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BAURU / SP
2019
ROGERIO AUGUSTO GERALDO
RA 6001005883
BAURU / SP
2019
Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 27
INTRODUÇÃO
O presente desafio profissional tem como objetivo, propiciar condições para que
alunos e professores, tanto do Fundamental e Médio, possam conhecer mais profundamente as
questões que envolvem o bullying e a discriminação religiosa não só no ambiente escolar, como
em toda a sociedade, uma vez que ambas se propagam como pragas ou doenças contagiosas,
que corrompem e destroem uma sociedade tão plural como a brasileira. Neste projeto iremos
apresentar os efeitos nocivos do bullying e discriminação religiosa, e como podemos lutar para
combater esse mal começando pelo ambiente escolar. Usaremos vídeos, analises de imagens e
textos para auxiliar nossa reflexão, além de entrevistas com pessoas de nosso convívio pessoal,
de nossa comunidade local, que poderão contribuir ao máximo com a temática proposta.
A realização deste projeto de Desafio Profissional, já se torna um marco histórico
para o autor, visto que a possibilidade de aprofundamento no assunto, possibilita um maior
engajamento na luta conta o bullying e discriminação religiosa no ambiente escolar. A Lei
10.639/03, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana do
Ensino Fundamental até o Médio, pode e com certeza ajudará muito nesse projeto, uma vez que
a ignorância da população, sobre a origem histórica dos povos africanos trazidos ao Brasil como
escravos, e toda a bagagem cultural que os acompanhou, possibilitou e contribuiu com o que
hoje conhecemos como Cultura Brasileira, pois nossa formação se deu através de inúmeras
nações que chegaram ao Brasil e contribuíram com nossas raízes. Não somos um país de uma
única raça, mas sim multirraciais e multiculturais. Quanto mais o aluno conhecer suas origens
e as origens de nossa Pátria, pré-conceitos poderão ser revistos, questionados e corrigidos no
âmago social.
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O PROBLEMA DO BULLYING NA ESCOLA
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são socialmente marcadas como negativas ou inferiores e, por isso, elas mereceriam ser alvo de
crueldades.
No ambiente escolar são diversas as manifestações de violência, algumas afetam os
professores, outras aos funcionários e na sua maioria aos alunos em suas diversas faixas etárias.
Conforme Abramovay (2006), “a violência na escola é um fenômeno múltiplo e diverso, que
assume determinados contornos em consequência de práticas inerentes aos estabelecimentos
escolares e ao sistema de ensino, bem como às relações sociais nas escolas”.
A indisciplina é susceptível de múltiplas interpretações. Podendo ser o
“indisciplinado” a princípio alguém que possui um comportamento desviante em relação a uma
norma explícita ou implícita, sancionada em termos escolares e sociais. Segundo Gotzens
(2003, p. 22) a disciplina escolar não consiste em um receituário de propostas para enfrentar os
problemas de comportamentos dos alunos, mas em um enfoque global da organização e da
dinâmica do comportamento na escola e na sala de aula, coerente com os propósitos de ensino.
Para isso é preciso, sempre que possível, antecipar-se ao aparecimento de problemas e só em
último caso reparar os que inevitavelmente tiverem surgido, seja por causa da própria situação
de ensino, seja por fatores alheios à dinâmica escolar.
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normas de convivência social, acabam por entrar numa vida de pré-delinquência, envolvendo-
se mais tarde em problemas de conduta, com a droga, alcoolismo, crimes, terminando muitas
vezes na cadeia (Olweus, 1993a, Olweus 1993b, Marques et al.,2001).
Para que um aluno possa ser identificado como vítima, o professor DAN OLWEUS
apud FANTE (2005), orienta aos professores que observem os seguintes comportamentos:
• A criança se isola durante o recreio ou procura estar próxima a um adulto;
• Apresenta dificuldade em falar diante da turma demonstrando ansiedade;
• É o último a ser escolhido para jogos em equipe;
• Apresenta comumente aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;
• Apresenta desleixo gradual com as tarefas escolares;
• Apresenta contusões, feridas, cortes, arranhões, roupa rasgada;
• Falta às aulas com certa frequência;
• Perde constantemente os seus pertences.
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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA
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Dia 1
Atividade a ser realizada – Os alunos farão uma pesquisa nos computadores da escola sobre
a lei 10.639 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira. Após a pesquisa, os alunos voltaram para sala de aula e fizemos uma roda de
conversa para falarmos sobre a lei e seus artigos.
Duração da atividade – 1 hora e 40 minutos
Materiais e recursos necessários – Computadores, Slides.
Dia 2
Atividade a ser realizada – Os alunos irão assistir ao filme Shrek e após o término do filme,
voltamos para sala de aula para discutirmos sobre as cenas do filme que refletem sobre a
diversidade da cultura, das raças e sobre o julgamento de algumas pessoas para com as
outras por conta de sua aparência e demais características. Discutiremos se isso também
ocorre na vida real e como somos afetados por isso.
Duração da atividade – 1 hora e 40 minutos.
Materiais e recursos necessários – Filme, DVD, TV. Sala de vídeo da Escola.
Dia 3
Atividade a ser realizada – Os alunos fizeram uma dinâmica que teve como objetivo
entender as diferenças entre os colegas da sala. Foi proposto que cada aluno teria que
personalizar um molde do corpo humano de acordo com sua personalidade e suas
características usando tintas, canetinhas, recortes de revistas e cola. No final, todos os
bonecos foram colados de mãos dadas simbolizando a amizade e o respeito pelas
diferenças.
Duração da atividade – 50 minutos.
Materiais e recursos necessários – Papel pardo, tintas, canetinhas, recortes de revistas e
cola.
Dia 4
Atividade a ser realizada – Desenvolver um questionário com os(as) alunos(a):
1 – O que você gosta em você?
2 – O que você acha que os outros gostam em você?
3 – O que você não gosta em você?
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4 – O que você acha que os outros não gostam em você? Isso é um “defeito” ou somente
uma característica sua como ser humano?
5 – Você já foi excluído ou ofendido por alguém ou por um grupo devido a essa sua
característica humana? Se não, como você se sentiria se fosse excluído ou ofendido por
causa dessa sua característica humana?
Fazer leitura das respostas e comentários.
Duração da atividade – 50 minutos
Materiais e recursos necessários – Papel A4, caneta.
Dia 5
Atividade a ser realizada – Após a análise realizada sobre a escola e as caraterísticas gerais
de cada aluno observados pelos colegas no dia-a-dia.
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de ir e vir na sociedade sem serem vítimas
de preconceito.
Convivência e respeito mútuo entre
religiões diferentes, para que sejamos
Imagem do Dalai Lama e Papa Francisco. todos irmãos e irmãs, e vivam em paz e
harmonia, para que sejam amados,
independente de crença.
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RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se com essa atividade que o aluno compreenda que a presença do negro no
Brasil não abrangeu apenas a escravidão, e sim todo um desenvolvimento social que culminou
numa sociedade plural quanto a raças e cores. Serão observados se os alunos possuem algumas
dificuldades de convivência com outros colegas, motivados pela cor de pele, peso, classes
sociais ou religiões distintas. A primeira atividade tem como foco entender a lei 10.639 que
trata sobre a inclusão obrigatória da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo
oficial da rede de ensino. Durante a aula a proposta é criar uma roda de conversa, onde os alunos
poderão falar sobre o que mais incomoda durante os momentos de entrosamento. No início, os
alunos que já sofreram ou sofrem bullying por algum motivo, serão estimulados a contar suas
experiências. Espera-se que após alguns minutos de conversa, ouviremos alguns relatos
surpreendentes.
Após exporem as dificuldades, outros alunos falarão sobre a ofender e desqualificar
o colega, e como faz parte de uma rotina tenebrosa na escola, e que isso também é praticado na
rua, com outros colegas. Observaremos que conversar sobre estes temas não é só uma
responsabilidade da escola, mas, também da família, pois, em algumas vezes, a própria família
influência a criança a cometer esses atos.
De acordo com que as atividades que serão realizadas, serão possíveis perceber
mudanças de comportamento dos alunos, esperando que se tornem mais solidários e respeitem
a opinião dos outros colegas. A proposta é que os alunos levem todas as atividades propostas
para a casa e conversem a respeito do tema com seus familiares. Esperamos que as famílias
também se mostrem mais participativas em relação ao projeto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA ATIVIDADE:
CÁCERES, Florival. História Geral. 3ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 1988.
LINHARES, Maria Y. História Geral do Brasil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Campus - Elsevier,
2016.
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ANEXOS E APÊNDICES:
Documentário Intolerância Religiosa, produzido pelo Senac Lapa. O vídeo está disponível no
YouTube através do link <https://www.youtube.com/watch?v=rDCHA2dhIc4>
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Imagens apresentadas na Atividade do dia 5
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Atividade Dia 5 - Anexo 2
Imagem de um casal de namorados representado por uma mulher gorda e um homem
magro.
Disponível em Google Imagens
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Atividade Dia 5 - Anexo 3
Imagem de uma turma de alunos com um deles sendo cadeirante.
Disponível em Google Imagens
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Atividade Dia 5 - Anexo 5
Imagem do Dalai Lama e Papa Francisco
Disponível em Google Imagens
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
CÁCERES, Florival. História Geral. 3ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 1988.
LINHARES, Maria Y. História Geral do Brasil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Campus - Elsevier,
2016.
Avaliação escolar: o que é, como se faz (MORALES, Pedro. Avaliação escolar: o que é,
como se faz. São Paulo: Loyola, 2006. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=JejDyhMzIlkC&pg=PA65&dq#v>. Acesso em: 9 nov.
2017.
OLWEUS, D. Bullying at school. What we Know and what we can do. Oxford: Blackwell,
1993b.
PINTO, Raquel Gomes; BRANCO, Angela Maria Cristina Uchoa de Abreu. O bullying na
perspectiva sociocultural construtivista. Revista Teoria e Prática da Educação, v. 14, n. 3, p. 87-
95, 2011.
ABRAMOVAY, M. & RUA, M. G.. Desafio e alternativas: violência nas escolas. Brasília:
UNESCO/UNDP, 2003.
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EIRAS, Cátia Virginha da Cruz. Fenômeno Bullying no Contexto Escolar. Psicologia PT.
2011.
FANTE, Cleo. 2005. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. 2ª edição. Campinas. Editora Versus, 224 p.
MELLO, Guiomar Namo de. Sucesso na aprendizagem fortalece o aluno para avida. Revista
Nova Escola. Editora Abril. Abr. 2005, ano XX, nº 181.
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