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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


POLO BAURU
CURSO LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Disciplinas norteadoras: Educação e Diversidade, Estrutura e Organização da
Educação Brasileira.

ROGERIO AUGUSTO GERALDO RA 6001005883

O Bullying e a discriminação religiosa,


duas doenças a serem combatidas.

NOME DO TUTOR: Devane Marcos Silva Gonçalves

BAURU / SP
2019
ROGERIO AUGUSTO GERALDO

RA 6001005883

História – Licenciatura EAD 6ª Série – Polo Bauru/SP

O Bullying e a intolerância religiosa,


duas doenças a serem combatidas.

Trabalho acadêmico, como Desafio Profissional da matéria de


Licenciatura de História na Faculdade Anhanguera de Bauru. Este
tem o objetivo de tratar a temática do “O Bullying e a intolerância
religiosa, duas doenças a serem combatidas”, sob a perspectiva da
Educação e Diversidade, Estrutura e Organização da Educação
Brasileira.

NOME DO TUTOR: Devane Marcos Silva Gonçalves

BAURU / SP
2019
Sumário

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3

O PROBLEMA DO BULLYING NA ESCOLA .................................................................................4


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA .................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 26

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 27
INTRODUÇÃO

O presente desafio profissional tem como objetivo, propiciar condições para que
alunos e professores, tanto do Fundamental e Médio, possam conhecer mais profundamente as
questões que envolvem o bullying e a discriminação religiosa não só no ambiente escolar, como
em toda a sociedade, uma vez que ambas se propagam como pragas ou doenças contagiosas,
que corrompem e destroem uma sociedade tão plural como a brasileira. Neste projeto iremos
apresentar os efeitos nocivos do bullying e discriminação religiosa, e como podemos lutar para
combater esse mal começando pelo ambiente escolar. Usaremos vídeos, analises de imagens e
textos para auxiliar nossa reflexão, além de entrevistas com pessoas de nosso convívio pessoal,
de nossa comunidade local, que poderão contribuir ao máximo com a temática proposta.
A realização deste projeto de Desafio Profissional, já se torna um marco histórico
para o autor, visto que a possibilidade de aprofundamento no assunto, possibilita um maior
engajamento na luta conta o bullying e discriminação religiosa no ambiente escolar. A Lei
10.639/03, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana do
Ensino Fundamental até o Médio, pode e com certeza ajudará muito nesse projeto, uma vez que
a ignorância da população, sobre a origem histórica dos povos africanos trazidos ao Brasil como
escravos, e toda a bagagem cultural que os acompanhou, possibilitou e contribuiu com o que
hoje conhecemos como Cultura Brasileira, pois nossa formação se deu através de inúmeras
nações que chegaram ao Brasil e contribuíram com nossas raízes. Não somos um país de uma
única raça, mas sim multirraciais e multiculturais. Quanto mais o aluno conhecer suas origens
e as origens de nossa Pátria, pré-conceitos poderão ser revistos, questionados e corrigidos no
âmago social.

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O PROBLEMA DO BULLYING NA ESCOLA

O bullying na escola pode gerar prejuízos momentâneos e tardios, e estes efeitos na


escola acarretam danos físicos e psicológicos às vítimas, de forma imediata ou tardia, e podem
envolver: medos, solidão, rebaixamento da autoestima, sintomas de ansiedade, sintomas de
depressão, ideações suicidas ou tentativas de suicídio, dores de cabeça, dores de estômago,
enurese (urinar na cama), tonturas, problemas de sono, dores musculares e dificuldades de
relacionamento interpessoal.

O termo “bullying” decorre da palavra “bully” que, em inglês,


significa “valentão”. Refere-se a ações físicas e sociais negativas, que
são cometidas intencionalmente, repetidamente ao longo de tempo
determinado, por uma ou mais pessoas contra um indivíduo que não
pode se defender facilmente (Olweus, 1991).

Os jovens que se tornaram vulneráveis ao bullying na escola apresentam


dificuldades de defesa, em decorrência de uma fragilidade importante em falar do que sentem,
prejudicando, consequentemente, a busca por ajuda. São jovens que, por diversas razões,
apresentam poucos recursos de resiliência e de enfrentamento positivos, e acabam se utilizando
de mecanismos de defesas nocivos, que contribuem para um sofrimento intenso, extremamente
solitário e silencioso.
Sabe-se também que os agressores costumam vivenciar situações de violência e de
intolerância no próprio ambiente familiar e que as vítimas de bullying na escola podem vir a se
tornar agressores no futuro – uma espécie de “saída” para não sofrerem mais. Daí a importância
de pais, responsáveis, familiares, educadores e de outros profissionais, que participem
diariamente da vida de uma criança e/ou adolescente, ficarem atentos aos sinais de bullying e
pensarem em estratégias que possam promover fatores protetores e de resiliência, bem como
ações de intervenção e de prevenção ao bullying.
Essas práticas muitas vezes são utilizadas pelos alunos mais aptos e vigorosos como
forma de demonstrar maior status, excluindo, por conseguinte, aqueles alunos que não se
sobressaem relativamente às suas habilidades para os chamados jogos dominantes (HIGGINS,
1994). Isso também explicaria as diferenças entre os papéis de participação no bullying, em que
as vítimas relataram ser mais perseguidas e solitárias no recreio, enquanto os agressores foram
os que menos se sentiram sozinhos. Esses dados reforçam a ideia de Pinto e Branco (2011) de
que o estigma das crianças vítimas de bullying mobiliza ações hostis, pois suas características

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são socialmente marcadas como negativas ou inferiores e, por isso, elas mereceriam ser alvo de
crueldades.
No ambiente escolar são diversas as manifestações de violência, algumas afetam os
professores, outras aos funcionários e na sua maioria aos alunos em suas diversas faixas etárias.
Conforme Abramovay (2006), “a violência na escola é um fenômeno múltiplo e diverso, que
assume determinados contornos em consequência de práticas inerentes aos estabelecimentos
escolares e ao sistema de ensino, bem como às relações sociais nas escolas”.
A indisciplina é susceptível de múltiplas interpretações. Podendo ser o
“indisciplinado” a princípio alguém que possui um comportamento desviante em relação a uma
norma explícita ou implícita, sancionada em termos escolares e sociais. Segundo Gotzens
(2003, p. 22) a disciplina escolar não consiste em um receituário de propostas para enfrentar os
problemas de comportamentos dos alunos, mas em um enfoque global da organização e da
dinâmica do comportamento na escola e na sala de aula, coerente com os propósitos de ensino.
Para isso é preciso, sempre que possível, antecipar-se ao aparecimento de problemas e só em
último caso reparar os que inevitavelmente tiverem surgido, seja por causa da própria situação
de ensino, seja por fatores alheios à dinâmica escolar.

E ainda de acordo com Garcia (1999, p.102):

...“o conceito de indisciplina apresenta uma complexidade que


precisa ser considerada. É preciso, por exemplo, superar a noção
arcaica de indisciplina como algo restrito à dimensão
comportamental. Ainda, é necessário pensá-la em consonância com
o momento histórico desta virada de século”...

Tradicionalmente o método utilizado para se tratar da indisciplina na escola é o da


repressão, mas estes métodos só funcionam com sujeitos que temem a autoridade, ou ainda que
são identificados e consequentemente são inspecionados e cobrados por suas atitudes. No caso
da violência velada, silenciosa e permanente, entre pares ou grupos este método pode não ser
eficiente ou não diagnosticar os verdadeiros sujeitos dos fatos de violência que ocorrem no
ambiente escolar. (Cham, 1996).
As vítimas transformam-se em adultos inseguros, com uma autoestima mais pobre
e uma tendência maior para entrar em estados depressivos. Algumas vítimas acabam no
suicídio, enquanto outras se tornam, elas próprias, em pessoas violentas. Os agressores, através
das relações muito específicas que mantêm e aprendem como a falta de respeito pelas regras e

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normas de convivência social, acabam por entrar numa vida de pré-delinquência, envolvendo-
se mais tarde em problemas de conduta, com a droga, alcoolismo, crimes, terminando muitas
vezes na cadeia (Olweus, 1993a, Olweus 1993b, Marques et al.,2001).

Para que um aluno possa ser identificado como vítima, o professor DAN OLWEUS
apud FANTE (2005), orienta aos professores que observem os seguintes comportamentos:
• A criança se isola durante o recreio ou procura estar próxima a um adulto;
• Apresenta dificuldade em falar diante da turma demonstrando ansiedade;
• É o último a ser escolhido para jogos em equipe;
• Apresenta comumente aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;
• Apresenta desleixo gradual com as tarefas escolares;
• Apresenta contusões, feridas, cortes, arranhões, roupa rasgada;
• Falta às aulas com certa frequência;
• Perde constantemente os seus pertences.

A identificação do agressor também deve seguir o procedimento de observação de


seus comportamentos habituais atentando para:
• A criança faz “brincadeiras” ou gozações, rindo de modo desdenhoso e hostil;
• Coloca apelidos ou chama pelo nome ou sobrenome de forma malsoante os colegas;
insulta, menospreza, ridiculariza, difama;
• Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga. Incomoda, intimida, empurra, picha, bate,
dá socos, pontapés, dá beliscões, puxa os cabelos, envolve-se em discussões e
desentendimentos;
• Pega dos colegas materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences sem o
consentimento deles.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA

Objetivos: O presente projeto, visa analisar a problemática do Bullying no ambiente


escolar, nas primeiras séries do Ensino Fundamental II, tratando seus efeitos e
consequências, além de estabelecer parâmetros de combate a esse mal que aflige os jovens
e deixa marcas e cicatrizes para o resto da vida. Para isso usaremos o amparo legal que a
Legislação Brasileira estabelece e projetos claros a serem implementados em sala de aula.
Destacando que o jovem aluno precisa compreender os pontos objetivos a seguir:
- Discutir sobre o preconceito;
- Refletir sobre a discriminação;
- Entender a necessidade do respeito sobre as diferenças;
- Discutir sobre o racismo;
- Refletir sobre as condições de vida da comunidade e realidade social;
- Estabelecer um conceito de pluralidade.

Conteúdos: Para combater a intolerância religiosa e a pratica do bullying, precisamos


entender como os negros chegaram ao Brasil e com sua chegada, a adaptação de sua
religião matriz e as vertentes que a mesma atingiu em solo nacional ao ter contato com
outras práticas religiosas diferentes.

Recursos e Metodologia: Os alunos assistirão um documentário sobre a Intolerância


Religiosa, produzido pelo Senac da Lapa no Rio de Janeiro/RJ, para iniciar as discussões
do assunto. Para tanto serão necessárias 5 aulas para complementar o assunto.

Nome da escola (fictício): Instituto Educacional Restaurar

Ano e turma: 6º Ano do Ensino Fundamental

Tema: Bullying e Intolerância Religiosa

Justificativa: Esse projeto é de extrema importância, pois, através dele, poderemos


abordar de diversas maneiras assuntos que tratam sobre a conscientização da diversidade
cultural e religiosa presente na Cultura Brasileira.

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Dia 1
Atividade a ser realizada – Os alunos farão uma pesquisa nos computadores da escola sobre
a lei 10.639 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira. Após a pesquisa, os alunos voltaram para sala de aula e fizemos uma roda de
conversa para falarmos sobre a lei e seus artigos.
Duração da atividade – 1 hora e 40 minutos
Materiais e recursos necessários – Computadores, Slides.

Dia 2
Atividade a ser realizada – Os alunos irão assistir ao filme Shrek e após o término do filme,
voltamos para sala de aula para discutirmos sobre as cenas do filme que refletem sobre a
diversidade da cultura, das raças e sobre o julgamento de algumas pessoas para com as
outras por conta de sua aparência e demais características. Discutiremos se isso também
ocorre na vida real e como somos afetados por isso.
Duração da atividade – 1 hora e 40 minutos.
Materiais e recursos necessários – Filme, DVD, TV. Sala de vídeo da Escola.

Dia 3
Atividade a ser realizada – Os alunos fizeram uma dinâmica que teve como objetivo
entender as diferenças entre os colegas da sala. Foi proposto que cada aluno teria que
personalizar um molde do corpo humano de acordo com sua personalidade e suas
características usando tintas, canetinhas, recortes de revistas e cola. No final, todos os
bonecos foram colados de mãos dadas simbolizando a amizade e o respeito pelas
diferenças.
Duração da atividade – 50 minutos.
Materiais e recursos necessários – Papel pardo, tintas, canetinhas, recortes de revistas e
cola.

Dia 4
Atividade a ser realizada – Desenvolver um questionário com os(as) alunos(a):
1 – O que você gosta em você?
2 – O que você acha que os outros gostam em você?
3 – O que você não gosta em você?

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4 – O que você acha que os outros não gostam em você? Isso é um “defeito” ou somente
uma característica sua como ser humano?
5 – Você já foi excluído ou ofendido por alguém ou por um grupo devido a essa sua
característica humana? Se não, como você se sentiria se fosse excluído ou ofendido por
causa dessa sua característica humana?
Fazer leitura das respostas e comentários.
Duração da atividade – 50 minutos
Materiais e recursos necessários – Papel A4, caneta.

Dia 5
Atividade a ser realizada – Após a análise realizada sobre a escola e as caraterísticas gerais
de cada aluno observados pelos colegas no dia-a-dia.

IMAGEM PROPOSTA PARA ANALISE ASPECTOS QUE PODEM SER


DOS ALUNOS TRATADOS

Demonstrar às crianças a importância do


Imagem de uma criança branca respeito ao outro, da solidariedade e do
abraçando outra criança negra. amor, entre outros sentimentos que devem
ser cultivados desde sempre.
Que o casal ideal não está na aparência
Imagem de um casal de namorados física entre eles, mas pelo o que um sente
representado por uma mulher gorda e um pelo outro e que nenhuma diferença
homem magro. parece irreconciliável desde que exista
acordo e respeito entre o casal.
A acessibilidade e mobilidade de pessoas
com deficiência. Esta condição não afeta as
Imagem de uma turma de alunos com um capacidades de educar os filhos, trabalhar,
deles sendo cadeirante. ler, escrever e desenvolver várias
atividades com o auxílio de recursos
tecnológicos.
Evidenciar a valorização de suas línguas e
Imagem de índios estudando.
ciências, proporcionar aos índios o direito

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de ir e vir na sociedade sem serem vítimas
de preconceito.
Convivência e respeito mútuo entre
religiões diferentes, para que sejamos
Imagem do Dalai Lama e Papa Francisco. todos irmãos e irmãs, e vivam em paz e
harmonia, para que sejam amados,
independente de crença.

Duração da atividade – 1 hora e 50 minutos


Materiais e recursos necessários – Lousa, papel, caneta e lápis.
Avaliação: Cada aluno será avaliado exclusivamente a fim de observar se o aluno se
dedicou aos trabalhos e entendeu todas as atividades propostas. A avaliação se deu por
meio de uma proposta de redação, onde cada aluno irá descrever sobre a convivência
pacifica mutua, considerando os pontos abordados nas imagens apresentadas.

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RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se com essa atividade que o aluno compreenda que a presença do negro no
Brasil não abrangeu apenas a escravidão, e sim todo um desenvolvimento social que culminou
numa sociedade plural quanto a raças e cores. Serão observados se os alunos possuem algumas
dificuldades de convivência com outros colegas, motivados pela cor de pele, peso, classes
sociais ou religiões distintas. A primeira atividade tem como foco entender a lei 10.639 que
trata sobre a inclusão obrigatória da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo
oficial da rede de ensino. Durante a aula a proposta é criar uma roda de conversa, onde os alunos
poderão falar sobre o que mais incomoda durante os momentos de entrosamento. No início, os
alunos que já sofreram ou sofrem bullying por algum motivo, serão estimulados a contar suas
experiências. Espera-se que após alguns minutos de conversa, ouviremos alguns relatos
surpreendentes.
Após exporem as dificuldades, outros alunos falarão sobre a ofender e desqualificar
o colega, e como faz parte de uma rotina tenebrosa na escola, e que isso também é praticado na
rua, com outros colegas. Observaremos que conversar sobre estes temas não é só uma
responsabilidade da escola, mas, também da família, pois, em algumas vezes, a própria família
influência a criança a cometer esses atos.
De acordo com que as atividades que serão realizadas, serão possíveis perceber
mudanças de comportamento dos alunos, esperando que se tornem mais solidários e respeitem
a opinião dos outros colegas. A proposta é que os alunos levem todas as atividades propostas
para a casa e conversem a respeito do tema com seus familiares. Esperamos que as famílias
também se mostrem mais participativas em relação ao projeto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA ATIVIDADE:

Intolerância Religiosa - Senac Lapa. Disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=rDCHA2dhIc4> Acesso em 02 ABRIL 2019

CÁCERES, Florival. História Geral. 3ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 1988.

LINHARES, Maria Y. História Geral do Brasil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Campus - Elsevier,
2016.

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ANEXOS E APÊNDICES:

Documentário Intolerância Religiosa, produzido pelo Senac Lapa. O vídeo está disponível no
YouTube através do link <https://www.youtube.com/watch?v=rDCHA2dhIc4>

Imagens apresentadas na Atividade do dia 1

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Imagens apresentadas na Atividade do dia 5

Atividade Dia 5 - Anexo 1


Imagem de uma criança branca abraçando outra criança negra
Disponível em Google Imagens

22
Atividade Dia 5 - Anexo 2
Imagem de um casal de namorados representado por uma mulher gorda e um homem
magro.
Disponível em Google Imagens

23
Atividade Dia 5 - Anexo 3
Imagem de uma turma de alunos com um deles sendo cadeirante.
Disponível em Google Imagens

Atividade Dia 5 - Anexo 4


Imagem de índios estudando
Disponível em Google Imagens

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Atividade Dia 5 - Anexo 5
Imagem do Dalai Lama e Papa Francisco
Disponível em Google Imagens

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O bullying é um fenômeno de extrema complexidade e que precisa ser investigado


de maneira profunda, para que seja possível compreender suas diversas facetas. Os papéis de
participação, os tipos de agressões mais prevalentes e os locais mais utilizados para a prática
dessas atitudes violentas são informações indispensáveis quando se tenta buscar alternativas de
redução para tais comportamentos.
Contudo, as informações obtidas por levantamentos no ambiente escolar são de
grande importância para o meio acadêmico, tendo em vista que, mesmo sendo um tema bastante
abordado, o fenômeno bullying ainda precisa ser melhor conhecido, principalmente em
diferentes comunidades. Só assim poder-se-á elaborar programas de intervenção mais eficazes,
de acordo com as necessidades de cada grupo social.
Sendo assim, o fortalecimento das relações entre a escola e os alunos, e um maior
preparo dos professores e funcionários para combater todos os tipos de agressão são extre-
mamente necessários para tentar minimizar os efeitos dos fatores de risco aos quais essas
crianças estão expostas e, consequentemente, a violência na escola.
Proteger a criança e o adolescente, também é uma questão de direito. O Art. 227 da
Constituição Federal diz que: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
O estatuto da criança e do adolescente (ECA) versa sobre o direito à Liberdade, ao
Respeito, à Dignidade e à educação, dentre outros. Nos seguintes artigos está escrito:
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos
e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral
da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia,
dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
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BIBLIOGRAFIA

CÁCERES, Florival. História Geral. 3ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 1988.

LINHARES, Maria Y. História Geral do Brasil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Campus - Elsevier,
2016.

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como se faz. São Paulo: Loyola, 2006. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=JejDyhMzIlkC&pg=PA65&dq#v>. Acesso em: 9 nov.
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


História, Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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MEC/SEF, 1997.

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MELLO, Guiomar Namo de. Sucesso na aprendizagem fortalece o aluno para avida. Revista
Nova Escola. Editora Abril. Abr. 2005, ano XX, nº 181.

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