Você está na página 1de 6

Nos últimos anos, a psicologia adquiriu diversas vertentes, no Brasil, umas dessas

vertentes, a psicologia comunitária ganhou forte embasamento e praticantes. Sem contar

é claro, com a ajuda das novas tecnologias e teóricos para aumentar sua efetividade.

Contudo ainda existe um longo caminho a trilhar, pois mesmo com o avanço em varias

partes ,o psicólogo comunitário e as comunidades nas quais o psicólogo atua, contém

diversos paradigmas a serem resolvidos.

Ao falar em comunidade e em psicologia,inicialmente há um leve estranhamento

devido a imagem do psicólogo que, normalmente se encontra em uma clínica ou em um

centro de tratamento especializado na área mental,agir dentro de uma

comunidade.também pode se estranhar uma comunidade ,um conjunto social de pessoas

que tem determinadas relações entre si e compartilham uma identidade própria, ser

capaz de receber auxílio de um psicólogo comunitário de maneira tão perspicaz como

tem acontecido atualmente.

Desde o nascimento da ciência chamada psicologia até a criação dos primeiros

manuais de psicologia social, não havia muitas certezas sobre a criação de uma área da

psicologia especializada no atendimento de comunidades .sem duvidas para alguns

teóricos do começo do século XX se surpreenderiam ao ver que, a psicologia como

ciência atravessaria de tal modo o campo das ciências sociais ,que criasse uma profissão

tão ativa em comparação a todos os estudos da época apenas acontecerem em

laboratório e nao em comunidades e grupos sociais diversos.(alvaro,2003)

O desenvolvimento de trabalhos comunitários realizados com a participação de

psicólogos vem acontecendo em nosso pais desde a criação dos cursos de psicologia, já

nos anos 60. Tais trabalhos acabaram surgiram devido ao fato de que as abordagens
comuns da psicologia se demonstravam ineficazes para os problemas encontrados nas

comunidades, tanto devido a sua complexidade quanto a sua origem (Freitas 2003).

Dessa maneira, ao utilizar, métodos antigos para tentar resolver os problemas atuais,

os problemas que poderiam se manifestar no individuo em comunidade, em sua diversas

relações cotidianas que são travadas, já não podiam ser compreendidos subjetivamente

ou até olhando para a essência do individuo, como se ele fosse apenas parte de um

cenário ou uma existência passiva ao que lhe acontece. Essa maneira de conceberem

explicar a realidade estava, nos primeiros anos do surgimento da psicologia

comunitária, como uma versão clinica das abordagens tradicionais aplicadas às

comunidades. (Freitas, 2005), durante esse momento, presenciava-se também que as

populações desprivilegiadas, estavam em um estado de conformação d com a realidade

em que vivem, como se esta não pudesse ser alterada. Tal realidade, em contrapartida a

visão que tinham a miséria e a situação de calamidade, entre outros maléficos

hediondos, foram negligenciados dos estudos psicológicos sócias até os anos 80, quando

a constituição foi elaborada. (Freitas 2010)

Diante de tal perspectiva, durante as décadas de 1960 e 1970 e boa parte da década de

1980, os trabalhos de psicologia comunitária tiveram poucos status científicos dentro

das academias, entretanto graças ao esforço e a determinação de todos aqueles que

perceberam a situação lastimável da psicologia comunitária, de alguma forma, obter

notoriedade e respeito pelas outras áreas que até então detinham hegemonia sobre o

trabalho psicológico. Por fim na década 0s de 1990, a visibilidade e a capacidade de

transformar comunidades começaram a ser realmente serem significante (sarriera,2004).

Esse movimento de junção interdisciplinar e social permitiu, no final do século XX, a

psicologia comunitária pudesse alcançar um patamar tão elevado que, acabou por mudar
todas a as bases curriculares de psicologia do pais ,sendo matéria obrigatória tanto como

disciplina acadêmica quanto como disciplina de estagio curricular em todas as

instituições do pais .(Freitas, 2003)

Contudo, em relação a historia da psicologia comunitária Brasileira, pode se perceber

que ela tem sido contada a partir do desenvolvimento político-social do Brasil e da

América latina, a na transformação dos olhares da população para os direitos e para os

deveres sociais. O paradigma atual é complexo e extenso, pois não tem sido uma tarefa

fácil articular a psicologia comunitária de forma que contribua para as mudanças

necessárias e urgentes que se empenham num projeto visando o bem comum e

preservando os bons valores da comunidade. (Freitas, 2008)

Ao mudar do enfoque histórico, para a perspectiva atual, é necessário falar das

mudanças de um mundo globalizado e altamente tecnológico no qual ao mesclar a

situação de pobreza e miséria, com os aparatos existentes, nota-se uma inegável

desproporcionalidade econômica entre as pessoas, até mesmo entre as pessoas de uma

mesma comunidade. Isso se deve a uma gama de fatores simultâneos na América latina,

como a impossibilidade de condições igualitárias para a população, conformismo

individual quanto coletivo, regimes militares e por fim, mas não tão menos importante a

falta de participação ativa nas politicas publicas tanto por parte dos psicólogos

comunitários quanto pelas comunidades necessitadas. (Scarparo apud Freitas, 2010).

Portanto, a comunidade passa a ser também um conceito fundamental para a

construção de espações de participação e autogestão. Com esse enfoque, a compreensão

da subjetividade humana e das formas de convivência cotidiana, expressadas das mais

diversas maneiras, passa a ser um eixo de construção de relações éticas nas

comunidades. Para essa nova perspectiva de se trabalhar em psicologia, os aspectos


relativos a ciência ,trabalho e solidariedade se juntam para que as praticas comunitárias

se tornem uma fonte de geração de novos conhecimentos e maneiras a para lidar com as

problemáticas a elas impostas.(Freitas, 2000)

Em relação a capacidade de modificação da psicologia comunitária ,é possível notar

que as transformações na parte teórica e pratica são de fundamental importância ,pois

cada dia mais elas se modificam para a realização da democracia da maneira mais

eficiente possível, para assim existir uma inserção completa do individuo dentro da sua

comunidade. Por isso as possibilidades de trabalho em psicologia, junto as

comunidades, emergem e se diversificam pelas especificadas de cada lugar ,cada tempo

e cada comunidade. As intervenções interdisciplinares propostas estão apoiadas nos

ideais de autonomia e emancipação política. Através da participação e da aproximação

entre saberem populares e acadêmicos. Ocorre, então, um continuo e complexo processo

de apropriação e construção da historia, de comprometimento social e

consequentemente, a ampliação dos limites da área e de uma necessária

interdisciplinaridade. (Freitas, 2008)

Assim, independentemente das variações metodológicas e teóricas, percebe-se que a

psicologia comunitária tem trabalhado com temáticas relacionadas a psicologia social e

aos diferentes problemas que assolam as pessoas em seu dia-a-dia; a psicologia da ação

politica, dos comportamento políticos e dos movimentos sociais; as formas de

intervenção psicossocial em contextos e dinâmicos de pequenos e grandes grupos,

considerados excluídos e marginalizados dos processos fundamentais de produção da

sociedade. Esses trabalhos acadêmicos desenvolvidos pelos psicólogos tem dirigido a

analise e á produção de conhecimentos, sejam nos aspectos teórico-conceituais que

fornecem bases analíticas para a compreensão dos fenômenos e processos psicossociais,

presentes na rede de relações desses segmentos, seja na dimensão metodológica


necessária a proposição de planos e projetos de intervenção em comunidade,

comprometidos com a suspensão ou até a eliminação das condições geradoras de

exclusão social, cujas representações sociais, trazem consigo um estigma na vida

cotidiana da sociedade. (Freitas, 2010)

Em relação ao que foi dito anteriormente, o dever de um psicólogo comunitário é

auxiliar de um jeito próprio do psicólogo dessa área, determinadas problemáticas

existentes na sociedade em que a comunidade ou grupo social se localiza. Visando isso

existem diversos locais onde o psicólogo social comunitário pode trabalhar, um deles é

o próprio espaço de lazer da comunidade no qual pode variar de cultura para cultura,

além de outras características.

Contudo entre os vários grupos sociais e comunidades devido a sua importante

função e capacidade de mudança da sociedade, os adolescentes merecem destaque

quanto a aplicação de medidas em relação a eles, pois a adolescência é uma fase cheia

de tensões e conflitos devido a natureza hormonal ,entre outros aspectos sociais si. Os

adolescentes vivenciam uma fase em que estão mais expostos a novas e atraentes

experiências, e estas podem afetar sua saúde e segurança seja promovendo a qualidade

de vida, seja colocando-os em risco. É comum a exposição a atividades relacionadas à

sexualidade, uso de drogas e álcool, violência e acidentes de trânsito (Câmara &

Gorayeb apud Sarriera, 2003).

As informações fornecidas sobre os riscos para a saúde não parecem ser efetivas para

que o jovem os evite. Segundo Câmara (2003), oque poderá definir a tomada de decisão

do jovem em relação a condutas de risco ou proteção será a conjunção das informações

obtidas por diversos meios e a observação do comportamento do grupo de iguais, tanto


mais influente quanto mais próximo, uma vez que os valores estão ligados ao

compartilhamento das novas experiências.

A fim de compreender a relação entre tempo livre e a realização de atividades que

promovam saúde e/ou possam desencadear comportamentos de risco, deve-se analisar

apercepção e a avaliação que o indivíduo fazem relação à realidade da qual participa, de

suas interações e dos recursos comunitários.

.Ao analisar o exposto e a relação entre as interações sociais, processo fundamental para

o ser humano segundo Vygotsky, e os adolescentes durante o seu tempo livre em um

meio publico como uma praça publica ,é necessário, uma abordagem participativa,

demonstrada claramente pelos psicólogos sociais comunitários, a fim de encontrar

irregularidades e planejar uma solução ou uma proposta de prevenção contra eventuais

problemas encontrados no local observado.

Você também pode gostar