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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-CFP


Relatório de Experimento No 01: Cromatografia em camada

UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RECÔNCAVO DA BAHIA
Centro de Formações de Professores – CFP
Curso de Licenciatura em Química

CFP011- QUÍMICA ORGÂNICA II EXPERIMENTAL – 2017.1


Prof. Eliezer Pereira da Silva

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO 01
Cromatografia em camada

ALUNA: Thailana Silva Sousa de Santana

Julho - 2017
Amargosa-Bahia

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA


Disciplina: CFP391 Química Orgânica II - Experimental
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-CFP
Relatório de Experimento No 01: Cromatografia em camada

1. APRESENTAÇÃO
Este relatório descreve as atividades desenvolvidas por Luana Caroline Cerqueira
Leal, aluna do curso de química da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no
âmbito da parte experimental da disciplina CFP391 - QUÍMICA ORGÂNICA II
Experimental, durante o 1o semestre/2017.
A disciplina é ministrada pelo Prof. Eliezer Pereira da Silva. Serão descritos os
objetivos, a parte experimental, os resultados, os cálculos, a discussão e as conclusões
referentes ao experimento intitulado Cromatografia em camada.

Amargosa, 12 de Julho de 2017

___________________________
Thailana Silva Sousa de Santana

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA


Disciplina: CFP391 Química Orgânica II - Experimental
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Relatório de Experimento No 01: Cromatografia em camada

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada
na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes
interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. A grande
variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica
extremamente versátil e de grande aplicação. O termo cromatografia foi primeiramente
empregado em 1906 e sua utilização é atribuída a um botânico russo ao descrever suas
experiências na separação dos componentes de extratos de folhas. Nesse estudo, a
passagem de éter de petróleo (fase móvel) através de uma coluna de vidro preenchida com
carbonato de cálcio (fase estacionária), à qual se adicionou o extrato, levou à separação dos
componentes em faixas coloridas. Este é provavelmente o motivo pelo qual a técnica é
conhecida como cromatografia (chrom = cor e graphie = escrita), podendo levar à errônea
ideia de que o processo seja dependente da cor. Apesar deste estudo e de outros anteriores,
que também poderiam ser considerados precursores do uso dessa técnica, a cromatografia
foi praticamente ignorada até a década de 30, quando foi redescoberta. A partir daí diversos
trabalhos na área possibilitaram seu aperfeiçoamento e, em conjunto com os avanços
tecnológicos, levaram-na a um elevado grau de sofisticação, que resultou no seu grande
potencial de aplicação em muitas áreas. A cromatografia pode ser utilizada para a
identificação de compostos, por comparação com padrões previamente existentes, para a
purificação de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos
componentes de uma mistura. As diferentes formas de cromatografia podem ser
classificadas considerando-se diversos critérios, sendo alguns deles listados abaixo:
1. Classificação pela forma física do sistema cromatográfico. Em relação à forma física do
sistema, a cromatografia pode ser subdividida em cromatografia em coluna e cromatografia
planar. Enquanto a cromatografia planar resume-se à cromatografia em papel (CP), à
cromatografia por centrifugação (Chromatotron) e à cromatografia em camada delgada
(CCD), são diversos os tipos de cromatografia em coluna, os quais serão mais bem
compreendidos quando classificados por outro critério.
2. Classificação pela fase móvel empregada. Em se tratando da fase móvel, são três os
tipos de cromatografia: a cromatografia gasosa, a cromatografia líquida e a cromatografia
supercrítica (CSC), usando-se na última um vapor pressurizado, acima de sua temperatura
crítica. A cromatografia líquida apresenta uma importante subdivisão: a cromatografia
líquida clássica (CLC), na qual a fase móvel é arrastada através da coluna apenas pela
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força da gravidade, e a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), na qual se utilizam


fases estacionárias de partículas menores, sendo necessário o uso de uma bomba de alta
pressão para a eluição da fase móvel. A CLAE foi inicialmente denominada cromatografia
líquida de alta pressão, mas sua atual designação mostra-se mais adequada. No caso de
fases móveis gasosas, separações podem ser obtidas por cromatografia gasosa (CG) e por
cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR). A diferença entre os dois tipos está na
coluna. Enquanto na CGAR são utilizadas colunas capilares, nas quais a fase estacionária é
um filme depositado na mesma, a CG utiliza colunas de maior diâmetro empacotadas com
a fase estacionária.
3. Classificação pela fase estacionária utilizada. Quanto à fase estacionária, distingue-se
entre fases estacionárias sólidas, líquidas e quimicamente ligadas. No caso da fase
estacionária ser constituída por um líquido, este pode estar simplesmente adsorvido sobre
um suporte sólido ou imobilizado sobre ele. Suportes modificados são considerados
separadamente, como fases quimicamente ligadas, por normalmente diferirem dos outros
dois em seus mecanismos de separação. 4. Classificação pelo modo de separação. Por este
critério, separações cromatográficas se devem à adsorção, partição, troca iônica, exclusão
ou misturas desses mecanismos. Para se ter uma visão mais ampla dos diferentes tipos de
cromatografia, os mesmos estão dispostos no diagrama da Figura 1. Dentre os vários tipos
de cromatografia, especial ênfase será dada à cromatografia em camada delgada (CCD), à
cromatografia líquida clássica e de alta eficiência (CLAE) e à cromatografia gasosa de alta
resolução (CGAR).¹
No trabalho foi utilizado o método de Cromatografia em coluna, que também pode
ser chamada de Cromatografia líquida clássica. Esta técnica é muito utilizada para
isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas.

3. OBJETIVOS
Observar a separação de substâncias com diferentes polaridades, utilizando a técnica
de cromatografia em coluna, em diferentes proporções de acetona e álcool etílico.

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4. PARTE EXPERIMENTAL

Materiais
Bureta de 50ml Vidro de relógio Sílica gel (35 – 60 mesh, 60 Å)
Erlenmeyer 250ml Proveta 100ml Dois corantes misturados
Béquer 100ml Funil Álcool etílico
Bastão de vidro Espátula Acetona
Suporte universal Garra
4.1 Tabela 1. Materiais Utilizados na prática 1

4.2. Metodologia
Para preparação da fase estacionária adicionou-se a sílica gel em um béquer, em
seguida transferiu-a para uma bureta, posteriormente a transferiu novamente para um béquer e
adicionou-se a acetona P. A, misturando-os. Após a mistura O adsorvente foi adicionado
lentamente à coluna fixada na posição vertical, batendo-se continuamente ao longo da mesma
para que todo o ar seja expulso, de modo a se obter uma compactação uniforme. Após o
empacotamento, passou-se uma certa quantidade do eluente (duas a três vezes o volume da
coluna) a ser utilizado através da coluna antes da introdução da amostra. Logo após, para a
fase móvel, com o auxílio de um funil, foi adicionado uma cápsula com dois corantes
misturados, cobriu com uma fina camada de sílica gel, acomodou-se novamente, para evitar
vãos e adicionou-se diferentes porções de acetona e álcool etílico.
Tabela2: Proporções de Acetona e álcool etílico utilizados para realização
da cromatografia em coluna.

Amostra Fase móvel Proporção


1 Acetona 100%
2 Acetona/ álcool etílico 80%:20 %
3 Acetona/ álcool etílico 70%:30 %
4 Acetona/ álcool etílico 50%:50 %
5 Álcool etílico 100%

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

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As fases estacionárias mais utilizadas são sílica e alumina, entretanto estes adsorventes
podem servir simplesmente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases
estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por
partição. Suportes quimicamente modificados também têm sido usados, sendo o processo de
separação misto neste caso.
Esses suportes são acondicionados em tubos cilíndricos geralmente de vidro, de
diâmetros variados, os quais possuem uma torneira em sua extremidade inferior. A Figura 1 é
uma ilustração de uma coluna cromatográfica empacotada
com sílica, sendo mostrados seus demais constituintes. ¹
Na amostra 1 (Figura
2) onde foi adicionado
acetona um uma proporção
de 100%, foi possível
visualizar a saída apenas da
acetona.
Figura 1: Ilustração de uma coluna
cromatográfica. Na amostra 2 onde adicionou-se acetona em uma
Fonte: Google imagens, 2017. proporção de 80% e álcool etílico a uma proporção de
20%, viu-se que aumentou a polaridade pela adição do
álcool etílico (eluente). A escolha do eluente segue os
princípios discutidos em CCD, mas neste caso ele pode ser
mudado durante o processo cromatográfico. Se, por
exemplo, a amostra é constituída por duas substâncias,
uma apolar e outra polar, utiliza-se primeiramente um
eluente apolar e em seguida um eluente polar. ²
Na amostra 3, adicionou-se acetona em uma
proporção de 70% e álcool etílico a uma proporção de
30%. Já na amostra 4 (Figura 3), onde adicionou-se

Figura 2: Inicio do arraste da fase acetona em uma proporção de 50% e álcool etílico a uma
móvel, amostra 1. proporção de 50%, notou-se que quanto maior a
Fonte: Própria, 2017.
quantidade de álcool etílico adicionado, maior era o
aumento da polaridade e como consequência mais rapidamente acontecia o processo de
arraste de coloração.

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Figura 4: Etapa final do processo de arraste


Figura 3: Aumento no processo de arraste da fase móvel, amostra 5.
da fase móvel, amostra 4. Fonte: Própria, 2017.
Fonte: Própria, 2017

Na amostra 5 (Figura 4), utilizou-se álcool etílico a uma proporção de 100%, onde
notou-se que a polaridade aumentou significativamente, porém, não foi possível concluir o
experimento e analisar o resultado final, porque já havia encerrado o horário de aula e ainda
demoraria para que se concluísse a separação.
Por conta do tempo escasso, não pudemos concluir o experimento, não realizando
assim, a etapa de recolhimento do volume das frações para análise das mesmas.

6. CONCLUSÕES

Essa prática experimental nos permite concluir que a técnica de cromatografia de coluna
é muito eficiente para separar substâncias com diferentes polaridades devido às interações
desses componentes com a fase móvel e a estacionária, que depende da polaridade das
substâncias e efeitos específicos de afinidade e solubilidade com o solvente utilizado.

REFERÊNCIAS
1 DEGANI, A. Luiza G.; CASS, Quezia B.; VIEIRA, Paulo C. Cromatografia um
breve ensaio. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf>.
Acesso em: 6 de jul. de 2017.

2 BASSET, J.et al – Vogel: Análise Inorgânica Quantitativa. 4ª ed, Rio de Janeiro:


Guanabara Dois S. A, 1981; p. 6, 148 e 149.

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