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Fichamento Textual

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

A lei existe quando é possível que um grupo específico de pessoas possa manter a
ordem através do uso da força física e/ou psíquica. (p. 126)

O conceito de poder, de acordo com Weber, é a possibilidade de um pessoa ou um


grupo de pessoas imporem suas vontades numa ação comunitária. Tal poder pode
trazer “honras sociais” (p.126)

A ordem social é o modo como as “honras sociais” são distribuídas em uma


comunidade ou em grupos. (p. 126)

Na nossa sociedade, a honra social também é o modo pelo qual os bens e serviços
econômicos são divididos e utilizados. Desse modo, a ordem social sofre influência
da ordem econômica. (p. 127)

As classes, estamentos e partidos ocorrem como consequência da distribuição de


poder. (p. 127)

As classes são caracterizadas por terem um número x de pessoas que têm condições
de vida parecidas, que são representadas pela renda e pelos “interesses econômicos
da posse de bens” e, também, que são sujeitas a condições do mercado de trabalho
e do mercado de produtos parecidas. (p. 127)

O modo pelo qual a propriedade é distribuída tem como consequência oportunidades


de vida muito específicas: os não proprietários são excluídos da disputa de bens
materiais muito desejados e beneficiam os proprietários. (p. 127)

Interesse de classe, situação de classe e ação comunitária estão ligados. Na mediada


em que o que cria a classe é um interesse econômico e esse interesse pode variar
bastante dependendo de se ter desenvolvido uma ação comunitária da situação de
classe. (p. 128)
A ação comunitária surge das ações de massa, mas para que isso aconteça se faz
necessária algumas condições culturais e, também a consciência, por parte dos
integrantes da classe, das causas e consequências da situação de classe (p. 129)

As pessoas só poderão agir efetivamente contra a estrutura de classes a partir do


momento em que elas entenderem que a situação de classe é resultado da
distribuição da propriedade existente ou da estrutura da ordem econômica (p. 129)

Alguns atos comunitários determinam as situações de classe: o mercado de trabalho,


o mercado de produtos e a empresa capitalista. Além disso, a ação comunitária que
cria as situações de classe é a ação entre classes distintas (p. 129)

Os grupos de status, normalmente, são comunidades. Assim sendo, a situação de


status todo componente típico da vida das pessoas que é determinada pela honra
positiva ou negativa. (p. 131)

A honra estamental corresponde a um estilo de vida específico de um grupo, de um


“círculo”. (p. 131)

O estamento, em situações onde há grandes diferenças entre etnias, “evolui” para a


casta: o que antes eram diferenças horizontais, agora são “grupos etnicamente
separados”. Nela, as diferenças existentes em estamentos são garantidas através de
rituais. (p. 132)

Além disso, a estratificação estamental cria o monopólio de bens e materiais, visto


que apenas uma parte privilegiada pode acessar alguns tipos de roupas, comidas e
outras coisas (nesse caso, positivamente) ou quando um grupo não deve possuir
certas coisas com objetivo de se manter em seu lugar privilegiado (nesse caso,
negativamente) (p. 133)

Algumas das consequências econômicas da organização estamental são: os grupos


que têm interesse na perpetuação da ordem estamental lutam contra aqueles que têm
“pretenções exclusivamente econômicas”; assim sendo, esses grupos impedem o
desenvolvimento do mercado seja através de atitudes como essas ou do impedimento
da livre comercialização de bens que apenas certo grupo pode usufruir. (p. 135)

Os partidos são orientados pelo poder, pela influência que podem obter numa ação
comunitária. Elas sempre estão ligadas a socialização, já que elas têm como objetivo
atingir uma meta. (p. 136)
Os partidos sempre se desenvolvem dentro de “comunidades socializadas” pois
precisam de uma “ordem racional”, de pessoas para serem influenciadas e para
assegurar a ordem. (p. 136)

Eles buscam o poder através de alguns meios, entre eles estão a violência, os votos,
dinheiro, influência social, boa argumentação, entre outros. (p. 136)

Os partidos visam também o domínio e são organizados, muitas vezes de modos


autoritários, podendo representar estruturas tanto duradouras como efêmeras. (p.
136)

Muitas vezes os partidos “ultrapassam as fronteiras da comunidade política” com o


objetivo de influenciar outro domínio já existente. (p. 137)

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