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São Paulo
2012
6
BRUNO CAMOLESE VIVANCO
São Paulo
2012
iii
AGRADEÇO
“Millions saw the apple fall, but Newton was the one who asked
why.”
Resumo
Abstract
Lista de figuras
Lista de tabelas
Lista de abreviaturas
APC - aloficocianina
BSA - albumina de soro bovino
cDNA - fita de DNA complementar
CT - cicle threshold
DEPC - dietilpirocarbonato
DNA - ácido desoxiribunocléico
EDTA - ácido etilenodiamino tetra-acético
ELISA - enzyme linked immuno sorbent assay
FACS - fluorescence-activated cell sorting
FITC - isotiocianato de fluoresceína
g – força g
gDNA – DNA genômico
GFP – Green fluorescent protein
i.p. – intraperitoneal
i.v. - intravenoso
Ig - imunoglobulina
Kda - kilodalton
KO - knockout
MHC – major histocompatibility complex
min - minuto
mL - mililitro
mRNA – RNA mensageiro
N - normal
NK – natural killer
nm - nanômetro
OPD - O-Fenilenodiamina
pb – pares de base
PBS - phosphate buffered saline
PCR – reação em cadeia da polimerase
PE - ficoeritrina
PerCP - peridinin chlorphyll protein
PFA - paraformaldeído
q.s.p. - quantidade suficiente para
qPCR - PCR quantitativo
R-10 – RPMI acrescido de 10% de SFB
RANTES - Regulated upon Activation, Normal T-cell Expressed, and
Secreted
RNA – ácido desoxiribunocléico
RPM – rotações por minuto
SFB – soro fetal bovino
TRIS - tris(hidroximetil)aminometano
WT - wildtype
xi
µl - microlitro
µm - micrômetro
xii
Sumário
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
1.1. CONTEXTO HISTÓRICO ....................................................................................................... 1
1.2. FATORES PREPONDERANTES E DIAGNÓSTICO ................................................................. 2
1.3. DO MELANÓCITO NORMAL AO TUMORAL .............................................................................. 3
1.4. INTERAÇÕES CELULARES COM O MELANOMA ....................................................................... 6
1.5. CÉLULAS B-1 E SUAS CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E FUNCIONAIS ................................... 7
1.6. QUIMIOCINAS E SUA INFLUÊNCIA EM TUMORES .................................................................. 10
2. OBJETIVO .............................................................................................................................. 14
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................... 14
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................... 15
3.1. SOLUÇÕES PRINCIPAIS E ROTINEIRAS ................................................................................... 15
3.1.1. Soluções para ensaio de ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay) ............... 15
3.1.2. Soluções para citometria e purificação ...................................................................... 16
3.1.3. Soluções para biologia molecular .............................................................................. 16
3.2 REAGENTES ......................................................................................................................... 16
3.3. ANTICORPOS:...................................................................................................................... 17
3.4 MEIOS DE CULTURA .............................................................................................................. 17
3.5. ANIMAIS .............................................................................................................................. 18
3.6. CULTURA DE CÉLULAS DE MAMÍFERO .................................................................................... 18
3.6.1. Cultura de células ...................................................................................................... 18
3.6.2 Congelamento e descongelamento de células de mamíferos .................................... 19
3.7 OBTENÇÃO DE CÉLULAS B-1 PERITONEAIS ............................................................................. 19
3.8 FENOTIPAGEM CELULAR........................................................................................................ 20
3.9. PURIFICAÇÃO DE CÉLULAS ................................................................................................... 21
3.10. ENZIME-LINKED IMMUNESORBENT ASSAY (ELISA) PARA DETECÇÃO DE CCL5 .................... 22
3.11. REAL-TIME PCR................................................................................................................ 22
3.11.1. Obtenção de RNA total ............................................................................................ 23
3.11.2 Produção do cDNA ................................................................................................... 24
3.11.3 Extração de DNA genômico (gDNA)......................................................................... 24
3.11.4 Análise quantitativa por RT-PCR em tempo real ...................................................... 25
3.12. ENSAIO DE MIGRAÇÃO CELULAR IN VITRO DE CÉLULAS B-1................................................... 26
3.13 EXPERIMENTOS DE TRANSFERÊNCIA ADOTIVA DE LINFÓCITOS B-1......................................... 27
3.14 ENSAIOS DE METÁSTASE EXPERIMENTAL: ............................................................................ 28
3.15 ANÁLISES ESTATÍSTICAS: .................................................................................................... 28
4. RESULTADOS ........................................................................................................................ 30
4.1. CÉLULAS B16F10 TRANSCREVEM O GENE PARA RANTES .................................................... 30
4.2. CÉLULAS B16F10 SECRETAM CCL5 CONSTITUTIVAMENTE .................................................... 32
4.3. PCR QUANTITATIVO (QPCR) DO GENE CODIFICADOR DE CCR5 EM CÉLULAS B-1 ................... 34
4.4. EXPRESSÃO FENOTÍPICA DE CCR5 NA SUPERFÍCIE DE CÉLULAS B-1 ...................................... 38
4.5. CÉLULAS B16F10 ATRAEM CÉLULAS B-1 MEDIANTE FATORES SOLÚVEIS ................................ 40
4.6. CÉLULAS B-1 WILD-TYPE INFLUENCIAM A EVOLUÇÃO DA METÁSTASE PULMONAR EM ANIMAIS
KNOCKOUT PARA CCR5 ............................................................................................................. 43
4.6. EXPRESSÃO DE MHC DE CLASSE I EM CÉLULAS B16F10 ...................................................... 48
5. DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 54
6. CONCLUSÕES ....................................................................................................................... 63
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 64
1
1. INTRODUÇÃO
(INCA).
Symmetrical Proportions and signal Moles of the Body”, Saunders (1671, apud
melanoma por 3 anos até a morte do indivíduo, sendo uma rica descrição
clínica para a época (Norris, W., 1820 apud Pemberton, O., 1858; Norris, W.,
diferentemente dos outros tipos de tumores; (viii) sexo: homens são mais
fatores como raios Ultra-violeta do tipo B (UVB) (De Fabo, Noonan et al.,
Rusthoven, Quirt et al., 1996), uma vez que pacientes sucumbem aos
(Weiss, 1977). Segundo Dorland (1965), metástase pode ser definida como
crescimento e/ou metástase das células tumorais (De Visser, Eichten et al.,
2006).
metastática.
IgD. Células B-2 (células B convencionais) expressam B220HI, IgD, CD23 e IgMLO
antígeno que os secretados por células B-2 e estes tornam-se parte da defesa
pela imunidade inata contra patógenos (Baumgarth, Tung et al., 2005). Podem
outros marcadores que incluem CD5, CD21, CD23, CD43 e AA4.1 (Montecino-
revelaram que fígado fetal é fonte tanto de linfócitos B-1 quanto de B-2
período. Kendall et al. (2004) mostraram que células B-1 podem influenciar o
expansão de células B-1b, porém não as funções totais das células B-1.
Hastings et al. (2006) uma terceira, na ocasião nomeada por B-1c: células
ontogenia.
sendo que a irradiação dos animais (700 cGy) depleta os linfócitos B-1 da
de camundongos Balb/C.
não (Roitt, 2003). São moléculas relativamente pequenas (~8–14 kDa) que
11
aminoácido que não cisteína entre as duas e CX3C possuem três entre
1992; Schall, Bacon et al., 1990; Conti, Pang et al., 1997; Robertson, 2002;
2002).
direcionando células B-1 para o foco tumoral. Este trabalho traz contribuições
2. OBJETIVO
células B16F10;
B-1 peritoneais;
3. MATERIAL e MÉTODOS
• Tampão glicina: C2H5NO2 0,15M, NaCl 0,5M. O pH foi ajustado para 2,8.
0,45M, ácido bórico 0,45M e 20mL de solução EDTA 0,5M (pH 8,0)
em água RNAse free. Para uso (1x) comum o TBE 5x foi diluído em
3.2 Reagentes
BioRad.
17
3.3. Anticorpos:
acoplada (Sigma).
0,22 µm.
3.5. Animais
knockouts para CCR5 (CCR5-/-) foram gentilmente cedidos pelo Prof. Dr. João
acordo com procedimentos padrão (NHI Guide for Care and Use of Laboratory
Animals).
CO2 a 37°C,
a -70°C.
acondicionadas em cultura.
20
células B-1. Para tanto, células totais do peritôneo foram coletadas por lavado
atmosfera úmida de 5% de CO2 por 5 dias. Após esse período, as células B-1,
Company). Para análise dos dados, foi utilizado o software FlowJo (Tree Star,
Inc.).
21
B-1 + - NA NA NA NA
B-2 + + NA NA NA NA
NK NA NA NA NA NA +
T CD4 NA NA + + NA NA
T CD8 NA NA + NA + NA
Tabela 1 - Marcadores utilizados para caracterização das populações celulares inseridas à esquerda.
NA - não se aplica.
deste lavado foram centrifugadas (370 x g por 5 min.) e o pellet incubado com
2mM) por 30 minutos a 4°C. As células foram então p assadas por coluna
CD23 negativas, foi lavada com tampão MAC e incubada com anti-CD19
cultura R-10 (RPMI + 10% SFB) por 48 horas a 4°C. O s poços utilizados foram
a 4N.
por 15 min a 4°C para separação das fases orgânica e aquosa. A fase aquosa,
que contem o RNA, foi transferida para outro microtubo de 1,5 mL, 500 µL de
RNA precipitado foi lavado 2 vezes com etanol 70% em água tratada com dietil
contaminação por proteínas (razão entre as leituras 260 e 280 nm) e por outros
compostos (razão entre as leituras 260 e 230 nm) também foi avaliada.
Amostras que tiveram razão entre as leituras 260/280 nm entre 1,6 e 2,0 foram
com o kit Super Script tm III First-Strand Synthesis Super Mix (Invitrogen). Após
tratamento do RNA com DNAse, foi preparado um mix de reação utilizando 2,5
Stand Reaction Mix e 2 µL de Super Script tm III/ Rnase Out tm Enzyme Mix,
(superior), cerca de 500 µL, foi então retirada e transferida para outro tubo. Em
contaminação por proteínas (razão entre as leituras 260 e 280 nm) e por outros
compostos (razão entre as leituras 260 e 230 nm) também foi avaliada.
Amostras que tiveram razão entre as leituras 260/280 nm entre 1,6 e 2,0 foram
para PCR em tempo real foram realizadas utilizando ABI 7500 Real Time PCR
95°C por 30 segundos e 60°C por 1 minuto. Após aval iar a qualidade da reação
Gene Seqüência
GAPDH (107pb)
5’- AAATGGTGAAGGTCGGTGTG-3’ (Direto)
Para tanto, 8x105 células B-1 purificadas conforme descrito no item 3.9, foram
com SFB a 5%. Na câmara inferior foi incubado 500uL de R-10, R-10
Todas as células em suspensão foram contadas visto que células B-1 não são
esterilidade do procedimento.
28
suspensão celular foi ajustado para 100uL em tampão (Staquicini et al, 2008)
Cada animal dos 3 grupos foi injetado com 2,5x105 células de melanoma
.
ã . ã
6
médias dos grupos. Para todas as análises o nível de significância foi fixado em
mínimo de 0,05.
30
4. RESULTADOS
Figura 1 - Análise de microarray entre células B16F10 e células B16F10 após o contato com células
B-1. Dos genes totais (dado não mostrado), foram agrupados (cluster) os envolvidos com resposta
imunológica (A). A cor vermelha denota o aumento da expressão do gene correspondente e verde a baixa
expressão. Na caixa em amarelo consta a expressão relativa do mRNA para RANTES dentre os outros genes
do cluster. A validação foi feita por RT-PCR em tempo real (B) corroborando esses dados (barras) com os
de microarray (linha).
32
0.25
*
0.20
0.15
D.O.
0.10
0.05
0.00
0 nte
R1 da
a
en
obr
S
A B
C D
Figura 3 - Eficiência e especificidade dos primers para os genes ccr5 e arbp. Curvas realizadas com
DNA genômico de células B-1 1 com cinco pontos diluídos em razão 10 com triplicatas. Curvas de eficiência
dos primers para ccr5 (A) e de gapdh (B). Figuras C e D apresentam a curva de melting dos primers para
ccr5 e arbp respectivamente. O pico menor se dá ao anelamento de primers e o pico maior ao amplicon.
Como a reação resultou em apenas um amplicon, houve especificidade.
36
Figura 4 - Validação do ARBP como gene endógeno. Foi produzido cDNA advindo de células B-1
enriquecidas de cultura. Deste cDNA foi realizada Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo-real
(qPCR). O slope (0,0535) menor que 1 significa que a inclinação da reta de eficiência de ambos os genes
são semelhantes.
37
30
20
CT
10
0
r5
bp
cc
ar
Figura 5 - Amplificação do cDNA de células B-1 para o gene decodificador de CCR5 e ARBP. Foi
produzido cDNA advindo de mRNA de células B-1 enriquecidas de cultura. Deste cDNA foi realizada
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo-real (qPCR). O gráfico demonstra o ciclo (CT) no qual
se iniciou a amplificação do cDNA utilizando os primers para os genes indicados.
38
104
86.7 50
3
10
40
FL4-H: CD19
# Cells
10
2 30
20
1
10
10
97.5 2.5
100 0
100 101 102 103 104 100 101 102 103 104
FL1-H: CD23 FL2-H: CCR5
104
80
3
10
60
FL4-H: CD19
40.4
# Cells
102
40
101 20
89.3 10.7
100 0
10
0
10
1
10
2
10
3
10
4
100 101 102 103 104
FL1-H: CD23 FL2-H: CCR5
Figura 6 - Expressão fenotípica de CCR5 na superfície de células B-1. Células B-1 de cultura (A) ou
ex vivo(B) provenientes de camundongos C57Bl/6 foram marcadas com anticorpos anti-CD23 e anti-
CD19 acoplados a fluorocromos. Células mostradas no quadro da esquerda provém do gate de
+ -
linfócitos. Deste, foram selecionadas células B-1 (CD19 /CD23 ) e plotadas em histograma para a
expressão de CCR5 (quadro a direita).
40
R10
Sobrenadante
B16F10
Figura 7 – Ensaio de transwell. Células B-1 fluorescentes (GFP) foram purificadas e incubadas em três
condições: com R-10 (controle negativo); sobrenadante de células B16F10 de cultura; ou células B16F10
aderidas na câmara inferior. Figura A mostra imagem do fundo da câmara em microscópio ótico de
fluorescência sob aumento de 20x. Os campos selecionados estão em zoom digital a direita. O aumento da
última imagem mostra células B-1 formando clusters.
42
*
150
*
100
N° células
50
0
10
te
0
F1
an
R
16
ad
B
en
br
So
Figura 8 - Quantificação de células B-1 migratórias. Células que migraram para câmara inferior do ensaio
de transwell foram contadas e os valores plotados no gráfico apresentado. Resultado representativo de três
experimentos independentes. *P<0,05.
43
A * BB *
*
* *
50 150
Nº nódulos pulmonares
Nº nódulos pulmonares
40
100
30
20
50
10
0 0
T
KO
S
KO
T
T
PB
W
W
W
1W
R5
1
+
B-
B-
CC
T
+
W
KO
KO
R5
CC
Figura 9 - Células B-1 wild-type modulam o potencial metastático de células B16F10 em animais
5
knockout para CCR5. O grupo CCR5 + B-1 KO consiste em animais CCR5 KO injetados i.p. com 3,4x10 (A;
6
n=5) ou 1x10 (B; n=3) células B-1 purificadas de animais wild type. O grupo WT + PBS foi injetado i.p. com
5
PBS apenas. No dia seguinte todos os grupos foram inoculados com 1x10 células B16F10 i.v.. Passados 15
dias, os animais foram sacrificados, seus pulmões excisados e os nódulos tumorais por pulmão contados.
*p<0,05. (C) Fotos dos pulmões excisados dos grupos apresentados na figura A.
46
Tabelas 3 A e B – Diferenças populacionais entre animais C57Bl/6 wild type e CCR5 knockout. Células peritoneais
foram identificadas quanto à suas características fenotípicas e comparadas entre animais WT e CCR5 KO. A tabela A
expõe a quantificação de células em números absolutos e tabela B a porcentagem dentre as células totais de linfócitos.
Para a identificação de cada população foram utilizados os seguintes parâmetros para fenotipagem: B-1, CD19+/CD23-;
B-2, CD19+/CD23-; NK, NK1.1+; T CD4, CD3+/CD4+; T CD8, CD3+/CD8+.
47
200 *
150
n° nódulos
100
50
0
1 S
B- PB
6
Figura 10 - Inoculação de B-1 wild type em animais wild type. Foram inoculadas 1x10 células B-1 ex vivo
purificadas procedente de animais WT no peritônio de animais WT. Animais compondo o grupo controle
5
foram injetados com PBS. No dia seguinte foram inoculadas 1x10 células B16F10 i.v. em todos os grupos.
Passados 15 dias, os animais foram eutanasiados, seus pulmões excisados e os nódulos tumorais por
pulmão contados. *p<0,05.
48
5. DISCUSSÃO
inflamatórias atraem macrófagos para o local do tumor e estes por sua vez
angiogênicos (Melnikova e Bar-Eli, 2009). Cada vez mais células têm sido
pelo início das publicações sobre o tema, tornando-o pioneiro neste modelo de
metastático é mediada por contato físico e não por fatores solúveis. Na mesma
que melanoma humano com maior expressão de MUC18 possui maior infiltrado
mediado pela sinalização via ERK no contato entre ambas as células. Cabe
aqui mencionar que esses estudos foram realizados in vitro; contudo, não pode
ser excluída a possibilidade de que in vivo células B-1 poderiam migrar para o
sabe-se que estas são células com potencial migratório, visto que migram da
cavidade peritoneal para foco inflamatório à distância iniciado por lesão tecidual
2001). Neste foco inflamatório inespecífico, células B-1 dão origem a células
responsáveis para que células B-1 sejam guiadas para estes locais
permanecem desconhecidos.
quimiocinas pelas células de melanoma mostra que estas células têm potencial
tumoral (Vaday, Peehl et al., 2006; Soria e Ben-Baruch, 2008; Mishra, Banerjee
et al., 2011). Neste trabalho foi demonstrado que nossa linhagem de B16F10
trabalho que células B-1 expressam tanto o mRNA para CCR5 (figura 5) quanto
CCR5 em sua superfície celular é um indício que células B-1 podem migrar in
entender como estas células migram para foco inflamatório, local onde há
Neste estudo, foi mostrado que células B-1 migram in vitro em direção a
clusters ao redor das células de melanoma aderidas (Figura 7). Este fenômeno
do tumor. Este resultado não apenas demonstra que migram para o tumor, mas
que também possuem intervalos específicos para isto. Ao decorrer dos dias, o
infiltrado destas células parece diminuir e células B-1 não são mais
encontradas. Uma explicação para esta diminuição pode ser devida à mudança
(CD19- / CD23- / F4/80+ / CD11b+) (Popi, Motta et al., 2009; Popi, Zamboni et
58
al., 2009). Como descrito acima, melanomas com alta secreção de RANTES
que fagócitos derivados de células B-1, e não macrófagos, poderiam gerar esta
encontrados foi zero. Este fato merece destaque uma vez que de alguma forma
dose-dependente visto que ao injetar 2,5 x 105 não havia diferença entre os
uma vez que animais CCR5-/- depletados de leucócitos por irradiação e que
peritoneal não foi avaliada após depleção, uma vez que células B-1 possuem
célula tumoral.
nódulo metastático (figura 8). Este dado poderia ser dito contraditório com o
encontrado pelo nosso grupo (Perez, Machado et al., 2008; Staquicini, Tandle
dependem do receptor CCR5 para migrarem e/ou exercer sua função, não o
de células B16F10 e B-1, visto que ao transferirmos células B-1 CCR5+/+ para
corroborando com os dados até hoje encontrados pelo nosso grupo (figura 9).
ocorre. Fato curioso visto que estes são a fonte das células B-1 injetadas nos
Possivelmente outras células, que nos animais WT são normais, têm sua
função alterada nos animais CCR5-/-. Sendo assim, células que tivessem
não ter sua atividade reguladora nos CCR5-/- por não serem capazes de migrar.
Neste contexto, nos animais KO, células com funções citotóxicas poderiam agir
vez que células B-1 não foram até então descritas como efetoras na
sendo mais lento. Como observado, estes animais apresentam pouco aumento
expressão de CCR5. Sabe-se que células NK, ou pelo menos NKT, em animais
Aspinall et al., 2005; Ajuebor, Wondimu et al., 2007). Além disso, células NK
baixos níveis de MHC de classe I (figura 10), conforme já descrito por outros
animais com células LAK (célula killer ativada por linfocina), que abrangem em
1, informações que até o momento são escassas, assim como interações entre
células B-1 e células NK. Demonstramos também que esta interação resulta na
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. CCR5 deficiency drives enhanced natural killer cell trafficking to and
activation within the liver in murine T cell-mediated hepatitis. American Journal
of Pathology, v. 170, n. 6, p. 1975-1988, Jun 2007. ISSN 0002-9440.
Disponível em: < <Go to ISI>://WOS:000246955300017 >.
ALVARES, A.
BOGSAN, C. S. B. et al. B-1 cells are pivotal for in vivo inflammatory giant cell
formation. International Journal of Experimental Pathology, v. 86, n. 4, p.
257-265, Aug 2005. ISSN 0959-9673. Disponível em: < <Go to
ISI>://WOS:000230929500008 >.