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tica pública de ciência e tecnologia em saúde dis- jos organizacionais, a estratégia Brasil Sorri-
cutindo a Agenda Nacional de Prioridades de Pes- dente, a vinculação com a ESF, as práticas base-
quisa em Saúde e sintetizando dois temas rele- adas em evidência e a noção de condições de
vantes: pesquisa clínica no Brasil e propriedade saúde bucal sensíveis à APS. O complexo pro-
intelectual e proteção patentária. cesso social da reforma psiquiátrica brasileira
Os dois capítulos iniciais da Parte III – Siste- organiza o capítulo Saúde Mental, Desinstituci-
ma de Saúde Brasileiro: História e configuração onalização e Novas Estratégias de Cuidado. As-
atual – analisam detalhadamente a História das sistência Farmacêutica mostra a complexidade
Políticas de Saúde no Brasil de 1822 a 1990. O de interesses e também os conflitos que envolvem
capítulo 12 atualiza um didático panorama so- o tema; revisa os gastos público e privado em
bre os princípios, os marcos legais e normativos, medicamentos, a participação do Estado no
a diversidade e a magnitude das ações e serviços acesso a medicamentos, o financiamento desta
do SUS; os quadros e as tabelas de resumo – assistência, a regulação do setor, a propriedade
generosamente utilizados no livro todo – alcan- intelectual e a influência de instrumentos inter-
çam especial clareza neste capítulo. No capítulo nacionais de comércio. A Parte IV se encerra
13, Financiamento e Alocação de Recursos em Saú- com dois componentes da vigilância em saúde.
de, atualizam-se dados sobre o montante e a com- Em Vigilância Epidemiológica: políticas, siste-
posição dos gastos públicos e privados em saúde mas e serviços se resumem as formas de orga-
no país e discute-se a relação entre a alocação de nização assumidas por esta atividade até a es-
recursos e a noção de equidade. No capítulo Pla- trutura atual do Sistema Nacional de Vigilân-
nos e Seguros Privados de Saúde, analisam-se os cia Epidemiológica, suas normas de gestão e
traços marcantes do empresariamento privado da competências por esfera de poder, seus proce-
assistência à saúde no Brasil. dimentos técnicos, sistemas de informação e
A Parte IV – Sistema Único de Saúde: Setores avaliação, destacando-se a vigilância de condi-
de Atenção – inicia-se com Modelos de Atenção à ções não transmissíveis. Em Vigilância Sanitá-
Saúde no Brasil que apresenta as definições teó- ria: campo da promoção e proteção da saúde ex-
rico-conceituais necessárias para discutir expe- planam-se os conceitos de risco, a questão da
riências nacionais e internacionais organizadas intervenção do Estado para seu controle e o di-
em modelos de atenção hegemônicos e propos- lema da sua ação intermediadora entre os inte-
tas alternativas; salienta-se o desafio de investi- resses sanitários coletivos e o setor produtivo; dis-
gar qual é a combinação mais adequada de tec- cute-se a gestão do risco sanitário e suas atri-
nologias e abordagens nos heterogêneos territó- buições são examinadas à luz dos desafios da
rios do país. Os três capítulos seguintes expla- Agência Nacional de Vigilância Sanitária e das
nam com precisão os “setores” tradicionais dos instâncias estaduais e municipais na prolonga-
sistemas de saúde – atenção primária, atenção da estruturação do Sistema Nacional de Vigi-
ambulatorial especializada, atenção hospitalar: lância Sanitária.
conjuntos de práticas, formas de organização, Um conjunto de Temas relevantes em políticas
conhecimentos e técnicas que se diferenciam e sistemas de saúde é apresentado por renomados
tanto pela densidade tecnológica quanto pelo autores nos 12 capítulos da Parte V, dentre estes
tipo de pontos de atenção que predominam a Bioética, a Reforma de Sistemas de Saúde, as
neles. O capítulo 16 sintetiza o debate internaci- Políticas Sociais na América Latina, a Participa-
onal entre as diversas abordagens de atenção ção Social, as Políticas públicas de saúde para os
primária à saúde (APS) com suas vertentes se- povos indígenas, a Aids e o rico capítulo sobre
letiva e integral; mostra-se a origem do termo Cuidado Continuado. O capítulo Regionaliza-
atenção básica à saúde (ABS) no Brasil e a evo- ção da saúde no Brasil apresenta análise abran-
lução desde um programa de atenção seletiva gente da categoria região, da relação entre terri-
até os desafios para concretizar a Política Naci- tório e saúde e da discussão do tema da regiona-
onal de Atenção Básica; na Estratégia Saúde da lização na conformação de sistemas universais
Família (ESF) analisam-se as equipes de traba- de saúde, voltando-se no caso brasileiro para as
lho, a intersetorialidade, a clínica ampliada, o diferenças e os conflitos entre descentralização e
apoio matricial; resultados de pesquisas atua- regionalização, os atributos para a conformação
lizam a estrutura da oferta e produção de servi- de redes de atenção; dados de pesquisa recente
ços de APS. Os capítulos seguintes revisam se- embasam a discussão dos desafios e condicio-
tores temáticos do sistema. Em Políticas de Aten- nantes da regionalização. O capítulo A Formação
ção à Saúde Bucal se destacam os novos arran- Superior dos Profissionais de Saúde revisa a si-
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