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<RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA>MOVIMEC AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
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Sumario:
1. A Empresa ................................................................................................................................................... 5
1.1. Introdução ............................................................................................................. ................................ 5
1.2. Área de Atuação..................................................................................................................................... 5
1.3. Local de Trabalho....................................................................................................... ........................... 6
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1. A Empresa
Fluid Connectors:
Automation:
Hydraulics:
Filtration:
Seals:
1.1. Introdução
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Automação Industrial
OBS: A Movimec contava com uma filial em Serra (ES), tal filial encerrou suas
atividades recentemente.
2. Atividades Desenvolvidas
A linha de serviços da Movimec tem sido desenvolvida para atender clientes que
necessitam de assistência técnica especializada durante Manutenções Preditivas e
Corretivas, tais como:
Instalação de Equipamentos
Comissionamento de Equipamentos
Montagem de mangueiras e tubulações
Manutenção de Sistema Óleo-Hidráulico
Filtragem de Fluido Óleo-Hidráulico
Remoção de Água em Óleo
Limpeza de tubulação Óleo-Hidráulica
2.1. Introdução
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melhor os detalhes da execução dos serviços, as capacidades e limitações de um
dos funcionários da empresa, aprimorando o entendimento e planejamento de
"homens/horas" gastos nas atividades.
2.2. Atividades
No setor de mangueiras sempre foi importante a orientação para o uso dos corretos
matérias, uma vez que o estoque contava com os mais variados tipos de mangueiras
e conexões, variando-se suas series, bitolas (calibre/ diâmetro interno), faixas de
pressão, presença ou não de cobertura de proteção, disponibilidade de estoque
e preço, era sempre feito um estudo de viabilidade de montagem, a fim de
garantir segurança e confiabilidade á mangueira montada, condições de instalação no
local
preterido, assim como impedir prejuízos com superdimensionamentos.
Muitas melhorias foram aplicadas no setor, uma delas foi a identificação individual de
mangueiras exigida por um dos clientes como pode ser visto na figura abaixo:
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Figura 1: Melhoria no processo de identificação de mangueiras
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Figura 2: Service Master Plus e sensores de pressão e temperatura.
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Figura 3: Maquina e malão de segurança para realização de testes de pressão.
2.2.3 Flushing:
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do projeto, evitando desgastes prematuros e quebras de componentes nobres,
como
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servo válvulas, Válvulas Proporcionais, Válvulas de controles e direcionais, bombas,
mancais quanto em sua manutenção preventiva ou corretiva evitando paradas
de produção não programadas, dando maior eficiência e confiabilidade operacional
para planta ou proporcionar sobrevida a sistemas antigos, garantindo suas
características iniciais, melhorando suas performances através das limpezas
programadas.
Para tal é necessário um estudo de todo sistema, e uma pré-engenharia de flushing, a
fim de especificar e garantir que todos os parâmetros sejam alcançados realizando
uma total e completa limpeza interna do sistema, para isso se necessário o estudo dos
seguintes itens:
1) Sistema de bombeamento:
Além deste é claro é necessário não só que se realize cálculos de vazão, mas
também que se escolha a bomba mais adequada para realização deste tipo de
serviço, onde geralmente são utilizadas bombas de palheta, pois esse tipo de bomba
tem como característica trabalho com alta vazão e baixas pressões, ideal para
sistemas de flushing.
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2) Vazão:
Figura 5: Comparação de regime laminar, com regime turbulento necessário para velocidade
e arraste na superfície interna das tubulações.
3) Pressão:
4) Temperatura:
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entre 15 e 65ºC. Se o fluido é submetido a temperaturas fora desta
faixa, recomenda-se usar um aquecedor ou resfriador no sistema. O ideal é
manter o fluido uma temperatura em torno de 40ºC.
5) Viscosidade:
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indicação da temperatura da medição, pois o resultado depende muito desta
temperatura. (Óleos frios fluem com tenacidade, óleos quentes se tornam
mais líquidos), a Viscosidade Cinemática que será abordada durante nosso
estudo é a relação entre viscosidade/densidade indicada em mm²/s
( antigamente, centistoke).
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6) Velocidade:
Além de influenciar na vazão do sistema este parâmetro também
é encontrado na formula do numero de Reynolds sendo fator
preponderante para definição do regime de trabalho do fluido.
7) Reynolds:
A forma de se diferenciarem os dois comportamentos admissíveis de um
fluido; laminar ou turbulento é feita através de um parâmetro adimensional
que relaciona as forças de inércia e as de viscosidade conhecido como
número de Reynolds, parâmetro esse que será tratado oportunamente por
e define-se por:
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apresentando o início de algumas oscilações, tipicamente sinusoidais,
causadas pelo aumento progressivo do . Com o aumento da amplitude das
oscilações, estas passam a ser do tipo aleatório representando um regime de
turbulência desenvolvido.
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regime turbulento em determinada área usando óleo de determinada
viscosidade.
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Figura 10: Planilha desenvolvida para Numero de Reynolds.
8) Conexões e mangueiras:
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Figura 11: Montagem se sistema de flushing simples em oficina.
Após dominada teoria dos principais serviços realizados pela empresa iniciou-se a
fase de gerenciamento e planejamento de atividades de serviços externos, voltados
especificamente para o ramo offshore, onde existe uma grande exigência por parte
dos clientes não só na execução dos serviços como também por planejamento,
padronização, procedimentos e relatórios finais detalhados, o que é compreensível
uma vez que se tem conhecimento sobre o valor diário pago como aluguel para cada
um dos barcos, e o enorme prejuízo que um downtime ( tempo de parada ou
inatividade ) pode causar, o que aumentava consideravelmente a responsabilidade e
a cobrança por falha zero nesse aspecto.
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Figura 12: Sensores de pressão/temperatura e de vazão devidamente calibrados.
Além desses existia outro sensor fundamental para realização dos serviços, o
chamado I-count ou contador de partículas, que monitora em tempo real o numero de
partículas de determinado tamanho que estão presentes no sistema, uma vez que
partículas de diferentes tamanhos afetam o sistema de diferentes formas, a fim de
padronizar os critérios de pureza do fluido relacionando o mesmo á quantidade e ao
tamanho das de partículas presentes neste foram criadas as normas ISO 4406
(International Standards Organization) e NAS( National Aerospace Standard), A
norma 4406 analisa, para uma determinada quantidade de óleo presente no
circuito, normalmente em porções de 1 , a quantidade de partículas/impurezas
existentes no mesmo, dividindo-as em três categorias:
partículas superiores a 4 ;
partículas superiores a 6 ;
partículas superiores a 14 .
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Tabela2: Tabela normalizada ISO 4406.
Além disso existe também uma tabela para conversão de normas, uma vez
que muitos clientes exigiam um determinado critério de filtragem para o fim da limpeza
dos sistemas.
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Tabela 3: Comparação entre ISO 4406; NAS 1964 e SAE 1963.
A norma mais comumente utilizada era a ISO que permite um maior detalhamento
sobre a quantidade e o tamanho das impurezas, auxiliando dessa forma na
identificação da possível.
Tanto o I-count quanto o LCM (Lazer count measure) tem seu funcionamento
baseada em sistema interno de luz laser onde a luz focalizada da fonte é projetada
através de uma coluna de deslocação de óleo, (em que os contaminantes a
ser medido estão contidos), causando uma imagem do contaminante a ser
projetada para um diodo foto celular, (alterando a intensidade da luz a uma saída
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elétrica). A saída elétrica da célula foto diodo irá variar de acordo com o tamanho das
partículas
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contidas no coluna de óleo, quanto maior for a partícula, quanto maior for a alteração
no diodo foto elétrico de saída.
Dessa forma os contadores de partícula á laser são vistos no mercado atual como
uma solução de custo acessível para o gerenciamento de fluídos e o controle
da contaminação.
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Além do I count IPD que realiza o monitoramento em tempo real fornecendo o
resultado deste na norma de sua preferência ISO ou NAS, é muito encontrado no
mercado também o LCM (laser counting measure) este tem como diferencial a
geração de um laudo que informa com precisão o numero de partículas encontrados
assim como data e hora de realização do teste, este é capaz ainda de imprimir até
mesmo gráficos que podem servir de suporte para procedimentos de manutenção
preventiva.
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Figura 17: Equipamentos Mvimec.
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Figura 19: Exemplo de gráfico adquirido em flushing de sistema.
Com a aquisição destes dados era gerado um relatório que por sua vez era anexado
ao relatório final dos serviços contendo todos os detalhes, dificuldades e feitos
realizados pela equipe.
Além de lidar com a constante pressão e cobrança dos exigentes clientes era
necessário um conhecimento do potencial da equipe, equipamentos e produtos para
realização do planejamento das atividades, a fim de facilitar a criação de propostas
técnicas sobre serviços enviadas ao cliente, planejar previamente o serviço, e
controlar o gastos de cada uma das unidade de serviço da empresa era usada uma
planilha B.U ( business unit ). Tal planilha continha abas separadas relacionadas á
cada um dos possíveis gastos de serviço tais como:
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Materiais:
Materiais adquiridos para realização do trabalho, era muito importante atentar-
se aos prazos exigidos e tentar conciliar o melhor custo beneficio na aquisição
destes.
Equipamentos:
Por mais que pareçam sinônimos esta aba contabilizava valores relacionados á
equipamentos alugados ou produzidos dentro da empresa, onde um setor
"alugava" mão de obra dos colaboradores de outro setor.
Exemplo: Torneiros mecânicos do setor de usinagem, trabalham 3 horas para
produção de peça de serviço externo de Oil & Gas.
Custos Gerais:
Normalmente ligados á alimentação e lavanderia dos colaboradores do
projeto.
Logística:
Computava-se não só a gasolina gasta pelos colaboradores como pedágios
pagos e por vezes revisões ou reparos necessários aos veículos.
Observação: Mão de obra de motorista já era acrescentada á aba MOD (Mão
de obra direta).
Hospedagem:
Valores gastos em diárias e reservas de hotéis e pousadas durante a
realização dos serviços.
Sinterização:
Continha todos os valores que seriam arrecadados com a realização do
projeto.
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Analítico:
Correlacionava gastos de todas as abas e impostos, com as entradas do
analítico, permitia uma visualização e comparativo de gastos sempre através de
gráficos de pizza e percentagens.
Resultado:
Gerava lucro líquido do projeto e margem de contribuição entre o gasto e o
arrecadado, projetos com mais de 25% de margem eram considerados
viáveis.
Além da criação de uma B.U para cada projeto, era necessário a confecção de uma
B.U mensal com o fechamento de gastos de cada uma das unidades de serviço da
empresa:
A soma dessa B.Us representava todo o gasto da empresa incluindo detalhes como
conta de água, internet e gastos com alimentação interna, que eram normalmente
divididas entre as B.Us proporcionalmente ao numero de colaboradores que estas
continham, essa analise fornecia um fechamento mensal da empresa e permitia
projeções e tomada de ações com maior embasamento.
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2.3. Anexos:
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A3: Especificação do cliente com relação á vazão necessária no processo de flushing.
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A5: Foto enviada e anexada á relatório final de serviço de troca de sensores de vazão e temperatura.
A6: I-count fornecendo leitura do numero de partículas em tempo real sob norma ISO 4406.
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3. Conclusões e Recomendações
O estagio foi muito proveitoso no que diz respeito á amadurecimento profissional, por
mais que no inicio tenha sido difícil a absorção do conhecimento técnico necessário
para a desenvolvimento das atividades, o curso de engenharia sem duvidas me deu
um potencial de facilidade de aprendizado muito grande que veio a se tornar um
diferencial no aprendizado e desenvolvimento das atividades posteriormente, onde
tive a oportunidade de aprender várias coisas novas como especificação de roscas
faixas de pressão de mangueiras, tipos de matérias recomendáveis para cada
operação, funcionamento de motores e bombas, processo de confecção de linhas
hidráulicas, componentes do sistema hidráulico e funcionamento dos mesmos, me
aprofundar na área de filtragem e nos processos de flushing um tanto quanto
complexos como citados acima, e poder utilizar parte de meus conhecimentos
adquiridos durante a graduação no que diz respeito principalmente ás matérias de
hidráulica e mecânica dos fluidos, no que diz respeito á numero de Reynolds,
arraste, velocidade do fluido e conhecimento técnico sobre componentes hidráulicos,
hoje me sinto muito mais preparado para o mercado de trabalho com uma bagagem
necessária para encarar os desafio de um engenheiro em grandes indústrias.
Penso que seria mais interesse se durante a graduação fosse-nos dado mais
oportunidades praticas, uma vez que ficamos muito voltados ao lado acadêmico, e
apenas nos últimos períodos nos preocupamos com a realização do estagio, uma
atividade pratica durante o meio da graduação teria sido muito válida não só para
melhor absorção das posteriores matérias teóricas mas como incentivo e real
conhecimento do que é estar na área e qual a real atuação do engenheiro
mecatrônica no mercado de trabalho, estudamos 5 anos para apenas no final desse
período descobrir qual a real atuação e as atividades que um engenheiro de fato
desempenha dentro do mercado de trabalho.
No mais sou muito grato á Movimec pela oportunidade, por todo aprendizado e
experiência adquirida, como de costume em toda profissão, nem tudo foram flores, o
desespero inicial ao lidar com tantas novas informações, os apertados deadlines e
serviços de emergência sem duvida tiraram o meu sono por algumas noites, porém
sempre me recordarei com carinho os bons momentos e bons amigos que lá deixei.
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Folha de Aprovação e Conhecimento
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Referências
http://www.movimec.com.br/oil-gas/
http://www.movimec.com.br/oil-gas/apresentacao.pdf
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