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1º GRUPAMENTO DE SOCORRISTAS DA LIBERDADE

DIRETORIA DE ENSINO
CURSO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

CELSO HENRIQUE SALVADOR MEDEIROS


INSTRUTOR DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR – OFDA USAID - CBMDF
RESGATISTA – OFDA USAID / BCBG - ECUADOR
PROVIDER – PHTLS/NAEMT
ACADÊMICO EM ENFERMAGEM – IESF – PAÇO DO LUMIAR – MA.
Bombeiro Militar
E-mail: bombeirosalvadorinstrutor@gmail.com
FRATURA
É a lesão óssea de origem traumática,
produzida por trauma direto ou indireto.
CLASSIFICAÇÃO

✓ Fechada (simples): A pele não foi


perfurada pelas extremidades ósseas.

✓ Aberta (exposta): O osso se quebra,


atravessando a pele, ou existe uma
ferida associada que se estende desde o
osso fraturado até a pele.
Transversa
Oblíqua
Espiral Cominutiva
O conjunto de
fragmentos ósseos
produzidos pela fratura e os
tecidos lesados em torno da
lesão é denominado foco de
fratura. O osso é o único
tecido do nosso organismo
que cicatriza com o mesmo
tecido anterior à lesão. O
processo de cicatrização
óssea denomina- se
consolidação.
: o foco de fratura está protegido por
partes moles e com pele íntegra.
: o foco de fratura está em
contato com o meio externo, com o osso
exteriorizado ou não. A pele, nestes casos, está
sempre lesada.
➢ Dor; ➢ Edema;

➢ Deformidade; ➢ Alteração de coloração;

➢ Sensibilidade; ➢ Impotência funcional;

➢ Crepitação; ➢ Fragmentos expostos.


:
A fratura é uma lesão única, sem evidência
de lesão associada.

Está acompanhada de lesões associadas. O


trauma causador de fratura exposta é de alta
energia e velocidade, podendo ocorrer lesões
associadas locais, como as musculares,
tendinosas, nervosas, vasculares, bem como lesões
sistêmicas associadas (trauma abdominal, torácico
e craniano).
Deslocamento de superfícies articulares,
modificando as relações naturais de uma articulação.
Geralmente intensa devido à compressão de
estruturas locais; pode levar ao choque neurogênico.

Sinal evidente à simples inspeção da vítima;


deve ser comparada com o lado oposto.

Devido à perda da congruência articular, existe


perda completa da função articular, e qualquer
tentativa de mobilidade é extremamente dolorosa.
Localizada, causada pela compressão do osso
luxado sob a pele.

Tardio varia com o grau de deformidade e a


articulação luxada.

Podem ocorrer devido à deformidade da


articulação luxada.
A manipulação das luxações cabe
exclusivamente ao médico. Manobras inadequadas e
intempestivas podem agravar a lesão já existente e
produzir dano adicional aos tecidos vizinhos,
inclusive fraturas.
No atendimento pré-hospitalar, a imobilização
deve ser na posição de deformidade, buscando
oferecer o máximo de conforto à vítima. Ficar atento
a sinais e sintomas de choque, informando se
ocorrerem.
É a torção ou distensão brusca de uma articulação,
além de seu grau normal de amplitude.
São similares aos das fraturas e luxações,
sendo que nas entorses os ligamentos geralmente
sofrem ruptura ou estiramento, provocados pelo
movimento brusco.
➢ Minimizar a dor;
➢ Prevenir ou minimizar lesões futuras de
músculos, nervos e vasos sangüíneos;
➢ Manter a perfusão no membro;
➢ Auxiliar a hemostasia.
➢ Acionar o S.E.M (SAMU – 192 / BOMBEIROS –
190/193;
➢ Informar ao paciente o que fará;
➢ Expor o local. As roupas devem ser cortadas e
removidas sempre que houver suspeita de fratura,
luxação ou entorse;
➢ Controlar hemorragias e cobrir feridas. Não
empurrar fragmentos ósseos para dentro do
ferimento, nem tentar removê-los. Usar
curativos estéreis;
➢ Não recolocar fragmentos expostos no lugar;
➢ Observar e anotar pulso distal, perfusão,
sensibilidade e motricidade;
➢ Reunir e preparar todo o material de imobilização
(usar se possível talas acolchoadas);
➢ Imobilizar. Usar tensão suave para que o local
fraturado possa ser colocado na tala. Movimentar
o mínimo possível. Imobilizar uma articulação
acima e uma abaixo do osso fraturado. Em
alguns casos, a extremidade deve ser
imobilizada na posição encontrada.
➢ Revisar a presença de pulso, perfusão e
sensibilidade. Assegurar-se que a imobilização
está adequada e não restringe a circulação.
➢ Prevenir ou tratar o choque.
➢Ked (Kendrish Extrication
➢Talas moldáveis;
Advance);
➢Talas infláveis;
➢Colar cervical;
➢Talas de madeira; ➢Prancha;

➢Tracionador de ➢Imobilização utilizando o


próprio corpo do paciente;
fêmur;
➢Ataduras.
➢Papelão;
➢Cabos de vassouras;
➢Jornais ou revistas;
➢Galhos;
➢Ripas de madeiras em geral;
➢Auto-imobilização.
Na maioria das vezes, é difícil constatar se o
paciente é verdadeiramente portador de uma
fratura, entorse ou luxação. no entanto, até ser
provado o contrário o mesmo deverá ser tratado
como portador de tais lesões.

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