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Profissional de Acompanhante de
Crianças
ÍNDICE
Perfil do Animador
Tipos de Animação
- Animação Individual
-Animação em Grupo
Formas de Animação
- Animação Artística
- Animação Lúdica
- Programação
- Equipamentos, espaços e materiais
Animador e a Cultura
Animação através do brinquedo
Objectivos e meios para promover o desenvolvimento da criança
Tipos de Animação
Animação Individual
- Definição;
- Estratégias;
- Actividades
Animação em Grupo
- Definição;
-Estratégias;
- Actividades
Planificação de Actividades
Elaboração e planificação de estratégias;
- Definição de objectivos;
- Desenvolvimento de conteúdos;
- Definição de estratégias;
Saber-Saber;
Saber Ser;
Saber-Fazer;
- O Saber-Fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que anima, a
qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.
É complicado fazer uma única definição do perfil do animador social, visto que
este não tem um perfil perfeitamente delineado. Para referir o perfil do animador é
preciso ter em conta as diferentes classificações que lhe são atribuídas, ou seja, este
pode ser visto como um animador generalista e/ou animador especializado.
Com todas estas tarefas, só quem trabalha todos os dias no terreno é que se
apercebe que às vezes são exigidas muito mais do que actividades.
O animador é muitas vezes o confidente, o conselheiro, o amigo, e com o
decorrer do tempo, torna-se em alguém muito próximo (isto é mais notório,
essencialmente quando se trata de idosos ou pessoas mais carentes). É necessário que o
animador tenha muita estabilidade afectiva e emocional, para poder desempenhar este
papel de disponibilidade e presença, atenção e afecto, que lhe é exigida.
Embora o trabalho de grupo seja muito importante, na animação o indivíduo é
também muito importante. Se houver um único que goste muito de fazer uma
determinada coisa, o que fazemos? É preciso apoiar e facilitar essa opção. É preciso o
animador estar disponível e propor actividades adaptadas ao gosto e desejos dos
participantes.
FORMAS DE ANIMAÇÃO
A primeira questão que devemos formular, é acerca do porquê das actividades
sociais nos programas de animação…Do que se trata é de tentar alternativas contra a
passividade e o individualismo, favorecer os contactos humanos e, na medida do
possível, espicaçar para que as pessoas “aumentem” o seu esforço, as suas capacidades
e o seu entusiasmo para realizar tarefas de interesse comum.
No caso da criança:
O que faz uma criança? Brinca. Certamente brinca. Até aos 6 anos, a criança viverá uma
das mais complexas fases do desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual,
emocional, social e motor, que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as
condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam.
Para isso, uma criança necessita de ser estimulada através de um quotidiano rico
e diversificado de situações de aprendizagem, planeadas para desenvolver as linguagens
e as emoções e estabelecer os pilares para o pensamento autónomo.
- Criar lugares e ocasiões de encontro (creche, jardim, escola, mas também com outras
crianças);
Ora convém não esquecer, que este tipo de actividades está com frequência
associadas a actividades lúdicas: teatro, dança, canto, música, trabalhos manuais, etc.
Segundo o autor Erikson , na teoria psicossocial do desenvolvimento, defende que,
cada indivíduo molda a sua vida de acordo com as suas experiências.
Para este autor, todas as pessoas atravessam oito momentos, que levam a que o
indivíduo, consecutivamente, vá acumulando experiências, e isso pode ser um ponto a
seu favor, se o indivíduo, continuadamente, for fazendo a actualização dos seus
conhecimentos. Nunca nos devemos acomodar apenas com o que adquirimos
anteriormente, é importante saber e constatar que temos necessidade de adquirir novos
conhecimentos. E as crianças também são assim, com a fase dos porquês e sempre a
quererem saber tudo.
Todo o desenvolvimento psicológico ocorre sempre num contexto sociocultural,
o que nos leva a perceber que nos desenvolvemos em conjunto com a natureza em que
nos encontramos inseridos e que o que pode ser importante para uma dada cultura, pode
não o ser para outra, uns gostam de uma coisa, outros de outra, conforme o que lhe foi
transmitido e ensinado, e com tudo o que possa ter de positivo ou negativo.
Por isso, a animação deve ser intergeracional e não sectária. Por isso mesmo, a
maior parte das dinâmicas que se utilizam, podem ser adaptadas a todas as faixas
etárias. É evidentes, que ao trabalhar com crianças ou com idosos, ou grupos
específicos, temos que ter em consideração o seu grau de autonomia, idade, adaptando
os exercícios, se necessário.
-Materiais de natureza tais como a água, a terra, barro, folhas, pedras, ossos, entre
outros.
-Objectos e materiais variados destinados a ser usados como objectos lúdicos, tais como
cortiças, caixas, cordéis, trapos, entre outros.
Segundo a idade
Formam parte desta tipologia todos os brinquedos que colaboram com jogo
simbólico: bonecas e bonecos, veículos, garagens, cozinhas, hospitais, escolas,
disfarces, etc. também os jogos desportivos, de mesa entre outros.
O Jogo Sexista
Podem-se afirmar que não existem brinquedos sexistas, sendo que o adulto é que
pode converter o brinquedo em algo sexista, ao dizer que as bonecas são para as
meninas e os bonecos para os meninos.
Porquê fomentar que as capacidades como a audácia, a valentia e a iniciativa,
são estimulados nos jogos dirigidos a rapazes? Eles são também património das
meninas, se elas assim o desejarem. Porque não permitir que os meninos ensaiem e
exercitem atitudes como a sensibilidade, o sentido da estética ou mesmo a ternura,
através de jogos considerados tradicionalmente de meninas?
Não se trata de impor nada, nem forçar nada a ninguém, nem tão pouco proibir;
de facto, o que interessa é considerar espontâneo e inato algo que é aprendido, educado
e cultural. Se aprenderem isso naturalmente, se não lhe for dito que isso é das meninas
ou vice-versa, a criança desenvolver-se-á sem ideias de sexismo.
As crianças imitam vias de conduta através dos adultos, assumem as suas
vivências nas suas próprias casas, nas escolas, nas ruas e reproduzem-nas fielmente. Do
O consumo sustentável
objectivos comuns, reconhecem quem pertence ou não ao grupo, têm o seu estilo
próprio de comunicação, desaprovam quem desrespeite as suas regras e desenvolvem
sistemas de hierarquização.
Todas as pessoas pertencem a grupos, e estes são usados para nos definirmos:
“sou estudante do curso de Animação”…Ser membro de um grupo é uma relação de
influência recíproca entre um indivíduo e o grupo.
As pessoas passam a maior parte do tempo em grupo, nascemos e vivemos em
pequenos grupos mas a educação e a socialização normalmente ocorre em grupos
maiores, como as escolas, clubes, instituições sociais e até o trabalho e as actividades
são realizadas em grupo, exigindo uma grande interdependência.
No entanto, por vezes a integração não acontece de forma perfeita, devido a
problemas de relacionamento, que acontecem onde existe mais de uma pessoa.
O Homem é um ser social, a coexistência é a estrutura das relações humanas,
mas poucas vezes paramos para observar o que está a acontecer num grupo e reconhecer
qual é o nosso comportamento grupal. A dinâmica de grupos pretende criar um clima de
relações verdadeiramente humanas do indivíduo com o grupo, e vice-versa, e dos
indivíduos entre si, e também do grupo com outros grupos. OS Grupos podem ser
classificados como sendo de REFERÊNCIA E DE PERTENÇA.
MOTIVAÇÃO
ANIMAÇÃO INDIVIDUAL
Lúdico – Recreativas
Sociais
Espiritual/religioso
Quotidianas
Culturais
Desportivas
Intelectual/formativo.
As Actividades não são mais do que estratégias para se trabalhar /ensinar um assunto.
Devem ser sempre escolhidas em função das pessoas e não do Educador, pelo que se
deve ter em conta:
O tipo de material
O grau de perigosidade
A sua manipulação
O seu desgaste
TEMPO – A duração das actividades deve ser prevista face ao grupo, às suas
capacidades, ao trabalho e aos conteúdos, ao material a usar e à idade dos membros do
grupo.
TÉCNICAS E ACTIVIDADES
RECORTAR
COLAR
ESTAMPAR ( com batatas, rolhas de cortiça, esponjas...)
IMPRESSÃO (de diferentes objectos)
MODELAGEM: barro, pasta de papel, madeira, moldar, plasticina, massas de
cor...
TÉCNICAS DE PINTURA
TÉCNICAS DE DESENHO
TÉCNICAS DE COLAGEM (diferentes materiais)
EXPRESSÃO DRAMÁTICA; TEATRO
EXPRESSÃO MUSICAL
EXPRESSÃO PSICOMOTORA
EXPRESSÃO PLÁSTICA, CONSTRUÇÕES
JOGOS PEDAGÓGICOS
DANÇA
HISTÓRIAS E CONTOS POPULARES
POEMAS; RIMAS; ANEDOTAS
VISITAS Á COMUNIDADE, PASSEIOS, VISITAS DE ESTUDO
CIÊNCIA DIVERTIDA
CULINÁRIA
JOGOS DE MESA
JOGOS POPULARES
JARDINAGEM
LEITURA DE LIVROS
PEQUENA AJUDA NAS TAREFAS DA INSTITUIÇÃO
VISIONAMENTO DE FILMES
ATELIERS
A programação dos ateliers procura a integração e o desenvolvimento das
crianças em diferentes áreas:
Desenvolvimento físico e movimento – Expressão corporal
O objectivo é experimentar os sentidos e distribuir e canalizar a energia para actividades
que exercitam e mexem com o corpo...ginástica, dança, jogos rítmicos, mímica.
Jogo Humano ( jogo de equipas onde as crianças são os próprios peões, tendo
de realizar diferentes tarefas para alcançar a meta);
Jogos Duplos: “Bowling” e “Peixe Voador”;
Karaoke;
Danças com coreografias diversas;
Pinturas Faciais
Caça ao tesouro as crianças adoram revirar o parque ou o jardim à procura de
pequenos tesouros em forma de guloseimas.
Princesas e Piratas (as crianças são caracterizadas de princesas e piratas através
de pinturas, adereços e vestuário)
Hip-Hop uma aula de hip-hop, que as crianças a partir dos 6 anos adoram
Escultura de Balões (cães, flores e espadas são um sucesso garantido junto de
todas as crianças)
Festa Fashion (caracterização dos participantes através de pinturas faciais,
modelação de cabelos e adereços)
ELEMENTOS DE UM PLANO
• Local: Onde…?
• Metodologia: Como…?
• Avaliação.
PLANIFICAÇÃO
É usar procedimentos para introduzir organização e racionalidade à acção, com
vista a alcançar determinadas metas e objectivos.
AS ACTIVIDADES DEVEM:
Promover a inovação e novas descobertas;
O objectivo deve ser o mais específico possível de modo a que qualquer pessoa
perceba o que se pretende. Os objectivos gerais devem ser acompanhados pelos
objectivos específicos.
BIBLIOGRAFIA
Educação Básica.