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No presente artigo, o autor cria uma ponte entre a construção da juventude, sua
relação com o ambiente escolar e suas dificuldades. Mostrando as dificuldades de
se falar sobre o tema JUVENTUDE, que sendo uma categoria construída
socialmente, apresenta grandes desafios em sua origem.
O autor aponta as várias dimensões que cercam a vida do jovem, como o jovem
não é levado a sério, não é considerado um interlocutor valido, principalmente em
suas relações escolares. Isso contribui para a formação de uma tensão entre os
jovens e o espaço escolar, onde eles são desestimulados a participar e a atuar em
relação a escola, na forma como veem- a como uma obrigação que não faz parte da
vida real. Realidade esta que se encontra em constantes transformações e
mudanças de significados, tanto sociais como culturais.
Lembrando que ao contrário de muitos países, a juventude brasileira não pode ser
classificada como trabalhadores, ou não, o trabalho é apenas uma mediação efetiva
e de caráter simbólico na experimentação dos jovens. Sendo assim, a escola e o
trabalho acabam se superpondo ou terminam sendo escolhidos com o momento ou
a condição social dessas pessoas.
Dayrell fala sobre a criação de uma memória individual e coletiva que se cria
dentro desses espaços. Estas construções refletem os processos de sociabilidade,
mostrando suas alterações nas formas de criação dos indivíduos. Afirma- se que os
valores e modos de vida que são aprendidos em diferentes instituições são
colocados em confronto, contribuindo para uma contrariedade da construção da
juventude. Como são diversos universos sociais de referência, muitos se
contrapõem e sobrepõem na trajetória.
A tensão falada aqui, envolve muito mais a construção do aluno em si, na sua
integração escolar, pois, se ele não se sente parte do ambiente escolar, logo, não
será motivado a participar de suas experiências.