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Estrutura do setor elétrico

Conselho Nacional de Política Energética – CNPE


CNPE é um órgão interministerial de assessoramento direto à Presidência da República, Sua função é formular políticas e
diretrizes de energia destinadas a promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País em conformidade com o
disposto na legislação. Criado em 1997, o CNPE é um órgão interministerial de assessoramento direto à Presidência da República. Sua
função é formular políticas e diretrizes de energia destinadas a:
• promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País em conformidade com o disposto na legislação
aplicável e com os seguintes princípios:
-- preservação do interesse nacional;
-- promoção do desenvolvimento sustentado;
-- ampliação do mercado de trabalho e valorização dos recursos energéticos;
-- proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;
-- proteção do meio ambiente e promoção da conservação de energia;
-- garantia do fornecimento de derivados de petróleo em todo o território nacional;
-- incremento da utilização do gás natural;
-- identificação das soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas diversas regiões do País;
-- utilização de fontes renováveis de energia, mediante o aproveitamento dos insumos disponíveis e das tecnologias
aplicáveis;
-- promoção da livre concorrência;
-- atração de investimentos na produção de energia;
-- ampliação da competitividade do País no mercado internacional;

• assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos às áreas mais remotas ou de difícil
acesso do País, submetendo as medidas específicas ao Congresso Nacional;
• rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País, considerando as fontes convencionais,
alternativas e as tecnologias disponíveis;
• estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do álcool, de outras biomassas, do carvão
e da energia termonuclear; e,
• estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de consumo interno de petróleo e
seu derivados, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de
Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis.

Ministério de Minas e Energia – MME


Criado em 1960, o MME é um órgão do Governo Federal, responsável pela condução das políticas energéticas do país. Suas
principais obrigações incluem a formulação e implementação de políticas para setor energético, de acordo com as diretrizes definidas
pelo CNPE. O MME é responsável por estabelecer o planejamento do setor energético nacional, monitorar a segurança do suprimento
do Setor Elétrico Brasileiro e definir ações preventivas para restauração da segurança de suprimento no caso de desequilíbrios
conjunturais entre oferta e demanda de energia.
O MME tem como empresas vinculadas a Eletrobras e a Petrobras, que são de economia mista, mas controladas pelo Governo
Federal. Dentre as autarquias vinculadas ao Ministério, estão as Agências Nacionais de Energia Elétrica (ANEEL ) e do Petróleo (AN
P), e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DN PM). As seguintes secretarias fazem parte do MME:
• Petróleo, gás natural e combustíveis renováveis.
• Geologia, mineração e transformação mineral.
• Energia elétrica.
• Planejamento e desenvolvimento energético

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE


Criado em 2004, o CMSE é um órgão que funciona sob a coordenação direta do MME, com a função de acompanhar e avaliar a
continuidade e a segurança do suprimento elétrico em todo o território nacional. Suas principais atribuições são:
• acompanhar o desenvolvimento das atividades de geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação de
energia elétrica, gás natural, petróleo e seus derivados; avaliar as condições de abastecimento e de atendimento de energia elétrica;
• realizar periodicamente análise integrada de segurança de abastecimento e atendimento ao mercado de energia elétrica, de gás
natural, petróleo e seus derivados, abrangendo os seguintes parâmetros, dentre outros:
-- demanda, oferta e qualidade de insumos energéticos, considerando as condições hidrológicas e as perspectivas de suprimento
de gás e de outros combustíveis;
-- configuração dos sistemas de produção e de oferta relativos aos setores de energia elétrica, gás e petróleo; e,
-- configuração dos sistemas de transporte e interconexões locais, regionais e internacionais, relativamente ao sistema elétrico e
à rede de gasodutos;
• identificar dificuldades e obstáculos de caráter técnico, ambiental, comercial, institucional e outros que afetem, ou possam
afetar, a regularidade e a segurança de abastecimento e atendimento à expansão dos setores de energia elétrica, gás natural e petróleo e
seus derivados; e,
• elaborar propostas de ajustes, soluções e recomendações de ações preventivas ou saneadoras de situações observadas, visando
a manutenção ou restauração da segurança no abastecimento e no atendimento eletroenergético, encaminhando-
-as, quando for o caso, ao CNPE.

Empresa de Pesquisa Energética – EPE


Criada em 2004, a EPE é uma empresa pública federal vinculada ao MME, cuja finalidade é prestar serviços na área
de pesquisas e estudos destinados a auxiliar o planejamento do setor energético brasileiro. Suas principais atribuições incluem
a efetivação de estudos e projeções da matriz energética nacional, a implementação de estudos que propiciem o planejamento
integrado de recursos energéticos, desenvolvimento de estudos para o planejamento de expansão da geração e da transmissão
de energia elétrica nos horizontes de curto, médio e longo prazos, realização de análises de viabilidade técnico-econômica e
socioambiental de usinas, bem como a obtenção da licença ambiental prévia para aproveitamentos hidrelétricos e de
transmissão de energia elétrica.

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL


Constituída em 1997, a ANEEL é uma autarquia em regime especial, vinculada ao MME, com as atribuições de
regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, zelando pela qualidade dos
serviços prestados, pela universalização do atendimento e pelo estabelecimento das tarifas para os consumidores finais,
preservando o equilíbrio econômico e financeiro dos Agentes e da indústria. Segundo a própria agência, sua missão “... é
proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em
benefício da
sociedade”. Além disso, cabe à ANEEL :
• Fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, permissões e serviços de energia
elétrica;
• Implementar as políticas e diretrizes do governo federal relativas à exploração da energia elétrica e ao aproveitamento
dos potenciais hidráulicos;
• Mediar, na esfera administrativa, os conflitos entre os agentes e entre esses agentes e os consumidores;
• Por delegação do Governo Federal, promover as atividades relativas às outorgas de concessão, permissão e autorização
de empreendimentos e serviços de energia elétrica. As alterações institucionais promovidas em 2004 estabeleceram
também como responsabilidade da ANEEL , direta ou indiretamente, a promoção de licitações na modalidade de leilão, para a
contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição do Sistema Interligado Nacional (SIN ).

Operador Nacional do Sistema Elétrico – NOS


Criado em 1998, o ONS é uma empresa de direito privado, sob a forma de associação civil sem fins lucrativos,
fiscalizada e regulada pela ANEEL , e que tem a incumbência de operar, supervisionar e controlar a geração de energia
elétrica no SIN , além de administrar a rede básica de transmissão de energia elétrica no Brasil com o objetivo principal de
atender os requisitos de carga, otimizar custos e garantir a confiabilidade do sistema, definindo ainda as condições de acesso à
malha de transmissão em alta-tensão do país. As alterações implantadas a partir de 2004 trouxeram maior independência à
governança do ONS , através da garantia de estabilidade do mandato de sua diretoria.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE


Constituída em 2004 como associação civil sem fins lucrativos, a CCEE sucede a Administradora de Serviços do
Mercado Atacadista de Energia Elétrica – AS MAE , criada em 1999, e o Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE ,
criado em 2000. A CCEE é responsável pela contabilização e pela liquidação financeira no mercado de curto prazo de
energia, incumbida do cálculo e da divulgação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD ), utilizado para valorar as
operações
de compra e venda de energia. D entre as atribuições principais da instituição, incluem-se ainda:
• Implantar e divulgar regras e procedimentos de comercialização;
• Fazer a gestão de contratos do Ambiente de Contratação Regulada (ACR ) e do Ambiente de Contratação Livre (ACL );
• Manter o registro de dados de energia gerada e de energia consumida;
• Realizar leilões de compra e venda de energia no ACR , sob delegação da ANEEL ;
• Realizar leilões de Energia de Reserva, sob delegação da ANEEL , e efetuar a liquidação financeira dos montantes
contratados nesses leilões;
• Apurar infrações que sejam cometidas pelos agentes do mercado e calcular penalidades;
• Servir como fórum para a discussão de ideias e políticas para o desenvolvimento do mercado, fazendo a interlocução entre
os agentes do setor com as instâncias de formulação de políticas e de regulação.

Eletrobras
Criada em 1962, a Eletrobras é uma empresa de capital aberto, controlada pelo Governo Federal, e que atua nas áreas
de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Inicialmente, a Eletrobras possuía a incumbência de coordenar
todas as empresas do setor elétrico, sendo responsável pelo planejamento e financiamento do sistema elétrico. A partir das
reestruturações institucionais ocorridas nas décadas de 1990 e 2000, a responsabilidade da empresa foi reduzida, transferindo
atribuições para outras entidades, como a própria ANEEL , o ONS , a CCEE e a EPE. Atualmente, na condição de holding,
a Eletrobras controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio de seis
subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte, CGTEE e Eletronuclear, também detendo metade do capital de Itaipu
Binacional. A Eletrobras também controla o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CE PEL ) e a Eletrobras Participações
S.A. (Eletropar). Na área de distribuição de energia, a Eletrobras atua por meio das empresas Amazonas Energia, Distribuição
Acre, Distribuição Roraima, Distribuição Rondônia, Distribuição Piauí e Distribuição Alagoas. A Eletrobras ainda dá suporte
a programas estratégicos do governo, como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROIN FA),
o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz para Todos) e o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica (PROCEL ). A empresa também gerencia fundos setoriais como a Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC ), a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE ).

Agentes de Geração
Os agentes de geração são empresas públicas ou privadas responsáveis pela geração propriamente dita de energia
elétrica, seja ela a partir de fontes hídricas, térmicas, nucleares ou de outros tipos. Os Agentes de Geração podem ser
classificados em:
• Concessionários de Serviço Público de Geração: Agente titular de Serviço Público Federal delegado pelo Poder
Concedente mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de Empresas para exploração
e prestação de serviços públicos de energia elétrica.
• Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE ): são Agentes individuais ou reunidos em consórcio que recebem
concessão, permissão o ou autorização do Poder Concedente para produzir energia elétrica destinada à comercialização
por sua conta e risco.
• Autoprodutores (AP): são Agentes com concessão, permissão ou autorização para produzir energia elétrica destinada a seu
uso exclusivo, podendo comercializar eventual excedente de energia, desde que autorizado pela ANEEL
.

Agentes de Transmissão
No Brasil, existem 77 concessionárias dos serviços de transmissão de energia elétrica, públicas e privadas, responsáveis pela
conexão dos geradores aos grandes consumidores ou às empresas distribuidoras. Estas empresas são reguladas pela ANEEL ,
que fixa a receita permitida a cada uma delas a partir de processos de revisão e reajuste tarifários.
As concessões são disputadas em leilões públicos coordenads pela Aneel. O ganhador do leilão é quem se dispõe a construir e
operar o empreendimento de transmissão (LT ou SE ) em troca da menor receita anual permitida (REP).

Agentes de Distribuição
Entre empresas públicas e privadas, existem 63 distribuidoras de energia elétrica no Brasil, sendo que cada uma atua em uma
área de concessão exclusiva (monopólio geográfico). As distribuidoras, as quais possuem concessão do Poder Concedente,
são reguladas pela ANEEL , que fixa as tarifas de fornecimento aos consumidores cativos, as tarifas de uso da rede aos
geradores e consumidores livres, bem como os indicadores de qualidade e continuidade do serviço, a partir de processos de
revisão e reajuste tarifários. Além das empresas concessionárias, existem também as permissionárias do serviço de
distribuição, geralmente caracterizadas por cooperativas de eletrificação rural de pequeno porte.

Agentes de Comercialização
Os agentes de comercialização são empresas que possuem autorização ou permissão para realização de operações de compra e
venda de energia elétrica na CCEE . Existem mais de 100 agentes de comercialização de energia elétrica no Brasil, muitos
deles atuando como intermediários entre usinas geradoras e consumidores livres.
Regime de concessões e prestação de serviços públicos

PRORET: MÓDULO 2.1 PROCEDIMENTO DE REGULAÇÃO TARIFARIA

Estabelecer os procedimentos gerais para cálculo da Receita Requerida nas Tarifárias Periódicas das concessionárias
de serviço público de TODAS as distribuição de energia elétrica (RTP).
- todas as revisões tarifárias de concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica.
-O reposicionamento das tarifas na Revisão Tarifária compreende duas etapas. Na primeira ocorre o cálculo da Receita
Requerida – RR. Na segunda, após a definição da RR e do Mercado de Referência, é realizada a abertura tarifária.
 Mercado de referência: é composto pelos montantes de energia elétrica, de demanda de potência e de uso do
sistema de distribuição, faturados no “Período de Referência” a outras concessionárias e permissionárias de
distribuição, consumidores, autoprodutores e centrais geradoras que façam uso do mesmo ponto de conexão
para importar ou injetar energia elétrica, bem como pelos montantes de demanda de potência contratada
pelos demais geradores para uso do sistema de distribuição.
 Período de Referência: é definido como o período de 12 (doze) meses imediatamente anterior ao mês da
Revisão Tarifária Periódica.

- Os montantes faturados de qualquer mês do Período de Referência são aqueles registrados no Sistema de
Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação Econômica – SAMP

 COMPOSIÇÃO DA RECEITA
A Receita Requerida é composta pela soma da Parcela A e da Parcela B

𝑅𝑅 = 𝑉𝑃𝐴 + 𝑉𝑃𝐵 (1)

Onde:
RR: Receita Requerida;
VPA: Valor da Parcela A, parcela que incorpora os custos relacionados às atividades de transmissão e geração de
energia elétrica, inclusive a geração própria, além dos encargos setoriais;
VPB: Valor da Parcela B, parcela que incorpora os custos típicos da atividade de distribuição e de gestão comercial
dos clientes.

VALOR DA PARCELA A

𝑉𝑃𝐴 = 𝐶𝐸 + 𝐶𝑇 + 𝐸𝑆 (2)

onde:
VPA: Valor de Parcela A;
CE: Custo de aquisição de energia elétrica e geração própria;
CT: Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição;
ES: Encargos setoriais definidos em legislação específica.

VALOR DA PARCELA B

O Valor da Parcela B (VPB) será calculado no processo de revisão tarifária conforme equação abaixo:

𝑉𝑃𝐵 = (𝐶𝐴𝑂𝑀 + 𝐶𝐴𝐴) ∙ (1 − 𝑃𝑚 − 𝑀𝐼𝑄) − 𝑂𝑅 (3)

onde:
CAOM: Custo de Administração, Operação e Manutenção;
CAA: Custo Anual dos Ativos;
𝑃𝑚: Fator de Ajuste de Mercado;
𝑀𝐼𝑄: Mecanismo de Incentivo á Melhoria da Qualidade;
𝑂𝐸: Outras Receitas
O pedido de RTE(REVISÃO TARIFARIA EXTRAORDINARIA) deverá conter no mínimo os seguintes requisitos:

(I) fato gerador ou conjunto de fatos geradores; (I


I) evidência de desequilíbrio econômico-financeiro por meio das inequações definidas no item 4;
(III) nexo de causalidade entre o(s) fato(s) gerador(es) e o desequilíbrio econômico financeiro; e
(IV) apresentação de iniciativas tomadas pela concessionária para equacionar o alegado desequilíbrio econômico-
financeiro.
(V) em caso de alegação de desequilíbrio econômico-financeiro atrelados a variações estruturais de mercado, o
pleito deverá conter informações econômicas que corroborem a alegação, apresentando-as como situação específica
à área de concessão da distribuidora ou relacionada ao setor de distribuição do país.

REAJUSTE TARIFÁRIO ANUAL – RTA


O valor das tarifas é reajustado com periodicidade anual, na data de aniversário estabelecida no contrato de
concessão, exceto nos anos em que é realizada a Revisão Tarifária Periódica (RTP).

FATOR X
O Fator X tem por objetivo primordial a garantia de que o equilíbrio estabelecido na revisão tarifária entre receitas e
despesas eficientes seja mantido nos reposicionamentos tarifários subsequentes. Isto ocorre por meio da
transferência ao consumidor dos ganhos potenciais de produtividade do segmento de distribuição de energia
elétrica.

SITE DA ANEEL:

Entendendo a tarifa

A tarifa é composta por: Energia gerada+ transporte e energia +encargos setoriais.


Além da tarifa, os Governos Federal, Estadual e Municipal cobram na conta de luz o PIS/COFINS, o ICMS e a
Contribuição para Iluminação Pública, respectivamente.

O transporte da energia (da geradora à unidade consumidora) é um monopólio natural, pois a competição nesse segmento não
geraria ganhos econômicos. Por essa razão, a ANEEL atua para que as tarifas sejam compostas por custos eficientes, que
efetivamente se relacionem com os serviços prestados. Este setor é dividido em dois segmentos, transmissão e distribuição.

Os encargos setoriais e os tributos não são criados pela ANEEL e, sim, instituídos por leis. Alguns incidem somente sobre o
custo da distribuição, enquanto outros estão embutidos nos custos de geração e de transmissão.

Desde 2004, o valor da energia adquirida das geradoras pelas distribuidoras passou a ser determinado também em
decorrência de leilões públicos. A competição entre os vendedores contribui para menores preços.

Para fins de cálculo tarifário, os custos da distribuidora são classificados em dois tipos:
 Parcela A: Compra de Energia, transmissão e Encargos Setoriais; e
 Parcela B: Distribuição de Energia(custos operacionais).

Reajuste tarifário Anual:

É um dos mecanismos de atualização do valor da energia paga pelo consumidor, aplicado anualmente, de acordo com fórmula
prevista no contrato de concessão

-Para aplicação da fórmula de reajuste são repassadas as variações dos custos de Parcela A.) Compra de Energia,
transmissão e Encargos Setoriais;) sem relação aos custos e gestão da distribuição.
-No reajuste, os custos com a atividade de distribuição, esses sob completa gestão da distribuidora e definidos como Parcela B,
são corrigidos pelo índice de inflação constante no contrato de concessão (IGP-M ou IPCA), deduzido o Fator X.
-O objetivo do Fator X é estimar ganhos de produtividade da atividade de distribuição e capturá-los em favor da modicidade
tarifária em cada reajuste.
Os Reajustes acontecem em datas determinandas pelo Contrato de Concessão.

Revisão Tarifária Periódica (a cada 4 anos)


-A revisão tarifária periódica também é um dos mecanismos de definição do valor da energia paga pelo consumidor, sendo
realizada a cada quatro anos, em média, de acordo com o contrato de concessão assinado entre as empresas e o poder
concedente. Na revisão periódica são redefinidos o nível eficiente dos custos operacionais e a remuneração dos investimentos, a
chamada Parcela B.

BAIXA TENSÃO – RESIDENCIAL

BANDEIRAS TARIFÁRIAS: todos os consumidores cativos das distribuidoras serão faturados pelo Sistema de Bandeiras Tarifárias
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh)
consumidos;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora
kWh consumido.
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-
hora kWh consumido.

PRÉ-PAGAMENTO
-A modalidade de pré-pagamento e pós-pagamento eletrônico de energia elétrica foi aprovada pela Resolução Normativa nº
610/2014. De acordo com o texto aprovado, a adesão do consumidor ao modelo de pré-pagamento é voluntária e sem ônus.
Além disso, depende de uma decisão da distribuidora em oferecer a modalidade em sua área de concessão.
-O sistema funcionará da seguinte forma: o consumidor recebe um crédito inicial de 20 kWh, a ser quitado na compra
subsequente. Posteriormente, poderá comprar novos créditos quando quiser e quantas vezes desejar, sendo 5 kWh o montante
mínimo de compra. A venda dependerá da estratégia que a distribuidora adotar, o que pode ocorrer por meio de agentes
credenciados pela distribuidora ou, inclusive, pela internet.
-A tarifa do pré-pagamento será igual à do pós-pago, no entanto, a distribuidora poderá conceder descontos por sua conta e
risco para incentivar os consumidores a aderirem à nova modalidade.

TARIFA SOCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA – TSEE

Quem tem direito?


Para ter direito ao benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), deve ser satisfeito um dos seguintes requisitos:
I – família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único, com renda familiar mensal
per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou
II – quem receba o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei
nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou
III – família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, que tenha portador de doença ou
deficiência cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou
instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.

As famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único que atendam aos requisitos tem desconto de 100% até o limite
de consumo de 50 kWh/mês (quilowatts-hora por mês).
Tarifa Branca
Ao escolher a Tarifa Branca o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da
semana. A partir de 01 de janeiro de 2019 a opção está disponível para as unidades consumidoras que são atendidas em baixa
tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts), denominadas de grupo B, tanto para novas ligações como para as existentes com consumo
acima de 250 kWh/mês.

Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia, dentro da área de concessão, em três horários:
 Ponta (aquele com maior demanda de energia),
 Intermediário (via de regra, uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta);
 Fora de ponta (aquele com menor demanda de energia).

Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata. Nos feriados nacionais e
nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.

A Tarifa Branca cria condições que incentivam alguns consumidores a deslocarem o consumo dos períodos de
ponta para aqueles em que a rede de distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa.
Os períodos horários de ponta, intermediário e fora de ponta são homologados pela ANEEL nas revisões
tarifárias periódicas de cada distribuidora, que ocorrem em média a cada cinco anos. Clique para acessar os
postos tarifários das distribuidoras.

ALTA TENSÃO - COMERCIAL E INDUSTRIAL

As modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e demanda de
potência ativas, considerando as seguintes modalidades:

 Azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia;
 Verde: modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma única
tarifa de demanda de potência;
 Convencional Binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo A caracterizada por tarifas de consumo de
energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia. Esta modalidade será extinta
a partir da revisão tarifária da distribuidora;
 Convencional Monômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de
energia elétrica, independentemente das horas de utilização do dia; e
 Branca: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda
do subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia.

DESCONTO
Além da tarifa social, existem outros descontos praticados na tarifa de energia elétrica, são eles:
 gerador e consumidor de fonte incentiva;
 atividade de irrigação e aquicultura em horário especial;
 agente de distribuição com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano;
 serviço público de água, esgoto e saneamento;
 classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural; e
 subclasse de serviço público de irrigação.

POSTOS TARIFÁRIOS
Os postos tarifários são definidos para permitir a contratação e o faturamento da energia e da demanda de
potência diferenciada ao longo do dia, conforme as diversas modalidades tarifárias. A regulamentação consta
na Resolução Normativa ANEEL - REN nº 414/2010:
 Horário (posto) de ponta refere-se ao período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas
pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a
área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, e feriados nacionais;
 Horário (posto) fora de ponta refere-se ao período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta e intermediário (no caso da Tarifa Branca);
 Horário (posto) intermediário refere-se ao período de horas conjugadas ao horário de ponta, aplicado
exclusivamente as unidades consumidoras optantes pela Tarifa Branca.

Existe também o horário especial (também conhecido como período reservado), aplicado às unidades consumidoras da
subclasse rural irrigante ou aquicultura. O horário especial é o período de 8 horas e 30 minutos do dia, que abrange toda a
madrugada, em que a carga destinada à irrigação ou aquicultura recebe um desconto na tarifa de acordo com a região em que
se localiza e o grupo tarifário a que pertence. Esta regulamentação está na REN nº 414/2010, arts. 53-J, 53-L.

TERMOS GERAIS RELACIONADOS A TARIFA

MERCADO DE REFERÊNCIA
Montante de energia elétrica faturado pela concessionária ou permissionária de distribuição nos 12 meses anteriores ao mês de
reajuste tarifário em processamento, para atendimento a consumidores cativos, autoprodutores e outras concessionárias ou
permissionárias de distribuição.

RECEITAS IRRECUPERÁVEIS
A Receita Irrecuperável é a parcela esperada da receita total faturada pela empresa que tem baixa expectativa de arrecadação em
função da inadimplência por parte dos consumidores
PRODIST

Os principais objetivos do PRODIST são:


a) garantir que os sistemas de distribuição operem com segurança, eficiência, qualidade e confiabilidade;
b) propiciar o acesso aos sistemas de distribuição, assegurando tratamento não discriminatório entre agentes;
c) disciplinar os procedimentos técnicos para as atividades relacionadas ao planejamento da expansão, à operação
dos sistemas de distribuição, à medição e à qualidade da energia elétrica;
d) estabelecer requisitos para os intercâmbios de informações entre os agentes setoriais e entre eles e os
consumidores;
e) assegurar o fluxo de informações adequadas à ANEEL;
f) disciplinar os requisitos técnicos na interface com a Rede Básica, complementando de forma harmônica os
Procedimentos de Rede

 O PRODIST disciplina o relacionamento entre os agentes setoriais no que se refere aos sistemas elétricos de
distribuição, que incluem todas as redes e linhas de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230
kV, seja em baixa tensão (BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT)

 Afundamento Momentâneo de Tensão (AMT): Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz
para valores abaixo de 90% e acima ou igual a 10% da tensão nominal de operação, durante um intervalo
superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.

 Afundamento Temporário de Tensão (ATT): Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz para
valores abaixo de 90% e acima ou igual a 10% da tensão nominal de operação, durante um intervalo superior a
3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos

 Alta tensão de distribuição (AT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior a
230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando especificamente definidas pela ANEEL

 Baixa tensão de distribuição (BT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.

 Consumidor cativo: Consumidor ao qual só é permitido comprar energia da distribuidora detentora da


concessão ou permissão na área onde se localizam as instalações do acessante, e, por isso, não participa do
mercado livre e é atendido sob condições reguladas. O mesmo que consumidor não livre, não optante ou
regulado

 Consumidor especial: Agente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), da categoria de


comercialização, que adquire energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração enquadrados no §
5º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, para unidade consumidora ou unidades
consumidoras reunidas por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500
kW e que não satisfaçam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de
julho de 1995.

 Consumidor livre: Agente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), da categoria de


comercialização, que adquire energia elétrica no ambiente de contratação livre para unidades consumidoras
que satisfaçam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 1995.

 Demanda contratada: Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela
distribuidora no ponto de conexão, conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

 lassificação de unidades consumidoras, assim como redes de distribuição são classificadas por nível de tensão:
a) SDAT - 230 kV;
b) SDAT - 88 kV a 138 kV;
c) SDAT - 69 kV;
d) SDMT - Acima de 1 kV a 44 kV;
e) SDBT - Inferior ou igual a 1 kV

 Tensão de conexão de unidades consumidoras em conformidade com as normas da Associação Brasileira de


Normas Técnicas – ABNT

 As tensões de conexão padronizadas para MT e AT são:


a) 13,8 kV (MT);
b) 34,5 kV (MT);
c) 69 kV (AT);
d) 138 kV (AT).

TENSÃO EM REGIME PERMANENTE


 Com relação às tensões contratadas entre distribuidoras:
a) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão com tensão nominal de operação igual ou superior a 230
kV deverá ser a tensão nominal de operação do sistema no ponto de conexão;
b) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão com tensão nominal de operação inferior a 230 kV deverá
situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal de
operação do sistema no ponto de conexão

Com relação às tensões contratadas junto à distribuidora:


a) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão nominal de
operação superior a 1 kV deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por
cento) da tensão nominal de operação do sistema no ponto de conexão e, ainda, coincidir com a tensão
nominal de um dos terminais de derivação previamente exigido ou recomendado para o transformador da
unidade consumidora;
FLUTUAÇÃO DE TENSÃO (finkler)

a) “flutuação de tensão”, também conhecido na terminologia internacional como flicker, pode ser definido
como variações de tensão do valor eficaz da tensão. O próprio módulo 8 define o fenômeno como “uma
variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da tensão”
b) Terminologia e quantificação
c) O módulo 8 do Prodist define, a exemplo da IEC 61000-4-15, os indicadores:
d) • Plt (severidade de tempo longo): 2 horas
e) • Pst (severidade de tempo curto): 10 minutos
f) São ainda definidos os mesmos indicadores, com tolerância de ocorrência de 5% do período, definidos
como:
g) • PstD95% – Valor diário do indicador Pst que foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no período
de 24 horas.
h) • PltS95% – Valor semanal do indicador Plt que foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no
período de sete dias completos e consecutivos.

A determinação da qualidade da tensão do sistema de distribuição quanto à flutuação de tensão tem por
objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da cintilação luminosa no consumidor, que tenha em sua
unidade consumidora pontos de iluminação alimentados em baixa tensão.

VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA

O sistema de distribuição e as instalações de geração conectadas ao mesmo devem, em condições


normais de operação e em regime permanente, operar dentro dos limites de frequência situados entre 59,9 Hz e
60,1 Hz. 7.2
Quando da ocorrência de distúrbios no sistema de distribuição, as instalações de geração devem
garantir que a frequência retorne, no intervalo de tempo de 30 (trinta) segundos após a transgressão, para a faixa de
59,5 Hz a 60,5 Hz, para permitir a recuperação do equilíbrio carga-geração.
7.3 Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para permitir a recuperação do equilíbrio
carga-geração, durante os distúrbios no sistema de distribuição, a frequência:
a) não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas;
b)pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de 63,5 Hz por no
máximo 10 (dez) segundos;
c) pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no
máximo 05 (cinco) segundos.

INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Os indicadores deverão ser calculados para períodos de apuração mensais, trimestrais e anuais, com exceção do
indicador DICRI, que deverá ser apurado por interrupção ocorrida em Dia Crítico

 Indicadores de continuidade de conjunto de unidades consumidoras.

i = índice de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT faturadas do conjunto;


Cc = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de apuração, atendidas em BT
ou MT;
DIC(i) = Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora, excluindo-se as centrais geradoras;
FIC(i) = Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora, excluindo-se as centrais geradoras.
-Deverão ser apurados para cada conjunto de unidades consumidoras os indicadores de continuidade a seguir
discriminados:
a) Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC);

b) Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC);

- Na apuração dos indicadores DEC e FEC devem ser consideradas todas as interrupções, admitidas apenas as
seguintes exceções:
i. falha nas instalações da unidade consumidora que não provoque interrupção em instalações de terceiros;
ii. interrupção decorrente de obras de interesse exclusivo do consumidor e que afete somente a unidade
consumidora do mesmo;
iii. Interrupção em Situação de Emergência;
iv. suspensão por inadimplemento do consumidor ou por deficiência técnica e/ou de segurança das instalações
da unidade consumidora que não provoque interrupção em instalações de terceiros, previstas em
regulamentação;
v. vinculadas a programas de racionamento instituídos pela União;
vi. ocorridas em Dia Crítico;
vii. oriundas de atuação de Esquema Regional de Alívio de Carga estabelecido pelo ONS

Aviso de interrupções
 A distribuidora deverá avisar a todos os consumidores e centrais geradoras da respectiva área de concessão ou
permissão sobre as interrupções programadas, informando a data da interrupção e o horário de início e
término, observando os seguintes procedimentos:

a)Unidades consumidoras e centrais geradoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV, com
demanda contratada igual ou superior a 500 kW: os consumidores e centrais geradoras deverão receber o aviso por
meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data da
interrupção;

b) unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69kV que prestem serviço essencial: os consumidores
deverão receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
úteis em relação à data da interrupção;
c) unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV com demanda contratada
inferior a 500 kW e unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou inferior a 1 kV e que exerçam atividade
comercial ou industrial: os consumidores deverão receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado,
com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis em relação à data da interrupção, desde que providenciem o
cadastro na distribuidora para receberem esse tipo de serviço;

d)outras unidades consumidoras e centrais geradoras: deverão ser avisados por meios eficazes de comunicação de
massa, informando a abrangência geográfica ou, a critério da distribuidora, por meio de documento escrito e
personalizado, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas em relação ao horário de início da
interrupção.

e) As unidades consumidoras não listadas no Módulo 1 – Introdução que prestam serviço essencial ou as que por
alterações de suas características vierem a prestar serviços essenciais poderão solicitar à distribuidora esta condição,
para recebimento dos avisos de interrupções.
f)Nas unidades consumidoras onde existam pessoas usuárias de equipamentos de autonomia limitada, vitais à
preservação da vida humana e dependentes de energia elétrica, os consumidores deverão ser avisados da
interrupção de forma preferencial e obrigatória, por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data da interrupção, desde que efetuem o cadastro da unidade
consumidora na distribuidora para receberem esse tipo de serviço.

g)A distribuidora poderá utilizar outros meios de comunicação para a divulgação das interrupções programadas,
desde que pactuados com o consumidor ou central geradora, devendo nesses casos manter registro ou cópia das
divulgações para fins de fiscalização da ANEEL.

h) A distribuidora deverá manter e disponibilizar, por no mínimo 5 (cinco) anos, os registros das interrupções
emergenciais e das programadas, discriminando-as em formulário próprio.

Qualidade energia (módulo 8)


-Com relação às tensões contratadas entre distribuidoras:
1) a tensão a ser contratada nos pontos de conexão com tensão nominal de operação inferior a 230 kV deverá situar-
se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal de operação do
sistema no ponto de conexão.

-Com relação às tensões contratadas junto à distribuidora:


1)a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão nominal de operação
superior a 1 kV deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão
nominal de operação do sistema no ponto de conexão.

2)a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão igual ou inferior a 1 kV
deve ser a tensão nominal do sistema.

VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO

Indicador de desempenho global de continuidade

O indicador de desempenho global de continuidade é um indicador com periodicidade anual, calculado de acordo
com as seguintes etapas:
a) cálculo dos indicadores anuais globais DEC e FEC da distribuidora, tanto dos valores apurados quanto dos limites;
b) cálculo do desempenho relativo anual para os indicadores DEC e FEC, que consiste na razão do valor apurado pelo
limite dos indicadores;
c) cálculo do desempenho relativo global, que consiste na média aritmética simples entre os desempenhos relativos
anuais dos indicadores DEC e FEC, com duas casas decimais; e
d) apuração do indicador de desempenho global de continuidade, obtido após a ordenação, de forma crescente, dos
desempenhos relativos globais das distribuidoras.

Prazos para Solicitação de pedido intervenções (módulo 4)

-O pedido de desligamento que implique em interrupções de consumidores deve ser solicitado ao CO com a
antecedência mínima de 10 dias úteis.

-O pedido de desligamento que não implicar em interrupção aos consumidores deve ser solicitado ao CO com a
antecedência mínima de 5 dias úteis.

-Se a intervenção programada exigir transferência de carga entre subestações da Rede de Operação, a mesma
deverá ser comunicada ao ONS com uma antecedência mínima de 15 dias.

Sistemas de medição (módulo 5)

Nas unidades consumidoras, os dados medidos e coletados deverão incluir:

a) kvarh para o Grupo B, de forma opcional; (residenciais)

b) kvarh e excedentes de reativo para o Grupo A.

medição de acordo com o consumidor:

1)unidade consumidora atendidas em MT e AT

2) Para os consumidores cativos(residenciais)


3) Consumidores livres: O sistema de medição deve ser instalado preferencialmente o mais próximo possível do
ponto de conexão

INSPEÇÃO PROGRAMADA OU SOLICITADA EM SISTEMAS DE MEDIÇÃO

-Nas inspeções solicitadas pelo consumidor, a distribuidora deverá informar, com antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, a data fixada para a realização da inspeção, de modo a possibilitar ao consumidor, o acompanhamento do
serviço.

Ressarcimento de Danos Elétricos

EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE DA DISTRIBUIDORA

4.1 Independentemente dos exames de tempestividade, de existência do dano ou nexo causal, a distribuidora deve
emitir parecer “indeferido” para a Análise nos casos em que:

a) Antes da Resposta, houver pendência de responsabilidade do consumidor por mais de 90 (noventa) dias
consecutivos e este tiver sido devidamente cientificado conforme regulamentação vigente; ou

b) A perturbação que tenha dado causa ao dano reclamado tiver ocorrido em função de Situação de Emergência ou
de Calamidade Pública decretada por autoridade competente, devendo a cópia do ato de decreto ser encaminhada
ao consumidor em anexo à Carta de Indeferimento;

4.1.1 Nestes casos, a distribuidora deve emitir parecer “indeferido” para a Análise e emitir Resposta ao consumidor
transcrevendo o motivo de indeferimento disposto na alínea “b” ou “c” do item 3.1 da Seção 9.3, conforme o caso.

EXISTÊNCIA DO DANO ELÉTRICO RECLAMADO

5.1 Durante a Análise, a distribuidora pode verificar se o equipamento objeto da solicitação apresenta,
efetivamente, funcionamento inadequado.
5.2 A existência de dano elétrico no equipamento objeto da solicitação pode ser examinada na conclusão do Laudo
de Oficina ou da Verificação.

5.3 Laudo de Oficina.


5.3.1 É o documento emitido por oficina que detalha o dano ocorrido no equipamento objeto da solicitação de
ressarcimento e tem o intuito de confirmar se o dano reclamado tem origem elétrica, podendo estar acompanhado
do orçamento para conserto do mesmo.
5.3.2 A distribuidora pode solicitar que o consumidor apresente o Laudo de Oficina durante a etapa de Análise,
observado o prazo para Verificação estabelecido no item 2.6 da Seção 9.2 somente após ter constatado
perturbação na rede elétrica que possa ter afetado a unidade consumidora do reclamante, a tempestividade da
solicitação ou o previsto no item 4.1 “b”.
5.3.2.1 Neste caso, há suspensão do prazo para Resposta por responsabilidade do consumidor até que as
informações solicitadas sejam prestadas.
5.3.2.2 Somente podem ser exigidos Laudos das oficinas que estejam localizadas no município escolhido pelo
consumidor.
5.3.3 Caso a distribuidora solicite o Laudo de Oficina, a confirmação pelo mesmo que o dano tem origem elétrica,
por si só, gera obrigação de ressarcir.
5.3.3.1 Ainda que o Laudo de Oficina confirme que o dano tem origem elétrica, o disposto no item anterior não se
aplica se o mesmo também indicar uma das situações previstas na alínea “a” do item
5.5. 5.3.3.2 O item 5.3.3 não é aplicável quando a distribuidora comprovar que houve fraude na emissão do Laudo
de Oficina.
5.3.4 Todos os Laudos recebidos do consumidor devem constar no processo específico, não podendo a
distribuidora negar-se a recebê-los, mesmo que não os tenha solicitado.
5.4 A Verificação e o seu detalhamento estão dispostos na Resolução Normativa que trata das Condições Gerais de
Fornecimento.

Considera-se que não cabe ressarcimento nos casos abaixo listados:


a) O Laudo de Oficina indicar que: o equipamento está em perfeito estado de funcionamento; ou o mau
funcionamento não é decorrente de danos causados pelo fornecimento de energia elétrica; ou, no caso de
equipamentos eletrônicos, a fonte retificadora de alimentação não esteja danificada; ou
b) Durante a Verificação, somente se realizada no prazo estabelecido no item 2.6 da Seção 9.2, o equipamento não
for disponibilizado pelo consumidor, estiver em perfeito estado de funcionamento ou tiver sido consertado sem
autorização prévia da distribuidora.
5.5.1 Nestes casos, a distribuidora deve emitir parecer “indeferido” para a Análise e emitir Resposta ao consumidor
transcrevendo o motivo de indeferimento disposto na alínea “d”, “e” ou “f” do item 3.1 da Seção 9.3, conforme o
caso.

DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A VERIFICAÇÃO

2.1 A Verificação é um procedimento não obrigatório através do qual a distribuidora pode inspecionar as condições
do equipamento objeto da solicitação e as instalações internas da unidade consumidora.
2.2 A Verificação pode ser realizada para subsidiar a fase de Análise e, portanto, deve ser realizada antes da
Resposta.
2.3 Cabe exclusivamente à distribuidora decidir se haverá Verificação.
2.6 O prazo para a Verificação é de 10 (dez) dias após a data da Solicitação.
2.6.1 Se o equipamento objeto da solicitação de ressarcimento de dano elétrico for utilizado para o
acondicionamento de alimentos perecíveis ou de medicamentos, o prazo para Verificação é de 1 (um) dia útil.

CRITÉRIOS GERAIS DA RESPOSTA


- A Resposta encerra a fase da Análise, e o seu conteúdo não pode contrariar o parecer da Análise ou ser retificada.
-A Resposta deve ser disponibilizada ao consumidor através do meio escolhido pelo mesmo quando da abertura da
solicitação. O prazo para Resposta é de 15 (quinze) dias após a Verificação.

CRITÉRIOS GERAIS DO RESSARCIMENTO


O prazo para o Ressarcimento é de 20 (vinte) dias, contados a partir da Resposta ou do vencimento do prazo para
esta, o que ocorrer primeiro.

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