Você está na página 1de 4

QUESTIONÁRIO – REVISÃO AV2

O que estudar?
- Art. 4º da CF/88 (princípios fundamentais que regem as relações entre Brasil e outros
Estados);
- Nacionalidade;
- Tratados Internacionais;
- Direito do Mar;
- Fontes do Direito Internacional;
- Monismo e Dualismo;
- Direito Internacional Público e Direitos Humanos.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

1ª) Após assaltar uma embarcação turística a 5 milhas náuticas da costa do Maranhão,
um bando de piratas consegue fugir com joias e dinheiro em duas embarcações leves
motorizadas. Comunicadas rapidamente do ocorrido, duas lanchas da Marinha que
patrulhavam a área perseguiram e alcançaram uma das embarcações a 10 milhas
náuticas das linhas de base a partir das quais se mede o mar territorial. A segunda
embarcação, no entanto, só foi alcançada a 14 milhas náuticas das linhas de base. Ao
final, todos os assaltantes foram presos e, já em terra, entregues à Polícia Federal
A) as duas prisões são legais, pois a primeira embarcação foi interceptada dentro dos
limites do mar territorial e a segunda dentro dos limites da zona contígua, onde os
Estados podem tomar medidas para reprimir as infrações às leis de seu território.
B) a primeira prisão é ilegal, pois ocorreu em mar territorial, área de competência
exclusiva da Polícia Federal, e a segunda prisão é legal, pois ocorreu em zona contígua,
onde a competência para reprimir qualquer ato que afete a segurança nacional passa a
ser da Marinha.
C) as duas prisões são ilegais, pois a competência para reprimir crimes em águas
jurisdicionais brasileiras pertence exclusivamente à Divisão de Polícia Aérea, Marítima e
de Fronteira do Departamento de Polícia Federal.
D) a prisão da primeira embarcação é legal, mas não a da segunda, pois a jurisdição
brasileira se esgota nos limites de seu mar territorial, que é de 12 milhas náuticas
contadas das linhas de base.

2ª) Nos termos da Constituição Federal de 1988, são privativos de brasileiro nato
os cargos
A) de Presidente da República, de Deputado Federal e de Senador da República.
B) de Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira diplomática e de oficial das
Forças Armadas.
C) de Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado Federal e de
Presidente do Tribunal de Contas da União.
D) de Ministro do Supremo Tribunal Federal, de Ministro da Defesa e de Ministro da
Justiça.
E) de Prefeito, de Vereador e de Juiz de Direito.

3ª) O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de legislação
nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que podem conflitar com
as nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que procuram proporcionar solução
para o conflito entre as normas internas e as internacionais, assinale a opção correta.
A) A corrente monista e a dualista apresentam as mesmas respostas para o conflito
entre as normas internas e as internacionais.
B) Nenhum país adota a corrente doutrinária monista.
C) Consoante a corrente monista, o ato de ratificação de tratado gera efeitos no âmbito
nacional.
D) De acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional
convivem em uma única ordem jurídica.
E) De acordo com a corrente monista, a norma interna sempre prevalece sobre a
internacional.

4ª) A respeito dos tratados internacionais, assinale a opção correta.


A) Aprovados em dois turnos por ambas as casas do Congresso Nacional, os tratados
e as convenções internacionais, qualquer que seja a matéria sobre a qual versem,
adquirirão status de emenda constitucional.
B) As convenções da OIT não são consideradas tratados internacionais.
C) Caso não concorde com o teor de determinada convenção da OIT, o Poder Executivo
não estará obrigado a enviá-la ao Congresso Nacional para ratificação.
D) De acordo com a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, os
tratados, acordos internacionais regidos pelo direito internacional, podem ser
celebrados por escrito ou verbalmente.
E) Os defensores da aplicabilidade dos denominados acordos executivos — para os
quais não seria necessário referendo do Congresso Nacional — argumentam que a
exigência de referendo limita-se a acordos que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.

5ª) Com relação aos tratados internacionais, assinale a opção correta.


A) Para que tenham validade no âmbito do direito internacional, os tratados
internacionais devem ser sempre aprovados pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
B) No direito internacional público, a coação de um Estado pela ameaça ou emprego da
força pode dar causa à nulidade absoluta de um tratado internacional.
C) A entrada em vigor de um tratado internacional com mais de duas partes apenas se
dá a partir do momento em que todas as partes tenham concluído o processo de
ratificação, não surtindo efeito para nenhuma delas antes que todas tenham concluído
esse processo.
D) Apesar de não ter ratificado a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de
1969, o Brasil observa seu conteúdo como costume internacional e, portanto, como
fonte de direito internacional público.
E) Quando assinado pelo presidente da República, o tratado internacional cria
obrigações jurídicas para o Brasil a partir do momento da assinatura, sendo
dispensada, apenas neste caso, a ratificação.

6ª) Disserte acerca das funções e características do Direito Internacional Público.

O direito internacional público, tem como função regular as relações entre os estados em
na busca em estabelecer a paz mundial. Tem como características a
Obrigatoriedade - As regras do DIP são obrigatórias. Não se trata de cortesia internacional. Para Paul
Reuter (1981), “o caráter jurídico de uma regra internacional decorre da objetividade do seu enunciado,
da generalidade de sua aplicação e de sua compatibilidade com o conjunto das regras já admitido no
sistema”.

Fragmentação – O alargamento do domínio material do DIP é fragrante, especialmente em


decorrência do progresso técnico e da interdependência econômica entre os Estados. O caráter
fragmentário das regras de DIP decorre ainda de suas condições de elaboração, vinculadas à
convergência de interesses dos Estados ou de relações de força. É bom lembrar que mesmo as normas
que resultam do costume podem merecer divergentes interpretações.

Consentimento – Para que um Estado se comprometa com a regra de um tratado ou para que uma
norma seja reconhecida como costumeira, impõe-se o consentimento dos estados, inclusive daqueles
que são diretamente interessados.

7ª) Disserte acerca dos princípios fundamentais norteadores das relações entre o
Brasil e outros estados.

Os princípios constitucionais são normas contidas na Constituição que se aplicam às


demais normas constitucionais. Estes têm por objetivo evitar a existência de
contradições, imprimindo determinado significado às demais normas. Os princípios
constitucionais servem como ferramentas essenciais para uma melhor interpretação da
Constituição.
No princípio da Soberania, vimos que a nação é independente na ordem internacional,
sendo este princípio a base de um Estado em suas relações internacionais. Na
prevalência dos direitos humanos, foi exposto que o Brasil, através de convecções
internacionais, defende os direitos fundamentais da pessoa humana, além daquilo que
fez constar em sua própria Constituição a título de direitos fundamentais. Pelo princípio
da autodeterminação dos povos, deve-se aceitar as diferenças entre as nações e o
direito que tem os povos em se organizar na forma de Estados. Pela redação
constitucional do princípio da não-intervenção, infere-se que sua existência é para
proteger os países menos desenvolvidos dos países mais desenvolvidos. A partir dele é
que o Brasil é proibido de intervir (ou interferir) nos negócios alheios. Pelo princípio da
igualdade entre os Estados se infere que todos os Estados são juridicamente iguais,
não importando as disparidades econômicas, demográficas ou geográficas. Pelo
princípio da defesa da paz, pode-se concluir que o Brasil deve protagonizar a paz no
cenário internacional, sempre se utilizando de meios diplomáticos e das normas de
direito internacional público. O princípio da solução pacífica dos conflitos expressa o
temperamento pacífico do povo brasileiro, de modo que, em caso de conflito, o Brasil
deverá até se oferecer como intermediador de desavenças entre Estados que estejam
em estado beligerante ou pré-beligerante. Pelo fato de a Constituição brasileira
repudiar o terrorismo e o racismo, pode-se dizer que este país tenta se coadunar com
as conquistas internacionais dos direitos humanos. De fato, as práticas do racismo e do
terrorismo, em solo nacional, são consideradas hediondas. Pelo princípio da cooperação
entre os povos para o progresso da humanidade, pode-se compreender que o
constituinte de 1988 desejou que o Brasil privilegiasse a 18 cooperação internacional
para a solução dos problemas econômicos, sociais, culturais, ou humanitários. E, por
fim, o princípio da concessão de asilo político, pelo qual o Brasil se mostra à
comunidade internacional como um país acostumado a abrigar em seu território
pessoas perseguidas em virtude de opiniões políticas, conflitos étnicos etc.

Você também pode gostar