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25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº.

Flávio

Espaço do Profº. Flávio

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Arquivo mensal: maio 2012

50 ANOS da QUEDA da INÉRCIA dos


Gases NOBRES

MAI 30
Publicado por quimicafla

Written by Editor Canal Fala Química Monday, 26 March 2012


08:30

Neste mês de março completa-se 50 anos de um feito que revolucionou a química. E que,
certamente, modificou os livros-texto.

Ocorre que, na época, a teoria do octeto – que já existia desde o final do século XIX – parecia explicar
tudo e era amplamente aceita. Explicava, entre outros, a inércia dos gases nobres: como possuem a
camada de valência completa, não formam ligações. De fato, até então, nenhum composto com
qualquer gás nobre havia sido identificado.

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Isto até que o químico britânico Neil Bartlett, professor na Universidade da Califórnia em Berkeley
(UCB), conseguiu uma façanha – em março de 1962.

Bartlett era um especialista em compostos com flúor e vinha estudando reações redox com o gás
hexafluoreto de platina – PtF6. Ele observou que este gás era capaz de ionizar o gás oxigênio. Como
os potências de ionização do O2 e Xe (1177 e 1170 kJ/mol, respectivamente) são parecidos, Bertlett
tentou a reação com xenônio.

E, pela primeira vez na história da humanidade, um composto de gás nobre foi obtido:
hexafluoroplatinato de xenônio, o Xe+[PtF6]-. Repare que o Xe é um cátion no composto de Bertlett.

Inicialmente, Bertlett achava que a reação era assim:

Mais tarde, comprovou-se que o que de fato ocorria era:

Hoje, após o desbravamento de Bertlett, já existem diversos compostos obtidos com Xe e Kr. E o
título de gases inertes foi suprimido da nobreza dos gases nobres!

Publicado em Conceitos Químicos

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Prêmio Nobel de Química

MAI 28
Publicado por quimicafla
Prêmio Nobel de Química 1901-1920

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Esta seção objetiva apresentar os químicos laureados com o Prêmio Nobel de 1901 a 1920.
As informações a respeito dos cientistas premiados foram obtidas do sítio Wikipedia
(http://pt.wikipedia.org) e do sítio oficial do Prêmio Nobel
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(http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/index.html), em 16/03/2009, sendo o seu


conteúdo responsabilidade daquela enciclopédia colaborativa virtual. O link no nome da cada
cientista remete a um ambiente externo ao portal.
Os premiados entre 1901 e 1920 são:
1901Jacobus Henricus van’t Hoff (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacobus_Henricus_van%27t_Hoff)
Químico dos Países Baixos que levou a cabo estudos sobre afinidade química e sobre cinética das
reações, mediante a aplicação de conceitos termodinâmicos ao estudo dos equilíbrios químicos, e
determinou a relação entre a constante de equilíbrio e a temperatura absoluta (equação isocórica de
Van’t Hoff).
1902Hermann Emil Fischer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermann_Emil_Fischer)
Químico alemão que desenvolveu trabalhos sobre a síntese dos açúcares.
1903Svante August Arrhenius (http://pt.wikipedia.org/wiki/Svante_August_Arrhenius)
Químico sueco que desenvolveu uma teoria sobre a dissociação eletrolítica.
1904 William Ramsay (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Ramsay)
Químico britânico que desenvolveu trabalhos sobre os gases e a determinação da posição que
ocupam no sistema periódico.
1905Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Friedrich_Wilhelm_Adolf_von_Baeyer)
Químico alemão que desenvolveu a síntese de índigo e a determinação da sua estrutura química.
1906 Henri Moissan (http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Moissan)
Químico francês que, entre suas contribuições científicas mais notáveis, realizou, em 1886, o
isolamento do flúor na forma de um gás amarelo esverdeado, por eletrólise de uma solução de
fluoreto de hidrogênio e potássio (KHF) em fluoreto de hidrogênio (HF).
1907Eduard Buchner (http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduard_Buchner)
Químico alemão que desenvolveu o processo de fermentação na ausência de células vivas.
1908 Ernest Rutherford (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Rutherford)
Físico e Químico inglês que investigou a desintegração dos elementos e a química das substâncias
radioativas.
1909 Wilhelm Ostwald (http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Ostwald)
Químico alemão nascido na Letônia, considerado o pai da físico-química. Recebeu o Nobel por seu
trabalho sobre catálise.
1910 Otto Wallach (http://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Wallach)
Químico alemão que desenvolveu seus trabalhos no campo dos compostos alicíclicos.
1911 Marie Sklodowska-Curie (http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Sklodowska-Curie)
Cientista francesa de origem polaca. Foi laureada com o Prêmio Nobel de Física de 1903 pelas suas
descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenômeno pouco
conhecido) e com o Prêmio Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos
rádio e polônio.
1912 Victor Grignard (http://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Grignard)
Químico francês. Sua descoberta mais importante foi a dos compostos organomagnesianos,
chamados de reativos de Grignard. Esta descoberta permitiu proporcionar na química orgânica um
método novo de síntese denominado reação de Grignard.
1912 Paul Sabatier (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Sabatier)
Químico francês que compartilhou com Victor Grignard o Prêmio Nobel de Química. Sua
descoberta mais importante foi a dos compostos organomagnesianos, chamados de reativos de
Grignard.
1913 Alfred Werner (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Werner)
Químico alemão que contribuiu com o desenvolvimento da estereoquímica.
1914 Theodore William Richards (http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_William_Richards)
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Químico norte-americano que desenvolveu seus trabalhos para a determinação dos pesos atômicos
de mais de vinte e cinco elementos, com quatro cifras decimais.
1915 Richard Martin Willstätter (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Martin_Willst%C3%A4tter)
Químico alemão que promoveu pesquisas pioneiras sobre os pigmentos vegetais, especialmente a
clorofila.
1916 não houve premiação.
1917 não houve premiação.
1918 Fritz Haber (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fritz_Haber)
Químico polonês que desenvolveu a síntese do amoníaco.
1919 não houve premiação.
1920 Walther Hermann Nernst (http://pt.wikipedia.org/wiki/Walther_Hermann_Nernst)
Físico-químico alemão que desenvolveu o chamado “teorema do calor”, segundo o qual a entropia
de uma matéria tende a anular-se quando sua temperatura se aproxima do zero absoluto,
constituindo a terceira lei da termodinâmica.

Os premiados entre 1921 e 1940 são:


1921Frederick Soddy (http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Soddy)
Químico inglês que fez notáveis contribuições para o conhecimento das substâncias radiativas.
1922 Francis William Aston (http://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_William_Aston)
Físico e químico britânico que determinou as massas atômicas de todos os elementos do sistema
periódico.
1923 Fritz Pregl (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fritz_Pregl)
Químico austríaco que planejou e desenvolveu métodos de microanálises orgânicas.
1924 não houve premiação.
1925 Richard Adolf Zsigmondy (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Adolf_Zsigmondy)
Químico austríaco que promoveu investigações teóricas e experimentais da química dos coloides e
idealização e realização do primeiro ultramicroscópio.
1926 Theodor Svedberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Svedberg)
Químico sueco que desenvolveu pesquisas sobre a física-química dos coloides.
1927Heinrich Otto Wieland (http://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Otto_Wieland)
Químico alemão que desenvolveu pesquisas sobre os ácidos biliares.
1928 Adolf Otto Reinhold Windaus (http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Otto_Reinhold_Windaus)
Químico alemão que promoveu estudos sobre a constituição das esterinas e suas relações com a
vitamina D.
1929 Arthur Harden (http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Harden)
Bioquímico inglês cujas pesquisas se referem aos processos químicos que ocorrem na fermentação
dos carboidratos pelas células de leveduras. Descobriu um procedimento para acelerar a
fermentação adicionando ao meio fosfatos inorgânicos.
1929 Hans Karl August Simon von Euler-Chelpin
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Karl_August_Simon_von_Euler-Chelpin)
Químico sueco que compartilhou o Nobel com Sir Arthur Harden, por suas investigações no campo
da fermentação do açúcar e das enzimas responsáveis pelo processo.
1930 Hans Fischer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Fischer)
Químico e médico alemão que trabalhou, principalmente, na pesquisa dos pigmentos do sangue, da
bile e também da clorofila das plantas, assim como na química das porfirinas e dos seus pigmentos
derivados. Deu especial importância para síntese da bilirrubina e da hemina, um dos componentes
da hemoglobina.
1931 Carl Bosch (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Bosch)
Químico e industrial alemão que, depois da I Guerra Mundial, trabalhou nas sínteses do petróleo e
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do metanol, aplicando procedimentos químicos sob alta pressão.


1931 Friedrich Bergius (http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Bergius)
Químico e industrial alemão. Seu trabalho na pesquisa sobre a influência das altas pressões nas
reações químicas, foi reconhecido em 1931 com a concessão do Prêmio Nobel de Química, que
compartilhou com Carl Bosch.
1932Irving Langmuir (http://pt.wikipedia.org/wiki/Irving_Langmuir)
Químico norte-americano que desenvolveu o seu trabalho em películas monomoleculares e em
química de superfícies.
1933 não houve premiação.
1934Harold Clayton Urey (http://pt.wikipedia.org/wiki/Harold_Clayton_Urey)
Químico estadunidense que desenvolveu o método de obtenção do deutério (hidrogênio pesado) e o
isolamento da água pesada (óxido de deutério, D2O).
1935Frédéric Joliot (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fr%C3%A9d%C3%A9ric_Joliot)
Físico francês que trabalhou toda a sua vida com sua mulher, Irène Joliot-Curie, no campo da física
nuclear e da estrutura do átomo. Juntos demonstraram a existência do nêutron e descobriram a
radioatividade artificial em 1934.
1935Irène Joliot-Curie (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ir%C3%A8ne_Joliot-Curie)
Física francesa que trabalhou toda a sua vida com com seu marido, Frédéric Joliot, no campo da
estrutura do átomo e da física nuclear. Demonstraram a existência do nêutron e descobriram, em
1934, a radiatividade artificial.
1936Petrus Josephus Wilhelmus Debye
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Petrus_Josephus_Wilhelmus_Debye)
Físico-químico estadunidense, de origem dos Países Baixos, que contribuiu para o conhecimento das
estruturas moleculares.
1937Walter Norman Haworth (http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Norman_Haworth)
Químico britânico condecorado com o Prêmio Nobel de Química, compartilhado com Paul Karrer,
por suas investigações sobre os hidratos de carbono e da vitamina C.
1937Paul Karrer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Karrer)
Químico suíço, agraciado com o Prêmio Nobel de Química, que compartilhou com Walter Norman
Haworth por suas investigações sobre os hidratos de carbono e da vitamina C.
1938Richard Kuhn (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Kuhn)
Químico alemão que desenvolveu pesquisas sobre a constituição do caroteno, que lhe permitiu
sintetizar a vitamina A.
1939Adolf Friedrich Johann Butenandt
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Friedrich_Johann_Butenandt)
Bioquímico alemão condecorado em 1939 com o Prêmio Nobel de Química pela pesquisa dos
hormônios sexuais humanos.
1939Leopold Ruzick (http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopold_Ruzicka)
Químico suíço condecorado em 1939 com o Prêmio Nobel de Química pela pesquisa dos hormônios
sexuais humanos.
1940 não houve premiação.

Os premiados entre 1941 e 1960 são:


1941 não houve premiação.
1942 não houve premiação.
1943George de Hevesy (http://pt.wikipedia.org/wiki/George_de_Hevesy)
Físico-químico húngaro que ajudou no desenvolvimento dos chamados “traçadores radioativos”.
1944Otto Hahn (http://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Hahn)
Químico alemão que durante a Segunda Guerra Mundial foi um participante do programa alemão
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para o desenvolvimento de uma arma nuclear sob a liderança de Werner Heisenberg


1945Artturi Ilmari Virtanen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Artturi_Ilmari_Virtanen)
Químico da Finlândia que desenvolveu investigação e descoberta nas áreas da agricultura e da
nutrição, especialmente pelo método de preservação da forragem (o método AIV), que melhorou a
armazenagem de forragem verde, muito importante para os países nórdicos com invernos rigorosos.
A investigação de Virtanen estendeu-se também ao estudo das bactérias que fixam o nitrogênio na
raiz das plantas e aos métodos para melhor conservar a manteiga.
1946James Batcheller Sumner (http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Batcheller_Sumner)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel de Química pela descoberta da
cristalização das enzimas.
1946John Howard Northrop (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Howard_Northrop)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel de Química pelo seus estudos
sobre enzimas.
1946Wendell Meredith Stanley (http://pt.wikipedia.org/wiki/Wendell_Meredith_Stanley)
Bioquímico e virologista norte-americano, pesquisador em proteínas.
1947Sir Robert Robinson (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sir_Robert_Robinson)
Químico do Reino Unido premiado com o Nobel de Química por propor uma origem duplex para o
petróleo. Concluiu que o petróleo pode ser uma substância primordial na qual bioprodutos foram
posteriormente adicionados.
1948Arne Wilhelm Kaurin Tiselius (http://pt.wikipedia.org/wiki/Arne_Wilhelm_Kaurin_Tiselius)
Químico da Suécia desenvolveu trabalhos sobre a natureza do plasma sanguíneo.
1949William Francis Giauque (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Francis_Giauque)
Químico do Canadá que desenvolveu estudos em termodinâmica, especialmente por suas
investigações sobre as propriedades de substâncias a baixas temperaturas.
1950Otto Paul Hermann Diels (http://pt.wikipedia.org/wiki/Otto_Paul_Hermann_Diels)
Químico da Alemanha pesquisou e desenvolveu a síntese do dieno, dividindo o Nobel com Kurt
Alder.
1950Kurt Alder (http://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Alder)
Químico da Alemanha pesquisou e desenvolveu a síntese do dieno, dividindo o Nobel com Otto
Diels.
1951Edwin Mattison McMillan (http://pt.wikipedia.org/wiki/Edwin_Mattison_McMillan)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel de Química pelas pesquisas na
química dos elementos transurânicos.
1951Glenn Theodore Seaborg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Glenn_Theodore_Seaborg)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel de Química pelas pesquisas na
química dos elementos transurânicos.
1952Archer John Porter Martin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Archer_John_Porter_Martin)
Químico do Reino Unido criou a cromatografia da partícula, dividindo o Nobel com Richard Synge.
1952Richard Laurence Millington Synge
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Laurence_Millington_Synge)
Químico do Reino Unido criou a cromatografia da partícula, dividindo o Nobel com Archer Martin.
1953Hermann Staudinger (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermann_Staudinger)
Químico da Alemanha desenvolveu pesquisas no campo da química macromolecular.
1954Linus Carl Pauling (http://pt.wikipedia.org/wiki/Linus_Carl_Pauling)
Químico quântico e bioquímico dos Estados Unidos da América que recebeu o Prêmio Nobel da
Química pelo seu trabalho relativo à natureza das ligações químicas.
1955Vincent du Vigneaud (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_du_Vigneaud)
Químico dos Estados Unidos da América que promoveu investigação sobre os hormônios,
aminoácidos, vitaminas e proteínas.
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1956Sir Cyril Norman Hinshelwood (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sir_Cyril_Norman_Hinshelwood)


Químico britânico que desenvolveu pesquisas sobre o mecanismo das reações químicas, dividindo o
Nobel com Nikolay Semenov.
1956Nikolay Nikolaevich Semenov (http://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Nikolay_Nikolaevich_Semenov&action=edit)
Químico soviético que desenvolveu pesquisas sobre o mecanismo das reações químicas, dividindo o
Nobel com Cyril Hinshelwood.
1957Lord Alexander R. Todd (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lord_Alexander_R._Todd)
Químico do Reino Unido que desenvolveu pesquisas sobre a estrutura e síntese de nucleotídeos,
nucleosídeos e coenzimas.
1958Frederick Sanger (http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Sanger)
Inglês formado em Ciências Naturais que determinou a estrutura molecular da Insulina.

1959Jaroslav Heyrovsky (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaroslav_Heyrovsky)


Químico da República Checa, premiado pelo desenvolvimento da polarografia.
1960Willard Frank Libby (http://pt.wikipedia.org/wiki/Willard_Frank_Libby)
Químico dos Estados Unidos da América que desenvolveu um método para o uso do Carbono-14
para a determinação da idade de materiais usado em arqueologia, geologia, geofísica e outros ramos
da ciência.

Os premiados entre 1961 e 1980 são:

1961Melvin Calvin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Melvin_Calvin)


Bioquímico americano responsável pela identificação do papel do carbono na fotossíntese.
1962Max Ferdinand Perutz (http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Ferdinand_Perutz)
Químico da Áustria premiado pelos estudos da estrutura globular das proteínas, dividindo o Nobel
com John Kendrew.
1962John Cowdery Kendrew (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Cowdery_Kendrew)
Químico do Reino Unido premiado pelos estudos da estrutura globular das proteínas, dividindo o
Nobel com Max Perutz.
1963Karl Ziegler (http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Ziegler)
Químico da Alemanha premiado por suas descobertas no campo da química e tecnologia de
polímeros, dividindo o Nobel com Giulio Natta.
1963Giulio Natta (http://pt.wikipedia.org/wiki/Giulio_Natta)
Químico da Itália premiado por suas descobertas no campo da química e tecnologia de polímeros,
dividindo o Nobel com Karl Ziegler.
1964Dorothy Crowfoot Hodgkin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Crowfoot_Hodgkin)
Química do Reino Unido premiado por suas determinações, usando técnicas de raios-X, das
estruturas de importantes substâncias bioquímicas.
1965Robert Burns Woodward (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Burns_Woodward)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel por suas brilhantes realizações na
arte da química orgânica.
1966Robert S. Mulliken (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_S._Mulliken)
Químico dos Estados Unidos da América, um dos pioneiros no trabalho da Teoria da Orbital
molecular; atualmente a tese mais aceita que explica as ligações covalentes.
1967Manfred Eigen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Manfred_Eigen)
Químico da Alemanha premiado por seus estudos de reações químicas extremamente rápidas, efeito
do distúrbio do equilíbrio por meio de pulsos muito curtos de energia. Prêmio dividido por Norrish e
Porter.
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1967Ronald George Wreyford Norrish


(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_George_Wreyford_Norrish)
Químico do Reino Unido premiado por seus estudos de reações químicas extremamente rápidas,
efeito do distúrbio do equilíbrio por meio de pulsos muito curtos de energia. Prêmio dividido por
Eigen e Porter.
1967George Porter (http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Porter)
Químico do Reino Unido premiado por seus estudos de reações químicas extremamente rápidas,
efeito do distúrbio do equilíbrio por meio de pulsos muito curtos de energia. Prêmio dividido por
Norrish e Porter.
1968Lars Onsager (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lars_Onsager)
Físico-químico norueguês, naturalizado norte-americano, que recebeu o Prêmio Nobel de Química
por suas contribuições fundamentais à Termodinâmica de Processos Irreversíveis.
1969Derek H. R. Barton (http://pt.wikipedia.org/wiki/Derek_H._R._Barton)
Químico do Reino Unido que realizou estudos sobre o conceito de conformação e sua aplicação em
química, dividindo o prêmio com Odd Hassel.
1969Odd Hassel (http://pt.wikipedia.org/wiki/Odd_Hassel)
Químico da Noruega, realizou estudos sobre o conceito de conformação e sua aplicação em
química, dividindo o prêmio com Derek Barlon.
1970Luis F. Leloir (http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Luis_F._Leloir&action=edit)
Pesquisador Argentino que descobriu nucleótidos de açúcar e o seu papel na biossíntese de
carboidratos.
1971Gerhard Herzberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerhard_Herzberg)
Químico da Alemanha premiado com o Nobel por sua contribuição para o conhecimento da
estrutura electrônica e geometria das moléculas, particularmente dos radicais livres.
1972Christian B. Anfinsen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Christian_B._Anfinsen)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/William_H._Stein)
Químico dos EUA premiado pelo seu trabalho sobre ribonuclease, especialmente no que se refere à
conexão entre a sequência de aminoácidos e a conformação biologicamente ativa.
1972Stanford Moore (http://pt.wikipedia.org/wiki/Stanford_Moore)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por sua contribuição para a compreensão da
ligação entre a estrutura química e actividade catalítica do centro ativo da molécula ribonuclease,
dividindo o Nobel com William Stein.
1972William H. Stein (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_H._Stein)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por sua contribuição para a compreensão da
ligação entre a estrutura química e actividade catalítica do centro ativo da molécula ribonuclease,
dividindo o Nobel com Stanford Moore.
1973Ernst Otto Fischer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Otto_Fischer)
Químico da Alemanha premiado por seu trabalho pioneiro, realizado de forma independente, sobre
a química de organometálicos, chamados compostos sanduíche. Dividiu o prêmio com Geoffrey
Wilkinson.
1973Geoffrey Wilkinson (http://pt.wikipedia.org/wiki/Geoffrey_Wilkinson)
Químico do Reino Unido premiado por seu trabalho pioneiro, realizado de forma independente,
sobre a química de organometálicos, chamados compostos sanduíche. Dividiu o prêmio com Ernst
Fischer.
1974Paul J. Flory (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_J._Flory)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por suas pesquisas, teóricas e experimentais, na
físico-química das macromoléculas.
1975John Warcup Cornforth (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Warcup_Cornforth)
Químico australiano, laureado por seu trabalho sobre a estereoquímica das reações catalizadas por
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 8/44
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enzimas..
1975Vladimir Prelog (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Prelog)
Químico da Croácia premiado por sua investigação sobre a estereoquímica de moléculas orgânicas e
reacções.
1976William N. Lipscomb (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_N._Lipscomb)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por seus estudos sobre a estrutura dos boranos
iluminando problemas de colagem química.
1977Ilya Prigogine (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilya_Prigogine)
Nasceu em Moscou, Rússia; ganhador do Prêmio Nobel pelos seus estudos em termodinâmica de
processos irreversíveis com a formulação da teoria das estruturas dissipativas.
1978Peter D. Mitchell (http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_D._Mitchell)
Químico do Reino Unido premiado pela sua contribuição para o entendimento da transferência de
energia biológica através da formulação da teoria quimiosmótica.
1979Herbert C. Brown (http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_C._Brown)
Químico do Reino Unido premiado pelo desenvolvimento de pesquisas sobre o uso de compostos de
boro e fósforo em importantes reagentes em síntese orgânica. Dividiu o prêmio com Georg Witting.
1979Georg Wittig (http://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Wittig)
Químico da Alemanha premiado pelo desenvolvimento de pesquisas sobre o uso de compostos de
boro e fósforo em importantes reagentes em síntese orgânica. Dividiu o prêmio com Herbert Brown.
1980Paul Berg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Berg)
Químico estadunidense, ganhador do Prêmio Nobel em 1980 por desenvolver métodos para mapear
as estruturas e funções do DNA.
1980Walter Gilbert (http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Gilbert)
Cientista dos Estados Unidos da América que contribuiu na determinação das sequências de bases
dos ácidos nucleicos.
1980Frederick Sanger (http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Sanger)
Nasceu em Rendcombe, Inglaterra, e, conjuntamente com Walter Gilbert, ganhou o prêmio em
1980 pelos estudos sobre o DNA.

1981Kenichi Fukui (http://pt.wikipedia.org/wiki/Kenichi_Fukui)


Químico do Japão premiado com o Nobel de Química por suas teorias, desenvolvidas de forma
independente, sobre o caminho das reações químicas.
1981Roald Hoffmann (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roald_Hoffmann)
Químico da Polônia premiado com o Nobel de Química por suas teorias, desenvolvidas de forma
independente, sobre o caminho das reações químicas.
1982Aaron Klug (http://pt.wikipedia.org/wiki/Aaron_Klug)
Químico da Lituânia premiado com o Nobel de Química pelo desenvolvimento da microscopia
eletrônica cristalográfica e a elucidação estrutural de importantes complexos ácido-proteína
nucleicos.
1983Henry Taube (http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Taube)
Químico canadense premiado pelo seu trabalho sobre os mecanismos de reações de transferência de
elétrons, especialmente em metais complexos.
1984Robert Bruce Merrifield (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Bruce_Merrifield)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pelo desenvolvimento de metodologia para
síntese química em uma matriz sólida.
1985Herbert A. Hauptman (http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_A._Hauptman)
Químico estadunidense que desenvolveu métodos diretos para a determinação das estruturas de
cristal, dividindo o prêmio com Jeronme Karle.
1985Jerome Karle (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerome_Karle)
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Cientista matemático norte-americano que, pela investigação de estruturas cristalinas moleculares


de átomo leves, por análise dos correspondentes de difração de espectros raios-X, elétrons, nêutrons
mediante métodos originais, recebeu o Prêmio Nobel de Química de 1985, compartilhado com
Herbert A. Hauptman.
1986Dudley R. Herschbach (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dudley_R._Herschbach)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por suas contribuições sobre a dinâmica dos
processos químicos elementares. Dividiu o Nobel com Polanyl e Lee.
1986 Yuan T. Lee (http://pt.wikipedia.org/wiki/Yuan_T._Lee)
Químico de Taiwan premiado por suas contribuições sobre a dinâmica dos processos químicos
elementares. Dividiu o Nobel com Polanyl e Herschbach.
1986John C. Polanyi (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_C._Polanyi)
Químico do Canadá premiado por suas contribuições sobre a dinâmica dos processos químicos
elementares. Dividiu o Nobel com Herschbach e Lee.
1987Donald J. Cram (http://pt.wikipedia.org/wiki/Donald_J._Cram)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pelo desenvolvimento e utilização de moléculas
com interações de estrutura específica de alta seletividade.
1987Jean-Marie Lehn (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Marie_Lehn)
Químico da França premiado pelo desenvolvimento e utilização de moléculas com interações de
estrutura específica de alta seletividade.
1987Charles J. Pedersen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_J._Pedersen)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pelo desenvolvimento e utilização de moléculas
com interações de estrutura específica de alta seletividade.
1988Johann Deisenhofer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Deisenhofer)
Químico da Alemanha premiado pela determinação da estrutura tridimensional do centro da reação
de fotossíntese.
1988Robert Huber (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Huber)
Químico da Alemanha premiado pela determinação da estrutura tridimensional do centro da reação
de fotossíntese.
1988Hartmut Michel (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hartmut_Michel)
Químico da Alemanha premiado pela determinação da estrutura tridimensional do centro da reação
de fotossíntese.
1989Sidney Altman (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sidney_Altman)
Bioquímico canadense, ganhador do Prêmio Nobel dividido com Thomas Cech pelo descobrimento
das propriedades catalíticas do ácido ribonucleico (ARN ou RNA).
1989Thomas R. Cech (http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Thomas_R._Cech&action=edit)
Estadunidense ganhador do Prêmio Nobel dividido com Sidney Altman pelo descobrimento das
propriedades catalíticas do ácido ribonucleico (ARN ou RNA).
1990 (http://200.189.113.133/diaadia/quimica/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14) Elias
James Corey (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elias_James_Corey)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pelo desenvolvimento da teoria e da
metodologia de síntese orgânica.
1991Richard R. Ernst (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_R._Ernst)
Químico da Suíça premiado com o Nobel por suas contribuições sobre o desenvolvimento da
metodologia de espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) de alta resolução.
1992Rudolph A. Marcus (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolph_A._Marcus)
Químico do Canadá premiado pelas contribuições para a teoria das reações de transferência de
elétrons em sistemas químicos.
1993Kary B. Mullis (http://pt.wikipedia.org/wiki/Kary_B._Mullis)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por sua invenção do método reação em cadeia
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 10/44
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da polimerase (PCR).
1993Michael Smith (http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Smith)
Químico do Canadá premiado com o Nobel por sua contribuição fundamental para o
estabelecimento de mutagênese baseada em oligonucleotídeo, e o seus estudos no desenvolvimento
para estudos de proteína.
1994George A.Olah (http://pt.wikipedia.org/wiki/George_A._Olah)
Químico da Hungria premiado por sua contribuição para a química do carbocátion.
1995Paul J.Crutzen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_J._Crutzen)
Químico da Alemanha premiado com o Nobel por seus trabalhos em química atmosférica,
especialmente no que diz respeito a formação e a decomposição de ozônio.
1995Mario J.Molina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_J._Molina)
Químico mexicano, um dos primeiros cientistas a alertar sobre o perigo que representam para a
camada de ozônio os clorofluorcarbonetos empregados em aerossóis tanto industriais quanto
domésticos.
1995F. Sherwood Rowland (http://pt.wikipedia.org/wiki/F._Sherwood_Rowland)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por seus trabalhos em química atmosférica,
especialmente no que diz respeito à formação e à decomposição de ozônio.
1996Robert Curl (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Curl)
Químico dos Estados Unidos da América premiado com o Nobel de Química em 1996 pela
descoberta de uma nova forma de carbono, buckminsterfullereno.
1996 Sir Harold Kroto (http://pt.wikipedia.org/wiki/Harold_Kroto)
Químico do Reino Unido, provou que as estrelas de carbono podiam produzir as cadeias de
carbono, mas também revelou um resultado surpreendente – a existência de moléculas do tipo C60.
1996Richard Smalley (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Smalley)
Químico estado-unidense ganhador do Nobel de Química pela descoberta de uma nova forma de
carbono, buckminsterfullereno, juntamente com o também professor de química da Rice Robert
Curl e com Harold Walter Kroto
1997Paul D. Boyer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_D._Boyer)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pela elucidação do mecanismo enzimático
subjacentes à síntese da adenosina trifosfato (ATP).
1997John E. Walker (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_E._Walker)
Químico do Reino Unido premiado pela elucidação do mecanismo enzimático subjacentes à síntese
da adenosina trifosfato (ATP).
1997Jens C. Skou (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jens_C._Skou)
Químico da Dinamarca premiado com o Nobel pela primeira descoberta do íon-transporte de
enzimas, Na +, K + – ATPase.
1998Walter Kohn (http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Kohn)
Químico da Áustria premiado com o Nobel pelo desenvolvimento da teoria densidade-funcional.
1998John A. Pople (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_A._Pople)
Químico inglês laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1998 pelo desenvolvimento de
métodos computacionais em química quântica.
1999Ahmed H. Zewail (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ahmed_H._Zewail)
Químico nacionalizado norte-americano que constituiu a base de um novo ramo da química, a
chamada femtoquímica, cujo desenvolvimento permite entender melhor as reações do metabolismo
dos seres vivos, por esta pesquisa foi-lhe outorgado o prêmio Nobel.
2000Alan J Heeger (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_J_Heeger)
Físico norte-americano a quem a Academia Sueca outorgou o Prêmio Nobel de Química por sua
contribuição ao conhecimento e desenvolvimento da ciência dos polímeros orgânicos condutores de
eletricidade.
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2000Alan G MacDiarmid (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_G_MacDiarmid)


Químico norte-americano, de origem neozelandesa, que foi laureado com o Prêmio Nobel por sua
contribuição ao desenvolvimento da ciência e aplicações dos polímeros orgânicos com capacidade
para conduzir a corrente elétrica.
2000Hideki Shirakawa (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hideki_Shirakawa)
Químico japonês que em reconhecimento a sua descoberta sobre as propriedades eletrocondutoras
de alguns derivados do poliacetileno recebeu o Prêmio Nobel.

Os premiados entre 2001 e 2011 são:

2001William S. Knowles (http://pt.wikipedia.org/wiki/William_S._Knowles)


Químico americano premiado com Nobel pelo trabalho sobre as reações de hidrogenação quirais
catalisadas.
2001Ryoji Noyori (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ryoji_Noyori)
Químico do Japão premiado com o Nobel pelo trabalho sobre as reações de hidrogenação quirais
catalisadas.
2001K. Barry Sharpless (http://pt.wikipedia.org/wiki/K._Barry_Sharpless)
Nasceu na Filadélfia, Pensilvânia – Estados Unidos, e recebeu o Prêmio Nobel por haver conseguido
catalisar moléculas quirais por oxidação.
2002John B. Fenn (http://pt.wikipedia.org/wiki/John_B._Fenn)
Químico norte-americano que desenvolveu métodos de identificação e análise estrutural de
macromoléculas biológicas, contribuindo para o melhor entendimento de processos vitais.
2002Koichi Tanaka (http://pt.wikipedia.org/wiki/Koichi_Tanaka)
Engenheiro japonês que recebeu o Prêmio Nobel pelo desenvolvimento de métodos científicos de
identificação e de análise estrutural de macromoléculas biológicas.
2002Kurt Wüthrich (http://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_W%C3%BCthrich)
Químico da Suíça premiado com o Nobel pelo desenvolvimento da espectroscopia de ressonância
magnética nuclear para determinar a estrutura tridimensional de macromoléculas biológicas em
solução.
2003Peter Agre (http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Agre)
Químico dos Estados Unidos da América premiado pela descoberta de canais de água.
2003Roderick MacKinnon (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roderick_MacKinnon)
Químico dos Estados Unidos da América premiado por seus estudos estruturais e mecanicistas de
canais de íons.
2004Aaron Ciechanover (http://pt.wikipedia.org/wiki/Aaron_Ciechanover)
Biólogo israelense que recebeu o Prêmio Nobel de Química pela descoberta da degradação de
proteínas mediada pela ubiquitina.
2004Avram Hershko (http://pt.wikipedia.org/wiki/Avram_Hershko)
Biólogo israelita que recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2004 pela descoberta da degradação
das proteínas através da ubiquitina.
2004Irwin Rose (http://pt.wikipedia.org/wiki/Irwin_Rose)
Biólogo americano que recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2004 pela descoberta da degradação
das proteínas através da ubiquitina.
2005Yves Chauvin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Yves_Chauvin)
Francês que ganhou o Prêmio Nobel, juntamente com Richard R. Schrock e Robert, pelo
desenvolvimento do método metathesis em síntese orgânica. H. Grubbs”
2005Robert H. Grubbs (http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_H._Grubbs)
Estadunidense que ganhou o Prêmio Nobel, juntamente com Richard R. Schrock e Yves Chauvin,
pelo desenvolvimento do método metathesis em síntese orgânica.
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2005Richard R. Schrock (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_R._Schrock)


Natural de Indiana, Estados Unidos da América, ganhou o Prêmio Nobel da Química, juntamente
com Robert H. Grubbs e Yves Chauvin, pelo desenvolvimento do método metathesis em síntese
orgânica.
2006Roger D. Kornberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roger_D._Kornberg)
Bioquímico estadunidense que ganhou o Prêmio Nobel da Química pelos estudos da base molecular
da transcrição eucariótica.
2007Gerhard Ertl (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerhard_Ertl)
Químico alemão que ganhou o Prêmio Nobel da Química pelos seus estudos na área dos processos
químicos em superfícies sólidas.
2008Osamu Shimomura (http://pt.wikipedia.org/wiki/Osamu_Shimomura)
Químico Japonês premiado pela descoberta e desenvolvimento da proteína verde fluorescente.
2008 Martin Chalfie (http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Chalfie)
Químico estadunidense premiado pela descoberta e desenvolvimento da proteína verde fluorescente.
2008 Roger Y. Tsien (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roger_Y._Tsien)
Químico dos EUA que rebebeu o Prêmio Nobel da Química pela descoberta e desenvolvimento da
proteína verde fluorescente.
2009 Venkatraman Ramakrishnan (http://pt.wikipedia.org/wiki/Venkatraman_Ramakrishnan)
Físico Indiano, naturalizado americano, que recebeu o Nobel de Química pelos estudos da estrutura
e funcionamento dos ribossomos.
2009 Thomas A. Steitz (http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_A._Steitz)
Bioquímico estadunidense que recebeu o Nobel de Química pelos estudos da estrutura e
funcionamento dos ribossomos.
2009 Ada E. Yonath (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ada_E._Yonath)
Uma cientista israelense que recebeu o Nobel de Química pelos estudos da estrutura e
funcionamento dos ribossomos.
2010 Richard Fred Heck (http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Heck)
Químico estadunidense da Universidade de Delaware (EUA), laureado com o Nobel pela descoberta
e desenvolvimento da reação de Heck, que usa o metal paládio como catalisador de reações de
compostos orgânicos combinando haloarenos com alcenos.
2010 Ei’ichi Negishi (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ei%27ichi_Negishi) (em japonês: 根岸 英一)
Químico japonês da Universidade Purdue e da Universidade de Siracusa, que recebeu do Prêmio
Nobel pelos seus trabalhos referentes à reação catalizada por paládio em sínteses orgânicas.
2010 Akira Suzuki (http://pt.wikipedia.org/wiki/Akira_Suzuki)(em japonês: 鈴木 章)
Químico japonês da Universidade de Hokkaido que recebeu o prêmio Nobel pela Reação de Suzuki
– que parte da reação orgânica de um ácido borânico de arila ou vinil com um haleto de arila ou
vinil catalizado por um paládio de complexidade zero.

2011 Daniel Shechtman (http://en.wikipedia.org/wiki/Dan_Shechtman)


Químico israelense premiado com Nobel pelo por estudo sobre ‘quase-cristais’ que redefiniram o
primeiro capítulo do estudo da matéria organizada”.

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O surgimento da química forense.

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MAI 27
Publicado por quimicafla

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/389250_360042040718039_149270948461817_850530_

ESPECIAL: veja nesta colagem a interessante HISTÓRIA do surgimento da QUÍMICA FORENSE.


Como um crime da alta sociedade belga, em 1851, fez com que a polícia recorresse à Química para
sua solução.
O Conde e Condessa de Bocarmé assassinaram o irmão da condessa usando um extrato de folhas de
tabaco. A polícia suspeitava do casal, mas o casal dizia que o rapaz havia enfartado durante o jantar
em seu chateau. Foi o trabalho de um brilhante químico, Jean Stas, que provou a presença de
grande quantidade de nicotina na garganta da vítima.
Para saber mais detalhes sobre o efeito tóxico da nicotina e esta incrível história, veja:
http://www.wired.com/wiredscience/2012/05/nicotine-and-the-chemistry-of-murder/
(http://www.wired.com/wiredscience/2012/05/nicotine-and-the-chemistry-of-murder/)

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 14/44
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Lorentz, um dos grandes Físicos !

MAI 24
Publicado por quimicafla

Hendrik Antoon Lorentz (1853 – 1928)

(http://www.grupoescolar.com/a/b/70450.JPG)

Uma atitude (http://www.grupoescolar.com/pesquisa/#) muito comum quando se analisa o


progresso científico é a tendência a condicioná-lo unicamente ao surgimento cíclico de gênios
individuais. É certo que a contribuição isolada de um pesquisador pode ser decisiva em determinado
momento histórico, mas ela é necessariamente condicionada à existência de um background de
conhecimentos (http://www.grupoescolar.com/pesquisa/#), reunidos por outros estudiosos. Assim,
dizer que a Newton se deveu a criação da mecânica clássica é dizer apenas meia verdade: ele é,
inegavelmente, um marco, pois com ele muitas etapas foram queimadas; mas não se deve esquecer
que sua figura está ligada ao pano de fundo formado pelos pesquisadores que o antecederam (o que,
de modo algum, diminui sua estatura). Da mesma forma, a obra de Albert Einstein baseou-se em
conhecimentos anteriores da física (http://www.grupoescolar.com/pesquisa/#), mesmo se para
revisá-los.
E como precursor do criador da teoria da relatividade, destaca-se Hendrik A. Lorentz.
Lorentz viveu numa época de grande importância para a física: nela ocorreu desde o surgimento da
teoria atômica da matéria à penetração na estrutura do átomo até o núcleo. Thomson, ao mostrar
que o átomo contém elétrons, e Becquerel, descobrindo a radiatividade, abriram caminho para os
estudos das relações entre a química e a física. Já se efetuavam experiências de aceleração de
elétrons, e havia a certeza de que o mesmo poderia ser feito com outras partículas eletricamente
carregadas. Pouco a pouco, descobriam-se novas propriedades da matéria.
Em fins do século XIX e começo do XX, os cientistas, até então satisfeitos com as leis da física, que
explicavam satisfatoriamente o conjunto de fenômenos conhecidos, começaram a deparar-se com
um mundo de indagações: estariam essas leis de acordo com os novos dados experimentais?
Entre outras coisas, ignorava-se por que um elétron acelerado parecia ter sua massa aumentada
quando animado de velocidades muito altas; não se sabia, igualmente, qual a disposição dos elétrons
e das cargas positivas no átomo.
Lorentz foi um dos primeiros estudiosos a se defrontarem com as dificuldades levantadas pelas
novas descobertas da física. A maneira como o fez abriu caminho para a teoria da relatividade.
O pai de Lorentz era um rico agricultor holandês, que possuía, apesar de ser pouco culto,
inteligência e memória extraordinárias. Essas características foram herdadas pelo filho, que nasceu a
18 de julho de 1853.
Aos treze anos, após concluir seus primeiros estudos, Lorentz ingressou na escola secundária,
instituição tão recente na Holanda que em sua classe havia apenas três alunos. Teve a sorte de
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encontrar bons professores que o ensinaram línguas estrangeiras e, melhor ainda, matemática e
física, suas disciplinas prediletas. A seguir, para entrar na Universidade de Leiden, teve de estudar
(http://www.grupoescolar.com/pesquisa/#), sem qualquer ajuda, as línguas clássicas. Em
pouquíssimo tempo, aprendeu-as para nunca mais esquecê-las: quarenta anos depois ainda
compunha versos latinos.

(Leiden)

Foi em Leiden que Lorentz travou seu primeiro contato com os trabalhos de Maxwell (furtando,
aliás, algumas obras dele da biblioteca do laboratório de física da universidade).
Terminada a primeira etapa de seu curso (http://www.grupoescolar.com/pesquisa/#) universitário
(correspondente ao atual curso de graduação), Lorentz retornou à cidade natal, Arnheim, onde
conseguira emprego de professor num curso noturno Isso lhe deixava o período diurno para o
trabalho de elaboração de sua tese de doutoramento.
Em 1875, Lorentz viu recompensados seus esforços: conseguiu a láurea e duas ótimas propostas. A
Universidade de Utrecht ofereceu-lhe a cadeira de matemática e a de Leyden a de física teórica, pela
qual optou.
Como gostava de ensinar, estendeu as lições de física teórica à física experimental, seguindo
pessoalmente os exercícios práticos. Ministrou ainda durante muitos anos um curso de física para
médicos, pelo qual foi homenageado com o título de doutor honoris causa em medicina, quando de
seu qüinquagésimo aniversário de doutoramento. Em 1905, Lorentz recusou uma oferta da
Universidade de Munique, apenas para não deixar a Holanda. O governo premiou esta decisão
dispensando-o, em parte, de suas obrigações de professor, a fim de que pudesse dedicar-se
principalmente a estudos e pesquisas. Dando, assim, uma única aula por semana, que era registrada
para publicação, lecionou até poucas semanas antes de sua morte.
Aliás, a idade nunca foi obstáculo para Lorentz: em 1918, presidiu o comitê para drenagem do
Zuiderzee (um profundo golfo holandês), constituído para estudar a construção de um novo dique
no lugar do velho. A nomeação muito honrou Lorentz, que, no entanto, não a. considerou apenas
decorativa. Lançou-se com vigor ao trabalho, a despeito de seus 65 anos. Estudando os ventos, as
correntes e as marés, concluiu que a nova bacia poderia conter mais água do que se previra, mesmo
construindo-se um dique de menor volume. Sem nem chegar a ver a obra concluída, poupou 15
milhões de florins ao governo holandês, cujo Serviço de Águas emprega até hoje seus métodos.
As obras de Maxwell, surrupiadas do laboratório, frutificaram nas mãos de Lorentz: assimilou-as tão
bem que não só dominou a teoria dos fenômenos eletromagnéticos como fê-la progredir, ordenando-
a. Maxwell estabelecera de forma generalizada suas leis do eletromagnetismo. Elas serviam, por
exemplo, para predizer o movimento de um elétron sujeito a um campo magnético, para explicar a
reflexão de uma onda eletromagnética ou para descrever a interação entre cargas elétricas e
radiações eletromagnéticas.
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Restava, portanto, todo o problema – enfrentado e em parte resolvido por Lorentz – de prever as leis
da óptica física através das equações gerais do eletromagnetisino. Ele perguntou-se sobre o que
acontece se a onda eletromagnética for um feixe luminoso que atravessa a matéria (um cristal, por
exemplo); especulou sobre a ação dos elétrons sobre uma onda incidente. Como decorrência desses
estudos, Lorentz elaborou a teoria dos osciladores eletrônicos. Pela observação de um elétron
vibrante em presença de um campo magnético, ele conseguiu explicar e analisar teoricamente certos
aspectos do efeito Zeeman – o fenômeno da decomposição de cada raia do espectro de emissão de
um átomo em diversas outras (multiplets), quando esse átomo está imerso em um campo magnético
muito intenso.
Em determinadas condições, entretanto, cada raia de emissão de um átomo pode dar origem
simplesmente a um triplet (três linhas muito próximas). Lorentz conseguiu interpretar este
fenômeno: por isso, o triplet correspondente é chamado triplet normal de Lorentz e, devido a esse
trabalho, Lorentz dividiu com Zeeman o Prêmio Nobel de Física de 1902.
Os físicos teóricos são criticados por saberem explicar qualquer fenômeno, e se restringirem apenas a
isso. Lorentz, porém, foi adiante: previu que a luz correspondente às linhas nas quais se desdobram
as raias espectrais de um átomo no qual se provocou o efeito Zeeman deve ser polarizada.
Outros casos do efeito Zeeman, como o efeito Zeeman anômalo e o correlato efeito Paschen-Back, só
ganharam explicação muito mais tarde, quando Uhlenbeck e Goudsmit, em 1925, introduziram a
teoria do spin.
Ao estudar as radiações visíveis, Lorentz encontrou uma fórmula que foi descoberta quase ao
mesmo tempo por um outro físico, o dinamarquês Ludwig Valentin Lorentz. Hendrik, longe de se
aborrecer com isto, comentava reiteradamente ser um dos protagonistas de um acontecimento
inusitado e que talvez jamais se repetisse: dois físicos com o mesmo nome descobrirem
simultaneamente a mesma lei.

Salienta-se na obra do pesquisador a descoberta da chamada transformação de Lorentz, que serviu de


base para a teoria da relatividade restrita. Tentando explicar os resultados negativos da experiência
de Michelson e Morley (que procuravam estabelecer a existência de um sistema referencial
universal), Lorentz introduziu a hipótese de que os comprimentos dos corpos sofrem uma contração
ao longo da direção da velocidade com que se movem em relação ao observador – a contração de
Lorentz. Posteriormente, foi levado a reconhecer que, para conservar verdadeiras as equações de
Maxwell, a transformação de coordenadas de um sistema para outro devia obedecer certas
equações; definiu então as transformações de Lorentz. Foi Einstein, no entanto, quem deu nova
fundamentação teórica a todas essas idéias, mostrando ser necessária uma revisão até certo ponto
radical dos conceitos de tempo e espaço.
Mais que seu olhar, vivo e penetrante, e sua estrutura média, eram características de Lorentz a sua
grande afabilidade e cortesia, que transpareciam em seu sorriso benevolente.
Já célebre, realizou viagens pelo mundo, principalmente para participar de reuniões internacionais.
Muitas vezes dirigia tais encontros, pois à sua estatura científica aliavam-se seus conhecimentos
lingüísticos e habilidade diplomática. Em 1911, 1913, 1921, 1924 e 1927 dirigiu as reuniões de
cúpula da sociedade científica Salvay. Tornou-se também presidente do Comitê da Sociedade das
Nações. Após sua morte, ocorrida em Haarlem, a 4 de fevereiro de 1928, instituiu-se uma fundação
que leva seu nome e que se dedica ao progresso da física. Contou com preciosos colaboradores (entre
os quais a filha e o genro), mas sempre preferiu o trabalho realizado em silêncio e no isolamento.
Fonte:
http://br.geocities.com/saladefisica3/biografias/lorentz.htm
(http://br.geocities.com/saladefisica3/biografias/lorentz.htm)

Publicado em Ciência e tecnologia


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25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

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Experimento de Rutheford.

MAI 24
Publicado por quimicafla
O EXPERIMENTO de RUTHEFORD feito novamente, diante de seus olhos. Um dos clássicos e
folclóricos experimentos da história da química, que provou a existência de um núcleo massivo,
compacto, positivamente carregado e muito pequeno, no interior do átomo.
Veja como o espalhamento de partículas alfa através da folha de ouro ajudou-nos a conhecer o
átomo.
Com legendas em pt (use função CC do player).

Rutherford Gold Foil Experiment - Backstage Sci...

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Publicado em Conceitos Químicos

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A utilização do elemento Tecnécio-99m no


diagnóstico de patologias e disfunções dos
seres vivos

MAI 23
Publicado por quimicafla

Elaine Bortoleti de Araújo (http://qnint.sbq.org.br/qni/)

Originalmente publicado em Cadernos Temáticos Química Nova na Escola, n. 6, julho 2005


(http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a08.pdf)

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 18/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

Apoio: Sociedade Brasileira de Química

Edição: Leila Cardoso Teruya

Coordenação: Guilherme Andrade Marson

Radiofármacos para diagnóstico e terapia

Um radiofármaco é uma substância que, por sua forma farmacêutica, quantidade e qualidade de
radiação, pode ser utilizada no diagnóstico e tratamento de seres vivos, qualquer que seja a via de
administração utilizada. De forma mais simples, podemos dizer que radiofármacos são moléculas
ligadas a elementos radioativos (radioisótopos ou radionuclídeos), constituindo dessa forma
fármacos radioativos que são utilizados em uma especialidade médica denominada Medicina
Nuclear. Os radiofármacos são utilizados em quantidades traços (traçadores radioativos) com a
finalidade de diagnosticar patologias e disfunções do organismo. Em menor extensão, são aplicados
na terapia de doenças, particularmente no tratamento de tumores radiosensíveis.

Quando a finalidade é diagnosticar patologias, como por exemplo o infarto do miocárdio ou uma
disfunção renal, utiliza-se, na composição dos radiofármacos, radionuclídeos emissores de radiação
gama. A radiação gama é uma onda eletromagnética e, portanto, apresenta grande penetrabilidade
nos tecidos e baixo poder de ionização quando comparada às radiações particuladas, representadas
pela emissão, pelo núcleo dos átomos radioativos, de partículas alfa (α) ou de négatrons (β–). O
menor poder de ionização da radiação gama minimiza a dose de radiação absorvida pelo paciente.
Radionuclídeos emissores de radiação gama, tais como o tecnécio-99m, iodo-123, índio-111, galio-67
e o tálio- 201, entre outros, são utilizados na composição de radiofármacos para diagnóstico.

Quando a finalidade é terapêutica, o efeito deletério da radiação é utilizado para destruir células
tumorais. Nesse caso, os radiofármacos são compostos por radionuclídeos emissores de radiação
particulada, (α ou β–), que possuem pequeno poder de penetração mas são altamente energéticas,
ionizando o meio que atravessam e causando uma série de efeitos que resultam na morte das células
tumorais. Como exemplo de radionuclídeos emissores de radiação β–utilizados em terapia, podemos
citar o iodo-131, ítrio-90, lutécio-177, rênio-188, estrôncio- 90 e o samário-153, entre outros.

A maioria dos procedimentos realizados atualmente em Medicina Nuclear tem finalidade


diagnóstica. O paciente recebe uma dose de um radiofármaco composto por um radionuclídeo
gama emissor, e é posteriormente examinado por um equipamento capaz de detectar a radiação
oriunda do paciente e convertê-la em uma imagem que representa o órgão ou sistema
(http://qnint.sbq.org.br/qni/) avaliado. Esses equipa-mentos são denominados câmarasgama ou
câmaras de cintilação, e nesse caso adquirem imagens cintilográficas em um único plano. Mas
podem ainda estar associados a tomógrafos, que permitem a aquisição de imagens em cortes,
possibilitando a avaliação de um órgão em toda a sua profundidade. As imagens tomográficas em
Medicina Nuclear são denominadas SPECT, sigla do inglês “Single Photon Emission Computer
Tomography” ou seja, Tomografia Computadorizada por Emissão de Fóton Único. Dessa forma,
todo exame em Medicina Nuclear inicia-se com a administração do radiofármaco ou fármaco
radioativo. Podemos dizer que o radiofármaco é uma das principais ferramentas de trabalho do
médico nuclear.

Desenvolver e produzir radiofármacos significa estudar, entre outras coisas, a química da interação
entre elementos radioativos e diferentes moléculas (substratos ou ligantes), para a preparação de
compostos radioativos com afinidade e especificidade por diferentes órgãos, sistemas
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(http://qnint.sbq.org.br/qni/) ou patologias. Os substratos para radiofármacos são geralmente


compostos orgânicos, mas também podem constituir-se de espécies coloidais ou particuladas,
proteínas (anticorpos ou peptídeos) ou mesmo células, como as células vermelhas e brancas do
sangue.

A natureza do ligante geralmente determina a especificidade do radiofármaco. Outras vezes, a


ligação do elemento radioativo ao substrato promove alterações nas propriedades químicas e,
conseqüentemente, nas propriedades biológicas do composto. Dessa forma, após o estudo da ligação
do elemento radioativo ao substrato, o desenvolvimento de um radiofármaco não pode prescindir
dos estudos de distribuição biológica em animais de experimentação, de modo a determinar a
eficácia da distribuição ou a especificidade biológica.

Atualmente, o radionuclídeo mais importante para a preparação de radiofármacos com finalidade


diagnóstica é o tecnécio-99m (99mTc).

Ao propor a Tabela Periódica dos elementos em 1869, Mendeleev deixou vários lugares vazios para
os elementos até então desconhecidos e previu que os espaços abaixo do manganês, correspondentes
aos números atômicos 43 e 75, seriam eventualmente ocupados por elementos parecidos a este e, por
isso, chamou-os de ekamanganês e dvimanganês (Murphy e Ferro Flores, 2003).

O elemento de número atômico 43, que ficava entre o manganês e o rênio, foi descoberto em 1937
por Carlo Perrie e Emilio Gino Segrè. Após a Segunda Guerra Mundial, o elemento foi batizado
com o nome de tecnécio. Esse nome vem do adjetivo grego technetos ou artificial, e foi utilizado pelo
fato de o tecnécio ter sido o primeiro elemento químico preparado artificialmente (Murphy e Ferro
Flores, 2003).

O tecnécio (Tc) é um metal da segunda série de transição da Tabela Periódica, pertencente à família
7B, e está localizado entre o molibdênio e o rutênio e entre o manganês e o rênio (Murphy e Ferro
Flores, 2003).

Figura 1: Esquema de decaimento do 99Mo.

Até o momento, todos os isótopos conhecidos do tecnécio são radioativos, desde o tecnécio-90 ao
tecnécio-110, e incluem oito pares de isômeros nucleares, entre eles 99mTc-99Tc (Murphy e Ferro
Flores, 2003). Isômeros nucleares são nuclídeos que se diferenciam apenas pelo seu conteúdo
energético. O nuclídeo no estado mais energético (metaestável), libera energia eletromagnética
(radiação gama) na transição para um estado isomérico de energia mais baixa.

O tecnécio-99m é um radionuclídeo que apresenta características físicas ideais para utilização em


Medicina Nuclear Diagnóstica: é mono- emissor gama de baixa energia (140 keV), possui tempo de
meia-vida físico relativamente curto (6,02 h, ou seja, a cada intervalo de 6,02 h a atividade de uma
amostra de tecnécio- 99m decai pela metade), e não emite radiação do tipo particulada (α ou β–).
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Essas características físicas, em conjunto, possibilitam a aquisição de imagens cintilográficas com


excelente resolução, utilizando-se os equipamentos de detecção de radiação atualmente disponíveis,
sem comprometimento dosimétrico para o paciente. Assim, a grande maioria dos radiofármacos
utilizados atualmente são preparados a partir desse radionuclídeo (Saha, 1998).

Figura 2: Gerador de 99Mo-99mTc de coluna cromatográfica IPEN-TEC (Fonte: Instituto de


Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN).

O tecnécio-99m é produto do decaimento radioativo do molibdênio-99. Cerca de 87,5% dos átomos


de 99Mo de uma amostra desintegramse por emissão de radiação β– e originam núcleos de 99mTc
que, por sua vez, desintegram-se por emissão de radiação gama para originar o 99Tc, o qual se
desintegra a 99Ru (estável) (Figura 1) (SAHA, 1998). Dessa forma, 99Mo é chamado de elemento
“pai” e 99mTc de elemento “filho”. 99Mo e 99mTc formam um par radioativo em equilíbrio
transiente, já que o tempo de meia-vida físico do pai é cerca de dez vezes maior que o do filho. Esse
equilíbrio possibilita a fabricação do sistema (http://qnint.sbq.org.br/qni/) gerador de radionuclídeo
de 99Mo-99mTc.

Por meio do sistema gerador de 99Mo-99mTc, o elemento tecnécio-99m pode ser facilmente
disponibilizado no hospital ou serviço de Medicina Nuclear. O gerador é um sistema fechado,
composto por uma coluna cromatográfica de óxido de alumínio (Al2O3), na qual é depositada uma
atividade conhecida de 99Mo. 99Mo desintegra-se na coluna e origina o 99mTc. Fazendo-se passar
através da coluna uma solução salina estéril (solução NaCl 0,9%), coleta-se no líquido eluente
somente o tecnécio- 99m na forma de pertecnetato de sódio (Na+TcO4-), enquanto que o 99Mo
permanece adsorvido à coluna de alumina (Figura 2) (Saha, 1998).

Após um período de crescimento ideal (aproximadamente 24 h), o gerador pode ser novamente
eluído com rendimento teórico máximo de tecnécio-99m. A vida útil de um gerador pode variar de
uma semana a 15 dias, dependendo da carga inicial de 99Mo. A cada dia, uma atividade menor de

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tecnécio-99m é eluída, devido ao próprio decaimento do elemento pai.

Radiofármacos de tecnécio-99m

A própria solução de pertecnetato de sódio eluída do gerador constitui-se em um radiofármaco.


Administrada intravenosamente, permite a aquisição de imagens das glândulas tireóide e salivar,
sendo também utilizada em estudos de fluxo sanguíneo e pesquisas de sangramento oculto.
Entretanto, a grande utilidade da solução de Na99mTcO4 está no seu uso na marcação de
moléculas, resultando em diversos radiofármacos com especificidade por diferentes órgãos e
sistemas (http://qnint.sbq.org.br/qni/) do organismo.

Para que ocorra a ligação do elemento tecnécio às diversas moléculas, temos que considerar a
química do elemento, que é muito complicada devido a seus múltiplos estados de oxidação. O
tecnécio pode apresentar estados de oxidação que vão de 3–, 1– e 1+ a 7+, sendo mais freqüentes os
estados de oxidação 7+, representados pelos heptaóxidos e pelos permetalatos, e 4+, nos dióxidos,
tetracloretos e halogenometalatos (Murphy e Ferro Flores, 2003).

Na forma de pertecnetato de sódio, o Tc apresenta estado de oxidação 7+, bastante estável em


solução aquosa. Apesar dessa estabilidade, nesse estado de oxidação o tecnécio não pode se ligar às
moléculas de forma a constituir radiofármacos de interesse. Torna-se necessária a redução do Tc(VII)
para estados oxidação mais baixos, como 3+, 4+ ou 5+ (Murphy e Ferro Flores, 2003).

Com base (http://qnint.sbq.org.br/qni/) nesses conhecimentos, uma série de reagentes para pronta
marcação com tecnécio-99m foram desenvolvidos e encontram-se disponíveis comercialmente. Esses
reagentes são constituídos pelo ligante ou molécula que se pretende ligar ao tecnécio-99m e por um
agente redutor, sendo que o mais comumente empregado é o cloreto estanoso (SnCl2). Os íons Sn+2
promovem a redução do Tc+7 para estados de oxidação mais favoráveis à incorporação do metal,
que poderá se ligar a uma ou mais moléculas do ligante, formando complexos com diferentes
números de coordenação (Murphy e Ferro Flores, 2003).

TcO4– + Sn+2 + 8H+ + 1e– → Tc+4 + Sn+4 + 4H2O

Contudo, o grau de redução dependerá de vários fatores: (1) a relação estequiométrica Sn/Tc; (2) as
condições em que se realiza a reação; (3) a presença de um ligante; (4) a natureza química do ligante
e (5) oxigênio presente em solução. As moléculas dos ligantes, por sua vez, devem apresentar átomos
doadores de elétrons, a exemplo do que ocorre com as oxotioaminas, que se unem ao metal por meio
de ligações com átomos de oxigênio, enxofre e nitrogênio.

Vários reagentes para pronta marcação com tecnécio encontram-se disponíveis e são
comercializados na forma liofilizada (isentos de água), e sob vácuo ou atmosfera de gás inerte, para
conservar as propriedades do agente redutor. Dessa forma, os serviços de Medicina Nuclear podem
adquirir os reagentes liofilizados para pronta marcação com tecnécio-99m, bem como o gerador de
99Mo-99mTc, e realizar a marcação de moléculas momentos antes da realização dos exames.

Várias moléculas são excelentes ligantes para o tecnécio-99m com aplicação em Medicina Nuclear
diagnóstica. Uma classe importante de ligantes é representada por compostos fosforados como o
pirofosfato (H4P2O7), um dímero anidro do ortofosfato; o etano-1-hidroxi-1,1-bifosfonato (HEDP
ou EHDP) e o metilenodifosfonato (MDP) (Figura 3) (Murphy e Ferro Flores, 2003; Saha,1998;
Welch e Redvanty, 2003).

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Figura 3: Estrutura de compostos fosforados para marcação com 99mTc: pirofosfato (H4P2O7);
metileno-difosfonato (MDP); etano-1-hidroxi-1,1-bifosfonato (EHDP).

Não se conhece ao certo a estrutura química dos fosfocomplexos formados pelo tecnécio. O MDP-
99mTc parece ser um polímero em que cada átomo de tecnécio se une a dois ligantes e cada MDP
coordenado se liga a dois tecnécios e, portanto, o Tc fica rodeado por seis átomos de oxigênio e o
mais provável é que o oligômero tenha 4-6 centros de tecnécio (IV) (Figura 4) (Murphy e Ferro
Flores, 2003).

Figura 4: Estrutura provável do complexo metileno-difosfonato morfológicas. (MDP)-99mTc.

O radiofármaco MDP-99mTc deposita-se no osso sadio, com preferência por áreas de crescimento
ósseo. Processos inflamatórios e tumores ósseos concentram o radiofármaco em maior quantidade e
podem ser facilmente diagnosticados por meio das imagens ósseas cintilográficas de corpo inteiro. O
radiofármaco MDP-99mTc é um dos mais utilizados em Medicina Nuclear, particularmente na
pesquisa de metástases ósseas em pacientes com câncer.

O ácido dietilenotriamino pentacético (DTPA), o ácido dimercaptosuccínico (DMSA) e o ácido


glucoheptônico ou glucoheptonato de sódio (GH) são agentes quelantes que possuem grupos
coordenantes tais como amino, tiol, hidroxi ou carboxilato (Figura 5) (Saha,1998; Welch e Redvanty,
2003).

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Figura 5: Agentes quelantes para marcação com 99mTc: ácido dietilenotriamino pentacético
(DTPA); ácido glucoheptônico ou glucoheptonato de sódio (GH); ácido dimercaptosuccínico
(DMSA).

No caso do DMSA, os grupamentos tiol de duas moléculas coordenam-se a um átomo de Tc (um


complexo bis). Em contraste, no GH, dois grupos hidroxila de cada molécula são responsáveis pela
complexação (Figura 6) (Murphy e Ferro Flores, 2003).

Figura 6: Complexo de glucoheptonato de sódio (GH)-99mTc.

O DTPA interage com o 99mTc reduzido para formar complexos com carga negativa em meio
neutro ou levemente ácido. O estado de oxidação do 99mTc no complexo não é conhecido, mas tem
sido relatado como III, IV e V ou uma combinação destes.

Os três radiofármacos são utilizados em estudos renais. O DTPA-99mTc é utilizado para avaliar a
função de filtração glomerular dos rins. DMSA-99mTc e GH-99mTc concentram-se no córtex renal e
são utilizados em avaliações anatômicas e morfológicas.

O tecnécio-99m também forma quelatos com compostos aminotiólicos ou tetraamínicos, resultando


em complexos lipofílicos que apresentam a propriedade de atravessar a barreira hemato-encefálica,
distribuindo-se no tecido cerebral. É o caso do complexo formado com a etilenodicisteína dietil éster
(ECD) e com um derivado propileno amino oxima, denominado HMPAO (Figura 7) (Saha,1998;
Welch e Redvanty, 2003).

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Figura 7: Complexos lipofílicos de etilenodicisteína dietil éster (ECD)- 99mTc (direita) e de um


derivado propileno amino oxima, HMPAO-99mTc (esquerda).

Esses complexos possibilitam a realização de estudos de perfusão sanguínea cerebral, contribuindo


para o diagnóstico de morte cerebral, bem como na investigação de inúmeras patologias
relacionadas ao sistema nervoso central, tais como o mal de Parkinson e a doença de Alzheimer.

Um complexo catiônico hexacoordenado de carga final +1 é formado quando seis moléculas da


isonitrila 2-metoxi-2-isobutil isonitrila (MIBI) ligam-se a um átomo de Tc. O radiofármaco assim
constituído denominase hexamibi-99mTc (Figura 8) e é utilizado em estudos de perfusão do
miocárdio para detecção de anormalidades como o infarto do miocárdio (Saha,1998; Welch e
Redvanty, 2003).

Figura 8: Complexo de isonitrila 2-metoxi-2-isobutil isonitrila (MIBI) contendo seis (hexa) ligantes
HEXAMIBI-99mTc.

O tecnécio-99m pode também se ligar a espécies coloidais ou particuladas. Colóides pré-formados de


sulfeto de antimônio (Sb2S 3) ou nanocoloides obtidos a partir de soro albumina humana (SAH)
podem ser posteriormente marcados com 99mTc.

Colóides de enxofre ou de estanho são formados durante a redução do 99mTcO4 em presença de


tiossulfato ou cloreto de estanho. As preparações coloidais radiomarcadas são utilizadas para
obtenção de imagens do fígado, baço e medula (Murphy e Ferro Flores, 2003).

Partículas maiores, formadas a partir de SAH, podem constituir macroagregados (MAA) de


tamanho de 10 a 90 µm que, marcados com 99mTc, são utilizados para mapeamento pulmonar.

Na busca por radiofármacos cada vez mais específicos, com especial interesse para o diagnóstico de
diferentes tipos de tumores, vários radiofármacos de tecnécio vêm sendo propostos, constituídos de
ligantes protéicos. Tais proteínas são representadas por anticorpos monoclonais e peptídeos que
reconhecem algum antígeno de superfície ou receptor presente na célula tumoral. Marcadas com

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tecnécio-99m e administradas ao paciente, essas moléculas reconhecem e se ligam às células


tumorais, possibilitando o diagnóstico precoce do câncer bem como o acompanhamento de recidivas
póstratamento. Tais radiofármacos são chamados de receptor-específicos (Murphy e Ferro Flores,
2003; Comet e Vidal, 1998).

Muitos ligantes foram estudados para marcação com 99mTc e apresentam utilidade real em
Medicina Nuclear Diagnóstica. Uma vantagem inerente dessa técnica diagnóstica é a de ser um
procedimento não invasivo que possibilita uma avaliação anatômica ou morfológica dos órgãos e,
principalmente, uma avaliação funcional dos mesmos.

A busca pela especificidade no diagnóstico movimenta pesquisas no mundo todo para o


desenvolvimento de novos radiofármacos, com grande interesse por radiofármacos de tecnécio-99m,
em razão das propriedades físicas ideais deste radionuclídeo, além da disponibilidade do uso através
dos sistemas (http://qnint.sbq.org.br/qni/) geradores e custo relativamente baixo. Nesse sentido, o
conhecimento da química de coordenação do tecnécio é imprescindível para o desenvolvimento de
tais radiofármacos, contribuindo para um dos aspectos do conhecimento multidisciplinar envolvido
nesta ciência denominada Radiofarmácia.

Referências

1. COMET, M. e VIDAL, M. Radiopharmaceutiques – chimie des radiotraceurs et applications


biologiques. Grenoble: Presses Universitaries de Grenoble, 1998.

2. MURPHY, C.A. e FERRO-FLORES, G. Compuestos de tecnecio. 1a ed. México: Instituto


Nacional de Ciencias Médicas y Nutrición Salvador Zubirán, 2003.

3. SAHA, G.B. Fundamentals of nuclear pharmacy. 4a ed. EUA: Springer, 1998. WELCH, M.J.
e REDVANTY, C.S. Hand-book of radiopharmaceuticals – Radio-chemistry and
Applications. Inglaterra: John Wiley & Sons Ltda, 2003.

Publicado em Ciência e tecnologia

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O que acontece dentro do acelerador de partículas


brasileiro?

MAI 23
Publicado por quimicafla

Por – Leo Martins


(http://www.gizmodo.com.br/author/leomartins/) 22 mai, 2012 –
03:42

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 26/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

A 118 quilômetros de São Paulo existe, em Campinas, o único acelerador de partículas da América
Latina. Desde já, saiba que é maldade compará-lo ao todo poderoso LHC, mas o LNLS
(Laboratório Nacional de Luz Síncrotron) e seu acelerador UVX fazem algumas coisas bem
animais. E nós fomos visitá-los para entender o que acontece quando alguém aperta o play e as
partículas começam a rodar loucamente em uma gigantesca estrutura circular.

O LNLS faz parte de um pólo de pesquisas chamado CNPEM (Centro Nacional de Pesquisas em
Energias e Materiais), localizado em um local afastado da cidade de Campinas. O local, sem fins
lucrativos, foi criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e abriga quatro grandes centros de
pesquisa: o LNBio, de biociências; o CTBE, de bioetanol; o LNNano, focado em nanotecnologia; e o
já citado LNLS, que conta com um síncrotron. Passeando pelas instalações, é fácil lembrar de vários
cenários do jogo GoldenEye 007, aquele clássico que você jogou até desmaiar com seus primos
(Facility, saudades).

Mas calma lá. O que diabos é um síncrotron?*

O sícrotron é essa estrutura que você vê na foto inicial. Aquilo é um acelerador de partículas, com 30
metros de diâmetro. Porém, tudo começa mais embaixo: enterrado no chão do sícrotron há um
acelerador linear, que dispara os pacotes de elétron no anel central. Lá, os elétrons ficam correndo
loucamente até atingirem algo próximo à velocidade da luz. E aí a corrida de verdade acontece.

Ao atingir a velocidade ideal, o elétron entra no anel síncrotron. Mas diferente daquele autorama
simples que eu tinha quando era pequeno, os elétrons não correm com tanta facilidade na pista. O
motivo? Eles não sabem fazer curva (tudo bem, eu também não sabia). E se um elétron encosta em
qualquer uma das paredes do anel, ele perde força, o experimento é abortado e é bem caro começar
tudo de novo.

(http://www.gizmodo.com.br/o-que-acontece-dentro-do-acelerador-de-particulas-brasileiro/anel/)

A solução para curvas é também o que faz com que o LNLS seja tão importante: ao adicionar
eletroímãs nos pontos de curva, o anel não só deixa o elétron girando como uma massa teleguiada.
Ele também recolhe o material essencial das pesquisas, a radiação síncrotron.
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 27/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

O anel do LNLS tem objetivo bem diferente do LHC. O segundo trabalha com os extremos da física
nuclear. Mexendo com partículas subatômicas e atingindo forças de mais de 130 GeV (a energia de
um elétron acelerado por uma tensão de 130 bilhões de Volts), o LHC quer explorar um universo
que ainda é um mistério para nós, como a matéria negra, o Bóson de Higgs e outras maluquices —
e se essa parte lhe interessa, recomendamos a leitura sobre o que aconteceu no Phenomenology 2012
Symposium (http://arstechnica.com/science/2012/05/the-state-of-particle-physics-a-report-from-
pheno-2012/).

A proposta do LNLS é outra. Diversas fabricantes de todo o tipo de material imaginado precisam de
novos estudos em busca de melhores materiais — mais baratos, menos poluentes, mais maleáveis
etc. E ter uma estrutura sem fins lucrativos que conta com uma máquina de US$250 milhões pronta
para pesquisar tais materiais é ótimo.

(http://www.gizmodo.com.br/o-que-acontece-dentro-do-acelerador-de-particulas-brasileiro/linha/)

Calma, é só uma das linhas de luz que recebe o espectro

E é assim que chegamos à radiação síncrotron. Toda vez que o elétron é desviado por um eletroímã,
ele deixa um vestígio. Tal espectro é encaminhado para sua linha de luz correspondente. Imagine
como um arco-íris: cada feixe de radiação corresponde a um tipo de pesquisa de material. A partir
daí, análises são feitas em aplicações como, por exemplo, proteínas e cristais. Enquanto um arco-íris
tem um espectro de cores, o síncrotron é capaz de selecionar a “cor” e até mesmo a polarização da
radiação criada.

Porém, o anel brasileiro está atrasado. É, juro. Nosso anel de sícrotron é de segunda geração. Isso
significa que nossos elétrons conseguem gerar uma energia de apenas 1.37 GeV. Em países como
França e Inglaterra, o anel de síncrotron de terceira geração atinge até 3 GeV. Na prática, isso
significa que o espectro gerado pelos franceses e ingleses é muito mais preciso e detalhado do que o
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 28/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

emitido aqui. Harry Westfahl, vice-diretor científico do LNLS, diz que a diferença das imagens
chega a seis graus de diferença: enquanto conseguimos enxergar os espectros gerados na casa dos
milímetros, um síncrotron de terceira geração é tão detalhista que chega na casa dos nanômetros.

Então, qual a solução? Sirius. O nome da solução é Sirius.

O projeto Sirius

(http://www.gizmodo.com.br/o-que-acontece-dentro-do-acelerador-de-particulas-brasileiro/sirius/)

O projeto Sirius é o próximo passo do Brasil no estudo de elétrons, partículas e materiais com um
acelerador de partículas. E é a grande empolgação de quem trabalha no LNLS: um síncrotron de
terceira geração, cinco vezes maior do que o anel atual.

Para se ter uma ideia, o acelerador atual caberia no meio do anel da foto acima, a concepção
artística do Sirius. A expectativa é a de que o local tenha 31 mil metros quadrados e conte com 40
linhas de luz para captação dos espectros, que poderão ser analisados com mais precisão. Segundo o
LNLS:

“Apesar da alta confiabilidade, a atual fonte Síncrotron, de 2ª geração, possui limitações que
inviabilizam sua utilização em um grande número de aplicações relevantes para futuros projetos de
ciência e tecnologia. Sirius, de 3ª geração e raios X altamente energéticos, terá parâmetros
semelhantes ou superiores às modernas instalações do mundo, abrindo novas oportunidades para a
pesquisa brasileira.”

Na prática, o Sirius aumentaria o número de empresas interessadas no uso do país como campo de
pesquisas — gigantes como a General Electric e a IBM usam a luz de síncrotron para pesquisas de
materiais. A capacidade de pesquisas por ano também saltaria de 1.600 para 2.700 — hoje,
empresas ficam na fila para poder usar o UVX. Ou seja: o Sirius quer “internacionalizar” o Brasil no
assunto, colocá-lo no mapa quando o assunto for acelerar partículas.
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 29/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

(http://www.gizmodo.com.br/o-que-acontece-dentro-do-acelerador-de-particulas-brasileiro/sirius2/)

No entanto, o Projeto Sirius, por enquanto, ainda está no papel e a previsão para o término de sua
construação é apenas em 2016. E ele já vem sendo divulgado e prometido pelo menos desde 2010
(http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/783653-acelerador-nacional-de-luz-sincrotron-sera-mais-
potente.shtml). Mas O CNPEM e o LNLS têm motivos para se empolgar: a instalação é um dos
carros-chefe do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Conversando com funcionários do LNLS, a sensação é de que a troca de Aloísio “Fábrica-de-iPads”


Mercadante por Marco Antonio Raupp é mais um motivo para empolgação com o projeto: Raupp é
físico e já deixou claro que quer estimular o investimento em ciência, principalmente em iniciativas
que envolvam parcerias com empresas. Em janeiro, questionado pela Folha
(http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1039226-empresas-do-pais-devem-investir-em-ciencia-diz-
ministro-raupp.shtml) sobre projetos como Sirius, Raupp disse que tais projetos são importantes
para a ciência brasileira, e que “é preciso viabilizá-los, mesmo que seja preciso distribuir o
orçamento em vários anos”.

O Projeto Sirius foi orçado em US$207 milhões, pouco mais de R$400 milhões. A promessa do
Ministério é a de que neste ano sejam liberados pelo menos R$35 milhões para o início das obras,
que ocupará um grande espaço no CPNEM. O pólo argumenta que o valor é ínfimo: equivale a
0,01% do PIB em 2010, e 1,7% dos gastos federais em ciência e tecnologia no mesmo ano.

Teremos que esperar bons anos para ver o Sirius em ação. E, não, ele não encontrará o Bóson de
Higgs. Mas, com sorte, ele ajudará o Brasil a se firmar em um cenário onde ainda estamos devendo
um bocado. E em 2016 nós voltamos lá para ver se a promessa se concretizou.

*Se etimologicamente a palavra síncrotron também lhe deixa curioso, nosso amigo físico Pedro Augusto
explica detalhadamente de onde veio o nome desse monstrinho:

“A diferença entre o síncrotron e seu irmão mais velho, o cíclotron, é que o segundo acelerava prótons
(bem mais pesados que os elétrons) entre duas cavidades semicirculares em que a direção de um campo
elétrico é alternada constantemente, fazendo com que os prótons ganhem velocidade a cada passagem por

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 30/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

uma dessas cavidades, enquanto um campo magnetico é responsável por mantê-los em uma órbita
circular estável.

O problema é que quando uma partícula alcança velocidades próximas à da luz, os efeitos relativísticos
começam a aparecer, e a partícula fica mais ‘pesada’, portanto mais difícil de ser acelerada a cada um ciclo
desses. Isso, somado à perda de energia do elétron em forma de radiação eletromagnética em razão de estar
sendo acelerado em uma órbita, causa uma dessincronia entre a frequência desses elétrons no acelerador e
o próprio acelerador. É como se quanto mais rápida ela ficasse, mais lenta ela ficasse. A solução pra isso é
sincronizar os cíclos com esses efeitos relativísticos dando a cada ciclo um pouco mais de energia para a
particula. o resultado final é que a particula dá uma volta completa no acelerador sempre com a mesma
duração de tempo, e assim todos ficam feliz. Daí o nome: SÍN-CRO-TRON!”

Publicado em Ciência e tecnologia

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Mecanismos de reação.

MAI 22
Publicado por quimicafla
SN2: Substituição nucleofílica bimolecular

De uma forma geral, quando um nucleófilo encontra um haleto de alquila ele pode fazer duas
coisas: atacar o carbono diretamente e deslocar o íon haleto, ou atuar como uma base, induzindo a
de-hidro-halogenação do haleto de alquila e produzir um alceno. O último caso, refere-se à
eliminação bimolecular (E2). O primeiro, à substituição nucleofílica bimolecular – SN2.

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/clip_image0024.jpg)

Mas a pergunta é: por quê cargas d’água iria um nucleófilo atacar um carbono?! A resposta
está no simples fato de que cargas opostas se atraem. Um nucleófilo é uma espécie química que é
atraída por cargas positivas – algumas vezes, chega a possuir, de fato, carga negativa. Como o

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 31/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

grupo de saída ligado ao carbono que irá sofrer o ataque do nucleófilo invariavelmente saca elétrons
do carbono, deixa-o com uma carga parcialmente positiva – um forte candidato para a substituição
nucleofílica.

Mec.ANIMAÇÃO:// SN2

(http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/sala_de_aula/mecanismos/mecanismos.html)
Veja uma simulação da reação SN2: click na figura acima!

O ataque do nucleófilo sempre é ao longo do eixo de ligação C-X – o caminho de menos energia
para a reação. Uma das principais características da SN2 é que o processo provoca uma inversão
da configuração do átomo de carbono ligado ao grupo de saída (inversão de Walden). Se o
reagente de partida for um composto quiral e na forma pura, o produto também será quiral, mas
com a configuração oposta. Por exemplo: a reação entre o íon acetato e o (S)-2-bromo-1-
fenilpropano produz o composto (R)-2-acetato-1-fenil-propano.
A inversão da estereoquímica em átomos de carbonos assimétricos durante uma reação SN2 é um
forte indício de que a reação passa por um mecanismo concertado, envolvendo a formação de um
estado de transição onde o átomo de carbono faz “5 ligações”! Na verdade, existe a formação de
duas ligações parciais (Nu-C e C-X).
Outro detalhe importante nesta reação é que não se observa a formação de um intermediário
iônico. Como consequência, nos casos onde, via SN1, o haleto de alquila formasse um carbocátion
primário – altamente instável – as reações parecem optar pelo mecanismo SN2. Em solventes menos
polares, também, onde o carbocátion do SN1 é pouco estável, a reação ocorre preferencialmente via
SN2.

Efeitos que influenciam o mecanimos SN2

Solventes Nucleófilo Grupo de saída

Os solventes próticos, com Nucleofilicidade não é O grupo de saída é


grupos N-H ou O-H, não são sinônimo de extremamente
favoráveis ao mecanismo basicidade: é a importante neste
SN2, pois estabilizam o velocidade de ataque mecanismo. Um
nucleófilo. Para satisfazer de um nucleófilo sobre bom grupo de saída
este mecanismo, o ideal é o um carbono eletrófilo. deve possuir um
uso de solventes polares Por exemplo: o t- ânion estável após
apróticos, que, embora não butóxido é uma base deixar o carbono. Os
establizem tanto o nucleófilo, forte mas um péssimo haletos são

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25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

podem estabilizar o grupo de nucleófilo, devido a excelentes grupos de


saída, deslocando o equilíbrio impedimentos saída, por que eles
para a direita. estéricos ao ataque. atendem aos
Para favorecer o principais requisitos:
mecanimo SN2, o 1. capacidade de
nucleófilo deve ser sacar elétrons do
forte ou moderado. carbono
Nucleófilos bons: 2. não ser uma base
MetO-, HO-, I-, CN- forte ao deixar o C
Nucleófilos ruins: 3. ser polarizável
MetOH, H2O, F-, (para estabilizar o
HCN estado de transição)
Os haletos atendem
a estes critérios, mas
um dos melhores
grupos de saída é o
tosilato (um tioéster)
que, devido à
ressonância do anel,
possui um ânion
muito estável.

SN1: Substituição nucleofílica unimolecular

Os produtos de uma reação SN1 são similares aos da reação SN2, mas o mecanismo é
completamente diferente. Nesta reação, não ocorre inversão do configuração do carbono eletrófilo, e
pode acontecer rearranjos do carbocátion: neste mecanismo, há a formação de um intermediário
iônico.

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25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/clip_image0054.jpg)

Embora a velocidade da reação dependa da concentração do substrato, a alteração da concentração


do nucleófilo não tem qualquer efeito na velocidade da reação. Isto significa que a etapa limitante
não envolve a participação do nucleófilo. Neste mecanimo, a velocidade segue a seguinte lei: v=k.
[substrato].

Mec.ANIMAÇÃO:// SN1

(http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/sala_de_aula/mecanismos/mecanismos.html)
Veja uma simulação da reação SN1: click na figura acima!

Como o nucleófilo não participa da etapa limitante da velocidade, a nucleofilicidade do nucleófilo


não tem efeito sobre a reação: isto significa que nucleófilos pobres, como água e álcools, podem
reagir via SN1.

Esta reação envolve a formação de um carbocátion na etapa determinante da velocidade. Neste

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 34/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

caso, podem ocorrer rearranjos na estrutura do carbocátion – como a migração de um grupo


metila ou de um próton ligados aos carbonos adjacentes – no sentido da formação do carbocátion
mais estável. Por isso, a estrutura do produto nem sempre se assemelha a do substrato de partida.

E1: Eliminação de primeira ordem

A reação de eliminação que ocorre pelo mecanismo E1 passa por uma etapa inicial com a formação
de um carbocátion. Esta é a etapa lenta, que envolve o desprendimento do grupo de saída. A etapa
seguinte é o ataque do nucleófilo – mas não sobre o carbono e sim sobre um átomo de hidrogênio
(próton) ligado ao carbono adjacente. O resultado é a produção de dois carbonos sp2, ou seja, a
formação de uma ligação dupla.

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/clip_image0094.jpg)

A velocidade da reação depende somente da etapa lenta – não é influenciada pela concentração do
nucleófilo. A lei da velocidade, então, é v=k.[substrato].

Mec.ANIMAÇÃO:// E1

(http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/sala_de_aula/mecanismos/mecanismos.html)
Veja uma simulação da reação E1: click na figura acima!

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25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

O solvente ideal para uma reação acontecer via SN1 é um que estabilize o ânion liberado e também
o carbocátion formado. O substrato deve ser um carbono altamente substituido: carbonos primários
e haletos de metila não reagem via E1. O substrato deve ter um bom grupo de saída, como haletos
ou tosilato. A natureza do base não é muito importante, pois esta não participa da etapa lenta.
Como a reação ocorre via formação de um carbocátion,

podem ocorrer rearranjos, assim como no caso das reações SN1, no sentido da formação do
carbocátion mais estável.

E2: Eliminação de segunda ordem

O termo E2 significa “Eliminação Bimolecular”, ou “Eliminação de segunda ordem”. . Como em


qualquer reação de eliminação, o produto tem um grau a mais de insaturação que o substrato de
partida. A de-hidro-halogenação de um haleto de alquila, por exemplo, produz um alceno. Em
contraste às reações E1, as reações E2 são promovidas por uma base forte: a base é vital para a
reação, e está diretamente envolvida na etapa determinante da velocidade. Como a reação é
bimolecular, envolve uma cinética de segunda ordem, isto é, duas moléculas precisam colidir para
que a reação ocorra. A lei da velocidade para uma reação via E2 é v=k.[substrato].[base]. Como
mostra o mecanismo, os átomos H e X precisam estar em carbonos adjacentes, e o ataque da base
sempre é antiperiplanar.

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/clip_image0134.jpg)

Mec.ANIMAÇÃO:// E2

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 36/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

(http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/sala_de_aula/mecanismos/mecanismos.html)
Veja uma simulação da reação E2: click na figura acima!

A polaridade do solvente não é muito importante. Tal como na reação E1, o substrato deve ser
altamente substituído. Como E2 não passa pela formação de intermediário iônico (carbocátion), não
ocorrem rearranjos na estrutura do substrato. Este deve possuir um bom grupo de saída.

Esta reação provoca o surgimento de uma estereoquímica preferencial: se os grupos R ligados


ao carbono que possui o grupo X forem diferentes, assim como os grupos R ligados ao carbono que
irá perder o hidrogênio, existe apenas uma orientação possível na qual o hidrogênio e o grupo X
estão em posição antiperiplanar. Isto pode levar à formação de apenas isômeros R ou S do alceno.

Resumindo…

Em Química Orgânica avançada aprendemos que, de fato, nenhuma reação química ocorre via
somente um dos mecanismos vistos acima. No caso de uma substituição, por exemplo, existe sempre
uma competição entre SN1 e SN2. Mas, no curso de graduação, aprendemos os mecanismos
separadamente – assim teremos já esta “bagagem” quando chegarmos à pós-graduação. De
qualquer forma, a tabela abaixo resume as afinidades mecanísticas correlacionadas com a
substituição do carbono eletrofílico.

Substrato Tipo SN1 SN2 E1 E2


preferencial
de reação

RCH2X SN2 não ocorre altamente não ocorre ocorre com


favorecida bases fortes

R2CHX SN2 com pode ocorrer ocorre em pode ocorrer favorecida


nucleófilos com haletos competição com haletos quando bases
não básicos benzílicos ou com reação benzílicos ou fortes são
E2 com alílicos E2 alílicos usadas
bases fortes

R3CX E2 favorecida em não ocorre ocorre em favorecida


(SN1 e E1 solventes competição quando bases
em hidroxílicos com reação são usadas
solventes SN1
não básicos)

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 37/44
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Publicado em Conceitos Químicos

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Por que a matemática é importante na Física?

MAI 20
Publicado por quimicafla

(https://flaviogimenes.files.wordpress.com/2012/05/matematicanafisica.jpg?w=254)

Essa sempre foi uma questão muito importante para mim. Nunca me conformei com o jeito como a
Física é ensinada nem com o conteúdo das apostilas nas escolas públicas, no ensino médio. Não
podemos tirar a matemática da Física e, sim, ensiná-la como uma nova linguagem, desde o ensino
fundamental, como ensinamos a gramática. Nesse texto do site http://www.quantumdiaries.org/
(http://www.quantumdiaries.org/), onde Byron Jennings, um físico nuclear, faz um artigo sobre a
importância da matemática e os argumentos racionais da ciência, ele fala exatamente sobre a
importância da matemática na Física.

E eu achei muito legal! Vale a pena ler. Por isso traduzi e resumi, mas se quiserem ler na íntegra,
entrem no site e leiam esse e outros artigos interessantíssimos do mundo da Física Quântica:

“O papel da matemática e os argumentos racionais da ciência”

Os cientistas usam a matemática para saber como funciona o Universo e, com isso, fazer previsões
precisas e, assim, através dela, poderem ser testadas experimentalmente. Mas não é só isso.

Nem toda ciência tem a matemática envolvida e vice-versa. A astrologia, por exemplo, utiliza uma
matemática precisa para calcular as previsões planetárias, mas isso não faz dela ciência. Charles
Darwin e Carl Linnaeus em suas obras sobre a Classificação dos seres vivos e a Evolução são exemplos
de ciência que foram feitas sem muita matemática (nem por isso deixaram de ser ciência).

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 38/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

(http://1.bp.blogspot.com/-
aiGO9yj2Sws/T6WnTdGu4sI/AAAAAAAADk4/-TCYR2wzTxs/s1600/a+escola+de+athenas.jpg)

(A escola de Athenas – no centro Platão e Aristóteles.


Fonte:http://polegaropositor.com.br/filosofiadaciencia/dicotomias-sem-nexo/
(http://polegaropositor.com.br/filosofiadaciencia/dicotomias-sem-nexo/))

Os antigos filósofos gregos Platão e Aristóteles consideravam, também, o uso da matemática para
descrever as suas observações.

Galileu foi criticado por usar a matemática para descrever o movimento. No entanto, desde então, o
uso da matemática foi utilizado para descrever fenômenos físicos.

O fundamento matemático é um novo conjunto de ideias. Para o nosso propósito, partindo do ponto
de vista científico, tudo o que precisamos saber é que nos ajuda a fazer previsões mais precisas. Nós
usamos porque funciona. E isso é tudo.

A matemática está tão entrelaçada como parte da Física que se tornou, de fato, uma linguagem. Isso
é o que torna a Física verdadeira, a matemática é parte integral do pensamento científico. Quando
os físicos discutem, equações fluem. A matemática continua sendo uma ferramenta totalmente
integrada no processo da ciência.

Pessoas que não têm uma formação sólida em matemática são, de certa forma, alienadas da ciência.
Podem até traduzir a linguagem matemática para a linguagem comum, mas, algo sempre se perde
nessa tradução, em se tratando da mecânica quântica – ou ainda, no caso das partículas, na Física
Moderna, a coisa é pior – daí surgem absurdos como o nome “partícula de deus”.

Não há “partícula de deus” na matemática, apenas equações elegantes e, realmente, considerando a


sua importância, são equações bastante simples. Levantando a seguinte questão: como você
realmente entende a Mecânica Quântica? A resposta é clara: estudando a matemática, pois aí é o
verdadeiro ponto de entendimento. Não como alguns argumentos metafísicos sobre o mundo.

A lógica pode ou não dar origem à matemática, mas para a física, o que exigimos dela é que seja útil
na medida em que nos ajuda a melhorar nossas previsões. Os argumentos racionais disfarçados de
lógica muitas vezes se tornam sedutores, mas ilusórios. Ao contrário da matemática, os argumentos
não são 100% confiáveis e esse é o maior problema da filosofia.

Filósofos usam argumentos, supostamente racionais e chegam a conclusões diferentes: Platão,


https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 39/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

Filósofos usam argumentos, supostamente racionais e chegam a conclusões diferentes: Platão,


Descartes, Hume e Kant tiravam conclusões muito diferentes. Cientistas obrigam-se a se guiar pela
observação: isso é que faz com que a ciência seja correta e eficaz.

(http://1.bp.blogspot.com/-
s8fPr_pzxCs/T6WnpYOa08I/AAAAAAAADlA/duOFQE9Yl9s/s1600/a+fisica+na+matematica.jpg)

Na ciência, começamos com uma ideia e desenvolvemos com argumentos racionais e matemáticos.
Verificamos com outros colegas para nos convencer se o argumento está 100% correto, em seguida,
a experiência é realizada. A filosofia é como a ciência, mas sem a experiência. Talvez a verdadeira
definição de um argumento racional seja a experiência e as observações, pois é aquela que produz
resultados. Matemática, lógica e os argumentos racionais são apenas um meio para um fim. As
produções de modelos nos permitem fazer previsões precisas. E, no final, é só o sucesso das previsões
que contam.

Publicado em Ciência e tecnologia

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Nascimento de elétrons revela surpresas

MAI 20
Publicado por quimicafla

Redação do Site Inovação Tecnológica – 19/05/2012

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 40/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

Pela ionização do átomo (azul) em um campo de laser (vermelho) são produzidos elétrons (verdes),
que podem nascer individualmente ou em pares, em uma escala de duração que só muito
abstratamente pode ser chamada de “tempo”. [Imagem: TU Wien]

Nascimento de um elétron

Quando se afirma que um pulso de luz arranca um elétron de um átomo, é fácil imaginar algo
como um jogo de bolas de bilhar envolvendo fótons e elétrons.

Nada mais distante da realidade, demonstraram agora pesquisadores da Universidade de


Tecnologia de Viena, na Áustria.

Mas talvez não precisasse ser tão distante assim da realidade com a qual estamos tão acostumados.

Para começar, esta é a primeira vez que os cientistas conseguem assistir ao “nascimento” de um
elétron, um processo que era rápido demais para as tecnologias disponíveis até então.

Mas o que mais impressionou é que não é possível definir o momento exato do nascimento do
elétron – simplesmente porque ele não nasce em um momento apenas.

Nascimento multitemporal

Quando a intensa luz do laser atinge o átomo, um elétron individual deixa o átomo em diferentes
pontos no tempo.

São diferentes processos que se combinam, de forma muito parecida com as ondas na superfície da
água, até formar um complexo padrão de ondas que, no final, e apenas no final, corresponderá ao
elétron que “nasceu” – mas isso só pode ser definido com precisão em um momento quando o
elétron já está fora do átomo.

“O elétron não é removido do átomo em um ponto no tempo durante a interação com o pulso de
laser. Há uma superposição de vários processos, como frequentemente acontece na mecânica
quântica,” confirma o professor Markus Kitzler.

https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ 41/44
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

O processo inteiro leva 10 attossegundos – 1 attossegundo está para 1 segundo assim como 1
segundo está para a idade do Universo.

Batido recorde mundial do menor tempo já medido


(http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=recorde-mundial-menor-
tempo-ja-medido&id=010130100518)

O experimento dá informações valiosas sobre os elétrons no átomo, algo que não estava acessível até
hoje, sobretudo na evolução da fase quântica do elétron, a batida que dá o ritmo para a oscilação
das ondas quânticas.

Em termos mais práticos, é esse nascimento multitemporal que define todos os processos de
ionização.

E é difícil imaginar qualquer processo natural ou qualquer tecnologia na qual a ionização não esteja
envolvida – você certamente já ouviu falar da camada de ozônio, das baterias de íons de lítio e da
energia nuclear, certo?

Visualização computadorizada da dupla ionização não-sequencial, gerada a partir dos dados


experimentais. No centro está a soma de todas as medições individuais, vistas ao redor, mostrando
como as velocidades dos dois elétrons mudam com a evolução do campo elétrico do pulso ionizante.
[Imagem: Christian Hackenberger, Max-Planck-Institute for Quantum Optics]

Dupla ionização

E a ionização ocorre mais cedo do que os cientistas pensavam.

Isso foi demonstrado em outro experimento intimamente relacionado, também naquilo que os
cientistas estão chamando de “nascimento de um elétron”, mas este realizado na Universidade do
Estado do Kansas, nos Estados Unidos.

Usando as mesmas interações entre luz e matéria, também em um quadro temporal 42/44
https://flaviogimenes.wordpress.com/2012/05/ de
25/5/2014 maio | 2012 | Espaço do Profº. Flávio

Usando as mesmas interações entre luz e matéria, também em um quadro temporal de


attossegundos, os cientistas conseguiram arrancar não um, mas dois elétrons ao mesmo tempo.

Ou seja, eles assistiram ao nascimento de elétrons gêmeos.

O processo é raro – só nasce um par de elétrons gêmeos a cada 1.000 elétrons nascidos vivos.

Essa maternidade quântica também revela suas surpresas, porque os elétrons podem nascer em
sequência, como seria de se esperar, mas também podem nascer simultaneamente.

Boris Bergues e seus colegas estavam interessados justamente nos elétrons gêmeos, frutos da
chamada dupla ionização não sequencial.

Nesse nascimento de gêmeos univitelinos simultâneos – eles nascem do mesmo átomo, ao mesmo
tempo – o laser começa a remover um elétron, que ganha energia suficiente para arrancar um
segundo elétron.

Contudo, confirmando que as coisas no mundo quântico podem não se suceder em uma escala
temporal linear, o segundo elétron é arrancado muito antes que o primeiro possa adquirir uma
energia suficiente para explicar sua própria capacidade de arrancar o segundo elétron.

Bibliografia:
Attosecond Probe of Valence-Electron Wave Packets by Subcycle Sculpted Laser Fields
Xinhua Xie, Stefan Roither, Daniil Kartashov, Emil Persson, Diego G. Arbó, Li Zhang, Stefanie
Gräfe, Markus S. Schöffler, Joachim Burgdörfer, Andrius Baltuška, Markus Kitzler
Physical Review Letters
Vol.: 108, 193004
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.193004
Attosecond tracing of correlated electron-emission in non-sequential double ionization
Boris Bergues, Matthias Kübel, Nora G. Johnson, Bettina Fischer, Nicolas Camus, Kelsie J. Betsch,
Oliver Herrwerth, Arne Senftleben, A. Max Sayler, Tim Rathje, Thomas Pfeifer, Itzik Ben-Itzhak,
Robert R. Jones, Gerhard G. Paulus, Ferenc Krausz, Robert Moshammer, Joachim Ullrich, Matthias
F. Kling
Nature Communications
Vol.: 3: 813
DOI: 10.1038/ncomms1807

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