectrum padronizadas pela
IEEE802.11 não necessitando de licença para utilização, mais com potência máxima
de 1W, alcançando distancias pequenas.

As redes sem fio normalmente utilizam frequências altas em suas transmissões. Parte
das ondas de rádio, nessas frequências, são refletidas quando entram em contato
com objetos sólidos, o que implica na formação de diferentes caminhos entre o
transmissor e o receptor, principalmente em um ambiente fechado.

SENAI 119
Instrumentação Digital

Devido a este fato, apenas parte do sinal segue o caminho reto entre o transmissor e
o receptor. Como conseqüência, acontece um espalhamento no tempo do sinal que
chega ao receptor, onde a velocidade de propagação é igual e os caminhos possuem
comprimentos diferentes, isto é, várias cópias do sinal chegam ao receptor desloca-
das no tempo. Quando as várias cópias do sinal chegam ao receptor, após percorre-
rem distâncias diferentes, elas somam-se aleatoriamente, sendo o valor do sinal
captado pela antena do receptor igual ao resultado dessa soma o sinal está correto.
Se ocorrer uma diferença no comprimento dos caminhos os componentes podem
cancelar-se totalmente ou parcialmente, fenômeno conhecido como desvanecimento
de Rayleigh (Rayleigh fading).

O resultado disso é que, no mesmo ambiente, em alguns locais, o sinal pode ser
muito fraco (quase imperceptível), enquanto que em outros, a poucos metros de
distância, pode ser perfeitamente nítido. Assim, ao movimentar-se, o receptor pode
perceber variações abruptas na potência do sinal, ou mesmo quando o receptor esta
fixo, e ocorre uma modificação da posição dos obstáculos no ambiente de operação
da rede, por exemplo, movimentação de pessoas ou objetos sólidos.

Quando se utiliza radiodifusão como meio de transmissão, um aspecto que tem que
ser considerado é a segurança. Teoricamente, não existem fronteiras para um sinal
de rádio, logo, é possível que ele seja captado por receptores não autorizados.
Porém, para garantir privacidade, é indispensável a utilização de algum mecanismo
de criptografia ao transmitir os sinais.

Outro cuidado que deve ser tomado ao se utilizar radiodifusão como meio de trans-
missão, é a possível existência de interferência, provocada por fontes que geram
sinais na mesma banda de freqüência da rede. Alguns exemplos de possíveis fontes
de interferência são: motores elétricos, radares, dispositivos eletrônicos, copiadoras,
impressoras a laser etc.

Microondas
Sinais transmitidos através de uma onda portadora com freqüência na faixa de 18
GHz. Os dados podem atingir velocidades de 2 Mbps, 10 Mbps ou mais, dependendo
da distância entre os pontos.
Possuem limitação de distancia, necessitando de repetidores para distancias maiores
que 20 Km

120 SENAI
Instrumentação Digital

Um link de microondas necessita de visada direta entre os dois pontos que estão se
comunicando. Pode trafegar voz, dados e imagem.

Satélite
A transmissão via satélite é normalmente utilizada para atingir pontos onde a rede
terrestre não chega ou tem dificuldade de chegar. A onda portadora que carreia o
sinal dos dados situa-se na faixa de 5 GHz a 16 GHz, dependendo do equipamento.
Quando a transmissão é bidirecional as freqüências de transmissão e recepção são
diferentes.

Infravermelho

Sistema que utiliza os efeitos ópticos, operando na freqüência de 100 THz. Apresenta
as seguintes características:

• exige visada direta entre dois pontos a serem conectados


• pode receber interferências de iluminação do ambiente
• não consegue ultrapassar obstáculos como paredes
• atinge velocidades de 16 Mbps

Laser
Utilizado para conexoes ponto a ponto, e exige visada direta entre os dois pontos a
serem conectados, com problemas de interferências com nevoeiros, chuvas etc..

SENAI 121
Instrumentação Digital

Modo de Comunicação entre


computadores

Introdução

Comunicação é a transferência de informação de uma localidade para outra. Em


qualquer sistema de comunicação deve-se ter um transmissor, um receptor e um meio
pelo qual a informação é passada.

Modos de comunicação

A transmissão de dados digitais pode se dar basicamente de dois modos: Paralela ou


Serial.

Comunicação paralela
A comunicação paralela é normalmente utilizada para a troca e informações entre
computadores e demais sistema digitais de alta velocidade quando separados fisica-
mente em locais próximos, isto é, com poucos metros de separação. Por exemplo,
impressoras de linhas que utilizam interface de comunicação paralela, devem ficar
numa distância máxima de 15 metros do computador, tipicamente.

Considerando-se um caractere composto por oito bits, para realizar-se uma transmis-
são paralela, necessitaremos obrigatoriamente de oito vias para a transmissão. Para
tanto é necessário dispormos de uma interface paralela, que é dotada de várias vias
que permitem a transferência simultânea de informações e de controle. Pode ser visto
na figura 1 a comunicação paralela.

SENAI 123
Instrumentação Digital

Dados
1
1
0
0
1
1
printer
0
Micro
0

Comunicação serial
A transmissão serial é o processo pelo qual bit a bit é transmitido de forma seqüencial
por uma única linha física. Assim para a mesma informação enviada na comunicação
paralela, seria necessário oito vezes mais tempo na comunicação serial. No desenho
abaixo pode ser observado a comunicação serial.

Dados
1 1 0 0 1 1 0 0

printer
Micro

Considerando as características apresentadas, quando a comunicação envolve


distâncias relativamente curtas, o modo paralelo é o mais usual, e quando as distân-
cias se tornam maiores, a transmissão mais indicada é a do tipo serial, devido ao
custo, problemas de interferências, manutenção, etc..

A comunicação serial pode ser executada considerando duas técnicas:


Transmissão Serial Assíncrona;
Transmissão Serial Síncrona.

Transmissão Serial Assíncrona

O modo assíncrono trata cada caractere separadamente, transmitindo-o como se


fosse um pacote isolado de informação. A sincronização é realizada por bits sinaliza-
dores de partida (start bit) e de parada (stop bit).

Partida Mensagem Paridade Parada


Start Stop

124 SENAI
Instrumentação Digital

Transmissão Serial Síncrona


Na transmissão síncrona os bits de um caractere são seguidos por outros bits do
próximo caractere, não havendo os bits de start e stop bit. O sincronismo da transmis-
são é conseguido através do envio de caracteres de sincronismo, o que mantêm os
osciladores do transmissor e do receptor em fase.
Sincronismo Mensagem Mensagem Mensagem Sincronismo

Quando o volume de informação a ser transmitida é grande, usa-se o modo de


transmissão assíncrona, pois não precisa envolver a mensagem com os bits de
partida e parada, conseguindo assim enviar mais informações em um menor tempo,
pois é reduzido a quantidade de bits de controle.

Velocidade de Transmissão

A relação da transmissão de dados é chamada de baud-rate e pode ser definida


como o número de bits que são transmitidos por segundo. As relações de transmissão
mais comuns são: 300, 600, 1200, 4800, 9600, 19200 BPS. Como exemplo temos
abaixo a transmissão de 300 BPS, ou seja 300 bits por segundo.

1 3 5 300 Bits

2 4

Tempo = 1 segundo

Métodos de Acesso

Para sistemas de comunicação onde o meio de transmissão é comum, ou seja, um


meio compartilhado, é necessário a implementação de mecanismos que tem por
função controlar o acesso dos dispositivos a rede de computadores, ou seja, discipli-
nar, ordenar os diversos usuários da rede. A camada de enlace do modelo OSI é
responsável pela detecção e recuperação de erros ocorridos na camada física,
oferecendo as camadas superiores um transporte de dados mais confiável.

SENAI 125
Instrumentação Digital

Os métodos de acesso ao canal de comunicação dividem-se em determinístico e


probabilístico. No método probabilistico não e possível garantir que uma estação
possa transmitir em um determinado instante. Já os métodos determinísticos é
possível calcular o tempo para que a estação consiga transmitir.

O IEEE, padroniza as redes de comunicação como já foi visto, e as normas IEEE


802.3, 802.4, 802.5 e ANSI X3T9.5 representam padrões de controle de acesso ao
meio:

802.2
Logical Link Control (LLC)
Enlace Lógico

802.3 802.4 802.5 ANSI


CSMA/CD Token Bus Token X3T9.5
Ring FDDI
Acesso ao Meio
PHY PHY PHY PHY

Interface Física

Podemos considerar três métodos de acesso ao meio:


Sistema Mestre-Escravo
Polling
Sistema CSMA
Sistema Token

Sistema Mestre-Escravo

Sistema de acesso onde o controle é centralizado, e o mestre e quem requisita


informações dos escravos e estes respondem ao mestre. Neste sistema sempre o
mestre é quem inicializa a comunicação.

126 SENAI
Instrumentação Digital

Polling
No método polling, o gerenciador de recursos “pergunta“ a cada um dos computado-
res da rede se estes querem utilizar algum recurso da LAN. A ordem do polling é
definido em função da prioridade de cada usuário podendo ser alterada por configu-
ração.

Carrier Sense Multiple Access (CSMA)


Método usado em redes de barramento, e com a característica em comum para todos
os métodos de escutar o meio de comunicação, para detectar se a linha esta livre ou
desocupada. Se nenhuma outra estação está transmitindo naquele momento, a
estação transmite seus dados imediatamente. Se a estação detecta atividade na
rede, ela espera até que a rede esteja livre. Se duas estações determinarem simulta-
neamente que a rede esteja livre e tentarem transmitir, ocorrerá uma colisão, propa-
gando o quadro com erro, e causando o descarte pelo destinatário. O emissor detecta
a colisão pelo não recebimento do reconhecimento. Este processo ocorre tantas
vezes quantas forem necessárias para que cada estação possa completar, com
sucesso, a sua transmissão. O método CSMA pode ter três variações:

• CSMA Não Persistente;


• CSMA Persistente;
• CSMA P-Persistente;

Carrier Sense Multiple Access With Collision Detection (CSMA/CD)


Este processo é muito semelhante ao método CSMA, visto anteriormente e também
conhecido como padrão Ethernet. A diferença básica em relação ao método CSMA, e
que ocorre a detecção de colisões sem a necessidade de aguardar reconhecimento
por parte do receptor. A finalidade desta verificação é reduzir o número de colisões,
otimizando o uso da rede. Como desvantagem não se pode determinar o tempo
máximo para se obter acesso ao meio físico, ou seja rede a rede não é Determinísti-
ca.

Carrier Sense Multiple Access With Collision Detection (CSMA/CD-PR)


Este processo é muito semelhante ao método CSMA/CD, tendo como principal
diferença o fato da rede ser determinística após a colisão, ou seja, cada usuário após
a colisão, possui uma “janela de tempo” que pode utilizar para acessar o meio.

SENAI 127
Instrumentação Digital

Token-Ring
O método Token-Passing também conhecido como padrão Arcnet, foi desenvolvido
par redes com topologia em anel. Neste processo, cada usuário da rede necessita da
ficha (Token) para utilizar a rede, e somente quem tiver o Token pode transmitir
mensagens. Após um tempo de utilização ou não, o Token é transferido para outro
usuário da rede, não podendo o usuário ficar com o token mais do que o tempo
preestabelecido.

Token-Bus
O método Token-Bus, foi desenvolvido para redes com topologia em barramento,
operando da mesma forma que o Token.

O total de informações que podem ser transmitidas durante a posse do Token é


limitada , para que todas as estações possam igualmente compartilhar o cabo, sendo
uma rede com acesso determinístico

Detecção de erros de comunicação

Muitos são os fenômenos que podem originar sinais indesejáveis nos sistemas de
transmissão de informação, isto é, gerar ruídos. Esses ruídos, que muitas vezes
passam despercebidos quando a transmissão é feita, podem apresentar efeitos
desastrosos na comunicação de dados. Um mero ruído de uma pequena fração de
segundo de duração pode prejudicar a transmissão de alguns bits, fazendo com que
a informação transmitida não possa ser recuperada no terminal receptor.

Para evitar este problema, algumas técnicas são utilizadas para identificar no terminal
receptor se os dados recebidos estão íntegros ou se foram afetados por ruídos no
canal de comunicação. Os métodos de detecção de erros mais utilizados são:

Bit de paridade
Um método simples de se verificar a existência de erros de comunicação é o bit de
paridade. Esse método consiste em se associar no final do grupo de bits transmitidos,
um bit suplementar. O sistema pode trabalhar com dois tipos de paridade:

128 SENAI
Instrumentação Digital

• Paridade Par
• Paridade Ímpar

Na paridade par o bit de paridade é escolhido de maneira que a quantidade de


números um na palavra, incluindo o bit de paridade, seja par. Considerando a mensa-

1010111 ?
Bit de Paridade
Mensagem

gem a ser enviado com 7 bits de tamanho, com paridade par teríamos:
A partir do dado mostrado, o bit de paridade adequado pode ser gerado. Existem
cinco bits um, então o bit de paridade deve ser gerado para que a quantidade de um
seja par, ficando:

1010111 1
Bit de Paridade
Mensagem

Na paridade ímpar o bit de paridade é escolhido de maneira que a quantidade de


números um na palavra, incluindo o bit de paridade, seja ímpar. Considerando a
mensagem do exemplo anterior com paridade ímpar teríamos:

1010111 0
Bit de Paridade
Mensagem

No entanto, sempre que o erro de comunicação afetar um número par de bits, o


método de bit de paridade será insuficiente para constatar os erros, independente de
se estar adotando paridade ímpar ou par.

SENAI 129
Instrumentação Digital

PARIDADE CRUZADA

Para se constatar de forma mais eficiente os erros de comunicação, pode-se adotar a


paridade cruzada. Enquanto o bit de paridade estabelece apenas um código de
Redundância Longitudinal (Longitudinal Redundancy Check - LRC), a paridade
cruzada estabelece o LRC e o Código de Redundância Vertical (Vertical Redundancy
Check - VCR), confrontando no final os dois códigos LRC e VRC, e gerando assim o
bit de paridade cruzada.

Neste método de transmissão, erros não constatáveis pela verificação longitudinal,


podem ser constatados pela verificação vertical. Dado um conjunto de 7 caracteres
com 8 bits sendo transmitidos em modo paridade par teríamos:

Caractere LRC

1 1 0 1 1 1 1 1 1
0 0 1 1 0 1 0 0 1 BCC (Block Check Character)

1 1 1 0 0 1 1 1 0
1 0 1 1 0 0 0 1 0
0 0 0 1 0 0 0 0 1
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 0

VRC 0 1 0 1 0 0 1 0 0 Paridade Cruzada

BCC (Block Check Character)

No método da paridade cruzada, ainda não consegue uma alta confiabilidade, pois na
ocorrência de erros simultâneos, em que temos a coincidência na disposição de duas
linhas mais duas colunas, formando um quadrado, não ocorrendo assim alteração nos
bits de paridade, impossibilitando a detecção de erros na recepção.

Método polinomial ou CRC (Cyclic Redundance Checking)

A detecção de erros através do método polinomial é um sistema eficiente, sendo


capaz de detectar quase todos os tipos de erros, aos quais está sujeito o meio de
transmissão. É também o mais utilizado de todos os métodos.

130 SENAI
Instrumentação Digital

O método polinomial, com já diz o próprio nome, consiste na utilização de polinômios


gerados a partir dos dados a serem transmitidos e de polinômios geradores padroni-
zados pelo CCITT, conforme segue:

Código CRC Polinomio Gerador

CRC-12 212+211 +23 +20


CRC-16 216+215 +22 +20
CRC-CCIT 216+212 +25 +20
CRC-32 232+226 +223 +222+216+212 +212+211 +210+28 +27+25+24 +22 +21

O código CRC-16 e CRC-CCIT detecta até 16 erros simultâneos e 99% dos casos
maiores que 16, enquanto o CRC-12 até 12 erros simultâneos e 99% dos casos
maiores que 12, e aplicando a mesma regra para o CRC-32.

Como exemplo temos a transmitir uma mensagem:

Mensagem: 1011011

Polinômio Gerador: 24 + 21+ 20 = 10011

1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
0 0 1 0 1 1 1
1 0 0 1 1
0 0 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
0 0 0 1 1 0 0
Resto

Na transmissão será enviado a mensagem 1011011 com 4 dígitos CRC 1100. Na


recepção será novamente calculado.

SENAI 131
Instrumentação Digital

1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0
1 0 0 1 1
0 0 1 0 1 1 1
1 0 0 1 1
0 0 1 0 0 1 1
1 0 0 1 1
0 0 0 0 0 0 0
Resto

Na recepção se o resto for igual a zero, significa que não houve erros ao longo do
meio de transmissão, caso contrário, haverá uma indicação de que a imagem foi
recebida com a presença de erros, necessitando portanto da retransmissão da
mensagem.

Padrões de interface de comunicação

Para realizar a conexão entre as máquinas houve necessidade de se normalizar


padrões elétricos. A EIA (Electrical Industry Association) nos EUA, e o CCITT (Comité
Consultatif Internacional Téléphonique et Télégraphique) na França padronizaram as
normas:

O EIA
Normas: RS232B, RS232C, RS422, RS485 etc.

O CCITT:
Normas: V10, V11, V24 , V28, X21 X24, etc.
As mais utilizadas no Brasil são as normas americanas definidas pelo EIA.

Norma EIA-RS232B
Na norma RS232B, a transmissão dos sinais digitais, ou seja dos níveis lógicos 0 e 1
é executada associando-se o nível lógico a uma faixa preestabelecida de tensão DC.
O primeiro padrão foi o RS-232B com os níveis:

132 SENAI
Instrumentação Digital

Nível lógico Tensão

0 3 à 25 Vcc
1 -25 à -3 Vcc
Transição 3 a -3 Vcc

Norma EIA-RS232C
A norma RS232B, sofreu algumas mudanças e passou para o modelo RS232C com
os níveis abaixo:

Nível lógico Tensão

0 3 à 15 Vcc
1 -15 à -3 Vcc
Transição 3 a -3 Vcc

Devido a não ser uma interface digital de tensão balanceada e sua saída não poder
ficar em alta impedância (tree-state) só é possível a utilização em aplicações que se
restringe à:

• pequenas distâncias;
• baixas taxas de comunicação;
• linha dedicada;
• comunicação ponto-a-ponto.

Muitos dispositivos que utilizam a norma RS-232 são interconectados por conectores
padrão DB e de 25 ou 9 pinos (DB25 ou DB9), obedecendo a seguinte pinagem:

SENAI 133
Instrumentação Digital

Número do terminal Descrição

DB 25 DB 9
1 Terra
2 3 Dados transmitidos ( TX )
3 2 Dados recebidos ( RX )
4 7 Requisição de envio - RTS (Re-
quest To Send)
5 8 Permissão de envio - CTS (clear to
send)
6 6 Dados prontos - DSR (Data Set
Ready)
7 5 Terra do sinal
8 à 14 1 Indefinido
15 Clock do bit transmitido interno
16 Indefinido
17 Clock de bit recebido
18 e 19 Indefinido
20 4 Terminal de dados pronto
21 Indefinido
22 9 Indicador de linha telefônica
23 Indefinido
24 Clock do bit transmitido externo
25 Indefinido

Dos sinais apresentados os mais utilizados são:

• Dados transmitidos (TX)


• Dados recebidos (RX)
• Requisição de envio (RTS)
• Permissão de envio (CTS)
• Dados prontos ( DSR)
• Terra do sinal

O padrão RS-232 utiliza tensões para transmissão dos sinais lógicos que são incom-
patíveis com os circuitos da família TTL. É necessário portanto, fazer a conversão
desses sinais para níveis usados na família TTL. Dois componentes que executam

134 SENAI
Instrumentação Digital

esta função conversora são por exemplo o MC1488 ( transmissor ) e o MC1489 (


receptor ).

Norma EIA-RS422
Na norma RS-422, a transmissão dos sinais digitais, 0 e 1 é executada com os
valores:

Nível lógico Tensão

0 5 Vcc
1 -5 Vcc

O padrão RS-232 tem como principais características:


A comunicação sempre será feita no processo master-slave, sendo que o computador
central faz o papel de master e os periféricos se comportam como slave. Isto significa
que todo o gerenciamento da comunicação será conduzido pelo computador central.

Devido a ser uma interface digital de tensão balanceada e sua saída poder ficar em
alta impedância (tree-state) é possível encontrar aplicações envolvendo longas
distâncias, altas taxas de comunicação, linha de comunicação podendo ter vários
equipamentos conectados na mesma rede em paralelo (Sistema Multidrop).

O padrão RS-422 utiliza tensões para transmissão dos sinais lógicos que são incom-
patíveis com os circuitos da família TTL. É necessário portanto, fazer a conversão
desses sinais para níveis usados na família TTL. Dois componentes que executam
esta função conversora são por exemplo o MC3487 ou SN75174 (transmissor) e o
MC3486 ou SN75175 (receptor). Na figura pode-se observar os pinos de ambos os
circuitos

Cabe salientar que a maioria dos computadores vêm equipados com saídas de
comunicação no padrão RS 232. Então é necessário a instalação de uma interface
conversora RS 232 p/ RS 422 e vice-versa.

Norma EIA-RS485
Na norma RS485, a transmissão dos sinais digitais, 0 e 1 é executada com os valo-
res:

SENAI 135
Instrumentação Digital

Nível lógico Tensão

0 5 Vcc
1 -5 Vcc

O padrão RS485 tem como principais características:

A comunicação poderá ser feita no processo master-slave, e também a nível horizon-


tal, ou seja os equipamentos conectados na rede Multidrop poderão conforme o
protocolo permitir trocarem informações entre si não necessitando da intervenção do
computador principal.

Devido a ser uma interface digital de tensão balanceada e sua saída poder ficar em
alta impedância (tree-state) é possível encontrar aplicações envolvendo longas
distâncias, altas taxas de comunicação, linha de comunicação podendo ter vários
equipamentos conectados na mesma rede em paralelo (Sistema Multidrop).

O padrão RS-485 utiliza tensões para transmissão dos sinais lógicos que são incom-
patíveis com os circuitos da família TTL. É necessário portanto, fazer a conversão
desses sinais para níveis usados na família TTL. Dois componentes que executam
esta função conversora são por exemplo o SN75176 (transmissor e receptor ).

LINHAS DE COMUNICAÇÃO.

Com relação às linhas de comunicação, ou à suas ligações físicas, podemos ter


ligações ponto a ponto ou multiponto. Ligações ponto a ponto caracterizam-se pela
presença de apenas dois pontos de comunicação, um em cada extremidade do
enlace ou ligação em questão. Nas ligações multiponto observa-se a presença de três
ou mais dispositivos de comunicação com possibilidade de utilização do mesmo
enlace (figura 5.1).

136 SENAI
Instrumentação Digital

Figura 5.1 – Tipos de ligações

Quanto à forma de utilização do meio físico que conecta estações dá origem à


seguinte classificação sobre a comunicação no enlace (figura 5.2).

• Simplex – o enlace é utilizado em apenas um sentido de transmissão.

Satélite

Parabólica Televisão

• Half-duplex – o enlace é utilizado nos dois (2) sentidos de transmissão, porém


apenas um por vez.

Transmissão Transmissão

Micro Micro
Recepção Recepção

SENAI 137
Instrumentação Digital

• Full-duplex – o enlace é utilizado nos dois (2) sentidos de transmissão simultane-


amente.

Transmissão Recepção

Micro Micro
Recepção Transmissão

138 SENAI
Instrumentação Digital

Arquiteturas de Redes de
Computadores

Na história da evolução dos computadores cada fabricante sempre se preocupou em


desenvolver sistemas proprietários, onde somente equipamentos do fabricante
poderiam ser conectados entre si.

Com o passar do tempo a própria evolução se mostrou contraria a esta situação,


levando obrigatoriamente os fabricantes a desenvolverem sistemas abertos.

Para permitir o intercâmbio de informações entre computadores de fabricantes


diferentes tornou-se necessário definir arquiteturas abertas, de modo a garantir que
não ocorre-se o monopólio por um único fabricante ou um pequeno grupo destes,
esta teria que ser pública.

Padrão ISO/IEC

A ISO (International Organization for Standardization), e a IEC (International Electro-


technical Commission), representa uma das entidades de padronização internacional
em vários segmentos. No Brasil o representante da ISO é a ABNT e o representante
da ISO nos EUA é a ANSI. Com o organograma organizacional abaixo, a ISO através
de seus órgãos define também o padrão de redes de comunicação com o auxilio da
ANSI e do IEEE.

SENAI 139
Instrumentação Digital

Figura 1 - Relação entre os diferentes órgãos de padronização.

O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), é portanto o órgão respon-


sável em definir o padrão de redes de comunicação. Abaixo é listado os principais
padrões do IEEE 802.

Projeto IEE 802

Os padrões IEEE de interesse são:

IEEE 802.2 Logical Link Control


IEEE 802.3 CSMA/CD
IEEE 802.4 Token Bus
IEEE 802.5 Token Ring
IEEE 802.3-6 FDDI (ANSI X3T9.5)

Buscando uma padronização nas redes de comunicação de computadores, a ISO


através da ANSI e do IEEE definiu o modelo denominado Reference Model for Open
Systems Interconnection (RM-OSI), sendo este modelo composto por sete camadas
ou níveis.

140 SENAI
Instrumentação Digital

Figura 2 - Camadas, protocolos e interfaces

A arquitetura de rede OSI é formada por níveis, interfaces e protocolos. Cada nível
oferece um conjunto de serviços ao nível superior, usando funções realizadas no
próprio nível e serviços disponíveis nos níveis inferiores.

Cada camada ou nível deve ser pensada como um programa ou processo, implemen-
tado por hardware ou software, que se comunica com o processo correspondente na
outra máquina. As regras que governam a conversação num nível N qualquer são
chamadas de protocolo de nível N.

O Modelo OSI da ISO

A denominação Open System Interconnection (OSI) qualifica padrões para o inter-


câmbio de informações entre sistemas, o qual tem por objetivo fornecer uma base
comum que permita o desenvolvimento coordenado de padrões para a interconexão
de sistemas

O fato de dois sistemas distintos seguirem o RM-OSI não garante que eles possam
trocar informações entre si, pois o modelo permite que sejam usadas diferentes
opções de serviço/protocolo para todas as camadas do modelo. Com o objetivo de
definir grupos de opções de serviços/protocolos padronizados, a ISO elaborou o
conceito de perfis funcionais. Se dois sistemas seguirem o mesmo perfil funcional

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eles garantidamente irão comunicar-se, pois nesse caso as opções de servi-


ço/protocolo adotadas serão compatíveis.

O modelo OSI possuí sete níveis de protocolos, que são mostrados na figura 3.

Figura 3 - Níveis do modelo OSI

O NÍVEL FÍSICO

O nível físico fornece as características mecânicas, elétricas, funcionais e de proce-


dimento para ativar, manter e desativar conexões físicas para a transmissão de bits
entre entidades de nível de enlace (ou ligação), possivelmente através de sistemas
intermediários.

Uma unidade de dados do nível físico consiste em um bit (em uma transmissão serial)
ou n bits (em uma transmissão paralela).

O protocolo de nível físico dedica-se à transmissão de uma cadeia de bits. Ao projetis-


ta deste protocolo cabe decidir como representar 0´s e 1´s, quantos microsegundos
durará um bit (intervalo de sinalização), se a transmissão será half-duplex ou full-
duplex, como a conexão será estabelecida e desfeita, quantos pinos terá o conector
da rede e quais seus significados, bem como outros detalhes elétricos e mecânicos.

A função do nível físico é permitir o envio de uma cadeia de bits pela rede sem se
preocupar com o seu significado ou com a forma como esses bits são agrupados.
Não é função desse nível tratar de problemas tais como erros de transmissão.

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O nível de enlace
O objetivo deste nível é detectar e opcionalmente corrigir erros que por ventura
ocorram no nível físico. O nível de enlace vai assim converter um canal de transmis-
são não confiável em um canal confiável para o uso do nível de rede. A técnica
utilizada para conseguirmos isso é a partição da cadeia de bits a serem enviados ao
nível físico, em quadros, cada um contendo alguma forma de redundância para
detecção de erros.

Em geral, quase todos os protocolos de nível de enlace incluem bits de redundância


em seus quadros para detecção de erros, mas não a sua correção. Com o crescente
uso de transmissão via satélite, contudo, a correção de erros se torna cada vez mais
atrativa devido ao grande retardo de propagação. Cabe ressaltar que a função de
correção de erros, quer por bits de redundância quer por retransmissão, é opcional
neste nível de protocolo.

O nível de rede
O objetivo do nível de rede é fornecer ao nível de transporte uma independência
quanto a considerações de chaveamento e roteamento associadas ao estabelecimen-
to e operação de uma conexão de rede.

Em redes a ponto (parcialmente ligadas), o nível de rede está ligado ao roteamento e


a seus efeitos, como, por exemplo, controle de congestionamento. Em redes do tipo
difusão, ou com uma única rota, devido a existência de um único canal, a função
principal desse nível torna-se irrelevante.

Existem duas filosofias quanto ao serviço oferecido pelo nível de rede: datagrama e
circuito virtual.

No serviço de datagrama (serviço não-orientado à conexão), cada pacote (unidade de


dados do nível 3) não tem relação alguma de passado ou futuro com qualquer outro
pacote, devendo assim carregar, de uma forma completa, seu endereço de destino.
Nesse tipo de serviço, o roteamento é calculado toda vez que um pacote tem que ser
encaminhado por um nó da rede.
No serviço de circuito virtual (serviço orientado à conexão), é necessário que o
transmissor primeiramente envie um pacote de estabelecimento de conexão. A cada
estabelecimento é dado um número, correspondente ao circuito, para uso pelos
pacotes subseqüentes com o mesmo destino.

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O nível de transporte
O nível de rede não garante necessariamente que um pacote chegue ao seu destino,
e pacotes podem ser perdidos ou mesmo chegar fora da seqüência original da
transmissão. Para fornecer uma comunicação fim a fim verdadeiramente confiável, é
necessário um outro nível de protocolo, que é justamente o nível de transporte.

No nível de transporte, a comunicação é fim a fim, isto é, a entidade do nível de


transporte da máquina de origem se comunica com a entidade do nível de transporte
da máquina de destino. Isto pode não acontecer nos níveis físicos, de enlace e de
rede, onde a comunicação se dá entre máquinas adjacentes (vizinhas) na rede.

O nível de sessão
O nível de sessão fornece mecanismos que permitem estruturar os circuitos ofereci-
dos pelo nível de transporte.

Entre os principais m algumas aplicações, um volume muito grande de dados, por


exemplo um arquivo extenso, é transmitido em redes muitas vezes não muito confiá-
veis. Embora o nível de transporte tente oferecer um circuito confiável, a rede pode
simplesmente deixar de funcionar. Quando isso acontece, só resta ao nível de trans-
porte indicar a falha e deixar a aplicação decidir o que deve ser feito. Eventualmente,
a rede pode voltar a funcionar , podendo a conexão ser restabelecida. Nesse caso, o
ideal seria que a transferência dos dados pudesse ser retomada do ponto imediata-
mente anterior ao da interrupção.

Com o objetivo de oferecer esse tipo de serviço, o nível de sessão usa o conceito de
ponto de sincronização. Um ponto de sincronização é uma marca lógica posicionada
ao longo do diálogo entre dois usuários do serviço de sessão. Toda vez que recebe
um ponto de sincronização, o usuário do serviço de sessão deve responder com um
aviso de recebimento ao usuário com quem está dialogando. Se por algum motivo a
conexão for desfeita e depois restabelecida, os usuários podem retomar o diálogo a
partir do último ponto de sincronização confirmado.

O nível de apresentação
A função do nível de apresentação é a de realizar transformações adequadas nos
dados, antes de seu envio ao nível de sessão. Transformações típicas dizem respeito

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à compressão de textos, criptografia, conversão de padrões de terminais e arquivos


para padrões de rede e vive-versa.

O nível de apresentação deve conhecer a sintaxe de seu sistema local bem como a
sintaxe do sistema de transferência. Os serviços oferecidos por este nível são:
transformação de dados, formatação de dados, seleção de sintaxes e estabelecimen-
to e manutenção de conexões de apresentação.

O nível de aplicação
O nível de aplicação oferece aos processos de aplicação os meios para que estes
utilizem o ambiente de comunicação OSI. Nesse nível são definidas funções de
gerenciamento e mecanismos genéricos que servem de suporte à construção de
aplicações

Transmissão de dados no modelo OSI

A figura 4 mostra o que acontece quando um usuário no sistema A envia uma men-
sagem para um usuário no sistema B no ambiente OSI.

Figura 4 -Transmissão de dados no ambiente OSI.

O processo começa com a entrega dos dados a serem transmitidos pelo usuário para
uma entidade do nível de aplicação no sistema A . Os dados do usuário recebem a
denominação Unidade de Dados do Serviço (Service Data Unit – SDU), sendo eles,
nesse caso, a SDU do nível de aplicação. A entidade da camada de aplicação junta
aos dados do usuário um cabeçalho denominado Informação de controle do protocolo
(Protocol Control information – PCI). O objeto resultante dessa junção é chamado
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Unidade de Dados do Protocolo ( Protocol Data Unit – PDU). A PDU é a unidade de


informação trocada pelas entidades pares, ao executar o protocolo de uma camada,
para fornecer o serviço que cabe à camada em questão. A PDU do nível de aplicação
(cabeçalho+dados do usuário) é então passada para o nível de apresentação.

A entidade do nível de apresentação trata a unidade que recebe da mesma forma que
o nível de aplicação trata os dados do usuário ( a PDU do nível de aplicação é uma
SDU do nível de apresentação), e acrescenta seu cabeçalho compondo assim a PDU
do nível de apresentação. Esse processo continua até o nível de enlace, que geral-
mente acrescenta um cabeçalho e um fecho, que contém uma Frame Check Sequen-
ce (FCS) para detecção de erros.
A PDU do nível de enlace, que é denominada quadro (frame), é transmitida pelo nível
físico através do meio de transmissão, depois de agregar ao quadro seu cabeçalho e
fecho. Quando o quadro é recebido pelo destinatário, o processo inverso ocorre. Á
medida que a unidade de dados vai sendo passada para as camadas superiores,
cada camada retira o cabeçalho e o fecho que foi acrescentado por sua entidade par
na origem, executa as operações de protocolo de acordo com a informação contida
no cabeçalho, e passa a unidade de dados para a camada superior. O processo se
encerra com o usuário no sistema B recebendo os dados enviados pelo usuário no
sistema A.

Arquitetura TCP/IP

A arquitetura TCP/IP foi elaborada com base no projeto da rede ARPA desenvolvida
nos Estados Unidos pelo Departamento de Defesa na década de 1970, com o objeti-
vo de atender a necessidades de endereçamentos e problemas de interconexão de
redes, permitindo a interoperabilidade entre os diferentes tipos de LANs e Mainfra-
mes. A arquitetura TCP/IP tem se mostrado como padrão de fato para a integração de
plataformas corporativas no que se refere a transmissão de dados. Tem sido usado
nas redes que exigem muitos endereçamentos e como principal usuário nos temos a
rede Internet. .

Seu nome foi extraído dos principais protocolos utilizados: protocolo de transporte
TCP (Transmission Control Protocol) e protocolo de rede IP (Internet Protocol).

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IP: faz o envio dos datagramas, porém não tem os controles de check de envi-
o/recebimento correto dos dados, o que é feito pelo TCP que opera numa camada
acima do IP

TCP: faz o transporte dos dados, garantindo a sua integridade, ou seja, fazendo a
correção de erro.

O protocolo TCP/IP aplicado em um frame Ethernet pode ser visto abaixo:

Dados Header Aplicativo

Dados Header TCP

Dados Header IP

Frame
Dados Header
Ethernet

A arquitetura TCP/IP, apesar do seu caráter de arquitetura de interconexão de redes,


ganhou grande espaço em ambientes de rede local, tanto em plataforma UNIX como
DOS.

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Protocolo de Comunicação

O protocolo de comunicação em um computador é a metodologia usada para iniciali-


zar, manter ou terminar uma mensagem digital de um dispositivo ao outro, controlan-
do assim a comunicação para que a mesma seja eficiente e sem erros.
O protocolo é um programa de computador (software), que recebe ou envia os dados
a serem transmitidos, agregando no início e no fim das mensagens transmitidas os
caracteres de controle, confirmação de recebimento, controle de seqüência das
mensagens ou blocos de dados transmitidos, cálculo e checagem do algoritmo de
detecção de erros e outros controles necessários a uma boa transmissão.

Concluindo as principais funções do protocolo são:

• Endereçamento;
• Estabelecimento de conexão;
• Confirmação de recebimento;
• Controle de erro;
• Retransmissão;
• Numeração e seqüência;
• Conversão de código;
• Controle de fluxo;

Tipos Básicos de Protocolos

Os protocolos podem ser do tipo Assíncronos e Síncronos

Assíncrono
Nesta forma de transmissão, o sincronismo entre as máquinas, é realizado com a
informação a ser transmitida que é encapsulada em um pacote que tem um sinal de
partida (START) e um sinal de parada (STOP).
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Protocolo Assíncrono Start/Stop (TTY)


A conexão entre as estações de transmissão e recepção se estabelecem por um
único bit de partida, de cinco a oito bits de dados, um bit de paridade e 1 ou 1 1/2 ou
2 bits de parada (STOP)

0 XXXXXXXX P 11

Bit/s de STOP

Bit de Paridade
Bits de Dados
Bit de Partida

Síncrono

Nesta forma de transmissão, as correntes de dados são contínuas, não separando a


informação em pacotes como apresentado acima no protocolo assíncrono. A corrente
de dados pode ter um tamanho teoricamente ilimitado, acompanhando a informação
apenas os caracteres de sincronismo. Os protocolos síncronos podem ser orientados
a caractere ou a bit:

Protocolo Síncrono Orientado a Caractere


À regra de troca de informações são baseadas em caracteres especiais.
Protocolo BSC (Binary Synchronous Communications), desenvolvido pela IBM em
1960, opera com o formato Half-duplex , admite os códigos EBCDIC, ASCII, e tem as
opções de detecção de erros na transmissão LRC/VRC ou CR16.

Formato básico do bloco BSC:

SYN SYN SOH CABEÇALHO STX TEXTO ETX BCC


ETB CRC

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SYN Sincronismo
SOH Inicio de cabeçalho
CABEÇALHO Endereço do terminal ao qual vai a mensagem
STX Inicio do texto (Start of Text)
ETB Fim de um dos blocos
ETX Fim do texto todo
BCC Algoritmo de correção de erro

Protocolo Síncrono Orientado a BIT

Neste tipo de protocolo, o tratamento dos dados é feito bit a bit. Os protocolos orien-
tados a bit mais conhecidos são:

HDLC (High Data Link Control) Padrão ISO


SDLC (Synchronous Data Link Control)

HDLC (High Data Link Control)

HDLC Controle de Ligação de Dados em Alto Nível, desenvolvido pela IBM em 1974,
e normalizado em 1976 pela ISO. Trabalha em redes com ligação multi-ponto ou
ponto a ponto, pode operar no formato Half ou Full-Duplex e possui detecção de erro
CRC-16.

Neste protocolo os dados são transmitidos em correntes seriais com qualquer tama-
nho de bits, de 0 bits de dados até o maior número de bits que uma memória possa
armazenar. Não existe limites implícitos de caracteres dentro de uma corrente de
informação.

Formato básico do bloco HDLC:

FLAG ENDEREÇO CONTROLE DADOS CHECK FLAG


8 Bits 8/16 Bits 16 Bits 8 Bits

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FLAG Seqüência de bits que identifica o inicio ou fim do frame


(01111110)
ENDEREÇO Seqüência de bits que identifica quem esta transmitindo
ou deve receber o frame
CONTROLE Seqüência de bits que identifica a finalidade do frame
DADOS Campo de dados (0 a n bits)
CHECK Seqüência de bits que controla os erros de transmissão,
ou seja, onde fica o algoritmo de controle análogo ao
CRC.

SDLC (Synchronous Data Link Control)

SDLC Controle de Ligação de Dados Seriais é um protocolo de comunicação síncrono


orientado a bit e foi desenvolvido pela IBM em 1970. É muito semelhante ao protocolo
HDLC, portanto assinalaremos apenas algumas diferenças:

• No protocolo SDLC os campos de endereço e de controle são exatamente de oito


bits, em contraste com o HDLC cujo campo de endereço pode ter qualquer tama-
nho e o de controle pode ter 8 ou 16 bits.
• No SDLC o reconhecimento de mensagens corretamente recebidas deve ocorrer
a cada 7 quadros necessariamente, enquanto no HDLC não há esta exigência.

Métodos de Acesso

Para sistemas de comunicação onde o meio de transmissão é comum, ou seja, um


meio compartilhado, é necessário a implementação de mecanismos que tem por
função controlar o acesso dos dispositivos a rede de computadores, ou seja, discipli-
nar, ordenar os diversos usuários da rede. A camada de enlace do modelo OSI é
responsável pela detecção e recuperação de erros ocorridos na camada física,
oferecendo as camadas superiores um transporte de dados mais confiável.

Os métodos de acesso ao canal de comunicação dividem-se em determinístico e


probabilístico. No método probabilistico não e possível garantir que uma estação

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possa transmitir em um determinado instante. Já os métodos determinísticos é


possível calcular o tempo para que a estação consiga transmitir.

O IEEE, padroniza as redes de comunicação, e as normas IEEE 802.3, 802.4, 802.5 e


ANSI X3T9.5 representam padrões de controle de acesso ao meio:

802.2
Logical Link Control (LLC)
Enlace Lógico

802.3 802.4 802.5 ANSI


CSMA/CD Token Bus Token X3T9.5
Ring FDDI
Acesso ao Meio
PHY PHY PHY PHY

Interface Física

Podemos considerar três métodos de acesso ao meio:

• Sistema Mestre-Escravo
• Polling
• Sistema CSMA
• Sistema Token

Sistema Mestre-Escravo

Sistema de acesso onde o controle é centralizado, e o mestre e quem requisita


informações dos escravos e estes respondem ao mestre. Neste sistema sempre o
mestre é quem inicializa a comunicação.

Polling

SENAI 153
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No método polling, o gerenciador de recursos “pergunta“ a cada um dos computado-


res da rede se estes querem utilizar algum recurso da LAN. A ordem do polling é
definido em função da prioridade de cada usuário podendo ser alterada por configu-
ração.

Carrier Sense Multiple Access (CSMA)

Método usado em redes de barramento, e com a característica em comum para todos


os métodos de escutar o meio de comunicação, para detectar se a linha esta livre ou
desocupada. Se nenhuma outra estação está transmitindo naquele momento, a
estação transmite seus dados imediatamente. Se a estação detecta atividade na
rede, ela espera até que a rede esteja livre. Se duas estações determinarem simulta-
neamente que a rede esteja livre e tentarem transmitir, ocorrerá uma colisão, propa-
gando o quadro com erro, e causando o descarte pelo destinatário. O emissor detecta
a colisão pelo não recebimento do reconhecimento. Este processo ocorre tantas
vezes quantas forem necessárias para que cada estação possa completar, com
sucesso, a sua transmissão. O método CSMA pode ter algumas variações, entre elas
destacamos:

Carrier Sense Multiple Access With Collision Detection (CSMA/CD)

Este processo é muito semelhante ao método CSMA, visto anteriormente e também


conhecido como padrão Ethernet. A diferença básica em relação ao método CSMA, e
que ocorre a detecção de colisões sem a necessidade de aguardar reconhecimento
por parte do receptor. A finalidade desta verificação é reduzir o número de colisões,
otimizando o uso da rede. Como desvantagem não se pode determinar o tempo
máximo para se obter acesso ao meio físico, ou seja rede a rede não é Determinísti-
ca.

Carrier Sense Multiple Access With Collision Detection (CSMA/CD-PR)

Este processo é muito semelhante ao método CSMA/CD, tendo como principal


diferença o fato da rede ser determinística após a colisão, ou seja, cada usuário após
a colisão, possui uma “janela de tempo” que pode utilizar para acessar o meio.

154 SENAI
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O sistema token se apresenta em dois tipos:

Token-Ring

O método Token-Passing também conhecido como padrão Arcnet, foi desenvolvido


par redes com topologia em anel. Neste processo, cada usuário da rede necessita da
ficha (Token) para utilizar a rede, e somente quem tiver o Token pode transmitir
mensagens. Após um tempo de utilização ou não, o Token é transferido para outro
usuário da rede, não podendo o usuário ficar com o token mais do que o tempo
preestabelecido.

Token-Bus

O método Token-Bus, foi desenvolvido para redes com topologia em barramento,


operando da mesma forma que o Token. O total de informações que podem ser
transmitidas durante a posse do Token é limitada , para que todas as estações
possam igualmente compartilhar o cabo, sendo uma rede com acesso determinístico.

Detecção de erros de comunicação

Muitos são os fenômenos que podem originar sinais indesejáveis nos sistemas de
transmissão de informação, isto é, gerar ruídos. Esses ruídos, que muitas vezes
passam despercebidos quando a transmissão é feita, podem apresentar efeitos
desastrosos na comunicação de dados. Um mero ruído de uma pequena fração de
segundo de duração pode prejudicar a transmissão de alguns bits, fazendo com que
a informação transmitida não possa ser recuperada no terminal receptor.

Para evitar este problema, algumas técnicas são utilizadas para identificar no terminal
receptor se os dados recebidos estão íntegros ou se foram afetados por ruídos no
canal de comunicação. Os métodos de detecção de erros mais utilizados são:

Bit de paridade

SENAI 155
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Um método simples de se verificar a existência de erros de comunicação é o bit de


paridade. Esse método consiste em se associar no final do grupo de bits transmitidos,
um bit suplementar. O sistema pode trabalhar com dois tipos de paridade:

• Paridade Par
• Paridade Ímpar
Na paridade par o bit de paridade é escolhido de maneira que a quantidade de
números um na palavra, incluindo o bit de paridade, seja par. Considerando a mensa-
gem a ser enviado com 7 bits de tamanho, com paridade par teríamos:

1010111 ?
Bit de Paridade
Mensagem

A partir do dado mostrado, o bit de paridade adequado pode ser gerado. Existem
cinco bits um, então o bit de paridade deve ser gerado para que a quantidade de um
seja par, ficando:

1010111 1
Bit de Paridade
Mensagem

Na paridade ímpar o bit de paridade é escolhido de maneira que a quantidade de


números um na palavra, incluindo o bit de paridade, seja ímpar. Considerando a
mensagem do exemplo anterior com paridade ímpar teríamos:

1010111 0
Bit de Paridade
Mensagem

No entanto, sempre que o erro de comunicação afetar um número par de bits, o


método de bit de paridade será insuficiente para constatar os erros, independente de
se estar adotando paridade ímpar ou par.

Paridade Cruzada

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Para se constatar de forma mais eficiente os erros de comunicação, pode-se adotar a


paridade cruzada. Enquanto o bit de paridade estabelece apenas um código de
Redundância Longitudinal (Longitudinal Redundancy Check - LRC), a paridade
cruzada estabelece o LRC e o Código de Redundância Vertical (Vertical Redundancy
Check - VCR), confrontando no final os dois códigos LRC e VRC, e gerando assim o
bit de paridade cruzada.

Neste método de transmissão, erros não constatáveis pela verificação longitudinal,


podem ser constatados pela verificação vertical. Dado um conjunto de 7 caracteres
com 8 bits sendo transmitidos em modo paridade par teríamos:

Caractere LRC

1 1 0 1 1 1 1 1 1
0 0 1 1 0 1 0 0 1 BCC (Block Check Character)

1 1 1 0 0 1 1 1 0
1 0 1 1 0 0 0 1 0
0 0 0 1 0 0 0 0 1
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1 1 0

VRC 0 1 0 1 0 0 1 0 0 Paridade Cruzada

BCC (Block Check Character)

No método da paridade cruzada, ainda não consegue uma alta confiabilidade, pois na
ocorrência de erros simultâneos, em que temos a coincidência na disposição de duas
linhas mais duas colunas, formando um quadrado, não ocorrendo assim alteração nos
bits de paridade, impossibilitando a detecção de erros na recepção.

Método polinomial ou CRC (Cyclic Redundance Checking)

A detecção de erros através do método polinomial é um sistema eficiente, sendo


capaz de detectar quase todos os tipos de erros, aos quais está sujeito o meio de
transmissão. É também o mais utilizado de todos os métodos.

SENAI 157
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O método polinomial, com já diz o próprio nome, consiste na utilização de polinômios


gerados a partir dos dados a serem transmitidos e de polinômios geradores padroni-
zados pelo CCITT, conforme segue:

Código CRC Polinomio Gerador

CRC-12 212+211+23+20
CRC-16 216+215+22+20
CRC-CCIT 216+212+25+20
CRC-32 232+226+223+222+216+212+212+211+210+28 +27+25+24+22+21

O código CRC-16 e CRC-CCIT detecta até 16 erros simultâneos e 99% dos casos
maiores que 16, enquanto o CRC-12 até 12 erros simultâneos e 99% dos casos
maiores que 12, e aplicando a mesma regra para o CRC-32.

Como exemplo temos a transmitir uma mensagem: Mensagem: 1011011

Polinômio Gerador: 24 + 21+ 20 = 10011

1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
0 0 1 0 1 1 1
1 0 0 1 1
0 0 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
0 0 0 1 1 0 0
Resto

Na transmissão será enviado a mensagem 1011011 com 4 dígitos CRC 1100. Na


recepção será novamente calculado.

1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0
1 0 0 1 1
0 0 1 0 1 1 1
1 0 0 1 1
0 0 1 0 0 1 1
1 0 0 1 1
0 0 0 0 0 0 0
Resto

158 SENAI
Instrumentação Digital

Na recepção se o resto for igual a zero, significa que não houve erros ao longo do
meio de transmissão, caso contrário, haverá uma indicação de que a imagem foi
recebida com a presença de erros, necessitando portanto da retransmissão da
mensagem.

SENAI 159
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Redes Locais

Ethernet

A rede Ethernet é normalizada com o padrão 802.3 do IEEE (Institute of Electrical and
Eletronic Enginneers) que define e utiliza o protocolo de acesso ao meio (barramento)
CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection), operando a
10Mbps.

Nesse protocolo, as estações que desejam transmitir esperam até que o meio esteja
livre, para transmitir. Se várias estações transmitem num mesmo instante, simultane-
amente, uma colisão ocorre e então cada estação espera por um intervalo de tempo
randômico para tentar transmitir novamente. O acesso ao barramento é portanto
aleatório e assíncrono.

A conexão da estação ao meio (barramento) pode ser feita por :

• Conector de interface AUI (conector de 15 pinos).


• 10baseT (par trançado).
• 10base5 (coaxial grosso ou yellow cable).
• 10base2 (coaxial fino ou cheapernet).
• 10baseF (conexões por fibra óptica).

Fast-Ethernet

É uma tecnologia que utiliza o mesmo protocolo da Ethernet de 10Mbps, ou seja, o


CSMA/CD, porém vai a velocidades de 100Mbps, utilizando o mesmo cabeamento da
Ethernet comum que é o par trançado de 2 pares (100baseT). O Fast-Ethernet é
normalizado pelo padrão IEEE 802.3u.

SENAI 161
Instrumentação Digital

O Fast-Ethernet, devido a sua velocidade, é um concorrente natural do FDDI, do ATM


e da 100VG (ou AnyLAN), a qual utiliza 4 pares para a conexão. A AnyLAN é normali-
zada pelo padrão IEEE 802.12.

Na figura 1 pode ser visto o Frame Ethernet padronizado pela IEEE 802.3

Figura 1

Token Ring

As redes padrão token-ring usam como meio de transmissão um barramento em


forma de anel. O protocolo token-ring opera passando os dados de uma estação para
outra, consecutivamente, até atingir a estação de destino a qual o dado é endereça-
do. A passagem de um nó para o outro se dá pelo token (bastão ou ficha de passa-
gem). É o método de acesso do protocolo token-passing.

Quem está com o token está apto a enviar dados e utilizar o barramento. O acesso ao
meio é portanto determinístico, não tendo colisão já que só um de cada vez tem o
controle do token de envio.

O barramento atravessa a interface de rede do equipamento, a qual repassa o dado


para o nó seguinte. Com o uso de hubs token-ring esta função é feita dentro do hub o
qual isola nós da rede que apresentem problemas para não interromper a passagem
do dado.

A norma que define o token-ring é a IEEE 802.5 que opera a 4 ou 16Mbps, num
barramento em topologia em anel.

As conexões da estação ao barramento podem ser feitas por conector de 9 pinos


(DB9) e transceivers para conexão a fibra óptica ou par trançado, caso a saída do
equipamento não tenha estas interfaces.

162 SENAI
Instrumentação Digital

Figura 2

FDDI

FDDI (Fiber Distributes Data Interface) foi criada para disponibilizar altas velocidades
a redes na arquitetura em anel. É uma rede que opera com o protocolo de acesso
token-passing, determinístico, a uma velocidade de 100Mbps, utilizando como meio
fibras ópticas.

Uma das principais aplicações do FDDI é a sua utilização para a interligação de


componentes de redes entre si como roteadores, switches, bridges e mainframes que
exigem altas velocidades de acesso.

A velocidade básica é de 100Mbps, permitindo alcances de até 100km e 500 esta-


ções por segmento de rede. O anel de fibra óptica normalmente é formado de 1 par
de fibra (ou 2 pares para maior segurança). Esta dualidade é implementada visando
se ter um backup em caso de falhas.

A transmissão na fibra é unidirecional, ou seja, utiliza apenas uma fibra, sendo a


segunda fibra utilizada como backup.

A velocidade dos pacotes numa ligação FDDI pode alcançar 75000 pps (pacotes por
segundo). Os protocolos que trafegam por este meio podem ser, por exemplo, TCP/IP,
DEC, IPX e outros. A normatização do FDDI é feita pela norma ANSI X3T9.5 que
define as interfaces ópticas para redes. As redes tipo FDDI podem atingir até
622Mbps

Uma das aplicações principais da rede FDDI é na formação de redes metropolitanas


(MANs). A conexão óptica é feita por conectores tipo MIC (Media Interface Connec-
tor).

SENAI 163
Instrumentação Digital

CDDI e SDDI (FDDI em par trançado)

As conexões também podem ser feitas com cabos de cobre, ao invés de fibra óptica.
Neste caso temos conexões tipo CDDI (Copper Distribuited Data Interface) que utiliza
cabos não blindados – UTP (Unshilded Twisted Pair) ou SDDI que utiliza cabos de
cobre blindados – STP (Shielded Twisted Pair).

O frame do FDDI é igual ao frame do Ethernet já visto.

MAP (Manufacturing Automation Protocol)

A fim de resolver o problema de interconexão de equipamentos heterogêneos em


ambientes de automação industrial a GM no inicio da década de 80, decidiu investir
no desenvolvimento de um conjunto de padronizações de protocolos de comunicação
conhecido como MAP.

Essas padronizações tomam por base as já existentes, definidas a partir do modelo


básico de referencia OSI-ISO. O MAP, tomando o modelo OSI como base, define um
perfil de implementação para o conjunto de protocolos a ser desenvolvido para os
equipamentos interconectados através de uma rede de automação industrial.
Dentro desse contexto, o MAP especifica para a sua arquitetura completa o seguinte:

a) Controle de acesso ao meio: Token Bus (IEEE 802.4) para um canal de transmis-
são de 10 MBps, banda larga.
b) Controle de enlace lógico: tipo 1, classe 1 (IEEE 802.2.)
c) Camada de rede: inexistente no caso de não estar prevista a interconexao entre
sub-redes distintas.
d) Camada de transporte: classe 4 (IEEE 802.2)
e) Camada de sessão: subconjunto básico - o kernel do sistema
f) Camada de apresentação: inexistente
g) Camada de aplicação: serviço de transferencia de arquivos e tratamento de
mensagens

164 SENAI
Instrumentação Digital

Redes Industriais

Por muitos anos o sinal de 4 a 20 mA tem sido padrão eletrônico telemétrico de


transmissão de sinais na indústria. Muitos fabricantes projetaram e projetam equipa-
mentos usando este padrão, possibilitando compatibilidade e interoperabilidade dos
mesmos.

Mas o padrão 4 a 20 mA é limitado pela sua capacidade de comunicação, pois ele


somente pode transmitir uma variável e em uma direção.

Com o avanço da tecnologia digital os recursos oferecidos pelos instrumentos aumen-


taram consideravelmente, mas mantendo o tradicional 4 a 20 mA na transmissão.
Percebeu-se portanto a necessidade de explorar muitos mais esta tecnologia, tendo
que substituir o tradicional 4 a 20 mA por redes de computadores, onde um computa-
dor(instrumento) pudesse se comunicar com outro computador, podendo transferir
todas as informações disponíveis.

Classificação das Redes de Comunicação


O elemento conceitual fundamental para uma abordagem de seleção é a compreen-
são da classificação das redes de comunicação industriais.

O objetivo fundamental da comunicação de dados aplicada na indústria é a integra-


ção de informações entre os diversos elementos que compõem o sistema de auto-
mação. Com base na chamada Pirâmide CIM- Computer Integrated Manufacturing
(figura 1), podemos identificar cinco níveis de dispositivos e equipamentos caracterís-
ticos de um sistema de automação completo:

SENAI 165
Instrumentação Digital

4 Administracao Corporativa

3 Gerenciamento da produção

2 Sistema de Supervisão

1 Dispositivos de Controle

0 Sensores & Atuadores

Pirâmide CIM

Figura 1

Nível 0: Caracterizado pelos dispositivos que interagem diretamente com o processo,


tais como: Sensores e atuadores, onde encontramos baixo volume de dados, porém
com elevada dinâmica.

Nível 1: Onde estão as unidades de controle com estruturas de dados mais comple-
tas e grande interação entre dispositivos.

Nível 2: Composto por equipamentos de supervisão, onde predominam maiores


concentrações de dados intercambiados em base eventual ou cíclica.

Nível 3: Formado por sistemas de gestão da produção com grandes quantidades de


dados transferidos em tempo não crítico.

Nível 4: Caracterizado por sistemas corporativos com volumes maciços de dados


intercambiados através de recursos de multimídia.
Devido à natureza dos diversos níveis descritos torna-se difícil a uma única tecnologia
atender a todos os requisitos de comunicação de dados apresentados.

Assim sendo, para permitir a integração entre todos os níveis, bem como atender às
necessidades características de cada um deles, podemos destacar quatro classes de
redes de comunicação.

166 SENAI
Instrumentação Digital

DataBus

FieldBus

DeviceBus

SensorBus

SensorBus: de característica determinística e tempos de resposta extremamente


curtos, dedicada a atender às necessidades de comunicação no nível dos sensores a
atuadores, predominantemente de natureza discreta. Exemplo: AS-i, Seriplex, etc.

DeviceBus: com perfil determinístico e alta performance orientada para a distribuição


dos automatismos (dispositivos de controle) e seus periféricos com íntima relação
com unidades centrais de processamento. Exemplos: DeviceNet, Device WorldFIP,
Interbus-S, Profibus-DP, etc.

FieldBus: dotada de estruturas de dados mais completas e alta performance aplicada


na comunicação entre unidade inteligentes tipicamente em processos contínuos.
Exemplos: Fieldbus Foundation, Fieldbus WorldFIP, Modbus, Profibus-FMS, Profibus-
PA etc..

DataBus: com capacidade de manipular grandes quantidades de informações em


tempo não crítico destinada ao domínio da informática industrial (computadores).
Exemplos: Ethernet, TCP/IP, MAP, FDDI, etc..

É importante destacar que o termo Fieldbus, freqüentemente disseminado nas áreas


de automação e instrumentação industrial como único conceito de rede ou bus de
campo “chão de fábrica”, refere-se a apenas uma das classificações das redes de
comunicação industriais e, ainda, não se referindo a uma única rede de comunicação.

Rede AS-i

AS-i (Actuator Sensor Interface) é uma rede para chão-de-fábrica destinada princi-
palmente ao controle e aquisição de sinais digitais e sensores inteligentes.

SENAI 167
Instrumentação Digital

Dados Técnicos:
Comunicação: Mestre-escravo
Número de escravos p/ cada mestre: 31 (248 sinais de entrada ou saída)
Topologia: Linha, estrela ou árvore
Alimentação e dados: 1 único par de fios
Meio físico: 2x1,5 mm sem shield polarizado
Alcance da rede: 100 m sem repetidor
Distância máxima: 300 m
Número máximo de repetidores: 2
Bits de leitura/escravo: 4
Bits de escrita/escravo: 4
Tamanho do telegrama mestre: 14 bits
Tamanho do telegrama escravo: 7 bits
Tempo de transferência do telegrama: 150 micro segundos
Tempo de ciclo: 5 ms
Entradas por mestre: 124
Saídas por mestre: 124

Para os sensores existe uma estrutura típica de dados, como segue:

Bits de Dados
Bit 0 - sinal
Bit 1 - alarme
Bit 2 - habilitação
Bit 3 - teste

Bits de Parâmetros:

Bit 0 - temporizador
Bit 1 - inversão
Bit 2 - distância
Bit 3 - programável

Nesta estrutura podemos notar que, um sensor indutivo apresenta o sinal, um alarme
em caso de falha do próprio sensor, indicando se sua operação é ou não correta, da
mesma forma que a possibilidade de inverter o modo de operação (NA ou NF) acio-
nando o bits de parâmetros (Bit 1 - inversão).

168 SENAI
Instrumentação Digital

A identificação de cada componente do sistema se dá por meio de um endereço


lógico (1 a 31, limitados pelos 5 bits de endereço). Alguns fabricantes que trabalham
com este tipo de rede possuem ainda mestres de rede com processador incorporado,
podendo realizar funções de temporização, contagem, etc.., resolvendo pequenas
automações.

A rede AS-i, tem gateways para Profibus, Interbus-S, DeviceNet, SucoNet, Modbus,
Beckhoff-Lightbus entre outros.

LONWorks

Local Operating Network - foi desenvolvida pela empresa norte americana Echelon
Corp. e é apoiada por mais de 400 empresas. O destaque é o Neuron-chip pois, alem
de ter 3 processadores de 8 bits (2 para comunicação e 1 para aplicação), seu baixo
custo, aliado a alta velocidade de 1,25 Mbps com um endereçamento máximo de
3200 por barramento, torna esta rede atrativa para soluções de automação predial.

Meios físicos:

Par trançado
Par trançado contendo dados e alimentação (no mesmo par)
Fibra Ótica
Rádio
Power Line Carrier (transmissão dos dados via rede elétrica)

CAN

A tecnologia de redes para aplicação na indústria automobilística teve seu desenvol-


vimento mais recentemente voltado para sensores discretos, embora não tenha
ficado somente com esta limitação.

BITBUS

Sistema proprietário que tem uma hierarquia com mestre único, e comanda um linha
multiponto onde os diferentes escravos são conectados. A estação mestre e sempre

SENAI 169
Instrumentação Digital

um equipamento de controle e a estação escrava e constituída de equipamentos de


campo (sensores e atuadores).

A estrutura do tipo arvore pode ser usada para sistemas que exijam alta confiabilida-
de, podendo incorporar mais de um mestre.

Mestre
Bitbus

Escravo Escravo Escravo Escravo

Mestre
Bitbus

Escravo Escravo Escravo Escravo

A rede pode comportar até 250 estações secundarias, com transmissão a 62,5
Kbits/seg, 375 Kbits/s ou 2,4 Mbits/s e com um alcance máximo entre repetidores de
1200 m.

O protocolo de comunicação é baseado no HDLC.

Para alcances de até 30 m quando o numero de estações for inferior a 30, a trans-
missão pode efetuada no modo NRZ (Non Return to Zero) por 2 pares trancados: um
para o clock e o outro para os dados. A transmissão segue a norma elétrica 485,
numa taxa de 2,4 Mbits/s.

Para alcance maiores, o modo de transmissão é NRZI (Non Return to Zero Inverted)
por um par trançado com taxa de 62,5 Kbits/s ou 375 Kbits/s. A distância máxima
entre repetidores é de 300 m para 375 Kbits/s e de 1200 m para 62,5 Kbits/s, com 30
estações no máximo por segmento.

As mensagens no Bitbus permitem a comunicação direta entre tarefas através da


rede. As trocas de informação são feitas pelo comando/resposta onde o comando é
sempre enviado por uma tarefa residente na estação primária. A estação primaria
envia o comando e espera a resposta, que deve ser dada pela tarefa residente na

170 SENAI
Instrumentação Digital

estação secundaria que usa par trançado para a comunicação e alimentação. A


alimentação é feita em 15 Vcc, permitindo uma distância máxima de 600 m e até 75
elementos por barramento a uma velocidade de 4800 bps.

HART

O protocolo HART (Highway Addressable Remote Transducer) é um sistema que


combina o padrão 4 a 20 mA com a comunicação digital, não sendo portanto pura-
mente digital, este padrão convive com a permanência do sinal analógico de 4 a 20
mA. O protocolo HART usa o padrão Bell 202 onde a modulação do sinal é no forma-
to FSK (Frequency Shift Key) com uma taxa de 1,31 Kbps. A função inicial deste
protocolo foi permitir a comunicação entre programadores ou computadores tipo PC
com os transmissores "smart" para a sua configuração, calibracao e manutenção.

O sucesso deste meio de comunicação foi tão grande que os usuários exigiram que
sua utilização fosse estendida para num barramento com até instrumentos 15 instru-
mentos, possibilitando a monitoração de processos lentos e, na seqüência do tempo,
também foi possível a realização de controle de malhas simples (com "loops" em 4-20
mA e comunicação digital com um computador tipo PC).
Este protocolo possui uma forte limitação que é a velocidade, pois, em média, cada
transação no barramento ocorre a cada 375 ms. É um protocolo de transição e que foi
muito útil para o direcionamento do desenvolvimento do protocolo FIELDBUS total-
mente digital que inclusive incorporou algumas de suas características.

Principais Características

• Comunicação de Sinal
Analógico: 4 a 20 mA
Digital: Modulação em freqüência (FSK)
Lógica "0" freqüência: 2200 Hz
Lógica "1" freqüência: 1200 Hz

• Estrutura da Mensagem
1 start bit;
8 data bits;
1 paridade (odd);
1 stop bit.

SENAI 171
Instrumentação Digital

• Topologia
Ponto a ponto - Simultâneo analógico + digital
Ponto a ponto - Somente digital
Rede Multimestre - Somente digital
Comprimento máximo de um par trançado = 3048 m
Comprimento máximo de múltiplos par trançado = 1524 m

Obs.: O comprimento máximo do cabo depende das características dos elementos


individuais e do cabo. Os valores apresentados levam em consideração estes deta-
lhes. Para se obter os valores da aplicação devem ser considerados as especifica-
ções.

DeviceNet e ControlNet

Baseadas nos padrões não proprietários, com protocolos definidos pela ODVA (Open
DeviceNet Vendors Association) ambas as redes esta fundamentadas no modelo
produtor/consumidor. Este modelo prescinde dos esquemas de endereçamento
convencionais permitindo a comunicação "Multicast" o que viabiliza a sincronização
de dispositivos, compartilhamento de dados de entrada e a utilização de múltiplos
mecanismos de disparo de pacotes. Do ponto de vista funcional, ControlNet e Devi-
ceNet diferem quanto a aplicabilidade no ambiente industrial.

A DeviceNet é uma rede baseada no padrão CAN otimizada para aplicações envol-
vendo dispositivos do chão da fabrica. Nesta categoria podemos incluir desde senso-
res, atuadores discretos até inversores de freqüência, interfaces de operação e
controladores programáveis. A utilização de uma faixa de dispositivos tão ampla é
assegurada por recursos especiais incorporados ao protocolo como, por exemplo a
fragmentação de mensagens que viabiliza a troca de pacotes de dados maiores que o
pacote padrão da rede (8 bytes).

A DeviceNet permite a interligação de ate 64 dispositivos com taxa de transmissão


configurável para 125, 250 ou 500 Kbps. O meio físico consiste em 2 pares trancados
blindados, um par destinado a comunicação de dados e o outro alimentação dos
dispositivos em 24 Vcc. É possível ainda utilizar várias fontes de alimentação em
paralelo.

172 SENAI
Instrumentação Digital

A ControlNet é um rede otimizada para transferencia absolutamente determinista de


dados de controle em alta velocidade (5 Mbps), Inicialmente incorporada aos PLCs de
I/O da Allen Bradley, a rede está atualmente disponível ao mercado de automação
dentro de um amplo programa especifico

A rede utiliza como meio físico o cabo coaxial RG56(75 Ohm) possibilitando a interli-
gação de até 99 dispositivos em uma topologia híbrida (barramento, estrela, árvore)
com auxilio de repetidores, e podendo também trabalhar com duplicação do meio
físico.
Trabalha com padrão Ethernet TCP/IP para integração das informações do processo
industrial aos processos de gestão.

Rede ALNET II

Principais características:
MAC controle de acesso ao meio
Padrão de referência: ISO 802.3
Multimestre: sim
Broadcast: sim
Endereçamento multicast: sim , 8 grupos
Número máximo de estações: 32
Endereçamento para outras sub-redes: até 63
Formato do quadro: controle 24 bytes, dados até 250 bytes
Rede proprietária desenvolvida pela Altus
LLC
Padrão de referencia: IEEE 802.2 classe I

Elétrica
Topologia: Barramento Linear
Meio físico: dois pares com blindagem
Comprimento máximo do barramento: 2 Km sem repetidor
Interface elétrica: RS485 com isolação galvanica
Número de estações: 32 por sub-rede
Isolação galvânica: ótica, 500 VAC

Ótica
Topologia: HUB

SENAI 173
Instrumentação Digital

Meio Físico: Fibra Ótica


Comprimento máximo de cada ligação: 3,6 Km
Número de estações: 32 por sub-rede

Sinalização
Taxa: Programável de 65 Kbaud a 1 Mbaud
Codificação: Manchester bifásico
Utiliza protocolo com meio de acesso CSMA/CD-PR

A rede ALNET II utiliza os níveis 1, 2 e 7 do padrão ISO, como pode ser visto a seguir:

Nível 7 Aplicação ALNET II

Nível 6 Nulo

Nível 5 Nulo

Nível 4 Nulo

Nível 3 Nulo

Nível 2 Enlace CSMA/CD-PR e IEEE 802.2

Nível 1 Físico Par Trançado, Fibra Ótica

Profibus

O Profibus (Process Fieldbus) é um sistema inteiramente digital, desenvolvido pela


Siemens com a participação da Bosch e da Klockener Mooler e hoje conta com mais
de 150 fabricantes. Utiliza a interface EIA-485, com um sistema a quatro fios e não
possui solução para segurança intrínseca. Adota-se, neste protocolo, o conceito de
barramento onde todos os equipamentos de uma malha de controle podem ser
conectados através de um único meio físico (par trancado, cabo simples ou blindado,
etc..). O protocolo Profibus foi dividido em 3 versões para atender diferentes necessi-
dades:

174 SENAI
Instrumentação Digital

Profibus FMS
Profibus DP
Profibus PA

Profibus FMS (Fieldbus Message Specification)

Implementa o nível 7 do modelo OSI para dar transferencia aberta de dados entre
aplicações para o usuário. Esta versão implementa o conceito de dispositivo de
campo virtual (VFD) que define como objetos, alguns aspectos dos dispositivos reais
(variáveis, programas, faixas de calibracao, etc.).

Vários perfis funcionais foram desenvolvidos para funcionarem em Profibus FMS,


entre os quais encontra-se a automação de edifícios, acionamentos, sensores e
atuadores, PLCs máquinas têxteis e controles numéricos e roboticos. Uma vez que o
PROFIBUS FMS possui a característica de transmitir grandes quantidades de infor-
mação entre os dispositivos de alto nível, não obtém-se precisão e velocidade em
operações que necessitem de respostas em tempo real; para tanto, o protocolo
PROFIBUS DP foi desenvolvido.

Profibus DP (Decentralized Periphery)

É utilizado em redes de comunicação de sensores, atuadores, motores, onde a


quantidade de informação a transmitir não tem grande volume, mas a velocidade de
processamento deve alta.

Profibus PA (Decentralized Periphery)

Baseada na IEC 1158-2 integra as funções do PROFIBUS FMS e oferece também


operações intrinsecamente seguras. Suporta 32 equipamentos no barramento ou até
127 equipamentos com o uso de repetidores. Pode cobrir distâncias de 1200 m ou até
4800 m com uso de repetidores e a velocidade de transmissão vai de 9,6 Kbps até 12
Mbps dependendo da distância envolvida.

- Capaz de trocar mensagens entre o chão-de-fábrica até LANS e WANS

SENAI 175
Instrumentação Digital

- Utiliza o modelo misto token pass (mestre-escravo), fazendo com que a rede não
dependa de um único equipamento centralizado (mestre).
- Alcance de até 9 quilômetros, utilizando par trancado de fios, ou 23 quilômetros
usando fibra ótica.

FIELDBUS FUNDATION

A tecnologia Fieldbus é um sistema de comunicação digital bidirecional que permite a


interligação em rede de múltiplos instrumentos diretamente no campo realizando
funções de controle e monitoração de processo e estações de operação (IHM) através
de softwares de supervisão.
O protocolo FIELDBUS elaborado pela Fieldbus Foundation e normalizado pela ISA e
os trabalhos de normalização do Fieldbus começou em 1985 segundo o IEC/ISA-
SP50,

Modelo ISO/OSI

A figura 1 mostra os sete níveis do modelo OSI e os níveis usados pelo Fieldbus.
Deve-se notar que os níveis 3 a 6 não são usados pelo Fieldbus. Os níveis que não
são utilizados lidam com interconexões de rede, que não são usadas no Fieldbus. O
protocolo Fundation apresenta um oitavo nível não existente no padrão ISO

Nível ISO/OSI FIELDBUS


8 Usuário - x
7 Aplicação x x
6 Apresentação x
5 Sessão x
4 Transporte x
3 Rede x
2 Nível de Enlace x x
1 Físico x x

176 SENAI
Instrumentação Digital

Nível Físico

O nível físico define como as informações são transportadas fisicamente de um


dispositivo para outro. Isso inclui a forma do sinal, sua amplitude, tipo de fios, as
distâncias máximas, impedâncias permitidas, etc..

Está definição esta de acordo com a norma aprovada internacionalmente IEC 1158-2
(ISA - S50.02 - 1992). A norma especifica basicamente três velocidades:

• Tipo H1: Baixa velocidade - 31,25 Kbits/s dispositivos de campo do tipo alimenta-
do pelo barramento

• Tipo H2: Alta velocidade - 1,0 Mbits/s dispositivos de campo do tipo não alimenta-
do pelo barramento

• Tipo H2: Alta velocidade - 2,5 Mbits/s dispositivos de campo do tipo não alimenta-
do pelo barramento

O meio físico definido até agora são os fios: par trancado e coaxial. Para um futuro
próximo são previstos Fibras óticas e radio.

Todos os dispositivos em um mesmo barramento usam o mesmo tipo de meio e


funcionam com a mesma velocidade, mas uma linha tipo H1 pode ter, simultaneamen-
te, dispositivos de barramento e não alimentado pelo barramento.

ISP

O ISP (Interoperable System Project) derivou do PROFIBUS agregando algumas


características do protocolo HART. Foi desenvolvido inicialmente pelas empresas
ROSEMOUNT, SIEMENS, FISHER e YOKOGAWA grupo que, mais tarde teve a
inclusão de mais de 40 outras empresas. Seu objetivo foi ser um sistema de transição
entre o PROFIBUS e o proposto pela IEC/ISA-SP-50, já prevendo solução para
segurança intrínseca e adotando o mesmo nível físico da norma ISA S50.02 , que
contempla sistema a dois fios e taxa de 31.25Kbit/s. Esta norma também proporciona
total interoperabilidade com a tecnologia DDL - "Device Description Language" e os
blocos de funções da FIELDBUS FOUNDATION. Depois da padronização pela
FIELDBUS FOUNDATION este grupo se desativou.

SENAI 177
Instrumentação Digital

FIP

FIP (Factory Instrumentation Protocol ), desenvolvido na França pela Telemecanique e


pela Cegelec, entre outras, é um sistema digital que permite taxas de 1 Mbit/s a 5
Mbit/s em barramentos de até 750 m. É um sistema a dois fios mas também não tem
solução para segurança intrínseca. É um sistema mestre escravo e se destaca pelas
idéias de troca de dados entre as várias estações. os dados são irradiados, ou seja,
todos os equipamentos no barramento escutam e podem utilizar a mensagem sem a
necessidade de intermediação do mestre. Na seqüência do tempo, deu origem ao
WORLDFIP

WORLDFIP

Extensão do FIP em nível mundial com a inclusão das empresas HONEYWELL,


ALLEN-BRADLEY, ELSAG BAILEY. Na Europa, este protocolo ainda continua sendo
apoiado mesmo com a padronização do nível H1 pela FIELDBUS FOUNDATION. É
uma proposta de sistema aberto que utiliza os conceitos do FIP e IEC/ISA-SP50 mais
de 100 empresas internacionais apoiam esta proposta. Se destaca pelo número de
componentes e ferramentas disponíveis a sua implementação e fácil migração para a
norma do IEC.

178 SENAI
Instrumentação Digital

Resumo das principais características técnicas das redes apresentadas:

Sistema Cabo Baudrate Tempo de Número Compri- Standard Tipo


Bus resposta máx. de mento de bus
c/ 10 nós unidades máx. bus
R I/O STP 230,4 K < 5 ms 332 3 Km CO,IO
Interbus-S LIYCY 500 K 1,2 ms 256 12,8 Km DIN 19258 CO,IO
3x2
Interbus-SL LIYCY 500 K < 1ms 64 100 m DIN 19258 IO
3x2
Profibus-FMS STP 19,2 K 2 ms 31x4 23,8 Km DIN 19245 P.IO
Profibus-DP STP 12 M 1 ms 31x4 23,8 Km DIN 19245 CO,IO
ASI 2 Wire 166 K 5 ms 31 100 m IO
DeviceNet TP 1M < 1ms 64 500 m CO,IO
SDS TP 1M < 1ms 64 400 m CO,IO
Can TP 1M < 1ms 110 1 Km ISO 11898 CO,IO
FIP IO STP 1M 6 ms 32x5 5 Km P,CO
Word FIP STP 2,5 M 6 ms 32x5 5 Km P,CO
Bitbus IBM 1&6 375 K 100 ms 250x4 13,2 Km CO,IO
OmronSysbus STP 187,5 K 5 ms 32 1 Km CO,IO
Suconet STP 187,5 K 15 ms 56x30 3,2 Km CO,IO
Modbus 5 Wire 19,2 K 10 ms 64 ** CO,IO
LON Works TP 1,25 M 7 ms 2x128 ** IO
SattBus TP 62,5 K 5 ms 125 2 Km CO,IO
Melsec Net TP/OP 1,5 M 10 ms 64 2 Km CO,IO
Ethernet STP/CO 100 M << 1ms >100 300 m FA
FDDI OP/CO 100 M << 1ms 512 100 Km FA
ATM OP/TP 155 M << 1ms >100 > 100 Km FA

STP = cabo de par trancado OP = fibra óptica CO = Bus nível controle


TP = par trancado FA = Bus nível fabricação IO = Bus nível I/O
CO = cabo coaxial P = Bus nível processo
Fonte: Parker Hannifin

SENAI 179
Instrumentação Digital

Referências Bibliográficas

SENAI-SP. Apostila de IDG. São Paulo.

SENAI 181
ANEXO CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 01 - Entrada Analógica (AI)


Operação
BLK 001/002/003/004/005/006/007/008

BURNOUT 1/3/5/7/9
18A / 17A 11/13/15
16A/ 15A FILTRO
DIGITAL 2/4/6/8/
1B/ 2B CALIBR.
10/12/
3B/ 4B 14/16

0
CURVA n

Todas as entradas analógicas (bornes do controlador) possuem um correspondente bloco de entrada


analógica. A entrada analógica 2, por exemplo, a qual é conectada ao terminal 17A, corresponde ao
bloco BLK002. A entrada do circuito é sempre um sinal de voltagem de 0-5 Vdc ou 1-5 Vdc. Para
sinais em corrente de 0-20 mA ou 4-20 mA, um resistor "shunt" de 250Ω deve ser colocado no bloco
terminal correspondente à entrada escolhida.
a
O sinal de entrada passa por um filtro BESSEL de 2 ordem com frequência de corte de 15 Hz.

O sinal de saída do filtro é digitalizado e passa por um processo de calibração de 4 pontos no qual 0,
1, 3 e 5 V são relacionados a 0, 20, 60 e 100% do span para sinais de entrada de 0-20 mA ou 0-5 V e
-25, 0, 50 e 100% para sinais de 4-20 mA ou 1-5 V. Veja seção de calibração para maiores detalhes.

O sinal de entrada é filtrado digitalmente com constante de tempo ajustável e se necessário linea-
rizado de acordo com a curva estabelecida na Função 31 - Curva de Linearização (Blocos 109 a
116), configurados no Loop G. Esta curva é selecionada no parâmetro CLIN e pode ser configurada
com 13 ou 26 pares de pontos X, Y, interconectados por segmentos de reta. As curvas que podem
ser construídas estão indicadas na tabela 4.31.1 - pág. 4.60.

Pode-se ainda optar pela extração de raiz, selecionado pelo parâmetro CSQR, com ajuste do ponto
de corte inferior (ACUT). Todos os valores abaixo do ponto ajustável pelo ACUT são considerados
0%. O parâmetro CSQR permite também a seleção do sinal de entrada entre 4-20 mA/1-5 V ou 0-20
mA/0-5 V.

Em caso de Burnout (sinal menor que -2% ou maior que 102% do span calibrado) um alarme é
indicado no frontal do controlador (se CFRT = 1) e será ativada uma saída discreta (0 ou 100%). Este
sinal pode ser utilizado em outros blocos do controlador, como por exemplo nos blocos da Função 29
- Seletor de Entrada, ou para forçar a saída do controlador para uma posição de segurança.

4.2
Tabelas e Funções

TIPO MEN DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

0-Não
I CFRT Indicação de "Burnout" no frontal 1-Sim 0
2-Sim com Rec. Auto
0-Não
1→8/Curva 1→8
Linearização (Ver tabela 4.31.1 ou Função 31 - 9-Curvas 1 e 2
I CLIN 0
Curva de Linearização) 10-Curvas 3 e 4
11-Curvas 5 e 6
12-Curvas 7 e 8
0-Não (1-5 V ou 4-20 mA)
1-Sim (1-5 V ou 4-20 mA)
I CSQR Seleção de sinal e extração de raiz quadrada 0
2-Não (0-5 V ou 0-20 mA)
3-Sim (0-5 V ou 0-20 mA)
P ACUT Nível de corte para extração de raiz quadrada 0,00 - 100,00% 1,00%
P ATIM Constante de tempo do Filtro 0,00 - 30,00s 0,20s

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=4 C=6 L=0

4.3
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 02 - Saída Em Corrente (CO)


Operação
BLK 009/010/011/012

GERADOR
A CALIBRAÇÃO DE 6B/7B/8B/9B
CORRENTE

FEEDBACK
+ -
17/18/19/20
DESVIO
0%
100%

A entrada do bloco em porcentagem, é calibrada e convertida em sinal analógico de corrente. Uma


realimentação desta saída é enviada a um comparador que recebe também o sinal calibrado da
entrada. Se houver um desvio superior ao estipulado no parâmetro ADEV, será ativada uma saída
discreta (0 ou 100%) que poderá por exemplo ser ligada na entrada H do bloco da Função 06 -
Frontal do Controlador, fazendo com que a indicação da MV pisque, avisando o operador de
alguma falha ou uma interrupção no loop de corrente.

O parâmetro CVTP permite mudar a saída de acordo com o tipo de atuador usado.

Tipo de Atuador:

- "Ar para Abrir" - CVTP = 0 ou 2 / saída 0-100% correspondendo a 4-20 mA

- "Ar para Fechar" - CVTP = 1 ou 3 / saída 0-100% correspondendo a 20-4 mA

Isto possibilita ao operador ter sempre 0% correspondendo à válvula fechada e 100% à válvula
aberta.

É essencial calibrar a saída de acordo com as especificações. Por exemplo, para um sinal de 0-20 mA
no bloco 11, a corrente de saída do terminal 8B deverá ser calibrada com 0-20 mA e CVTP deverá ser
2.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

Endereços
I LIA Entrada A – Sinal para ser enviado 0
0 a 170/225 a 240

0-Direta (4-20 mA)


1-Reversa (20-4 mA)
I CVTP Tipo de Saída 0
2-Direta (0-20 mA)
3-Reversa (20-0 mA)
0-Não
I CFRT Indicação de desvio entre entrada e saída de bloco 1-Sim 0
2-Sim com Rec. Auto

P ADEV Desvio aceitável no Feedback 0,00 - 100,00% 5,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=2 C=4 L=2

4.4
Tabelas e Funções

Função 03 - Saída Em Tensão (VO)


Operação
BLK 013/014/015/016

GERADOR
CALIBRAÇÃO DE 13A/12A
A 11A/10A
TENSÃO

0%
100 %

A entrada do bloco em porcentagem é calibrada e convertida em sinal analógico de tensão


disponíveis na borneira do controlador.

O parâmetro CVTP permite selecionar saída direta (0-100% correspondendo a 1-5 Vdc / 0-5 Vdc) ou
reversa (0-100% correspondendo a 5-1 Vdc / 5-0 Vdc).

A saída correspondente deve ser calibrada pelas especificações de 1-5 Vdc ou 0-5 Vdc (veja seção
de calibração para maiores detalhes).

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A - sinal a ser enviado Endereço 0


0 a 170/225 a 240

I CVTP Tipo de Saída 0 - Direta (1-5 V) 0


1 - Reversa (5-1 V)
2 - Direta (0-5 V)
3 - Reversa (5-0 V)

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=2 L=2

4.5
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 04 - Entrada Digital (DI)


Operação
BLK 017/018

3-24V
OU CONTATO
ABERTO 0
11B (NÍVEL ALTO) CH1
0-1,7V 21/22
12B 1
OU CONTATO
FECHADO
(NÍVEL BAIXO)

Sinal de entrada entre 3-24 Vdc ou terminal de entrada aberto (impedância maior que 10KΩ em
relação ao terra digital) será considerado como nível lógico um e a saída será igual a 100%.

Sinal de entrada entre 0-1,7V ou terminal de entrada curto circuitado (impedância menor que 200Ω
em relação ao terra digital) será considerado como nível lógico zero e a saída será igual a 0%.

Esta condição pode ser invertida pelo parâmetro CNOT.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

0 - Não
I CNOT Inverte Interpretação 0
1 - Sim

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=2 L=0

4.6
Tabelas e Funções

Função 05 - Saída Digital (DO)

Operação

Este bloco pode efetuar uma operação lógica com as entradas A e B cuja saída é enviada a uma
chave seletora de duas posições. A outra posição é ligada à entrada C, sendo o chaveamento ativado
pela entrada D. Um nível alto na entrada D chaveia CH1 para a posição "1", tornando a saída igual a
entrada C de segurança.

A operação lógica a ser efetuada pelo bloco é definida pelo parâmetro CLOG de acordo com a tabela
4.5.1

ENTRADA SAÍDA
A B OR AND XOR NOR NAND NXOR
0 0 0 0 0 1 1 1
0 1 1 0 1 0 1 0
1 0 1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 0 0 0 1

Tabela 4.5.1 - Tabela Verdade

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A 0

I LIB Entrada B Endereços 0

I LIC Entrada C de segurança 0 a 170/225 a 240 0

I LID Entrada D para ativar segurança 0

I CLOG Função Lógica 0 - OR 0


1 - AND
2 - XOR
3 - NOR
4 - NAND
5 - NXOR

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=2 L=8

4.7
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 06 - Frontal Do Controlador (FV)


Operação

Este bloco direciona as entradas A, B e C respectivamente para as barras SP, PV e MV e associa a


elas os mnemónicos SP, PV e MV, como default. Portanto, esse bloco é limitado a um por loop.

As entradas A, B, D, E, F e G poderão ser visualizadas no display alfanumérico e selecionadas pela


tecla <DSP>. A entrada C será visualizada somente quando a saída manual for operada pelas teclas
< > ou < >.

Blocos que possuem ajuste manual, operados pelas teclas <∆> ou <∇> devem ser conectados a um
bloco de visualização. Uma alteração só pode ser efetuada se o seu valor estiver sendo visualizado,
ou seja, quando o LED "Adjust" estiver acesso.

Os blocos com ajuste manual são: Chave Local/Remoto, Gerador de Setpoint, Estação
Automático/Manual, Seletor Interno/Externo e Atuador de Registro.

Estes blocos com capacidade de ajuste tem suas saídas identificadas por números igual ou maior que
225. O bloco seletor de entrada também permite entrada proveniente de blocos de ajuste. Observe
que seus números de saída são maiores que 225.

VISUALIZAÇÃO

Todas as entradas exceto C e G, podem ter seus mnemônicos de 3 caracteres alterados e a


indicação configurada em unidades de engenharia.

Entrada C aparece no display quando as teclas < > ou < > são operadas.

Entrada G se conectada a um bloco da Função 18 - Totalização Analógica ou da Função 19 -


Entrada para Totalização de Pulsos, irá apresentar um display de 8 dígitos. Conectado a qualquer
outro bloco, irá operar com 4 dígitos.

Entrada H pode ser utilizada para piscar a barra da saída manual (MV) quando em nível lógico 1. Esta
entrada pode ser utilizada, por exemplo, para acusar um desvio ou interrupção no circuito de corrente
de saída (Blocos da Função 02 - Saída em Corrente).

Caso qualquer uma das entradas A, B, D, E ou F apresentadas no display alfanumérico exceder a


10000 (em unidades de engenharia), a mensagem apresentada será "++++". Se a indicação for
menor que -10000 a mensagem mostrada será "- - - -".

4.8
Tabelas e Funções

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada de SP (Circula no Display) 0

I LIB Entrada de PV (Circula no Display) 0

I LIC Entrada de MV - (Aparece quando usar) 0

I LID Entrada D Endereços 0


0 a 170 / 225 a 240
I LIE Entrada E 0

I LIF Entrada F 0

I LIG Entrada do tipo Contador 0

I LIH Entrada para piscar BARGRAPH MV 0

M AMSP Mnemônico de Três Caracteres para SP *** SP

R ASPZ Valor de 0% para SP (U.E) -10000 à 10000 0

R ASPM Valor de 100% para SP (U.E) -10000 à 10000 100,00

M AMPV Mnemônico de Três Caracteres para PV *** PV

R APVZ Valor de 0% para PV (U.E) -10000 à 10000 0

R APVM Valor de 100% para PV (U.E) -10000 à 10000 100,00

M AMND Mnemônico de Três Caracteres para D *** MND

R A-DZ Valor de 0% para Entrada D (U.E) -10000 à 10000 0

R A-DM Valor de 100% para Entrada D (U.E) -10000 à 10000 100,00

M AMNE Mnemônico de Três Caracteres para E *** MNE

R A-EZ Valor de 0% para Entrada E (U.E) -10000 à 10000 0

R A-EM Valor de 100% para Entrada E (U.E) -10000 à 10000 100,00

M AMNF Mnemônico de Três Caracteres para F *** MNF

R A-FZ Valor de 0% para Entrada F (U.E) -10000 à 10000 0


R A-FM Valor de 100% para Entrada F (U.E) -10000 à 10000 100,00

Número de bytes por tipo de parâmetro: A = 60 C=0 L = 16

4.9
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 07 - Chave Local/Remoto (L/R)


Operação
BLK 031/032/033/034

L/R

LIMITE DE 0-R
A 0-R
VELOCIDADE CH2 225/226
CH1 1-L 227/228
1-L
B
DSP
REMOTO 31/33
35/37
REGISTRADOR
LOCAL 32/34
36/38

Este bloco permite selecionar Setpoint Local/Remoto através da tecla <L/R>, e a atuação do Setpoint
através das teclas <∆> e <∇>, além de diversas funções relacionadas com o Setpoint.

A atuação local é possível de duas formas:

a) Pelo registro interno do bloco diretamente associado às teclas <∆> ou <∇> no frontal do painel,
quando o Setpoint é selecionado no display. A saída desse bloco deve ser conectada a um bloco
da Função 06 - Frontal do Controlador ou Função 32 - Visualização Geral.

b) Através da entrada B, pode ser ligado um bloco gerador de sinal ou a saída de um outro bloco. O
uso dessa entrada cancela automaticamente o atuador de registro interno.

A transferência Local/Remoto é possível de 2 modos:

a) Pela tecla <L/R> do frontal associada a chave CH1 do bloco. Neste caso o LED "L" do loop
correspondente ficará aceso quando em modo Local.

b) Através da entrada C, que quando ativada (nível lógico 1) ativa CH2 e força o modo Local. Neste
caso o LED "L" do loop correspondente ficará piscando, enquanto C estiver em nível alto.

As tabelas a seguir resumem a situação do bloco para as várias combinações de CH1, CH2 e entrada
B.

O controlador também pode ser bloqueado em Local ou Remoto pelo parâmetro CLKR.

No caso de interrupção na alimentação o controlador retornará à operação no modo selecionado pelo


parâmetro CTON (Local ou Remoto), caso o parâmetro CLKR esteja em Zero.

ENTRADA
CH1 LED L SAÍDA
C
R 0 - ENTRADA A

R 1 PISCA REGISTRO INTERNO

L 0 ACESO REGISTRO INTERNO

L 1 ACESO REGISTRO INTERNO

Tabela 4.7.2 - Saída do bloco e ação do led conforme posição de CH1 e da entrada C, com "B"
não conectada.

4.10
Tabelas e Funções

CH1 ENTRADA C LED L SAÍDA


R 0 - ENTRADA A

R 1 PISCA ENTRADA B

L 0 ACESO ENTRADA B

L 1 ACESO ENTRADA B

Tabela 4.7.1 - Saída do bloco e ação do led conforme posição de CH1 e da entrada C, com "B"
conectada.

A transferência de Remoto para Local é balanceada isto é, o registrador local segue o Setpoint
Remoto. Isto pode ser usado para implementar o Setpoint Tracking quando o loop está em Manual.
Na transferência de Local para Remoto uma variação brusca no Setpoint pode ser evitada pelo ajuste
do parâmetro ASLW que limita a taxa de variação do sinal de saída do bloco.

Em uma configuração de Setpoint Tracking, SP = PV, quando no modo Manual. A PV é manualmente


ajustada para o Setpoint desejado, através das teclas de MV < > e MV < >. Em seguida ele chaveia
de volta para o modo Automático e o Setpoint permanecerá com o valor anterior. O bloco LOG inverte
o sinal do status MANUAL para um sinal AUTOMÁTICO, desde que o Setpoint Local desejado esteja
no modo Automático.

Fig 4.7.1 - Configuração para Seletor L/R com Setpoint Tracking

Os limites máximo e mínimo para o gerador local de Setpoint são fixados pelos parâmetros ALOW e
AUPP.

No caso de se necessitar limitar o sinal de Setpoint quando em modo Remoto deve-se usar os blocos
limitadores de sinal da Função 23 - Limitador com Alarme.

Além do sinal de saída gerado pelo registo interno (quando em Local), ou do externo (quando em
Remoto) o bloco possui mais duas saídas discretas.

A primeira em nível lógico 1, quando o bloco estiver em modo Remoto e a segunda em nível lógico 1,
quando estiver em modo Local.

Quando uma das saídas 225/226/227 ou 228 é visualizada no display e o bloco estiver em modo
Local, o registrador interno pode ser atuado pelas teclas <∆> e <∇> do frontal (Setpoint Local). Com o
bloco em modo Remoto, qualquer bloco gerador de sinal conectado às entradas A ou B pode ser
atuado também pelas teclas <∆> e <∇> do frontal do controlador. Esta configuração é mostrada na
Figura 4.7.1.

4.11
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

ADJ
099
233

L/R
031
255

A
FV
027

Fig 4.7.2 - Configuração para Seletor L/R com Atuador de Registro Interno ou Externo

Na configuração acima, quando em modo local, a atuação é efetuada no registrador do Bloco 031 e
quando em Remoto pelo Bloco 099.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A – Variável Remota 0


Endereços
I LIB Entrada B – Variável Local 0 a 170 / 225 a 240 0

I LIC Entrada C – Força modo Local 0

0-Não 2
I CLKR Bloqueia chave CH1 em Remoto 1-Remoto
2-Local

0-Última 0
I CTON Condição de Partida Quente 1-Local
2-Remoto
P ASLW Máxima velocidade de variação em Remoto 1,00 - 200,00%/s 200,00%/s

P ASPD Velocidade de Atuação do Registro 0,00 - 200,00%/s 10,00%/s

P ALOW Limite Inferior do Registro -102,00% à +102,00% 0,00%

P AUPP Limite Superior do Registro -102,00% à +102,00% 100,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=8 C=4 L=6

4.12
Tabelas e Funções

Função 08 - Estação Auto/Manual (A/M)


Operação

Este bloco permite ao operador atuar diretamente na saída do controlador. Na utilização mais comum,
a saída de um bloco PID é conectada a entrada A do bloco A/M e sua saída a um bloco de saída em
corrente.

Se as demais entradas, desse bloco, não forem utilizadas as chaves CH2 e CH3 devem permanecer
na posição "0".

A chave CH1 pode ser atuada pela tecla <A/M> no frontal do painel, permitindo dois tipos de
operação:

a) AUTOMÁTICO (CH1 na posição "0"): a letra "M" do loop correspondente fica apagada. A
entrada A é direcionada à saída através do limitador de velocidade (parâmetro ASLW) e do
limitador de sinal (parâmetros ALOW e AUPP).

b) MANUAL (CH1 na posição "1"): a letra "M" do loop correspondente permanecerá acesa. O sinal
de saída será ajustado pelas teclas < > e < >, com velocidade de atuação fixada pelo
parâmetro ASPD e limitado pelos parâmetros ALOW e AUPP.

A Transferência Manual para Automático pode ser balanceada ou não. Os dois modos são descritos
nos blocos de PID.

A transferência Automático para Manual é sempre balanceada. O registro, atuado pelas teclas < > ou
< >, sempre acompanham a saída do limitador de velocidade quando em operação Automática.

Após uma queda de energia ou um reset manual, a chave CH1 retorna à operação de acordo com o
parâmetro CHST, isto é retorna em Manual, Automático ou na posição anterior à queda de energia ou
ao Reset Manual.

Também é possível bloquear a função <A/M> em Automático ou Manual, através do parâmetro


CCH1.

MANUAL FORÇADO

O modo Manual forçado pode ser ativado pela chave CH2 em função do sinal de entrada em D:

a) Nível lógico "0" em D mantém CH2 na posição "0" (OPERAÇÃO NORMAL).

b) Nível lógico "1" em D chaveia CH2 para a posição "1" (MANUAL FORÇADO). Nesta situação, o
registro atuado por < > e < > assume o valor da posição "0", antes do chaveamento.

Outras configurações podem ser adicionadas a este modo. Para outras informações, veja descrição
dos parâmetros CCH1, CST1, CLAM e CLMV.

4.13
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

SAÍDA DE SEGURANÇA

A saída do controlador pode seguir o sinal conectado à entrada B (Situação de Segurança), pelo
chaveamento de CH3 para a posição "1" mediante um sinal de nível lógico 1 na entrada C. O sinal
em B pode ser constante ou variável dependendo de qual bloco está conectado.

Com CH1 em "1" (posição Manual) a letra M do loop correspondente permanecerá acesa e o sinal de
saída será o sinal da entrada B antes do chaveamento de CH3.

Com CH1 em "0" (posição Automático), a letra M do loop correspondente piscará mais rápido do que
em manual forçado e o sinal da saída seguirá o sinal presente na entrada B.

A posição da chave CH1 após a entrada C retornar ao nível lógico "0" é determinada pelo parâmetro
CSA1, com as seguintes opções: última posição, posição "1" (Manual) ou posição "0" (Automático).

Outras configurações podem ser adicionadas a este modo. Para outras informações, veja a descrição
dos parâmetros CCH1, CST1, CLAM e CLMV.

ENTRADAS CHAVES LED M


SAÍDA
C D CH3 CH1 CH2

0 0 0 0 0 ENTRADA A APAGADO

0 0 0 1 0 REGISTRO INTERNO ACESO

1 0 1 0 0 ENTRADA B PISCA RÁPIDO

1 0 1 1 0 REGISTRO INTERNO ACESO

0 1 0 0 1 REGISTRO INTERNO PISCA LENTO

0 1 0 1 1 REGISTRO INTERNO ACESO

1 1 1 0 1 REGISTRO INTERNO PISCA LENTO

1 1 1 1 1 REGISTRO INTERNO ACESO

Tabela 4.8.1 - Origem da saída e estado do led "M" em função das entradas C e D e das
chaves CH3, CH1 e CH2 (com entrada B conectada).

Observar que os parâmetros CCH1, CST1 e CSA1 podem afetar a posição de CH1 em função do
status das entradas C e/ou D, independentemente da atuação da tecla A/M. Portanto, a configuração
destes parâmetros pode alterar automaticamente a linha da tabela, bem como suprimir algumas
linhas.

CCH1 - ATUAÇÃO DE CH1

Este parâmetro determina se a chave CH1 será atuada somente pelo frontal ou junto com CH2 e/ou
CH3, ou se irá ser travada em "0" (Auto) ou em "1" (Manual).

A chave CH1 é atuada simultaneamente com CH2 ou CH3 quando as entradas C ou D são levadas a
nível lógico 1. A posição de CH1, quando atuada por CH2 e/ou CH3 é definida no parâmetro CST1. A
posição de CH1, quando CH3 retorna para a posição "0" é definida pelo parâmetro CSA1.

CST1 - POSIÇÃO DE CH1 COM CH2 E CH3 ATUADAS

Este parâmetro determina a posição de CH1 quando as entradas C ou D estão em nível lógico "1" e o
parâmetro CCH1 é programado com o valor 3, 4 ou 5.

Quando a entrada C retorna ao nível lógico "0", a chave CH1 assumirá a posição determinada pelo
parâmetro CSA1. Após CH1 ser ativada pela entrada D, ela poderá ser operada pela tecla <A/M>
desde que não bloqueada (parâmetro CLAM = 1 ou 3). A posição de CH1 quando a entrada D retorna
ao nível lógico "0" será a mesma posição que tinha antes do chaveamento de CH2.

4.14
Tabelas e Funções

Tal posição é indicada no frontal como segue:

- "M" piscando: CH1 na posição "0" (equivalente ao Automático quando CH2 retorna à posição "0").

- "M" aceso: CH1 na posição "1" (equivalente ao Manual).

CLAM - BLOQUEIO DA TECLA A/M

Este parâmetro bloqueia a tecla <A/M> do frontal, evitando a atuação de CH1 quando as entradas C
e/ou D estiverem em nível lógico "1".

Esta situação evita que o operador atue a tecla <A/M> durante situações de "Saída de Segurança" ou
"Manual Forçado".

CLMV - BLOQUEIO DAS TECLAS < > E < >

Este parâmetro bloqueia as teclas < > e < >, evitando a alteração do valor de saída enquanto em
Manual, quando as entradas C e/ou D estiverem em nível lógico "1".

Isto evita que o operador mude o sinal de saída durante situações de "Saída de Segurança" ou
"Manual Forçado".

CHST - PARTIDA A QUENTE

Este parâmetro configura o modo de operação do respectivo loop depois de uma interrupção de
energia.

CLIM - LIMITADOR DE SAÍDA NO MODO AUTOMÁTICO

Os limitadores de saída atuam normalmente tanto em Automático como em Manual. CLIM permite
que os limitadores atuem somente em Automático.

EXEMPLOS:

1) Numa situação de emergência definida por um sinal de nível lógico 1, a saída do controlador
deverá permanecer no último valor antes da emergência, a não ser que o operador decida alterá-
lo. Quando a emergência desaparecer o controle deverá permanecer em Manual.

Solução: Na emergência é caracterizada uma situação de "Manual forçado". O sinal de emergência


deverá ser conectado à entrada D e devem ser configurados os seguintes parâmetros:

CST1 = 0 → CH1 permanece ou vai para a posição "1" (Manual) quando em situação de emergência.

CCH1 = 3 → Sinal alto em D chaveia CH1.

CSA1 = → Qualquer valor

CLMV = 0 → Permite a atuação das teclas < > e < >.

CLAM = 1 → Bloqueia a tecla <A/M> do frontal, evitando que CH1 seja chaveado para a posição "0"
e permitindo retorno em modo Automático.

2) Na mesma situação de emergência descrita acima, a saída deverá ir para 2%, permanecendo
neste valor durante a situação de emergência. Quando o sinal de emergência normalizar o
controlador deverá voltar em Manual.

Solução: Nesta emergência está caracterizada uma situação de saída de segurança. O sinal de
emergência deverá ser conectado à entrada C, o sinal com valor de 2% (de um bloco de
ajuste ou constante) deverá ser conectado à entrada B e devem ser configurados os
seguintes parâmetros:

4.15
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

CST1 = 0 → CH1 permanece ou vai para a posição "1" (Manual). A saída do bloco seguirá o valor da
entrada B no instante de chaveamento de CH3.

CCH1 = 4 → Entrada C chaveará CH1.

CSA1 = 1 → Controlador permanecerá em Manual depois de retirado o sinal de emergência.

CLMV = 2 → As teclas < > e < > serão bloqueadas durante a presença do sinal de emergência.

CLAM = 2 → CH1 é bloqueado durante a presença do sinal de emergência.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A (Automático) 0

I LIB Entrada B (Segurança) Endereços 0


0 a 170 / 225 a 240
I LIC Entrada C (Chave Segurança) 0

I LID Entrada D (Chave Manual Forçado) 0

0 – Posição 1 (Posição Manual em


Posição de CH1 quando entrada C ou D
operação normal)
I CST1 está em nível lógico 1 e o parâmetro 0
1 – Posição 0 (Posição Automático em
CCH1 ≠ 0, 1 ou 2
operação normal)
0 – Tecla <A/M>
1 – Bloqueia na posição 0 (AUTO)
2 – Bloqueia na Posição 1 (MANUAL)
I CCH1 Atuação de CH1 0
3 – Entrada D ou tecla <A/M>
4 – Entrada C ou tecla <A/M>
5 – Entrada C ou D ou tecla <A/M>

0 – Última posição
Posição de CH1 quando a entrada C
I CSA1 1 – Posição 1 - (MANUAL) 0
retor-na a um nível lógico "0"
2 – Posição 0 - (AUTO)

0 – Não bloqueia
1 – Com nível alto em D
I CLMV Bloqueio das teclas < > e < > 0
2 – Com nível alto em C
3 – Com nível alto em C ou D

0 – Não bloqueia
1 – Com nível alto em D
I CLAM Bloqueio da tecla <A/M> 0
2 – Com nível alto em C
3 – Com nível alto em C ou D

0 – Anterior
Partida a quente - Modo de operação
I CHST 1 – Manual 0
depois de uma interrupção de energia
2 – Automático

0 – MAN/AUTO
I CLIM Limitador de saída 0
1 – AUTO

P ASPD Velocidade de Atuação em Manual 0,00 à 200,00%/s 10,00%/s

P ALOW Limite Inferior -2,00 à +102,00% -2,00%

P AUPP Limite Superior -2,00 à +102,00% +102,00%

P ASLW Velocidade Máxima em Automático 1,00 à 200,00%/s 200,00%/s

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=8 C = 14 L=8

4.16
Tabelas e Funções

Função 10 - PID Simples (PID)


Operação
BLK 043/044/045/046

SP
A
PV
B
PI.D
55/56
PID
57/58
I.PD

FB
C

TRACK FB

Este bloco oferece uma gama variada de algoritmos de controle tendo como base os modos
Proporcional (P), Integral (I) e Derivativo (D).

Os tipos de algoritmos utilizados podem ser do tipo paralelo (ideal) ou não interativo (Clássico ou ISA)
selecionáveis pelo parâmetro CACT, dotados de controle de saturação da integral (anti-reset windup).
Os limites de saturação são ajustáveis pelo usuário, característica única dos controladores CD600 da
SMAR, que possibilita flexibilização na configuração da estratégia de controle.

A transferência Automática para Manual pode ser bumpless ou hard. A transferência bumpless faz
com que o modo Automático assuma o valor do Manual antes do chaveamento. A transferência hard
adicionará a este valor a ação proporcional (KP.e). Em ambos os casos o sinal de saída do bloco da
Função 08 - Estação Auto/Manual, deve ser conectado à entrada D (Track FB).

TIPO DE PID (CTYP)

PI.D - As ações P e I atuam sobre o erro e a ação D sobre a Variável de Processo. Desta forma o
sinal de saída acompanha as mudanças de Setpoint segundo as ações Proporcional e
Integral, mas não dá uma variação indesejável devido à ação Derivativa. É o mais
recomendado para a maioria das aplicações com Setpoint ajustável pelo operador.

PID- As ações P, I e D atuam sobre o erro. Desta forma o sinal de saída é alterado quando há
mudanças na Variável de Processo ou no Setpoint. É recomendado para controle de relação
ou para controle escravo de uma cascata.

I.PD - Neste tipo somente a integral atua sobre o erro. Mudanças no Setpoint provocam a variação
no sinal de saída de maneira suave. É recomendado para processos que não podem ter
variações bruscas na variável em função da mudança do Setpoint. É o caso de processos de
aquecimento com Ganho muito alto.

AÇÃO (CACT)

Existem processos que requerem que o sinal de saída aumente quando a Variável de Processo
aumenta, enquanto que outros requerem o contrário.

A escolha do tipo de ação é feita através do parâmetro CACT:

TIPO 0, 2,4 ou 6 - Saída diminui com aumento de PV.

e = (SP - PV)

4.27
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

TIPO 1, 3, 5 ou 7 - Saída aumenta com o aumento de PV

e = (PV - SP)

Para efeito de normalização de operação, deve-se considerar sempre que o sinal de saída MV =
100% significa válvula aberta e que o sinal de saída MV = 0% significa válvula fechada. A operação
das teclas segue a mesma linha:

100% 0
ABRE A VÁLVULA

FECHA A VÁLVULA
0% C

Se o atuador da válvula é "ar-para-abrir", MV = 100% deve ser equivalente a 20 mA. Válvulas do tipo
"ar-para-fechar" terão 100% equivalente a 4 mA. Isto pode ser selecionado na Função 02 - Saída em
Corrente.

Sintonia pelo Frontal do Controlador

O parâmetro CACT também define se o bloco permite mudanças nos parâmetros de sintonia através
do frontal do controlador (Ver Constantes PID adiante).

Ajustes pelo frontal são habilitados com CACT=0, 1, 4 ou 5.

Algoritmos de Controle

O CD600 oferece 2 tipos de controle:

Paralelo Ideal

1 de(t )
MV(t ) = K p e(t ) + . ∫ e(t )dt + T D
TR dt

Não interativo ou ISA

1 de(t )
MV(t ) = K p [e(t ) + . ∫ e(t )dt + T D ]
TR dt

Parâmetro CACT igual a 0, 1, 2 ou 3 seleciona o algoritmo paralelo ideal. Parâmetro CACT igual a 4,
5, 6 ou 7 seleciona o não interativo ou ISA. Para o não interativo quando KP = 0, o controlador opera
como um ID.

ANTI SATURAÇÃO PELO MODO INTEGRAL (CARL E CARU)

O algoritmo de controle pára automaticamente a contribuição do modo integral, quando o sinal de


saída atinge os limites de 0% ou 100%. As contribuições dos modos Proporcional e Derivativo não
são afetadas.

O CD600 tem uma característica única que é a de permitir que a saturação pelo modo integral seja
ajustável.

4.28
Tabelas e Funções

Normalmente ela é fixada em 0% (CARL) e 100% (CARU), mas pode ser estreitada, permitindo
respostas mais rápidas e evitando "overshoot" em processos de aquecimento, por exemplo.

CONSTANTES DO PID (AKp, ATr, ATd)

A tabela é auto explicativa. Vale a pena lembrar que o modo Proporcional é Ganho e não Banda
Proporcional. A integral está em termos de minutos por repetição, não repetição por minutos. TP
menor significa ação integral maior. As constantes do PID podem ser ajustadas pelo Terminal Portátil
ou pelo frontal do controlador (veja ajustes de sintonia). Para inibir os ajustes de sintonia pelo frontal,
basta configurar o parâmetro CACT com 2, 3, 6 ou 7 em lugar de 0, 1, 4 ou 5.

BIAS (ABIA)

Neste parâmetro é possível ajustar o valor inicial do sinal de saída quando o controle é transferido de
Manual para Automático. Isto pode ser feito somente se a entrada de Feedback não estiver
conectada (LIC=0).

Para a transferência de Manual para Automático Bumpless, a entrada C deve ser conectada à saída
do bloco A/M e a entrada D deve ser conectada à saída de indicação de status do bloco A/M. Neste
caso o parâmetro ABIA é usado para mudar a saída do bloco durante operação automática.

O sinal de saída está sujeito a uma variação do tipo step se o valor de ABIA é modificado. Amplitude
e direção deste step são equivalentes à diferença entre o valor anterior e o novo valor de ABIA. O
diagrama de interligação para ambos os casos são mostrados nas figuras abaixo.

a) b)

B B
C
PID PID SP
SP
D 043 A D 043 A
55 SAÍDA 55 SAÍDA

A A
40 A/M 40 A/M
035 035
39 39

Akp =1
Akp =1 ATr =1
ATr =1 ABIA = 20%
CACT = 0 OU 2
CACT = 0 OU 2

Fig. 4.10.1 - Configuração da Transferência de Manual para Automático a) Bumpless b) Em


Automático a Saída parte com o Valor do Bias.

Durante a transferência de Manual para Automático, é possível adicionar ao sinal de saída (em
ambos os casos acima), um valor equivalente ao ganho proporcional (AKp) multiplicado pelo erro
naquele momento.

Este tipo de transferência é chamada HARD e pode ser obtida com o parâmetro CTYP igual a 3 ou 4.

As figuras 4.9.9 e 4.9.10 (Função 09) mostram o comportamento do sinal de saída para as
transferências tipo bumpless e hard.

4.29
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada de Setpoint (SP). 0

I LIB Entrada da Variável (PV). 0


Endereços
Entrada de Realimentação para Operação
I LIC 0 a 170 / 225 a 240 0
Bumpless.

Entrada para Transferência Auto/Manual.


I LID 0
(Interpretação Digital).

Algoritmo Paralelo Ideal


0 – Reverso
Ação de controle e inibição do ajuste de
1 – Direto
sintonia pelo frontal do controlador.
2 – Reverso sem sintonia no frontal
I 3 – Direto sem sintonia no frontal
REVERSO: Saída diminui quando PV
CACT 0
aumenta
Algoritmo ISA
4 – Reverso
DIRETO: Saída aumenta quando PV
5 – Direto
aumenta
6 – Reverso sem sintonia no frontal
7 – Direto sem sintonia no frontal

Ação sobre o Erro e sobre a Variável de 0 – PI.D Bumpless


Processo. As ações indicadas antes do 1 – PID Bumpless
I CTYP ponto são sobre o Erro e as outras sobre a 2 - I.PD Bumpless 0
Variável de Processo. 3 – PI.D Hard
4 – PID Hard
P CARL Anti-reset Windup limite inferior. -2,00 à 50,00% 0,00%

P CARU Anti-reset Windup limite superior. 50,00 à 102,00% 100,00%

P AKp Ganho Proporcional. 0,00 - 100,00 0,30

R ATr Tempo da Integral (min./repetição). 0,01 - 1000,0 10,000

R ATd Ganho do Termo Derivativo (min.) 0,00 - 100,00 0

P ABIA Bias -100,00 - 100,00% 0,00

Número de bytes por tipo de parâmetro: A = 12 C=8 L=8

4.30
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 12 - Multiplicador-Divisor-
Somador-Subtrator (ARTH)
Operação
BLK 051/052/053/054/055/056

67/68/69
A 70/71/72
B G1 * A * (B+ BIAS1)
C + G2 * D + BIAS3
( C + BIAS2)

Este bloco efetua as 4 operações aritméticas com as entradas conforme fórmula abaixo:

. A ( B + Bias1 )
SaÍda = G1 + G 2 . D + Bias 3
( C + Bias 2 )

Onde,

A, B, C e D = entradas em %
Bias1, Bias2 e Bias3 = constantes em %
G1 e G2 = ganho em números reais

Multiplicação entre uma porcentagem e um número real ou entre porcentagens sempre resultam em
porcentagem. Soma será sempre em porcentagem.

As entradas e a saída deste bloco pode ir de -102% a +102%. Fora desses limites são considerados
os valores extremos.

Se a entrada A não é usada o bloco assumirá A=100%. Se as entradas B e C não são usadas, BIAS1
e BIAS2 devem ser ajustados em 100%, para evitar que G1.A(B + Bias1)/(C + Bias2) seja igual a zero
no primeiro caso (multiplicação por zero) ou sempre saturado em 100% no segundo caso (divisão Por
Zero).

Exemplo 1: Cálculo

G1 = 2; A = 20%; B = 30%; Bias1 = 10%; Bias 2 = 100%

De acordo com a fórmula a saída será:

(30 + 10) 40% x 40%


2 . 20 = = 16%
100 100

Exemplo 2: Controle de relação com relação constante.

Uma importante aplicação da Função 12 é o controle de relação. (Ver exemplo de configuração na


Seção 3).

4.34
Tabelas e Funções

O propósito desse controle é manter a relação entre fluxos QA e QB constantes:


QA
=K
QB

O melhor meio para se conseguir isto, é o controle de uma delas, por exemplo QB, com o Setpoint
correspondendo a QA/K.

Figura 4.12.1 mostra a configuração usada.

Q = 0-20 Kg/s Q = 0-80 Kg/s


B A

AI AI
001 002
2 4

A
PV
ARTH
051
B
SP
APID L/R
039 225 031 QA
A A
K

Fig 4.12.1 - Controle de Relação com uma Relação Constante Fixa

Supondo que o controle deva manter QA/QB=8.

Como o controlador vê o sinal correspondente a QA e QB com 0 a 100%, é necessário usar um fator


interno para acertar a relação entre as variáveis:

a) Os dois fluxos devem estar na mesma unidade.


b) Os sinais devem ser normalizados.

[QA] = 0-100% correspondendo a QA : 0-80 kg/s.


[QB] = 0-100% correspondendo a QB : 0-20 kg/s.

80 20
QA = [ Q A ] (1) QB = [ Q B ] (2)
100 100
Dividindo (1) por (2):

QA 80 [ Q A ]
= (3)
QB 20 [ Q B ]

como, QA/QB=8 (4 ),

substituindo em (3):

[ QA ]
8=4 ∴ [ Q B ] = 0,5 [ Q A ] = SP (5)
[ QA ]

Isto significa que quando o processo tem a relação correta, o sinal correspondente ao Setpoint do
fluxo QB é a metade do sinal correspondente ao fluxo QA.

4.35
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

c) Calcular o bloco aritmético como segue:


G1 . A (B + Bias1 )
SAÍDA = + G 2 . D + Bias 3 (6 )
C + Bias 2

[QA] conectado a entrada A ⇒ A=[QA]. A saída é o Setpoint para QB. Fazendo (5) = (6)
G1 [ Q A ] (0 + Bias1 )
SP = + G 2 0 + Bias 3
0 Bias 2

Bias1 = 100%
Bias2 = 100%
Bias3 = 0 SP = 0,5 [QA]
G1 = 0,5
G2 = 0

Exemplo 3: Controle de relação com relação ajustável.

Muitas vezes o controle requer uma constante de relação ajustável pelo operador. No último exemplo
a relação era fixa. Neste exemplo, ela deve ser ajustável entre 5 e 10.

Para se conseguir isto, a figura 4.12.1 deve ser complementada com os blocos mostrados na figura
4.12.2.

Q =0-80Kg/s
A

AI AD J
002 099
4 233
A

ARTH C
051

67
(QB ) (Y)
2 39
B
SP
C
A
(SP) 225 4 (QA )
D
E
233 (K)

Fig 4.12.2 - Ajuste de Taxa

a) Com o objetivo de se melhorar a resolução no ajuste da relação é melhor fazer a variação de 0 a


100% do bloco de ajuste corresponder a variação de 5 a 10 da relação.

O bloco do frontal (027) pode ser configurado com AEZ=5 e AEM=10, e ter a saída do bloco de
ajuste conectada à entrada E. Isto permite ao operador ajustar e visualizar a constante de relação
entre 5 e 10.

b) Os sinais devem ser normalizados.

Como os valores são os mesmos do exemplo 2, pode-se usar a mesma equação (2):

4.36
Tabelas e Funções

QA 80 [ Q A ]
= ( 2)
QB 20 [ Q B ]

QA/QB varia de 5 a 10.

Relação Mínima:

[ QA ] 4
4 = 5 [ Q B ] = [ Q A ], [ Q B ] = 0,8 [ Q A ] ⇒ [ Q B ] = SP (7 )
[ QB ] 5

Relação Máxima:

[ QA ] 4
4 = 10 [ QB ] = [ QA ]
[ QB ] 10

c) O bloco aritmético pode ter a relação ajustável conectada à entrada C e [QA] na entrada A.

Se Bias3 = G2 = 0

( Bias1 )
Saída = G1 . A = SP (9 )
( C + Bias 2 )

A equação 7 é aplicada para uma relação mínima B=0.

[ Q A ] ( Bias1 )
0,8 [ Q A ] = G1 .
( 0 + Bias 2 )
Bias1
0,8 = G1 . ( 10 )
Bias 2

A equação (8) é aplicada para uma Relação máxima C=100%.

Fazendo (8) = (9)

( Bias1 )
0,4 [ Q A ] = G1 . [ Q A ]
( 100 + Bias 2 )

( Bias1 )
0,4 = G1 . (11)
( 100 + Bias 2 )

Fazendo G1 = 1 e substituindo (10) em (11):

0.8 BIAS 2 = 0.4 ( BIAS 2 + 100 )

Bias2 = 100
Bias1 = 80

Configuração do Bloco:

AGN1 = 1 ABS2 = 100


AGN2 = 0 ABS3 = 0
ABS1 = 80

4.37
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A 0
I LIB Entrada B Endereços 0
0 à 170 / 225 à 240
I LIC Entrada C 0

I LID Entrada D 0
C AGN1 Ganho G1 -30,000 à +30,000 1,000

C AGN2 Ganho G2 -30,000 à +30,000 0,000


P ABS1 Bias 1 -300,00 à +300,00% 0,00%
P ABS2 Bias 2 -300,00 à +300,00% 100,00%

P ABS3 Bias 3 -300,00 à +300,00% 0,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A = 10 C=0 L=8

4.38
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 14 - Linearização (LIN)


Operação

CURVA n

A SAÍDA 75/76

ENTRADA

Este bloco lineariza o sinal de entrada de acordo com a curva estabelecida na Função 31 - Curva de
Linearização (blocos 109 a 116), configurada no Loop G. Esta curva pode ser configurada com 13,
26, 52, 78 ou 104 pares de pontos X, Y interconectados por segmentos de reta. As curvas que podem
ser construídas estão indicadas na Tabela 4.31.1.

A entrada X e a variável de saída Y podem assumir os seguintes valores:

X → -102,00 à +102,00%
Y → -300,00 à +300,00%

Não é necessário ajustar todos os pontos disponíveis (13, 26, 52, 78 ou 104). Uma curva pode ser
definida por somente 4 pontos, plotando-se convenientemente estes pontos.

EXEMPLO:

Y%

150

100

50

20 40 60 80 100 X%

Fig 4.14.1 - Curva Típica

Considerando-se CLIN=1, a curva pode ser definida no bloco 109 do loop G com os seguintes pares
de pontos:

X1 = 20 Y1 = 50
X2 = 40 Y2 = 150
X3 = 60 Y3 = 150
X4 = 80 Y4 = 75

X1 é o valor mínimo considerado. Mesmo quando a entrada é menor que o valor de X1, no exemplo
20%, a saída corresponderá a Y1, 50% no exemplo.

4.40
Tabelas e Funções

O mesmo princípio não se aplica para o valor máximo. No exemplo, X4 = 80% é o último ponto
plotado. Se a entrada for maior que 80%, o programa pesquisará esse valor nos pontos restantes (X5
a X13). Se o valor não for encontrado (ou interpolado), será utilizada a saída correspondente ao X
imediatamente superior ao último plotado (no caso X5). É interessante notar que o valor Y
correspondente a este ponto Y5 pode assumir o valor default dos blocos de linearização (na função
31) ou valores anteriormente plotados. Para se garantir que o último valor de saída seja o desejado
deve-se plotá-lo no ponto correspondente ao máximo da entrada. No exemplo podemos fazer X5 =
100% → Y5 = 75% o que garante que qualquer X maior que 80% terá como saída um Y de 75%.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

Endereço
I LIA Entrada A - Abscissa da curva 0
0 a 170/225 a 240

0-Nenhuma
1 →8/Curvas 1 →8
9-Curvas 1 e 2
10-Curvas 3 e 4
Curva de Linearização (Ver tabela 4.31.1 ou 11-Curvas 5 e 6
P CLIN 0
Função 31 - Curva de Linearização) 12-Curvas 7 e 8
13-Curvas 1 à 4
14-Curvas 5 à 8
15-Curvas 1 à 6
16-Curvas 1 à 8

Número do bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=2 L=2

4.41
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 15 - Derivativo/Lead-Lag (LL)


Operação
BLK 061/062

TD s 1+TDs
A 77/78
1+Ts 1+Ts

Este é um bloco de compensação dinâmica o qual pode operar como função derivativa bem como
uma função de compensação "lead-lag". A seleção entre ambas as funções é feita pelo parâmetro
CDLL.

A variação do sinal de entrada vai de -2 a +102% e a saída de -102 a +102%.

FUNÇÃO DERIVATIVA

No modo derivativo o bloco efetua a seguinte função de transferência:

s
O (s ) = T D I (s )
1 + Ts

Onde,

I(s) e O(s) - Transformadas de Laplace dos sinais de entrada e saída.

TD - Constante derivativa, ajustada pelo parâmetro ATLE (min.)

T - Constante "LAG" ajustada pelo parâmetro ATLA (min.)

Quando T=0, o sinal de saída representa a taxa de variação do sinal de entrada no período
determinado por TD. Por exemplo, se o sinal de entrada varia numa taxa de 15% por segundo e TD=6
seg. (0,1 min.), o sinal de saída será 15 . 6 = 90% enquanto o sinal da entrada mantiver sua taxa de
variação. A saída retorna a zero quando a entrada fica constante.

Quando T=0 o sinal de saída é submetido a um atraso (LAG). A resposta a um sinal de entrada em
degrau com amplitude A é mostrada na figura 4.15.1.

ENTRADA SAÍDA

ATD
T
A

t0 t t0 t 0 +T t

Fig 4.15.1 - Resposta da Função Derivada com um atraso na Entrada Step

Esta função é usada quando é desejado mudança na taxa da variável.

4.42
Tabelas e Funções

FUNÇÃO LEAD-LAG E CONSTANTE DE TEMPO

Quando operando como lead-lag o bloco implementa a seguinte função de transferência:

1+T Ds
O (s ) = I (s )
1 + Ts

Onde,

TD - Constante "Lead", ajustada pelo parâmetro ATLE (minutos)

T - Constante "Lag", ajustada pelo parâmetro ATLA (minutos)

A resposta a uma entrada em degrau com amplitude A para uma constante lag ATLA=1 e diversos
valores de constante Lead (ATLE) é mostrado na figura 4.15.2.

Atle = 2

1.5 O (tO)=O+A . tO
T

SAÍDA 1 Input
0.5
A

O 0
T

tO tO+T TEMPO

Fig 4.15.2 - Resposta da função Lead-Lag a um degrau

Este bloco é muitas vezes usado em loops com controle feedforward. Esta função compensa a
diferença da constante de tempo entre a variável controlada e a variável manipulada. As figuras a
seguir mostram um bloco lead-lag inserido entre o sinal da variável de entrada e o somador que
efetua o feedforward.

LEAD
LAG +

VAPOR
FT
SP
TIC
PV

PRODUTO
FRIO TT

PRODUTO
AQUECIDO

Fig 4.15.3 - Loop de controle da taxa de vazão de vapor com Lead-Lag

4.43
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

A figura 4.15.4 mostra a resposta do sistema em malha aberta para uma variação em degrau na
vazão de vapor.

VAZÃO DE
VAPOR

TEMPERATURA
DE SAÍDA

0 t t
1

τ1 - Constante de tempo da variável manipulada.


Fig 4.15.4- Resposta em malha aberta para uma mudança em degrau na vazão de vapor
(variável manipulada).

Nota: Constante de tempo é o tempo requerido para a variável alcançar 63,2% do valor final para
uma mudança em degrau.
A figura 4.15.5 mostra a resposta do sistema em malha aberta para uma variação em degrau na
variável controlada.

VAZÃO DO
PRODUTO

TEMPERATURA
DE SAÍDA

0 t2 t

τ2 - Constante de tempo para uma variação em degrau na vazão do fluido.

Fig 4.15.5 - Resposta em malha aberta para uma variação em degrau da vazão de fluido.

Pela comparação de τ1 e τ2, é possível determinar como o lead-lag irá operar.

- Se τ1>τ2 o bloco deverá antecipar o distúrbio (Lead)

- Se τ1<τ2 o bloco deverá atrasar o distúrbio (Lag)

O bloco também pode ser usado para gerar uma constante de tempo.

Neste caso, usar o parâmetro ATLE com o valor "0" e ATLA = constante de tempo desejada.

4.44
Tabelas e Funções

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A Endereço 0


0 a 170/225 a 240
I CDLL Lead-Lag, constante de tempo ou Derivativo 0 – Derivativo 1
1 - Lead-Lag e constante de tempo
P ATLE Lead time - Td (min.) 0,00 - 300,00 min. 0,00 min.
P ATLA Lag time - T (min.) 0,00 - 200,00 min. 0,00 min.

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=4 C=2 L=2

4.45
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 16 - Compensação De Pressão E


Temperatura (PTC)
Operação
BLK 063/064

A p
79/80

B t GAS: QC = Q P K
T

C QL LIQ: Q C = Q

D QH

Este bloco é usado para compensar vazão de gás em pressão e temperatura, vazão de líquidos por
temperatura e vazão de vapor saturado por pressão ou temperatura.

O sinal de entrada deve ser linear com a vazão, ou seja, para sinais provenientes de transmissor de
pressão diferencial a raiz quadrada deve ser extraída no bloco de entrada analógica.

Para transmissores com sinal linear com a vazão (ex. turbina) a extração de raiz quadrada na fórmula
de compensação é desnecessária. A utilização ou não da raiz quadrada na fórmula é selecionada no
parâmetro CTYP.

É possível alcançar alta rangeabilidade, usando 2 transmissores calibrados em ranges diferentes. Por
esta razão o bloco tem um parâmetro (ALL) que determina a porcentagem do range correspondente
ao valor mais alto do range inferior.

Vazão para Q L = 100%


ALL =
Vazão Máxima

O transmissor de range inferior deve ser conectado à entrada C e o superior à entrada D.

Quando QH > ALL Q = QH

Se QH ≤ALL Q = QL . ALL
100

Valores de entrada podem variar de -102 à +102%. Valor de saída estará entre -2% a +102%.

FÓRMULA PARA GASES

P K
QC = Q.
T AP + BT + C

Onde,

Qc - Vazão compensada

Q - Vazão não compensada

P - Pressão absoluta em unidades de engenharia

T - Temperatura absoluta em unidades de engenharia


4.46
Tabelas e Funções

A, B e C - Coeficientes para correção do fator de supercompressibilidade (Z). Para gases ideais A = B


= 0 e C =1.

K - Constante que define as condições de projeto do elemento primário. K é calculado por:

TP
K= . ( AP P + BT P + C )
PP

APP + BTP + C = ZP

Onde,

TP e PP são respectivamente a temperatura e pressão de projeto (absolutas) em unidades de


engenharia e o fator de compressibilidade Zp usado no dimensionamento do elemento primário.

Como as entradas do bloco são em porcentagem e os sinais de pressão e temperatura dos


transmissores raramente são em unidades absolutas, o bloco transforma todas as medidas em
unidades absolutas, de acordo com expressões a seguir:

P = P 0 + αP.p / 100

T = T 0 + αT .t / 100

Onde,

Po - Valor correspondente a 0% do sinal do transmissor em unidades de pressão absoluta. Se o


transmissor de pressão for do tipo manométrico, a pressão atmosférica deverá ser adicionada ao
valor correspondente a 0%.

Por exemplo:

Transmissor de pressão absoluta calibrado de 2 a 10 bar.

Po =2 bar

Transmissor de pressão manométrica calibrado de 2 a 10 bar.

Po =2+1,013=3,013

αp - Span do transmissor de pressão (em unidades de engenharia). No exemplo acima αp=10-2=8

p - Sinal do transmissor de pressão em %

To - Valor correspondente a 0% do transmissor de temperatura em unidades de temperatura absoluta.

Por exemplo:

Transmissor de Temperatura calibrado de 100 a 200 °C


To = 100 + 273,15 = 373,15 Kelvin

Transmissor de temperatura calibrado de 0 a 200 °F


To = 100 + 459,67 = 559,67 Rankine

αT - Span do transmissor de temperatura (em unidades de engenharia)

t - Sinal do transmissor de temperatura em %

A influência do fator de supercompressibilidade deve ser calculada (para gases) dentro do range de
compensação. Devem ser selecionados três pontos representativos das tabelas termodinâmicas.

P1, T1 - correspondente à densidade d1.


P2, T2 - correspondente à densidade d2.
P3, T3 - correspondente à densidade d3.

4.47
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Estes valores devem ser substituidos na equação abaixo:

Pi K
Wi=
T i AP i BT i + C
+

possibilitando a obtenção dos valores de A, B e C.

Algumas vezes as relações são mais apropriadas para descrever o comportamento do gás.

P 1 p 1
. or .
T AP + C T BT + C

Para um grande número de aplicações a correção P/T é uma boa aproximação sendo possível usar
A=B=0 e C=1 desde que o fator de supercompressibilidade de projeto do medidor seja 1 (Zp). Caso
Zp não seja um e se deseje apenas a compensação de P e T o fator AP + BT + C deve ser igualado a
APP + BTP + C ou Zp.

FÓRMULA PARA LÍQUIDOS

(A + BT R + CT R 2 )
Qc = Q .
K

Onde,

TR = T/TC

TR - Temperatura Reduzida

TC - Temperatura crítica

K - Densidade do líquido nas condições de projeto do medidor primário (dP).

A densidade do líquido é dada por:


2
d = A + BTR + CTR

As constantes A, B e C podem ser encontradas em manuais de química para alguns produtos ou


podem ser calculadas, usando um método similar ao usado para gases.

Para as condições normais de fluxo temos:

K = dp

FÓRMULA PARA VAPOR SATURADO

A curva característica para o vapor saturado é quase linear para os ranges de compensação
normalmente utilizados.

EXEMPLO:

d = 0,49315P + 0,2155 para 10 ≤ P ≤ 35.


3
P é expressado em bar absolutos e d em Kg/m .

Neste caso é melhor utilizar a fórmula para líquidos. O sinal de pressão deve ser conectado à entrada
B de maneira que TR torne-se P. Devem ser utilizadas as seguintes correções:

To = Valor equivalente a Po.

αT = Valor equivalente a αP.

4.48
Tabelas e Funções

TC = 1.

No exemplo:

A = 0,2155

B = 0,49315

C=0

Se um elemento primário foi calculado para P = 20 bar abs, para cancelar a densidade quando P = 20
bar abs temos K = 10,08, ou seja, a densidade do vapor saturado a 20 bar. Coeficientes A, B e C
podem ser determinados de maneira semelhante à já mencionada.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A (Pressão ou Densidade) 0

I LIB Entrada B (Temperatura) Endereços 0


I LIC Entrada C (Vazão Baixa) 0 a 170/225 a 240 0

I LID Entrada D (Vazão Alta) 0

0-Gás;
1-Líquido;
I CTYP Tipo de Compensação 2-Gás Sem √; 0
3-Líquido Sem √

R C-PO P0 para Gás /Tc para Líquido 0 à 10 E 37 1,0000

R C-AP ∝p 0 à 10 E 37 0

R C-TO T0 0 à 10 E 37 273,15

R C-AT ∝t 0 à 10 E 37 0

R C-CA Coeficiente A -10 E 37 à 10 E 37 0

R C-CB Coeficiente B -10 E 37 à 10 E 37 0


R C-CC Coeficiente C -10 E 37 à 10 E 37 1,0000
R C-KK Constante K 0 à 10 E 37 273,15

P A-LL Máxima Vazão Baixa 0,00 - 100,00% 0,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=2 C = 34 L=8

4.49
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 19 - Entrada Para Totalização De


Pulsos (P/DI)
Operação
BLK 071/072

ENTRADA DIGITAL 0
8A/7A CH1
1 91/95
2
∆I
92/96
TOT v
FSV 1
PULSOS
FATOR FE 93/97
TOT m
DENSIDADE +
A X
- 94/98
∆I
B

LIMPA
C

Este tipo de bloco serve tanto para entrada binária como para entrada de pulsos provenientes de
medidores de Vazão que geram pulsos proporcionais à variável medida. Exemplo: turbina, medidor
tipo oval, tacômetro, etc.

Trabalhando como entrada de pulsos ele permite a correção da frequência pelo fator do medidor e por
um fator de compensação dado pela entrada A (Por exemplo, densidade no caso de turbina).

A entrada subtratora de pulsos permite, através do totalizador bidirecional, a Totalização do desvio


entre duas frequências.

DEFINIÇÃO DE USO DO BLOCO (CTYP)

O parâmetro CTYP, define o tipo de utilização do bloco.

CTYP = 0 - O bloco trabalha como entrada binária (CH1 em 0). As saídas 92/96, 93/97 e 94/ 98 não
são atualizadas.

CTYP = 1 - O bloco trabalha como entrada binária inversora (CH1 em 1). As saídas 92/96, 93/97 e
94/98 não são atualizadas.

CTYP = 2 - O bloco trabalha como totalizador de pulsos.

Saída 93/97 - totalização dos pulsos de entrada sem a compensação da entrada A. (Compensação
de densidade, por exemplo).

Saída 92/96 - número de pulsos já compensados pela entrada A. Pode ser utilizado num totalizador
externo.

Saída 94/98 - valor totalizado compensado. Caso a entrada B esteja presente, o sinal em 94/98 será
a diferençado número de pulsos da medida e da entrada B.

FAIXA DE FREQUÊNCIA DO MEDIDOR (CMFR)

Para otimizar o tempo do microprocessador, é recomendável especificar a faixa de frequência do


medidor. Existem 2 ranges, um abaixo e outro acima de 500 Hz.

Se CMFR= 0 o tempo de atualização para a conversão analógica da frequência é um ciclo de entrada.


Exemplo: Uma entrada instantânea de 400Hz.

4.54
Tabelas e Funções

1
t= = 2,5ms
400

Se CMFR=1, o tempo de atualização para a conversão analógica da frequência é equivalente a 8


ciclos de entrada.

Exemplo: Uma entrada instantânea de 1000 Hz.

1
t =8 = 8ms
1000

NOTA: Para frequência aproximada 0Hz, o tempo de atualização será mais longo. Portanto,
somente para frequências muito baixas é que o tempo de atualização é mais longo que o
ciclo do controlador.

FATOR DO MEDIDOR (AFSV) E FATOR DE AJUSTE (AFTR)

Em medidores tipo turbina ou vortex, um fator para cada tipo de fluido determina o número de pulsos
por unidade de volume.

Este fator é fornecido diretamente pelo fabricante do medidor ou é calculado como segue:

f [ Hz ] [ pulsos ]
FTR = = (1)
qV [ unid . de vol. ] [unid . de vol. ]

FTR é normalmente chamado de fator K do medidor. A conversão de frequência em vazão é feita


dividindo-se a frequência de entrada por FTR.

f
qV = (2)
FTR

Entretanto, alguns fabricantes usam o fator do medidor como o inverso do aqui descrito.

qV [ unid . de vol . ] [ unid . de vol . ]


FSV = = (3)
f [Hz] [ pulsos ]

Portanto,

qV = FSV . f (4)

O CD600 combina as equações (2) e (4), permitindo o uso de ambos os fatores sem necessidade de
cálculo adicional:

FSV
qV = .f (5)
FTR

Se o fator for dado em pulso/volume o valor de FTR deverá ser ajustado no parâmetro AFTR e FSV
deverá ser igual a 1 no parâmetro AFSV.

Se por outro lado, o fator for dado em volume/pulso, FSV é ajustado em AFSV e FTR será 1
(parâmetro AFTR.

4.55
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

INDICAÇÃO DE VAZÃO INSTANTÂNEA (AMFL)

Quando o bloco é usado como totalizador de pulsos, as saídas 91/95 fornecem um sinal Q de 0 a
100%, proporcional à vazão instantânea de acordo com a seguinte equação:

qV
Q= .100 [ % ] (6)
MFL

Onde, MFL é a frequência para a máxima Vazão esperada. MFL deve ser ajustado no parâmetro
AMFL.

FATOR DE TOTALIZAÇÃO (AFE)

Este fator determina o número de unidades da variável (unidades de volume ou massa)


correspondente a uma unidade de totalização.

Se AFE=10, haverá um incremento de totalização a cada 10 unidades da variável.

CORREÇÃO PELA ENTRADA A (AZDN E AMDN)

Consideremos o caso de medição de vazão. A vazão pode ser totalizada em volume e corrigida pela
densidade para fornecer a vazão em massa ou em volume nas condições de referência.

A densidade, a qual pode ser calculada pelo bloco compensador de vazão (Função 16) ou por um
bloco de polinômio (Função 17), é conectada à entrada A. O valor da entrada de 0 a 100% é
transformado em unidades de engenharia pelos parâmetros AZDN e AMDN.

O valor da densidade multiplicado pelo número de pulsos fornece a vazão em massa. Este valor
também pode ser formulado de maneira a fornecer um fator de correção para a densidade com o
objetivo de se ter uma indicação de vazão em volume sempre nas mesmas condições de leitura (Ex.
15 ºC).

NÚMERO DE PULSOS PARA CÁLCULO (APLS)

Este parâmetro define o número mínimo de pulsos para que o bloco efetue os cálculos. Este fator é
utilizado para otimizar a distribuição de tempo do processador. O valor default 32 significa que as
saídas do bloco são atualizadas a cada 32 pulsos na entrada.

LIMITE DE CONTAGEM

Observe que é semelhante à função 18, o máximo número de contagem enviadas ao contador em um
ciclo é 120. Os pulsos excedentes são armazenados para serem descarregados mais tarde. Para
evitar este problema, obedecer a relação:

AMFL
x( tempo de ciclo ) < 120
AFE

RESET DO TOTALIZADOR

Um nível lógico alto na entrada C reseta o totalizador e o mantém em zero, enquanto o mesmo estiver
presente.

O totalizador das saídas TOTV (Totalização em Volume) e TOTN (Totalização em Massa) tem 8
números digitais disponíveis somente para a entrada G dos blocos Frontal do Controlador. Veja Bloco
F18 -Totalização Analógica para maiores detalhes sobre essas saídas.

4.56
Tabelas e Funções

Exemplo 1:
3
Uma turbina mede vazão de líquido, a uma taxa de 6m /min com uma frequência máxima de 600 Hz.
O sinal de 4-20 mA do medidor de densidade corresponde a uma variação de densidade de 0,1 a 1,1
3 3
g/m . O contador deve incrementar uma contagem a cada 1m .

qv = 6m 3 / min = 0, m 3 / s

f = 600Hz

600
FTR − = 6000 pulsos / m 3
0,1

0,1
FSV − = 0,0001666
600

É conveniente usar o fator FTR, porque FSV é uma dízima períodica.

AFTR = 6000
AFSV = 1
AFE = 1
AMFL = 0,1
AZDN = 0,01
AMDN = 1,1
APLS = 32 (default)
CTYP = 2
CMFR = 1

Exemplo 2:

Uma importante aplicação deste bloco é o controle de relação de vazão de 2 fluidos ou mesmo o
controle de vazão simples. É possível obter um controle mais preciso se o Setpoint for em pulsos e se
for conectado à entrada B. Usando-se os mesmos valores do exemplo 1 pode-se obter a seguinte
configuração:
TURBINA DE MEDIÇÃO
DA VAZÃO CONTROLADA A L/R
TOT
8A 067 225 031
83
P/DI B
071
GANHO AJUSTÁVEL

B BLK 051
X G1 - GANHO AJUSTÁVEL
ARTH
051 BIAS1 = 0
LOOP G BIAS2 = 1
BLK118 BIAS3 = 1
151 B G2 = 0
K01 = 50
PID
039
47 BLK = 067
ATU = 0,001
A AMFL = 0,1
40 A/M
035
39

A
CO
009

6B

Fig 4.19.1 - Controle de Relação

4.57
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A (Densidade) 0


Endereços
I LIB Entrada B 0 a 170/225 a 240 0

I LIC Entrada C (Reset) 0


0 - Digital
I CTYP Definição da função do bloco 1 - Digital Invertido 0
2 - Totalizador

0 → f<500 Hz
I CMFR Faixa de frequência do medidor 1
1 → f>500 Hz

R AFSV Fator do medidor 0 a 10 E 37 1,0000


R AFTR Fator de ajuste 0 a 10 E 37 1,0000

R A-FE Fator FE 0 a 10 E 37 1,0000


R AZDN Densidade a 0% 0 a 10 E 37 0,2000
R AMDN Densidade a 100% 0 a 10 E 37 0,4000

R AMFL Valor máximo da variável em unidades de 0 a 10 E 37 250,00


engenharia
I APLS Número de pulsos por ciclo 0-32000 32

Número de bytes por tipo de parâmetro: A = 26 C=4 L=6

4.58
Tabelas e Funções

Função 21 - Gerador De Setpoint (SPG)


Operação
BLK 075/076

CURVA n
A SP
DESVIO SP
107/109

PAUSA t

t
229/230

B REGISTRO DSP
PROGRAMADOR
DE TEMPO 108/110
TERMINO
PAUSA RESET

C D

A função deste bloco é gerar um sinal de saída em função do tempo de acordo com a(s) curva(s)
plotada (s) nos blocos 109 a 116 (Função 31). O tempo deve ser plotado no eixo X e a
correspondente saída em Y. A seleção das curvas utilizadas é feita no parâmetro CLIN. A saída desta
curva está disponível em 107/109.

A saída t (229/230) informa o tempo decorrido, em porcentagem, do tempo máximo programado


(parâmetro CTME e CUNI).

Quando o tempo configurado é alcançado, saída "TÉRMINO" (108/110) comuta para nível lógico alto,
indicando fim da "batelada". A contagem de tempo pára em 100% e a variável pára no valor
correspondente. Esta situação permanece até que um nível lógico alto na entrada D resete o bloco
retornando ao ponto inicial da curva. O retorno da entrada D ao nível lógico baixo reinicia o processo.

O processo de geração de sinal sempre inicia no ponto X da curva, estabelecido pela entrada B. Se
nada é conectado a B ou B= 0%, o processo inicia a partir de t=0%. Por exemplo, caso um sinal de
25% seja conectado a B e o máximo tempo programado é de 2 minutos, o processo iniciará no ponto
equivalente a 30 segundos (a saída correspondente ao período de 0 a 30 segundos será suprimida).

Este bloco também compara o sinal gerado com a entrada A. Se o desvio for maior que o valor
ajustado em ADEV, a programação de tempo pára até que o desvio seja menor que ADEV. Esta
função pode ser usada para comparar o valor de Setpoint com a variável, de maneira a se evitar que
haja um desvio excessivo entre estes 2 valores. Se esta função não for necessária, o parâmetro
ADEV deve ser fixado em 100% ou conectar a saída "SP" à entrada "A".

O programador de tempo pára em duas situações particulares:

- Quando existir um nível lógico alto na entrada C (PAUSA).

- Quando o desvio entre a saída "SP" e a entrada A exceder o valor do limite ajustado (parâmetro
ADEV).

A contagem de tempo pode ser avançada ou atrasada manualmente através das teclas <∆> e <∇>,
desde que as saídas 229/230 estejam no display.

Parâmetro CLIN seleciona a(s) curva(s) do loop geral que será(o) usada(s) para gerar o sinal de saída
do bloco. As curvas são estabelecidas na Função 31 - Curva de Linearização (Blocos 109 a 116).
Esta curva pode ser configurada com 13, 26, 52, 78 ou 104 pares de pontos X, Y interconectados por
segmentos de reta. As curvas que podem sem construídas estão indicadas na tabela 4.31.1 - pág
4.60. CUNI estabelece a unidade de tempo (horas ou minutos) e CTME determina o tempo máximo,
isto é, o tempo equivalente a X=100%.

4.61
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A (Comparador) 0


I LIB Entrada B (Tempo Inicial) Endereços 0
0 a 170/225 a 240
I LIC Entrada C (Pausa) 0

I LID Entrada D (Reset) 0

0 - Nenhuma (saída -0)


1 → 8 -Curvas 1 → 8
9 - Curvas 1 e 2
10 - Curvas 3 e 4
Curva(s) de tempo (Ver tabela 4.31.1 ou 11 - Curvas 5 e 6
I CLIN 0
Função 31 - Curva de Linearização) 12 - Curvas 7 e 8
13 - Curvas 1 à 4
14 - Curvas 5 à 8
15 - Curvas 1 à 6
16 - Curvas 1 à 8

0 - Minutos
I CUNI Unidade de tempo 0
1 - Horas
P CTME Tempo correspondendo a 100% 0,00 - 300,00 60,00
P ASPD Velocidade de Atuação 0,00 - 200,00%/s 10,00%/s

P ALOW Limite inferior de registro -102,00 a +102,00% 0,00%


P AUPP Limite superior de registro -102,00 a +102,00% 100,00%

P ADEV Desvio (em módulo) 0,00 - 100,00% 100,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=8 C=6 L=8

4.62
Tabelas e Funções

Função 24 - Lógica De 3 Entradas (LOG)


Operação
BLK 085/086/087/088/089/090

0 3

131/132
1 4 133/134
135/136

2 5

A B C

Este bloco efetua diversos tipos de operações lógicas de três entradas A, B e C. Se uma entrada não
estiver conectada ela não será considerada na operação, ou seja, a operação lógica será efetuada
somente com 2 entradas.

A tabela 4.24.1 mostra as diversas operações lógicas disponíveis. A escolha é feita pelo parâmetro
CLOG.

Quando o resultado da operação for um nível lógico 1, a saída será 100%, caso contrário será 0%.

ENTRADAS* SAÍDAS
A B C OR(0) AND(1) XOR(2) NOR(3) NAND(4) NXOR(5)
0 0 0 0 0 0 1 1 1
0 0 1 1 0 1 0 1 0
0 1 0 1 0 1 0 1 0
0 1 1 1 0 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1 0 1 0
1 0 1 1 0 0 0 1 1
1 1 0 1 0 0 0 1 1
1 1 1 1 1 1 0 0 0
0 0 0 0 0 1 1 1
0 1 1 0 1 0 1 0
1 0 1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 0 0 0 1
0 0 0 0 1 1 1
1 1 1 1 0 0 0

*Sem Inversão (CNOT = 0)

Tabela 4.24.1 - Tabela Verdade

4.69
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Um sinal de 0 a 100% conectado a uma das entradas será interpretado como segue:

- menor que 70% - nível 0


- maior que 80%: - nível 1
- entre 70 e 80% - estado anterior

As entradas podem ser invertidas pelo parâmetro CNOT.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A (Interpretação Digital) 0


Endereços
I LIB Entrada B (Interpretação Digital) 0 a 170 / 225 a 240 0
I LIC Entrada C (Interpretação Digital) 0

0 - OR 3 - NOR
I CLOG Definição da Operação Lógica 1 - AND 4 - NAND 0
2 - XOR 5 - NXOR

0 - Sem inversão
1 - Inverte entrada A
2 - Inverte entrada B
3 - Inverte entradas A e B
I CNOT Inversão das Entradas 0
4 - Inverte entrada C
5 - Inverte entradas A e C
6 - Inverte entradas B e C
7 - Inverte entradas A, B e C

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=4 L=6

4.70
Tabelas e Funções

Função 25 - Temporizador (TMR)


Operação
BLK 091/092

ENTRADA
t
1

t
A 2 137/138

3 t t t
SAÍDA

t
4

t
5

Este bloco permite efetuar atraso em um sinal digital conforme definido no parâmetro CACT. O tempo
de atraso é estabelecido no parâmetro ADEL.

As curvas representadas no bloco mostram os diversos tipos de atuação.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

Endereço
I LIA Entrada A (Interpretação Digital) 0
0 a 170/225 a 240

0 – Nenhuma
1 - Na Subida
2 - Na Descida
I CACT Tipo de atuação 0
3 - Subida e Descida
4 - Subida Monoestável
5 - Descida Monoestável
P ADEL Tempo de atraso 0,01 min à 180,00 min 1,00 min

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=2 C=2 L=2

4.71
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 26 - Seletor de Maior e Menor


(H/L)
Operação
BLK 093/094/095/096

MAIOR 139/141
A
143/145

B SELETOR

MENOR 140/142
C 144/146

INVERSOR
D

As duas saídas fornecem, respectivamente, o maior e o menor valor entre as três entradas A, B e C,
sendo que qualquer entrada não conectada é desprezada.

A entrada D serve para inverter as saídas. Quando D está em nível alto, a primeira saída fornece o
menor valor e a segunda o maior.

As entradas e saídas deste bloco podem variar de -102,00 à +102,00%.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A 0

I LIB Entrada B Endereços 0


0 a 170/225 a 240
I LIC Entrada C 0

I LID Entrada D - Inverte as outras Entradas 0

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=0 L=8

4.72
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 28 - Atuador de Registro (ADJ)


Operação
BLK 099/100/101/102

233/234
DSP

REGISTRO

Este bloco contém um registrador que pode ser atuado pelas teclas <∆> e <∇>, nas seguintes
condições:

a) A saída é conectada a um bloco da Função 06 - Frontal do Controlador (BLK 027 a 030) ou a


um bloco da Função 32 - Visualização Geral (Bloco 117) e está selecionada para indicação no
display frontal.

b) A saída do bloco é conectada a um bloco da Função 29 - Seletor de Entrada (Blocos 103 a 106)
ou a um bloco da Função 27 - Seletor Interno / Externo (Blocos 097 e 098), cujas chaves
internas direcionam o sinal de registro diretamente para sua saída. Esta saída deve ser
conectada a qualquer bloco de visualização mencionado no item a), e deve ser selecionada para
ser indicada no display frontal.

A saída pode variar de -102,00 à +102,00%. O limite inferior é ajustado no parâmetro ALOW e o limite
superior no parâmetro AUPP. A velocidade de atuação é ajustada por ASPD.

Existem 3 formas de atuação:

1) CTYP=0 Atuação Contínua


A saída é alterada pelas teclas <∆> e <∇> com IN/decrementos de 0,01%. A velocidade de
variação do sinal de saída é ajustada em ASPD. A saída pode variar do limite inferior (ALOW) até
o limite superior (AUPP).

2) CTYP=1 Chave Binária Tipo "Switch"


As teclas <∆> e <∇> atuam como "push-button".

<∆> - A saída do bloco comuta para o valor ajustado em AUPP, por exemplo, 100%

<∇> - A saída do bloco comuta para o valor ajustado em ALOW, por exemplo, 0%

3) CTYP=2 Chave Binária Tipo "Push-Button"

Quando <∆> é pressionada a saída comuta para o limite superior AUPP (normalmente 100%).

Quando <∆> é solta a saída retorna ao limite inferior ALOW (normalmente 0%).

4.74
Tabelas e Funções

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

0 - Valor Analógico
I CTYP Tipo de Atuação 1 - Chave com Trava 0
2 - Push-Button

P ASPD Velocidade de Atuação no Registro 0,00 à 200,00%/s 10,00%/s


P ALOW Limite Inferior do Registro -102,00 à +102,00% 0,00%
P AUPP Limite Superior do Registro -102,00 à +102,00% 100,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=6 C=2 L=0

4.75
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 29 - Seletor de Entrada (ISEL)


Operação
BLK 103/104/105/106

A
0 CH1 237/238
1 239/240

Este bloco seleciona uma das entradas como sinal de saída por meio da chave CH1. A chave é
ativada por um nível lógico alto na entrada C (CH1 vai para posição "1").

As entradas e a saída podem variar de -102,00 à +102,00%. É possível travar a chave CH1 na
posição "0", através do parâmetro CLCK.

Se a saída do bloco é conectada a um bloco de visualização (Função 06 ou 32), qualquer atuador de


registro ligado a qualquer entrada deste bloco, pode ser atuado como se diretamente ligado ao bloco
de visualização. Um exemplo desta aplicação é mostrado na Figura 4.29.1.

Exemplo:

AI AI
001 002
2 4
A
L/R
031
225
A B
ISEL
103
237
A
FV
027

Figura 4.29.1 - Loop de Controle com 2 Atuadores de Setpoint

Nesta configuração, se a chave CH1 do bloco 103 está na posição "0", o atuador de registro não pode
ser atuado.

Se CH1 está na posição "1" e o bloco 031 está em Local, o atuador de registro do bloco 031 pode ser
atuado.

4.76
Tabelas e Funções

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A 0
Endereços
I LIB Entrada B 0
0 a 170/225 a 240
I LIC Entrada C - Chaveia CH1 0
0 – Não
I CLCK Trava CH1 na posição 0 0
1 – Sim

Número de bytes por tipo de parâmetro: A=0 C=2 L=6

4.77
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 30 - Seletor de Saída (OSEL)


Operação
BLK 107/108

147/149

CH1 0
A
1

148/150

Este bloco direciona o sinal de entrada para uma das duas saídas, através da atuação da chave CH1.
Quando CH1 é atuada (nível lógico alto em B), a entrada é direcionada para a saída 148/150.

Quando a chave é comutada, o sinal de saída não selecionado poderá ser mantido na última posição
ou ir para 0 ou 100%, conforme determinado pelo parâmetro CLST.

É possível travar a chave na posição "0", através do parâmetro CLCK.

Exemplo:

Este bloco é útil no controle de pH para congelar a entrada, enquanto estiver calibrando o transmissor
de pH. Este é o melhor método e o mais frequentemente usado.

Para este caso o bloco OSEL pode ser usado como uma chave Sample-and-Hold.

Transmissor de pH

AI

A
B
OSEL ADJ CTYP=1
147/149
B D

APID FV MND=HLD

Fig. 4.30.1 - Configuração para Seletor L/R com Setpoint Tracking

O bloco ADJ é usado aqui, para alterar o hold On ou OFF. Quando ele está em OFF (a entrada B do
bloco OSEL está em nível lógico baixo) o sinal passa através do bloco OSEL. Quando (a entrada B
do bloco OSEL está com nível lógico alto) a função hold está em ON, a entrada permanece no último
valor do bloco APID. Portanto, o transmissor de pH pode ser calibrado sem sofrer distúrbios.

4.78
Tabelas e Funções

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

I LIA Entrada A Endereços 0


I LIB Entrada B - Seleciona Saída 0 a 170/225 a 240 0

0 - Mantém último valor


Condição da saída quando a chave CH1
I CLST 1 - 0% 0
mudar
2 - 100%

0 – Não
I CLCK Trava a chave CH1 na posição 0 0
1 – Sim

Número de bytes por parâmetro: A=0 C=4 L=4

4.79
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

Função 31 - Curva de Linearização (PNT)


Operação

A função deste bloco é armazenar pares de pontos X, Y para as curvas, utilizadas nos seguintes
blocos:

Função 01 - Entrada Analógica

Função 09 - PID Avançado (ganho adaptativo)

Função 14 - Linearização

Função 21 - Gerador de Setpoint

A mesma curva pode ser usada por diferentes blocos de loops diferentes, e deve ser alocada no Loop
Geral (Loop G).

Cada bloco contém 13 pontos definidos pelos pares X, Y. A curva é determinada por esses pontos
ligados por segmentos de reta.

Se a curva necessita de mais de 13 pontos, os blocos podem ser agrupados como mostrado na
tabela 4.31.1.

Por exemplo, um gerador de Setpoint que necessite de 1 curva com 70 pontos pode ser configurado
com o parâmetro CLIN=15 que permite o agrupamento de 6 curvas (6 . 13 = 78 pontos).

Quando é utilizado mais de um bloco para representar uma curva, a primeira parte da curva é definida
pelo primeiro bloco, a segunda, pelo segundo e assim por diante.

Exemplo:

Um gerador de Setpoint com o seguinte modelo:


(%) SP (C)

100 800

400

0 0 T(SEG)

(%)
0 50 100

Figura 4.31.1 - Modelo para o Gerador de Setpoint

4.80
Tabelas e Funções

Para representar esta curva de 17 pontos, são necessários 2 blocos. Se o bloco gerador de Setpoint
está configurado com CLIN=9, os blocos 109 e 110 serão configurados conforme a tabela 4.31.2.

DEFINIDA PELOS PARES No. DE


CURVA
X, Y NOS BLOCOS PONTOS
1 109
2 110
3 111
4 112
5 113
13
6 114
7 115
8 116
9 109 + 110
10 111 + 112
11 113 + 114
26
12 115 + 116
13 109 à 112
52
14 113 à 116
15 109 à 114 78
16 109 à 116 104

Tabela 4.31.1 - Curva de Linearização

PONTO N°. T (X) SP (Y) BLOCO


1 0 0
2 5 5
3 10 5
4 15 10
5 20 10
6 30 20
7 35 20 BLK 109
8 40 15
9 45 15
10 50 25
11 55 25
12 60 30
13 65 33
14 72 42
15 80 80
16 90 80 BLK110
17 100 25
18 102 25

Tabela 4.31.2 - Pontos da Curva

4.81
CD600 – Manual de Instruções, Operações e Manutenção

É recomendado programar o último ponto da curva com um valor máximo possível para a entrada
(X). Por segurança é conveniente programar o último X com 102% e o último Y com o valor
apropriado.

TIPO MNE DESCRIÇÃO OPÇÕES DEFAULT

P AX01 X1 -300,00 à +300,00% 0,00%


P AY01 Y1 -300,00 à +300,00% 0,00%

P AX02 X2 -300,00 à +300,00% 5,00%


P AY02 Y2 -300,00 à +300,00% 5,00%
P AX03 X3 -300,00 à +300,00% 10,00%

P AY03 Y3 -300,00 à +300,00% 10,00%


P AX04 X4 -300,00 à +300,00% 15,00%

P AY04 Y4 -300,00 à +300,00% 15,00%


P AX05 X5 -300,00 à +300,00% 20,00%
P AY05 Y5 -300,00 à +300,00% 20,00%

P AX06 X6 -300,00 à +300,00% 25,00%


P AY06 Y6 -300,00 à +300,00% 25,00%

P AX07 X7 -300,00 à +300,00% 30,00%


P AY07 Y7 -300,00 à +300,00% 30,00%
P AX08 X8 -300,00 à +300,00% 35,00%

P AY08 Y8 -300,00 à +300,00% 35,00%


P AX09 X9 -300,00 à +300,00% 40,00%

P AY09 Y9 -300,00 à +300,00% 40,00%


P AX10 X10 -300,00 à +300,00% 45,00%
P AY10 Y10 -300,00 à +300,00% 45,00%

P AX11 X11 -300,00 à +300,00% 50,00%


P AY11 Y11 -300,00 à +300,00% 50,00%

P AX12 X12 -300,00 à +300,00% 55,00%


P AY12 Y12 -300,00 à +300,00% 55,00%

P AX13 X13 -300,00 à +300,00% 105,00%


P AY13 Y13 -300,00 à +300,00% 105,00%

Número de bytes por tipo de parâmetro: A = 52 C=0 L=0

4.82
Seção 6
Especificações Técnicas
Alimentação e Consumo
A tabela abaixo especifica o valor máximo de corrente.

COM BACKUP + 08
SEM COM
ALIMENTAÇÃO TRANSMISSORES ALIMENTADOS
BACKUP BACKUP
E CONSUMO PELA FONTE INTERNA
(1) (1)-(2)
(1),(2) & (3)

220 Vac ±10%


58 mA 104 mA 130 mA
50/60Hz

127 Vac ±10%


95 mA 156 mA 194 mA
50/60Hz

110 Vac ±10%


111 mA 200 mA 243 mA
50/60Hz

24 Vdc -5%
390 mA 720 mA 883 mA
+25%

Tabela 6.1 - Consumo de Potência

NOTAS:

(1) Frontal totalmente aceso e todas as saídas em 100%.

(2) A chave "AUTO"-"BACKUP" na posição "BACKUP" e as saídas em 100%.

(3) Todos os transmissores com saída em 100% (20 mA/transmissor).

FONTE INTERNA PARA ALIMENTAÇÃO (QUANDO ALIMENTADO EM A.C)


Tensão de Saída Regulada: 24 V ±10%

Corrente de Saída Máxima: 160 mA

Limitação de Corrente de curto-circuito

FONTE EXTERNA PARA ALIMENTAÇÃO DO TERMINAL PORTÁTIL

Saída: 9Vdc / 500 mA

NOTA 1: A fonte externa não deve ser usada quando o Terminal Portátil estiver
comunicando com o controlador.

NOTA 2: O Terminal Portátil, também pode ser alimentado diretamente pelo controlador se:

a) A placa principal GLL600 for Revisão 3 ou acima;

b) O número de série da interface de comunicação vier acompanhado da letra "A" (ex: N°


SÉRIE 01166A).

MEMÓRIA NVRAM (MEMÓRIA NÃO VOLÁTIL)

O sistema de retenção de dados na memória é obtido com alimentação interna por bateria
que torna a memória não volátil. Esta bateria interna é de lítio, não recarregável e possui uma
autonomia mínima de 10 anos.

6.1
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção
ENTRADAS E SAÍDAS ANALÓGICAS

IMPEDÂNCIA/
Q TIPO PRECISÃO
CARGA
(1)
4-20mA/ 0-20mA 250 Ω
Entrada
8 ±0,010V
Analógica 1-5V/0-5V 1MΩ
Saída (2)
4 4-20mA/0-20mA máx. 750 Ω ±0,050mA
Corrente
Saída (3)
4 1-5V/0-5V mín. 1,5 KΩ ±0,015V
Tensão

NOTAS:

(1) A configuração de uma entrada para trabalhar em corrente é obtida através da colocação
de resistor shunt de 250 Ohms em local apropriado na borneira do aparelho. A posição de
cada resistor shunt é marcada com o número correspondente da entrada.

(2) Quando o controlador possui estação de "backup", as saídas de corrente devem ser
configuradas apenas em 4-20 mA.

(3) Para tempos de ciclo < 200ms, precisão: 0,020V.

ENTRADAS DIGITAIS (PI1, PI2, DI1 e DI2)

Quantidade: 04
Tipo: Contato Seco ou Tensão (PI1, PI2, DI1 e DI2)
Freqüência: 0 a 10KHz (PI1 e PI2)
Precisão: 0,05% (10Hz f<10KHz)
0,3% (1Hz ≤f ≤10Hz)

Reconhecimento de Nível Lógico "0": Contato fechado com resistência máxima de 200 Ohms
ou Tensão de 0 a 1,7 Vdc

Reconhecimento de Nível Lógico "1": Contato aberto com resistência mínima de 10K Ohms ou
Tensão de 3 a 24 Vdc

NOTA:

É necessário um "CIRCUITO DEBOUNCING", quando os sinais enviados para a entrada de


pulsos, forem de relés (chave mecânica).

O comportamento mecânico real de uma chave não gera uma mudança de estado
instantânea definida, portanto, o sinal na entrada digital oscila por alguns milisegundos,
causando uma interpretação errada do estado do relé.

SAÍDAS DIGITAIS (D01 a D08)

Quantidade: 08
Tipo: Coletor Aberto (Vce máx. = 45Vdc, Ice máx. = 100mA)

SAÍDA PARA ALARME DE FALHA DO CONTROLADOR (FAIL)

Quantidade: 01
Tipo: Coletor Aberto
(Vce máx. = 50 Vdc; Ice máx. = 100 mA)

Observação:

No caso de falha da placa principal o transistor referente a esta saída é cortado. Deve ser
conectado como as saídas digitais (veja fig. 6.4).

6.2
Especificações técnicas

ATENÇÃO:
Usar "VEXT" sempre que for conectada cargas indutivas nas
saídas digitais. Veja Diagramas de Conexão (Fig 6.4) e "VEXT"
(Fig 6.1). O uso de VEXT é recomendado para prevenir danos ao
transistor, devido à sobretensão durante a comutação.

Observação:

O VEXT oferece proteção aos transistores através de diodos ligados em paralelo com a
"CARGA". Veja Fig 6.1. Para ligação da fonte Ver Fig. 6.4.

VEXT

DO 1

DO n

N=2~8

DGND

Fig. 6.1 - V Externo (VEXT)

Microprocessador: 80C196, 16 bits


Memória: 48 Kbytes (PROM) + 8 Kbytes
(NVRAM)
Ciclo de Controle: ajustável de 100 a 250 ms

CONDIÇÃO DE INSTALAÇÃO

Ambiente: 0 a 43 °C, 20 a 90% RH

PAINEL FRONTAL

Barras Gráficas (101 pontos): 2


Barra de leds (41 pontos): 1
Indicadores de estado: 23 leds
Display Alfanumérico: 8 dígitos
Teclado: 9 teclas

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Caixa: Aço SAE 1020 com pintura eletrostática


Cor: Preta
Chassi: Alumínio extrudado e pintura eletrostática
Painel Frontal: PBT com 20% de fibra de vidro Termoplástico Injetado
Placas dos Circuitos: Polyester reforçado com fibra de vidro
Dimensões do Frontal: 72x144x494mm
Peso: Modelos DC - conjunto com backup- 3,14 Kg conjunto sem backup-2,83 Kg
Modelos AC - conjunto com backup-4,12 Kg conjunto sem backup-3,60 Kg

6.3
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção

CONECTOR DB - 9 TERRA DA
CARCAÇA

1
6

2
7 TRTC+
3
8
4
9
5
TERRA
DIGITAL

TRCV-

Fig 6.2 - Conector de Comunicação

*CUIDADO:A inversão da polaridade das saídas digitais danificará o equipamento


.

BORNEIRA A BORNEIRA B

18 Entrada Analógica 1 1 Entrada Analógica 5

17 Entrada Analógica 2 2 Entrada Analógica 6

16 Entrada Analógica 3 3 Entrada Analógica 7

15 Entrada Analógica 4 4 Entrada Analógica 8

14 24 Vdc/160 mA PWR. SPLY 5 Terra Analógico

13 Saída em Tensão 1 6 Saída em Corrente 1

12 Saída em Tensão 2 7 Saída em Corrente 2

11 Saída em Tensão 3 8 Saída em Corrente 3

10 Saída em Tensão 4 9 Saída em Corrente 4

9 Terra Analógico 10 Terra Analógico

8 Entrada Digital 1 11 Entrada Digital 3

7 Entrada Digital 2 12 Entrada Digital 4

6 Saída Digital 1 13 Saída Digital 5

5 Saída Digital 2 14 Saída Digital 6

4 Saída Digital 3 15 Saída Digital 7

3 Saída Digital 4 16 Saída Digital 8

2 Tensão Externa 17 Terra Digital

1 Falha Controlador 18 Terra Digital

Tabela 6.2 – Identificação dos Terminais

6.4
Especificações técnicas

1 2 3 4 5 6 7 8
TERMINAL PARA FUSÍVEL
RESISTOR SHUNT
(250 OHM)
18 1
17 2
16 3 ALIMENTAÇÃO
15 4 110/220 VAC
OU 24 VDC
14 5
13 6
12 7
11 8
10 9 TERRA OU
9 10 CARCAÇA
8 11
7 12
6 13
5 14
4 15
3 16
2 17
1 18 CONECTOR PARA
A B COMUNICAÇÃO
smar

Fig 6.3 - Painel Traseiro com Terminais

6.5
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção

ENTRADAS ANALÓGICAS

a) TRANSMISSOR A 2- FIOS b) TRANSMISSOR A 4- FIOS

CD 600 CD600 ALIMENTAÇÃO


BORNEIRA BORNEIRA
24V 14A + AI1 18A +

TRANSMISSOR TRANSMISSOR
AIi1 18A AGND 9A

NOTA: SE AS ENTRADAS ANALÓGICAS SÃO USADAS EM CORRENTE, É NECESSÁRIO INSERIR


UM RESISTOR SHUNT DE 250 NO TERMINAL PARA RESISTOR SHUNT.

SAÍDAS ANALÓGICAS
a) TENSÃO b) CORRENTE
CD600 CD600
BORNEIRA BORNEIRA
VOI 13A + CO1 6B +
- -
RECEPTOR ATUADOR
AGND 9A AGND 10B

ENTRADAS DIGITAIS
a) CONTATO SECO b) TENSÃO
CD600 CD600
BORNEIRA BORNEIRA
PI1 8A PI1 8A 3 a 24V

DGND 17B DGND 17B

SAÍDAS DIGITAIS (TIPO COLETOR ABERTO)


a) FONTE EXTERNA b) FONTE PRÓPRIA
CD600 CD600
BORNEIRA BORNEIRA
VEXT 2A 24V 14A

1 MAX<100mA
DO1 6A VEXT 2A
CARGA CARGA (RELÉ)
I MAX<100mA
VCE<45 VCD
DGND 18B DO 6A

DGND 18B

Fig 6.4 - Esquema de Ligações das Entradas e Saídas

6.6
Seção 9
Instalação
Verificação Inicial
Ao receber o controlador CD600, verifique se:

• O modelo corresponde à sua ordem de compra;

• Externamente o aparelho não sofreu danos durante o transporte;

• O manual de operação, terminal portátil e interface estão em anexo, conforme sua ordem de
compra.

CONDIÇÕES LOCAIS PARA INSTALAÇÃO

 Alimentação

Para se obter uma operação estável e confiável do sistema, é indispensável que o suprimento de
energia seja de alta qualidade, devendo atender os requisitos da tabela abaixo:

Variação de Tensão ±10%


Alimentação Variação de Freqüência 48 a 64Hz
em 110, 127,
220 Vac. Máximo período de
14 ms(100 Vac)
Interrupção de energia
Variação de Tensão -5% + 25%
Alimentação Máximo período de
0,5 ms 24 Vdc
em 24 Vdc. Interrupção da energia
Ripple máximo 1 Vpp

 Condições Ambientais

A temperatura e a umidade na sala de controle devem estar dentro dos ranges especificados abaixo:

• Temperatura: 0 a 43° C
• Umidade: 5 a 90% RH (não condensada).

 Pureza do Ar
3
Na sala de controle a quantidade de poeira no ar deve ser, de preferência, menor que 0,2 mg/m . É
particularmente desejável que se minimize a quantidade de gases corrosivos e partículas condutoras
no ar.

 Vibração

O equipamento deve ser instalado, onde não esteja sujeito a vibração maior que:

• Aceleração g ≤ 0,3 g;
• Freqüência f ≤ 100 Hz;
2
• Amplitude a=500.g/f (mm).

 Precauções Contra Ruídos Eletromagnéticos

O "ruído" deve ser reduzido ao máximo para evitar a interferência no funcionamento dos
equipamentos. São eles:

9.1
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção

a) Transmissor de Radiofreqüência

O uso de transmissores de radiofreqüência na sala de controle, deve obedecer as seguintes


precauções:

• Não usar o rádio transmissor nas proximidades (menor que 1m) de instrumentos, ou
dentro de qualquer painel;

• A antena do transmissor deve estar localizada, no mínimo, a 1m dos instrumentos e da


fiação dos mesmos;

• Não usar o rádio com o controlador aberto;

• A potência do sinal de saída deverá ser limitada a 1W;

b) Ruídos de Relês

• Para prevenir ruídos e proteger contatos, recomenda-se utilizar supressores de


transiente em cada bobina de relê, de solenóide e similares. Ver item "Precauções no
Uso de Relês" - página 9.5.

c) Qualidade do Aterramento

A qualidade do aterramento está relacionada com a supressão de ruídos. O equipamento, a


blindagem dos cabos e as carcaças devem ser aterradas conforme descrito no item
"Aterramento" - página 9.2. A supressão de ruídos também pode ser substancialmente
melhorada se os cabos de sinal estiverem adequadamente arranjados. Para maiores detalhes,
referir-se ao item "Instalação dos Cabos de Sinais" - página 9.6.

INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO

 Dimensões

As dimensões do controlador e do corte no painel para instalação do CD600, são mostradas na fig.
9.1.

9.2
Instalação

494,5
( 19,469 )
ESPESSURA DO PAINEL
PAINEL FRONTAL
PAINEL TRASEIRO
(5.413)
137,5

(6.398)

(5.669)
162,5

144
DIMENSÕES mm (pol) 72
67,5 (2.835)
(2.658)

22
(0.866)

CORTE DO PAINEL
+0.039
+1,0
-0

(5.433) - 0

+0,2
PARA UMA UNIDADE: Y=68 0
PARA VARIAS UNIDADES: Y= [N.68 + (N-1).11] +1
-0 (mm)
138

N= NÚMERO DE CONTROLADORES
PARA MONTAGEM DE VÁRIAS UNIDADES USE O ESPAÇADOR FORNECIDO,
ENTRE CADA DUAS UNIDADES.

+1,0
68 -0
+0.039
(2677) -0

Fig. 9.1 - Desenho Dimensional

 Layout do Painel

Os fatores que determinam a distribuição dos equipamentos no painel são as necessidades de


operação e manutenção. Deve-se levar em consideração os seguintes pontos:

• Distribuição em grupos de sistemas e sub-sistemas, seguindo uma ordem relativa à posição


real ou seqüência operacional do equipamento;

• Colocação em níveis adequados de altura, seguindo o princípio de operacionabilidade;

• Prioridade de operação, freqüência de uso, quantidade e dimensões dos instrumentos;

• Necessidades, riscos e tarefas do operador.

FIAÇÃO

 Aterramento

A finalidade do aterramento não é somente proteger os operadores de choques elétricos, mas


também de manter todos os equipamentos num mesmo potencial estável. O sistema de aterramento
deverá ter baixa impedância, capaz de absorver correntes provenientes de ruídos que causam mal
funcionamento do sistema.

No painel, no qual serão instalados os controladores, deverão ser colocadas duas barras de terras:

9.3
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção

• Barra de Terra de Carcaça: é a barra onde é feito o aterramento da planta. O terra de carcaça
de cada CD600 (vide Fig. 6.3 - pág. 6.3) é ligado à esta barra (vide Fig. 9.2).

• Barra de Terra Analógico: é a barra onde são ligados os retornos(-) das entradas e saídas
analógicas e também a fonte de 24 Vdc interna. O terra analógico de cada CD600 (vide Fig. 6.3
- pág. 6.3) também deve ser ligado à esta barra (vide Fig. 9.3).

Cada controlador deverá ter sua própria ligação para os dois tipos de terra. Vide figuras 9.2 e 9.3.

CTR1 CTR2 CTRn CTR1 CTR2 CTRn

BARRA DE TERRA DE CARCAÇA BARRA DE TERRA DA CARCAÇA

CERTO ERRADO

Figura 9.2 - Ligação do Terra de Carcaça

CTR1 CTR2 CTRn CTR1 CTR2 CTRn

BARRA DE TERRA ANALÓGICO BARRA DE TERRA ANALÓGICO

CERTO ERRADO

Figura 9.3 - Ligação do Terra Analógico (Bornes: 5B, 10B, 9A)

Notas:

• O terra digital (borne DGND) é interligado internamente ao terra analógico (borne AGND).

• Caso use uma mesma fonte de 24 Vdc para alimentar o controlador, cargas das saídas digitais
e/ou transmissores, o terra ( - ) da fonte deverá ser ligado somente ao borne de alimentação ( - )
do CD600. O terra ( - ) desta fonte deve ser isolado de sua carcaça.

• Os equipamentos conectados às entradas e/ou saídas analógicas em tensão deverão ser


isolados do terra digital. Caso não sejam, é aconselhável o uso de isoladores de sinal.

9.4
Instalação
CD600 FONTE

ALIM. ALIM. DC BARRA DE TERRA


24 Vdc
DA CARCAÇA
+ -

2A,Vext

DO

CARGA INDUTIVA (RELÉ)

DGND
14A,24Vdo
TX
E. A
RESISTOR SHUNTS
PARA E.A.
AGND
RESISTOR SHUNTS
PARA E.A.
E. A TX

AGND
CARGA
S. A.
GERADOR
CARGA DE TENSÃO
S. V. + -
BARRA DE TERRA
ANALÓGICO
GERADOR
DE TENSÃO
+ -
E. A
TENSÃO
-ISOLADOR
E. A DE SINAL
TENSÃO +

Fig. 9.4 - CD600 com Alimentação DC

CD600 FONTE
~
ALIM. ALIM. DC BARRA DE TERRA
~ 24 Vdc
DA CARCAÇA
+ -

2A,Vext

CARGA INDUTIVA (RELÉ)


DGND
14A,24Vdc

TX
E. A
RESISTOR SHUNTS
PARA E.A.
AGND
RESISTOR SHUNTS
PARA E.A.
E. A TX
AGND
CARGA
S. A
GERADOR
CARGA DE TENSÃO
S. V BARRA DE TERRA + -
ANALÓGICO
GERADOR
DE TENSÃO
+ -
E. A
TENSÃO ISOLADOR
DE SINAL
E. A
TENSÃO

Fig. 9.5 - CD600 com Alimentação AC

9.5
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção
 Comunicação

Para cada controlador ligado na linha de comunicação deverá ser montado um conector tipo DB9
como mostrado na fig. 9.6.

PAINEL1 PAINEL2

CTR1 CTR2 CTRn CTR1 CTR2 CTRn

Barra de terra analógico. Barra de terra analógico.

TRCV- TRCV+ TRCV- TRCV+

Gnd digital

Para
Interface

Fig. 9.6 - Cabo de Comunicação

NOTA
Observar que nesta instalação, os terras digitais de todos os controladores são interligados pelo
cabo de comunicação. Portanto, para evitar qualquer loop de corrente, as barras de terra
analógico dos painéis deverão estar aterradas num mesmo ponto.

 Alarme

Quando as saídas digitais e ou saída de "falha" forem usadas para acionar relés, lâmpadas, etc,
deve-se tomar as seguintes precauções:

a) Precauções no uso de lâmpadas

A especificação das lâmpadas deve ser determinada de acordo com os seguintes pontos:

• A tensão nominal da lâmpada não deve exceder a tensão máxima coletor emissor das saídas
digitais do controlador (45 Vdc);

• Normalmente a corrente de pico da lâmpada incandescente é de 10 a 15 vezes a sua corrente


nominal. No caso da corrente de pico exceder a corrente máxima da saída digital (100 mA), use
um resistor em série com o circuito.

b) Precauções no Uso de Relés e Solenóides

Quando acionar relés e solenóides através de contatos dos controladores (saídas digitais e saídas de
falha do controlador) certifique-se que:

• Todas as cargas comandadas pelas saídas digitais e falha sejam projetadas somente para
tensão DC (tensão máxima 45 Vdc);

9.6
Instalação

• A corrente máxima seja 100 mA;

• Os relés e solenóides, estão especificados com tensões tão baixas quanto possíveis, com o
propósito de aumentar a segurança de operação;

• O terminal positivo da fonte esteja ligado no borne 2 A (Vext), colocando assim, um diodo em
paralelo com as bobinas dos relés e dos solenóides, pois estas são cargas indutivas e na
comutação geram uma tensão reversa. Sem este procedimento, este fenômeno danificará o
circuito das saídas digitais.

As cargas ligadas nas saídas digitais de um mesmo controlador, deverão ter a mesma tensão de
alimentação.

CD600
FONTE

24 Vdc
+ -

2A,Vext
CARGA
INDUTIVA

SD

17B,18B

TERRA DIGITAL BARRA DE


TERRA DIGITAL

Fig. 9.7 - Ligação de Cargas Indutivas nas Saídas Digitais

NOTA
A configuração acima poderá ser usada desde que o negativo da fonte ( - ) seja isolado do terra
analógico (borne AGND).

INSTALAÇÃO DOS CABOS DE SINAIS

Sempre que possível, instale os cabos de sinal em bandejas separadas dos cabos de potência. A
instalação de cabos de sinal e cabos de potência na mesma bandeja deve satisfazer uma das três
condições:

1) Instale um separador metálico aterrado, como ilustrado na figura 9.8.

ISOLADOR

CABOS DE CABOS DE
SINAL POTÊNCIA

Fig. 9.8 - Arranjo dos Cabos na Bandeja

9.7
CD600 - Manual de Instruções, Operações e Manutenção

2) Prever uma folga entre os cabos de potência e sinal através do uso de uma bandeja de cabos,
como ilustrado nas figuras 9.9 e 9.10.

NOTA
Se os cabos de potência que operam em uma tensão maior que 220 V e uma corrente maior que
10 A não são blindados, sua distância com os cabos de sinal deve ser no mínimo de 60cm.

CABOS DE SINAL

>15cm
CABOS DE
POTÊNCIA

Fig. 9.9 - Arranjo dos Cabos na Bandeja

CABOS DE CABOS DE
SINAL POTÊNCIA
>15cm

Fig. 9.10 - Arranjo dos Cabos na Bandeja

3) Cruze os cabos de potência e de sinal como ilustrado na figura 9.11.

NOTA
Ao utilizar cabos não blindados é recomendado usar uma chapa de ferro de, no mínimo 1,6mm de
espessura entre os cabos de sinal e de potência, como indicado na figura 9.11.

CABOS DE SINAL

1,6mm

CABOS DE POTÊNCIA

Fig. 9.11 - Arranjo dos Cabos Não Blindados na Bandeja

9.8

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