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Curso: PSICOLOGIA

Disciplina: ESTÁGIO EM PSICOLOGIA COMUNITÁRIA


Professor: Ana Cristina G. Teixeira Arzábe

Nome do aluno: EDNEIA FERNANDES VAZ RGM 111.511.03.800

Período: NOITE Turma: 9º C Data: 16/05/2019 Nota

FICHAMENTO
Tipo: Livro
Assunto/ tema: Introdução: A psicologia social comunitária
Referência Bibliográfica: CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Cap. 1. Introdução a
psicologia social comunitária. Psicologia social comunitária – da solidariedade à autonomia.
Petrópolis, RJ. Vozes. 1996. p. 09-16.
Conteúdo de interesse
No capítulo I a autora enfatiza o que vem a ser a comunidade e o papel psicologia
comunitária neste ambiente tão complexo e como deve ser o trabalhado desenvolvido nas
comunidades.
O texto apresenta uma linguagem clara, objetiva e que proporciona uma leitura de fácil
entendimento.
O conceito de comunidade para a psicologia social comunitária tem um contexto e
características próprias, justamente pelo fato de como surgiu entre nos esta nova forma de
estudo.
Desde meados da década de 60 que no Brasil, a psicologia vem desenvolvendo
métodos de estudos e trabalhos voltados para comunidades de baixa renda, não somente para
deselitizar a profissão, bem como proporcionar melhorias nas condições de vida da classe
trabalhadora. De modo que a psicologia social comunitária vem proporcionando aos
psicólogos uma maior inserção em instituições de promoção do bem-estar social, ou setores
do sistema judiciário voltados para o cuidado de famílias menores, de modo que possa
desenvolver os instrumentais de análise e intervenções relevantes para as problemáticas que
se apresentam aos profissionais de psicologia.
Os trabalhos comunitários geralmente partem de um levantamento das necessidades e
carências vividas pelo grupo-cliente no que diz respeito às condições básicas de saúde,
educação e saneamento básico. A produção teórica e pratica da psicologia social comunitária é
marcada pela análise dos problemas cotidianos da comunidade.
Desse modo a psicologia social comunitária enfatiza:
Em termos teóricos – a problematização da relação entre teoria e a aplicação do
conhecimento, que parte do pressuposto de que o conhecimento se produz na interação entre
profissional e os sujeitos da investigação;
Em termos de metodologia - se utiliza sobretudo da metodologia da pesquisa participante, na
qual o pesquisador e os sujeitos da pesquisa trabalham juntos na busca de aplicações para os
problemas colocados e no planejamento e execução de programas de transformação da
realidade vivida;
Em termos de valores – os trabalhos da psicologia comunitária enfatizam sobretudo a ética da
solidariedade, os direitos humanos fundamentais e a busca da melhoria da qualidade de vida
da população focalizada, de modo a assumir o compromisso ético (pleno exercício da
cidadania) e político (questionar todas as formas de opressão e de dominação).
A psicologia social no Brasil é uma área que vem crescendo constantemente e suas
atividades envolvem em grande parte de atuações me equipes multidisciplinares que
estabelecem procedimento práticos de acordo com a demanda social e possibilidades de ação.
Desse modo as principais estratégias de ação estão direcionadas a reuniões cm moradores para
análise das necessidades e possíveis soluções, por meio do incentivo a formação de grupos de
autogestão e a formação de recursos humanos da própria comunidade e propostas de
atividades especificas. Desse modo o psicólogo atua mais como um analista-facilitador do que
como um profissional que toma as iniciativas e decisões na solução de problemas.
Nesse contexto algumas problemáticas em especifico da psicologia social comunitária
são apresentadas pela autora ao leitor, de modo a contribuir com algumas das principais
definições e conceitos necessários ao trabalho do psicólogo em comunidade.
A autora Bader Sawaia analisa a evolução do conceito como um contraponto ao
avanço do senso individualista que caracteriza o capitalismo. De modo que o conceito passa,
no final do sec. XX, a incorporar o sentido da resistência à opressão e da luta pela cidadania
plena.
Maria Quintal de Freitas acompanha a evolução do conceito de comunidade em
psicologia a partir das representações e práticas do psicólogo, e observa que a principal fonte
de definição da área de psicologia se dá nos anos 60 e 70, vincula-se a práticas
comprometidas com a perspectiva de libertação sócio-política da população.
O professor Pedrinho Guarechi convida o leitor a compartilhar sua reflexão sobre os
conceitos fundamentais da psicologia social comunitária, como os conceitos de relações
sociais, relações de dominação e relações comunitárias procurando demonstrar que e na
comunidade que se estruturam as relações democráticas desejáveis.
Jacyara Nasciuti busca esclarecer as relações entre instituições e comunidades, de um
ponto de vista psicossocial, e mostra como utilizar os conceitos da análise institucional na
análise das instituições de saúde mental do Brasil.
Naumi Vasconcelos reflete sobre a relação entre qualidade de vida e habitação,
focalizando especialmente o processo de ocupação do espaço urbano e da construção de
hábitos comunitários em habitações urbanas, as relações corpo-casa, e seus impactos sobre as
representações da qualidade de vida.
Regina Helena de Freitas trabalha sobre as relações entre comunidade, cultura e
consciência. De modo a refletir sobre como as teorias sobre os processos de construção do
conhecimento produzidas pela psicologia social podem se aproximar das práticas da
psicologia comunitária, sobretudo no que se refere à emergência dos processos de
conscientização mencionadas na literatura da área.
O modo como a autora descreve sobre a psicologia social comunitária por meio de
uma linguagem objetiva contribui para o conhecimento e aperfeiçoamento profissional.
Indicação obra: professores, psicólogos, profissionais da área social e graduandos em cursos
de psicologia.
Local: Texto em pdf fornecido pela Prof. Ana Cristina da disciplina de Estágio em Psicologia
Comunitária.

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