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Brasília, 27 de março de 2019.

Direito Penal_Revisão 2ª Fase

Aulas de Aprofundamento (TODAS) e Banco de Aulas (APENAS AS MAIS IMPORTANTES) - Curso


CERS:

- Banco de aulas:

 Aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço;

 Princípios;

 Iter Criminis;

 Concurso de Pessoas;

 Classificação das penas;

 Dosimetria da pena;

 Livramento Condicional;

 Progressão de Regime;

 Concurso de crimes;

 Crimes de perigo;

 Crimes contra a liberdade individual;

 Crimes patrimoniais complementares;

 Crimes complementares contra a dignidade sexual;

 Crimes contra a paz pública;

 Crimes contra a fé pública;

 Crimes complementares contra a Administração Pública;

 Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997);

 Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003);

 Lei nº 8.137/1990 - Crimes contra a ordem tributária, contra a ordem econômica e


contra as relações de consumo;

 Principais leis especiais do Direito Penal Econômico;


 Lei de contravenções penais (Decreto nº 3.688/1941);

 Abuso de autoridade (Lei nº 4.898/1965);

Peças Processuais para estudo:

 Peças de liberdade (Relaxamento de Prisão, Liberdade Provisória e Revogação de


Prisão Preventiva)

 HC e Recurso Ordinário Constitucional

 RESE

 Agravo em execução

 Revisão Criminal

 Justificação

Conceito analítico (análise dos elementos) de crime.

Modalidades de infrações penais: Crime (CP e Leis Penais Especiais) x Contravenção Penal
(Decreto nº 3.688/1941)

Elementos ou requisitos do crime: 1) Tipicidade, 2) ilicitude e 3) culpabilidade.

Punibilidade: ela não integra o conceito analítico de crime, é na verdade uma consequência da
prática do crime.

É possível que exista crime, mas que não haja a punibilidade? Sim. Entretanto, em alguns casos
a punibilidade sequer nasce. Nestes casos, há a escusa absolutória.

Ex.: art. 181, CP e art. 348, §2º, CP.

Causa extintiva da punibilidade: nesse caso o jus puniendi nasce depois more. As causas estão
previstas em rol exemplificativo no art. 107, CP.

Ex.: Prescrição.

1) Tipicidade (Formal), nela há a adequação da conduta praticada a um tipo penal


incriminador: conduta, nexo causal, resultado e previsão legal.

Tipicidade (Material): existência de uma ofensa relevante ao bem jurídico tutelado.


Nesse ponto, é possível encaixar a aplicação do ‘princípio da insignificância’ ->nesses
casos o fato será materialmente atípico.

Requisitos para aplicação do princípio supracitado de acordo com entendimento do


STJ:

a) Conduta minimamente ofensiva;


b) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

c) Ausência de risco social e;

d) Lesão inexpressiva.

2) Ilicitude: estado de necessidade (art. 23, inciso I + art. 24, CP), legítima defesa (art. 23,
inciso II + art. 25, CP), exercício regular de Direito, estrito cumprimento de dever legal e
consentimento do ofendido (construção doutrinária e jurisprudencial).

3) Culpabilidade: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade. As


excludentes, por sua vez, consistem em: inimputabilidade, erro de proibição inevitável
e a inexigibilidade de conduta diversa.

+ As aulas de Teses de Mérito!

 Peças:

 Aula 01: Queixa-Crime

Procedimento Ordinário - art. 394, CPP.

- A Denúncia ou Queixa-crime peças que podem ser oferecidas pelos donos da Ação Penal.

- Peça que tem mais pedidos.

1) Legitimidade: vítima ou representante legal.

2) Prazo: 6 meses, a contar da ciência da autoria.

3) Estrutura: deve obedecer às regras do art. 41, CPP:

o Trazer a descrição dos fatos;

o Indicar como os fatos se enquadram no crime e;

o Rol de testemunhas, sob pena de preclusão.

4) Ação Penal Privada (a vítima tem o poder de iniciar a ação). O Código Penal diz quais os
delitos que a ação vai se operar com a indicação e iniciativa da vítima. Ex.: Calúnia,
injúria e difamação (crimes contra a honra).

-Propriamente dita

-Personalíssima (delito do art. 236, CP) -> único caso!


-Subsidiária da pública: quando o MP for inerte, ou seja, não apresentou nada no prazo
legal, caracterizará a possibilidade da vítima entrar com uma ação penal no lugar dele.

5) Previsão legal: (IPC!)

- art. 30 c/ art. 41, CPP

- art. 100, §2º, CP

- art. 145, CP

6) Procuração: art. 44, CPP - como a vítima é “dona da ação” o advogado só poderá
atuar mediante Procuração com Poderes Especiais.

- Se a vítima assina a peça com o advogado não é necessária essa Procuração.

7) Qualificação (nome, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF, RG, domicílio e


residência):

- Querelante: vítima/ ofendida

- Querelado: autor do fato/ réu/ acusado

8) Endereçamento: observar a pena do delito! (IPC!)

o Se a pena máxima for igual ou superior a 2 anos  Competência será do


Juizado Especial. O que incluem a pena, agravantes e causas de aumento de
pena.

o Se a pena for superior a 2 anos  Competência será do juiz responsável pela


Vara Criminal.

- Na queixa-crime há 02 endereçamentos possíveis: um para Vara Criminal (delito de


médio ou grave potencial ofensivo) e outro para o Juizado Especial (delito de menor
potencial ofensivo).

- Modelo de endereçamento nos casos de delito de menor potencial ofensivo:

Excelentíssimo Senhor Doutor juiz de Direito do Juizado Especial... Ex.: Comarca de


Fortaleza.

- Modelo de endereçamento nos casos dos demais delitos:

Excelentíssimo Senhor Doutor juiz de Direito da __ Vara Criminal...

9) Institutos:
Alguns institutos levam o fato em si a um estado de causa extintiva da punibilidade,
esta não é um atestado de que o crime não aconteceu mas sim um indicativo de que
não é mais possível punir por conta da presença de um dos institutos elencados no art.
107, CP (regra geral).

Em causas excludentes da ilicitude, em causas excludentes da culpabilidade, em causas


excludentes da tipicidade e em causas extintivas da punibilidade a tese será para
buscar a absolvição do agente.

-> Renúncia

-> Perdão do ofendido


Causas extintivas da punibilidade.
-> Decadência (art. 107, CP) -> absolvição
sumária
-> Perempção

Na renúncia a vítima desiste de apresentar a queixa-crime. É um ato unilateral da


vítima e anterior a propositura da queixa-crime. Ela pode ser expressa ou tácita. Ela é tácita,
por exemplo, quando a vítima muda-se de endereço sem a devida comunicação do juízo. É
anterior a queixa-crime.

 Na Ação Penal Privada: gera causa extintiva da punibilidade.

 Na Ação Penal Pública Condicionada a Representação isso retira uma condição de


procedibilidade da ação penal. É possível a renúncia até o oferecimento da denúncia
(art. 25, CPP).

Ex.: lesão corporal leve (exceção Maria da penha), estupro, etc.

Quando a vítima renuncia, falta condição de procedibilidade pela ausência da


representação.

O art. 16, da Lei nº 11.340/2006 menciona que nos casos que envolverem a Lei
Maria da Penha a renúncia só será admitida em audiência específica designada para tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia.
O perdão do ofendido é posterior a queixa. É bilateral, pois a proposta precisa ser feita
pela vítima e aceita pelo autor do fato. Pode ser expresso ou tácito.

Obs.: Se houver mais de um querelado, caso ofertado somente a um deles, aos outros se
estende a proposta. (Princípio da indivisibilidade)

A decadência é a perda do direito de ação da vítima pelo decurso de tempo.


Diferentemente da prescrição que consiste na perda do direito de punir do Estado pelo decurso
de tempo. Ambas geram um mesmo resultado: são causas extintivas das punibilidade que
levarão a absolvição sumária. (art. 397, CPP)
- Os 6 meses são contados a partir da ciência da autoria do fato! Prazo material regido pelo art.
10, CP isto significa que ele não interrompe, não suspende e não prorroga, fator que o difere
do prazo processual.

A perempção é a perda do direito de prosseguir no processo aplicada pelo juiz em


razão da ocorrência de uma das situações do art. 60, CPP. Em resumo, a perempção é uma
penalidade aplicada a vítima na ação penal privada, ou seja, esta perde o direito de prosseguir
na ação penal por ter praticado uma das ações descritas no referido artigo.

A queixa-crime é uma peça de natureza acusatória.

Advogado (atua como acusador) ->Queixa-crime

-> Assistente à acusação

Resumo (PEÇA):

 Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ___ Juizado Especial

 Qualificação: Querelante
Nome, nacionalidade, estado civil,
Querelado CPF, RG, domicílio

Procuração com poderes especiais: art. 44, CPP.

 Dos fatos (narrar de forma objetiva e mais resumida possível) entretanto é importante
colocar quais situações e que palavras utilizadas levam a punição.

Ex.: Helena, por meio das redes sociais, efetuou sérias ofensas a pessoa de Henrique.
No dia 17 de outubro de 2017, a querelada postou o seguinte texto: “Henrique costuma
trabalhar embriagado.” (Ofensa praticada por Helena)

 Dos fundamentos ou Do direito:

O fato que traz o querelante a este juízo é extremamente grave. A


querelada de forma deliberada e consciente utilizou-se das redes sociais para macular
a honra objetiva do querelante proferindo que “a vítima trabalhava embriagada”.

A conduta acima descrita se amolda a figura penal do art. 139 c/c art. 141,
inciso I, CP, pois as ofensas efetuadas violam a honra objetiva do querelante. Ademais,
o meio que a querelada utilizou para seu intento criminoso atinge um número incerto
de pessoas.

 Pedidos:

- Designação de audiência de conciliação. (Pedido fixo!)

- Recebimento da queixa-crime.
- Condenação da querelada pelo delito inscrito no art. 139 c/c art. 141, CP.

Se há agravante, causa de aumento de pena ou concurso formal impróprio ou material


deve-se mencionar!

- Citação da querelada.

- Oitiva das vítimas.

- Reparação do dano nos termo do inciso IV, art. 387, CPP.

Aula 02: Resposta à Acusação

 Procedimento regra do Processo Penal é o ordinário (mais completo). A queixa e a


denúncia são dois objetos que dão início a ação penal. O processo efetivamente
começa com o recebimento da inicial acusatória. Há discussões doutrinárias a respeito
de quando efetivamente o processo inicia-se, se é com a citação válida... Quando a
denúncia ou a queixa é oferecida o processo é autuado e distribuído automaticamente
a um juiz competente que analisará o que foi dito pelo MP ou pela vítima. Com base na
análise, ele receberá ou rejeitará a inicial acusatória.

 Contra a decisão que recebe a inicial, não cabe recurso, cabe apenas ação autônoma
de impugnação, o que a doutrina chamou de Habeas Corpus Trancativo.

 Contra a decisão que rejeita a inicial acusatória cabe Recurso em Sentido Estrito - RESE.

 Recebendo a inicial, o juiz citará o réu para apresentar defesa.

Procedimento Ordinário:
JUIZ  Aceitar
Denúncia ou Queixa-crime  Rejeitar

Resposta à acusação arts.


Citação do réu 396 e 396-A, CPP

- Esse procedimento acontece também no Sumário, Sumário da culpa (1ª Fase - Tribunal do
Júri), etc.

- Entretanto existe diferença entre Resposta à acusação e Defesa Preliminar. A Resposta à


acusação é apresentada após o recebimento da denúncia. Enquanto a Defesa Preliminar é
apresentada nos Procedimentos Especiais (art. 4º da Lei nº 8.038/1990, art. 81 da Lei nº
9.099/1995, art. 514, CPP, art. 55 da Lei nº 11.343/2006 esta também chama de Defesa
Prévia + art. 2º do Decreto nº 201/67, nos casos de crime de responsabilidade praticado
por Prefeito), antes do recebimento da inicial.

- Fundamento Legal do procedimento do júri art. 406, CPP.

Denúncia ou Queixa-crime JUIZ Notificação

Defesa Preliminar
- Quando a história trouxer apenas os fatos (sem nenhum procedimento) a peça será
queixa-crime. Quando a história fala que o juiz recebeu a inicial acusatória e citou o réu a
peça só poderá ser Resposta à acusação. Se a história terminar na citação, será Resposta à
acusação.

1) Previsão legal: art. 396 e art.396-A

- Tribunal do júri - 1ª Fase (Sumário da culpa): art. 406, CPP

2) Prazo: 10 dias

- Exclui o dia do começo e inclui o dia final (prorrogam-se os prazos se eles começarem ou
terminarem em feriados ou finais de semana para serem contados a partir do próximo dia
útil)! (art. 798 e art. 800, CPP)

3) Cabeçalho

4) Dos fatos (5 ou 6 linhas)

5) Dos fundamentos:

5.1 Absolvição

5.1.1 Excludentes da ilicitude

5.1.2 Excludentes da culpabilidade

5.1.3 Excludentes da tipicidade Art. 397, CPP


Ex.: Princípio da insignificância

5.1.4 Causas extintivas da punibilidade

 O momento para o pedido de Absolvição Sumária é na Resposta a acusação!

 Quando for posto na prova data e idade o avaliador está querendo apontar para
prescrição e menoridade relativa (art. 65, CP ‘atenuante’ + art. 115, CP ‘prescrição
correndo pela metade’)!

2.1 Absolvição (começo, meio e fim)

2.1.1 Estado de necessidade

O caso em tela retrata a situação de uma mãe em desespero para alimentar o


filho faminto. Restou evidenciado que a acusada não tinha qualquer condição
financeira para suprir as necessidades básicas de seu descendente. Em razão disso
subtraiu alimento necessário a subsistência da criança. Tal situação caracteriza perigo
atual de morte da criança, o que levou a mãe a pratica do fato criminoso. Ocorre que a
situação se enquadra no estado de necessidade excludente da ilicitude, nos moldes do
que preconiza o art. 23 e art. 24 do CP. Consequentemente a ré deve ser absolvida nos
termos do art. 397, inciso I do CPP.

Por exemplo ao falar da Prescrição será necessário: explicar porque a


prescrição aconteceu e o motivo pelo qual ela é contada pela metade (no caso da
Gabriela), que é uma causa extintiva da punibilidade prevista no art. 107, CP e, por fim,
explicar que como causa extintiva da punibilidade leva a absolvição sumária nos
termos do art. 397, inciso IV do CPP.

2.1.2 Princípio da insignificância

Explicar o princípio e dizer que este conduz a uma excludente da tipicidade que leva à
absolvição sumária (art. 397, CPP).

2.1.3 Prescrição

Explicar a prescrição (art. 109, CP), explicar o motivo pelo qual é contada pela
metade (art. 115, CP), dizer que é causa de extinção da punibilidade (art. 107, CP) e
conduz à absolvição sumária (art. 397, inciso IV, CPP).

Causas interruptivas da prescrição (art. 117, CP).

 Sempre que o examinador trouxer um crime contra o patrimônio a construção será em


torno de uma tese principal (absolver) e outra subsidiária (caso o juiz não acolha a tese
principal). Crime contra o patrimônio pode atrair estado de necessidade, o princípio da
insignificância e a prescrição.

- Caso da Gabriela

1. Endereçamento: Fortaleza

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DE


FORTALEZA

2. Peça: Resposta à Acusação


Gabriela, já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
por meio de seu advogado infra-assinado (procuração anexa), apresentar sua

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

3. Fundamento legal:

com fundamento nos artigos. 396 e 396-A do Código de Processo Penal pelas razões de
fato e de direito a seguir aduzidas.

I- Dos fatos

4. Fundamento:

4.1 Absolvição

4.1.1 Estado de necessidade (furto famélico) - art. 24, CP -> Leva a absolvição
sumária art. 397, CPP.
Excludente da ilicitude

4.1.2 Princípio da insignificância é uma excludente da tipicidade material que


conduz a absolvição sumária (art. 397, CPP).

4.1.3 Prescrição

É uma causa extintiva da punibilidade. A consumação do fato se deu em


24/12/2010. O recebimento da denúncia se deu em 18/01/2011.

Trouxe datas: prescrição (corre pela metade) e atenuante relativa pela idade!

- Furto famélico (estado de necessidade) -> Absolvição

- Princípio da insignificância -> Absolvição

- Prescrição: na data da prática do ato criminoso (24/12/2010) a autora tinha 20 anos,


logo, conta-se a prescrição pela metade. O recebimento da denúncia ocorreu no dia
18/01/2011 (furto simples, pena de reclusão 1 a 4 anos) art. 109, inciso IV, CP -> o
furto prescreve em 8 anos! Entretanto, a autora era menor de 21 anos na data do fato,
então nos termos do art. 115, CP a prescrição corre pela metade. O recebimento da
denúncia interrompe a contagem da prescrição, ou seja, ela será contada a partir de
18/01/2011. Gabriela compareceu ao Cartório da Vara somente em 16/03/2015. Então
se passaram mais de 4 anos, logo o delito prescreveu.

Rol de Testemunhas: (0,30)


Nos pedidos deve-se solicitar “a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, sob pena das
cominações legais.”

Maria, residente na Rua X

Teses subsidiárias:

4.2.1 Tese Subsidiária (Súmula 444/ STJ)

4.2.1.1 Fixação no mínimo legal:

Não há circunstâncias judiciais desfavoráveis, ou seja, não está respondendo a nenhum


inquérito, não foi condenada por nenhum processo.

4.2.1.2 Atenuantes

Menoridade relativa, confissão e a coação moral irresistível.

4.2.1.2.1 Menoridade relativa

4.2.1.2.2 Confissão: art. 65, inciso III, alínea “d”, CP.

4.2.1.3 Causa de diminuição de pena (Furto Privilegiado)

- Gabriela é primária e a coisa levada é de pequeno valor.

4.3 Regime de cumprimento de pena

4.3.1 Regime aberto: art. 33, §2º, alínea “c”, CP

4.3.2 Substituição por restritiva de direitos: art. 44, CP.

4.4 Prazo: ciência do Processo 16/03/2015 (segunda-feira) -> art. 798 c/c art.800, CPP:
excluir o dia do início e incluir o dia final.

- 10 dias (art. 396/ art. 396-A, CPP).

- A peça deverá ser datada em (quinta-feira), 26 de março de 2015.

-> Pedido é resumo do fundamento!

Aula 03: Apelação

Recursos:

1) Apelação: é peça mais cobrada!

 Previsão legal:

art. 593 do CPP


5 (I) +8 (R) dias  Podem ser apresentadas separadamente .
art. 416 do CPP

- Neste caso a interposição é apresentada para o juízo de 1º grau e as razões para a


turma recursal.

art. 82, da Lei nº 9.099/1995


I+R10 dias apresentadas conjuntamente.

 Prazo: 5 dias (interposição) + 8 (razões): primeiro intima-se a pessoa para no prazo de 5


dias apresentar e em seguida intima-se novamente para apresentação das razões. A
banca pede para datar o recurso no último dia da interposição (5 dias).

- Na prática as peças podem ser apresentadas separadamente.

 Cabimento:

Art. 593, CPP:

1) Sentenças definitivas de condenação ou de absolvição

- Se a história acaba na citação a peça cabível é RESPOSTA À ACUSAÇÃO, se a história se


encerra na audiência de instrução e julgamento a peça cabível é ALEGAÇÕES FINAIS EM
MEMORIAIS e se a história acaba na sentença condenatória o recurso cabível é a
APELAÇÃO.

2) Decisões definitivas ou com força de definitivas, quando não for cabível Recurso em
Sentido Estrito - RESE (art. 581, CPP - rol taxativo). -> Apelação supletiva ou subsidiária)

3) Decisões do Tribunal do Júri (Procedimento Bifásico) -> 2 fases: 1ª fase - Sumário da


culpa

O juiz poderá:

o Pronunciar, quando houver indícios de autoria e materialidade. -> RESE

o Impronunciar, não existem indícios suficientes de autoria e materialidade.


Obs.: a decisão de pronúncia preclui, não transita em julgado. A decisão de
impronúncia faz coisa julgada formal mas não material. -> APELAÇÃO

o Absorver Sumariamente, quando presentes circunstâncias que excluem a


culpabilidade, a ilicitude salvo os casos elencados no § único do art. 415, CPP
(circunstâncias de absolvição sumária que encerra a primeira fase do Júri)
quando não houver outra tese defensiva pois, no caso de haver outra tese o
juiz não pode absorver sumariamente! -> APELAÇÃO

o Desclassificar, nesse caso, a competência do Tribunal do Júri é “transferida”


para o juiz singular. Ex.: quando se confunde homicídio com lesão corporal
seguida de morte. -> RESE

2ª Fase: Plenária

3.1) Quando ocorrer nulidade posterior à Pronúncia -> APELAÇÃO

- A decisão de pronúncia preclui (art. 421, CPP) mas esse fator não impede que a
decisão seja modificada. Se surgirem causas supervenientes, logo ela não se submete a
coisa julgada.

3.2) Sentença prolatada pelo juiz-presidente do júri contrária a decisão dos jurados ou
da lei.

- No Tribunal do Júri as decisões do júri são soberanas, o juiz não pode contrariar os
jurados nem a lei.

- Com as mudanças trazidas pela Lei nº 11.719/2008 e pela Lei nº 11.689/2008, o


Tribunal do Júri mudou sua dinâmica e, por exemplo, na 2ª fase o juiz será responsável
por reconhecer as atenuantes e as agravantes, também poderá aplicar as medidas
despenalizadoras para os delitos que sejam conexos ou para aqueles que sejam de
competência do Tribunal do Júri.

3.3) Quando for constatada injustiça ou erro na aplicação da pena ou da medida de


segurança.

3.4) Quando a decisão dos jurados manifestamente for contrária a prova dos autos.

4) art. 416, CPP: Sentenças de impronúncia (art. 414, CPP) e absolvição sumária (art.
415, CPP-> encerra a primeira fase do Tribunal do Júri).

- As referidas sentenças de impronúncia fazem coisa julgada formal;

- São prolatadas quando não há indícios de autoria ou materialidade.

5) art. 82, da Lei nº 9.099/1995 IPC!

5.1) Sentenças de condenação ou absolvição;

5.2) Decisão que rejeitar a denúncia ou a queixa (inicial acusatória).


-> Se for no procedimento ordinário, sumário, Tribunal do Júri (1ª fase) e Drogas o
recurso cabível é o RESE (art. 581, inciso I, CPP)!

 Prazo: Interposição: 5 dias -> art. 593, caput, CPP.


Apelação

Razões: 8 dias -> art. 600, CPP.

IPC!

Obs.: Assistente à acusação


- Se estiver habilitado: 5 dias
- Se não estiver habilitado: 15 dias
- A habilitação deve ser solicitada na peça de interposição!

o Interposição:

Excelentíssimo Senhor Doutor juiz de Direito da ___ Vara Criminal.

Processo nº:

João, já qualificado nos autos vem por intermédio de seu


advogado interpor

APELAÇÃO

com fundamento no art. 593, inciso I do CPP, em desfavor da sentença condenatória


prolatada às fls. ___. Requer que o presente recurso seja remetido ao Tribunal ad quem e
recebido em seus efeitos suspensivo e devolutivo.
Por oportuno, requer-se que seja o presente apelante
habilitado como assistente nos termos do art. 598, CPP. (Se houver assistente de acusação)
Obs.: Conta-se o prazo para o assistente a acusação encerrado o prazo do MP.
Nestes termos, pede deferimento.

Local, 14 de junho de 2017.

Advogado

OAB
Tribunal de Justiça do Estado...
Apelante: João
Apelado: Ministério Público

Processo nº: ...


Egrégia Corte,
Colenda Turma,
Ínclitos julgadores,
Douta Procuradoria,

Em razão de sentença condenatória prolatada pelo juízo a quo pretende


com o presente recurso o apelante ver reformada a decisão pelos fatos e fundamentos
abaixo elencados.

1. Dos fatos
2. Dos fundamentos
2.1 Preliminares
2.1.1 Prescrição
2.1.2 Inobservância do procedimento
2.1.3 Prova ilícita
2.2 Mérito
2.2.1 Ausência de provas
2.2.2 Excludentes
2.2.3 Erros
2.2.4 Negativa de autoria
3. Dos pedidos
(Revisão dos fundamentos): Diante de todo exposto requer-se que:
3.1 Que o recurso seja reconhecido e recebido.
3.2 Reconhecida a ilicitude da prova nos termos do art. XX, da Lei 9.296/1996 c/c art.
157, CPP.

Nestes termos, pede deferimento.

Local, 14 de junho de 2017. (Mesma das


razões!)

Advogado
OAB
- Caso do Leonardo:

Idade: prescrição contada pela metade + menoridade relativa (atenuante)

2 peças: Interposição e razões


(I)nterposição
1. Endereçamento
Excelentíssimo Senhor Doutor juiz de Direito da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/ MG
Razões: Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
2. Previsão legal
- art. 593, inciso I, CPP

3. Peça de interposição: (art. 593, inciso I, CPP) -> Deve-se dizer que o recurso deve ser
recebido nos seus efeitos devolutivo e suspensivo e remetido ao juiz ad quem.
Prazo: 5 (I)+8 (R) -> 15 de maio de 2017.

(R)azões

 Na data do fato Leonardo era menor de 21 anos. Logo, tem direito a atenuante da
menoridade relativa (art. 65, inciso I, CP).
 Leonardo iniciou a execução do delito que é subtrair a coisa e praticou a grave ameaça
pois simulou portar arma de fogo. No entanto, ele não efetuou a subtração o que pode
caracterizar a desistência voluntária (art. 15, CP) (início da execução sem o término).
Ele foi denunciado pela tentativa, porém, a tentativa ocorre somente quando o agente
inicia a execução e fato alheio ou exterior à vontade deste acontece e o impede de
finalizar, o que não ocorreu no caso em comento pois por sua vontade, Leonardo
deixou de executar a ação que inicialmente pretendia, podendo ser punido apenas por
aquilo que já havia praticado até então, como por exemplo: constrangimento ilegal/
gabarito: ameaça.
 Afastar o delito de roubo falando que pode responder por um delito menos grave, mas
se ainda assim o juiz entender que aconteceu o roubo este seria simples pois não foi
empregada arma de fogo, nada com potencial lesivo a ponto de atrair a causa de
aumento de pena.
 Confissão espontânea (art. 65, inciso III, alínea ‘d’, CP).
 Súmula 444, STJ
 Súmula 440, STJ: o juiz exasperou a pena sem possuir elemento probatório para isso.
Como narrado no caso, a testemunha não apareceu para confirmar a existência da
arma de fogo e o agente não foi encontrado com ela, o juiz apenas apresentou
suposição. O fato da testemunha ter falado no inquérito policial é apenas elemento
informativo, esta deveria ir para o processo para fazer a confirmação.
 Pedidos:
- Recurso ser reconhecido e provido.
- O agente ser enquadrado em um delito menos grave pois se arrependeu e não
finalizou por vontade própria a consumação.
- Se de tudo o juiz reconhecer o roubo, este deve ser simples, sem causa de aumento
de pena pois o agente não houve emprego de arma de fogo.
- Não se pode levar em conta que o crime de roubo abstratamente atrai um perigo a
ponto de poder aplicar um regime de cumprimento de pena mais severo. Súmula 440,
STJ.
- Não se pode levar em conta que o crime de roubo abstratamente atrai um perigo a
ponto de poder aplicar um regime de cumprimento de pena mais severo. Súmula 440,
STJ.
- Regime aberto.
- Fixação no mínimo legal pois de acordo com a Súmula 444, STJ não existem
circunstâncias judiciais desfavoráveis.
- Reconhecimento da atenuante da menoridade relativa e da confissão espontânea.
- Substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.
- Alvará de soltura (na apelação)

2.1 Absolvição
2.2 Tese subsidiária
2.2.1 Fixação no mínimo legal
2.2.2 Atenuantes: confissão e menoridade relativa
2.2.3 Afastamento da causa de aumento de pena: emprego de arma de fogo
- art. 77, CP (sursis da pena)
2.2.4 Regime aberto
Súmula 440, STJ

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