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Cássia Ferrazza Alves
Psicóloga. Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRGS.
Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRGS.
E-mail: <cassiaferrazza@gmail.com>.
Resumo
Estudos têm evidenciado a importância da percepção de apoio social em diferentes etapas do ciclo
vital. Este estudo, transversal e quantitativo, teve por objetivo conhecer a percepção de apoio social
(apoio da família, professores, amigos e apoio geral) em adolescentes, considerando as variáveis sexo,
idade e configuração familiar. Participaram 375 estudantes de escolas públicas da cidade de Porto
Alegre/RS com idades entre 13 e 19 anos, que responderam ao instrumento Social Support Appraisals.
As meninas apresentaram média significativamente mais alta na escala e uma maior percepção de
apoio dos amigos do que os meninos. Não foram encontradas diferenças na percepção de apoio social
considerando a idade e o tipo de configuração familiar. Discute-se a importância do apoio social em
contextos como família e escola no desenvolvimento dos adolescentes e a influência de questões de
gênero na percepção de apoio social.
Palavras-chave: Adolescência, Apoio social, Gênero
apoia. Em ambos os modelos, o apoio apresenta instrumentos usados para avaliar o conceito (en-
influência no bem-estar do indivíduo. trevistas, escalas, questionários). Além disso, exis-
Além disso, o apoio social pode ser mani- tem várias definições de suporte social, diferenças
festado de diferentes maneiras, por meio do apoio de idade na amostra estudada e diferentes fontes
emocional, instrumental e informacional (Lang- de apoio investigadas (amigos, professores, comu-
ford, Bowsher, Maloney, & Lillis, 1997). O apoio nidade, apoio geral) (Bokhorst et al., 2010).
emocional são todas atitudes afetivas que demons- Ao investigar a influência do suporte social
tram ao indivíduo que é amado e cuidado (Pierce, na vida dos adolescentes, os estudos nacionais e
Sarason, Sarason, Joseph, & Henderson, 1996). O internacionais indicam a presença de, pelo me-
apoio instrumental se refere a todo auxílio con- nos, três fontes de apoio importantes para o de-
creto na resolução de um determinado problema, senvolvimento: o apoio da família, da escola e dos
como, por exemplo, uma ajuda financeira (Pierce amigos. O apoio da família foi percebido como
et al., 1996). Já o apoio informacional são as in- maior fonte de suporte social por crianças e ado-
formações e orientações que o indivíduo recebe, lescentes brasileiros (Squassoni, 2012), que tam-
como conselhos, que irão ajudá-lo a resolver um bém apontaram outras fontes de apoio, como os
determinado problema (Langford et al., 1997). membros da comunidade, amigos e, por último,
No estudo do apoio social, também deve ser os professores. Quanto ao apoio da escola, no es-
considerada a diferença entre apoio percebido e tudo desenvolvido por Squassoni (2012), a per-
recebido. O apoio percebido é a percepção do jo- cepção de apoio dos professores diminuiu com
vem do quanto ele pode contar com o apoio das o aumento da idade e série das crianças e ado-
pessoas, relacionado com a percepção subjetiva lescentes, provavelmente, pela diversificação de
da disponibilidade e satisfação com as fontes de disciplinas e de professores, reduzindo o contato
apoio. O apoio recebido é a assistência efetiva- professor-aluno. O apoio dos adultos (pais e pro-
mente recebida pelo jovem. Tanto o apoio perce- fessores) esteve vinculado ao envolvimento com
bido quanto o recebido dependem de avaliações a escola no estudo de Wang e Eccles (2012). No
retrospectivas dos indivíduos (Barrera, 1986). Ou- ensino fundamental, as meninas apresentaram
tro conceito importante é a rede de apoio social maior participação na escola do que os meninos,
que tem influência sobre o desenvolvimento do sendo que os pais tendem a monitorar de maneira
indivíduo ao longo do ciclo vital. Rede de apoio é mais próxima o progresso das meninas, demons-
definida como o “conjunto de sistemas e pessoas trando a importância no cumprimento das ativi-
significativas que compõem os elos de relaciona- dades e regras escolares.
mento recebidos e percebidos do indivíduo” (Brito Ao mesmo tempo, a falta de apoio da famí-
& Koller, 1999, p. 115). A rede de apoio é composta lia ou relações familiares percebidas como con-
por relações próximas e significativas e também é flituosas podem apresentar influência negativa
dinâmica, pois, ao longo do desenvolvimento do na vida do jovem. No estudo de Castro, Cunha e
indivíduo, alguns contatos da rede podem se mo- Souza (2011), os jovens que apresentaram maior
dificar. Ao mesmo tempo, pode apresentar certa comportamento violento (porte de arma, envol-
constância, pois há contatos que se mantêm ao vimento em brigas e agressões físicas e tentativas
longo de todo o ciclo vital, como entre os pais e fi- de suicídio) apontaram maior insatisfação com o
lhos, que, de acordo com cada fase, assumem fun- relacionamento entre pais e filhos. Os jovens en-
ções diferentes na rede de apoio (Brito & Koller, tre 12 e 19 anos apresentaram maior percentual
1999). Em geral, os estudos sobre rede de apoio de comportamento violento, comparado a pré-a-
investigam aspectos mais quantitativos como, por dolescentes e jovens entre 20 e 21 anos. No estu-
exemplo, o número de pessoas que compõem a do de Springer, Parcel, Baumler e Ross (2006), o
rede do indivíduo. Já os estudos sobre percepção baixo suporte parental percebido pelas meninas
de apoio social buscam conhecer a percepção sub- foi relacionado a comportamentos de risco como
jetiva da pessoa. comportamento sexual de risco, uso de álcool e
Em virtude dos diferentes entendimentos do drogas, sugerindo baixo monitoramento dos pais.
conceito, as comparações entre pesquisas envol- Além do apoio da família e escola, outra fon-
vendo o estudo do apoio social são dificultadas te importante são os amigos. Ao comparar idade
por alguns aspectos metodológicos (Bokhorst, e a percepção de apoio social, Squassoni (2012)
Sumter, & Westenberg, 2010). Há diversidade nos encontrou que os alunos do ensino médio apre-
sentaram maior apoio dos amigos, demonstrando citadas pelos jovens, seguido pelo apoio dos ami-
que, com o aumento da idade, as relações externas gos. Ao investigar autonomia e tempo livre nes-
à família ganham importância na vida do indiví- ses adolescentes, foram encontradas correlações
duo. Este tipo de apoio pode ser evidenciado como negativas com a idade. Esse resultado pode indi-
fator de risco ou proteção ao adolescente. Alguns car que a proteção da família ao adolescente com
estudos apontam o apoio dos amigos como fator DM1 pode estar relacionada aos cuidados neces-
de risco ao envolvimento em comportamentos se- sários da saúde. Diante disso, o apoio dos profis-
xuais de risco, uso de substâncias e envolvimento sionais da saúde pode ajudar a mediar a relação
em atos infracionais (Averna & Hesselbrock, 2001; entre família e adolescente, auxiliando-os a viven-
Choo & Sim, 2010; Dumas, Ellis, & Wolfe, 2012; ciar essa fase do desenvolvimento (Araújo, Neusa,
Michael & Bem-Zur, 2007; Park, Kim, & Kim, Gomes, & Nóbrega, 2011).
2009). No estudo de Averna e Hesselbrock (2001), Os estudos também demonstram diferenças
foi observada associação entre boas relações com por sexo na percepção de apoio social, sendo que
pares e uso de álcool. Jovens que podem correr em geral, as meninas percebem maior apoio dos
mais risco foram aqueles que apresentaram bai- amigos, mães e professores do que os meninos,
xo apoio dos pais e professores combinado com que percebem maior suporte dos pais do que as
alto apoio dos pares, considerando que o apoio meninas, indicando os efeitos da interação com
da família e de adultos, em geral, pode mediar os gênero (Bokhorst et al., 2010; Brookmeyer et al.,
efeitos possivelmente negativos do apoio dos ami- 2011; Colarossi & Eccles, 2003; Weber, Puskar,
gos (Wang & Eccles, 2012). No entanto, é consen- & Ren, 2010). Comparando os pais, as mães e os
so entre os pesquisadores que o relacionamento professores, tanto as meninas quanto os meninos
interpessoal com pares na adolescência é funda- indicaram menos apoio dos pais do que das de-
mental para o desenvolvimento do jovem. mais fontes (Colarossi & Eccles, 2003).
Além de investigar o apoio social em ado- A partir dos aspectos teóricos revisados, este
lescentes que moram com suas famílias, estudos estudo tem como objetivo verificar a percepção de
brasileiros também investigam apoio social em apoio social de adolescentes estudantes de escolas
outros contextos como em adolescentes institu- públicas de Porto Alegre/RS, observando as va-
cionalizados e que sofrem alguma doença crônica. riáveis sexo, idade e configuração familiar. Esse
O abrigo, para crianças e adolescentes institucio- estudo justifica-se na medida em que procura
nalizados, foi o local que mais apresentou mem- conhecer a percepção de apoio social dos adoles-
bros na rede do jovem, seguido pela família, no centes de forma quantitativa, investigando a per-
estudo de Siqueira, Tubino, Schwarz e Dell’Aglio cepção de apoio da família, professores, amigos e
(2009). O fato de o abrigo ter sido o local que mais percepção de apoio da comunidade em geral. O
apresentou membros na rede de apoio é algo es- apoio da família, professores e amigos tem sido
perado, já que o jovem acolhido tem contato com descrito na literatura como fontes importantes no
um número grande de pessoas como os próprios desenvolvimento do jovem (Springer et al., 2006;
jovens acolhidos, cuidadores e educadores. Quan- Squassoni, 2014; Wang & Eccles, 2012). A idade
to à qualidade e satisfação com as fontes de apoio, parece influenciar na diversificação do apoio so-
o abrigo e a família foram evidenciados como cial, pois no período da infância para a adoles-
os locais mais importantes para as crianças e os cência, os amigos ganham maior importância no
adolescentes, sendo que o abrigo apresentou mais cotidiano do jovem (Squassoni, 2012). As diferen-
conflitos, contatos satisfatórios e insatisfatórios e ças por sexo também parecem estar relacionadas
foi considerada a principal fonte de apoio, sendo à percepção e disponibilidade de apoio social, na
assim o principal contexto de desenvolvimento medida em que as meninas tendem a perceber
das crianças e adolescentes (Siqueira et al., 2009). maior apoio do que os meninos (Bokhorst et al.,
No caso dos adolescentes que apresentam 2010; Brookmeyer et al., 2011; Colarossi & Eccles,
alguma doença crônica, o apoio dos familiares, 2003; Weber et al., 2010). Como o apoio da famí-
amigos e profissionais da saúde ajuda o jovem lia tem sido evidenciado como a fonte de apoio
a vivenciar as dificuldades de ser doente crôni- social mais importante, buscou-se verificar se a
co. Em adolescentes com Diabete Melito tipo 1 percepção de apoio apresentaria variação confor-
(DM1), no estudo de Cassarino-Perez e Dell’Aglio me o tipo de configuração familiar.
(2014), os pais foram as principais fontes de apoio
ligação afetiva com os professores enquanto que relativos às subescalas, que avaliam apoio da fa-
a média mais alta (M=5,57; DP=0,91) esteve rela- mília, dos professores, amigos e apoio geral, são
cionado à preocupação da família. Os resultados apresentados na Tabela 1.
Foram realizadas análises dos escores da per- escala (t=-2,04; gl=373; p<0,046) e mais apoio so-
cepção de apoio social considerando o sexo, a idade cial dos amigos (t=-1,725; gl=373; p<0,049) que os
e a configuração familiar. Na Tabela 2 são apresen- meninos. Também foram realizadas análises por
tadas as médias por sexo. Foi observada diferença sexo, considerando os subtipos de apoio (família,
estatisticamente significativa entre os sexos, sendo amigos, professores e apoio geral), embora não te-
que as meninas percebem mais apoio no total da nham sido encontradas diferenças significativas.
Para observar o efeito da idade na percepção em família nuclear (adolescentes que moravam
de apoio social, foi realizada uma análise de cor- com os dois pais), reconstituída (adolescentes que
relação, que não apresentou resultado significati- moravam com um dos pais e o (a) companheiro
vo. Quanto aos diferentes tipos de configuração (a) e monoparental (adolescentes que moravam
familiar, uma ANOVA não indicou diferença sig- com um dos pais). Os outros 17 adolescentes não
nificativa. As médias encontradas na escala e nas participaram da análise por configuração fami-
subescalas são apresentadas na Tabela 3. Para esta liar, pois moravam com famílias adotivas, avós,
análise, participaram 358 adolescentes que viviam tios ou primos.
também perceberam maior apoio dos professores diferença no nível de bem-estar dos adolescentes
do que os meninos, que perceberam maior apoio entre as duas configurações familiares. Sbicigo e
da comunidade. Ao investigar a presença de ami- Dell’Aglio (2013) não encontraram diferenças nos
gos em diferentes meios como escola, bairro e rua, escores de autoestima e de percepção do clima
as meninas relataram ter mais amigos na escola familiar entre adolescentes de famílias monopa-
do que os meninos, que tiveram mais amigos na rentais, reconstituídas e nucleares. No entanto, no
rua e no bairro. Esses dados podem estar associa- estudo de Schültz (2014) com crianças entre nove
dos às diferenças de gênero, pois ter mais ativi- e 13 anos, foram encontradas diferenças estatisti-
dades voltadas para ambientes externos à casa e camente significativas na percepção de bem-estar
à escola é, com frequência, relacionado cultural- com relação à configuração familiar. As crianças
mente à masculinidade. Por outro lado, é esperado provenientes de famílias intactas perceberam
culturalmente que as meninas demonstrem mais maior bem-estar, enquanto que crianças de famí-
afeto do que os meninos. Esses, ao contrário, são lias reconstituídas apresentaram as médias mais
criados esperando que suas manifestações emo- baixas. Desse modo, pode-se verificar que não
cionais sejam minimizadas. Logo, as relações in- há consenso na literatura quanto à influência das
terpessoais permeadas pelas diferenças de gênero configurações familiares no desenvolvimento dos
estão presentes em todos os contextos de interação jovens, sendo necessários ainda novos estudos,
do jovem. No contexto escolar, Carvalho (2001) especialmente longitudinais, que possibilitem a
pontua algumas representações sociais, percebidas compreensão dessa questão.
pelos educadores, relacionadas ao desempenho e
comportamento de meninas e meninos. O bom
desempenho escolar está, frequentemente, asso- Considerações finais
ciado a características mais femininas. Quanto ao
comportamento, os meninos são frequentemente Este estudo apresentou algumas considera-
vistos com comportamento indisciplinado, as- ções sobre a percepção de apoio social em ado-
sociado à agressividade e mais pautado na força lescentes estudantes de escola públicas de Porto
física. Por isso, ao educar meninos e meninas no Alegre e sugere algumas reflexões no que tange
contexto escolar, Carvalho (2001) destaca que os ao apoio social. As meninas apresentaram maior
meninos não devem ser associados a comporta- percepção de apoio social dos amigos e no total
mento agressivo e desempenho escolar inferior, da escala em comparação aos meninos, sugerindo
pois a escola pode estar contribuindo para que diferenças de gênero. Isto não quer dizer que os
eles assumam as formas de masculinidade (agres- meninos não percebem apoio social, mas que va-
sividade, baixo desempenho, comportamentos lorizam ou percebem de maneira diferente a dis-
pautados na força) como única forma de realiza- ponibilidade de apoio. Esse resultado pode estar
ção neste ambiente. refletindo expectativas sociais de que os meninos
Outro resultado importante é a percepção solicitem menos ajuda e conselhos e que esperem
de apoio semelhante em todos os tipos de con- menos atitudes de apoio das outras pessoas, en-
figuração familiar. Ao trabalhar com adolescen- quanto, por outro lado, é esperado que as meninas
tes de diferentes configurações familiares, é im- mantenham relações afetivas mais próximas.
portante repensar os valores sociais e culturais, Quanto às diferenças entre as fontes de apoio,
buscando a qualidade nas relações familiares e a o item com média mais baixa se refere ao apoio
promoção de saúde de seus membros a partir das dos professores, e o item com a média mais alta
novas configurações familiares (Oliveira, Siquei- refere-se à preocupação da família. Este resulta-
ra, Dell’Aglio, & Lopes, 2008). Frequentemente, do sugere que a família pode estar representando,
o senso comum associa famílias reconstituídas a para o jovem, um ambiente de proteção, à medida
prejuízos no bem-estar de crianças e adolescentes. que denota preocupação com o mesmo. Já a per-
Porém, a literatura ressalta o quanto a qualidade cepção de menor apoio dos professores, pode in-
das relações entre pais e filhos é mais importante dicar algum distanciamento na relação professor/
do que a configuração familiar. O estudo de Wag- aluno, embora a escola deva se constituir numa
ner et al. (1999) investigou bem-estar em ado- importante fonte de apoio, onde o jovem deveria
lescentes brasileiros provenientes de famílias in- sentir-se seguro para contar com ajuda de seus
tactas e reconstituídas, e também não encontrou membros.
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Abstract
Studies have evidenced the importance of social support perception in different stages of the vital
cycle. This cross-sectional and quantitative study aimed to know the social support perception (sup-
port from the family, teachers, friends and general support) in adolescents, considering the variables
sex, age and family configuration. Three hundred and seventy-five students of public schools in Porto
Alegre/ RS, aged 13-19 years old participated in the study and answered the Social Support Appraisals
Scale. Girls presented significantly higher average in scale and a higher perceived support from friends
than boys. No significant differences regarding the social support perception were found considering
age and type of family configuration. The importance of social support in contexts such as family and
school in the development of adolescents and the influence of gender on perceived social support are
discussed.
Keywords: Adolescence, Social Support, Gender