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• assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos às áreas mais remotas ou de difícil
acesso do País, submetendo as medidas específicas ao Congresso Nacional;
• rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País, considerando as fontes convencionais,
alternativas e as tecnologias disponíveis;
• estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do álcool, de outras biomassas, do carvão
e da energia termonuclear; e,
• estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de consumo interno de petróleo e
seu derivados, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de
Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis.
Eletrobras
Criada em 1962, a Eletrobras é uma empresa de capital aberto, controlada pelo Governo Federal, e que atua nas áreas
de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Inicialmente, a Eletrobras possuía a incumbência de coordenar
todas as empresas do setor elétrico, sendo responsável pelo planejamento e financiamento do sistema elétrico. A partir das
reestruturações institucionais ocorridas nas décadas de 1990 e 2000, a responsabilidade da empresa foi reduzida, transferindo
atribuições para outras entidades, como a própria ANEEL , o ONS , a CCEE e a EPE. Atualmente, na condição de holding,
a Eletrobras controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio de seis
subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte, CGTEE e Eletronuclear, também detendo metade do capital de Itaipu
Binacional. A Eletrobras também controla o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CE PEL ) e a Eletrobras Participações
S.A. (Eletropar). Na área de distribuição de energia, a Eletrobras atua por meio das empresas Amazonas Energia, Distribuição
Acre, Distribuição Roraima, Distribuição Rondônia, Distribuição Piauí e Distribuição Alagoas. A Eletrobras ainda dá suporte
a programas estratégicos do governo, como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROIN FA),
o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz para Todos) e o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica (PROCEL ). A empresa também gerencia fundos setoriais como a Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC ), a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE ).
Agentes de Geração
Os agentes de geração são empresas públicas ou privadas responsáveis pela geração propriamente dita de energia
elétrica, seja ela a partir de fontes hídricas, térmicas, nucleares ou de outros tipos. Os Agentes de Geração podem ser
classificados em:
• Concessionários de Serviço Público de Geração: Agente titular de Serviço Público Federal delegado pelo Poder
Concedente mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de Empresas para exploração
e prestação de serviços públicos de energia elétrica.
• Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE ): são Agentes individuais ou reunidos em consórcio que recebem
concessão, permissão o ou autorização do Poder Concedente para produzir energia elétrica destinada à comercialização
por sua conta e risco.
• Autoprodutores (AP): são Agentes com concessão, permissão ou autorização para produzir energia elétrica destinada a seu
uso exclusivo, podendo comercializar eventual excedente de energia, desde que autorizado pela ANEEL
.
Agentes de Transmissão
No Brasil, existem 77 concessionárias dos serviços de transmissão de energia elétrica, públicas e privadas, responsáveis pela
conexão dos geradores aos grandes consumidores ou às empresas distribuidoras. Estas empresas são reguladas pela ANEEL ,
que fixa a receita permitida a cada uma delas a partir de processos de revisão e reajuste tarifários.
As concessões são disputadas em leilões públicos coordenads pela Aneel. O ganhador do leilão é quem se dispõe a construir e
operar o empreendimento de transmissão (LT ou SE ) em troca da menor receita anual permitida (REP).
Agentes de Distribuição
Entre empresas públicas e privadas, existem 63 distribuidoras de energia elétrica no Brasil, sendo que cada uma atua em uma
área de concessão exclusiva (monopólio geográfico). As distribuidoras, as quais possuem concessão do Poder Concedente,
são reguladas pela ANEEL , que fixa as tarifas de fornecimento aos consumidores cativos, as tarifas de uso da rede aos
geradores e consumidores livres, bem como os indicadores de qualidade e continuidade do serviço, a partir de processos de
revisão e reajuste tarifários. Além das empresas concessionárias, existem também as permissionárias do serviço de
distribuição, geralmente caracterizadas por cooperativas de eletrificação rural de pequeno porte.
Agentes de Comercialização
Os agentes de comercialização são empresas que possuem autorização ou permissão para realização de operações de compra e
venda de energia elétrica na CCEE . Existem mais de 100 agentes de comercialização de energia elétrica no Brasil, muitos
deles atuando como intermediários entre usinas geradoras e consumidores livres.
Regime de concessões e prestação de serviços públicos
Estabelecer os procedimentos gerais para cálculo da Receita Requerida nas Tarifárias Periódicas das concessionárias
de serviço público de TODAS as distribuição de energia elétrica (RTP).
- todas as revisões tarifárias de concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica.
-O reposicionamento das tarifas na Revisão Tarifária compreende duas etapas. Na primeira ocorre o cálculo da Receita
Requerida – RR. Na segunda, após a definição da RR e do Mercado de Referência, é realizada a abertura tarifária.
Mercado de referência: é composto pelos montantes de energia elétrica, de demanda de potência e de uso do
sistema de distribuição, faturados no “Período de Referência” a outras concessionárias e permissionárias de
distribuição, consumidores, autoprodutores e centrais geradoras que façam uso do mesmo ponto de conexão
para importar ou injetar energia elétrica, bem como pelos montantes de demanda de potência contratada
pelos demais geradores para uso do sistema de distribuição.
Período de Referência: é definido como o período de 12 (doze) meses imediatamente anterior ao mês da
Revisão Tarifária Periódica.
- Os montantes faturados de qualquer mês do Período de Referência são aqueles registrados no Sistema de
Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação Econômica – SAMP
COMPOSIÇÃO DA RECEITA
A Receita Requerida é composta pela soma da Parcela A e da Parcela B
Onde:
RR: Receita Requerida;
VPA: Valor da Parcela A, parcela que incorpora os custos relacionados às atividades de transmissão e geração de
energia elétrica, inclusive a geração própria, além dos encargos setoriais;
VPB: Valor da Parcela B, parcela que incorpora os custos típicos da atividade de distribuição e de gestão comercial
dos clientes.
VALOR DA PARCELA A
𝑉𝑃𝐴 = 𝐶𝐸 + 𝐶𝑇 + 𝐸𝑆 (2)
onde:
VPA: Valor de Parcela A;
CE: Custo de aquisição de energia elétrica e geração própria;
CT: Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição;
ES: Encargos setoriais definidos em legislação específica.
VALOR DA PARCELA B
O Valor da Parcela B (VPB) será calculado no processo de revisão tarifária conforme equação abaixo:
onde:
CAOM: Custo de Administração, Operação e Manutenção;
CAA: Custo Anual dos Ativos;
𝑃𝑚: Fator de Ajuste de Mercado;
𝑀𝐼𝑄: Mecanismo de Incentivo á Melhoria da Qualidade;
𝑂𝐸: Outras Receitas
O pedido de RTE(REVISÃO TARIFARIA EXTRAORDINARIA) deverá conter no mínimo os seguintes requisitos:
FATOR X
O Fator X tem por objetivo primordial a garantia de que o equilíbrio estabelecido na revisão tarifária entre receitas e
despesas eficientes seja mantido nos reposicionamentos tarifários subsequentes. Isto ocorre por meio da
transferência ao consumidor dos ganhos potenciais de produtividade do segmento de distribuição de energia
elétrica.
SITE DA ANEEL:
Entendendo a tarifa
O transporte da energia (da geradora à unidade consumidora) é um monopólio natural, pois a competição nesse segmento não
geraria ganhos econômicos. Por essa razão, a ANEEL atua para que as tarifas sejam compostas por custos eficientes, que
efetivamente se relacionem com os serviços prestados. Este setor é dividido em dois segmentos, transmissão e distribuição.
Os encargos setoriais e os tributos não são criados pela ANEEL e, sim, instituídos por leis. Alguns incidem somente sobre o
custo da distribuição, enquanto outros estão embutidos nos custos de geração e de transmissão.
Desde 2004, o valor da energia adquirida das geradoras pelas distribuidoras passou a ser determinado também em
decorrência de leilões públicos. A competição entre os vendedores contribui para menores preços.
Para fins de cálculo tarifário, os custos da distribuidora são classificados em dois tipos:
Parcela A: Compra de Energia, transmissão e Encargos Setoriais; e
Parcela B: Distribuição de Energia(custos operacionais).
É um dos mecanismos de atualização do valor da energia paga pelo consumidor, aplicado anualmente, de acordo com fórmula
prevista no contrato de concessão
-Para aplicação da fórmula de reajuste são repassadas as variações dos custos de Parcela A.) Compra de Energia,
transmissão e Encargos Setoriais;) sem relação aos custos e gestão da distribuição.
-No reajuste, os custos com a atividade de distribuição, esses sob completa gestão da distribuidora e definidos como Parcela B,
são corrigidos pelo índice de inflação constante no contrato de concessão (IGP-M ou IPCA), deduzido o Fator X.
-O objetivo do Fator X é estimar ganhos de produtividade da atividade de distribuição e capturá-los em favor da modicidade
tarifária em cada reajuste.
Os Reajustes acontecem em datas determinandas pelo Contrato de Concessão.
BANDEIRAS TARIFÁRIAS: todos os consumidores cativos das distribuidoras serão faturados pelo Sistema de Bandeiras Tarifárias
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh)
consumidos;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora
kWh consumido.
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-
hora kWh consumido.
PRÉ-PAGAMENTO
-A modalidade de pré-pagamento e pós-pagamento eletrônico de energia elétrica foi aprovada pela Resolução Normativa nº
610/2014. De acordo com o texto aprovado, a adesão do consumidor ao modelo de pré-pagamento é voluntária e sem ônus.
Além disso, depende de uma decisão da distribuidora em oferecer a modalidade em sua área de concessão.
-O sistema funcionará da seguinte forma: o consumidor recebe um crédito inicial de 20 kWh, a ser quitado na compra
subsequente. Posteriormente, poderá comprar novos créditos quando quiser e quantas vezes desejar, sendo 5 kWh o montante
mínimo de compra. A venda dependerá da estratégia que a distribuidora adotar, o que pode ocorrer por meio de agentes
credenciados pela distribuidora ou, inclusive, pela internet.
-A tarifa do pré-pagamento será igual à do pós-pago, no entanto, a distribuidora poderá conceder descontos por sua conta e
risco para incentivar os consumidores a aderirem à nova modalidade.
As famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único que atendam aos requisitos tem desconto de 100% até o limite
de consumo de 50 kWh/mês (quilowatts-hora por mês).
Tarifa Branca
Ao escolher a Tarifa Branca o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da
semana. A partir de 01 de janeiro de 2019 a opção está disponível para as unidades consumidoras que são atendidas em baixa
tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts), denominadas de grupo B, tanto para novas ligações como para as existentes com consumo
acima de 250 kWh/mês.
Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia, dentro da área de concessão, em três horários:
Ponta (aquele com maior demanda de energia),
Intermediário (via de regra, uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta);
Fora de ponta (aquele com menor demanda de energia).
Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata. Nos feriados nacionais e
nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.
A Tarifa Branca cria condições que incentivam alguns consumidores a deslocarem o consumo dos períodos de
ponta para aqueles em que a rede de distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa.
Os períodos horários de ponta, intermediário e fora de ponta são homologados pela ANEEL nas revisões
tarifárias periódicas de cada distribuidora, que ocorrem em média a cada cinco anos. Clique para acessar os
postos tarifários das distribuidoras.
As modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e demanda de
potência ativas, considerando as seguintes modalidades:
Azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia;
Verde: modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma única
tarifa de demanda de potência;
Convencional Binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo A caracterizada por tarifas de consumo de
energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia. Esta modalidade será extinta
a partir da revisão tarifária da distribuidora;
Convencional Monômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de
energia elétrica, independentemente das horas de utilização do dia; e
Branca: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda
do subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia.
DESCONTO
Além da tarifa social, existem outros descontos praticados na tarifa de energia elétrica, são eles:
gerador e consumidor de fonte incentiva;
atividade de irrigação e aquicultura em horário especial;
agente de distribuição com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano;
serviço público de água, esgoto e saneamento;
classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural; e
subclasse de serviço público de irrigação.
POSTOS TARIFÁRIOS
Os postos tarifários são definidos para permitir a contratação e o faturamento da energia e da demanda de
potência diferenciada ao longo do dia, conforme as diversas modalidades tarifárias. A regulamentação consta
na Resolução Normativa ANEEL - REN nº 414/2010:
Horário (posto) de ponta refere-se ao período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas
pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a
área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, e feriados nacionais;
Horário (posto) fora de ponta refere-se ao período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta e intermediário (no caso da Tarifa Branca);
Horário (posto) intermediário refere-se ao período de horas conjugadas ao horário de ponta, aplicado
exclusivamente as unidades consumidoras optantes pela Tarifa Branca.
Existe também o horário especial (também conhecido como período reservado), aplicado às unidades consumidoras da
subclasse rural irrigante ou aquicultura. O horário especial é o período de 8 horas e 30 minutos do dia, que abrange toda a
madrugada, em que a carga destinada à irrigação ou aquicultura recebe um desconto na tarifa de acordo com a região em que
se localiza e o grupo tarifário a que pertence. Esta regulamentação está na REN nº 414/2010, arts. 53-J, 53-L.
MERCADO DE REFERÊNCIA
Montante de energia elétrica faturado pela concessionária ou permissionária de distribuição nos 12 meses anteriores ao mês de
reajuste tarifário em processamento, para atendimento a consumidores cativos, autoprodutores e outras concessionárias ou
permissionárias de distribuição.
RECEITAS IRRECUPERÁVEIS
A Receita Irrecuperável é a parcela esperada da receita total faturada pela empresa que tem baixa expectativa de arrecadação em
função da inadimplência por parte dos consumidores
PRODIST
O PRODIST disciplina o relacionamento entre os agentes setoriais no que se refere aos sistemas elétricos de
distribuição, que incluem todas as redes e linhas de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230
kV, seja em baixa tensão (BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT)
Afundamento Momentâneo de Tensão (AMT): Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz
para valores abaixo de 90% e acima ou igual a 10% da tensão nominal de operação, durante um intervalo
superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
Afundamento Temporário de Tensão (ATT): Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz para
valores abaixo de 90% e acima ou igual a 10% da tensão nominal de operação, durante um intervalo superior a
3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos
Alta tensão de distribuição (AT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior a
230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando especificamente definidas pela ANEEL
Baixa tensão de distribuição (BT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
Demanda contratada: Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela
distribuidora no ponto de conexão, conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
lassificação de unidades consumidoras, assim como redes de distribuição são classificadas por nível de tensão:
a) SDAT - 230 kV;
b) SDAT - 88 kV a 138 kV;
c) SDAT - 69 kV;
d) SDMT - Acima de 1 kV a 44 kV;
e) SDBT - Inferior ou igual a 1 kV
a) “flutuação de tensão”, também conhecido na terminologia internacional como flicker, pode ser definido
como variações de tensão do valor eficaz da tensão. O próprio módulo 8 define o fenômeno como “uma
variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da tensão”
b) Terminologia e quantificação
c) O módulo 8 do Prodist define, a exemplo da IEC 61000-4-15, os indicadores:
d) • Plt (severidade de tempo longo): 2 horas
e) • Pst (severidade de tempo curto): 10 minutos
f) São ainda definidos os mesmos indicadores, com tolerância de ocorrência de 5% do período, definidos
como:
g) • PstD95% – Valor diário do indicador Pst que foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no período
de 24 horas.
h) • PltS95% – Valor semanal do indicador Plt que foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no
período de sete dias completos e consecutivos.
A determinação da qualidade da tensão do sistema de distribuição quanto à flutuação de tensão tem por
objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da cintilação luminosa no consumidor, que tenha em sua
unidade consumidora pontos de iluminação alimentados em baixa tensão.
VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA
Os indicadores deverão ser calculados para períodos de apuração mensais, trimestrais e anuais, com exceção do
indicador DICRI, que deverá ser apurado por interrupção ocorrida em Dia Crítico
- Na apuração dos indicadores DEC e FEC devem ser consideradas todas as interrupções, admitidas apenas as
seguintes exceções:
i. falha nas instalações da unidade consumidora que não provoque interrupção em instalações de terceiros;
ii. interrupção decorrente de obras de interesse exclusivo do consumidor e que afete somente a unidade
consumidora do mesmo;
iii. Interrupção em Situação de Emergência;
iv. suspensão por inadimplemento do consumidor ou por deficiência técnica e/ou de segurança das instalações
da unidade consumidora que não provoque interrupção em instalações de terceiros, previstas em
regulamentação;
v. vinculadas a programas de racionamento instituídos pela União;
vi. ocorridas em Dia Crítico;
vii. oriundas de atuação de Esquema Regional de Alívio de Carga estabelecido pelo ONS
Aviso de interrupções
A distribuidora deverá avisar a todos os consumidores e centrais geradoras da respectiva área de concessão ou
permissão sobre as interrupções programadas, informando a data da interrupção e o horário de início e
término, observando os seguintes procedimentos:
a)Unidades consumidoras e centrais geradoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV, com
demanda contratada igual ou superior a 500 kW: os consumidores e centrais geradoras deverão receber o aviso por
meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data da
interrupção;
b) unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69kV que prestem serviço essencial: os consumidores
deverão receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias
úteis em relação à data da interrupção;
c) unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kV e inferior a 230 kV com demanda contratada
inferior a 500 kW e unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou inferior a 1 kV e que exerçam atividade
comercial ou industrial: os consumidores deverão receber o aviso por meio de documento escrito e personalizado,
com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis em relação à data da interrupção, desde que providenciem o
cadastro na distribuidora para receberem esse tipo de serviço;
d)outras unidades consumidoras e centrais geradoras: deverão ser avisados por meios eficazes de comunicação de
massa, informando a abrangência geográfica ou, a critério da distribuidora, por meio de documento escrito e
personalizado, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas em relação ao horário de início da
interrupção.
e) As unidades consumidoras não listadas no Módulo 1 – Introdução que prestam serviço essencial ou as que por
alterações de suas características vierem a prestar serviços essenciais poderão solicitar à distribuidora esta condição,
para recebimento dos avisos de interrupções.
f)Nas unidades consumidoras onde existam pessoas usuárias de equipamentos de autonomia limitada, vitais à
preservação da vida humana e dependentes de energia elétrica, os consumidores deverão ser avisados da
interrupção de forma preferencial e obrigatória, por meio de documento escrito e personalizado, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data da interrupção, desde que efetuem o cadastro da unidade
consumidora na distribuidora para receberem esse tipo de serviço.
g)A distribuidora poderá utilizar outros meios de comunicação para a divulgação das interrupções programadas,
desde que pactuados com o consumidor ou central geradora, devendo nesses casos manter registro ou cópia das
divulgações para fins de fiscalização da ANEEL.
h) A distribuidora deverá manter e disponibilizar, por no mínimo 5 (cinco) anos, os registros das interrupções
emergenciais e das programadas, discriminando-as em formulário próprio.
2)a tensão a ser contratada nos pontos de conexão pelos acessantes atendidos em tensão igual ou inferior a 1 kV
deve ser a tensão nominal do sistema.
O indicador de desempenho global de continuidade é um indicador com periodicidade anual, calculado de acordo
com as seguintes etapas:
a) cálculo dos indicadores anuais globais DEC e FEC da distribuidora, tanto dos valores apurados quanto dos limites;
b) cálculo do desempenho relativo anual para os indicadores DEC e FEC, que consiste na razão do valor apurado pelo
limite dos indicadores;
c) cálculo do desempenho relativo global, que consiste na média aritmética simples entre os desempenhos relativos
anuais dos indicadores DEC e FEC, com duas casas decimais; e
d) apuração do indicador de desempenho global de continuidade, obtido após a ordenação, de forma crescente, dos
desempenhos relativos globais das distribuidoras.
-O pedido de desligamento que implique em interrupções de consumidores deve ser solicitado ao CO com a
antecedência mínima de 10 dias úteis.
-O pedido de desligamento que não implicar em interrupção aos consumidores deve ser solicitado ao CO com a
antecedência mínima de 5 dias úteis.
-Se a intervenção programada exigir transferência de carga entre subestações da Rede de Operação, a mesma
deverá ser comunicada ao ONS com uma antecedência mínima de 15 dias.
-Nas inspeções solicitadas pelo consumidor, a distribuidora deverá informar, com antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, a data fixada para a realização da inspeção, de modo a possibilitar ao consumidor, o acompanhamento do
serviço.
4.1 Independentemente dos exames de tempestividade, de existência do dano ou nexo causal, a distribuidora deve
emitir parecer “indeferido” para a Análise nos casos em que:
a) Antes da Resposta, houver pendência de responsabilidade do consumidor por mais de 90 (noventa) dias
consecutivos e este tiver sido devidamente cientificado conforme regulamentação vigente; ou
b) A perturbação que tenha dado causa ao dano reclamado tiver ocorrido em função de Situação de Emergência ou
de Calamidade Pública decretada por autoridade competente, devendo a cópia do ato de decreto ser encaminhada
ao consumidor em anexo à Carta de Indeferimento;
4.1.1 Nestes casos, a distribuidora deve emitir parecer “indeferido” para a Análise e emitir Resposta ao consumidor
transcrevendo o motivo de indeferimento disposto na alínea “b” ou “c” do item 3.1 da Seção 9.3, conforme o caso.
5.1 Durante a Análise, a distribuidora pode verificar se o equipamento objeto da solicitação apresenta,
efetivamente, funcionamento inadequado.
5.2 A existência de dano elétrico no equipamento objeto da solicitação pode ser examinada na conclusão do Laudo
de Oficina ou da Verificação.
2.1 A Verificação é um procedimento não obrigatório através do qual a distribuidora pode inspecionar as condições
do equipamento objeto da solicitação e as instalações internas da unidade consumidora.
2.2 A Verificação pode ser realizada para subsidiar a fase de Análise e, portanto, deve ser realizada antes da
Resposta.
2.3 Cabe exclusivamente à distribuidora decidir se haverá Verificação.
2.6 O prazo para a Verificação é de 10 (dez) dias após a data da Solicitação.
2.6.1 Se o equipamento objeto da solicitação de ressarcimento de dano elétrico for utilizado para o
acondicionamento de alimentos perecíveis ou de medicamentos, o prazo para Verificação é de 1 (um) dia útil.