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Ana Vanessa de Medeiros Neves
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AULA 03
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
O DSM-IV (APA, 1994) define a dependência como "um grupo de sintomas cognitivos,
do uso repetido da droga para sentir-se bem ou mesmo evitar sensações desagradáveis
Drogas psicotrópicas
Drogas psicoativas
As drogas psicotrópicas são divididas em três classes de acordo com suas características
e/ou efeitos no sistema nervoso central, considerando a teoria de Chalout (1971 apud
Galduróz, 2011):
Depressoras:
Perturbadoras:
Estudos mostram que ter um melhor amigo que experimentou cigarro ou álcool parece estar
associado à aprovação do uso de drogas pelo grupo de iguais, o que, normalmente, facilita a
decisão a favor do primeiro uso (Noto, Sánchez, Moura, 2011).
Parte desses adolescentes terá dificuldade em manter relacionamentos afetivos sem o uso
destas substâncias, dificultando ainda mais o estabelecimento de laços mais fortes de
relacionamento.
Quanto mais cedo ocorre o primeiro uso de qualquer substância, maior será o risco deste
processo se desenvolver (Scivoletto, 2011).
Fumar [ou usar] a droga de uma maneira que produza efeitos reais;
Reconhecer os efeitos e associá-los ao uso da droga (aprender, em outras palavras, a ter
um barato);
Gostar das sensações que percebe.
Fatores macrossociais
Fatores microssociais
Fatores individuais
sociais, mas relativas a âmbitos imediatos de interação, ou seja, ambientes mais específicos de
relação interpessoal onde ocorre a socialização (por exemplo, família, escola, grupo de
amigos).
habilidades, atitudes e valores; ainda que em última análise possam ser gerados em interação
com o mundo social (Beyers et al, 2004; Santos, 2008 apud Gouveia et al, 2011).
BIOLÓGICOS
Predisposição genética
Capacidade do cérebro de tolerar presença constante da substância
Capacidade do corpo em metabolizar a substância
Natureza farmacológica da substância, tais como potencial de toxicidade e
dependência – ambas influenciadas pela via de administração escolhida
PSICOLÓGICOS
Distúrbios do desenvolvimento
Morbidades psiquiátricas: ansiedade, depressão, déficit de atenção e
hiperatividade, transtornos de personalidade
Problemas / alterações de comportamento
Baixa resiliência e limitado repertório de habilidades sociais
Expectativa positiva quanto aos efeitos das substâncias de abuso
SOCIAIS
Características da personalidade
Exemplos: autonomia, autoestima e orientação social positiva
Laços afetivos dentro da família
Exemplos: coesão familiar e ausência de conflitos, possibilitando suporte
emocional
Disponibilidade de sistemas externos de apoio que encorajem e reforcem a
capacidade da pessoa para lidar com as circunstâncias da vida
IMPORTANTE
Estratégia:
Prevenção primária – refere-se ao trabalho que é feito com estudantes que ainda não
experimentaram ou que estão na idade em que possivelmente podem se iniciar no uso
de uma droga lícita ou ilícita;
PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO
Relacionamento familiar
Relacionamento entre colegas
O ambiente escolar
O ambiente comunitário
Relacionamento familiar
Ambiente escolar
Estimular e apoiar:
o desempenho acadêmico
o estreitamento dos laços entre a escola e o aluno
Ambiente comunitário
Propostas:
mudanças na regulamentação política, esforços de mídia de massa programas
comunitários amplos.
Uso de risco
- padrão de uso ocasional, repetido ou persistente, que implica em alto risco de dano futuro à
saúde física ou mental do usuário, mas que ainda não resultou em significativos efeitos
mórbidos orgânicos ou psicológicos. Por exemplo: fumar vinte cigarros por dia pode não se
fazer acompanhar de nenhum prejuízo presente, mas sabe- se que é danoso com o passar dos
Uso prejudicial
- padrão de uso que já causa dano à saúde, físico e/ou mental. Por exemplo: aquela pessoa
que apresenta gastrite alcoólica e continua fazendo uso de bebidas alcoólicas. Outros
exemplos: perda de emprego ou problemas conjugais decorrentes ao uso de drogas (inclusive
álcool);
Uso indevido
- utilização de uma substância com propósito incompatível com as normas legais ou
médicas, como acontece com o uso não médico de medicamentos que requerem receita
Para o diagnóstico de abuso ao menos um dos quatro critérios anteriormente mencionados deve
estar presente (Micheli e Renner, 2011).
Uso na vida
Uso no ano
Uso no mês ou recente
Uso frequente
Uso pesado ou diário
Uso na vida - quando a pessoa fez uso de qualquer droga psicotrópica pelo
menos uma vez na vida;
Uso no mês ou recente - quando a pessoa usou droga(s) pelo menos uma vez nos
últimos trinta dias que antecederam à consulta;
Uso frequente - uso de droga(s) psicotrópicas em seis ou mais vezes nos últimos
trinta dias que precederam à consulta;
Uso pesado ou diário - quando a pessoa utilizou droga (s) psicotrópicas em vinte
dias ou mais nos trinta dias que antecederam à consulta.
Não usuário
Usuário leve
Usuário moderado
Usuário pesado
Usuário leve - aquela pessoa que utilizou droga (s) psicotrópicas, mas não o
Para o diagnóstico da dependência, a pessoa deve apresentar, nos últimos doze meses, pelos menos
três dos seguintes sintomas (Micheli e Formigoni, 2011):
tolerância
sintomas de abstinência (uso da substância para evitar ou aliviar os sintomas)
usar a substância em quantidades ou por períodos maiores que o intencionado
tentativas frustradas de parar ou diminuir o consumo da substância
muito tempo gasto na obtenção da substância ou na recuperação dos seus efeitos
diminuição das atividades sociais e recreacionais em favor do consumo
persistência no uso apesar dos problemas ocasionados por ele
a consumir a droga em ambientes não propícios, a qualquer hora, sem nenhum motivo
especial;
manifestações danosas;
Evidência de que o retorno ao uso da droga, após um período de abstinência, leva a uma
AVALIAÇÃO INICIAL
Objetivos
Tremor leve
Odor de álcool
Odor de maconha ou alcool nas roupas
Aumento do fígado
Irritação nasal (sugestivo de inalação de cocaína)
Irritação das conjuntivas (sugestivo de uso de maconha)
Pressão Arterial lábil (sugestivo de síndrome de abstinência de álcool)
Taquicardia e/ou arritmia cardíaca
“Síndrome da higiene bucal” (mascarando o odor de álcool)