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Aula 1 – O que é filosofia?

Filosofia – composição de duas palavras – philía e sophia

Philía – amizade, amor, movimento em direção a

Sophía – ser que busca a luz, a sabedoria, o saber

Filosofia – amor à sabedoria ou busca pela sabedoria

Chaií, Marilena – Convite à Filosofia; editora Ática; 13 edição; 2005 – unidade 1,


Capítulos 1,2,3.

Sócrates: “só sei que nada sei” – definição da filosofia.

A filosofia é a busca pelo saber e, como tal, deixa implícito que este saber é sempre
buscado, mas que a filosofia não o alcança. Sendo assim, o filósofo não é um sábio, mas
aquele que busca a sabedoria. Como Sócrates nos propôs, talvez a sabedoria esteja com
aqueles que sabem que ainda não sabem tudo, ou, como ele prefere, que não sabem
nada.

Filosofia – busca o sentido, o princípio, a razão de ser da coisa.

A filosofia caminha não linearmente, mas em espiral. Ela não se preocupa em responder
aos problemas que se apresentam a nós somente, mas em fundamentar nossas respostas.

Sócrates – frase inscrita no templo grego, Oráculo de Apolo em Delfos“conhece-te


a ti mesmo!”

A relação entre o interior e o exterior

Ela busca saber o que somos, de onde viemos, o que dizemos e as circunstâncias em que
vivemos. A partir disso, conseguimos nos perceber no mundo e entendermos em que
medida vemos o mundo. O desconhecimento da maneira como vemos o mundo nos faz
tomar o mundo de acordo com a maneira que olhamos. Mas a partir do momento que
conhecemos nossa maneira de olhar, percebemos que o mundo que vemos é apenas uma
das maneiras que ele pode ser.

Sócrates – Coleção Os Pensadores; Nova Cultural; 4 edição; São Paulo; 1987.

O importante é entendermos que a filosofia irá nos ajudar a nos depararmos com o
mundo e estranharmos ele. Não aceitarmos ele simplesmente. Aceitarmos ele, no
máximo, provisoriamente. Não devemos nos cansar de buscar, devemos estar sempre
buscando para que saibamos que ainda não temos certeza de nada. A incerteza é o motor
do filósofo e aquilo que origina a filosofia.
Explicação sobre a origem da linguagem

O homem, primeiro, se distingue do todo, a partir daí nasce a linguagem. Pois é a partir
do momento que nos distinguimos do todo que tomamos consciência de que o que
vemos e sentimos não é o mesmo que os outros sentem e ouvem, exatamente porque nos
damos conta de que somos um indivíduo. Desta maneira nasce a linguagem, visto que a
imagem mental precisa ser transmitida por um nome ou imagem.

Signo – é um sinal. Há três tipos de signo: ícone, indício e símbolo.


Ícone – é uma representação de algo por um outro objeto, por exemplo, uma estátua,
uma fotografia.
Índice – é a representação de algo por meio de um vestígio daquilo ao qual se quer
representar, por exemplo, o chão molhado é um vestígio de que choveu.
Símbolo – é a representação de algo por meio de códigos, por exemplo, o caso da
linguagem. O símbolo é sempre uma convenção.

Mitos e lendas constroem linguagem e, por isso, comunicam conhecimento.

Os mitos são narrativas que pretendem explicar coisas que nos são estranhas, e eles se
utilizam para isso de símbolos que se tornam convenções, já que eles se dirigem para o
conjunto da sociedade. A necessidade de criação dos mitos é fruto da necessidade que o
homem tem de comunicar o que percebe quando se vê como um indivíduo no mundo.

Relação história- filosofia – o humano

A relação entre a história e a filosofia está no fato de que as duas disciplinas estudam o
humano. A filosofia estuda a humanidade do humano e a história estuda a humanidade
presente nos fatos históricos de cada sociedade.

Portanto, a filosofia, que visa através da incerteza a sabedoria, ajuda a história na


medida em que não permite que o historiador se atenha somente ao fato em si, mas no
que levou àquele fato e, mais, na incerteza constante frente as fontes que lhe indicam as
razões daqueles fatos.

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