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CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI


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Instituição Credenciada pelo MEC – Portaria 4.385/05

Unis - MG Centro Universitário do Sul de Minas Unidade de Gestão da Educação a


Distância Av. Cel. José Alves, 256 - Vila Pinto Varginha - MG - 37010-540

Mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas – FEPESMIG Varginha/MG

Todos os direitos desta edição reservados ao Unis-MG. É proibida a duplicação ou


reprodução deste volume, ou parte do mesmo, sob qualquer meio, sem autorização
expressa do Unis-MG.

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RABELO, Vivian Peloso. Guia de Estudo – Canto Coral e Fundamentos da Regência I –


Vivian Peloso Rabelo. Varginha: 2012.

1. Educação. 2. Música. 3. Canto Coral. 4. Regência.

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Reitor Prof. Ms. Stefano Barra Gazzola Gestão da Educação a Distância Prof. Ms.
Wanderson Gomes de Souza Design Instrucional e Diagramação Prof. Ms. Celso Augusto
dos Santos Gomes Coord. do Núcleo Pedagógico Prof.ª Ms. Terezinha Nunes Gomes
Garcia Prof.ª Dr.ª Gleicione Aparecida Dias Bagne de Souza Revisão Ortográfica /
Gramatical Erika de Paula Sousa
ces so aos da dos

Autora Vivian Peloso Rabelo Tem pós-graduação em música sobre a área: Práticas
Interpretativas Musicais, habilitação em Canto. É graduada em Licenciatura em
Música, habilitação em Canto. Atualmente, cursa Pós-raduação em Educação
Empreeendedora, à distância pela Universidade Federal de São João Del Rei: UFSJ,que
será concluída em abril de 2012. É educadora musical no Conservatório Estadual de
Música Maestro Marciliano Braga , de Varginha, ministrando aulas de Canto lírico e
Canto Coral. Possui experiência na área do ensino musical com ênfase em Canto,
Canto Coral, Musicalização Infantil e Percepção musical. Como performer possui
experiências ainda na área de música clássica e popular.Para outras informações,
acessar: http:// lattes.cnpq.br/1122204908928031

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Ementa
Técnicas de colocação da voz, de respiração, de prática vocal, cuidados com o
aparelho fonador em geral, as técnicas de uso, incluindo a fala, a declamação, o
canto e as diversas técnicas da estética musical contemporânea. Prática das
técnicas através da formação de pequenos grupos vocais e da criação de situações
musicais, tradicionais ou não, onde possam ser aplicadas. Prática de regência e sua
aplicação na prática do repertório coral.

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ÍCONES

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APRESENTAÇÃO
Caro(a) leitor(a), Este guia tem por objeto de estudo os princípios do Canto Coral,
juntamente com os Fundamentos da Regência em todas as suas potencialidades - desde
o início de sua tragetória através da história, até atualmente. Segundo Massin
(1983), o canto é uma manifestação natural do ser humano, um meio de expressão
direto do sentimento, fazendo parte de todas as culturas e nações, seja de forma
primitiva ou elaborada. É uma ampliação da palavra, resultado de um longo trabalho
técnico, tendo por trás de si toda uma evolução histórica. Por ser um contéudo
musicalizador e de fácil aprovação nas escolas, o Canto Coral é uma fonte de
conhecimento que nos traz ampla visão melódica e harmônica através dos arranjos
vocais existentes. Segundo Andrade (1989, p. 155):
CORAL: Música polifônica escrita para um conjunto de cantores, termo masculino.
CORO: Conjunto de pessoas, em número variável, que cantam juntas músicas em
uníssono ou a várias vozes, com ou sem acompanhamento de instrumentos. Pode ser
constituído por uma ou várias vozes, sendo o padrão aquele que se constitui por um
naipe ou voz de sopranos, um de contraltos, um de tenores e um de baixos.

Eis alguns itens a que a disciplina Canto Coral está associada: . Inclusão Social;
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Múltiplas

habilidades,

além

de

musicais

(desenvoltura em apresentações, por exemplo); . Integração / Interação entre os


participantes do coro - tanto crianças, como adolescentes e adultos. Segundo Lobos
apud, AMATO, (2005, p.82):
O canto coletivo, com seu poder de socialização, predispõe o indivíduo a perder no
momento necessário a noção egoísta de individualidade excessiva integrando-o na
comunidade, valorizando no seu espírito a idéia da necessidade de renúncia e de
disciplina ante os imperativos da coletividade social, favorecendo, em suma, essa
noção de solidariedade humana que requer da criatura uma participação anônima na
construção de grandes nacionalidades.

Através das técnicas vocais a serem vistas neste módulo, estudaremos as


possibildades do Canto como forma de expressão, além da aquisição de conhecimentos
sobre as ferramentas para seu uso sadio. Atráves da prática vocal, abordaremos os
diversos temas e conceitos relacionados à voz, além de relacionar este estudo ao
Coral, que é a base deste conteúdo. Relacionamos teoria e prática vocal para que
você, ao final de seu curso, seja capaz de realizar seu trabalho por completo,
auxiliando no seu desenvolvimento musical e de seus futuros alunos! Uma cena do
coral do filme “A Voz do Coração” de Les Choristes, dirigido por Christofhe
Barratier, para iniciar nosso estudo: Acesse: http://youtu.be/ORK6TUndEs4 - Que
maravilha de música, não é mesmo?! Vale a pena ver o filme todo! Este trecho nos
remete a um pouco do significado de um coro como sendo uma ferramenta de inclusão,
alegria e satisfação! CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI
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O trabalho em conjunto pode transceder ao que se espera, e auxiliar no


desenvolvimento individual de cada um. Então, seguindo com nossos estudos,
abordaremos também os Fundamentos da Regência, enfatizando as possibilidades de
execução através da prática coral. O termo “regência”, provém do latim e significa
“dirigir”, “ordenar”. Na música, essa palavra significa dirigir ou conduzir um
grupo vocal ou instrumental, dentro de cada métrica específica, guiadas pelos
gestos, expressões corporal e facial. Segundo Matias (1986), o regente necessita
realizar tudo que for possível com o seu grupo, para que este se torne musicalmente
ágil, flexível, maleável, percebendo com exatidão aquilo que o regente está
expressando. Podemos verificar um pouco da prática da Regência

Orquestral e Coral em um trecho do link abaixo, que traz emoção aliada ao


desenvolvimento do regente, que no caso, é uma criança, porém, demonstrando
maturidade em sua execução! Cena do filme “O Som do Coração” (August Rush):
http://youtu.be/DQzrtLpwyQI

Neste filme, o pequeno compositor busca, através de sua música, encontrar seus
pais. Ele nos mostra uma grande habilidade musical, regendo a orquestra. É o que
esperamos que você conquiste com este curso: um aprendizado consciente e prazeroso.
Portanto divirta-se, explore os conteúdos e faça a sua música!

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O Canto Coral é uma importante ferramenta para o Ensino da Música nas escolas, pois
desenvolve a socialização e auxilia no desenvolvimento das potencialidades de cada
indivíduo. Então, aprendizagem! Vivian Peloso Rabelo tenha uma ótima leitura e uma
excelente

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O INSTRUMENTO VOCAL 1. O INSTRUMENTO VOCAL META DESTA UNIDADE


Nesta unidade, conheceremos aspectos relavantes sobre a voz como instrumento
melódico, sua produção e características necessárias para um bom desempenho.
Estudaremos sobre fundamentos da Fisiologia Vocal,

Respiração, Ressonância e apoio vocal - todos para desenvolver suas habilidades


técnicas. Identificaremos o funcionamento do instrumento vocal e suas diversidades
relacionadas aos conteúdos que se fazem necessários para uma boa performance.

OBJETIVOS DESTA UNIDADE


1 - Conhecer e vivenciar os mecanismos da fonação (produção da voz); 2 - Dominar a
técnica vocal através da teoria aliada à pratica.

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1.1.

Alguns Aspectos Fisiológicos

Para entendermos mais sobre alguns aspectos fisiológicos, que tal buscarmos as
origens do termo “fisiologia”? O vocábulo provém da junção de duas palavras gregas:
“physis” que quer dizer “natureza”, “função” ou “funcionamento” e “logos” que
significa “palavra” ou “estudo”. Assim, podemos entender que fisiologia se refere
ao estudo das funções dos órgãos nos seres vivos. Desse modo, a Fisiologia Vocal
tem o intuito de levar-nos ao conhecimento das funções dos principais órgãos
responsáveis pela produção da voz. Nesse sentido, estudos sobre o desempenho destas
funções são inesgotáveis, devido à grande gama de pesquisadores na área, como
podemos observar no esquema abaixo:

Profissionais direcionados ao estudo da Voz

Fonoaudiólogos

Otorrinolaringologistas

Professores de canto

Contudo, é preciso entender os mecanismos de produção vocal separadamente, para


que, ao final, você os entenda e os domine com perfeição. CANTO CORAL E FUNDAMENTOS
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Então, vamos em frente! Vamos entender o que é Técnica Vocal. Entende-se por
Técnica Vocal o conjunto das habilidades técnicas de execução durante a prática do
canto, possibilitando maior flexibilidade na sua produção. Em resumo, segundo
Pacheco e Baê (2006), a produção da voz pode ser descrita dessa forma: O ar
inspirado chega aos pulmões. Estes, por sua vez, “empurram” o diafragma, que abaixa
durante o processo para o aumento dos pulmões. Ao ser expirado, o ar passa pela
laringe, onde estão as Pregas Vocais, que vibram ao toque do ar, produzindo o som.
Este, por sua vez, sobe e ressoa no crânio, ampliando o volume sonoro. Este
processo é possível devido ao Aparelho Fonador, que vem a ser o conjunto de órgãos
responsável pela produção da voz (a laringe, onde se situam as cordas vocais, os
pulmões, a traqueia, as estruturas articulatórias e ressonadoras). Então, não se
esqueça que a produção do som envolve vários órgãos que conjuntamente fazem soar
nossa voz. São eles: o aparelho respiratório, a laringe, as cavidades de
ressonância e os articuladores. Mas, que tal agruparmos os órgãos que fazem parte
do Aparelho Fonador segundo as suas funções?

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PRODUTORES

VIBRADOR

RESSONADORES

Pulmões, músculos abdominais, diafragma, músculos intercostais, músculos extensores


da coluna.

Laringe, onde está a prega vocal.

Cavidade nasal, faringe, boca.

Função: Estes produzem a coluna de ar que pressiona a laringe, produzindo som nas
cordas vocais.

Função: Produz som fundamental, através da vibração das pregas vocais.

Função: Ampliam o som.

ARTICULADORES

SENSOR / COORDENADOR

Lábios, língua, palato mole, palato duro, maxilar inferior.

Ouvido - capta, localiza e conduz o som;

Função: Articulam e dão sentido ao som, transformando sons orais e nasais.

Cérebro - analisa, registra e arquiva o som.

Função: Estes captam, selecionam e interpretam o som.

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Lembre-se

que

produção

do

som

resulta,

basicamente, da passagem do ar pela laringe, onde se situam as pregas vocais -


também conhecidas por cordas vocais. Prossigamos em conhecê-las! A seguir, podemos
observar as pregras vocais e suas divisões:

Figura 1- Corda Vocal: Anatomia (2012)

Durante a Fala ou o Canto as cordas vocais se movimentam entre duas posições, a


seguir ilustradas:

Figura 2 - Produção do som: Sistema Respiratório, parte 02 (2012)

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Assim, podemos entender que a laringe desempenha uma importante função na produção
de som e que resulta na fonação, pois é na sua superfície interna que encontramos
uma fenda ântero-posterior, denominada vestíbulo da laringe, que possui duas
pregas: a prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais
verdadeiras). (IDEM, 2012)

Para saber mais sobre essa parte do sistema respiratório, visite o sítio:
http://portalenfermagem.webnode.com/sistemarespiratorio-parte-02/

Então, podemos entender, com tudo o que vimos até aqui, que as cordas ou pregas
vocais são pequenos músculos com grande elasticidade. Observe nos links a seguir:
http://youtu.be/ajbcJiYhFKY http://youtu.be/fqeXCzgDIoA

Ao observarmos os vídeos acima, podemos entender que as pregas vocais vibram ao


toque do ar e, na inspiração, elas se abrem para a sua passagem. Para a aproximação
das cordas vocais, existem músculos responsáveis pela sua abdução, sendo estes
comandados pelo cérebro, realizando a aproximação entre elas. “O espaço que existe
entre elas é denominado „glote‟.” (PACHECO e BAÊ, 2006, p.34).

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Contudo, podemos nos perguntar o que faz com que o alimento ou líquido não chegue
no sistema respiratório quando engolimos. Para respondermos a essa pergunta,
destacaremos a epiglote, já que é ela que se abaixa para a deglutição, para que o
alimento ou o líquido não chegue ao sistema respiratório. Observe a figura a
seguir:

Figura 3 - Epiglote: A Faringe e a Função da Epiglote (2012).

Para visualizar melhor como a epiglote se abaixa para a deglutição, proporcionando


a passagem do alimento ou o líquido e isolando-os do sistema respiratório, acesse o
sítio http://youtu.be/QvGYvK6qScE.

Vejamos mais alguns componentes do sistema respiratório: Glote: Abertura da


Laringe, circunscrita pelas cordas vocais inferiores. Epiglote: Válvula que tapa a
glote no momento da deglutição para impedir que os alimentos penetrem nas vias
aéreas Fernando, (S. D). CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI
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Acesse

também:

http://youtu.be/DwTjSTHl5QE,

para ver o momento da produção do som.

Percebeu que a laringe se molda ao tipo de som que é produzido? Assim, se o som é
agudo, as pregas vocais esticam e se o som é grave, elas são comprimidas. E para
auxiliar nesse processo, temos os músculos extrínsecos e intrínsecos da laringe.
Músculos Extrínsecos: estão ligados à laringe e a alguma outra estrutura externa a
ela. Um exemplo é o músculo esternotireoideo, que tem sua origem no osso externo
localizado no tórax e insere-se na cartilagem tireóide (ver figura 4), que faz
parte da estrutura da laringe. Sua função é sustentar, elevar e abaixar a laringe
no pescoço. Está dividido em elevadores: digástricos, geniohioideos, milo-hioideos,
estilo-hioideos e abaixadores: omo-hioideos esterno-hioideos, esternotireoideos e
tireo-hioideos. Músculos Intrínsecos: são responsáveis pela movimentação das pregas
vocais. Dividem-se em adutores, abdutores e tensores. Os músculos abdutores têm
como função separar as pregas vocais durante a inspiração, e os músculos adutores
atuam unindo as pregas vocais no ato da fonação e deglutição. Os músculos tensores
alongam as pregas vocais - PACHECO E BAÊ (2006, p. 35). Entretanto, nem sempre
tivemos essa facilidade de adquirir conhecimentos. Segundo Werbeck-Svärdström
(2004), em seu livro “A Escola do Desvendar da Voz”, ressalta que até no século
XIX, a laringe era considerada um espécie de gaita de fole soprada pelo fluxo aéreo
dos pulmões, sendo que, o que ocorre de fato, é a auto-

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vibração das cordas vocais. Nos dias atuais, temos a nosso favor notáveis recursos
audiovisuais para nosso aprendizado. Podemos entender que, na verdade, o ser humano
não possui nenhum aparelho destinado exclusivamente à produção do som. Segundo
PERELÒ (1975), a laringe aparece na escala animal quando é necessário proteger o
aparelho respiratório contra a entrada de sólidos ou líquidos que pudessem causar
asfixia. Agora, vamos conhecer como funciona a Laringe?

As Pregas Vocais estão situadas no interior da Laringe, como nos mostra a figura a
seguir:

Figura 4 - Cartilagens, ligamentos e músculos da laringe: Anatomia (2012).

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Mais especificamente, a laringe se caracteriza por ser um arcabouço tubular que


desempenha as funções de respiração, de fonação e de proteção das vias aéreas.
Constituída de cartilagens, músculos e ligamentos, no homem, a laringe tem cerca de
5cm de comprimento, sendo um pouco menor na mulher. Vale destacar algumas
informações interessantes: A laringe vai da epiglote, até a borda inferior da
cartilagem cricoide, ou seja, o começo da traquéia. A cartilagem tireoide é a maior
das cartilagens laríngeas, situando-se acima da cricoide e ligada a esta pelo
cricotireoidiano; constitui-se por duas placas quadradas fundidas anteriormente na
linha média, com sua borda superior projetando-se para fora numa proeminência
conhecida como "Pomo de Adão". No seu interior, situam-se as cordas vocais –
Anatomia, Idem (2012).

Acesse para visualização da Laringe e suas funções: http://youtu.be/0H5WKQ--q4c

Caro Estudante, quantos foram os conceitos mostrados até aqui! Contudo, perceba que
à

Conclusão

medida que você passa a interagir com a disciplina, suas dúvidas vão desaparecendo,
não é mesmo?

Continuaremos

entender

mais

sobre

os

processos

fonatórios que envolvem a produção da voz!

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1.2. O Aparelho Respiratório


A respiração é a base do Canto, portanto, a matéria prima do som é o ar. O sistema
respiratório é constituído por um conjunto de órgãos tubulares e alveolares,
situados na cabeça, pescoço e cavidade torácica, que são responsáveis pela
respiração. A respiração usada para o canto recebe, comumente, nomes diferentes,
dependendo do autor. Alguns a chamam costo diafragmática, outros abdominal-
intercostal. O fato é que devemos encher desde a base do pulmão, suas laterais até
as costas, sem levantar os ombros. Quando se pede aos alunos, no início das aulas
de fala ou de canto para inspirarem profundamente, 80% inspiram com uma elevação
forçada das costelas e das clavículas, mantendo os músculos abdominais contraídos,
erguendo os ombros, ficando vermelhos no rosto e pescoço... Esta respiração forçada
tem consequências desastrosas, em primeiro lugar, para a voz. A laringe fica sob
alta pressão, e pior ainda se o aluno não articula bem, trancando os maxilares.
Assim, a pressão é dupla e as nossas cordas vocais não podem vibrar livremente
(KAHLE, 1966 p 36). Segundo Marsola e Baê (2000), os pulmões se localizam na caixa
torácica, são de consistência esponjosa e sua cor é rosada devido à grande
quantidade de sangue que neles circula. É o principal órgão do aparelho
respiratório e constitui nosso receptáculo de ar. Então, o caminho do ar até chegar
aos pulmões é:

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- Narinas
Onde o ar é aquecido, umedecido e filtrado;

- Traqueia
Bifurca-se, dando origem aos brônquios;

- Brônquios
Cada um deles leva ar a um dos pulmões. Os brônquios se ramificam em tubinhos que
levam o ar até os alvéolos;

- Alvéolos
Onde é feita a troca de oxigênio (vindo do ar inspirado), pelo gás carbônico
presente no sangue e posteriormente devolvido para o ar.
Como se pode observar, o ar entra e sai dos alvéolos graças ao movimento conjunto
do tórax e do diafragma - MARSOLA E BAÊ (2000, p.13). O principal músculo da
respiração é o diafragma, situado na base dos pulmões: quando inspiramos, o
diafragma é estendido, tornando-se quase plano, deslocando a cavidade abdominal e
ampliando a cavidade torácica; quando expiramos, o diafragma

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sobe. A respiração, sempre que possível, deve ser nasal (ainda que seja de boca
aberta), pois desse modo o ar é filtrado e aquecido pelas narinas. Traqueia

Pulmão

Diafragma

Figura 5 - Respiração Diafragmática (Diafragma).

Logo, nos perguntamos: Como respirar corretamente? Devemos encher profundamente os


pulmões, sem levantar os ombros, abrindo as costelas e estentendo o diafragma.
Diafragma: “Conhecido como principal músculo da respiração, tem forma de cúpula e
insere-se nas vértebras, costelas e no osso externo. Sua superfície separa o tórax
do abdômen. Possui um centro tendíneo que lhe dá resistência, liberando a parte
muscular que está em torno desse centro para movimentação durante a inspiração e a
expiração - PACHECO e BAÊ ( 2006, p. 18).

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Os vídeos a seguir nos mostram o momento da respiração. Aproveite para analisar


como está a sua respiração! Acesse: http://youtu.be/MTiMQeXVkus.
http://youtu.be/TzbLkSrkPvghttp://youtu.be/LpX stUTg_Rc.

Agora chegou o momento de você praticar um pouco da respiração costo-diafragmática.


Vamos lá?

1° - Mantenha a boa postura. Levante-se e alongue o seu corpo! 2° - Solte o ar,


esvaziando a barriga. Fique alguns instantes sem inspirar. Relaxe a musculatura,
deixando então o ar entrar, mas sem forçar a sua entrada. 3° - Inspire
tranquilamente, e solte todo o ar em “S” durante 10 segundos, sem interrupções.
Passe para 15 segundos... e relaxe! 4° - Inspire sem forçar a entrada do ar... e
solte em pequenas porções de ar em “s” (chamado de “s” curto). Repita 3 vezes.

Obsevação: O “s” é um fonema surdo, portanto, não há encontro entre as cordas


vocais. 5° - Inspire abrindo as costelas e na expiração solte o ar firmando o
abdômen, empurrando-o para dentro e tentando não fechar as costelas. À medida que o
ar vai acabando, aumente a pressão da musculatura abdominal. Atenção! Este
exercício pode CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI
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ser feito contando o tempo da saída do ar para ir aos poucos dominando maior tempo
de expiração. Ex: soltar o ar em dez tempos, depois em quinze, vinte etc.

Inspiração abdominal intercostal


Respiração Costo-Diafragmática

Inspiração clavicular prejudicial

Podemos também acrescentar a este exercício o controle do tempo da entrada do ar,


que muitas vezes deve ser rápida, dependendo da frase musical. Então, além de
contar a entrada do ar, faz-se uma contagem para a inspiração e vamos a cada vez
diminuindo o tempo para a inspiração. Por exemplo: inspire todo o ar durante 4
segundos, e solte todo o ar o maior tempo que conseguir. Agora diminua a inspiração
para 3 segundos, mas CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI
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inspire a mesma quantidade de ar, soltando-o em seguida. Faça isto até 1 segundo,
sempre inspirando a mesma quantidade de ar e soltando o ar também o máximo de tempo
que conseguir. Evite cochichar, pois não há encontro entre as pregas vocais! Se não
há encontro, o esforço para produzir os sons é muito grande! Agora, vamos conhecer
mais um pouco sobre o Aparelho Respiratório. Vejamos algumas outras imagens e
conceitos: - Faringe: é um canal comum aos sistemas digestores e respiratórios e
comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela
boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

Figura 6- Aparelho respiratório: Faringe (2012).

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Relembre aqui, a função da Epiglote, que também interfere na respiração, já que ela
não permite que o alimento chegue aos Pulmões!

Figura 7 - Epiglote: Porque engasgamos? (2008)

Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10 a 12 centímetros


de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se
na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu
epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias
presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora
(graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas (VILELA, 2012).

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Figura 8 - Traquéia: Sistema Respiratório (2012).

Figura 9 - Nervo Frênico: Idem (2012)

O nervo frênico é o motor do diafragma. Suas fibras se originam na medula espinhal


cervical e correm através do plexo cervical
1

até o diafragma (NERVO FRÊNICO, 2012).

cervical: formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores,
inerva alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e
tórax.

1Plexo

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29

https://docs.google.com/open?id=1U76Eyhk1yLQxkjnKe
vYk_fkVNRwPOzOnMaPtuv15UXNPiCMwJQfYfbby6oHP

Depois de estudarmos a função respiratória fisiologicamente, podemos notar que a


respiração é a base do canto e, sem ela, nossa voz ficará comprometida! Portanto,
atente-se exercícios para uma respiração e correta, dos que trabalhando diariamente
sugeridos, através daqueles

estudaremos mais adiante. Procure ler e estudar os livros citados nas referências
bibliográficas. Há muitas sugestões para seu enriquecimento profissional e, a
maioria deles, no que se refere a este capítulo, tem muitos exercícios práticos.
Vamos à próxima etapa?

1.3.

Ressonância

As cavidades de ressonância têm um papel fundamental na produção do som, pois nelas


é que ocorrem as modificações do som fundamental produzido na laringe. Comparando-
as a um instrumento, poderíamos dizer que as cavidades de ressonância da voz
funcionam como a caixa de um violão. Nada adiantaria vibrarmos as cordas de um
instrumento isoladamente, pois produziria um som empobrecido.

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A Ressonância vem a ser a capacidade que o corpo tem de amplificar os sons


produzidos pelas cordas vocais. Como já estudamos, ela faz parte do Aparelho
Fonador, e sua função é amplificar o som produzido na Laringe, moldando-o nas suas
cavidades, no trato vocal. Trato Vocal: são as partes do nosso corpo que compõem as
cavidades orais e nasais, faringe e laringe, que auxiliam na produção do som,
amplificando-as.
O trato vocal é formado pelas cavidades que vão desde as pregas vocais até os
lábios e as narinas. A forma e comprimento de cada cavidade do trato vocal são os
principais parâmetros de definição da qualidade do som produzido e da formatação
dos valores de diversos elementos técnico-comparativos nos exames periciais.
(MORISSON, 2012).

Figura 10 - Trato Vocal: Sistema de produção da fala (2012).

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O subsistema supralaríngeo compreende as regiões faringal, bucal e nasal, sendo


responsável pela modulação do som gerado na região laríngea ou na própria região
supralaríngea, definindo a maioria das suas características qualitativas. Por meio
da movimentação dos órgãos ativos, sobretudo a língua, modificam-se a forma e o
comprimento da cavidade oral e acoplam-se ou não a cavidade nasal na produção dos
mais diversos sons da linguagem. (IDEM, 2012).

Desse modo, nossa caixa de ressonância está situada em nossa cabeça, numa conjunção
de espaços vazios e perfurações que fazem com que o som se amplifique e ganhe seu
timbre característico.

Figura 11 - Cavidades de Ressonância: Idem (2010)

Estas cavidades proporcionam maior amplitude e sonoridade da voz, de forma


homogênea em toda a sua tessitura2.

Tessitura2: Termo mais comumente aplicado à voz que designa o conjunto de sons, do
mais grave ao mais agudo, emitido sem esforço pelo cantor. (ANDRADE, 1989, p. 510).

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Vista lateral das vias aéreas superiores: 1234567891011Figura 12 - Cavidades de


Ressonância: Anatomia (2012)

Corneto superior; Corneto médio; Corneto inferior; Palato duro; Palato mole;
Cavidade oral; Língua; Úvula; Nasofaringe; Orofaringe; Adenóide.

Os sons produzidos vão permear por estas vias, ganhando volume e amplitude, desde
que haja a preocupação do cantor com o direcionamento do som. Sons graves: vibram
na parte anterior da boca, no palato mole e suas regiões próximas. Sons médios: O
ar divide-se igualmente para as fossas nasais e o céu da boca, vibrando com mais
intensidade na parte posterior deste. O movimento é para dentro e para fora. Sons
agudos: a ressonância nos seios paranasais, região frontal da face. O ar vibra nas
cavidades da cabeça, seios paranasais, nariz e seio frontal. O movimento é mais
para dentro. É a chamada "voz de cabeça" ou falsete.

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Figura 13 - Ressonância dos sons: Técnica Vocal (2012)

Figura 14 -Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior: Sistema


Respiratório parte 02 (2012)

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Você sabe o que é pitch? Pitch é a sensação auditiva que temos sobre a altura da
voz, podendo ser classificado em grave, médio ou agudo. Mede-se o pitch através de
sistemas computadorizados de análise vocal. Normalmente, no canto, o pitch eleva–
se, pois há uma busca das cavidades superiores de ressonância que acaba levando
para a agudização do pitch, muitas vezes camuflado por uma hipernasalisação.

Amplie seus conhecimentos com o livro “Canto: equilíbrio entre corpo e som,
princípios da fisiologia vocal” de Cláudia Pacheco e Tutti Baê.

Vamos praticar!

1 - Imagine que nosso crânio é uma caixa de som! - Através da Bocca Chiusa3,
exercite pequenos trechos vocais, produzindo um som interno. - Solte a língua.
Deixe que ela fique repousada nos dentes incisivos inferiores. - Faça este som:
“UHM”. Perceba que o som é amplificado nas cavidades de ressonância já estudadas
por você (MARSOLA e BAÊ, 2000. p. 86).

3Termo

Italiano utilizado para referir-se à “boca fechada”.

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2 - Agora faça “ooommm”. Inicie o exercício com a boca aberta e vá fechando aos
poucos, mas sem fechar o maxilar, só os lábios. (Faça o efeito boccaChiusa). -
Atenção: a língua deve ficar relaxada, na mesma posição do exercício anterior.

1.4.

Apoio e Impostação Vocal

Para o cantor, é necessário saber administrar a entrada e a saída do ar rspirado. A


esse controle dá-se o nome de “apoio”. Apoio, portanto, é o controle elástico e
consciente da força retrátil passiva e espontânea do movimento de elevação do
diafragma ao promover a expiração, e é conseguido pelo domínio de seus antagônicos-
os músculos abdominais e intercostais - com a finalidade de manter o equilíbrio da
coluna de ar e aplicá-la à fonação - COELHO (1994, p. 75). Muitas pessoas fazem
muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar.
Por diversas vezes,

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a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Por este
motivo, de início vamos fazer um exercício para que você compreenda bem o que é o
Apoio de forma prática! - Solte todo o ar, murchando a barriga e ficando alguns
instantes sem inspirar. - Relaxe a musculatura deixando o ar entrar, mas sem forçar
sua entrada, inspirando tranquilamente. - Faça isso algumas vezes e perceberá que
não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois
a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de
inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da
musculatura abdominal para dentro e para fora. Para a ativação da expansão da
musculatura do diafragma e intercostal, deve-se inspirar enchendo primeiramente a
região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do
abdômen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo.
Inspiração: parte baixa depois lateral; Expiração: parte baixa e lateral. Observe a
figura 15:

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Figura 15 - Expansão da musculatura do diafragma e intercostal: Cursos e Tutoriais


(2012).

Para treinar a saída do ar com controle, é preciso, no Canto, dominar o tempo da


entrada e da saída do ar. Precisa-se dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma
frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para
fazê-lo entre uma frase e outra.

Exercite-se:

1. Inspire e fale toda a frase sem interrupção! Atenção: Treine sua articulação
também com a língua do “R” (Pronuncie o R em italiano). CANTO CORAL E FUNDAMENTOS
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“O rato roeu a roupa do rei de Roma e a rainha Ruth de raiva rasgou o resto”!
(Repita algumas vezes, sempre comprimindo o abdômen durante a execução).

O apoio diafragmático é necessário para que não haja tensão na laringe. A energia
vem da respiração.

2. Exercício para treinar a pressão da saída do ar: - Se precisamos fazer um som


com uma intensidade mais forte, devemos utilizar mais o apoio respiratório para não
sobrecarregar as cordas vocais. - Faça a expulsão do ar, acompanhada por um “sss”
prolongado, pressionando o abdômen e dominando essa pressão. Deve-se fazer num
único sopro, sem interrupções.

Verificamos então que,

quando aumentamos a pressão do

abdômen, aumentamos a pressão do ar.

3. Agora, inspire usando toda sua capacidade respiratória, realizando a respiração


costo-diafrágmática, e solte em “CHI”, em um único sopro, empurrando para dentro
toda a musculatura abdominal. Repita cinco vezes, quando for treinar. Você
perceberá que o apoio diafragmático vem de baixo para cima, formando uma espécie de
coluna de ar, fazendo com que a pressão do som expirado venha de baixo para cima.
Veja na figura, que o diafragma CANTO CORAL E FUNDAMENTOS DE REGÊNCIAI
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se espande, aliado aos músculos intercostais e abdominais, para que se forme a


“coluna de ar”:

Figura 16 - Pontos de Apoio Vocal: Técnica Vocal e Canto (2012)

1.5. Resumo
A leitura desta unidade nos posssibilitou conhecer um pouco sobre fisilogia vocal,
respiração, ressonância e apoio vocal. Muitos conceitos foram estudados, visto que
o tema exposto é extenso e complexo. No entanto, com a prática vocal contínua, você
entenderá melhor todos os mecanismos da fonação de maneira clara, pois quando
cantamos, somos um instrumento de sopro, e refletimos todos estes comportamentos
estudados. E, agora que você já sabe, é só praticar!

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1.6. Apontamentos Sobre a Próxima Unidade


Na próxima unidade, apresentamos o universo da Higiene Vocal, apontando os cuidados
necessários para uma boa emissão vocal, além dos cuidados diários para se ter uma
voz sadia.

1.7.

Referências

ANATOMIA. Disponível em:


<http://www.viaaereadificil.com.br/anatomia/anatomia.htm#inici o1>. Acesso em 12,
14/012/2011 e 18/01/2012. SISTEMA RESPIRATÓRIO PARTE 02. Disponível em:
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Editora: Discubra, S. D. 450 p. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed.
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<http://www.infoescola.com/anatomiahumana/diafragma/>. Acesso em 19/01/2012.

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NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 VILELA,
Prof.ª Ana Luiza Miranda. SISTEMA RESPIRATÓRIO. Disponível em:
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Disponível em: <http://atlas.centralx.com.br/p/110017/nervo+frenico.htm>. Acesso em
19/01/2012. ESTUDOS DOS VOLUMES DAS CAPACIDADES PULMONARES. Disponível em:
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<http://www.peritocriminal.com.br/voiceid.htm.> Acesso em 19/01/2012. ANDRADE,
Mário. Dicionário Musical Brasileiro. Editora da Universidade de São Paulo, 1989. –
(Coleção reconquista do Brasil). 2. Série: v.162. TÉCNICA VOCAL. Disponível em:
<http://www.studiomel.com/37.html.> Acesso em 20/01/2012. CURSOS E TUTORIAIS.
Disponível em: <http://gpstutorial.blogspot.com/>. Acesso em 20/012012. TÉCNICA
VOCAL E CANTO: A descoberta e a integração do nosso Corpo-Voz. Disponível em:
<http://dc356.4shared.com/doc/1hsM_xU6/preview.html> Acesso em 20/01/2012. TÉCNICA
VOCAL. Dispinível em: <http://www.vidanovamusic.com/tvocal.asp?codaula=377> Acesso
em 12/11/2011. FÉLIX, Sandra. APARELHO FONADOR. Disponível em:
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Acesso em 21/12/2011.

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VIDEOESTROBOSCOPIA DE LARINGE DIGITAL COMPUTADORIZADA RÍGIDO. Disponível em:


<http://youtu.be/DwTjSTHl5QE> Acesso em 12/12/2011. EPIGLOTTIS ANIMATION.
Disponível em: <http://youtu.be/QvGYvK6qScE> Acesso em 12/12/2011. RESPIRALÇÃO E
HEMATOSE PULMONAR. Disponível em: <http://youtu.be/MTiMQeXVkus> Acesso em
12/12/2012. A RESPIRAÇÃO. Disponível em: <http://youtu.be/TzbLkSrkPvg> Acesso em
14/12/201. O DIAFRAGMA DEMO. Disponível em: <http://youtu.be/LpXstUTg_Rc> Acesso em
12/12/2011.

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