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ÁLGEBRA LINEAR
C
CAAPPÍÍTTUULLOO IIII
VETORES EM RN
N
esta unidade, vamos abordar a álgebra dos vetores no enfoque algébrico e
geométrico. Como afirma Winterle1 (2000), a grande vantagem da abordagem
geométrica é possibilitar a visualização dos conceitos, o que favorece seu entendimento.
Essencialmente, toda a geometria pode ser desenvolvida em linguagem algébrica. Como
afirmam Kaplan2 e Lewis (1975, p.57) “em vez de combinar pontos e retas na maneira
geométrica usual, nós realizamos operações algébricas em certos objetos denominados
vetores”. As leis algébricas que os orientam são similares às aplicadas aos números. Por
exemplo, se u e v são vetores então u+v = v+u. De forma similar, os teoremas da
geometria, tornam-se teoremas da álgebra dos vetores com ênfase nas equações, identidades
e desigualdades ao invés de ênfase nos conceitos geométricos como congruência, semelhança
e interseção de linhas.
Os temas abordados neste capítulo são:
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 82
ara compreender o conceito de vetores vamos rever alguns conceitos básicos de reta
P
orientada e segmentos:
Uma reta r é orientada quando fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo e
indicado por uma seta.
r
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 83
Dois segmentos orientados não nulos AB e CD têm a mesma direção se, as retas
suportes desses segmentos, são paralelas ou coincidentes.
Retas paralelas: segmentos com mesma Retas paralelas: segmentos com mesma
direção e sentido direção e sentido contrário
Retas coincidentes: segmentos com mesma Retas coincidentes: segmentos com mesma
direção e sentido direção e sentido contrário
Observações:
Observações:
• Dois segmentos nulos são sempre eqüipolentes.
• A eqüipolência dos segmentos AB e CD é representada por AB ~ CD.
Propriedades da Eqüipolência
(1) AB ~ AB (reflexiva).
(2) Se AB ~ CD, CD ~ AB (simétrica).
(3) Se AB ~ CD e CD ~ EF, AB ~ EF (transitiva).
(4) Dado o segmento orientado AB e um ponto C, existe um único ponto D tal que
AB~CD.
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2 Vetores: Definições
E
xistem dois tipos de grandezas: as escalares e as vetoriais.
As grandezas escalares são determinadas por um valor (número) e uma unidade.
Exemplo: comprimento, área, volume, etc. Quando afirmamos que a altura de um
quadro é de 1,5 m ou que o volume da caixa é de 20 dm3 estamos determinando a grandeza
escalar. Em várias aplicações físicas, por exemplo, existem determinadas grandezas, como
temperatura e pressão, que possuem somente “magnitude” e podem ser representadas por
números reais (grandezas escalares).
Entretanto, existem outras grandezas, como força, velocidade, aceleração, deslocamento
e impulso que, para serem completamente identificadas, precisam, além da “magnitude”
(módulo), da “direção” e do “sentido”. Estes são exemplos grandezas vetoriais ou vetores.
Fig.1
3
Equivalentes.
4
Um segmento está orientado quando nele se escolhe um sentido de percurso, considerado positivo.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 85
Fig.2
Note que:
• Os vetores u e v têm a mesma direção e o mesmo sentido.
• Os vetores w e x têm a mesma direção e o mesmo sentido.
• Os vetores s e t têm a mesma direção e sentidos contrários.
• Os vetores m e n têm diferente direção.
Observe que, vetores paralelos têm a mesma direção e que cada direção pode ser associada a
dois sentidos: sentidos iguais ou sentidos contrários.
Definição 3: Um vetor é um conjunto de números que pode ser escrito como v = (v1,
v2,..., vn). O vetor v é um vetor de dimensão n, ou seja, têm n elementos (escalares).
...
v n
O termo escalar é usado com o significado de um número real. Os escalares v1, v2,
v3,..., vn são chamados de coordenadas ou componentes do vetor v.
Vetores são geralmente representados por letras minúsculas em negrito (v), e seus
elementos são geralmente representados em letras minúsculas com um subscrito (vi). A
letra usada para os elementos é normalmente a mesma letra utilizada para o vetor. O
subscrito representa o índice do elemento do vetor. Por exemplo, v2 é o segundo
elemento do vetor. A notação vi indica o i-ésimo elemento do vetor.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 86
Exemplo 1: Uma fábrica produz 4 tipos diferentes de artigos. Numa semana são vendidas 300
unidades do artigo A, 400 unidades do artigo B, 200 unidades do artigo C e 250 unidades do
artigo D. Os preços de venda por unidade de artigo são, respectivamente, R$ 25,00, R$ 32,00,
R$ 12,00 e R$ 41,00.
A quantidade total dos artigos, na ordem A, B, C e D, vendidos numa semana, pode ser
representada pelo vetor q = (300, 400, 200, 250) e, o vetor p = (25, 32, 12, 41) indica o
preço (em reais, R$) de venda por unidade de artigos, na ordem dada.
Exemplo 2: O vetor u = (2,3,4) tem dimensão 3, então dizemos que v ∈ R3; O vetor v =
(2,3,4,-3,5) tem dimensão 5, então dizemos que v ∈ R5; Os vetores w = ( 1, 3, 3 , -4) e z =
( -3, 5, -1, 0) têm quatro componentes e portanto são vetores do R4.
5
Vetor nulo: Os segmentos nulos, por serem eqüipolentes entre si, determinam um único vetor, chamado vetor
nulo ou vetor zero, e que é indicado por 0 ou v=0 = (0,0,0,...,0). É o vetor cuja origem coincide com a
extremidade, não tem direção e sentido definidos. Segundo Winterle (2000) o vetor nulo é considerado paralelo a
qualquer vetor. Em IR2 e IR3, o vetor nulo indica a origem do sistema plano e espacial, respectivamente.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 87
→ →
Proposição 4: Dois vetores u e v com a mesma direção são chamados de
→ →
vetores colineares ou paralelos. Assim, u e v são colineares se tiverem representantes
AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou em retas paralelas.
→ →
Proposição 5: Dois vetores u e v ou mais, são vetores coplanares se
pertencerem a um mesmo plano π.
→ →
Importante: dois vetores v e u quaisquer são
π
→ →
sempre coplanares, pois podemos sempre tomar
v u um ponto no espaço e, com origem nele, imaginar os
→ →
→ dois representantes de v e u pertencendo a um
w plano π que passa por esse ponto.
→ → →
Três vetores poderão ser coplanares ou não (Fig c).
Fig.(a): v , u e w são coplanares
π →
→
v α
→
v w
→
u π
→
→
u
w
→ → → → → →
Fig.(b): v , u e w são coplanares Fig.(c): v , u e w não são coplanares
Exemplo6
Observe o paralelepípedo retângulo: H G
Podemos afirmar que:
(a) DH = BF E F
(b) AB, FG e EG são coplanares C
(c) AE e BF são colineares D
(d) AB é ortogonal ao plano BCG
(e) DC é paralelo ao plano HEF A B
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A
Aggoorraa,, tteen
nttee vvooccêê!! Resolva as atividades
Lista 1 de Atividades7
paralelos
Respostas:
1) São verdadeiros: a, b, d, e, f, h, j, k, l, n, o e p. São falsos, c, g, i, m; 2) As afirmações são verdadeiras, exceto (a),
(c), (g) e (h); 3a) x=5 e y=1; b) x = 7/2; c) Não ∃ solução pois os vetores pertencem a dimensões diferentes; d) x=2
e y=4; 4a) x = y= 0,5; b) x = 4; c) x = 4 = y; d) não existe x
O
estudo dos vetores em geral é relacionado a sua representação geométrica que se
caracteriza num segmento de reta orientado como vimos até aqui. Mas, há outra forma
de representá-los. Assim, vamos estudar os segmentos orientados relacionados com os
sistemas de eixos cartesianos do plano (R2) e do espaço (R3).
7
(WINTERLE, 2000, p.6)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 89
OBS: Na Geometria Analítica analisa-se o vetor e sua representação a partir de uma base
{i, j} = {(1,0), (0,1)} onde é estabelecida a correspondência biunívoca entre vetores no plano
e os pares ordenados (x, y) de números reais.
Nestas condições, a cada vetor v do plano pode-se associar um par (x, y) de números reais
que são suas componentes na base dada, razão porque se define:
v = −i + j → v = (−1,1) i = (1,0)
v = 3 j → v = (0,3) Particularmente j = (0,1)
v = −10i → v = (−10,0) 0 = (0,0)
Desta forma, o plano pode ser compreendido como um conjunto de pontos ou um conjunto de
vetores.
I
númeras vezes um vetor é representado por um segmento orientado que não parte da
origem do sistema. Nestes casos, temos os vetores livres.
Por exemplo, consideramos o vetor AB de origem no ponto A(x1, y1) e extremidade em
B(x2,y2). O vetor AB é um vetor livre.
A partir de um vetor livre v = AB podemos encontrar o seu vetor equivalente, definido por um
ponto, que parte da origem do sistema (0,0). Para isso, fazemos:
AB = B − A
AB = ( x2 , y2 ) − ( x1 , y1 )
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 90
Representação Geométrica
Assim, obtemos um vetor v a partir do vetor livre AB, subtraindo as coordenadas do ponto B
das coordenadas do ponto A, ou seja, v = B-A. O vetor v encontrado representa o mesmo
vetor AB. É importante lembrar que um vetor tem infinitas representações que são os
segmentos orientadores com mesmo comprimento, direção e sentido. Entretanto, dentre estas
infinitas representações, o que melhor caracteriza o vetor é aquele que
tem sua origem no ponto O (0,0) e extremidade em P(x,y).
N → →
{ i , j } = {(1,0), (0,1)} quando os vetores são vetores do plano e a partir de uma base
→ → →
canônica representada por { i , j , k } = {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)}quando os vetores são
vetores do espaço, onde é estabelecida a correspondência biunívoca entre vetores no espaço
com o vetor (x, y,z) de números reais.
8
Você sabia que: No plano R2 qualquer conjunto {v1, v2} de dois vetores, não colineares, é uma base. E, todo vetor v
deste plano é combinação linear dos vetores da base, isto é, sempre existem os números a1 e a2 reais tais que v = a1
v1 + a2 v2. No espaço R3 qualquer conjunto {v1, v2, v3} de vetores não coplanares é uma base. Assim, sempre existem
números reais a1, a2 e a3 tais que: v = a1 v1 + a2 v2 + a3 v3 onde a1, a2 e a3 são componentes de v em relação à base
considerada. Todo espaço tem infinitas bases e uma base canônica. Por exemplo, em R3 a base canônica é {(1,0,0),
(0,1,0), (0,0,1)}.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 91
Cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Portanto, temos três planos
coordenados: o plano xy, xz ou yz. As figuras abaixo dão uma idéia dos planos.
z
y
z XZ
XY YZ
y
y
z x
x x y
y
Estes três planos sezinterceptam segundo os três eixos dividindo o espaço em oito regiões.
z
0
x
A cada ponto do espaço vai correspondendo uma terna (a,b,c) de números reais, chamadas
coordenadas de P. Exemplo 1: Observe a projeção do ponto P(2,4,3) no espaço.
z
Com base nesta figura, temos:
A (2,0,0) → x = 2, y = 0, z = 0
B (2,4,0) → x = 2, y = 4, z = 0
E D C (0,4,0) → x = 0, y = 4, z = 0
F D (0,4,3) → x = 0, y = 4, z = 3
V P
0 C E (0,0,3) → x = 0, y = 0, z = 3
0 F (2,0,3) → x = 2, y = 0, z = 3
y P (2,4,3) → x = 2, y = 4, z = 3
A B
Escrevemos v=xi+yj+zk, onde x, y, z são os componentes de v na base canônica
x
{i, j, k} e v = (x, y, z) é a expressão analítica de v.
Assim, se v = 2i+4j+3k indicamos v = (2, 4, 3)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 92
Portanto:
O conjunto R3 = R x R x R = {(x, y, z) ∀ x, y, z ∈ R} é interpretado geometricamente como
sendo o espaço tridimensional 0xyz, onde P(x,y,z) é o ponto associado ao único vetor v =
OP = (x,y,z) e as coordenadas x, y e z, de P são as componentes de v. A Fig.(a) representa
o ponto P = (x,y,z) ∈ R3 e a Fig. (b) representa o vetor v = (x,y,z) ∈ R3.
v = (1,2,3 ) = OP
v
0
(0,2,0)
(1,0,0)
y
x
→
z A
→
z
u= A (-1,4,3)
→
-x v= B (5,-2,3)
0
-y 0
y
B
x
xy 0 -x
-y
C
xz →
C (-3,-5,4)
yz
c -z
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 93
A
Aggoorraa,, tteen
nttee vvooccêê!! Resolva as atividades
Lista 2 de Atividades9
(a) A = _______________
(b) B = _______________
(c) C = _______________
(d) D = _______________
(e) E = _______________
(f) F = _______________
(g) O = _______________
(h) P = _______________
3) Inúmeras vezes um vetor é representado por um segmento orientando AB que não parte da
origem do sistema cartesiano. Considere os segmentos orientados AB e CD com A = (-1,2) e B
= (2,-3), C = (1, 3, 5) e D = (-1, 2, -4). Assim:
(a) Encontre o vetor u, definido por um ponto, eqüipolente ao segmento orientado AB;
(b) Encontre o vetor v, definido por um ponto, eqüipolente ao segmento orientado CD;
(c) Represente geometricamente o segmento AB e o vetor u. Analise o resultado e
comente o que você observou.
Respostas parciais: (1a) A=(4,0,0); © C = (0,0,3); (e) E (4,-2,0); (g) O=(0,0,0); 3) a) u=(3,-5); b) v=(-2,-1,-9); c)
AB é equivalente ao vetor u. São eqüipolentes porque tem a mesma direção, sentido e magnitude (módulo). AB é
vetor livre e u tem origem no sistema (xOy).
A
lgebricamente a adição de dois vetores se define pela adição de seus componentes
(coordenadas), um a um. Por sua vez, a diferença de dois vetores se define pela
adição do primeiro vetor pelo oposto do segundo vetor.
Observe que: Dois vetores podem ser adicionados se e somente se eles tiverem a mesma
dimensão. Para somar dois vetores, basta somar individualmente cada elemento deles. O vetor
resultante será da mesma dimensão dos vetores originais. Simbolicamente, temos que, se v =
u+ w, então vi = ui + wi, para todo i.
9
(WINTERLE, 2000, p.6)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 94
A multiplicação de um escalar por um vetor se define pelo produto do escalar (número) por
cada componente do vetor. Ou seja, um vetor pode ser multiplicado por um escalar,
multiplicando-se cada elementos do vetor por este escalar. Assim, para o vetor u de Rn com u
= (x1,x2, ..., xn) e k ∈ R (k escalar) temos:
Exemplo 2: Se u = (1, 7, 8,-1) e v = (2, 5, 0, 0), vetores de R4 então para k = -2, temos:
(a) ku = -2(1, 7, 8, -1) = (-2, -14, -16, 2)
(b) kv = -2(2, 5, 0, 0) = (-4, -10, 0, 0)
(c) ku + kv = k(u+v) = -2(u+v) = -2(3,12,8,-1) = (-6, -24, -16, 2)
Obs A igualdade de vetores é definida igualmente para R2, R2, ..., como já vimos: Assim,
por exemplo, os vetores u = (8,b,-2) e v= (8,5,a) são iguais se a=-2 e b= 5.
Se u = ( x – y, x + y, z – 1) e v = ( 4, 2, 3 ), podemos afirmar que:
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 95
x − y = 4 x − y = 4 x = 3
u = v ⇔ x + y = 2 ≅ 0 x − 2 y = 2 ≅ y = −1 ⇔ Portanto, u = v se x = 3, y = -1 e z =4.
z − 1 = 3 z = 3 + 1 z = 4
D
ecomposição de vetores no plano: Dados dois vetores v1 e v2 não
colineares, qualquer vetor v (coplanar com v1 e v2) pode ser decomposto
segundo as direções de v1 e v2. O problema consiste em determinar dois
vetores cujas direções sejam as de v1 e v2 e cuja soma seja v. Em outras palavras,
buscam-se determinar dois números reais a1 e a2 tais que:
v = a1v1 + a 2 v 2
→ →
1º caso A ADIÇÃO DOS DOIS VETORES v e u representados pelos segmentos
→
orientados AB e BC se definem pelo vetor resultante s representado pelo segmento
AC .
Regra do polígono ou triangulação: Ligam-se os vetores, origem com extremidade
por deslocamento. O vetor soma (ou vetor resultante) é aquele que tem origem, na
origem do 1º vetor e extremidade, na extremidade do último vetor.
→ →
Assim, os pontos A e C determinam um vetor que é a soma dos vetores u e v onde:
B Exemplo 1:
→ → → → →
v u s = u + v ou
→ → →
s u + v = AC ou
AB + BC = AC
A C
Exemplo 2:
→ → →
s= u + v
Exemplo 3:
→ → →
s = u + v ou
→ →
u + v = AC ou
AB + BC = AC
→ → →
Na SUBTRAÇÃO DE VETORES, adicionamos um deles ao oposto do outro: s = u - v.
Vetores u e v Adição de vetores u+v Subtração u+(-v)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 96
→ → → →
2º caso A adição dos dois vetores v e u paralelos ( v ⁄ ⁄ u):
→ → → → → → → →
Vetores u e v Adição de vetores s = u + v Subtração s = u + (- v )
Fig.(a) Fig.(b)
→ →
3º caso A adição dos dois vetores v e u não paralelos pode ocorrer a partir do
→
deslocamento dos vetores para uma mesma origem A. Assim, representa-se o vetor v
→
= AB e o vetor u = AD .
→ → → → → →
Adição de vetores s = u + v Subtração s = u + (- v )
10
Quando os segmentos têm a mesma direção – sobre as mesmas retas ou paralelas
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 97
Exemplo 2
→ → → → → → → →
Vetores u e v Adição s = u + v Subtração s = u-v
4º caso A adição dos três vetores ou mais ocorre de forma análoga aos casos
anteriores. No caso particular da extremidade do representante do último vetor
coincidir com a origem do representante do primeiro a soma deles será o vetor zero
ou nulo.
Exemplo 1
→ → → →
s= u + v + w
Exemplo 2
→ → → →
s= u + v + w
Exemplo 3
→ → → → → →
s = u + v + w + t =0
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 98
Exemplo 1
→ → →
s= u + v
Exemplo 2
→ → → →
s= u + v + w
G
eometricamente, o PRODUTO DE UM ESCALAR POR UM VETOR, é
representado por um novo vetor que se expande, contrai ou inverte o sentido,
conforme o valor de k. O produto de um número real k por um vetor v, resulta em
um vetor s com sentido igual ao de v se k for positivo ou sentido oposto ao de v se k for
negativo. O módulo do vetor s é igual a k x |v|.
Exemplos:
Para u = (1,2) e k = 2 temos Para u = (1,2) e k = -2 temos
ku = 2u = (2.1, 2.2) = (2, 4) ku = -2u= (-2,-4).
Exemplos Complementares
Exemplo 1: Dados os vetores u=(4,1) e v = (2, 3). Determinar geometricamente e
algebricamente as resultantes de u+v e 2u.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 99
Resolvendo:
• u+v = (4,1) + (2,3) = (6, 4) e • 2 u = 2 (4,1) = (8,2).
Resolução: Algebricamente
→ → → → → → → → →
(a) s = u + v (b) s = u - v (c) s = v - u
= (1,2) + (3,-3) = (1,2) - (3,-3) = (3,-3) - (1,2)
= (1+3, 2-3) = (1-3, 2+3) = (3-1,-3-2)
= (4, -1).
= (-2, 5) = (2, -5)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 100
1 3 1 2
Exemplo 4: Efetuar as operações com os vetores sabendo que u = ( ,− ) e v= ( , ).
3 5 3 5
1 1 3 2 2 1
u+v = ( + , − + ) = ( ,− )
3 3 5 5 3 5
1 3
15u = 15 ( ,− ) = (5, -9)
3 5
3 1 3 1 2 1 1 3 1 3 1 1 13 1
− v - u= − ( , ) - ( ,− ) =( − ,− ) + ( − , ) =( − ,− )
4 3 4 3 5 3 3 5 4 10 9 5 36 10
1
Exemplo 6: Determinar o vetor w na igualdade 3w+2u= v+w, sendo u=(3,-1) e v=(-2,4).
2
1
Resolvendo: 3w+2(3,-1)= (-2,4)+w ⇔ 3w + (6,-2) = (-1,2) + w
2
−7
3w –w = (-1,2) - (6,-2) ⇔ 2w = (-7, 4) ⇔ w = ( ,2 ).
2
Exemplo 7: Encontrar os números a1 e a2 tais que W = a1U + a2 V sendo
W = (−1,8),U = (1,2)..e...V = (4,−2)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 101
a1 = 3
(−1,8) = (a1 ,2a1 ) + (4a2 ,−2a2 ) 2a1 − 2a2 = 8
a 2 = −1
(−1,8) = (a1 + 4a2 ,2a1 − 2a2 )
v1 v1
v (arbitrário) v = a1v1 + a2v2
v2
v2
a2 v2
ejam u1, u2, ...,un vetores do espaço vetorial V e a1, a2, ..., an escalares de IR ou C.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 102
U
m conjunto de vetores u1,u2,...,un é dito linearmente independentes (LI) se escritos
como combinação linear do vetor nulo, resultam em todos os coeficientes nulos. Caso
contrário os vetores são linearmente dependentes (LD).
Ou, um conjunto de vetores u1,u2,...,un é independentes (LI) se e somente se, para todo ai
real, temos:
n
∑a u
i =1
i i = 0 para todo a i = 0
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 103
Vetores LI Vetores LD
1 − 1 2 1 − 1 2 1 − 1 2
A = 2 2 −1 ≅ 0 4 − 5 ≅ 0 4 − 5
Linhas não-nulas
3 4 5 0 7 − 1 0 0 − 31
Observe que a matriz A, na sua forma escalonada, não apresenta linhas nulas. Neste
caso, podemos afirmar que os vetores correspondentes de A, que são os vetores u1,
u2 e u3, são LI.
Exemplo 3: Mostre que o vetores de R3, u1 = (1,-2,3), u2 = (-1,0,-2) e u3 = (-2,0,-4) são LD.
Resolução: xu1 + yu2 + z u3 = 0 ⇔
x(1,-2,3) + y(-1,0,-2) + z(-2,0,-4) = (0,0,0) ⇔
x − y − 2z = 0 x-y-2z=0 x -y −2z=0
− 2 x + 0 y + 0 z = 0 ≅ + -2y - 4z = 0 ≅ - 2y − 4 z = 0 ⇔ -2y=4z⇔y=-2z.
3x − 2 y − 4 z = 0 + y+2z=0 0=0
Logo, para x – y – 2z = 0⇔ x–(-2z)– 2z=0 ⇔ x=0.
A combinação dos vetores em relação ao vetor nulo, resulta em escalar y não nulo.
Logo, os vetores são LD.
Temos como solução do sistema, o conjunto S = {(0,-2z,z) ∀ z∈R}. Podemos
escrever a combinação linear como: 0u1 + (-2z)u2 + zu3 = 0.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 104
O
par de vetores v1 e v2 de 2ª dimensão, não colineares (linearmente independentes) é
chamado de base do plano. Aliás, qualquer conjunto {v1 , v2} de vetores não
colineares constitui uma base no plano. Os números a1 e a2 são chamados
componentes v em relação a base {v1 , v2}.
O conjunto de vetores v1, v2 e v3 de 3ª dimensão, não colineares (linearmente independentes)
é chamado de base do espaço.
A
Aggoorraa,, tteen
nttee vvooccêê!! Resolva as atividades
Lista 3 de Atividades11
a) AC + CN g) AK + AN
b) AB + BD h) AO - OE
c) AC + DC i) MO - NP
d) AC + AK j) BC - CB
e) AC + EO k) LP + PN
f) AM + BL l) LP + PN + NF
m) BL + BN + PB
2. Considere dois vetores quaisquer, u e v, não paralelos. Construa num plano as resultantes,
s=u+v, w=u-v, t=v-u, m=(-u) e n=–v.
3. Determine, algébrica e geometricamente o vetor resultante w, para u = (-1,2) e v = (2,-1):
(a) u + v (b) u – v (c) v - u (d) 3u– 3u
→ →
5. O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores AB e AB , sendo M e N pontos médios
dos lados DC e AB, respectivamente. Completar convenientemente e fazer a representação
geométrica.
D M C
→ → → → → →
a) AD + AB = c) AC - BC = e) MD + MB =
→ → →
→ → 1 →
b) BA + DA = d) AN + BC = f) BM - DC =
2
11
(WINTERLE, 2000, p.6)
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 105
A N B
→ →
6 Dados os vetores u e v da figura, mostrar, num gráfico, um representante do vetor:
→ → → → →
a) u - v c) - v -2 u u
→ → → →
b) v - u d) 2 u - 3 v
→
v
→ → →
7 Dados os vetores a , b e c , como na figura, apresentar um representante de cada um dos
vetores:
→ → → →
a) 4 a - 2 b - c a
→ → → →
b) a + b + c b
→ → →
c) 2 b - ( a + c ) →
c
→ → →
8) Dados os vetores u e v determinar: u
→ → → → →
(a) u + v (b) u - v v
9. Considere os vetores livres definidos por dois pontos A e B. Em cada caso, determine o
vetor equivalente v (não livre).
(a) A(1,3) e B(2,-1); (b) A(-1,5) e B = (-4,-2); (c) A(8,-15) e B (-2,0)
10. Determinar o vetor w na igualdade 3w+2u= 4v -w, sendo u=(1,-1) e v=(-3,2).
11) Dados u=(1,-2), v=(2,4) efetuar (a) u+v; (b) u-v; (c) 3u+2v.
12) Dados A=(-1,2), B=(1,-2) e C=(3,3) determinar: (a) AB = B − A ; (b) AC = C − A ;
= C − B ; (d) AB + AC ; (e) AB − AC .
(c) BC
1 1
13) Dados U = (− ,1),..V ( ,−1) , calcular: (a) 2U + 3V ; (b) 4U − 6V .
2 3
14) Dados A = (1,-2), B = (-2,3) e C = (-1,-2), determinar x = (a,b), de forma que:
2
a) Cx = AB b) Cx = − AB c) BC = Ax
3
15. Dados os vetores u = (1,3,0,-1) e v = (3,0,2,1) encontre:
a) u+v b) u-v c) 3u 1 e) x se x+u=0 f) 2u + 2v
d) u-v
2
16. Encontre os valores de a e b para os quais, w seja uma combinação linear de u e v ou seja,
w = au + bv, sendo w = (-2,7), u = (1,3) e v = (-1,4).
17) Verifique se existem escalares x, y e z tais que (1,5,7) = x(1,0,0) + y(0,1,0) + z(0,0,1) ou
seja, verifique se o vetor (1,5,7) é combinação linear dos demais vetores e para quais
valores de x, y e z.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 106
Respostas: 1) NA; AD; AB; AO; AM; AH; AI; AC; AC;AC; AI; BA
3) Resultado 4)
algébrico
2)
5) 6) 7c)
9)
10) w=(-7/2,5/2); 11ª) (3,2); b) (-1,-6); c) (7,2); 12ª) (2,-4); b) (4,1); © (2,5); (d) (6,-3); (e) (-2,-5). 13) (a) (2,-
1); (b) (-4,10); 14a) (-4,3); b) (1, -16/3); c) (2,-7); 15ª) (4,3,2,0); b) (-2,3,-2,-2); c) (3,9,0,-3); d) (-5/2,3/2,-2,-
3/2); e) (-1,-3,0,1); f) (8,6,4,0); 16) w=-u/7+13v/7; 17) Sim, para x = 1, y = 5 e z = 7; 18) Sim para x = 5, y=-7/2
e z=-1/4; b) Sim para x = 4/3, y = 7/3 e z = -10/9; 19) a) LI; B) LD por os vetores de B combinados com o vetor
nulo resulta em solução indeterminada.; c) A é base porque é LI e B não é base porque é LD; 20) S não é base porque
é LD.
D
efini-se como Produto Interno (ou Escalar) entre vetores de um Espaço Vetorial V, a
uma aplicação de V x V em R, que a todo par de vetores (u,v) ∈ V x V, associa um
número real (u.v) ou <u,v> > (lê-se: u escalar v) e que satisfazem os seguintes
axiomas:
u . v = v. u;
u . (v + w) = u . v + u . w;
(k.u) . v = k . (u . v) para todo número real k;
u . v ≥ 0 e u .u = 0 se, e somente se, u = 0.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 107
→ →
Observe que: Se u = x1 +y1 + z1 e v = x2 + y2 + z2 então o produto escalar (ou
→ →
produto interno) dos dois vetores que é representado por u . v é o número real obtido
multiplicando as componentes correspondentes do vetor e somando os produtos obtidos.
Assim,
→ →
u .v = (x1.x2 + y1.y2 + z1.z2)
→ →
Exemplo 3: Se u = 3x – 5y + 8z e v = 4x - 2y – z o seu produto escalar é:
→ → → →
u . v = (3,-5,8).(4,-2,-1) = (12 + 10 – 8) ⇒ u.v = 14
→ →
Tente você! Dados os vetores u = (4, α , -1) e v = ( α , 2, 3) e os pontos A = (4. –1, 2) e B
→ → →
= (3, 2, -1), determinar o valor de α tal que u .( v + BA ) = 5
O
produto vetorial tem como resultado um vetor, por isso é nomeado de produto vetorial.
Este produto tem aplicação, por exemplo, na Física: a força exercida sobre uma partícula
carregada, mergulhada num campo magnético, é o vetor resultante do produto vetorial
entre o “vetor velocidade da partícula” pelo “vetor campo magnético”, desde que a carga seja
unitária e o campo seja constante.
Definição I: Seja u = (x1, y1, z1) e v = (x2, y2, z2), vetores do espaço tridimensional.
Definimos como produto vetorial, ao vetor u x v, tal que:
y z1 x z1 x y1
u x v = det ,− det 1 ,+ det 1
1
y2 z2 x2 z2 x2 y 2
→ →
Definição II: Ou, dados dois vetores u e v , tomados nesta ordem, chama-se produto
→ → → →
vetorial dos vetores u e v e se representa por u × v ao vetor,
→ → →
i y k
→ →
u × v = x1 y1 z1
x2 y2 z2
→ → → → → →
O produto vetorial de u por v é também indicada por u ^ v e se lê: u vetorial v .
→ → → → → → →
Exemplo 1: Calcular o produto vetorial dos vetores u = 5 i + 4 j + 3k e v = i +k .
Resolução:
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 108
→ → →
i j k
→ → → → → → → →
u= ( 5,4,3 ) e v = ( 1,0,1 ) então u × v = 5 4 3 = u × v = 4 i − 2 j − 4 k = (4, -2,-4)
1 0 1
A
s propriedades do produto vetorial se definem em:
→ → → →
(i) u × v =0, se um dos vetores é nulo ou se u e v são colineares.
→ → → → → → → →
(ii) u × v ≠ v × u . Se trocarmos à ordem dos vetores u × v e v × u verifica-se que é oposto,
o que significa que o produto vetorial não é comutativo.
→ → → →
(iii) u× v = - v × u
→
→ → → → → →
(iv) u× v + w = u × v + u × w
→ → → →
(v) (m u ) × v =m ( u × v )
→ → → →
(vi) u × v é ortogonal simultaneamente aos vetores u e v .
→ → → → → → → →
Exemplo 1: (Propriedade vi) Dados os vetores u = 3 i +2 y - 4 k e v = 2 i - 2 y + k , seu
→ → →
i y k
→ → → →
produto vetorial é u × v = 3 2 − 4 = 6 i − 11 y − 10k .
2 −2 1
→ →
Sabemos que, se o produto escalar dos vetores u e v for zero, eles são ortogonais,
→ →
ou seja, u . v = 0 ⇒ θ = 90 0 . Então:
→ → →
a) ( u × v ). v ⇒ (− 6,−11,−10 )(
. 2,−2,1) = 12+22-10=0.
→ → →
b) ( u × v ). u ⇒ (− 6,−11,−10)(
. 3,2,−4) = -18-22+40=0
→ → → →
Logo u × v é ortogonal simultaneamente as vetores u e v .
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 109
O
produto misto tem como resultado um escalar, obtido a partir da utilização do produto
escalar e do produto vetorial. Pode ser utilizado, por exemplo, para encontrar o volume
de um paralelepípedo determinado por três vetores.
→ → → → → →
Definição I: Sejam u , v e w , vetores do espaço, com u = (x1, y1, z1); v = (x2, y2, z2) e w
→ → → → → →
= (x3, y3, z3). Defini-se como produto misto de u , v e w , indica-se por u ( v x w ) ao escalar
resultante de:
x1 y1 z1
→ → →
u ( v x w ) = det x 2 y2 z2
x y3 z 3
3
→ → →
Definição II: Dados os vetores u , v e w , tomados nesta ordem, chama-se produto misto
→ → → → → → → → →
dos vetores u , v e w ao número real u ( v x w ). Indica-se produto misto por ( u , v , w ).
A
s propriedades do produto misto decorrem, em sua maioria, das propriedades dos
determinantes.
→ → →
(u , v , w ) = 0 → O produto misto é nulo se um dos vetores é nulo, se dois são
colineares, ou se três são coplanares.
→ → → →
(i) Se u é nulo as suas componentes são (0,0,0 ) então ( u , v , w ) = 0.
→ → →
0 0 0
Assim, ( u , v , w ) = x2 y 2 z 2 = 0 .
x3 y3 z3
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 110
→ → →
Exemplo 1: Se u = (0,0,0), v = (2,3,1) e w = (4,2,2) então,
0 0 0
→ → →
( u , v , w ) = 2 3 1 =0+0..+0=0
4 2 2
→ → → → → →
(ii) Se nem u , nem v , nem w são nulos, mas u e v são colineares (ou paralelos) então ( u ,
→ → → →
v , w ) = 0. Note que, neste caso, u = m. v
→ →
Exemplo 1: Se u = (1,2,3), v = (2,4,6) e w = (-1,2,7) então,
1 2 3
→ → →
(u , v ,w) 2 4 6 = 28 − 12 + 12 − (− 12 + 28 + 12) ⇒ 0 .
−1 2 7
→ →
Observe que u = 2. v portanto, u e v são colineares.
(iii) Se nenhum vetor é nulo e os vetores não são dois a dois colineares (ou paralelos) então
→ → →
os vetores são coplanares se ( u , v , w ) = 0.
→ →
Exemplo 1: Se u = (-2,-2,-6), v = (-1,0,-2) e w = (-3,-1,-7) então,
−2 −2 −6
U(vxw) = −1 0 − 2 = 0 . Logo são coplanares.
−3 −1 − 7
Note que:
• Produto interno (ou escalar) é o produto entre dois vetores que gera um escalar
(escalar é um número).
• Produto Vetorial é o produto entre dois vetores que gera um vetor.
• Produto Misto é o produto entre três vetores que combina produto interno com
produto vetorial e gera um escalar.
G
→ →
vetorial de dois vetores u e v equivale a medida da área do paralelogramo ABCD
→ → → →
determinado pelos vetores u = AC e v = AB
C D → →
→ Área = u × v (módulo do produto vetorial)
u
→
A v B
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 111
→ → →
i j k
→ → → → → → → → → → →
u× v = 1 2 4 = 6 i − 4 j + 2 k − 8 i − 3 y + 2 k = − 2 i − 7 j + 4 k = (-2,-7,4)
−1 2 3
15,9,3). Portanto,
Área = (− 15)2 + (9)2 + 32 = 315 = 3 35ua
→ → →
u ( v × w ) é igual, em modulo, ao volume do
G
eometricamente o produto misto
→ → → → → →
paralelepípedo com arestas determinadas pelos vetores u = AD , v = AB e w = AC .
Portanto,
u
v = | (u, v, w)|
v
w → → →
v= u , v, w
→
→ →
v= u v× w
Exemplo 1: Qual o volume do paralelepípedo formado pelos vetores u = (3,-12, -2), v = (1, -
1, 0) e w= (2, -1, 2)?
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 112
Exemplo 2: Sejam os vetores u = (3, m, -2), v = (1, -1, 0) e w= (2, -1, 2). Calcular o valor
de m para que o volume do paralelepípedo determinado por u, v e w seja igual a 16
unidades de volume.
→ → →
Exemplo 3: Dados os vetores u = (x,5,0) , v = (3,-2,1) e w = (1,1,-1), calcular o valor de x
→ → →
para que o volume do paralelepípedo determinados por u , v e w seja 24 u.v. (Unidades
de Volume).
x 5 0
→ → →
Resolução: v= u ( v × w ) = 24 ⇒ 3 − 2 1 = x + 20
1 1 −1
x + 20 = 24 ⇒ x = 4
→ → →
v= ( u , v , w ) Então x + 20 = 24 ⇒ ou .
x + 20 = −24 ⇒ x = −44
Portanto, os valores de x para os quais o volume do paralelepípedo seja igual a 24 u.v., é
x = 4 ou x = -44.
→ → → → → →
T
rês vetores u , v e w são coplanares se o produto escalar u ( v x w ) é nulo. Ou seja, se
→ → → → →
u , v e w são coplanares, o vetor v x w por ser ortogonal aos
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 113
→ → → → → →
vetores v e w , é ortogonal ao vetor u . Portanto se u e ( v x w ) são ortogonais. É fácil
→ → →
identificar que reciprocamente, se nenhum dos vetores u , v , w é nulo e se dois quaisquer
→ → → → → →
deles não são colineares, o anulamento ( u , v , w ) significa que u , v e w são coplanares.
→ → → → → →
Portanto, se ( u , v , w )= 0 os vetores u , v e w são coplanares (estão no mesmo plano).
→ → →
Exemplo 1: Verificar se são coplanares os vetores u = (3,-1,4), v = (1,0,-1) e w = (2,-1,0)
Resolução:
3 −1 4
→ → →
(u , v , w )= 1 0 − 1 = −5 ≠ 0 .
2 −1 0
Os vetores não são coplanares porque seu produto misto é diferente de zero.
→ →
Exemplo 2: Encontre o valor de m para que todos os vetores a = (m,2,-1), b = (1,-1,3) e
→
c = (0,-2,4) sejam coplanares.
m 2 −1 − 4m + 6 m − 8 + 2 = 0
→ → →
Resolução: ( a , b , c ) = 0 ⇒ 1 −1 3 =0⇒ 2m = 6
0 −2 4 m=3
quadrada do produto interno (ou escalar) do vetor v com ele próprio ou "v escalar v".
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 114
Geometricamente, temos:
y1
v=(x1,y1)
(y1- 0) |v|
0 x1
(x1- 0)
Note que, o módulo de um vetor é um número real não negativo representado por
→ → → →
v = (v)2 = v . v
6.2 Proposições:
Para um vetor v = AB com extremidades nos pontos A(x1,y1) e B = (x2,y2), o módulo
de v será: v = AB = ( x 2 − x1 ) 2 + ( y 2 − y1 ) 2 = B − A (mesma fórmula da distância
entre dois pontos A e B).
Se u, v são vetores de Rn então, d(u, v) = (u1 − v1 ) + (u 2 − v 2 ) + ... + (u1 − v n ) 2 =
u − v , sendo u= (u1, u2, ... , un) e v = (v1, v2, ... , vn).
Dados os vetores u, v, w de Rn e k, um escalar real, tem-se:
(i) u . v = v . u
(ii) u (v+w) = uv + uw
(iii) k (u.v) = (ku).v = u.(kv)
12
Num triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 115
Resolução: Observe que o vetor v = (2,-2,1) não é um vetor unitário pois o seu
comprimento é diferente de 1 ou seja, v = (2) 2 + (-2) 2 + 12 = 9 = 3 ≠ 1.
Obtemos o vetor unitário u a partir de v, aplicando a fórmula,
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 116
v (2,−2,1) (2,−2,1) 1 2 − 2 1
u= = = ou . (2,−2,1) = , , = u.
v 2 2 + (−2) 2 + (1) 2 9 9 3 3 3
O vetor u encontrado é um vetor unitário pois seu módulo (ou norma) é igual a 1.
Fazendo a verificação!
C omo já vimos, um vetor pode ser representado por um segmento orientado que não parte
da origem do sistema. Neste caso, o vetor é representado por um segmento AB (Fig.a)
de origem no ponto A(x1,y1) e extremidade em B(x2,y2) e para determinar sua representação
algébrica fazemos:
AB = B – A
AB = ( x2 , y2 ) − ( x1 , y1 )
AB = ( x2 − x1 , y2 − y1 ) = v (vetor)
O módulo deste vetor é determinado a partir do cálculo da distância entre dois pontos AB
(Fig.b), definido por: Assim,
→
DistAB = AB = B − A
B – A = (x2,y2) – (x1,y1)
B – A = (x2 - x 1, y2 - y1)
DistAB = B − A = ( x2 − x1 ) 2 + ( y 2 − y1 ) 2
De forma similar, em R3 A distância entre dois pontos P = (x1, y1, z1) e Q = (x2, y2,
→
z2) é igual a norma do vetor PQ . Observe a Fig.(c).
→ → →
Como PQ = OQ − OP = (x2 - x1, y2 - y1, z2 - z1), então a distância de P a Q é dada por:
→
dist (P, Q) = | PQ | = ( x 2 − x1 ) 2 + ( y 2 − y1 ) 2 + ( z 2 − z1 ) 2
Fig.(a) Fig.(b) → →
Fig.(c) v = OQ − OP
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 117
→ −1 1
Exemplo 4: Determinar o valor de a para que o vetor V = (a, , ) seja unitário.
2 4
→
Resolução: Vetor unitário ⇒ V =1
→ 1 1 11
V = a2 + + =1 ⇒ 16 = 16 a
2
+5 ⇒ a=±
4 16 4
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A
Aggoorraa,, tteennttee vvooccêê!! Resolva as atividades
Lista 4 de Atividades
→ → →
1) Dados os vetores: u = ( 2, -1, 1 ), v = ( 1, -1, 0 ) e w = ( -1, 2, 2) , calcular :
→ → → → → → → → → → →
a) < w , v >; b) v . ( u - w ); c) ( 2 u ).(3 v ); d) ( u + v ).( u - v )
→ → → → → → → → → →
e) w×v; f) v × w; g) u xv ; h) ( u × v ).( u × v )
→ → → → → → → → → → → →
i) w ( u × v ); j) u ( w x v ); k) v ( w x u ); l) v ×( u - w )
→
→ →
2) Dados os pontos A(2,-1,2), B(1,2,-1) e C(3,2,1), determinar o vetor CB× BC − 2 CA .
3) Considere os vetores do espaço, u = (2,-4,5), v = (1/2, -2, -1) e w = (1,1,1).Demonstre a
propriedade de produto interno (ou escalar) definida em:
(i) u.v=v.u
(ii) u(v+w)=u.v +u.w
→ →
4) Dados os vetores u = (4, ∝,-1) e v = (∝,2,3) e os pontos A(4,-1,2) e B(3,2,-1),
→ → →
determinar o valor de ∝ tal que u .( v + BA ) = 5
5) Sejam u = ( 2, 3, 4, 0), v = ( 1, 2 , 3, 2) e w = ( 3, 2 , -1, -1), vetores de R4. Encontre:
a) < u, v> b) <u, w> c) v.w
7) A partir do produto interno, vetorial e misto, podemos resolver alguns problemas. Por
exemplo, calcular o módulo de vetor, a área de paralelogramo e triângulos e, o volume
de paralelepípedo. Aplicando estes conceitos, determine:
→ →
7.1) Sejam os vetores u ( 3,1,-1 ) e v = ( a,0,2 ).Calcular o valor de a para que a área
→ →
do paralelogramo determinado por u e v seja igual a 2 6 .
7.2) Calcular a área do triângulo cujos vértices são os pontos A=(1,-2,1); B=(2,-1,4) e
1→ →
C=(-1,-3,3). (Dica: Fórmula da Área do triângulo é S∆ = u× v )
2
7.3) Calcular o valor de m para que o volume do paralelepípedo determinado pelos
→ → → → → → → → → → → →
vetores v1 , v 2 e v3 seja igual a 10 para: v1 =2 i - y , v 2 =6 i +m y -2 k e v3 =4 i +k.
→ → →
7.4) Os vetores a = (2,-1,-3 ), b = (-1,1,-4 ) e c = (m+1, m, -1) determinam um
paralelepípedo de volume 42. Calcular m.
7.5) Encontre o módulo dos vetores u = (2,4,5) e v = (-1, 3,4).
8) Verifique se os vetores u = (-1,3), v = (1,1) e w = (2,4) são unitários.
9) Encontre o versor w, dos vetores: (a) u = (1,2,3); (b) v = (-1,3,2); (c) s = (0,2,1).
→
−1 1
10)Determinar ∝ para que o vetor v
, ) seja unitário.= (∝,
2 2
11) Sabendo que a distância entre os pontos A(-1,2,3) e B(1,-1,m) é 7, calcular m.
→
1 1
12) Determinar x para que o vetor v
= (x, , ) seja unitário.
3 2
2
13) Dados os vetores de lR , definidos por u= (1,2,3), v=(-1,1,4) e w = (1,1,3), encontre:
(a) O produto interno entre v e w (b) vx(u-w)
(c) O produto misto entre w, u e v (d) O volume do paralelepípedo formado por w, u e v
(em m3).
(e) <u,v> (f) ux(v-w)
(g) u(vxw) (h) O volume do paralelepípedo formado por u, v e w.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 119
Respostas: 1a) -3; b) 6; c) 18; d) 4; e) 2i+2j-k ou (2,2,-1); f) -2i-2j+k; g) i+j-k; h) 3; i) -1; j) 1; k) -1; l) i+j ou
(1,1,0); 2) (12,-8,-12) ou 12i-8j-8k; 3) (i) provar que u.v=4=v.u; (ii) provar que u(v+w)=7=u.v+u.w; 4) x = 7/3;
3 10
5(a) 14 + 3. 21/2 (b) 2+ 3. 21/2 (c)0; 6) x = 3/5; 7.1) a=-2 ou a = -4; 7.2) S= u.a ; 7.3) m=-2 ou m = -12;
2
7.4) m=2 ou m=-8/3; 7.5) u = 3 5 e v = 26 ; 8) Os vetores u, v e w não são unitários pois tem módulo diferente
1 2 3
u = 10 , v = 2 e w = 2 5 ; 9) Os versores procurados são: (a) w =
de 1 unidade ou seja, , , ;
14 14 14
1 3 2 2 1
(b) w = − , , ;(c) w = 0, , ; 10) ∝ = ± 2 ; 11) m = -3 ou m = 9; 12) ∝ = ± 23 ; 13)
14 14 14 5 5 2 6
(a) <v,w> = 12 (b) vx(u-w)= -4i – k ou (-4,0,-1)
(c) w(uxv) = 7 (d) O volume do paralelepípedo formado por w, u e v é 7m3.
(e) <u,v> = 13 (f) ux(v-w) = 2i-7j+4k = (2,-7,4)
(g) u(vxw) = 7 (h) O volume do paralelepípedo formado por u, v e w é 7m3.
(i) u.w = 12 (j) ux(w-v) = -2i+7j-4k ou (-2,7,-4)
(k) v(uxw) = -7 (l) O volume do paralelepípedo formado por v, u e w é 7m3.
(m) A área do paralelogramo formado por u e v é S= 17 m2
(n) A área do paralelogramo formado por v e w é S=3 6 m2
(o) A área do paralelogramo formado por u e w é S= 10 m2
(p) A quantidade de papelão gasto para construir um paralelepípedo formado pelos vetores u, v e w em m2 é de
2( 17 +3 6 + 10 ) m2= 29,26m2 considerando 17 =4,12, 6 =2,45 e 10 =3,16
O
produto escalar entre os vetores u e v pode ser escrito na
forma u.v = |u| |v| cos α
onde α é o ângulo formado pelas semi-retas que contém u e v
tal que 0 ≤ v ≤ 180º.
α
A partir desta definição de produto escalar, podemos obter o
ângulo entre dois vetores genéricos u e v, não-nulos, fazendo
u.v
cos α= , para os vetores u ≠ 0 e v ≠ 0.
u .v
Após encontrar o valor do cos α , encontramos o ângulo α na tabela de cossenos.
→ →
Ou: O ângulo de dois vetores u e v não nulos é o ângulo α formado pelas semi-retas AO e
OB e tal que 0 ≤ α ≤ π .
Demonstração:
Sejam os vetores u e v abaixo e α o ângulo entre eles
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 120
α α
− 2uv u.v
− 2uv = -2 u v cos α ⇔ -2 u v cos α = − 2uv ⇔ cos α = =
− 2u v uv
u.v
Portanto, cos α=
uv
PROPOSIÇÕES
→ →
(a) Se α = π, u e v têm a mesma α=π
direção e sentidos contrários.
→ →
(b) Se α = 0, u e v têm a mesma
direção e mesmo sentido.
α=0
π → →
(c) Se α = , u e v são ortogonais e
2
→ →
indica-se: u ⊥ v.
→ → 2 → 2 → 2
Neste caso o ∆ OBC permite escrever: (teorema de Pitágoras) u+ v = u + v
→ → → →
(e) Se u é ortogonal a v e m é um número real qualquer, u é ortogonal a m v .
→
(f) O ângulo formado pelos vetores u π-α
→ α
e (- v ) é o suplemento do ângulo de
→ →
u e v.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 121
0+4 4 4 1 2
cos ß = = = = =
8. 4 32 4 2 2 2
2
cos ß = então ß = 45o
2
→ →
Exemplo 2: Calcular o ângulo entre os vetores u = (1,1,4) e v = (-1,2,2)
Resolução: cos θ = uu..vv → u = 1 + 1 + 16 = 18 = 3 2 → v = 1 + 4 + 4 = 9 = 3
cos θ= 2
2
→ θ = 450
→ →
Exemplo 3: Sabendo que o vetor v
= (2,1,-1) forma um ângulo de 60° com o vetor AB
determinado pelos pontos A (3,1,-2) e B (4,0,m), calcular m.
Resolução:
→
AB = B – A ( 4,0,m ) – (3,1,-2 ) ( 1,-1,m+2)
____
AB = 1 + 1 + m 2 + 4m + 4 = m 2 + 4m + 6
v = 4 +1+1 = 6
Exemplo 4: Determinar os ângulos internos do triangulo ABC, sendo A(3,-3,3); B (2, -1, 2) e
C ( 1, 0, 2) e seus lados são respectivamente AC, AB e BC.
Resolução: Calcular cos A ¬ , cos B ¬ e cos C ¬ →
AB = 1 + 4 + 1 = 6
→
AB = B − A = (2,−1,2 ) − (3,−3,3) ⇒ (− 1,2,−1)
→
→
AC = 4 + 9 + 1 = 14
AC = C − A = (1,0,2 ) − (3,−3,3) ⇒ (− 2,3,−1)
→
BC = C − B = (1,0,2 ) − (2,−1,2 ) ⇒ (− 1,1,0 )
→
BC = 1 + 1 = 2
→ →
^ ^ AC . BC 2+3+0 5 ≅ 0,9449 ^ 5
C = cos C = ⇒ = . Portanto, C = arccos = 190
28 ± 19,10
0
AC . BC 14 . 2 28
De forma similar, encontramos os
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 122
Resolução:
→ → →
AB = B − A ⇒ (0,−2,−2 ) AB . AC ⇒ (0,−2,−2 )(0,−1,−3) = 0 + 2,+6 = 8 ≠ 0
→ → →
AC = C − A ⇒ (0,−1,−3) AB . BC ⇒ (0,−2,−2 )(0,1,−1) = 0 − 2 + 2 = 0
→ Logo o triangulo ABC é retângulo.
BC = C − B ⇒ (0,1,−1)
α α α
α
F = vetor força Fx = vetor força no eixo x
α = ângulo entre F e o eixo x Fy = vetor força no eixo y
Note que, para determinar o valor de Fx e Fy basta resolvermos o triângulo retângulo
c.o. c.a.
Lembrando da trigonometria: senα = e cos α =
hip hip
α Neste caso: Fx é o cateto adjacente (c.a.) do ângulo, Fy é o
cateto oposto (c.o.) do ângulo e F é a hipotenusa.
Fy
Portanto: senα = ⇒ Fy = F senα
α
F
Fx
cos α = ⇒ Fx = F cosα
α
F
→ → → →
eja o vetor v = xi + yj + zk .
S Ângulos diretores de
→ →
v são os ângulos α , β , γ que v forma com os vetores i , j , k
→ → →
respectivamente.
→
K
→
Observação: os vetores da base canônica
→ → →
v
α { i = ( 1,0,0 ), y = (0,1,0), k = ( 0,0,1 ) }
β são ortogonais entre si.
→ → → → →
i . y = i . k = y .k = 0 e são unitários
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 123
→ → → →
∂ j i =1= y =1= k =1
→
I
→
Cossenos diretores de v são os cossenos de seus ângulos diretores isto é,
cos α , cos β , cos γ .
Para o cálculo dos cossenos diretores, utilizamos a fórmula do ângulo entre dois vetores.
→ → → →
Demonstração: seja v = ( x, y, z ) , i = ( 1, 0, 0 ) , y = ( 0, 1, 0 ) e k = ( 0, 0, 1 ) então:
→ →
v.i
cos α = → =
( x, y, z )(
. 1,0,0) x
= →
cos γ =
y
→
e cos β =
z
v
v .i x 2
+ y 2
+ z 2
v
v
Exemplo 1:
→
Calcular os cossenos diretores e os ângulos diretores do vetor v = ( 6,-2,3 )
x 6 6
cos α = = = cos α = α = 310
→
7 7
v
−2
cos β = = cos β = −0,286 β = 107 0
7
3
cos γ = = 0,428 = cos γ = 0,428 γ = 65 0
7
Exemplo 2:
Dados os pontos A ( 2,2,-3 ) e B ( 3,1,-3 ). Calcular os cossenos diretores e os ângulos
→
diretores do vetor AB .
→
AB = B – A = ( 1,-1,0 )
1 2
cos α = = α = 45 0
2 2
−1 − 2
cos β = = β = 135 0
2 2
0
cos γ = = 0 = cos γ = 0 γ = 90 0
2
Observação Importante: Sempre que um vetor tem nula uma de suas componentes, a sua
correspondente é ortogonal (exemplo acima).
ois vetores u = (u1, u2, ..., un ) e v = (v1, v2, ..., vn) são paralelos (ou colineares)
D
indica-se u//v quando suas coordenadas são proporcionais ou seja:
u1 u2 u
u ⁄ ⁄ v se = = ... = n = k , k real.
v1 v2 vn
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 124
Resolução:
u1 u2 u 2 3 −7
Por definição, u ⁄ ⁄ v se = = ... = n = k. Fazendo u//v = = = obtemos
v1 v2 vn − 4 − 6 14
u//v = 1 . Note que as componentes são proporcionais porque a razão entre elas é k =
2
1 . Assim, u e v são vetores paralelos.
2
Lembre-se que:
• Um vetor v = (x1, y2, z3) pode ter a sua origem em qualquer ponto. Normalmente,
situamos o ponto de origem, na origem do sistema (0,0,0). Quando não é situado a
partir da origem, o vetor é livre, ele não tem posição fixa, ao contrário do ponto.
• Ponto Médio de um segmento: É possível determinar as expressões das
coordenadas do ponto médio do segmento de reta de extremidades A(x1,y1) e
B(x2,y2).
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 125
x 2 + x1 x1 + x 2 y + y1 y1 + y 2
Logo: x = = e y= 2 =
2 2 2 2
D
= (v1, v2, ..., vn) são ortogonais
(ou perpendiculares), quando o
ângulo ß por eles formado é de 90°
(ângulo reto). Neste caso, cos ß=
cos 90° = 0, o que implica, pela fórmula do
cálculo de ângulos de vetores, que o
produto interno usual entre eles é zero ou
seja,
u . v = 0 Indica-se u ⊥ v.
u.v
Podemos afirmar também que cos λ = =0
u .v
Exemplo 1: Considere u = (2,3), v = (-3,2) e w = (-6,4). Verifique se os vetores, dois a dois,
são ortogonais.
Resolução:
u.v= (2,3). (-3,2) = -6 + 6 = 0 logo u e v são ortogonais.
u.w= (2,3). (-6,4) = -12 + 12 = 0 logo u e w são ortogonais
v.w= (-3,2). (-6,4) = 18 + 8 = 26 ≠ 0 logo v e w não são ortogonais
Projete-os no plano cartesiano e verifique se, geometricamente, os vetores ortogonais
formam entre si, ângulo reto.
A
Aggoorraa,, tteennttee vvooccêê!! Resolva as atividades
Lista 5 de Atividades
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 126
→ →
4) Sabendo que o ângulo entre os vetores u e v é de 600, determinar o ângulo formado
pelos vetores:
→ → → →
a) u e-v c)- u e - v
→ → → →
b) - u e v d)2 u e 3 v
5) Encontre os ângulos diretores e cosseno diretor do vetor u = (-2, 3).
6) Encontre os ângulos diretores do vetor u = (1,3,2).
7) Determinar a e b de modo que os vetores u = (4,1,-3) e v = (6,a,b) sejam paralelos.
Respostas: 1) v e w são ortogonais pois v . w = 0; 2) u e v são paralelos pois u/v=k=-1/3; u e w não são paralelos
pois não se define k para -1/0; v e w não são paralelos pois não se define k=3/0; 2b) os vetores u e w, v e w
são ortogonais pois seu produto interno é nulo e os vetores u e v não são ortogonais pois seu produto é -127.;
− 2 13
3) Sim, u e v são ortogonais para k = -8/9; 4) a) 120º b) 120º c) 60º d) 60º ; 5) cos α = então α =
13
3 13 14 3 14
....; cos β = então β = ....; 6) cos α = então α = ....; cos β = então β = ....; cos λ=
13 14 14
2 14
então λ =... 7) u e v são paralelos para a=3/2 e b=-9/2.
14
Atividade Complementar
1) Determinar a extremidade do segmento que representa o vetor V = (2,-5), sabendo
que sua origem é o ponto A(-1,3).
2) Dados os vetores U = (3,-1) e V = (-1,2), determinar o vetor W tal que:
a) 4( U - V ) + 1/3 W = 2 U - W
b) 3 W - (2 W - W ) = 2(4 W - 3 U )
→ → → → → →
3) Dados os pontos A(-1,3), B(2,5) e C(3,-1), calcular OA− AB , OC − BC e 3BA− 4CB .
4) Dados os vetores U = (3,-4) e V = (-9/4,3), verificar se existem números a e b
tais que U = a V e = V = bU.
5) Dados os vetores u = (2,-4) e v = (-5,1) e v = (-12,6), determinar K1 e K2 tal que v =
K1u + K2v.
→ →
6) Dados os pontos A(-1,3), B(1,0), C(2,-1), determinar D tal que DC = BA .
→ →
7) Dados os pontos A(2,-3,1) e B(4,5,-2), determinar o ponto P tal que AP = PB .
→ →
8) Dados os pontos A(-1,2,3) e B(4,-2,0), determinar o ponto P tal que AP = 3 AB .
9) Determinar o vetor v sabendo que (3,7,1) + 2v = (6,10,4) - v.
10) Encontrar os números a1 e a2 tais que w = a1v1 + a2v2, sendo v1 = (1,-2,1), v2 = (2,0,-
4) e w = (-4,-4,14).
11) Verificar se são colineares os pontos:
a) A(-1,5,0), B(2,1,3) e C(-2,-7,-1) b) A(2,1,-1), B(3,-1,0) e C(1,0,4)
12) Calcular a e b de modo que sejam colineares os pontos A(3,1,-2), B(1,5,1) e C(a,b,7).
13) Mostrar que os pontos A(4,0,1), B(5,1,3), C(3,2,5) e D(2,1,3) são vértices de um
paralelogramo.
14) Verifique se o vetor u = (1,4) é unitário.
15) A partir dos vetores u = (2,1), v = (-1,3) e w = (1,1) encontre os vetores u´, v´, w´
que sejam unitários.
1
16) Dados os pontos A(-1,2), B(3,1) e C(-2,4), determinar D(x,y) de modo que CD = AB
2
17) Sabendo que a distância entre os pontos A(-1,2,3) e B(1,-1,m) é 7, calcular m.
Respostas:
1) (1,-2); 16) D = (0,7/2).17)m=-3 ou m = 9.
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Álgebra Linear – Vetores em Rn 127
Bibliografia
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KUHLJAMP, Nilo. Matrizes e Sistemas de Equações Lineares. Florianópolis: Ed. da UFSC,
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LINS, Romulo Campos e GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o
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WINTERLE, Paulo. Vetores e Geometria Analítica. SP: Makron Books, 2000.
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