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2018
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SUMÁRIO
DIREITOS HUMANOS...................................................................................................... 03
AS LÍNGUAS DE SINAIS................................................................................................. 04
O QUE É LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS................................................. 05
CONFIGURAÇÕES DE MÃO DA LIBRAS ...................................................................... 06
MÓDULO 1
DIREITOS HUMANOS
Propor o reconhecimento da língua de sinais como língua da educação do Surdo
em todas as escolas e classes especiais de surdos.
Assegurar a toda criança surda o direito de aprender línguas de sinais e também
português e outras línguas.
Assegurar às crianças, adolescentes e adultos surdos, educação em todos os
níveis, como pressuposto a uma capacitação profissional.
Levar ao conhecimento das escolas os direitos dos surdos. Promover a
conscientização sobre questões referentes aos surdos.
Recomendar que programa televisivo não veiculasse posturas que gerem
atitudes discriminatórias contra o uso da língua de sinais e direitos dos surdos
defendendo posturas ouvintes.
Levar em conta o conhecimento da língua de sinais para a escolha dos
professores de surdos. Entende-se como prova de conhecimento em língua de sinais:
certificado específico de curso reconhecido pelas Associações e Federações de
Surdos, com aprovação posterior em banca constituída pela comunidade surda.
Propor iniciativas visando impedir preconceitos contra surdos.
Criar cursos noturnos para jovens e adultos surdos no ensino fundamental,
médio, superior, supletivos, cursos profissionalizantes, em que os professores usem
língua de sinais ou em que haja intérpretes da mesma.
Regularizar ou implementar o ensino para os surdos onde quer que eles estejam
presentes.
Usar da tecnologia na comunicação com surdos em escolas e locais públicos
uma vez que se tem constatado que a tecnologia ajuda na aquisição do português
escrito.
Buscar recursos para a manutenção de uma Central de Intérpretes para atender
aos surdos de Classe Especial, de Integração e Faculdades.
Formular políticas públicas para levantamento e atendimento educacional de
crianças de rua surdas.
Propor uso de legenda na mídia televisiva, particularmente nos momentos de
noticiário regular extraordinário, o que favorece a compreensão pelos surdos.
Realizar estudos a fim de levantar a real situação educacional dos surdos:
escolaridade, número de surdos não atendidos, evadidos, analfabetos, etc.
Em educação, assegurar ao surdo o direito de receber os mesmos conteúdos
que os ouvintes, mas através de comunicação visual. Formas conhecidas, em
comunicação visual importantes para o ensino do surdo são: línguas de sinais, língua
portuguesa, e outras línguas no que tange à escrita leitura e gramática.
Respeitar a decisão do surdo em usar ou não aparelha de audição. Não impor o
uso do mesmo, nenhum surdo pode ser obrigado a usar aparelho auditivo, já que esta
decisão deve ser consciente.
Nos concursos vestibulares os surdos devem contar com intérpretes na ocasião
das provas e a prova de português deve ter critérios especiais de avaliação.
Em concursos públicos onde o surdo concorre com outros deficientes sua prova
de português também precisa ser analisada com critérios específicos e inclusive com
presença de intérpretes.
Incorporar aos currículos dos cursos superiores disciplinas que abordem: língua
de sinais e outras informações sobre culturas surdas, particularmente nos cursos de
formação de médicos, fonoaudiólogos e outros que irão trabalhar com surdos.
Promover a recuperação daqueles indivíduos surdos que por muitos anos foram
mantidos no "cativeiro" dos ouvintes, possibilitando sua integração à sociedade.
Repensar o destino do patrimônio dos surdos, assim como o patrimônio das
escolas de surdos quando deixam de existir.
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AS LÍNGUAS DE SINAIS
Oficializar a língua de sinais nos municípios, estados e a nível federal. Em 24 de
abril de 2002 foi sancionada a LEI 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais e dá outras providências.
Propor o reconhecimento e a regulamentação da língua de sinais a nível federal,
estadual e municipal para ser usada em escolas, universidades, entidades e órgãos
públicos e privados.
Considerar que as línguas de sinais são línguas naturais das comunidades
surdas, constituindo línguas completas e com estrutura independente das línguas
orais.
Considerar que as línguas de sinais expressam sentidos ou significações que
podem facilmente ser captados e decodificados pela visão.
Propor contato obrigatório com Associações ou Federações de Surdos para a
formação de pessoas com prática e conhecimento em língua de sinais.
Considerar que a língua de sinais tem regras gramaticais próprias.
Considerar que a língua de sinais favorece aos surdos o acesso a qualquer tipo
de conceito e conhecimento existentes na sociedade.
Observar que a língua de sinais é uma das razões de ser da escola de surdos,
assim como existem escolas em outras línguas (Espanhol Inglês...).
Reconhecer a língua de sinais como língua da educação do surdo, já que é
expressão das cultura/s surda/s - Língua e cultura não indissociadas.
Considerando que a língua de sinais é própria da comunidade surda, garantir
que o ensino de línguas de sinais seja exclusivo dos instrutores surdos. É necessário
que os instrutores surdos sejam capacitados para o ensino da mesma, com formação
específica.
Respeitar o uso da escrita pelo surdo com sua estrutura gramatical diferenciada.
A cultura surda merece ser registrada e traduzida para outra língua.
Observar que a evolução cultural da comunidade surda se dá a partir do registro
escrito, da filmagem, de fotos, desenhos... Que são meios que possibilitam o acúmulo
do conhecimento.
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SINAL
De acordo com os estudos de Tânia A. Felipe “O sinal pessoal é o nome próprio,
o “nome de batismo” de uma pessoa que é membro de uma comunidade Surda1. Este
sinal geralmente pode (FELIPE, p31):
PROFESSOR@ MAGR@
A palavra surda (a) vem grafada com S maiúsculo quando indicar que se trata de uma
pessoa que luta por seus direitos políticos, lingüísticos e culturais.
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1. A – R – I 6. J – O – S – É 11. C – A – R – L – O – S
2. E – V – E 7. H – É – L – I – O 12. Z – É – L – I – A
3. I – D – A 8. M – I – L – Y 13. W – I – L – L – Y
4. B – U – G – A 9. C – H – O – N 14. P – E – D – R – O
5. X – U – X – A 10. K – I – T 15. R – A – Q – U – E – L
Sinais Soletrados
SAUDAÇÕES E CUMPRIMENTOS
Em todas as línguas há o ritual da saudação. Dependendo do contexto, esse
cumprimento será mais formal ou informal e geralmente é complementado por gestos.
A LIBRAS tem também sinais específicos para cada uma dessas situações..Assim
pode-se utilizar os seguintes sinais: BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE, OI, TUDO
BEM, TUDO BOM, ADEUS, TCHAU, MAIS OU MENOS, MAL, acompanhados ou não
de gestos de cumprimento:
OS SUBSTANTIVOS DE TEMPO
EXERCÍCIO
DIÁLOGO EM LIBRAS
A) O-I?
B) O-I.
A) TUDO-BEM?
B) TUDO-BEM.
A _________________ H _________________
B _________________ I _________________
C _________________ J _________________
D _________________ K _________________
E _________________ L _________________
F _________________ M _________________
G _________________ N _________________
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EXERCÍCIOS
DATILOLOGIA
Assinale os pares dos nomes de acordo com a ordem da seqüência:
( ) M-Á-R-C-I-A / M-A-R-I-A ( ) M-A-R-C-O-S / M-E-R-Y
( ) M-A-R-Y / M-Á-R-I-O ( ) M-Á-R-I-O / M-Á-R-C-I-A
( ) M-A-U-R-O / M-A-R-C-O-S ( ) M-A-R-I-A / M-A-R-Y
DIÁLOGO EM LIBRAS
NUMERAIS
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais
quando utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da
semana ou mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na
LIBRAS.Nesta unidade e nas seguintes, serão apresentados os numerais em
relação ás situações mencionadas acima.
É erro o uso de determinada configuração de mãos para o número
cardinal sendo utilizada em um contexto onde o numeral é ordinal ou
quantidade, por exemplo: o NUMERAL CARDINAL 1é diferente da
QUANTIDADE 1, como em LIVRO 1, que é diferente de PRIMEIRO-LUGAR
que é diferente do numeral PRIMEIRO, que é diferente de MÊS-1. Estas
diferenças serão trabalhadas nas unidades deste livro.
Números Cardinais
Quantidade
Exercícios
Responda abaixo:
FAMÍLIA
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FAMÍLIA
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CORES
CORES
A – O-I TUDO-BEM?
B – BEM.
A – COR QUAL?
B – AZUL.
A – TCHAU!
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ADVÉRBIO DE TEMPO
DIAS DA SEMANA
Exercícios
Responda abaixo:
1) AGORA MÊS QUAL?
R:
2) SE@ NASCER MÊS QUAL?
R:
3) SE@ ANIVERSÁRIO MÊS QUAL?
R:
4) HOJE MÊS JANEIRO É?
R:
5) MÊS SETEMBRO DIA DO SURDO É?
R:
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Exercícios
Responda abaixo:
A) VOCÊ TRABALHAR MANHÃ, TARDE O-U NOITE?
R:
B) VOCÊ DORMIR MANHÃ?
R:
C) VOCÊ ALMOÇAR MADRUGADA?
R:
D) VOCÊ ESTUDAR MANHÃ, TARDE O-U NOITE?
R:
E) AGORA HORA MANHÃ, TARDE O-U NOITE, QUAL?
R:
DIÁLOGO EM LIBRAS
PRONOMES POSSESSIVOS
“Os pronomes possessivos, como as pessoas e demonstrativos, também não
possuem marca para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à
coisa possuída, como acontece em português” (FELIPE, p.41):
“Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão
aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a
configuração da mão em P com o dedo médio batendo no peito – MEU-PRÓPRIO. Para as
segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P, mas o movimento
é em direção à pessoa com que se fala (Segunda pessoa) ou está sendo mencionada
(terceira pessoa).
Não há sinal especifico para os pronomes possessivos no dual, trial, quatrial
e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais
correspondentes. Exemplo: NÓS FILH@ “nosso (a) filho (a)”(FELIPE, p.41).
DIÁLOGO EM LIBRAS
A) TELEFONE SE@?
B) NÃO. TELEFONE TE@.
A) OK.OBRIGADA
B) NADA.
A) TCHAU.
B) TCHAU.
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PRONOMES PESSOAIS
VOCÊ EL@
Segunda pessoa do plural: VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊS,
VOCÊS-TOD@S, VOCÊS GRUPO
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ANIMAIS
ANIMAL^VÁRIOS CAVALO
ANIMAIS
GORILA URSOESCORPIÃO
ANIMAIS
GALINHA MOSQUITO
Diálogo em LIBRAS - 03
“Cor do gato”
a) GAT@ QUANT@?
b) GAT@S 3.
a) SIM, QUERER!
b) DAR, OK. VOCÊ CUIDAR GAT@. CERT@?
a) SIM, OBRIGAD@!
b) DE-NADA.
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LIVRO GRAMPEADOR
ESTOJO CORRETIVO
FORMAL x INFORMAL
A) OBRIGAD@! A) TCHAU!
B) DE-NADA! B) TCHAU.
INFORMAL
A - CERT@
B-OCÊ ESPERAR (apontar para a cadeira) SENTAR LÁ.
A-BRIGAD@!
FORMAL
A - CERT@
B - POR-FAVOR, VOCÊ ESPERAR (apontar para a cadeira) SENTAR LÁ.
A - OBRIGAD@!
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