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Apostila Teoria Musical Violao e Guitarra Wagner Amorim PDF
Apostila Teoria Musical Violao e Guitarra Wagner Amorim PDF
Apresentação 3
Introdução 4
Aula 1 - Noções básicas de Música: ritmo, melodia e harmonia 6
Aula 2 - Escala cromática, braço do instrumento e anatomia do violão e da 9
guitarra
Aula 3 - Escala Maior 11
Aula 4 - Escala Menor 13
Aula 5 - Campo Harmônico Maior 15
Aula 6 - Intervalos (Teoria dos Intervalos) 18
Aula 7 - Formação de Acordes (Tríades e Tétrades) 24
Aula 8 - Formação de Acordes (Tríades e Tétrades - continuação) 30
Aula 9 - Escala Menor Harmônica 33
Aula 10 - Escala Pentatônica 36
Aula 11 - Noções básicas do "arranjo": improvisos e melodias 39
Aula 12 - Dicas básicas, práticas e fundamentais e a Técnica do “CAGED” 45
Apêndice - Acordes básicos (maiores e menores) 47
APRESENTAÇÃO: CURSO BÁSICO DE INTRODUÇÃO À MÚSICA
A presente apostila foi organizada a partir de um curso de doze aulas que ministrei na II Igreja
Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo, da cidade de Presidente Prudente-SP entre
dezembro de 2015 e março de 2016. Tratou-se de um curso concentrado, voltado para aqueles
que já tocavam violão, guitarra e contrabaixo. Por isso, é um curso básico e intermediário de
“Nível 1”, mas não voltado para iniciantes, já que o aprendizado depende, em partes, da
explicação do professor, embora possa ser assimilado por aqueles alunos iniciantes mais
dedicados e que buscarem dirimir as eventuais dúvidas com o auxílio de pesquisas
complementares na internet e vídeo-aulas no Youtube.
O aprendizado depende INTEGRALMENTE da dedicação e do esforço do aluno, e por isso
recomendamos que o aluno estude uma aula por semana, e nos demais dias da semana revise
a aula, pratique os exercícios e busque complementá-los com o que mais possa encontrar na
web.
Embora se trate de um curso desenvolvido na igreja, isso não impede o aprendizado por
quaisquer outros alunos que não frequentem igrejas, porém, nesta apostila, alguns exemplos
rementem a músicas evangélicas.
O curso tem por objetivo fornecer um conhecimento básico e intermediário de “Nível 1” de
teoria musical voltada ao violão e à guitarra (embora a teoria se estenda também ao contrabaixo
e ao teclado, dentre outros instrumentos).
Começaremos pelas noções mais básicas e mais importantes no dia a dia da pessoa que toca um
instrumento (notação musical, cifras, símbolos musicais, harmonia, melodia, andamento,
tempo, ritmo, dicas práticas etc.).
Avançaremos aprendendo a estrutura básica de toda a música em geral: as Escalas (Maiores e
Menores). Posteriormente, trataremos do Campo Harmônico, que é o encadeamento básico dos
acordes, ou seja, a estrutura da disposição dos acordes. Passaremos aos Intervalos, avançando
assim na compreensão da junção das Escalas ao Campo Harmônico/Acordes. São os Intervalos
que nos permitem ler e entender os mais variados tipos de acordes.
A Formação de Acordes será estudada após havermos compreendido os pontos anteriores. A
Formação de Acordes (Tríades e Tétrades) é imprescindível para aquele que toca e que se depara
com muitos acordes nas cifras e, que por desconhecimento, evita-os, simplifica-os ou
simplesmente os decora. Assim, vamos aprender a “montá-los”, e não apenas a decorá-los.
Estudaremos também a Escala Pentatônica e a Escala Menor Harmônica como escalas
complementares. Há um universo muito vasto de escalas, e pela impossibilidade de estudarmos
todas elas, vamos focar apenas nas Escalas Maiores, Escalas Menores e nestas duas escalas.
Caminhando para o final, veremos as noções mais básicas do Arranjo, a partir das quais teremos
condições de aplicar as Escalas aos Acordes e aos Campos Harmônicos no decorrer da música:
compondo Arranjos e Frases, ou seja, fazendo o Improviso, criando pequenas melodias, inclusive
re-harmonizando trechos de músicas.
Concluindo a parte teórica, revisaremos as Tétrades (os chamados “acordes dissonantes” – G#o;
A7+; E7/9-) e os uso dos acordes com baixos alternados (E/G#; C/E; G/D).
Finalizaremos o curso com exercícios e dicas práticas – exercitando a capacidade de se tocar em
diferentes tons e posições usando os mesmos shapes de acordes com auxílio do capotraste – a
chamada técnica do “CAGED” –, e apresentaremos dicas muito úteis e práticas aos violonistas e
guitarristas.
Em apêndice há acordes básicos para o aluno iniciante aprender (decorar e treinar), por isso
recomendamos que após as Aulas 1 e 2 o aluno iniciante vá para os apêndices aprender estes
acordes, na página 47, e depois retome as aulas seguintes.
Obs: para um melhor aproveitamento desta apostila NÃO DEIXE DE LER A INTRODUÇÃO!
INTRODUÇÃO
Este curso foi elaborado e desenvolvido de modo que o aluno possa avançar gradativamente no
estudo da teoria musical básica à execução da harmonia e da melodia no violão e na guitarra.
As aulas devem ser estudadas OBRIGATORIAMENTE na ordem aqui disposta, sem o que ocorrerá
perda ou compreensão insuficiente do conteúdo. Na Aula 1, veremos as “Noções básicas de
Música: ritmo, melodia e harmonia”. Esta aula é aquela mais voltada ao aluno iniciante, podendo
ser “pulada” pelos alunos de nível intermediário, porém pode ser proveitoso revisar este
conteúdo. À Aula 2, “Escala cromática, braço do instrumento e anatomia do violão e da guitarra”
também se aplicam as mesmas sugestões da Aula 1.
Já na Aula 3, sobre “Escala Maior”, veremos a estrutura desta escala e todas as escalas maiores,
isto é, em todos os tons. Há, nesta aula, exercícios práticos, com shapes de escalas maiores para
treinar. À Aula 4, sobre a “Escala Menor”, aplicam-se as mesmas sugestões de estudo da Aula 3.
Procure treinar estas escalas até o ponto em que você saiba executar as principais escalas sem
recorrer a apostila. Procure compreender, memorizar, decorar e praticar com velocidade
gradativa estas escalas. Isto é um exercício que requer prática diária de não menos de uma hora,
e o ganho de velocidade e agilidade vem com meses de estudo e prática, por isso não desanime
nas primeiras semanas.
A Aula 5, sobre “Campo Harmônico Maior”, é o “pulo do gato” para aprender “tirar” música de
ouvido e a memorizar facilmente as cifras. O Campo Harmônico é peça chave para se tocar
algum instrumento (guitarra, violão, teclado), para lidar com acordes e para fazer harmonia em
geral. O aprendizado do Campo Harmônico depende totalmente do aprendizado das escalas
maiores e menores, por isso esteja “craque” nas escalas antes de estudar os Campos
Harmônicos.
A Aula 6, “Intervalos” (Teoria dos Intervalos), é a aula mais teórica desta apostila. Por mais
maçante, teórico, cansativo e difícil que pareça, não despreze o estudo e a compreensão dos
Intervalos, pois eles são a “chave” para ler corretamente os acordes nas cifras e a “porta de
entrada” para o estudo da Formação de Acordes, isto é, das Tríades e das Tétrades.
As Aulas 9 e 10, respectivamente sobre “Escala Menor Harmônica” e “Escala Pentatônica” são
aulas complementares ao estudo das escalas. Estas, depois das escalas maiores e menores, são
escalas muito usadas cotidianamente, por isso é muito importante aprendê-las. O aluno que
queira aprender mais sobre escalas pode pesquisar por “Escalas exóticas” na web, por “Escala
egípcia”, por Escala Menor Melódica, por “Escala nordestina”, dentre outras possibilidades.
Na Aula 12, a última aula, veremos “Dicas básicas, práticas e fundamentais e a Técnica do
‘CAGED’”, a fim de compreender a apreender técnicas e “macetes” muito práticos ao estudo e
aprendizado do violão e da guitarra.
Sugerimos que o aluno dedique muito esforço ao treino das escalas e às tétrades, e procure
treinar escalas, arriscando seus primeiros solos utilizando playbacks disponíveis para guitarra no
Youtube, os chamados backing tracks. Há uma infinidade de backing tracks em todos os tons e
estilos variados no Youtube. Eles servem como verdadeiros playbacks para o treino das escalas,
solos e dos improvisos, por isso sugerimos ao aluno que se aproprie destes recursos
disponibilizados gratuitamente na web.
AULA 1
Ritmo diz respeito ao Andamento, ao tempo, marcado por um tempo, por uma
pulsação (a marcação do tempo: palmas, batidas do pé etc.), por sua vez
contida dentro de um compasso.
Nos violões e guitarras executamos o andamento (ritmo) da música por meio do:
1
P: polegar, I: indicador, M: médio, A: anelar – dedos da mão esquerda.
Fonte: http://adriartessempre.blogspot.com.br/p/compreendendo-musica.html
DICAS GERAIS:
NA CIFRA 1 2- 2 3- 3 4 5- 5 5+ 6 7 7+ 8
GRAUS I IIb II IIIb III IV Vb V V+ VI VII VII# VIII
A# C# D# F# G#
NOTA A Bb B C Db D Eb E F Gb G Ab A
PRONÚNCIA Lá Sí Dó Ré Mi Fá Sol Lá
Tom (T): é igual a dois semitons. Igual a duas casas no braço do violão/guitarra/baixo.
Semitom (ST): é a MENOR distância entre as notas. Igual a uma casa no braço dos instr.
#: sustenido (eleva a nota um semitom)
b: bemol (abaixa a nota um semitom)
BRAÇO DO INSTRUMENTO OU ESCALA
(VIOLÃO/GUITARRA DE SEIS CORDAS)
Fonte: http://www.conteudomega.com.br/musica/aprender-a-tocar-violao e
http://manualdoguitarrista.com.br/2010/06anatomia-da-guitarr0.html
AULA 3
ESCALA MAIOR
(JÔNIO) (PRIMEIRO MODO GREGO)
ESTRUTURA: T T ST T T T ST
NOTA T T ST T T T ST
I II III IV V VI VII VIII
C D E F G A B C
C# D# F F# G# A# C C#
D E F# G A B C# D
D# F G G# A# C D D#
E F# G# A B C# D# E
F G A Bb C D E F
F# G# A# B C# D# F F#
G A B C D E F# G
G# A# C C# D# F G G#
A B C# D E F# G# A
A# C D Eb F G A A#
B C# D# E F# G# A# B
ACIDENTES MUSICAIS:
ESTRUTURA: T ST T T ST T T
NOTA T ST T T ST T T
I II III- IV V VI- VII- VIII
C D Eb F G Ab Bb C
D E F G A Bb C D
E F# G A B C D E
F G Ab Bb C Db Eb F
G A Bb C D Eb F G
A B C D E F G A
B C# D E F# G A B
C# D# F# G# A B C#
D# F F# G# A# B C# D#
F# G# A B C# D E F#
G# A# B C# D# E F# G#
A# C Db Eb F F# G# A#
T T ST T T T ST
INTERVALOS
O que é intervalo?
Intervalo é a distância que há entre uma e outra nota. Em função da diferença que há
entre harmonia e melodia, o intervalo apresenta estas duas naturezas, ou seja,
podemos falar de intervalos harmônicos (nos quais várias notas são tocadas
simultaneamente) e de intervalos melódicos (sendo uma nota do intervalo tocada de
cada vez).
1. Intervalos SIMPLES são quando estão as notas dentro do limite de uma oitava.
Exemplo:
Todas as notas que estão entre os dois C estão entre um intervalo simples, pois
não ultrapassam a oitava, não vão além da oitava. Nós fazemos intervalos
simples sempre, em todos acordes, e sem nos dar conta disso. No próprio acorde
maior ou menor, os quais são formados pela T, 3ª e 5ª há dois intervalos (3ª e 5).
Em outros acordes usuais também ocorrem intervalos simples, como em C4, C7+,
A4, A7+, G7, Bm7, D#m7/5+ etc.
2. Intervalos COMPOSTOS são quando as notas estão além do limite de uma oitava, ou
seja, começam a partir da oitava, estando todo o intervalo uma oitava acima da sua
tônica. Exemplo em negrito:
C C# D D# E F F# G G# A A# B C C# D D# E F F# G G# A A# B C
DISTÂNCIA DA DISTÂNCIA DA
SÍMBOLO
QUALIDADE TÔNICA QUALIDADE NA CIFRA TÔNICA
NA CIFRA
(EM SEMITOM) (EM SIMETOM)
Intervalos simples Intervalos compostos (uma 8ª acima)
2ª menor 2- ou 2b 1 ST 9ª menor 9- ou 9b 13 ST
2ª maior 2 2 ST 9ª maior 9 14 ST
2ª aumentada 2+ ou 2# 3 ST 9ª aumentada 9+ ou 9# 15 ST
3ª diminuta 3b ou 3- 2 ST 10ª diminuta 10- ou 10b 14 ST
3ª menor m 3 ST 10ª menor m 15 ST
3ª maior * 4 ST 10ª maior * 16 ST
3ª aumentada 3+ ou 3# 5 ST 10ª aumentada 10+ ou 10# 17 ST
4ª diminuta 4- ou 4b 4 ST 11ª diminuta 11- ou 11b 16 ST
4ª justa 4 5 ST 11ª justa 11 17 ST
4ª aumentada 4+ ou 4# 6 ST 11ª aumentada 11+ ou 11# 18 ST
5ª diminuta 5- ou 5b 6 ST 12ª diminuta 12- ou 12b 18 ST
5ª justa * 7 ST 12ª justa * 19 ST
5ª aumentada 5+ ou 5# 8 ST 12ª aumentada 12+ ou 12# 20 ST
6ª menor 6- ou 6b 8 ST 13ª menor 13- ou 13b 20 ST
6ª maior 6 9 ST 13ª maior 13 21 ST
6ª aumentada 6+ ou 6# 10 ST 13ª aumentada 13+ ou 13b 22 ST
7ª diminuta 7- ou 7b 9 ST 14ª diminuta 14- ou 14b 21 ST
7ª menor 7 10 ST 14ª menor 14 22 ST
7ª maior 7+ ou 7# 11 ST 14ª maior 14+ 23 ST
8ª justa * 12 ST 15ª justa * 24 ST
* Tratam-se de intervalos que fazem parte naturalmente da tríade (do acorde), e por
isso não precisam aparecer na cifra.
Observações importantes:
sublinhados estão os intervalos que fazem parte da tríade do acorde (seja ele
maior ou menor), por isso eles não aparecem nas cifras.
os intervalos em destaque são os que frequentemente mais usamos.
não se preocupem com os intervalos diminutos e aumentados (veja bem que não
estamos falando do acorde diminuto, mas apenas do intervalo diminuto), pois
não usamos tais intervalos na prática.
os intervalos 5ª, 6ª e 7ª nunca serão cifrados na sua forma composta, e sempre
na sua forma simples.
Exemplo de intervalos em Dó:
NOTA/CIFRA ENARMONIA INTERVALO SÍMBOLOS NOMES
C 1 Tônica
Db 2m B9 Nona menor
D 2M 9 Nona
D# 2 aumentada 9+ ou #9 Nona aumentada
Enarmônicos
Eb 3m m Terça menor
E 3M Terça maior
4 Quarta Justa
F 4J
11 11ª Justa
F# 4 aumentada 11# ou +11 11ª aumentada
Enarmônicos
Gb 5o -5 ou b5 Quinta diminuta
G 5J Quinta Justa
Quinta
G# 5 aumentada 5+ ou #5
aumentada
Enarmônicos
b6 Sexta menor
Ab 6m
b13 13ª menor
6 Sexta maior
A 6M
13 13ª maior
Enarmônicos
Bbb (Si bemol
7 diminuta 7dim Sétima diminuta
dobrado)
Bb 7m 7 Sétima menor
B 7M 7M ou 7+ Sétima maior
Intervalo é a distância entre duas notas, medida em números, que usa a separação em tons para
definir o seu tipo. Essa distância pode variar entre ½ tom até o limite do nosso instrumento. Quando
nos movemos uma casa no braço da guitarra estamos nos deslocando ½ tom, que é o menor
intervalo usado na música ocidental.
Tríades são acordes formados por apenas três notas. As tríades podem ser maiores ou
menores, a depender da sua terça ser maior ou menor. Já as Tétrades, são acordes
formados por quatro notas (popularmente chamados acordes dissonantes). As tétrades
também podem ser maiores ou menores.
Comumente nós usamos tríades e tétrades, ainda que sem saber. Por exemplo, quando
tocamos qualquer acorde maior ou menor (natural ou acidentado [#, b]), como acorde
de C, D, E, F, G, A, B ou Cm, Dm, Em, Fm, Gm, Am, Bm... estamos executando tríades.
Porém, se a estes acordes acrescentarmos um intervalo da escala correspondente, sem
subtrair as três notas da formação da Tríade original, estaremos executando Tétrades,
exemplo: C7+, Am7, G4, G7, G#o, A7+/9 etc.
TRÍADE MAIOR:
T (Tônica) 3ª 5ª
TRÍADE MENOR:
T (Tônica) 3ªm 5ª
TRÍADES (EM TODOS OS TONS):
C D E
F G A
B Am Dm
Em C#m F#m
Bm Cm G#m
Nas duas páginas seguintes temos sete sequências de tríades e tétrades, em Tom C, em
Bm, em A, em G, em E, em F e uma pequena sequência de intervalos de terça em A para
contrabaixo. Pratique-as a fim de aprender estes acordes nos seus respectivos Campos
Harmônicos. Procure praticá-los até o ponto em que “monte” tais acordes rapidamente,
mantendo a cadência do seu ritmo. Preferencialmente toque em dedilhado e/ou
tridentinho (usando os dedos, e não palheta) para que possa ouvir o som de cada corda
soar corretamente.
Após ter “decorado” cada acorde pratique as sequências sem consulta-los, apenas
observando o exercício logo abaixo:
FORMAÇÃO DE ACORDES
(TRÍADES E TÉTRADES - continuação)
Já vimos na aula anterior que um acorde é a combinação de três ou mais notas tocadas
ao mesmo tempo. Acordes são Intervalos Harmônicos, porque são intervalos
executados simultaneamente. Os acordes podem ser maiores ou menores, e vimos
também que os acordes se subdividem em Tríades e Tétrades. Tríades são acordes
formados por apenas três notas (T, 3ª e 5ª). As tríades podem ser maiores ou menores,
a depender da sua terça ser maior ou menor. Já as Tétrades, são acordes formados por
quatro notas (popularmente chamados acordes dissonantes). As Tétrades também
podem ser maiores ou menores. Para existir uma Tétrade basta que adicionemos uma
quarta nota (o que é a mesma coisa que um quarto intervalo) à Tríade.
Tétrades são acordes comumente usados na MPB, mas também usamos e muito na
música gospel. Ao contrário do que o nome sugere, Tétrade não é SEMPRE um acorde
complicado ou de difícil execução.
O acorde diminuto é composto por: T, 3b, 5b e 7b, ou seja, todos os intervalos do acorde
são menores. Assim, num acorde de G#o temos as seguintes notas respectivamente: G#,
B, D e F.
2
O intervalo de 13ª equivale ao mesmo intervalo de sexta, só que uma oitava acima, portanto, dizer 13 é
a mesma coisa que 6, e 13b é igual a 5+.
A diferença que há entre o acorde diminuto e o meio-diminuto está apenas na 7ª.
Enquanto que no acorde diminuto a sétima é diminuta (7b), no acorde meio-diminuto a
sétima é apenas menor (7). Então, no caso de G#Ø (Sol sustenido meio diminuto) temos
os seguintes intervalos: T, 3b, 5b e 7, e respectivamente as seguintes notas: G#, B, D e
F#.
Quanto aos demais acordes, o intervalo já está indicado na própria cifra (ex: C7/9b), não
havendo símbolos que resumam tais intervalos como no caso do acorde diminuto ou
meio-diminuto. Assim, basta que procuremos por ele na montagem do acorde.
G7+ G7 G9 G4 Gm7
|| C7+/9 B7/9b G#o Am7 D7/9 D7/9b Gm7 C7/9 C7/9b F7+ Dm7/9
F/G G7/13 G7/13b C7+/9 ||
AULA 9
Para que vejamos essa diferença, vamos usar como exemplo a escala de Lá menor natural e a escala
de Lá menor harmônica.
Compare:
Note como a única diferença está no sétimo grau (nesse caso, a nota G). Esse sétimo grau maior na
escala menor harmônica aumentou a distância entre os graus 6 e 7, encurtando a distância entre os
graus 7 e 8. Essa alteração conferiu um som muito interessante: G# ao invés de G.
T ST T T ST 1T ½ ST
APLICAÇÃO:
O contexto em que a escala menor harmônica mais costuma ser usada é quando um acorde
V7 resolve em um acorde menor. Essa resolução é típica do Campo Menor Harmônico, pois ela não
existe no campo harmônico maior natural nem no campo menor natural. No campo maior, o V7
resolve em um acorde maior, como já sabemos. E no campo menor não existe V7, pois o quinto grau
é menor (Vm7). Um exemplo de solo conhecido usando esta escala está na música “Em teus átrios”
do CD Preciso de Ti, do Diante do Trono, no caso o solo da introdução da música: em Em harmônico.
3
Ou G/B.
ESTRUTURA DA ESCALA MENOR HARMÔNICA – NOTAS
T ST T T ST 1T ½ ST
A B C D E F G# A
A# C C# D# F F# A A#
B C# D E F# G A# B
C D Eb F G G# B C
C# D# E F# G# A C C#
D E F G A Bb C# D
D# F F# G# A# B D D#
E F# G A B C D# E
F G Ab Bb C Db E F
F# G# A B C# D F F#
G A Bb C D Eb F# G
G# A# B C# D# E G G#
Am harmônica
E|----------------------------------------------------------------------------------------4----5---------------|
B|------------------------------------------------------------------3----5----6-------------------------------|
G|---------------------------------------------2----4----5----------------------------------------------------|
D|------------------------2----3-----6------------------------------------------------------------------------|
A|---0---2---3----5-------------------------------------------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
Bm harmônica
E|-------------------------------------------------------------------------------2---3-----6----7-------------|
B|-----------------------------------------------------------2-----3-----5------------------------------------|
G|-------------------------------------------3----4------------------------------------------------------------|
D|-----------------------2----4----5--------------------------------------------------------------------------|
A|---2-----4-----5--------------------------------------------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
Em harmônica
E|-----------------------------------------------------------------------------------7----8-----11----12-----|
B|------------------------------------------------------------7------8-----10---------------------------------|
G|------------------------------------------------8---9--------------------------------------------------------|
D|-----------------------------7----9----10-------------------------------------------------------------------|
A|------7-----9-----10----------------------------------------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
Dm harmônica
E|-------------------------------------------------------------------------------5----6-----9-----10---------|
B|-----------------------------------------------------------5----6-----8-------------------------------------|
G|--------------------------------------3------6-----7--------------------------------------------------------|
D|-------------------3-----5----7-----------------------------------------------------------------------------|
A|------5----7-------------------------------------------------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
C#m harmônica
E|-------------------------------------------------------------------------------------8-----9-----------------|
B|----------------------------------------------------------------5------7-----9------------------------------|
G|-------------------------------------------5-----6-----8----------------------------------------------------|
D|-----------------------4----6-----7-------------------------------------------------------------------------|
A|------4----6-----7------------------------------------------------------------------------------------------|
E|---------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |--------------5----7----8----7----5------------------4-----5---------------------------------------------|
B |--------5---------------------------------6-----5-----------------------------------------------------------|
G |---5---------------------------------------------------------------------------------------------------------|
D |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
A |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |-------------------0----2----3---5----3-----2-------------------------------------------------------------|
B |------------0----------------------------------------1-----0------4-----5---------------------------------|
G |-------0-----------------------------------------------------------------------------------------------------|
D |-------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
A |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |-----------------------------0-----2-----3-----2-----0-----------------------------------0----------------|
B |----------------2----3------------------------------------------3-----2-----------------------3----2----0|
G |---------4---------------------------------------------------------------------4-----3---------------------|
D |-------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
A |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
E |--------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
AULA 10
ESCALA PENTATÔNICA
A Escala Pentatônica é uma escala formada apenas por cinco notas, por isso seu nome
“pentatônica”. Elas podem tanto ser maiores como menores, e são muito usadas,
teoricamente em variados estilos, mas mais popularmente no rock, no blues, na música
popular brasileira. Ela provavelmente surgiu no oriente, na China, e por isso sua
sonoridade se assemelha muito às melodias orientais. A partir da descoberta de
artefatos musicais da antiguidade, supõe-se que a primeira escala desenvolvida tenha
sido a escala de cinco sons ou pentatônica, o que é confirmado pelo estudo de
sociedades antigas encontradas contemporaneamente.
A Escala Pentatônica Maior, mais usada, é aquela derivada da Escala Maior (Modo Jônio)
quando tiramos o 4º e o 7º grau.
T 2ª 3ª 5ª 6ª
Obs: qualquer escala de cinco notas com a terça maior poderia ser considerada como
uma Pentatônica Maior.
O mais interessante no uso da Escala Pentatônica é que ela nos passa uma sensação de
“leveza”, de “limpeza” na melodia, de “menos é mais”, permitindo “saltos” nas
melodias, já que as notas não são tão próximas uma das outras. Se pensarmos que
existem 12 notas musicais (sete naturais e cinco acidentadas), a Escala Pentatônica
constrói a melodia somente com cinco notas, e permite ao músico solar somente com
cinco notas! Mas isso não significa que é mais fácil fazê-lo assim do que usando todas as
demais.
Para treinarmos as Escalas Pentatônicas vamos usar shapes. Diferentemente das outras
escalas, é muito mais fácil compreender a sonoridade da Escala Pentatônica e
memorizar o seu “desenho” no braço do instrumento (a “forma”, ou o shape) do que
decorar sua estrutural tonal, e como só existem cinco padrões (cinco shapes) essa
memorização fica ainda mais facilitada. Então, concluímos que executar e usar Escala
Pentatônica, assim como todas as demais, é uma questão de estudo e de MUITO treino.
Antes de vermos os cinco padrões da Escala Pentatônica, vamos ver um quadro com
todas as ESCALAS PENTATÔNICAS MAIORES e MENORES em todos os tons:
ESCALAS PENTATÔNICAS MAIORES
T 2º 3º 5º 6º
C D E G A
C# Eb F G# A#
D E F# A B
D# F G A# C
E F# G# B C#
F G A C D
F# G# A# C# D#
G A B D E
G# A# C D# F
A B C# E F#
A# C D F G
B C# D# F# G#
Obs: observe que as mais fáceis são em C e em G.
No blues e no rock é comum acrescentar uma 5º aumentada no uso destas escalas
T b3 4 5 b7
Fonte: http://www.guitarbattle.com.br/licoes/1314-escala-pentatonica-maior.html
O desafio agora e tocá-los em outros tons, isto é, outras casas, começando em outras
tonalidades, identificando sempre, portanto, a tônica da escala!!!
DICAS:
Procure memorizar um padrão de cada vez, pois com um padrão você já será
capaz de fazer muita coisa, se souber executá-los em diferentes áreas do braço;
Você pode começar o padrão de onde quiser no momento de um solo, e pode
ficar “indo e voltando” em algum trecho dele.
Procure identificar os padrões com a figura de um acorde conhecido, por
exemplo: o primeiro padrão com o acorde de G, o terceiro padrão com Dm (em
pestana) e o quinto padrão com Fm, e você será capaz de usá-los facilmente.
AULA 11
O improviso pode ser construído sobre a linha melódica principal da música, mas também pode
ser construído fora dela nos seguintes momentos:
Improvisos podem ser facilmente feitos sobre intervalos de terças, quintas e sobre oitavas.
Na tablatura, quando os números das casas estiverem um sobre o outro é porque eles devem
ser tocados ao mesmo tempo. Quando não estiverem um sobre o outro é porque não são
executados simultaneamente.
1. Um instrumento bem afinado (por bons afinadores), bem equalizado e uma boa cifra
auxiliar etc., tudo isso já é “meio caminho andado” para uma boa execução;
2. Ensaio nunca é demais: você nunca saberá tocar uma música “perfeitamente” a menos
que ensaie em casa (sozinho) ANTES e DURANTE (só ou com a banda) o dia de tocar –
de preferência ouvindo e tocando junto com a canção original;
3. Cordas tem tempo de vida útil e ele não é muito longo, por isso é preciso trocá-las
periodicamente;
4. Preserve seu instrumento das posições erradas e da umidade – mantenha sempre
dentro da capa quando não estiver tocando;
5. Procure transportá-lo com cuidado, evitando danos e que as peças internas
chacoalhem – muitos violonistas e guitarristas investem grandes recursos em bons
instrumentos, mas investem muito pouco em capas e cases adequados;
6. Procure tocar seu instrumento sempre, treinando todos os dias, mas se não for
possível toque dia sim e dia não, dedicando tempo ao que você não sabe tocar, pois
dedicando tempo ao que você já sabe tocar isso não te fará avançar;
7. O volume dos instrumentos (violão, guitarra, bateria, teclado) deve estar em total
“harmonia”. Um não deve se sobressair em relação ao outro. Se há um instrumento
para fazer melodia (solos) os outros devem se preocupar em fazer a base (harmonia);
8. O músico deve sempre CONDUZIR e OUVIR a voz dos que cantam, preferencialmente
CANTANDO JUNTO com eles (ainda que sem microfones) – assim não perderá o
tempo, e NUNCA deverá sobrepor-se ao volume das vozes (no caso de um grupo,
banda, por exemplo);
9. Tenha o costume de ouvir música não simplesmente por ouvi-la, mas por estudá-la,
ouvindo-a tão atentamente quanto você ouve uma palestra, uma aula interessante,
assisti um bom filme ou lê um livro. Tenha um bom fone de ouvido para poder discernir
o som dos instrumentos que está ouvindo e um equipamento de som adequado para
poder tocar junto com o som ligado – quando for necessário ensaiar e “tirar músicas”.
Se você é daqueles que ensaia a música ouvindo-a apenas nos autofalantes do seu
notebook ou em pequenas caixas de som do seu computador, dificilmente você
poderá ouvir a música em sua integralidade e discernir o som de todos os instrumentos
(obs: geralmente nestas pequenas caixinhas não é possível sequer ouvir o som do
contrabaixo);
10. Procure tocar as músicas corretamente, sem suprimir (eliminar) acordes “difíceis”. Por
exemplo, NÃO toque “G D Em C” se na música ocorre “G D/F# Em C9”. Procure ser o
mais fiel possível aos acordes originais da música.
11. Inicialmente, procure treinar músicas conhecidas e busque pelos solos de fáceis de
execução na internet em sites de cifras e de tablaturas (TAB). Pratique estes solos e
estas melodias de fácil execução, e busque identificar o Intervalo de cada nota de cada
solo em relação ao acorde da base da música. Por exemplo, exercite isso com músicas
conhecidas e famosas, assim você encontrará facilmente as cifras e as tablaturas, e
poderá exercitar isso de maneira muito proveitosa, compreendendo o uso das Escalas
na prática.
12. No Youtube há uma infinidade de vídeo-aulas e de canais de teoria musical em geral
(muito além de tudo que vimos nesta apostila) e de músicas. Explore e aproveite bem
estes recursos, treinando suas músicas preferidas e aprofundando-se no estudo das
nossas 12 aulas, dentre outros conteúdos.
A TÉCNICA DO CAGED
(uso do capotraste – “fugindo” das pestanas)
13. Você que toca com capotraste pratique a técnica do CAGED: toque em diferentes
tonalidades usando as formas dos acordes de C, A, G, E e D, assim quando for tocar em
tons diferentes dos habituais você não ficará perdido em meio as cifras e conseguirá
evitar as temíveis pestanas:
c. Usando o padrão C maior:
Toque: C G/B Am F G - fixe o capotraste na primeira casa e toque: C# G#/C A#m F#
G#; avance mais uma casa e toque: D A/C# Bm G A, avance mais uma e toque D#
Bb/D Cm G# A# e assim por diante até onde desejar.
a. Usando o padrão A maior:
Toque: A Bm C#m F#m D E - fixe o capotraste na primeira casa e toque: Bb Cm Dm
Gm Eb F; avance mais uma casa e toque B C#m D#m G#m E F#;
g. Usando o padrão G maior:
Toque: G Em Am C D - fixe o capotraste na primeira casa e toque: G# Fm A#m C#
D#; avance mais uma casa e toque A F#m Bm D E; avance mais uma casa e toque:
Bb Gm Cm D# F#; avance mais uma e toque: B G#m C#m E F#
e. Usando o padrão E maior:
Toque: E F#m E/G# A C#m B - fixe o capotraste na primeira casa e toque: F Gm F/A
Bb Dm C; avance mais uma casa e toque: F# G#m F#/A# B D#m C#;
d. Usando o padrão D maior:
Toque: D G Bm Em A - fixe o capotraste na primeira casa e toque: D# G# Cm Fm A#;
avance mais uma casa e toque: E A C#m F#m B;
9.1. No caso dos padrões menores usando a metodologia CAGED só é viável usá-los nos
padrões de Am, Dm e Em:
a. Usando o padrão de Am:
Toque: Am F C G - fixe o capotraste na primeira casa e toque: A#m F# C# G#; avance
mais uma casa e toque: Bm G D A; avance mais uma casa e toque: Cm G# D# A#;
e. Usando o padrão de Em:
Toque: Em C G D - fixe o capotraste na primeira casa e toque: Fm C# G# D#; avance
mais uma casa e toque: F#m D A E; avance mais uma casa e toque: Gm D# A# F;
d. Usando o padrão Dm:
Toque: Dm Bb F Gm C - fixe o capotraste na primeira casa e toque: D#m B F# G#m
C; avance mais uma casa e toque: Em C G Am D;
APÊNDICE: ACORDES BÁSICOS - MAIORES E MENORES
PARA REFLEXÃO E INSPIRAÇÃO:
ALGUMAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE VERSAM SOBRE MÚSICA
Salmos 33:3:
“Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo”.
Neemias 12:46:
“Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a antiguidade, havia chefes dos cantores,
e dos cânticos de louvores e de ação de graças a Deus”.
1 Crônicas 15:16:
“Davi também ordenou aos líderes dos levitas que encarregassem os músicos que
havia entre eles de cantar músicas alegres, acompanhados por instrumentos
musicais: liras, harpas e címbalos sonoros”.
1 Crônicas 15:22:
“E Quenanias, chefe dos levitas, tinha o encargo de dirigir o canto; ensinava-os a
entoá-lo, porque era entendido”.
1 Crônicas 25:6:
“Todos esses homens estavam sob a supervisão de seus pais quando ministravam a
música do templo do Senhor, com címbalos, liras e harpas, na casa de Deus. Asafe,
Jedutum e Hemã estavam sob a supervisão do rei”.
2 Crônicas 7:6:
“E os sacerdotes, serviam em seus ofícios; como também os levitas com os
instrumentos musicais do Senhor, que o rei Davi tinha feito, para louvarem ao
Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre, quando Davi o louvava pelo
ministério deles; e os sacerdotes tocavam as trombetas diante deles, e todo o Israel
estava em pé”.
Salmos 150:1-6:
“Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu
poder!
Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza!
Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa!
Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com
flauta!
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes!
Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!”.