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Prêmio Nobel
Edição nº 04
Junho de 2019
SUMÁRIO
Coleção 1 | Edição nº 04 | 2019
Prêmio Nobel
Prêmio Nobel de Física 1901 5
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Astronomia
Uma Aventura na História da 9
Astronomia
Buracos Negros
Edição Especial: Buracos Negros 13
Acadêmico, Cultural e 32
Astronômico
Alexandre Alabora Mariana Casaroto
2º ano de Física Mestranda da
UEM Pós Graduação
em Física
UEM
alexandre.alabora@gmail.com mariana.fcasaroto@gmail.com
nadiaisabeli47@gmail.com victoriahsgonzaga@gmail.com
Luiz Felipe Demétrio Lara Lampugnani
3º ano de Física 1º ano de Física UEM
Bacharel 4º ano de Engenharia
UEM Química
UNICESUMAR
ra96459@uem.br laralampugnani@outlook.com
PRÊMIO NOBEL
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PRÊMIO NOBEL
uma tentativa de limpar seu nome na 1845, mas logo cedo mudou-se para a
história. Holanda, onde cresceu. Ele não de-
No entanto, é inegável que, durante monstrava aptidão especial na escola,
sua carreira, ele foi um idealista na ci- porém era notável seu apreço pela na-
ência e literatura, apoiando lantro- tureza e sua habilidade em criar apa-
picamente essas áreas, e, na área da ratos mecânicos, características que
paz, tinha uma grande amiga, Bertha seriam importantes para sua carreira.
von Suttner, pacista austríaca que Começou estudando Física na Univer-
lhe passou esses ideais. É provável que sidade de Utretch (Holanda), entre-
o evento gatilho para Nobel foi a publi- tanto conseguiu entrar na Universi-
cação do seu obituário erroneamente dade de Zurich (Suíça) como estudante
por um jornal francês, que confundiu de Engenharia Mecânica. Durante sua
sua morte com a de seu irmão em 1888. carreira, ele adquiriu a fama de ser um
O título era O Mercador da Morte experimental criterioso com muita ex-
está morto onde se lia Dr. Alfred periencia no laboratório. Sua jornada
Nobel, que cou rico encontrando ma- acadêmica foi bastante movimentada:
neiras para matar mais pessoas mais lecionou em diversos lugares da Eu-
rápido do que nunca antes, morreu on- ropa até o m de sua vida, mas a sua
tem, isso, supostamente, abalou a mo- descoberta mais importante, a qual lhe
ral e a imagem do inventor. garantiu a fama, foi feita na Univer-
Nobel é uma gura controversa e sidade de Würzburg, Bavária, em um
brilhante que inventou poderosas ar- quarto escuro no entardecer de 8 de
mas de guerra mas também fundou Novembro de 1895.
e nanciou o prêmio mais prestigi-
oso concedido àqueles que prestaram
grandes serviços à humanidade, cuja
a medalha estampa seu rosto até hoje
(Figura 1).
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PRÊMIO NOBEL
tampado com uma camada de pape- uma penumbra muito mais clara.
lão escura e Röntgen então notou que Outra observação providencial feita
uma das placas que estava preparada por ele foi a de que os raios afetavam
cer como se estivesse sendo iluminada, que a luz, podendo registrar seus acha-
algo que não era possível, uma vez que dos, ele chamou sua esposa e fê-la car,
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PRÊMIO NOBEL
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ASTRONOMIA
Desenvolvimento da Astronomia
na Grécia Antiga: uma nova vi-
são de estudo
Com o passar do tempo, a percepção
do céu tornou-se mais complexa. Não
bastava conhecer o movimento apa-
rente dos objetos, era preciso enten-
der melhor como isso acontecia. Fo-
ram criados, então, novos equipamen-
tos que facilitariam a observação (ver
Figura 5) e também a possibilidade de
novas descobertas. Assim surgia a as-
tronomia antiga, que evoluiu por meio
dos babilônios e egípcios e, posterior-
mente, pelos antigos gregos.
Mesmo depois dos conhecimentos
conquistados na antiga Grécia, a Terra
era considerada o centro do universo
e o sistema astronômico aceito era o
Geocêntrico. Alguns lósofos gregos
não consideravam mais que a natureza
fosse regida por deuses e sim que ela
obedecia suas próprias leis.
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ASTRONOMIA
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ASTRONOMIA
Os caminhos da Astronomia no
Império Romano
Em contraste com a Grécia, onde o
anseio pelo saber era mais abstrato e
tinha seu próprio direito à existência,
os romanos apresentavam uma dispo-
sição mais prática do uso da ciência.
Muitas áreas nas quais os roma-
Figura 8: Comparação do brilho da estrela Si-
nos executaram considerável realiza-
rius a partir de dois processos distintos. Imagens
obtidas com o telescópio de raio-X do satélite ções foram na parte de arquitetura ou
Chandra. arte da engenharia, como por exem-
plo. No entanto, não signica que os
pensadores do Império Romano não
demonstravam nenhum interesse pela
Hiparco inferiu corretamente a dire- astronomia. Mas, com esse enfoque na
ção dos pólos celestes e até mesmo a parte arquitetônica, os romanos aca-
precessão luni-solar variação da dire- baram acrescentando pouco a ela. Seu
ção do eixo de rotação da Terra devido saber se apoiava, comumente, nos en-
à inuência gravitacional da Lua e do sinamentos dos gregos e egípcios.
Sol, um movimento que leva vinte e Os sábios romanos escreviam poe-
seis mil anos para completar um ciclo. mas muito didáticos, que transmitiam
Hiparco também determinou a dura- o saber das ciências naturais com pa-
ção do ano e com uma pequena mar- lavras simples, ao invés de escritos re-
gem de erro de apenas 6 minutos. buscados, o que era muito apreciado.
Curiosidade: Hiparco foi o primeiro
astrônomo ocidental a compilar um ca- O Calendário Romano
tálogo de estrelas. Ele parece ter sido A mitologia romana é responsável
o inventor do astrolábio e da popular por dar nome à maior parte dos oito
esfera armilar, expostos na Figura 9. planetas no Sistema Solar. Eles conce-
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ASTRONOMIA
deram os nomes de deuses e deusas ro- nagem ao deus da guerra, que era
manos aos cinco planetas que podem Marte, o mês de março era conhecido
ser vistos no céu noturno a olho nu. Os como Martius.
conhecimentos astronômicos permiti- Por abril ser caracterizado como um
ram que, no tempo de César (em 46 despertar da natureza, daí vem sua
a.e.C.), fosse elaborado um novo ca- relação entre abril e abrir/despertar.
lendário o calendário Juliano (ver O mês era denominado Aprillis.
Figura 10) que sobreviveu até os ns O mês de maio foi nomeado as-
do século 16. sim em consagração ao deus do cres-
cimento Jupiter Maius. Seu nome foi
simplicado apenas para Maius. O
mês de junho foi assim agraciado por
representar o deus Juno. Seu nome no
antigo calendário era designado como
Junius.
Em prestígio ao imperador, Caio Jú-
lio César, que instaurou o calendário,
Figura 10: O Calendário Juliano continha 365
dias e era dividido em 12 meses, mas com uma o mês de julho foi assim denominado.
variação desigual em dias para cada mês. Apesar disso, o mesmo tinha um nome
um pouco diferente, era chamado de
Atribuição dos nomes dos meses tubro, novembro e dezembro, não ti-
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BURACOS NEGROS
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BURACOS NEGROS
o
reações de tais forças, como diz a 3
Lei de Newton? Fp = −mg.
A existência de forças ctícias foi
Observe que, se a aceleração a do re-
um grande problema para a Mecânica
ferencial for exatamente a mesma da
o
Newtoniana, pois realmente viola a 3
o
aceleração da gravidade g , as duas for-
Lei. Além disso a 1 Lei não é válida
ças seriam exatamente iguais. Dessa
em um referencial acelerado, que é cha-
forma, se estivermos em um elevador
mado de não-inercial. Tais efeitos de
fechado e sentirmos uma força F =
"puxão", quando vistos de fora, por
−mg , não é possível dizer se estamos
um referencial inercial, podem ser ex-
em um referencial acelerado, ou em
plicados com inércia, a tendência dos
queda livre sob efeito da força peso.
corpos de manterem seu movimento,
Assim, o Princípio da Equivalência de
mas permanece a dúvida: por que os
Einstein pode ser enunciado como:
referenciais inerciais deveriam ser es-
peciais? Por que as leis da física deve-
"É impossível distinguir um re-
riam ser válidas somente para estes?
ferencial acelerado de um campo
Se um referencial possuir uma ace-
gravitacional uniforme."
Uma vez que não podemos diferen-
leração a com relação a um outro,
ciar as duas situações, não é possível
a força ctícia sobre um objeto será
3 diferenciar a gravidade de uma força
dada por :
ctícia. Segue que as duas possuem
mesma natureza, e pode-se concluir
Ff = −ma,
que a gravidade, na verdade, é tam-
bém uma força ctícia, algo que senti-
sendo proporcional à massa inercial
mos como se fosse uma força de inte-
deste. Tal característica por si só é es-
ração entre objetos, mas não é.
tranha para a Mecânica Newtoniana,
pois a massa atua como uma resistên-
cia ao movimento por parte dos cor-
pos. Como pode algo que causa o mo-
vimento (uma força) ser proporcional
à característica que o inibe?
Um fato experimental bem conhe-
cido é que os valores das massas iner-
ciais (resistência ao movimento) e das
gravitacionais (que causa a força gra-
vitacional) são os mesmos, com exce- Figura 12: Dois observadores posicionados em
elevadores. O da esquerda se encontra acelerado
lente precisão. Dessa forma, a carac-
para cima, enquanto o outro está em queda livre.
terística de ser proporcional à massa
Não há experimento que possa ser feito dentro
inercial pertence também à força peso do elevador capaz de diferenciar as duas situa-
ções. (retirado de [39]).
de nosso cotidiano:
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BURACOS NEGROS
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BURACOS NEGROS
uma informação. Um número possui vendo sobre uma esfera. Ao andar so-
apenas uma informação, a de quanti- bre tal superfície, o percurso realizado
dade, enquanto um vetor possui tama- certamente não foi uma linha reta, e
nho, sentido e direção, totalizando três o cálculo da distância percorrida será
informações. Um tensor seria um ob- feito de forma diferente da que esta-
jeto com mais informações do que um mos acostumados, exigindo uma mé-
vetor, as quais também podem por ve- trica diferente da nossa. O ser em
zes ser ainda mais abstratas. questão não consegue enxergar a cur-
Einstein então formulou sua teoria vatura de seu espaço, por ser muito pe-
igualando o tensor Gµν a um outro queno. O que Einstein propõe é que o
tensor(Tµν ) que resume as informa- mesmo ocorre conosco: nosso mundo
ções das coisas que podem gerar um é curvo em 4D (três dimensões de es-
campo gravitacional ou uma acelera- paço e uma de tempo), mas não con-
ção, que são: massa, energia, mo- seguimos enxergar a curvatura, apenas
mento, momento angular, campos elé- podemos medir seus efeitos, que são o
tricos e magnéticos, sendo estas todas que denominamos por gravidade.
propriedades da matéria. A equação
nal ca:
Gµν = KTµν ,
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BURACOS NEGROS
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BURACOS NEGROS
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BURACOS NEGROS
Figura 17: O buraco negro Gargantua do lme Interestelar (2014), feito por simulações de computador,
com ajuda do físico Kip Thorne é considerada uma das mais dedignas representações de um buraco
negro segundo a teoria.
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BURACOS NEGROS
eventos são tão energéticos que bri- cos e observacionais, sempre foi grande
lham mais que a própria galáxia. o interesse de registrar um buraco ne-
Acredita-se que esses raios são resulta- gro diretamente, já que isso não só
dos da grande energia produzida nos mostraria indubitavelmente sua exis-
discos de acreção (matéria extrema- tência, como também traria luz sobre o
mente quente rotacionando à velocida- que acontece nas proximidades do ho-
des muito altas) dos buracos negros su- rizonte de eventos. O registro era sim-
permassivos presentes nos centros das plesmente uma impossibilidade tecno-
galáxias. Os mecanismos que resul- lógica, até o planejamento do EHT,
tam no disparo dos raios ainda são des- que tentaria usar uma técnica de in-
conhecidos. As hipóteses são muitas, terferometria para mapear a pequena
mas ainda há poucos dados para con- parte do céu onde está um buraco ne-
rmar uma ou outra. gro.
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BURACOS NEGROS
manho da Terra em si. O esforço resul- camente ele foi usado para desbancar
tou em uma rede com observatórios em a teoria do éter, hoje o LIGO possui
6 pontos do planeta (Arizona e Havaí um de quilômetros para detectar ondas
nos EUA, no próprio Polo Sul, Deserto gravitacionais; ele consiste em um se-
do Atacama no Chile, na Espanha e no parador que separa um feixe de luz em
México) (Figura 20) com uma grande dois braços iguais, esses feixes vão ao
quantidade de radiotelescópios (Figura m do braço e são reetidos à origem
21). novamente, quando recebidos são so-
brepostos e dá interferência resultante
é possível identicar se houve uma mu-
dança no caminho dos feixes, visto que
se os braços tem o mesmo tamanho o
resultado nal deve ser igual ao ini-
cial, uma divergência no caso do LIGO
indicaria uma deformação no espaço.
No caso da VLBI não existe um sepa-
rador de feixe mas existe uma única
fonte de luz sendo detectada por dois
Figura 21: Radiotelescópios no Deserto do Ata-
cama telescópios diferentes, nesse caso a in-
terferência indicaria as correções que
O alvo escolhido foi o centro galá- devem ser feitas tendo em vista que a
tico da Galáxia M87, onde se acredi- luz não atinge todos os telescópios com
tava haver um buraco negro supermas- o mesmo ângulo e no mesmo tempo.
sivo que, devido à direção do raio re- Na astronomia já é uma técnica co-
lativístico na Figura 19, indicaria que nhecida há muito, é prática comum
o disco de acreção estaria paralelo à combinar alguns telescópios em uma
nossa perspectiva. A faixa de espectro distância não muito grande, a inovação
escolhida foi a do rádio, pois seria ca- está justamente na escala em que foi
paz de ultrapassar toda a interferência aplicada (dessa vez global). Ela só não
ao redor do próprio buraco negro e nas é muito utilizada por dois motivos: um
nuvens de poeira no caminho para cá. é o de que para captar uma imagem a
A interferometria é uma técnica calibração e o alinhamento dos teles-
usada em uma ampla variedade cópios devem ser extremamente preci-
de áreas com incontáveis aplicações sos de forma se possa ter certeza que
(desde sismologia até bras ópticas), os resultados captados são reais e se-
ela consiste em sobrepor duas ondas rão montados corretamente, e o ou-
recebidas causando uma interferência, tro é que a quantidade de dados pro-
a partir dessa interferência é possível duzidos em um observação é absurda-
então extrair uma gama enorme de in- mente grande, numa observação com
formações. O uso mais conhecido é um único telescópio o resultado ca
o interferômetro de Michelson, histori- pronto em no máximo algumas noites,
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BURACOS NEGROS
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BURACOS NEGROS
res esperam dos resultados? Para isso, são esses raios que escapam que pode-
foram feitas muitas e precisas simu- mos ver. Outro aspecto interessante é
lações sobre as condições encontradas notar a irregularidade no brilho desse
nesse buraco negro especíco seguindo anel: a alta velocidade da rotação faz
vários modelos, inclusive o proposto com que a luz sofra efeitos relativísti-
pela Relatividade Geral (que era o es- cos e a parte do anel que gira na nossa
perado), feito isso foram realizados ex- direção aparece mais brilhante.
tensivos testes vericando se o resul- Foram feitas detalhadas simulações
tado dado pelo algoritmo correspondia sobre a aparência de um buraco negro
ao construído na simulação (Figura utilizando a teoria de Einstein, e agora
23). Basicamente foi visto que o al- pode-se conrmar observacionalmente
gorítimo representava a imagem que que essas simulações conferem precisa-
ele estava "vendo"corretamente inde- mente com o visto, sendo esse mais um
pendentemente do modelo e, ao nal teste da teoria em um dos ambientes
dos testes o algoritmo se mostrou al- mais extremos conhecidos.
tamente conável. O trabalho foi demorado e envol-
veu centenas de pessoas e instituições
A Relatividade Geral se Sagra no mundo todo, mas foi o primeiro
Novamente de muitos planejados. As inovações
Somente nessa imagem (Figura 22) nas técnicas de interferometria aumen-
há vários efeitos relativísticos que po- tam exponencialmente a resolução dos
dem ser observados o próprio fato nossos telescópios, de forma que po-
do anel de luz ao redor do horizonte deríamos enxergar muito mais, não só
de eventos é efeito da curva feita pela no que diz respeito a buracos negros,
luz. Os raios que não são capturados avançando cada vez mais as fronteiras
pelo buraco negro orbitam o horizonte da física.
de eventos e acabam sendo ejetados, e
Escrito por: Alexandre Alabora
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STEPHEN HAWKING
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STEPHEN HAWKING
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STEPHEN HAWKING
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BIOFOTÔNICA
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BIOFOTÔNICA
Ao combinar luz e matéria, a ra- nelas que são constituídas por molé-
diação poderá ser absorvida ou espa- culas e átomos que possuem diferen-
lhada, virar calor ou emitir luz nova- tes funções. Quando se inicia o desen-
ferimos muita energia para uma nu- aplicarmos luz antes e depois do surgi-
bre as cargas vencem a força que man- rações na interação luz-matéria. Isto
trons são arrancados num processo de- des ópticas (absorção, espalhamento,
reprodução da vida, seu balanço estru- Desse modo, ao avaliarmos esta intera-
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BIOFOTÔNICA
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CALENDÁRIO
Eventos Acadêmicos
I Colóquio Internacional de Direitos Humanos e Políticas de Memória
O evento, considerado o maior sobre Femi- Local: bloco I-12 da UEM (Campus Sede).
nismo Negro do sul do Brasil, reunirá docentes, Realização: Núcleo de Estudos Interdisciplina-
estudantes e interessados na discussão sobre a res Afro-brasileiros (NEIAB) da UEM.
visibilidade e o protagonismo da mulher negra. Valor: entrada franca.
Data: 23 a 25 de julho. Mais informações em: http://bit.ly/2Vay8OZ
Horário: 19h30.
Eventos Culturais
Leia Mulheres Maringá
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CALENDÁRIO
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CALENDÁRIO
Eventos Astronômicos
Fases da Lua
Junho
Julho
Chuva de Meteoros
Chuva de meteoros Delta Aquaridas Austrais 28/29 de julho. Durante o pico desta chuva de meteoros,
que ocorrerá na madrugada do dia 29, observar-se-á, em média, 15 meteoros por hora. Essa chuva
favorece o hemisfério sul e chamará olhares para a Constelação de Aquário.
Dica: O melhor momento para observação é por volta das 02h, considerando-se o horário local de onde
você está. Neste período será quando a constelação de Aquário encontrar-se-á mais próxima do ponto
mais alto do céu. Mesmo assim, a constelação estará visível a partir das 22h00, olhando na direção
leste.
Planetas Visíveis
Junho
Oposição a Júpiter: Isso é quando a Terra e também Júpiter estarão alinhados com o Sol. Será a
melhor data de observação do planeta, que cará visível durante a noite toda e poderá ser observado
no mundo inteiro. Estará com aproximação maior com a Terra no dia 10 de Junho, com face 100%
iluminada para cá.
Marte e Mercúrio: Será possível observar esses dois planetas bem próximos no dia 18. Com um tom
avermelhado, não é difícil localizar Marte e, consequentemente, Mercúrio no céu. O horário mais
propício para observação é pouco antes do amanhecer, por volta das 05h20.
Julho
Oposição a Saturno: Essa época do ano que se destaca como de melhor observação de Saturno e seus
anéis, se você possuir um equipamento telescópico. O planeta cará visível durante toda a madrugada
no céu noturno do dia 9. Se não possuir um equipamento apropriado, ainda poderá identicar o
planeta, mas não será possível uma observação dos anéis.
Oposição de Plutão: Em 2006 o planeta foi rebaixado a planeta-anão por possuir órbita, massa e
o tamanho em si muito inferior que os restantes. Se possuir um telescópio, o dia 14 será um bom
momento para observá-lo.
Eclipse
• Eclipse Total Solar: O eclipse está previsto para o dia 2 de julho e poderá ser visto em alguns
países da América do Sul, sendo o único eclipse solar que acontecerá no ano de 2019. Não será
possível observá-lo do Brasil, mas existem transmissões gratuitas do evento pela internet.
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CALENDÁRIO
• Eclipse Lunar Parcial: Neste evento especial, o eclipse escurecerá mais da metade do disco lunar,
o que acontece em razão da sombra da Terra projetada. Os lugares de onde será visível são Ásia,
Austrália, África, Europa e também algumas partes da América do Sul.
Lançamentos de Foguetes
• SPACEX: Se não acontecer atraso, no mês de junho, a empresa entrará em outro patamar. Eles
tem como objetivo enviar parte da tripulação para a Estação Espacial, assim poderia conseguir
a certicação para operar lançamentos tripulados. Esse lançamento do foguete Falcon 9 é em
parceria com a Nasa. Nos meses de junho e julho, a empresa fará por volta de 6 lançamentos de
foguete, com possíveis datas: 1 e 22 de junho, dois lançamentos no 1 de julho, 8 e 25 de julho.
Eventos Importantes
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APOIO
Apoio de:
N
NEWSTON
Página no Facebook do Jornal: Newston Jornal
Instragram: newstonjornal
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REFERÊNCIAS
Referências
Capa
[1] Figura Principal da Capa: <https://www.shutterstock.com/pt/video/clip-1010081021-background-
black-hole-gargantua-interstellar-space-yellow>.
Astronomia
[13] Figura 5: Retrato de Hiparco. Representação ilustrada de Hiparco observando o céu de Alexan-
dria. Disponível em: <http://darkskystudies.org/night-sky-traditions>.
[14] Figura 6: Fotograa de uma passagem da tradução latina de George Trebizond (1451 d.e.C) da
coletânea do Almagesto. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Almagest_1.jpeg>.
[15] Figura 7: Imagem ilustrativa do Busto de Hiparco. Disponível em:
<http://www.wikiwand.com/en/Hipparchus>.
[16] Figura 8: Comparação do brilho da estrela Sirius a partir de dois processos distin-
tos. Imagens obtidas com o telescópio de raio-X do satélite Chandra. Disponível em:
<http://www.if.ufrgs.br/ fatima/s2010/Aula15-132.pdf>.
[17] Figura 9: Equipamentos astronômicos rudimentares. À esquerda a Esfera Armilar e à
direita o Astrolábio. (Retirei de dois sites e z uma junção de ambas as imagens. Dis-
ponível em: <http://site.astrofoto.com.pt/welcome/produto/esfera-armilar-grande-2/>.e no site
<https://www.aixalonjadeartesania.com/Articulo x Astrolabio-nautico IDArticulo 2867 lang PT.html.
[18] Figura 10: Calendário Juliano, continha 365 dias e era dividido em 12 meses, mas com uma
variação desigual em dias para cada mês. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-
do-tempo/inicio-do-calendario-juliano/>.
[19] KEPLER, S. O. F. SARAIVA, M. F. O. Astronomia Antiga. Departamento de Fí-
sica, Insitiuto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2016. Disponível em:
<http://astro.if.ufrgs.br/antiga/antiga.htm>.
[20] KOUVELIOTOU, C. Greek Astronomers. The Universty of Chicago Library. 2009 Disponível
em: <http://ecuip.lib.uchicago.edu/multiwavelength-astronomy/gamma-ray/impact/02.html>.
[21] História da Física Pitágoras: O Maestro. Departamento de Física, Universidade Estadual de
Maringá. Prof. Dr. Daniel Gardelli, 2019.
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REFERÊNCIAS
Referências
[22] Geometria Descritiva e Desenho Geométrico A Geometria e a Astronomia na Grécia Antiga.
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Cientica. Universidade Estadual de Campinas.
2006. Disponível em: <https://www.ime.unicamp.br/ eliane/ma241/trabalhos/astronomia.pdf>.
[23] LOPES M. H. O., LOPES W. Revista Integração. Aplicações da Astronomia e da
Geometria na Grécia Antiga. Universidade São Judas Tadeu. 2014. Disponível em:
<https://www.usjt.br/prppg/revista/integracao/assets/pdf/66/ri-2014-art8-lopes.pdf>.
[24] História da Física O Universo ordenado de Aristóteles. Departamento de Física, Universidade
Estadual de Maringá. Prof. Dr. Daniel Gardelli, 2019.
[25] Ptolemy's Earliest Work From Ancient Omens to Statistical Mechanics. In Berggren and Golds-
tein, eds. Copenhagen, University Library, 1987.
[26] Hiparco de Niceia. Adaptação e Tradução de The Noon Day Project do CIESE.
Stevens Institute of Technology. 2008. Disponível em: <http://homes.dcc.ufba.br/ fri-
eda/mat061/projetomeiodia/hiparco.html>.
[27] O'Connor J.J, Robertson E.F. Hipparchus of Rhodes. University of St Andrews, School
of Mathematics and Statistics.1999. Disponível em: <http://www-history.mcs.st-and.ac.uk/ his-
tory/Biographies/Hipparchus.html>.
[28] RIBEIRO JR., W.A. Hiparco de Niceia. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. 2014. Disponível
em: <greciantiga.org/arquivo.asp?num=0997>.
[29] Fundamentos da Astronomia e Astrofísica Fotometria. Departamento de Astronomia, Instituto
de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Prof .Dr
a a Maria de Fátima Oliveira Saraiva.
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REFERÊNCIAS
Referências
[41] Figura 18: <https://www.eso.org/public/images/ann17051a/>.
[42 Figura 19: <https://www.spacetelescope.org/images/opo0020a/>.
[43] Figura 20: Referência [3] página 2.
[44] Figura 21: <https://www.jpl.nasa.gov/edu/news/2019/4/19/how-scientists-captured-the-rst-
image-of-a-black-hole/>.
[45] Figura 22: Referência [1] página 5.
[46] Figura 23: Referência [4] página 16.
The Event Horizon Telescope Collaboration. First M87 Event Horizon Telescope Results.
The Astrophysical Journal Letters. Volume 875, n. 10, 10 de abril de 2019. Disponível em:
<https://iopscience.iop.org/issue/2041-8205/875/1>
[47] I. The Shadow of the Supermassive Black Hole.
[48] II. Array and Instrumentation.
[49] III. Data Processing and Calibration.
[50] IV. Imaging the Central Supermassive Black Hole.
[51] V. Physical Origin of the Asymmetric Ring.
[52] VI. The Shadow and Mass of the Central Black Hole.
[53] Kip Thorne. The Physics of Interstellar. Nova Iorque, W. W. Norton & Company, 2014.
[54] Stephen Hawking. Buracos Negros. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2017.
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Corrigido por: Milena Chierrito e Luiz Felipe Demétrio