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TÉCNICO PROFISSIONAL
EM PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO; REFINAÇÃO E GÁS; MINAS; INFORMÁTICA; ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES;
INSTRUMENTAÇÃO; CONSTRUÇÃO CIVIL; MECÂNICA; ELECTROMECÂNICA; FINANÇAS; E CONTABILIDADE E GESTÃO
Objetivos:
• Conhecer arquitectura interna do microcontrolador;
• Descrever as memorias do microcontrolador;
• Saber diferenciar arquitectura Harvard e Von Neuman.
Na figura 2.2, se pode observar o MBR (Memory Buffer Register ou Registrador Temporário
de Dados), que contém uma palavra com dados a ser armazenada na memória ou é utilizado
para receber uma palavra da memória. Já o AC (Accumulator ou Acumulador) e o MQ
(Multiplier Quotient ou Quociente de Multiplicação) são registradores utilizados para
armazenar temporariamente os operandos e os resultados das operações efetuadas na ULA.
Na figura 2.4, os registradores de dados estão representados por REG 0 até REG N (R0 até
R7). Já os registradores de controle e estado são os vários registradores da CPU que são
empregados para controlar a operação da CPU. Quatro destes registradores são essenciais para
a execução de instruções:
a) Contador de Programa (PC): contém o endereço da instrução a ser buscada;
b) Registrador de Instrução (IR): contém a última instrução buscada;
c) Registrador de Endereçamento à Memória (MAR): contém o endereço de uma
posição de memória;
d) Registrador de Armazenamento Temporário de Dados (MBR): contém uma
palavra de dados a ser escrita na memória ou a palavra lida mais recentemente.
O Contador de Programa (PC) é atualizado pela CPU depois de cada busca de instrução, de
modo que ele sempre indique a próxima instrução a ser executada e instrução buscada é
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Observe a figura 2.5. O contador de programa (PC) contém o endereço da próxima instrução a
ser buscada. Esse endereço é movido para o MAR e colocado no barramento de endereço. A
UC requisita uma leitura na memória, e o resultado é colocado no barramento de dados e
copiado no MBR e então movido para o IR.
3. ARQUITECTURAS HARVARD versus VON NEUMAN
As arquiteturas Harvard e Von Neumann dizem respeito à forma como a memória é conectada
ao microprocessador.
Quando um sistema de processamento de dados (processadores e microcontroladores) possui
uma única área de memória na qual ficam armazenados os dados (variáveis) e o programa a ser
executado (software), se diz que esse sistema segue a arquitetura de Von Neuman.
No caso em que os dados (variáveis) ficam armazenados em uma área de memória e o programa
a ser executado (software) fica armazenado em outra área de memória, dizemos que esse
sistema segue a arquitetura Harvard.
A máquina proposta por Von Neuman é composta pelos seguintes componentes (Figura 3.1):
• Memória;
• Unidade de controle;
• Unidade Lógica e Aritmética (ULA);
• Registradores;
• Periféricos de entrada e saída.
Conforme pode ser observado na figura 3.1, não existe separação entre dados e programa, uma
vez que há uma única área de memória. Dessa forma, o processador deve executar uma única
ação por vez: ou acessa os dados ou executa uma instrução.
Na arquitetura Harvard (figura 3.2) observamos dois barramentos distintos: um para acessar
a memória de dados e outro para acessar a memória de programas. Dessa forma, o processador
pode buscar e executar uma instrução ao mesmo tempo em que acessa a memória de dados
para ler ou para gravar algum valor. Veja a figura 3.2; nela é possível observar o barramento
de dados (Data Bus), em vermelho, partindo da memória RAM e seguindo até a Unidade
Lógica e Aritmética (ALU, em inglês). Na mesma figura, observa-se o barramento de programa
(Programm Bus) em azul, que parte da memória de programa e chega na ALU.
Devido à separação entre dados e programa, um processador da arquitetura Harvard executará
um programa em menor tempo do que um processador da arquitetura Von Neuman de mesmo
clock.
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4. SISTEMA DE MEMÓRIA
Como já foi estudado mais acima, através de dispositivos eletrônicos como os registradores,
podemos armazenar uma palavra de “n” bits. Memórias são dispositivos utilizados para
armazenar palavras binárias na ordem de centenas de milhares. Podem-se utilizar flip-flop’s
para o armazenamento em memórias ou outro dispositivo qualquer que sirva para este fim. Os
circuitos de memória normalmente têm as seguintes entradas e saídas:
• Algumas vias de entrada para gravação e/ou saídas para leitura (que fisicamente podem
ser as mesmas);
• Algumas vias para endereçamento, que selecionará qual registrador será lido/escrito,
de acordo com um código (endereço de memória);
• Um pino que habilita o circuito (Chip Select - CS). Se o circuito não estiver habilitado,
as saídas permanecem em alta impedância;
• Um pino de leitura/escrita, que habilita uma destas duas operações ou apenas leitura,
dependendo do tipo de memória.
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b) Memória ROM
Com relação à volatilidade apresentada no texto, há uma pequena porção da memória principal
não volátil chamada de ROM, onde são armazenadas pequenas instruções executadas quando
o computador é ligado.
Em contraste com a memória RAM, existe a memória apenas para leitura (ROM ou Read Only
Memory). Esta memória contém um padrão permanente de dados que não pode ser alterado.
Uma ROM é fabricada como qualquer outra pastilha, cujos dados são gravados durante o
processo de fabricação. Esse processo é relativamente ruim, pois qualquer erro pode fazer com
que o lote gravado seja inutilizado. As memórias ROMs evoluíram no sentido de permitir
alterações pelas gravações por processos especiais.
Assim, surgiram os vários tipos de ROMs, que são:
Ø PROM (ROM Programável): é uma alternativa mais barata, uma vez que após o
processo de fabricação, o fornecedor ou o cliente pode gravar seu conteúdo (apenas
uma única vez, pois seu processo é irreversível) por um processo elétrico;
Ø EPROM (ROM Programável e Apagável): nela, os dados podem ser lidos e gravados
eletricamente, mas é utilizada uma luz ultravioleta para apagar seu conteúdo e permitir
uma nova escrita, contudo, para permitir a regravação do seu conteúdo, todos os dados
devem ser apagados antes de iniciar uma nova gravação;
Ø EEPROM (ROM Programável e Apagável Eletricamente): essa é uma memória
mais atraente por facilitar as regravações. Quaisquer dados podem ser gravados nessa
memória sem que seja necessário apagar todo o seu conteúdo, já que apenas os bytes
endereçados são atualizados;
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c) Memória cache
Uma memória principal possui característica de possuir grande capacidade, porém seu acesso
é relativamente lento. Dessa forma, essa memória é combinada com uma memória cache,
menor é mais rápida. Assim, na pirâmide da memória, logo abaixo dos registradores,
encontram-se as memórias cache.
O elo entre a memória principal (RAM) e a CPU tem um ponto frágil o ciclo de instrução é
muito mais rápido do que o ciclo de memória. Durante o ciclo de refresh nenhum dado pode
ser lido ou gravado na memória principal (RAM).
Na busca pela solução do problema do gargalo de congestionamento na comunicação entre o
processador e a memória principal, criou-se o mecanismo de memória cache, que tem por
função acelerar a velocidade de transferência entre CPU e memória principal.
Quando o processador deseja ler uma palavra da memória, é realizado um teste para verificar
se a palavra está na memória cache. Se estiver, ela é fornecida ao processador. Caso contrário,
um bloco de dados da memória principal (RAM) é lida para a memória cache.
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Os periféricos não são ligados diretamente ao barramento do sistema pelos seguintes motivos:
1. A grande variedade de periféricos com diferentes mecanismos de operação torna
impraticável incorporar ao processador toda a lógica necessária;
2. A taxa de transferência de dados dos periféricos é muito menor do que a taxa de
transferência de dados da memória ou da CPU, tornando inviável o uso do barramento
do sistema para comunicação direta com os dispositivos periféricos;
3. Os formatos de dados e tamanhos das palavras dos periféricos são usualmente
diferentes dos usados no computador ao qual estão conectados.
Para resolver os problemas de comunicação com o barramento, o módulo de E/S fornece uma
interface com o processador e a memória e permite também interfaces com um ou mais
dispositivos periféricos.
4.5. Dispositivos externos
Os dispositivos externos oferecem um meio de troca de dados entre o ambiente externo e o
computador. A conexão, como já sabemos, é feita através de um módulo de E/S.
Os dispositivos externos podem ser classificados em três categorias:
a) Voltados para a comunicação com o usuário: podemos citar aqui os monitores,
terminais de vídeo, impressoras, teclados, mouse, dentre outros;
b) Voltados para a comunicação com a máquina: discos magnéticos (discos rígidos) e
discos ópticos são exemplos. É importante lembrar que, nesse momento, o ponto de
vista das unidades é estrutural, ou seja, a forma como eles são controlados pelos
módulos de E/S. Do ponto de vista de hierarquia, eles já foram apresentados como
memória externa;
c) Voltados para a comunicação com dispositivos remotos: redes de computadores
usando interfaces de rede ou modem podem servir de exemplo.
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Na figura 4.4 se pode descrever detalhes da interação do dispositivo externo com o módulo de
E/S. A interface com o módulo de E/S é formada de sinais de controle, estado e dados. Observe:
a) Os sinais de controle determinam a função a ser executada pelo dispositivo (como
enviar dados para o módulo de E/S – realizando um INPUT – ou receber dados do
módulo de E/S – realizando um OUTPUT);
b) Os sinais de estado indicado o status do dispositivo, como por exemplo, se ele está
pronto ou não (ligado, desligado, ocupado);
c) Os sinais de dados formam o conjunto de bits a serem enviados para o módulo de E/S
ou recebido dele.
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Figura 6.3.
O pino %%%%
𝐸𝐴 é um sinal de entrada, através do qual o usuário escolhe se será utilizada a memória
ROM interna ou se todo o programa será armazenado externamente.
Os pinos da porta P3 também são utilizados para realizar certas funções especiais:
• P3.0 - RxD/data: recepção serial assíncrona ou E/S de dados síncronos;
• P3.1 - TxD/clock: transmissão porta serial assíncrona ou saída de clock p/ dados
síncronos;
• P3.2 - INT0: entrada da interrupção 0 ou bit de controle para o temporizador/contador
0;
• P3.3 - INT1: entrada da interrupção 1 ou bit de controle para temporizador/contador ;
• P3.4 - T0: entrada de clock externo para o temporizador/contador 0;
• P3.5 - T1: entrada de clock externo para o temporizador/contador 1;
• P3.6 – WR: sinal de escrita na memória de dados externa;
• P3.7 – RD: sinal de leitura na memória de dados externa.
A alimentação (5V) é feita pelo pino 40 e o GND é o pino 20. O cristal para o oscilador interno
é conectado aos pinos 18 e 19 (XTAL2 e XTAL1). Finalmente, o pino 9, RST/VPD, é a entrada
de reset.
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Homework
1. Como atividade de aprendizagem desta aula, procure identificar nos equipamentos
eletroeletrônicos de sua casa aqueles que utilizam microcontroladores. Após, faça uma
lista dos mesmos e envie-as para o e-mail do seu professor.
Bibliografia:
• The 8051 Microcontroller.
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