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JUL 2000 NBR NM 04


Concreto compactado com rolo -
Determinação da densidade in situ
ABNT-Associação
Brasileira de
com o uso de densímetro nuclear
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Origem: NM 04:2000
ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
NBR NM 04 - Rolled compacted concret - Site density determination by means
of the nuclear densimeter
Descriptors: Concrete. Density. Densimeter
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira de Esta Norma substitui a NBR NM 04:1997
Normas Técnicas Válida a partir de 31.08.2000
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Concreto. Densidade. Densímetro 7 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio nacional
Prefácio regional
Introdução
1 Objetivo
2 Definições
3 Fundamento do método
4 Aparelhagem
5 Calibração
6 Procedimento
7 Resultados
8 Precisão
Anexo A (normativo)

Prefácio nacional

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

O Projeto de Norma MERCOSUL, elaborado no âmbito do CSM 05 - Comitê Setorial MERCOSUL de Cimento e
Concreto, circulou para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados sob o número
05:00-NM004.

A ABNT adotou, por solicitação do seu ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados, a norma
MERCOSUL NM 04:2000.

Esta Norma substitui a NBR NM 04:1997.

Prefácio regional

O CMN - Comitê MERCOSUL de Normalização - tem por objetivo promover e adotar as ações para a harmonização e
a elaboração das Normas no âmbito do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, e é integrado pelos Organismos
Nacionais de Normalização dos países membros.
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2 NBR NM 04:2000

O CMN desenvolve sua atividade de normalização por meio dos CSM - Comitês Setoriais MERCOSUL - criados para
campos de ação claramente definidos.

Os Projetos de Norma MERCOSUL, elaborados no âmbito dos CSM, circulam para votação nacional por intermédio dos
Organismos Nacionais de Normalização dos países membros.

A homologação como Norma MERCOSUL por parte do Comitê MERCOSUL de Normalização requer a aprovação por
consenso de seus membros.

Esta Norma foi elaborada pelo CSM 05 - Comitê Setorial de Cimento e Concreto.

O texto-base do Anteprojeto de Revisão da NM 04:94 foi elaborado pelo Brasil e teve origem na Norma IRAM 1710 -
Parte I - Hormigón compactado a rodillo - Deteminación de la densidad "in situ" mediante el densímetro nuclear.

O anexo A (normativo), que define precauções a serem observadas com o uso do método de retrodispersão, faz parte
integrante desta Norma.

Este documento se completa com a NM 05:2000, que normaliza a determinação do teor de umidade de concreto
compactado com rolo, mediante o uso de densímetro nuclear.

Esta Norma consiste na revisão da NM 04:94, tendo sido feitas apenas alterações de forma para sua publicação como
NM 04:2000.

Introdução

Na aplicação dos métodos de ensaio previstos nesta Norma devem ser observadas as Normas de Segurança de cada País,
pois são utilizados materiais radioativos e também a radiação proveniente deles. O proprietário do equipamento de ensaio
e o operador responsável devem ter permissão individual e institucional correspondentes, outorgadas pelo órgão nacional
competente.

O concreto compactado com rolo (CCR) é um concreto de consistência rija, compactado por meio de rolos vibratórios,
que no estado endurecido se comporta de maneira similar a um concreto convencional. Constitui uma tecnologia em
crescente desenvolvimento, apresentando interessantes perspectivas tanto em suas aplicações técnicas como em
seus aspectos econômicos. A utilização do concreto compactado com rolo se verifica, principalmente, em duas
aplicações: pavimentação e barragens. Uma das características básicas para o controle de qualidade desse material
é a comparação da densidade de massa máxima obtida em laboratório com a densidade do material em obras, enquanto
se executa a compactação.

O uso crescente de métodos de determinação de densidade sumamente expeditos, como os núcleo-densímetros,


permite aumentar a velocidade de execução do controle de qualidade, aumentar a quantidade de amostras ensaiadas
e estabelecer um controle estatístico, sem atrapalhar o ritmo normal da obra.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma MERCOSUL define dois métodos para a determinação da densidade in situ de concreto compactado
com rolo, mediante o uso de densímetro nuclear:

a) método A: por transmissão direta;

b) método b: por retrodispersão.

1.2 Os dois métodos são adequados para a realização de ensaios de controle de qualidade e de aceitação durante a
construção, para a avaliação da qualidade posterior do concreto e para pesquisa tecnológica.

2 Definições

Contagem: Indicação externa de qualquer dispositivo que efetua a contagem de fenômenos de ionização devido à
radiação, mede-se em contagens por minuto (cpm).

3 Fundamento do método

3.1 Os aparelhos portáteis para a medição de densidade, chamados também núcleo-densímetros, empregam uma fonte
radioativa emissora de raios gama, usualmente césio 137 ou cobalto 60.

3.2 Esta radiação se emite com uma certa energia que, ao ser introduzida no material compactado, é atenuada devido
aos choques com os elétrons das órbitas exteriores dos átomos que o compõem.

3.3 Os choques produzidos diminuem a energia da radiação e, portanto, o efeito da radiação será tanto mais atenuado
quanto maior for a densidade do meio. A radiação refletida no material compactado é medida por um detector que cor-
relaciona esta com a densidade do meio.

3.4 As hipóteses principais em que se baseiam esses métodos são: que a dispersão Compton é a interação dominante
e que o material de ensaio é homogêneo.
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3.5 Os resultados do ensaio podem ser afetados pela composição química dos constituintes do concreto e pela
heterogeneidade da amostra. As variações resultantes dessas influências são minimizadas com o uso de um
equipamento adequado e com o cumprimento das prescrições estabelecidas no procedimento de ensaio.

3.6 Quando se utiliza o método de retrodispersão, os resultados de ensaio podem ser afetados também pela densidade
do material das camadas inferiores do concreto. Esse método apresenta uma distorção espacial, tendo em vista que
a sensibilidade do equipamento diminui com a distância à superfície do concreto (anexo A).

4 Aparelhagem

4.1 Densímetro nuclear

Os detalhes exatos de fabricação dos aparelhos podem variar, porém estes devem cumprir com os requisitos de precisão
estabelecidos em 8.2. O densímetro nuclear deve ser composto pelo descrito em 4.1.1 a 4.1.10.

4.1.1 Fonte de raios gama

Uma fonte de radio-isótopos encapsulada e selada.

4.1.2 Detector de raios gama

Qualquer tipo de detector de radiação, como um tubo Geiger-Müller, um cristal cintilante ou um contador proporcional.

4.1.3 Haste de emissão

Para medições por transmissão direta, tanto a fonte de raios gama como o detector devem ser acoplados a uma haste
de emissão que é introduzida em um orifício feito no material a ensaiar. A haste deve estar marcada a cada 50 mm e
deverá ser mecanizada, de forma que, quando for introduzida manualmente até a profundidade desejada, chegue
vagarosa e firmemente em posição a essa profundidade.

4.1.4 Instrumento de leitura

Um escalímetro adequado ou um medidor de leitura direta.

4.1.5 Caixa para o transporte

A fonte de raios gama, o detector, o instrumento de leitura e a fonte geradora de energia devem ser acondicionados em
uma caixa compacta, à prova de pó e umidade.

4.1.6 Padrão de referência

Bloco de densidade uniforme e invariável, previsto para verificar o funcionamento do equipamento, a contagem de
radiação de fundo (background) e a reprodutibilidade da contagem.

4.1.7 Placa de guia e instrumento perfurador

Para medições por transmissão direta é necessário ter uma placa de guia e um instrumento perfurador para fazer orifícios
na superfície do concreto, com diâmetro ligeiramente superior ao da haste de emissão.

4.1.8 Recipiente para ajuste da calibração

Rígido e impermeável, de dimensões interiores suficientes à realização do ajuste da curva de calibração, sem que se
observe interferência das paredes do recipiente nas respostas do instrumento.

NOTAS

1 Para medições por retrodispersão, recipiente com 450 mm x 450 mm x 150 mm (dimensões internas) cumpre com as exigências para
a maior parte dos aparelhos disponíveis no mercado.

2 Para medições por transmissão direta deve ser utilizado um recipiente com 600 mm x 600 mm x 100 mm (dimensões internas).

4.1.9 Balança

Com precisão de 0,2 g/100 g, em qualquer ponto dentro do intervalo de utilização, que deve compreender desde a massa
do recipiente para ajuste da calibração, até a massa desse recipiente mais a massa de concreto nele contida, cuja
densidade é da ordem de 2 600 kg/m³.

4.1.10 Barra ou placa de rasamento

Placa ou barra de rasamento lisa, de vidro ou metal, cujas dimensões principais sejam 50 mm superiores à largura ou
ao diâmetro do recipiente de ajuste da calibração.
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5 Calibração

5.1 Obtenção das curvas de calibração

5.1.1 As curvas de calibração são estabelecidas determinando a contagem para diferentes materiais de densidades
conhecidas e representando a curva em um gráfico cartesiano com a densidade no eixo das abcissas e a contagem
no eixo das ordenadas.

5.1.2 O método utilizado para obter a curva de calibração (transmissão direta ou retrodispersão) deve ser o mesmo a
ser usado na determinação da densidade.

5.1.3 Os materiais utilizados na calibração devem ter densidade uniforme.

NOTA - As curvas de calibração serão fornecidas pelo fabricante do equipamento ou podem ser obtidas mediante o uso de blocos com
densidade conhecida, ou recipientes preparados com um material uniforme e inalterável, compactado a uma densidade conhecida. Entre
os materiais considerados satisfatórios para serem utilizados como bloco padrão, incluem-se: granito, alumínio, pedra calcária e
magnésio.

5.2 Ajuste das curvas de calibração

5.2.1 Antes do uso é necessário ajustar a curva de calibração do equipamento para compensar os efeitos devidos a
variações na composição química. Este ajuste deve ser realizado sempre que a composição química do concreto a
ser ensaiado difira significativamente da composição do material com que se obteve a curva de calibração. Também
será necessário o ajuste, se for modificado o equipamento de ensaio.

5.2.2 O ajuste da curva de calibração deve ser definido utilizando o mesmo método de operação e a mesma profundidade
de ensaio e seguindo o procedimento descrito de 5.2.3 a 5.2.9.

5.2.3 Preparar uma mistura de concreto de composição similar à daquele que será ensaiado.

5.2.4 Encher o recipiente com concreto e compactar até obter um material uniforme e homogêneo, com densidade
aproximadamente igual à que será obtida na obra.

5.2.5 Rasar cuidadosamente o recipiente com a placa ou a barra definidas para essa finalidade, de forma a obter uma
superfície lisa e nivelada com as bordas do recipiente.

5.2.6 Pesar o concreto do recipiente, aproximando a 250 g, e determinar a densidade através da fórmula:

d= m
V

onde:

d é a densidade do concreto, determinada através da relação entre a massa e o volume, em quilogramas por metro
cúbico;

m é a massa do concreto, em quilogramas;

V é o volume do recipiente, em metros cúbicos.

5.2.7 Centrar o aparelho de medição (por transmissão direta ou retrodispersão) sobre a superfície do concreto do recipiente
e, rodando a base em torno de seu eixo vertical, realizar três leituras em cada uma das seguintes posições: 0°, 90°, 180°
e 270°.

NOTA - O aparelho deve estar centrado sobre a amostra para evitar os efeitos de borda do recipiente nas leituras.

5.2.8 Usando a curva de calibração correspondente, determinar a densidade média dos 12 valores obtidos.

5.2.9 Calcular a diferença ou desigualdade (d) entre os valores de densidade obtidos em 5.2.6 e 5.2.8.

5.2.10 Repetir as operações definidas nos itens 5.2.3 a 5.2.9 para duas amostras adicionais de concreto de igual
dosagem.

5.2.11 O fator de ajuste (k) é a média dos três valores obtidos em 5.2.10.

5.2.12 Se algum desses valores diferir do valor médio em mais de 24 kg/cm³, deve ser descartado, sendo recalculado
o fator de ajuste como a média dos dois valores restantes.
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5.2.13 O fator de ajuste é utilizado para obter a curva de calibração corrigida, que é paralela à curva de calibração original,
distanciada desta de um valor proporcional ao fator de ajuste.

5.2.14 Como alternativa, o valor do fator de ajuste pode ser aplicado a todas as determinações de densidade obtidas
a partir da curva de calibração.

5.3 Calibração do aparelho utilizando a curva de calibração

5.3.1 A calibração do equipamento com relação ao padrão de referência deve ser feita no início de cada dia e sempre
que os resultados do ensaio sejam duvidosos.

NOTA - Em alguns modelos antigos, os resultados do ensaio são fortemente influenciados pela temperatura ambiente, para o que se faz
necessária uma calibração freqüente.

5.3.2 O tempo de preaquecimento do equipamento é definido nas recomendações do fabricante.

5.3.3 Devem ser feitas, no mínimo, cinco leituras no padrão referência (ou mais, caso seja recomendado pelo fabricante
do equipamento) ou determinar a contagem durante 4 min no mínimo, se o equipamento contiver um contador norma-
lizado com registro automático.

5.3.4 Se duas ou mais leituras individuais estiveram fora do limite fixado para a desigualdade (d), deve ser repetida a
calibração.

5.3.5 Caso na segunda tentativa de aferição os valores obtidos ainda não sejam satisfatórios, verificar se não existe mal
funcionamento do equipamento.

5.3.6 Caso o equipamento esteja funcionando normalmente determinar um novo No (média das contagens), tomando
a média aritmética de, no mínimo, dez leituras no padrão de referência, através da fórmula:

Ns − No < 196
, No / K
onde:

Ns são as contagens, medidas na verificação do aparelho, em contagens por minuto (cpm);

No é a média de contagens previamente estabelecidas para o padrão de referência, em contagens por minuto (cpm);

K é o fator de ajuste, determinado de acordo com 5.2.11.

NOTA - Em equipamentos onde a contagem não tenha sido corrigida previamente, K = 1.

5.3.7 Caso se utilize um contador normalizado com registro automático e a contagem estiver fora do limite fixado para
a desigualdade (d), deve ser repetida a aferição.

5.3.8 Caso na segunda tentativa não se obtenha valores satisfatórios, verificar se o equipamento não apresenta mau
funcionamento.

5.3.9 Caso o equipamento esteja funcionando normalmente, determinar um novo No, que será igual à relação de con-
tagens obtida em 5.3.6.

5.3.10 Se o novo valor de No diferir em mais de 10% do original (com o qual se obteve a curva de calibração) é necessário
recalibrar o equipamento.

6 Procedimento

6.1 Método A - Transmissão direta

6.1.1 Escolher um local de ensaio de forma que:

a) qualquer ponto existente no eixo fonte-detector esteja, no mínimo, a 250 mm de qualquer objeto ou das bordas
da camada;

b) contenha concreto até uma profundidade 25 mm superior àquela em que foi introduzida a haste de emissão.

NOTA - Quando existirem camadas delgadas de concreto superpostas, retirar o concreto de uma área reduzida da camada adjacente,
até uma profundidade de 25 mm a 50 mm, antes de concretar a camada superior.

6.1.2 Alisar a superfície do concreto com um régua de madeira. Se necessário, utilizar a placa de guia e o instrumento
perfurador para fazer um orifício normal à superfície do concreto e ligeiramente mais profundo que o comprimento da
haste de emissão. Em alguns concretos, a haste pode ser introduzida diretamente, sem o uso da placa de guia e do
instrumento perfurador
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6.1.3 Introduzir a haste de emissão de modo que haja um contato direto entre esta e as bordas do orifício.

6.1.4 Aguardar o mesmo tempo de preaquecimento do aparelho mencionado para sua verificação.

NOTA - Para não afetar as leituras, manter qualquer outra fonte de radiação à distância mínima de 10 m do local de ensaio.

6.1.5 Tomar leituras com duração mínima de 1 min e determinar a densidade utilizando a curva de calibração ajustada.

6.1.6 Como alternativa, a densidade pode ser obtida através da curva de calibração original (sem ajuste) e ser aplicado
o fator de ajuste sobre os valores de densidade obtidos.

6.2 Método B - Retrodispersão

6.2.1 Escolher um local de ensaio de modo que, ao ser colocado o aparelho na posição de ensaio, qualquer ponto do
eixo fonte-detector esteja distante, no mínimo, 250 mm de qualquer objeto ou das bordas das camadas de concreto.

6.2.2 Preparar o local de ensaio alisando, tanto quanto possível, a superfície do concreto com uma régua de madeira.
Retirar todo o material solto e observar que as máximas depressões não excedem a 3 mm. Se necessário, completar
as depressões maiores com areia fina e logo nivelar a superfície com uma placa rígida ou outra ferramenta adequada.

6.2.3 Fixar o aparelho firmemente e seguir os procedimentos definidos em 6.1.4 e 6.1.6.

NOTA - Em camadas de concreto com espessura inferior a 75 mm, as leituras podem ser errôneas, se a densidade do material subjacente
diferir significativamente da densidade do concreto ensaiado. Existem procedimentos de correção adequados em alguns modelos de
equipamento.

7 Resultados

Os resultados dos ensaios devem conter:

a) método empregado (transmissão direta ou retrodispersão);

b) profundidade da haste de emissão, em se usando transmissão direta;

c) espessura da camada de concreto ensaiada;

d) dosagem do concreto;

e) contagem obtida na aferição do equipamento;

f) contagem obtida em cada leitura de ensaio e o valor médio da densidade corrigida, ou o valor da leitura direta
da densidade, em quilogramas por metro cúbico.

8 Precisão

8.1 Definição

8.1.1 A precisão do equipamento é obtida a partir da inclinação da curva de calibração e do desvio-padrão estatístico
da contagem, através da fórmula:
X
P=
S

onde:

P é a precisão, em quilogramas por metro cúbico;

X é o desvio-padrão estatístico, em contagens por minuto (cpm);

S é a inclinação, em contagens por minuto (cpm) por quilogramas por metro cúbico.

8.2 Determinação

8.2.1 A inclinação da curva de calibração é determinada no ponto que corresponde a 2 250 kg/m³.

8.2.2 O desvio-padrão é obtido a partir de dez leituras individuais, efetuadas em um material com densidade de
(2 240 ± 80) kg/m³. O equipamento não deve ser movimentado após ter sido colocado em posição para a primeira leitura.

8.2.3 Em aparelhos de leitura direta, a precisão P, em quilogramas por metro cúbico, é o desvio-padrão correspondente
a dez leituras individuais de densidade.

8.2.4 O valor de P deve ser inferior a 16 kg/m³ para determinações por retrodispersão e inferior a 8 kg/m³ em caso de
transmissão direta.

/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Precauções na aplicação do método por retrodispersão

A.1 O volume de concreto representado nessas medições é indeterminado e varia com:

a) a geometria da fonte-detector do equipamento utilizado;

b) as características do material ensaiado.

A.2 Em geral, quanto mais denso for o material mais reduzido será o volume, em determinações por retrodispersão.
A densidade assim determinada não é, necessariamente, a densidade média do volume total de concreto, pois as
leituras obtidas por retrodispersão são representativas de uma camada de material, cuja espessura está compreendida
entre 75 mm e 125 mm. A camada superior de 25 mm, determina entre 50% e 70% da contagem medida e os 50 mm
superiores determinam entre 80% e 90% desta. Quando os materiais têm densidade uniforme, esta característica do
método é desprezível.

A.3 A determinação da densidade através da retrodispersão é indireta. A relação entre as contagens nucleares e a
densidade se determina efetuando ensaios de correlação com materiais de densidade média conhecida.

A.4 As curvas de correlação estabelecidas não são válidas para todos os concretos devido às diferenças na composição
química. Este efeito é particularmente significativo nas medições pelo método da retrodispersão.

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