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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ÊNFASE EM


ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Fichamento de Estudo de Caso

Trabalho da disciplina Gestão do conhecimento e da Inovação Empresarial

Fortaleza-CE
2018

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Estudo de Caso de Harvard: Ascensão e Queda da Nokia

Texto do Fichamento:

A história iniciou em 1871, com atividades no segmento de madeiras e onde tornou-se uma
grande empresa não apenas fabricante de papel, mas também pneus, calçados de borracha,
cabos e materiais elétricos. A partir daí encaixou-se na produção de telefones sem fios para
Serviços de governo, radiofones para carros, computadores e infraestrutura de redes de
telefonia. Em 1992, a Nokia concentrou-se nas telecomunicações e lança o primeiro celular
com tecnologia GSM, o Nokia 1011. Logo em 1994 é lançada a série 2100, que se revela um
grande sucesso. A empresa previa vender 400 mil unidades, mas as vendas atingem 20
milhões. Imediatamente a empresa finlandesa se torna líder mundial. O primeiro celular com
acesso à Internet é lançado em 1999, o primeiro aparelho com câmara fotográfica (o Nokia
7650) em 2001 e no ano seguinte o primeiro celular que permite captar vídeo (o Nokia 3650).
Também em 2002 é lançado o primeiro celular 3G (Nokia 6650).
A fabricação de celular e outros produtos eletrônicos possuem grande impulso ambiental.
Além de extrair recursos naturais, a produção de celulares também gera substâncias
prejudiciais para o meio ambiente. O descarte junto a reciclagem de celulares pode diminuir a
poluição do meio ambiente, a probabilidade de redução dos resíduos gerados nos diferentes
processos produtivos. Toda esta melhoria inicial se deu por alianças estratégicas, a partir da
fusão com várias empresas finlandesas e ocupantes dos cargos de gestão com competência
para fazê-la crescer. Como foi à era do desenvolvimento da Nokia sob a liderança do
engenheiro Kari Kairamo que ao tempo trabalhou para a expansão, manteve investimentos
em pesquisa e desenvolvimento. Possuía uma postura ousada, evoluindo processos
tradicionais.

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Líder mundial e quase incontestada por parte da Nokia, mas que infelizmente não
acompanhou o ritmo das evoluções tecnológicas e acabou perdendo espaço para outros
concorrentes. Neste mesmo século começaram a surgir os primeiros sinais de alarme para a
empresa finlandesa. Em 2004 começa a perder quota de mercado para os concorrentes, com
uma declinada para 35%, mas é em 2007 que acontece o verdadeiro evento que viria a
marcar o princípio do fim do domínio da Nokia. A Apple lançou o primeiro iPhone e a partir daí
a tendência para a Nokia é quase sempre de queda, já que a empresa nunca conseguiu
lançar “smartphones” apelativos para os utilizadores. Dentre os motivos que ocasionaram
essa queda acelerada, estava à conduta das pessoas que ocupavam cargos estratégicos que
não se atentaram para as evoluções ou agiram com excesso de confiança, sem considerar o
que estava acontecendo no mundo externo à empresa ou cometeram erros nas decisões
estratégicas.
A empresa depois de ter perdido a liderança nos “smartphones” para as concorrentes em
2011, no ano seguinte perde também o posto de líder no número total de celulares vendidos,
para a companhia sul-coreana. Em vários meses consecutivos de prejuízos (acumulou
perdas de mais de 5 milhões de euros) e corte do “rating” para lixo conduziram à inevitável
venda da unidade de celulares, que representa atualmente cerca de metade das suas
receitas. A outra parte é obtida com a unidade de equipamentos para telecomunicações, a
Nokia Solutions and Networks, uma empresa com presença em Portugal e que foi outrora
uma parceria desfeita com a alemã Siemens.
Quando parecia, que a empresa estava novamente destinada a sumir, em setembro de 2013
uma nova história da Nokia começava a ser escrita para introduzir-se com determinação no
mercado de smartphones e tentar competir contra Android e iOS, a gigante Microsoft
comprou toda a divisão mobile da parceira finlandesa pelo equivalente a R$ 17 bilhões. O
que mudou é que a Nokia agora foi “absorvida”, passando a operar como uma marca dentro
de outra: as linhas “X”, " Asha" e “Lumia”, assim como a divisão de feature phones, passavam
a ser toda da Microsoft. Porém, o fim da parceria era inevitável, ficaram juntas por 18 meses,
pois a relação estava desgastada por baixo desempenho no mercado, o nome da finlandesa
começou a ser removida dos aparelhos para deixar somente “Lumia”, e a própria Microsoft
abandonou a produção de novos modelos Windows Phone. O que sobrou da empresa após a
aquisição da Microsoft ficou impedida de comercializar dispositivos móveis sob o nome Nokia
por dois anos, mas manteve alguns negócios. A empresa de redes e infraestrutura Nokia

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Networks continuou a operar e a fazer grandes parcerias, enquanto a Nokia Technologies
nunca parou de desenvolver produtos. Em 18 de maio de 2016 a Microsoft anunciou a venda
da divisão de celulares básicos, bem como a licença que tinha para utilizar a marca Nokia
nesses mesmos dispositivos, à HMD Global, e as fábricas da antiga Nokia à F IH Mobile,
uma subsidiária da Foxconn. Em simultâneo, a HMD Global, uma start-up finlandesa for
mada por antigos empregados da Nokia, acordou com a empresa o direito de utilização da
marca Nokia, bem como das suas patentes, em smartphones Android.
Embora a Nokia, não tenha conseguido seguir o ritmo das evoluções tecnológicas que
sucedeu na venda de sua divisão de smartphones para a Microsoft, se rescindindo dos
aparelhos de gama mais baixa, a Empresa atualmente está se reinventando, com uma nova
ideologia e produtos baseados na tecnologia, com outras finalidades mais atraentes. E como
desde o início de sua história ocorreram mudanças no ramo de negócio que deram certo, a
empresa aposta em inovação para alcançar novamente o topo da liderança.
Difícil imaginar a Nokia como algo diferente de uma companhia de telefone celular. Mas se
olharmos a história da empresa, percebemos que ela tinha uma habilidade incrível de se
reinventar. Houve um tempo em que a Nokia era famosa por suas botas de borrachas e
pneus de carros. Houve também uma compra feita pela Nokia na participação da Siemens na
Nokia Solutions and Network, uma empresa de banda larga móvel e o software de mapas da
Nokia, que na época continuou no portfólio da empresa, foi líder de mercado na Grã-
Bretanha, por exemplo, foi usado em 80% dos carros com GPS.

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