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A Responsabilidade Tributária Sob A Ótica Da Teoria Dualista Da Obrigação
A Responsabilidade Tributária Sob A Ótica Da Teoria Dualista Da Obrigação
Dualista da Obrigação
De outra senda, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho parecem colocar os
vínculos da obrigação, do dever de prestar, e da responsabilidade, dever de sujeição
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A Responsabilidade Tributária sob a Ótica da Teoria
Dualista da Obrigação
Trilha a mesma vereda Rui Stoco, para quem a obrigação seria um dever jurídico
originário e a responsabilidade um dever jurídico sucessivo, o que permite concluir, dada
a relação de sucessividade estabelecida entre ambos, que figuram como objeto de
relações jurídicas distintas.
Partindo desse patamar teórico para analisar a teoria dualista da obrigação, cabe afirmar
que a relação obrigacional funda-se em um fato jurídico para vincular o credor e o
devedor em torno de uma prestação e que a relação de responsabilidade tem por
fundamento justamente o inadimplemento da prestação para, vinculando os aludidos
sujeitos, permitir que um deles – o credor – busque no patrimônio do responsável,
segundo a forma preconizada pelo direito, a prestação inadimplida ou seu equivalente
monetário.
Apresenta-se, com isso, a diferença semântica entre as normas em questão (da norma
que põe a obrigação e da norma que põe a responsabilidade), que diferem tanto no
antecedente (a de responsabilidade exige o inadimplemento), quanto no consequente (a
de responsabilidade prevê uma permissão ao sujeito ativo, enquanto que a obrigacional
impõe uma obrigação ao sujeito passivo), o que permite concluir serem os vínculos da
obrigação e da responsabilidade objeto de normas jurídicas distintas e não elementos de
um mesmo vínculo, ou seja, objeto de uma mesma relação jurídica.
2 A norma de responsabilidade como norma de direito material.
relação entre credor e devedor, mas entre o Estado e o responsável, podendo aquele
invadir o patrimônio deste para o fim de sujeitar bens que o integram, para permitir,
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assim, a atuação da vontade concreta do direito positivo.”
E se trata mesmo de uma permissão, pois fica ao talante do credor exercer o direito
decorrente da inadimplência em busca da sujeição preconizada no consequente da
norma de responsabilidade. Se não quiser, não ajuizará a demanda executiva e não se
estabelecerá, entre o responsável e o Estado-juiz, qualquer relação jurídico-processual,
embora para ele, credor, enquanto não prescrita a sua pretensão, permaneça aberta a
possibilidade de requerer a prestação jurisdicional executiva.
“Não nos parece, porém, que a sujeição do devedor seja apenas processual. A
responsabilidade executória, como bem observa SALVATORE PUGLIATTI, embora
constitua, dentro da relação processual, uma situação autônoma de sujeição, deve estar
conexa à anterior situação de responsabilidade atinente ao direito substancial.
(...)
credor da prestação inadimplida voltar-se contra ele para buscar em seu patrimônio o
montante necessário para o pagamento da dívida.
Resta, ainda, uma questão a ser dirimida, que diz respeito à possibilidade de se impor
responsabilidade a pessoas em virtude do descumprimento da prestação objeto de uma
relação obrigacional em cujo íntimo não figuraram como sujeitos passivos, ou seja, é
possível que terceiros não obrigados possam ser responsabilizados pelo inadimplemento
de obrigação alheia?
Creio que a resposta a essa questão é afirmativa, como se verifica na doutrina de Silvio
de Salvo Venosa, para quem:
O responsável, no contexto da teoria geral do direito, foi identificado como aquele que
figura no polo passivo de uma norma primária diferente da norma que põe a obrigação
tributária em sentido estrito, que traz no antecedente o fato do inadimplemento da
obrigação e no consequente a relação jurídica cujo conteúdo consiste na permissão ao
credor de, segundo o procedimento preconizado pelo direito positivo, sujeitar o
responsável ao cumprimento da prestação, ou de seu equivalente pecuniário.
O nascimento, nos aludidos casos, da obrigação já para aquele que o Código Tributário
Nacional chama de responsável (sucessor ou terceiro) dependerá de estarem presentes
os pressupostos (eventos) previstos nos enunciados prescritivos que lhe impõem a
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Ademais, é preciso ter em conta que, tratando-se de lançamento de ofício, esse limite
temporal amplia-se de modo que, se ocorrido, no plano fático-social, o evento que
determina a responsabilidade até a data do lançamento, deve-se interpretar o já
mencionado art. 144 do CTN (LGL\1966\26), que determina que o lançamento
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador, em conjunto com o que dispõe o art.
142 do mesmo diploma legal, para concluir que ao responsável tributário deverá ser
imposta a condição de obrigado, tomando em consideração, a autoridade lançadora,
toda a situação fática ocorrida até a data do lançamento.
Essa hipótese fica bastante clara quando se reflete acerca do processo de positivação
das obrigações tributárias cujas normas devem ser constituídas por ato do
contribuinte/responsável (lançamento por homologação), mas este permanece inerte,
impondo a necessidade do fisco efetuar o lançamento de ofício substitutivo, ocasião em
que certifica o fato descumprimento do referido dever instrumental e efetua a
constituição da obrigação tributária, para o que deve tomar o contexto fático-social
(eventos) existente até ali para constituir a norma obrigacional, seja em face do
contribuinte, seja em face dos sucessores ou terceiros, desde que cumpra o ônus de
constituir em linguagem competente os fatos que permitem atribuir-lhes a sujeição
passiva.
Neste caso, cabe ao Fisco constituir a norma obrigacional tal qual deveria ter feito o
particular desidioso (que deixou de constituir a obrigação contra si) e, verificando a
ocorrência do fato jurídico determinante da sucessão ou da responsabilidade de
terceiros, tomar esse fato em consideração para edificar o critério subjetivo da regra
matriz de modo a abranger também o responsável.
Neste último caso, não será imposta ao terceiro responsável a obrigação, mas tão
somente a responsabilidade, tomado o termo na acepção teórico-geral. Com base nos
mesmos enunciados prescritivos serão introduzidas no ordenamento jurídico normas em
sentido estrito que imporão ao terceiro responsável o dever de sujeição patrimonial para
a obtenção forçada da prestação tributária inadimplida por outrem.
Nessa perspectiva, é importante aludir e enfatizar que não há qualquer contradição entre
o reconhecimento da possibilidade do terceiro responsável ser posto como obrigado no
contexto da regra matriz de incidência tributária e o disposto no art. 3.º do CTN
(LGL\1966\26), que coloca como requisito necessário para que uma prestação pecuniária
constitua tributo, que não consubstancie sanção imposta em razão da prática de ato
ilícito, de infração.
Embora a prática do ilícito seja característica nos casos que o Código Tributário Nacional
prevê sob a égide da responsabilidade de terceiros, nota-se que estes terceiros figurarão
como obrigados em virtude dos respectivos enunciados prescritivos que lhes atribuem tal
responsabilidade serem utilizados para a edificação do aspecto subjetivo da regra matriz,
o que não implicará qualquer alteração do aspecto material de seu termo antecedente,
que continuará descrevendo fato jurídico lícito denotador de riqueza.
Essa intervenção, infere-se a partir dos incisos do aludido dispositivo legal, pode ocorrer
tanto no contexto do evento demonstrador de riqueza tributável, como também em
momento posterior, desde que implique a falta de pagamento do tributo e a
impossibilidade de cobrança daquele que ostenta a sujeição passiva na obrigação
tributária em sentido estrito.
Pode-se concluir, assim, que os casos de responsabilidade de terceiros postos pelo artigo
em comento implicarão, em virtude da previsão de que deve ser comprovada a
impossibilidade de obter-se o adimplemento no patrimônio do obrigado, aos terceiros tão
somente a responsabilidade, na significação teórico-geral, por obrigação alheia, posto
que esta nascerá em face daquele que está previsto como sujeito passivo na regra
matriz de incidência e somente depois de verificado o inadimplemento e a
impossibilidade de obter o adimplemento forçado no seu patrimônio, que o fisco poderá
voltar-se aos responsáveis elencados em seus incisos, atribuindo-lhes a responsabilidade
pelo montante correspondente ao tributo inadimplido.
Uma última advertência impõe-se: por expressa injunção legal, a obrigação surgida para
o responsável não abrange o montante eventualmente devido pelo obrigado a título de
penalidade que não decorra da mora no adimplemento da obrigação, o que está previsto
no parágrafo único do art. 134 do CTN (LGL\1966\26).
4.2.2 A responsabilidade fundada no disposto no art. 135 do CTN
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Adianta-se, para que não haja muito suspense, que a resposta que se dará à questão é
negativa. O advérbio “pessoalmente”, que consta da expressão descrita, não impõe que
a obrigação pelo crédito tributário será exclusiva daqueles mencionados em seus incisos,
quando verificados os requisitos do caput, mas apenas enfatiza que eles podem ser
postos como sujeitos passivos da obrigação tributária ou, ainda, que deverão responder
pela obrigação tributária surgida com seu patrimônio, sem que se perquira acerca do
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sujeito passivo contribuinte/substituto ser capaz ou não de efetuar o pagamento.
Com isso, pode-se analisar o segundo problema semântico, que exige elucidação da
significação do termo “ resultantes ”, constante no caput do mesmo dispositivo para
prescrever que as hipóteses de responsabilidade nele previstas limitam-se às obrigações
tributárias que resultem de atos praticados com excesso de poderes, infração de lei,
contrato social ou estatutos.
Quanto a esse aspecto, Maria Rita Ferragut afirma que o vocábulo limita a incidência do
dispositivo apenas aos casos em que o ato ilícito é anterior ao evento tributário previsto
na regra matriz de incidência tributária, conforme se verifica no seguinte excerto de sua
obra:
“Comprova-se com base nessa estrutura que, como o art. 135 determina que o fato
ilícito resulte na obrigação tributária, ele deverá ser, necessariamente, anterior a ela,
para poder implicá-la.
Por fim, depreendemos que a ocultação do fato jurídico tributário também não é infração
típica do art. 135. Sem dúvida alguma, esse fato é lícito, mas seu fundamento de
validade é tão somente o art. 137 do CTN (LGL\1966\26). E por quê? Porque a ocultação
não resulta na obrigação tributária. O que resulta é o fato ocultado (e posteriormente
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vertido em linguagem, diga-se).”
Esta interpretação considera que a estrutura sintática da norma jurídica (em sentido
estrito) é hipotético-condicional, em função do que, pela imputação deôntica, o termo
consequente aparece como decorrência do antecedente, e sendo a obrigação tributária,
a relação jurídica que ocupa a posição sintática de consequente da norma
jurídico-tributária, causada (causalidade jurídica ou imputação deôntica) pelo fato
descrito no pressuposto normativo, conclui que o fato jurídico desencadeador da
responsabilidade tributária fundada no art. 135 deverá, também, ser o causador (em
plano extrajurídico – causalidade natural) do evento jurídico-tributário, o qual, tendo
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sido causado por ele (o fato gerador da responsabilidade), dará causa à obrigação
tributária em sentido estrito, tal qual houvesse entre eles uma relação de transitividade.
Entretanto, essa posição não é unânime, havendo respeitável doutrina que postula ser
bastante para a responsabilização na forma do artigo em discussão que o ato infracional
implique o inadimplemento da obrigação tributária, conforme se depreende do seguinte
excerto da obra de Andréa M. Darzé:
“Assim, não basta, por exemplo, que a pessoa jurídica deve tributos para que a (sic)
diretor possa vir a ser chamado a satisfazê-lo. É preciso mais que isso: a comprovação,
por meio da linguagem das provas, que atuou com excesso de poderes ou infração à lei
ou ao contrato social e que dessa sua atitude decorreu a inadimplência da sociedade
perante o Fisco.
Noutras palavras, duas são as condições para a incidência do presente dispositivo legal: i
. que os sócios, diretores, gerentes ou representantes pratiquem atos de gestão e ii. Que
o inadimplemento da obrigação tributária decorra de atos contrários à lei, contratos e
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estatutos.”
Definida a posição acerca dos problemas semânticos relatados, pode-se afirmar que o
responsável, na forma do art. 135 do CTN (LGL\1966\26), poderá ostentar a condição de
obrigado na relação jurídica posta em virtude da aplicação da regra matriz de incidência
tributária, podendo, também, ser, pelo seu inadimplemento, responsabilizado, desde que
reste comprovado que tenha praticado infração à lei, contrato social ou estatuto, tudo
dependendo do cotejo entre o momento da ocorrência do evento ilícito e aquele em que
houve o lançamento.
Assim, quando o ilícito ocorrer após o lançamento, entendido na forma do art. 142 do
CTN (LGL\1966\26) (ato privativo da autoridade administrativa), a obrigação surgirá
contra o sujeito passivo previsto na regra matriz de incidência tributária sem que se
possa valer, aquela autoridade, dos enunciados prescritivos do mencionado artigo para
edificação do elemento subjetivo da relação (o que é óbvio, uma vez que não ocorrido
qualquer ilícito), que, inadimplindo-a, passará a ser responsável (sentido teórico-geral),
posto que permitido ao credor buscar em seu patrimônio o montante necessário ao
pagamento de seu crédito.
De outro lado, nos casos em que a infração antecede a constituição do crédito tributário,
quando ela poderá originar à própria obrigação, ou mesmo dar ensejo ao seu
inadimplemento, este último caso vislumbrado a partir da noção de lançamento de ofício
substitutivo, quando a obrigação tributária é constituída quando já deveria ter sido paga,
caso o contribuinte tivesse efetivado a autoconstituição, cabe à autoridade fiscal
lançadora constituir, no mesmo veículo introdutor (lançamento), a obrigação tributária
em face do contribuinte e do terceiro responsável, tomando por base, agora, para a
edificação do critério subjetivo da regra matriz, além dos enunciados prescritivos da lei
instituidora do tributo, aqueles previstos no art. 135 do CTN (LGL\1966\26).
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Assim é, porque, diferentemente do que se dá nos casos do art. 134 do referido diploma
legal, nos casos em voga não há imposição de que haja comprovação da impossibilidade
de exigir o cumprimento da obrigação em face do contribuinte/substituto, o permite,
desde logo, contra o terceiro responsável ser constituída a obrigação, sem a necessidade
de se intentar a cobrança em face daquele e, somente após comprovada sua absoluta
inadimplência, responsabilizar-se o terceiro.
5 Considerações finais
A responsabilidade pode recair sobre o obrigado, como sobre terceira pessoa que não
compôs a relação jurídica obrigacional, situação na qual, além do fato inadimplemento,
outro fato comporá o termo antecedente da respectiva norma de responsabilidade,
permitindo ao credor sujeitar, segundo a forma preconizada pelo direito positivo, este
terceiro ao adimplemento forçado da prestação obrigacional.
Essa visão permite uma ampliação do espectro de normas em sentido estrito que podem
ser construídas a partir dos enunciados prescritivos atinentes ao tema encontrados no
Código Tributário Nacional, além de permitir uma nova visão sobre o tema do
estabelecimento de responsabilidade no bojo de processos de execução fiscal.
6 Referências bibliográficas
ARAÚJO, Clarice von Oertzen de. Semiótica do direito. São Paulo: Quartier Latin, 2005.
ASSIS, Araken de. Manual da execução. 12. ed. rev. ampl. e atual., São Paulo: Ed. RT,
2009.
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 19. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2009. vol. I.
______. Lições de direito processual civil. 17. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. vol.
II.
______. Curso de direito tributário. 25. ed., São Paulo: Saraiva, 2013.
______. Direito tributário linguagem e método. 5. ed., São Paulo: Noeses, 2013.
CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário. 3. ed. São Paulo: Quatier Latin, 2012.
FERRAGUT, Maria Rita. Responsabilidade tributária e o Código Civil de 2002. 3. ed. São
Paulo: Noeses, 2013.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. 10. ed.
São Paulo: Saraiva, 2009. vol. II – Obrigações.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 26. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2014. vol. II – Teoria geral das obrigações.
1 “Essa relação de crédito foi resgatada do Direito Romano pelo direito alemão, por meio
da conhecida ‘teoria dualista’ das obrigações (com reflexo nas relações jurídicas),
separando de forma lógica o crédito/débito (Schuld) e a garantia/responsabilidade
(Haftung)” (BECHO, Renato Lopes. Sujeição passiva e responsabilidade tributária, p.
153).
2 PEREIRA. Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 26. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2014. vol. II – Teoria geral das obrigações, p. 25.
3 GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. 10.
ed. São Paulo: Saraiva, 2009. vol. II – Obrigações, p. 10.
5 CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. vol. II, p. 194.
6 Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação
certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
10 Direito civil, teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos, p. 43.
13 Esta posição, segundo Andrea M. Darzé, que assume postura oposta à sustentada, é
adotada de forma predominante na comunidade jurídica, como se vislumbra a partir da
seguinte passagem de sua obra: “Em termos mais diretos, a aplicação da norma
sancionatória implica a anulação do crédito tributário já lançado contra o contribuinte ou
impede o seu lançamento, por força da ineficácia técnica sintática que produz
relativamente ao enunciado da sujeição passiva da regra matriz em sentido amplo. Este,
todavia, não é o posicionamento que predomina na comunidade do discurso científico,
tampouco entre os integrantes do Fisco”. (grifos nossos) (Responsabilidade tributária
solidariedade e subsidiariedade, p. 180).
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