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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologia – CCT


Unidade Acadêmica de Física – UAF
Disciplina: Física Experimental I Turma: 04 Professora: Cleide
Aluno: Samir Montenegro Medeiros Matrícula: 117210597

COMPOSIÇÃO DE
UMA FORÇA

13.11.2018, CAMPINA GRANDE - PB

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Índice

1. Objetivos ........................................................................................... 3
2. Montagem .......................................................................................... 3
3. Procedimentos E Análises ............................................................... 4
4. Conclusão ......................................................................................... 6
5. Anexos ............................................................................................... 7

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1. OBJETIVO

No respectivo experimento, tivemos como objetivo a determinação de


uma expressão para a soma de duas forças de mesmo módulo e verificar se a
expressão obtida obedece à regra do paralelogramo.

2. MONTAGEM

Utilizando os seguintes objetos: Corpo Básico (1), Armadores (2.1),


Manivela (2.4), Sistema de Medição de Inclinações (2.7), Balança (2.11),
Conjunto de Massas Padronizadas (2.12), Suporte para Suspensões Diversas
(2.13), Roldanas (2.16), Anel (2.19) e cordão.

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3. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

Com o corpo básico já armado, foi colocado o laço do cordão da balança no


gancho do suporte e pendurado os pratos. Foi zerado a balança colocando
pequenos contrapesos no prato mais leve, até que a barra ficasse na direção
horizontal. Medido e anotado o peso (em gf) da bandeja.
Substituímos um dos pratos da balança pela bandeja e a utilizamos para
medir o peso PP (em gf) do outro prato. Anotamos os resultados.
Após as pesagens, desmontamos o sistema montado para uso da
balança.
Instalamos o sistema de medição de inclinações para nivelar o plano que
contém a mesa de forças, fixando-o através do sistema fixador de inclinação.
Amarrou três cordões no anel e introduzimos ele no parafuso do centro
da mesa de forças.
Fixamos uma das roldanas no orifício (sendo usado calços de papel
dobrado) e passe a extremidade livre de um dos cordões por sua ranhura.
Fizemos isso de tal forma que o cordão se alinhe com a marca de 90º do
transferidor.
Na extremidade livre do cordão, penduramos a bandeja.
Fixamos mais duas roldanas na parte semicircular da mesa de forças.
Passamos os dois outros cordões por suas ranhuras, formando um ângulo θ =
20,0º dividido ao meio pelo alinhamento do primeiro cordão. Assim, fixamos as
roldanas nas marcas de 80,0 e de 100,0º.
Nas extremidades livres dos dois cordões, penduramos os pratos de
pesos iguais a PP. Para evitar choques entre eles, pendure-os em alturas
ligeiramente diferentes. Procuramos ajustar bem as posições dos cordões no
anel e nas roldanas, de forma a alinha-los com os traços do transferidor. Fizemos
este ajuste para o anel colocado na posição em que os seus pontos fiquem
eqüidistantes do parafuso central, isto é, o centro do anel deve se localizar no
eixo do parafuso.
Colocamos as massas sobre a bandeja até que o anel ficasse em
equilíbrio, com seu centro coincidindo com o parafuso central. Para minimizar o
efeito, vibramos a mesa de forças. Ao final, anotamos o peso total suspenso

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Rexp (bandeja mais as massas sobre ela) na tabela I. Observe que essa força é
a equilibrante das outras duas de módulo PP.
Repetimos o passo para 𝜃 = 40,0°; 60,0°; . . . ; 160°.

Peso da Bandeja 𝑃𝐵 = 6,30 𝑔𝑓


Peso do Prato 𝑃𝑃 = 26,60 + 𝑃𝐵  𝑃𝑃 = 32,90 𝑔𝑓

Tabela I

1 2 3 4 5 6 7 8
 (°) 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0
𝑹𝒆𝒙𝒑 (𝒈𝒇) 67,30 63,50 58,80 51,80 43,50 34,80 22,80 10,30

Diagrama de Corpo Livre para o Anel

Com base na Tabela I, calculamos, para cada ângulo, a força f necessária


para equilibrar dois pratos iguais e de peso total unitário:

𝑓 = 𝑅𝑒𝑥𝑝 /(2𝑃𝑃 )

Sendo os valores de f anotados na Tabela II :

Tabela II

1 2 3 4 5 6 7 8
 (°) 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0
𝒇 1,02 0,97 0,89 0,79 0,66 0,53 0,35 0,16
(𝒈𝒇)

Não fizemos medições para os ângulos 0° e 180°, assim como os ângulos


entre 180° e 360°, mas pudemos prever esses valores com os quais
preenchemos a tabela III, a partir desses dados fizemos um gráfico, em papel
milimetrado, que se encontra em anexo.

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Tabela III

9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
 (°) 180,0 200,0 220,0 240,0 260,0 280,0 300,0 320,0 340,0 360,0
° ° ° ° ° ° ° ° ° °
𝒇 0,00 -0,16 -0,35 -0,53 -0,66 -0,79 -0,89 -0,97 -1,02 -1,00
(𝒈𝒇)

4. CONCLUSÃO

Concluímos que se o ângulo  entre os vetores for igual a 0°, a REXP será
igual à soma dos dois vetores, e que para o caso de  = 180° haverá a presença
das forças dos pratos, possuindo módulos iguais, com os sentidos opostos
anulando-se entre si, resultando REXP = 0. Já para os casos  > 180°, o valor de
REXP será interpretado como sendo o valor cujo ângulo é seu complemento.
O gráfico de f versus  , apresenta-nos uma disposição, entre os ponto,
Rexp
semelhante a função f  cos  2  . Como f  , então, podemos afirmar que:
2 PP
Rexp  2PP cos  2  (1)
 
Considerando agora, os vetores A e B formando um ângulo  , como na
figura abaixo.A regra do paralelogramo, afirma que
 2  2  2  
R  A  B  2 A B cos 180    .

  
Fazendo A  B  PP , temos 
A
 2  2  2  2 
R  2 PP  2 PP cos 180     2 PP 1  cos 180     . 2
 R
2

Sabendo que cos 2  2  sen2  2  1 e 


B
cos 2  2  sen2  2  cos   , e aplicando na equação acima,
obtemos como resultado,
 2  2  
R  4 PP cos 2  2    R  2 PP cos  2  . (2)

Inferimos, portanto, que a expressão (1) é compatível com a regra do


paralelogramo (2).
Supondo o peso do prato PP isento de erro, determinamos, na tabela III
mostrada anteriormente, o valor teórico de R (R teo ), experimental (R exp ) e os
erros percentuais dos valores experimentais.

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65,80
1 2 3 4 5 6 7 8

 i (º ) 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0

Rexp ,i  gf  67,30 63,50 58,80 51,80 43,50 34,80 22,80 10,30

Rteo,i  gf  64,80 61,83 56,98 50,41 42,30 32,90 22,50 11,43

i% 3,9% 2,7% 3,2% 2,8% 2,8% 3,2% 1,3% 9,9%

Uma conclusão muito importante retirada deste experimento e que a força


é uma grandeza vetorial, devido sua obtenção a partir da regra do paralelogramo,
cujos argumentos da regra são vetores bidimensionais.
A melhor forma de minimizar os erros sistemáticos é ter instrumentos
melhor calibrados e mais exatos, assim como trabalhar com pesos mais
significativos com o intuito de o atrito existente nos próprios equipamentos e no
ar não interferir no resultado final. Os erros sistemáticos observados com
frequência foram: influência do ar; alinhamento dos cordões; peso do anel (não
foi levado em consideração); e o atrito das roldanas que, mesmo sendo
minimizado com a vibração, não foi totalmente eliminado.

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5. ANEXOS

- Cálculos para o gráfico no papel milimetrado:


Módulo de :
150 𝑚𝑚
𝑚 = ≅ 0,4166 = 0,50 𝑚𝑚/°
360° − 0

Degrau e Passo de :
𝑚𝑚
20 𝑚𝑚 = 0,50 . ∆
°
∆ = 40 °
Equação da Escala de :
𝑙1 = 0,50(20,0 − 0) = 10,0 𝑚𝑚 𝑙10 = 0,50(200,0 − 0) = 100,0 𝑚𝑚
𝑙2 = 0,50(40,0 − 0) = 20,0 𝑚𝑚 𝑙11 = 0,50(220,0 − 0) = 110,0 𝑚𝑚
𝑙3 = 0,50(60,0 − 0) = 30,0 𝑚𝑚 𝑙12 = 0,50(240,0 − 0) = 120,0 𝑚𝑚
𝑙4 = 0,50(80,0 − 0) = 40,0 𝑚𝑚 𝑙13 = 0,50(260,0 − 0) = 130,0 𝑚𝑚
𝑙5 = 0,50(100,0 − 0) = 50,0 𝑚𝑚 𝑙14 = 0,50(280,0 − 0) = 140,0 𝑚𝑚
𝑙6 = 0,50(120,0 − 0) = 60,0 𝑚𝑚 𝑙15 = 0,50(300,0 − 0) = 150,0 𝑚𝑚
𝑙7 = 0,50(140,0 − 0) = 70,0 𝑚𝑚 𝑙16 = 0,50(320,0 − 0) = 160,0 𝑚𝑚
𝑙8 = 0,50(160,0 − 0) = 80,0 𝑚𝑚 𝑙17 = 0,50(340,0 − 0) = 170,0 𝑚𝑚
𝑙9 = 0,50(180,0 − 0) = 90,0 𝑚𝑚 𝑙18 = 0,50(360,0 − 0) = 180,0 𝑚𝑚

Módulo de𝒇:

100 𝑚𝑚
𝑚𝒇 = = 49,01960784 = 50,0 𝑚𝑚/𝑔𝑓
1,02 − (−1,02)

Degrau e Passo de 𝒇
𝑚𝑚
20 𝑚𝑚 = 50,0 . ∆𝒇
𝑔𝑓
∆𝐿 = 0,4 𝑔𝑓
Equação da Escala de 𝒇:
𝑙1 = 50,0(1,02 − 0) = 51,0 𝑚𝑚 𝑙10 = 50,0(−0,16 − 0) = −8,0 𝑚𝑚
𝑙2 = 50,0(0,97 − 0) = 45,5 𝑚𝑚 𝑙11 = 50,0(−0,35 − 0) = −17,5 𝑚𝑚
𝑙3 = 50,0(0,89 − 0) = 44,5 𝑚𝑚 𝑙12 = 50,0(−0,53 − 0) = −26,5 𝑚𝑚
𝑙4 = 50,0(0,79 − 0) = 39,5 𝑚𝑚 𝑙13 = 50,0(−0,66 − 0) = −33,0 𝑚𝑚
𝑙5 = 50,0(0,66 − 0) = 33,0 𝑚𝑚 𝑙14 = 50,0(−0,79 − 0) = −39,5𝑚𝑚
𝑙6 = 50,0(0,53 − 0) = 26,5 𝑚𝑚 𝑙15 = 50,0(−0,89 − 0) = −44,5 𝑚𝑚
𝑙7 = 50,0(0,35 − 0) = 17,5 𝑚𝑚 𝑙16 = 50,0(−0,97 − 0) = −45,5 𝑚𝑚
𝑙8 = 50,0(0,16 − 0) = 8,0 𝑚𝑚 𝑙17 = 50,0(−1,02 − 0) = −51,0𝑚𝑚
𝑙9 = 50,0(0,00 − 0) = 0,0 𝑚𝑚 𝑙18 = 50,0(−1,00 − 0) = −50,0 𝑚𝑚

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