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Mestranda em Educação da Universidade Católica Dom Bosco – Linha III - Diversidade Cultural e
Educação Indígena – email – liliannantes@hotmail.com
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Doutor em Educação, professor Adjunto da UFGD e colaborador do PPGE/UCDB/ Linha 3 -
Diversidade Cultural e Educação Indígena, e orientador desta pesquisa - e-mail – neimarsouza@ufgd.br
substâncias dadas e consolidadas. Ao contrário, elas são situacionais, relacionais e
instáveis, visto que são constantemente redefinidas conforme são movidas as peças
deste complexo jogo estabelecido no paradoxal, mutável rico e diverso contexto da
fronteira, onde uma história repleta de conflitos e acordos, interesses e necessidades
de distintos grupos, de multi/interculturalidade, de multiculturalismo, dentre outros
atributos, fazem parte de um cotidiano único e em constante transformação. Assim,
este trabalho busca representar uma pequena contribuição para a compreensão e
para a busca de melhores respostas para os problemas identitários verificados em um
contexto que continuará constantemente sendo modificado tanto nas narrativas dos
intelectuais, quanto em suas expressões populares, valores, cultura.Neste sentido, as
escolas e os agentes que compõem sua comunidade precisam estabelecer currículos
e práticas que levem em conta toda essa diversidade e a encare em seu viés positivo
para minimizar eventuais situações de estigmação, preconceito e marginalização, na
construção de uma identidade pautada no respeito próprio e ao outro, que aceite a
diversidade como riqueza, que desperte a curiosidade e a admiração ao diferente e a
construção de valores como a empatia e solidariedade. Em uma visão realista da
educação, sem tentar entendê-la como única responsável pela solução dos conflitos e
questões que ocorrem um uma sociedade, mas que reconhece o potencial desta
instituição social, defendo que a escola é um espaço, por excelência, onde é possível
construir pontes e diálogos, buscar o reconhecimento e respeito aos valores culturais
que são valores universais, estabelecer boa convivência com o diferente, aprender
valores ligados a ética e ao respeito, melhorar os problemas sociais relacionados às
questões de diversidade cultural, enfim, no qual podemos iniciar a construção da
sociedade que almejamos para as futuras gerações. A escola tem potencial para
contribuir na tentativa de minimizar/extinguir conceitos errados geradores de estigmas
e preconceitos e, portanto, na busca ao respeito pelas distintas identidades que juntas
constituem a identidade dos estudantes fronteiriços. Nesse sentido, um dos maiores
desafios de uma instituição escolar, especialmente a fronteiriça, é investir em práticas
que possam contribuir para superação da discriminação e contribuir para a
socialização da riqueza da diversidade etnocultural que constitui um patrimônio
sociocultural..
Referências
Barth, F. (1997). Grupos étnicos e suas fronteiras. São Paulo, SP: Editora da
Universidade Estadual Paulista. (Original publicado em 1969)
HALL, Stuart [et al]. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte:
Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003a.