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DIREITO INTERNACIONAL – AV1

13.02.2017

Incidência:
A) Entre Estados diferentes
B) Entre Estados e nacionais de outros Estados
C) Entre nacionais de Estados diferentes
D) Entre Estados e organismos internacionais

O direito internacional público trata das relações entre Estados, o direito privado trata das
relações jurídicas entre Estados com os nacionais de outro Estado.
Quem são sujeitos do Direito internacional público:
1 – Estados
2 – Organismos internacionais = São entes criados pelos próprios Estados, porém são
autônomos. Objetivo é o bem comum (ONU, OEA, OMC)
3 – Indivíduo

Fontes do Direito internacional público


- Tratados – principal, segurança jurídica
- Costumes
- Princípios gerais = Abstenção do uso da força; Solução pacífica dos conflitos; Não
intervenção em assuntos internos; Cooperação; Livre determinação dos povos; Igualdade
soberana. (Pacta Sunt servanda).

Tratado
Acordo entre nações soberanas e organismos internacionais regidos pelo direito
internacional, sempre redigidos por escrito em que versem sobre direitos e obrigações.
O descumprimento do tratado gera um inadimplemento internacional.
Os tratados podem ser bilaterais ou multilaterais.
Soft Law – é uma espécie de direito genérico.

20/02/2017

PERSONALIDADE INTERNACIONAL

Estado (Caracterização)
*População permanente
*Território determinado
*Soberania
*Governo

Classificação
*Simples = Não tem subdivisão, o poder é único e centralizado, adotado por pequenos
países.

*Compostos
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
*Coordenação = é a associação de estados soberanos ou associação de unidade
estatais que conservam apenas a autonomia de ordem interna, enquanto o poder
soberano é investido num órgão central.
- Estado Federal, é formado por estados membros autônomos e pela
União Federal soberana. Caracteriza-se pela união permanente de vários
estados que perdem a soberania para União Federal = BRASIL.

- Confederação, união de estados soberanos que se obrigam por um


tratado internacional a consecução de objetivos comuns = Províncias unidas
dos países baixos.

- União de estados, característica da monarquia. Ocorre quando um rei


chefia mais de um estado.

- “Communwealth”
A) Reconhecer a monarquia inglesa
B) Governar por si mesmo
C) Aceitar cooperar com os demais membros
D) Adotar o princípio da igualdade racial
E) Ser admitido pelos demais membros.

*Subordinação = Direito internacional NÃO reconhece mais este tipo de Estado.

RECONHECIMENTO DO ESTADO
- Ato:
*Discricionário
*Unilateral
*Irrevogável
*Incondicional

- Requisitos:
*Governo independente
*Controle efetivo do território e população
*Território delimitado
*Cumprimento das obrigações internacionais.

RECONHECIMENTO DO GOVERNO
- Finalidade:
*Permitir declarar qual é o governo do Estado
*Permite coagir o novo governo ao cumprimento das obrigações internacionais
assumidas pelo outro governo.
*Informar aos outros países e tribunais quem é o governo atual.

Governo de FATO e de DIREITO


- FATO = A assunção ao poder NÃO tem base constitucional e sua autoridade é imposta.
- DIREITO = Ao contrário, baseia-se na constituição.
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
BELIGERÂNCIA (Ocorre quando parte da população subleva para criar um novo Estado ou
para modificar a forma de governo existente. Com o reconhecimento da beligerância cada
um dos grupos beligerantes passa a ter direitos e deveres de um Estado em guerra) X
INSURGÊNCIA (Quando uma Insurreição de caráter jurídico ganha contorno de guerras
civis)

Extinção dos Estados


Quando desaparece qualquer dos seus elementos constitutivos.
*TOTAL = fusão, anexação ou desaparecimento do território.
*PARCIAL = soberania.

Sucessão
*Caracteriza-se pela modificação do poder soberano incidente sobre um território.
- Hipóteses:
A) Emancipação
B) Fusão
C) Anexação total
D) Anexação parcial

Institutos protetores dos indivíduos para hipóteses de anexação de Estados


*Plebiscito = voto secreto, precede à anexação, regido por terceiros, facultativo.
Consulta prévia a população para saber se aceitam a anexação.
*Opção = é o direito concedido aos indivíduos ocupantes do território a ser anexado
para a eleição entre a manutenção de sua nacionalidade ou a adoção da nacionalidade do
estado anexante.
A) Nascimento
B) Domicílio
C) Nascimento e domicílio
D) Nascimento ou domicílio

A sucessão de Estados significa a substituição de um estado pelo outro no tocante a


responsabilidade pelas relações internacionais

27/02/2017 - ???????????

06/03/2017

IMUNIDADES À JURISDIÇÃO ESTATAL

Conceito: São restrições a soberania, pelas quais o Estado não pode sujeitar os
representantes de outros Estados, presentes em seu território, ao seu ordenamento jurídico.

Categorias:
*Atos do império
*Atos de gestão
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
Exemplos de restrições:
*Capitulações: permite ao nacional ser julgado, pelas leis do seu país, mesmo estando
fora.
*Condomínios: território submetido à jurisdição de mais de um Estado.
*Arrendamentos de território: é a possibilidade, mediante pagamento, de ceder parte
do seu território.
*Concessões:
*Neutralidade de território:
*Servidões internacionais:

Ver art. 4º, §ú.


PRINCÍPIOS SOBRE RELAÇÕES EXTERIORES
Independência nacional
Prevalência dos direitos humanos
Autodeterminação dos povos
Não intervenção
Igualdade entre os Estados
Defesa da paz
Solução pacífica dos conflitos
Repúdio ao terrorismo e ao racismo
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
Concessão de asilo político
Fomento da integração econômica, politica, social e cultural dos povos da américa latina.

Conferência de cúpula: É uma reunião somente com chefes de Estado.

Agentes diplomáticos
Conceito: São os responsáveis pela representação do Estado em território estrangeiro
perante o governo local

Espécies de diplomacia:
*Secreta
*Bilateral
*Multilateral
*Cúpula
*Econômica e comercial
*Estado empresário

Direito de legação: Consiste na prerrogativa do Estado em enviar e receber agentes


diplomáticos de outros Estados.

Brasil – requisitos:
Observações importantes:
- Chefe de missão - credenciais
- Fala em nome de seu governo, promovendo intercâmbio econômico, cultural e científico.

O agente diplomático é inviolável


A) Não pode ser preso
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
B) Residência particular equipara-se ao local da missão
C) Imunidade penal
D) Imunidade civil e administrativa com ressalvas
E) Não pode ser obrigado a testemunhar.

13/03/2017

CONSULADO
São repartições públicas estabelecidas pelos Estados em portos ou cidades de outros
Estados, com a finalidade de velar pelos seus interesses comerciais, prestar assistência e
proteção aos seus nacionais, legalizar documentos, entre outras funções.

AGENTES CONSULARES
Serve para prestar assistência aos nacionais que residem no exterior.

Espécies:
*Honorários ou electi: São eleitos entre os nacionais do Estado em que servirão.
*De carreira ou missi: São escolhidos entre os nacionais do próprio Estado, para
proteção de seus nacionais e de seus interesses em outros estados.

Carta patente: Documento que representa a investidura do agente consular.


“Exequatur”: É a autorização concedida pelo Estado receptor admitindo o agente consular
para o exercício de suas funções.

Funções: Proteção dos interesses do Estado que os envia e de seus nacionais, incentivar o
desenvolvimento das relações comerciais, expedir passaportes, agir como notário em
registro civil.

Imunidades e privilégios:
Menor abrangência:

Renúncia a imunidade: O Estado que conferiu a função pode exercer a renúncia.


Proteção diplomática: É concedida pelo governo ao nacional que no exterior seja vítima
de um procedimento estatal arbitrário. Recebe o nome de ENDOSSO.

Condições
*Nacionalidade do particular: para ocorrer o endosso é necessário que quem peça
tenha a mesma nacionalidade do endossado.
*Esgotamento dos recursos internos: não é qualquer situação que motiva a
proteção diplomática, ou seja, o nacional deve ter recorrido a todas as formas de defesa no
país onde esteja, para só assim recorrer ao endosso.

Povo e população? Povo são os nacionais. População é o conjunto de nacionais e


estrangeiros residentes em caráter permanente no território.

Comunidade nacional: é formada pela soma dos nacionais residentes no próprio estado e
também aqueles residentes no exterior.
DIREITO INTERNACIONAL – AV1

POPULAÇÃO
Jurisdição territorial: Faculdade do estado aplicar o direito à sua população.
Jurisdição pessoal: caracteriza-se pela influência que o direito de determinado estado
exerce em relação aos nacionais residentes no exterior.

NACIONALIDADE
Espécies:
*Originária: Pelo nascimento.
*Derivada: Naturalização.

Critérios:
*Ius soli:
*Ius Sanguinis:
*Misto:

Apátrida ou heimatlos
Polipátrida

PRINCÍPIOS BÁSICOS
Todo Estado soberano deve conceber sua comunidade nacional
Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade
Vinculo efetivo
A nacionalidade é individual

Normas sedimentadas pelo costume


Aplica-se o critério “ius sanguinis” aos filhos de agentes de estados estrangeiros
Nenhum nacional pode ser banido do seu estado.

ESTRANGEIROS
O Estado tem o dever de garantir os direitos fundamentais do estrangeiro que esteja em seu
território, ainda que de forma transitória.
O estrangeiro não adquire qualquer direito de participação na vida política do estado.
O estrangeiro deverá adequar-se as leis do país em que se encontra.

Visto
É o documento que atesta a permissão de permanência do estrangeiro em determinado
país.

20/03/2017 - ????????

27/03/ 2017 - ????????

03/04/2017
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
QUADRO SINÓTICO

Extradição – requerimento de um Estado para que um nacional seu que se encontra em


outro Estado seja entregue para processo e julgamento.

Deportação – Entrada desautorizada de um indivíduo num país ou permanência irregular.

Expulsão – Entra regularmente, mas permanência torna-se nociva.

Banimento – É a expulsão do nacional do país de origem – VEDADO NO BRASIL.

Entrega – Ocorre no âmbito do tribunal penal internacional. É quando um país entrega seu
nacional para ser julgado pelo tribunal penal internacional.

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

- Pessoas de direito público externo formadas pela reunião de Estados que tem uma
finalidade em comum.
- Após constituídas adquirem personalidade internacional independente.

Requisitos
- Mínimo de 3 Estados participantes.
- Estrutura formal, precisa ter assemblei geral, secretarias.
- Funcionários com diferentes nacionalidades.
- Orçamento com a contribuição dos Estados membros.
- Independência na escolha dos funcionários.
- Objetivo internacional.

Características
- Não possui território, nem população.
- Seus agentes possuem imunidade diplomática.
- Responde por suas obrigações, tanto de forma ativa, como passiva.
- Não possui soberania.

10/04/2017 - ?????

17/04/2017

REQUISITOS DE VALIDADE DOS TRATADOS

Capacidade das partes Habilitação dos agentes signatários Consentimento mutuo Objeto recito e possível
DIREITO INTERNACIONAL – AV1

 Originarias – chefes de governo


 Derivadas – demais representantes
 Consentimento mutuo – concordância pelos Estados, nos termos do tratado, por isso
precisa de assinatura
 Objeto licito e possível

EFEITOS DOS TRATADOS

 Regra geral – o tratado não beneficia nem prejudica 3º, é efeito para regular as
situações jurídicas entre os signatários (partes).
 Quando acaba trazendo o 3º a ser atingido, mesmo indiretamente
 Efeito difuso – apesar de feito para regular, acaba ainda que indiretamente
atingindo 3º
 Efeito aparente – quando o tratado contiver clausula de nação mais favorecida

VIGÊNCIA CONTEMPORÂNEA OU DIFERENCIADA

 Incorporação do tratado pelo direito interno:


 Ratificação – estado participou da criação de tratado
 Adesão – não participou, mas no final aderiu
(Ambos são formas de Estado anuir o tratado. O Estado declara por meio delas que
concordam tal tratado).

 Aplicabilidade e interpretação:
 Pacta Sant Servanda (pactuou, tem que cumprir)
 O mais recente sobre o anterior (desde que sejam as mesmas partes o tratado
mais recente versa sobre o anterior)
 Regra geral prevalência do tratado. Entretanto nenhum tratado pode ser incorporado
no nosso ordenamento se contrariar a CF. Exceto os que versam sobre direito
humanos.
 Consequência da violação de tratado – autoriza a outra parte suspender a sua
execução ou a extinção do acordo
 Extinção do tratado – desde consentimento mutuo até a guerra
 Guerra – efeito extinto do tratado exceto prisioneiro de guerra (respeito). Atualmente
a guerra faz que termine os tratados bilaterais entre os beligerantes, todavia, existe
certos tratados que são mantidos durante a guerra, por ex. cuja finalidade é
justamente serem aplicados durante a guerra. Convenção de Auja 1907.
 Vigência contemporânea – data da vacatio legis
 Diferida – vacatio legis

INCORPORAÇÃO DO TRATADO PELO DIREITO INTERNO

 A forma pela qual o Brasil faz a transposição para o direito interno não se preocupa
com o direito interno, como vai vigorar aqui, se preocupa com a capacidade e não
com a forma, porque depende de país para país. Emenda Const. 45 de 2004.
 Norma de direito internacional contrariar tratado
DIREITO INTERNACIONAL – AV1
 Regra geral – prevalência do tratado. Entretanto, nenhum tratado pode ser
incorporado no nosso ordenamento contrariar a CF, excetos que versem sobre
direitos humanos (precisa de aprovação 3;5 em 2 turnos de votação).
 Consequência da violação em um tratado
 Autoriza a outra parte a suspender a sua execução ou a extinção do acordo.

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

 Desde a 2º guerra mundial


 1948 – declaração
 Artigos 30
 1º ao 21º - direitos individuais
 22º ao 28º - deveres da pessoa da comunidade
 30 –
 Gerações de direitos
 Direitos de 1º geração – direitos e garantias individuais
 Direitos de 2ºgeração – direitos sociais
 Direitos de 3º geração – fraternidade e solidariedade
 Comissão de direitos humanos 1966
 Pacto internacional sobre direitos civis e políticos 1966.
 Corte internacional de justiça

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