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Marlon Donateli Ferrareis


Higor Martins Santos
Nathalia Scherrer
Hugo Peçanha
Inglid Giestas

DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA

Trabalho apresentado para avaliação do


rendimento escolar na disciplina de
Hidráulica, do Curso de Engenharia Civil,
do Centro Universitário São Camilo,
ministrada pelo Prof. Herbert Torres.

Cachoeiro de Itapemirim – ES
Junho /2018
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1. INTRODUÇÃO

O escoamento de um líquido em um tubulação sofre resistência em seu


movimento, em razão do efeito combinado entre viscosidade e inércia. O líquido
vence essa resistência pelo movimento, dissipando parte de sua energia,
principalmente em forma de calor, energia esta que não pode ser recuperada,
essa perda de energia é denominada de “Perda de carga”. Sempre ocorrerá
perda de carga em um escoamento no interior de uma canalização.
Segundo Streeter e Wylie,1984, citados por Melo (2000), o termo perda
de carga é usado como sendo parte da energia potencial, de pressão e de
velocidade que é transformada em outros tipos de energia, tal como o calor
durante o processo de condução de água. A perda de energia ocorre devido ao
atrito com as paredes do tubo e devido à viscosidade do líquido em escoamento.
Quanto maior for a rugosidade da parede da tubulação, isto é, a altura das
asperezas, maior será a turbulência do escoamento e logo, maior será a perda
de carga. As canalizações não são constituídas exclusivamente por tubos
retilíneos e de mesmos diâmetros. De acordo com Carvalho (2003), existem
inúmeras fórmulas para o cálculo da perda de carga em tubulações, dentre elas
destaca-se a equação de Darcy-Weisbach, denominada de Equação Universal
para o cálculo de perda de carga.

2. METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS UTILIZADOS

● Bancada Hidráulica.
● Medidor de Vazão tipo rotâmetro.
● Tubo liso ¾”.
● Manômetro U - Medidor de perda de carga.
● Conjunto motor-bomba.
● Água.
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2.2 MÉTODOS

O trabalho foi realizado no laboratório de hidráulica do Centro


Universitário São Camilo - Cachoeiro de Itapemirim - ES, com auxílio do
professor, foi feita realizada realizadas três variações de vazões em tubo liso
de diâmetro de ¾”, e com isso realizada a coleta dos dados com a utilização
do painel hidráulico e o manômetro medidor de perda.

Com os dados obtidos através do procedimento experimental realizado


em laboratório, foi possível calcular a velocidade, número de Reynolds e fator
de atrito, e assim calcular a perda de carga linear através da equação de
“Darcy”.

2.3 EQUAÇÕES PARA CÁLCULO

• Equação de Darcy

𝐿×𝑉 2 0,25
𝐻𝑓 = 𝑓 × 𝑓=
2×𝑔×𝐷 𝑒 5,74
[𝑙𝑜𝑔( 𝑑 + 0,9 )]0,9
𝑅𝑒
3,7

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 APRESENTAÇÃO DE CÁCULOS

𝐷 = 3/4"𝑥25,4 = 19,05𝑚𝑚
(19,05×10−4 )2 ×𝜋
𝐴= 4

𝐴 = 2,84 × 10−4 𝑚2

VAZÃO Q1

𝑄1 = 1,2 𝑚3 /ℎ ÷ 3600 = 3,33 × 10−4 𝑚3 /𝑠


4

3,33×10−4 19,05×10−3 ×1,1725


𝑣1 = 2,84×10−4 𝑅𝑒 = 1,004×10−6

𝑣1 = 1,1724𝑚/𝑠 𝑅𝑒 = 22247,13

0,25
𝑓=
1,5×10−6 5,74
[𝑙𝑜𝑔( + )]0,9
19,05×10−3 22247,130,9
3,7

𝑓 = 0,02534

2×1,17252
𝐻𝑓 = 0,02534 ×
2×9,81×19,05×10−3

𝐻𝑓 = 0,1864 𝑚. 𝑐. 𝑎

VAZÃO Q2

𝑄1 = 2 𝑚3 /ℎ ÷ 3600 = 5,55 × 10−4 𝑚3 /𝑠

5,55×10−4 19,05×10−3 ×1,9542


𝑣1 = 2,84×10−4 𝑅𝑒 = 1,004×10−6

𝑣1 = 1,9542 𝑚/𝑠 𝑅𝑒 = 37079,19

0,25
𝑓=
1,5×10−6 5,74
[𝑙𝑜𝑔( + )]0,9
19,05×10−3 370790,9
3,7

𝑓 = 0,02250

2×1,95422
𝐻𝑓 = 0,02250 ×
2×9,81×19,05×10−3

𝐻𝑓 = 0,4597 𝑚. 𝑐. 𝑎

VAZÃO Q3

𝑄1 = 3 𝑚3 /ℎ ÷ 3600 = 8,33 × 10−4 𝑚3 /𝑠


5

8,33×10−4 19,05×10−3 ×2,933


𝑣1 = 2,84×10−4 𝑅𝑒 = 1,004×10−6

𝑣1 = 2,933 𝑚/𝑠 𝑅𝑒 = 55691,04

0,25
𝑓=
1,5×10−6 5,74
[𝑙𝑜𝑔( + )]0,9
19,05×10−3 55691,040,9
3,7

𝑓 = 0,02060

2×2,9332
𝐻𝑓 = 0,02060 ×
2×9,81×19,05×10−3

𝐻𝑓 = 0,9482 𝑚. 𝑐. 𝑎

Para melhor compreender os resultados, foi montado o gráfico a seguir.


Pela Figura 1 verifica-se que a perda de carga ocasionada no tubo liso de ¾”
aumentou com acréscimo da vazão. O gráfico compara os resultados obtidos
de perda de carga na equação de Darcy com as vazões do experimento.

0,9

0,8

0,7
Perda de carga (m.c.a)

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1,2 2 3

Vazão (𝑚3 /ℎ)

Figura 1
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo realizado acima concluímos que, não somente a


extensãoda tubulação, o diâmetro, a velocidade de circulação e a rugosidade
causam perdasno escoamento de fluidos, qualquer acessório que perturbe a
velocidade decirculação dele, tais como, o aumento ou diminuição de
turbulência, as mudanças dedireção e a variação de velocidade propiciam
também uma perda de carga. . O aprendizado proporcionado pela prática do
experimento é bastante considerável, especialmente para identificar como se
comportar a dissipação de energia em uma tubulação. Este experimento
possibilitou a observação prática da aplicação da equação de Darcy na
perda de carga a fim de compará-las com o experimento e entre si. Ainda
que o erro humano seja comum em experimentos com aparelhos analógicos,
o experimento foi feito com maior nível de fidelidade possível na ocasião .

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PORTO, R. .M.; Hidráulica Básica, São Carlos: EESC-USP, 2006.


UNIÃO SOCIAL CAMILIANA. Manual de orientações para trabalhos
acadêmicos. 3. ed. rev. amp. São Paulo: Centro Universitário São Camilo, 2012.
PORTO, R. .M.; Hidráulica Básica, São Carlos: EESC-USP, 2006.

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