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3. Competência Tributária
Conceito: É o poder atribuído pela CF a cada ente federativo para instituir tributos. A
competência tributária é absolutamente indelegável, mas as funções de arrecadar ou
fiscalizar tributos, executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas podem ser
delegadas por uma pessoa jurídica de direito público a outra (delegação da competência
tributária ativa). Quando se delega a capacidade tributaria ativa tem-se parafiscalidade (
ex: cobrança de taxa pelo CRM)
5. Legislação Tributária
Pormenores: Em regra, vigora no nosso ordenamento jurídico o princípio da
territorialidade, de modo que a norma tributária vigora dentro dos limites territoriais do
ente da Federação competente para instituir o tributo. Excepcionalmente, poderá ocorrer
a extraterritorialidade da lei tributária, nos seguintes casos: quando estabelecido em
convênios ou quando determinados pelo próprio CTN ou por outras normas gerais da
União. A própria lei deve dispor sobre a data que ela entrará em vigor. Na falta de
previsão na lei deve-se adotar subsidiariamente a Lei de Introdução ao Código Civil que
determina que a lei entre em vigor 45 dias após a publicação da lei.
8. Obrigação Tributária
Espécies de Obrigação: a) OT principal: surge com o fato gerador, previsto em lei e
tem como objeto o pagamento do tributo e da multa; (no direito tributário também é
obrigação principal); b) OT acessória: surge com o fato gerador previsto na legislação
tributária e tem como objeto prestações positivas ou negativas (obrigações de fazer ou
não fazer) no interesse da arrecadação, ex: manutenção de livros fiscais, emitir nota
fiscal. O acessório não segue o principal. Na imunidade e na isenção permanece as
obrigações acessórias
Detalhes: O polo ativo da OT pode ser ocupado por entes federativos ou entidades
parafiscais e o polo passivo por contribuinte (tem relação pessoal e direta com o fato
gerador) e responsável (relação pessoal e indireta do fato gerador).
Formas: a) TUtela antecipada – não é o pedido que suspende, mas sua concessão. b)
LIminar – não é o pedido que suspende, mas sua concessão. c) Parcelamento (Tenho o
dinheiro, mas não todo, então peço o parcelamento) - Não é o pedido que suspense a
exigibilidade, mas o seu deferimento. d) DEpósito – desde que integral e em dinheiro.
e) MOratória (Não tenho dinheiro, peço para pagar depois)– dilatação legal do prazo de
pagamento do tributo. f) RA: Recurso Administrativo – desde que apresentado
tempestivamente.
Isenção: O imposto não incide sobre pequenas glebas rurais( 100 ha, se localizado em
município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-
mato-grossense; 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das
Secas ou na Amazônia Oriental; 30 ha, se localizado em qualquer outro município.)
quando exploradas por proprietário que não possua outro imóvel. Também tem isenção
os sujeitos que possuam mais de um imóvel rural, desde que não extrapolem os limites
do que é entendido como pequena gleba, explorem sozinhos ou com sua família (a ajuda
de terceiros é admitida desde que seja eventual) e não possua imóvel urbano.
Aspectos do ITR: O fato gerador é a propriedade, domínio útil e posse com animus
domini. O fato gerador do ITR ocorre na zona rural, categoria definida por exclusão:
existe lei municipal que delimita o que seja zona urbana, assim, será rural toda a zona
que ultrapassar os limites da urbana. Por conseguinte, entende o STJ que o aspecto
espacial deve ser integrado pela finalidade do imóvel, ou seja, imóvel com finalidades
agrícolas em zona urbana é tido como rural. O fato gerador do ITR ocorre a cada 1º de
janeiro, em quem estiver como proprietário. O lançamento é feito por homologação. O
sujeito ativo é a união e o sujeito passivo é o proprietário, detentor do domínio útil ou
possuidor. Registre-se que se houver esbulho da terra e não propriedade plena não deve
se dar a cobrança do imposto, pois estaria tributando um direito que, por falha do Estado
em promover a segurança pública, tem seu exercício impossibilitado. A base de cálculo
do ITR é o valor da terra nua, sem contar bens acrescidos como construções, área de
preservação permanente, reserva legal, área de interesse ecológico e áreas imprestáveis
a exploração agrícola. A alíquota vai variar conforma a utilização da terra.
Base de Cálculo: O ICMS é “calculado por dentro”, com isto significando que o
imposto integra a sua própria base de cálculo. Este imposto, como regra, é calculado
“por último”, isto é, a sua base do cálculo será considerada já com a inserção dos
demais tributos que porventura incidam. Existe exceção a essa sistemática: O valor do
IPI, quando a venda for para industrial ou comerciante (Art. 155, XI, CF);
Sujeitos: O sujeito ativo é o estado onde a operação mercantil que faz incidir o imposto
se realizou, sendo, de ordinário, o local de saída da mercadoria. O sujeito passivo, por
sua vez, segundo o decreto 87/96, é aquele que realiza operações de circulação de
mercadoria ou prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação com habitualidade ou volume que faça presumir o intuito comercial. O
ICMS pode sofrer substituição tributária para trás, quando todo o imposto da cadeia
apenas onera o último sujeito dela; ou para frente, quando todo o imposto da cadeia vai
onerar o primeiro elo da cadeia.
Fato gerador: O fato gerador, no caso de transportes, ocorre na saída, sendo cobrado e
recolhido pelo estado de origem. No caso de circulação de mercadorias, se dá na saída
do estabelecimento
22. IPVA
Considerações: É um tributo direto (não está embutido no preço de nada), sendo seu
lançamento de oficio, competindo ao Fisco efetua-lo. Tem característica
predominantemente fiscal, muito embora haja extrafiscalidade, conforme veremos. O
IPTU é um imposto territorial e predial, o que significa que é pago tanto pelo terreno
quanto pelas construções que nele se fizer. É preciso salientar que a edificação não faz
a base de cálculo diminuir: o contribuinte continua sendo onerado tanto pelo prédio
quanto pela terra nua remanescente. O Município pode majorar a alíquota do IPTU para
desestimular a especulação imobiliária. O IPTU poderá ser progressivo em função do
valor do imóvel. São inconstitucionais progressividade em razão do tipo de uso do
imóvel a não ser que incentive função social da propriedade. fato gerador do IPTU é a
propriedade, o domínio útil ou posse de bem imóvel, seja ele imóvel por natureza ou
por acessão física. O critério espacial é a zona urbana do município (esteja em região
definida como zona urbana e tenha 2 melhoramentos construídos pelo poder publico).
Assim, os loteamentos aprovados pelo Poder Público, que tenham finalidade
habitacional, comercial ou industrial e que se encontrem em áreas urbanizáveis ou de
expansão urbana, podem ser considerados para fins de incidência de IPTU.
Relembremos que se o imóvel estiver na zona urbana e, ainda assim, possuir destinação
rural, não ensejará o pagamento de IPTU, mas sim de ITR. É a lei municipal que define
o critério temporal, mas em geral é fixado em 31 de dezembro ou 1º de janeiro de
cada ano. base de cálculo é o valor venal do imóvel, e não se consideram, para fins da
base de cálculo, os bens móveis que se encontrem no imóvel, qualquer que seja a sua
finalidade (utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade do imóvel).
Aspectos: Tributo de natureza fiscal, real, residual (apenas incidindo sobre serviços que
não são objeto do aspecto material de nenhum outro imposto), direto e indireto (já que a
legislação pode eleger tanto o contribuinte de fato ou de direito para pagamento do
tributo). Seu fato gerador é a prestação de serviços de qualquer natureza que não
estejam no âmbito de incidência do ICMS (art. 155, II, CF.). Por prestação, entendemos
uma obrigação de fazer. Por serviço, devemos entender uma atividade a ser exercida. O
serviço, ainda, deve ter caráter econômico e estar presente na lista anexa da Lei
Complementar 116/03. Quanto a lista anexa: verticalmente tem rol taxativo (tipicidade
vertical fechada) não se admitindo inserção de serviços por analogia, horizontalmente
permite interpretação extensiva. (tipicidade horizontal aberta) > Ex.: Serviços prestados
na órbita espacial não estão previstos na lista, de modo que não podem ser considerados
como existentes por analogia (tipicidade vertical fechada). Ex.2: Serviços de
manutenção de pneus não estão previstos na lista. Entretanto neste rol está incluso o
serviço de manutenção de veículos, que é congênere da manutenção de pneus. Assim,
horizontalmente, o serviço de manutenção de pneus pode ser inserido por interpretação
extensiva ao de manutenção de veículos. A incidência do imposto não depende da
denominação do serviço prestado: se se enquadra nos aspectos de tributação acima
relacionados, haverá a tributação. O ISS incide ainda que o serviço a ser prestado não
seja a atividade preponderante do fornecedor. Se houver prestação de serviços e
circulação de mercadoria, a CF define que, estando o serviço na lista anexa da LC nº
116 deverá recair o ISS sobre o todo (serviço + mercadoria). Se não estiver, incidirá,
sobre o todo, ICMS. O ISS incide em serviços importados, ainda que o início da sua
prestação tenha se dado no exterior, mas não incide no caso de exportação.
Base de cálculo: A base de cálculo é o preço do serviço, apenas devendo ser levando
em consideração o que foi pago enquanto remuneração efetiva do serviço, não se
incluindo neste conceito, por exemplo juros ou multas. Quanto a descontos no serviço, é
preciso observar se eles são condicionados (submetidos a alguma condição, pagar até o
dia X, e.g.) ou incondicionados (o inverso). No primeiro caso, o ISS incide sobre o
valor sem desconto, no segundo, no valor com desconto.
Alíquota: A alíquota máxima (5%) já restou fixada pela LC nº 116. Não há qualquer lei
complementar sobre a alíquota mínima, de modo que se aplica o artigo 88 do ADCT,
que a firma em 2%. Não pode ser concedido beneficio fiscal que conduza a redução da
alíquota para abaixo do piso de 2%.
25. Flash Cards dos Impostos: