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Trocadores de Calor – Classificação de
acordo com a compacticidade
A razão entre a área da superfície de transferência de calor, num dos
lados do trocador de calor, e o volume pode ser empregada como
medida da compacticidade do trocador de calor:
Um trocador de calor com densidade de área superficial, em um dos
lados, maior do que cerca de 700 m2/m3 é classificado,
arbitrariamente, como trocador calor compacto, independentemente
de seu projeto estrutural. Por exemplo, os radiadores de automóvel,
com uma densidade de área superficial da ordem de 1.100 m2/m3, e os
trocadores de calor de cerâmica vítrea, de certos motores a turbina de
gás, que têm uma densidade de área superficial da ordem de 6.600
m2/m3, são trocadores de calor compactos. Os pulmões humanos, com
uma densidade de área da ordem de 20.000 m2/m3, são os trocadores
de calor e de massa mais compactos. O miolo do regenerador do
motor Stirling, de finíssima estrutura, tem uma densidade de área que
se aproxima da densidade de área do pulmão humano.
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
Os trocadores de calor também podem ser
classificados de acordo com as características
construtivas. Por exemplo, existem trocadores
tubulares, de placa, de placa aletada, de tubo
aletado e regenerativos..
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
• Trocadores de calor tubulares.
Os trocadores de calor tubulares são amplamente usados e fabricados
em muitos tamanhos, com muitos arranjos de escoamento e em
diversos tipos. Podem operar em um extenso domínio de pressões e
de temperaturas. A facilidade de fabricação e o custo relativamente
baixo constituem a principal razão para seu emprego disseminado nas
aplicações de engenharia.
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
• Trocadores de calor de placa. Como o nome indica, os trocadores
de calor são geralmente construídos de placas delgadas. As placas
podem ser lisas ou onduladas. Já que a geometria da placa não
pode suportar pressões ou diferenças de temperaturas tão altas
quanto um tubo cilíndrico, são ordinariamente projetados para
temperaturas ou pressões moderadas. A compacticidade nos
trocadores de placa se situa entre 120 e 230 m2/m3.
http://www.wermac.org/video/plate_heat_exchanger1.html
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
• Trocadores de calor de placa aletada. O fator de
compacticidade pode ser aumentado
significativamente(até cerca de 6.000 m2/m3) com
os trocadores de calor de placa aletada.
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
• Trocadores de calor de tubo aletado. Quando se precisa de um trocador que opere em alta
pressão, ou de uma superfície extensa de um lado, utilizam-se os trocadores de tubo aletado. A Fig.
8.6 ilustra duas configurações típicas, uma com tubos cilíndricos e outra com tubos chatos. Os
trocadores de tubo aletado podem ser utilizados em um largo domínio de pressão do fluido nos
tubos, não ultrapassando cerca de 30 atm, e operam em temperaturas que vão desde as baixas, nas
aplicações criogênicas, até cerca de 870°C. A densidade máxima de compacticidade é cerca de
330 m2/m3, menor que a dos trocadores de placa aletada.
Os trocadores de calor de tubo aletado são empregados em turbinas de gás, em reatores nucleares, em
automóveis e aeroplanos, em bombas de calor, em refrigeração, eletrônica, criogenia, em
condicionadores de ar e muitas outras aplicações.
https://www.youtube.com/watch?v=CRqmn-5E_yA
Trocadores de Calor – Classificação
pelo tipo de construção
• Trocadores de calor regenerativos. Os trocadores de calor regenerativos podem ser ou estáticos ou
dinâmicos. O tipo estático não tem partes móveis e consiste em uma massa porosa (por exemplo,
bolas, seixos, pós etc.) através da qual passam alternadamente fluidos quentes e frios. Uma válvula
alternadora regula o escoamento periódico dos dois fluidos. Durante o escoamento do fluido
quente, o calor é transferido do fluido quente para o miolo do trocador regenerativo. Depois, o
escoamento do fluido quente é interrompido, e principia o escoamento do fluido frio. Durante a
passagem do fluido frio, transfere-se calor do miolo para o fluido frio. Os regeneradores de tipo
estático podem ser pouco compactos, para o uso em alta temperatura (900 a 1.500°C), como nos
pré aquecedores de ar, na fabricação de coque e nos tanques de fusão de vidro. Podem, porém, ser
regeneradores compactos para uso em refrigeração, no motor Stirling, por exemplo.
https://www.youtube.com/watch?v=roImOiIxrjo https://www.youtube.com/watch?v=c_ZDZUVINQA
Trocadores de Calor – Classificação
Segundo a Disposição das Correntes
• Correntes paralelas. Os fluidos quente e frio
entram na mesma extremidade do trocador
de calor, fluem na mesma direção, e deixam
juntos a outra extremidade.
Trocadores de Calor – Classificação
Segundo a Disposição das Correntes
• Contracorrente. Os fluidos quente e frio
entram em extremidades opostas do trocador
de calor e fluem em direções opostas.
Trocadores de Calor – Classificação
Segundo a Disposição das Correntes
• Correntes cruzadas. No trocador com
correntes cruzadas, em geral os dois fluidos
fluem perpendicularmente um ao outro, como
está na figura. Na disposição com correntes
cruzadas, o escoamento pode ser misturado
ou não misturado, dependendo do projeto.
Trocadores de Calor – Classificação
Segundo a Disposição das Correntes
• Escoamento multipasse. A configuração de escoamento com passes múltiplos é
empregada frequentemente no projeto de trocadores de calor, pois a
multipassagem intensifica a eficiência global, acima das eficiências individuais. É
possível grande variedade de configurações das correntes com passes múltiplos. A
Fig 8.10 ilustra disposições típicas. O trocador de calor da (a) tem "um passe no
casco e dois passes nos tubos", e recebe o nome de trocador de calor "um-dois". A
Fig. (b) mostra a configuração "dois passes no casco, quatro passes nos tubos", e a
Fig. (c), a configuração "três passes no casco, seis passes no tubo".
Trocadores de Calor – Classificação
pelo Mecanismo de Transferência de
•
Calor
As possibilidades para o mecanismo de transferência de calor
incluem uma combinação de quaisquer dois entre os seguintes:
1. Convecção forçada ou convecção livre monofásica;
2. Mudança de fase (ebulição ou condensação);
3. Radiação ou convecção e radiação combinadas
• Em todos os casos discutidos anteriormente, consideramos a
convecção forçada monofásica em ambos os lados do trocador de
calor. Condensadores, caldeiras e radiadores de usinas de força
espaciais incluem mecanismos de condensação, de ebulição e de
radiação, respectivamente, sobre uma das superfícies do trocador
de calor.
Trocadores de Calor –Trocadores de
Calor com Mudança de Fase
• Condensadores. Os condensadores são utilizados em
várias aplicações, como usinas de força a vapor de
água, plantas de processamento químico e usinas
nucleares elétricas de veículos espaciais. Os principais
tipos incluem os condensadores de superfície, os
condensadores a jato e os condensadores
evaporativos. O tipo mais comum é o condensador de
superfície, que tem a vantagem de o condensado ser
devolvido à caldeira através do sistema de alimentação
de água.
Trocadores de Calor –Trocadores de
Calor com Mudança de Fase
• Condensadores.
Trocadores de Calor –Trocadores de
Calor com Mudança de Fase
• Condensadores: A Fig. 8.11 mostra um corte através de um condensador
de superfície, de dois passes, de uma grande turbina a vapor em uma
usina de força. Uma vez que a pressão do vapor, na saída da turbina, é de
somente 1,0 a 2,0 polegadas de mercúrio absolutas, a densidade do vapor
é muito baixa e a vazão do fluido é extremamente grande. Para minimizar
a perda de carga, na transferência do vapor da turbina para o
condensador, o condensador é montado ordinariamente abaixo da turbina
e ligado a ela. A água de resfriamento flui horizontalmente no interior dos
tubos, enquanto o vapor flui verticalmente para baixo, entrando por uma
grande abertura na parte superior, e passa transversalmente sobre os
tubos. Observe que há dispositivo de aspiração do ar frio das regiões que
ficam exatamente acima do centro do poço quente. Este dispositivo é
importante, pois a presença de gás não condensável no vapor reduz o
coeficiente de transferência de calor na condensação.
Trocadores de Calor –Trocadores de
Calor com Mudança de Fase
• Caldeiras. As caldeiras a vapor de água constituem
uma das primitivas aplicações dos trocadores de calor.
O termo gerador de vapor é muitas vezes aplicado às
caldeiras nas quais a fonte de calor é uma corrente de
fluido quente em vez de produtos da combustão. Uma
enorme variedade de caldeiras já foi construída.
Existem caldeiras em pequenas unidades, para
aquecimento doméstico, até unidades gigantescas,
complexas e caras, para as modernas usinas de força.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplos para Passe
Único
• Trocador de calor em contracorrente no qual a
elevação da temperatura do fluido frio é igual à queda
da temperatura do fluido quente. A diferença de
temperatura ΔT, entre o fluido quente e o fluido frio, é
constante, em todos os pontos.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplos para Passe
Único
• Fluido quente se condensa e transfere calor
para o fluido frio, fazendo com que sua
temperatura se eleve ao longo do percurso.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplos para Passe
Único
• Líquido frio evapora e resfria o fluido quente
ao longo do seu percurso.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplos para Passe
Único
• Configuração de escoamento paralelo, na qual
ambos os fluidos se deslocam na mesma direção,
com o fluido frio experimentando uma elevação
de temperatura e o fluido quente, uma queda de
temperatura.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplos para Passe
Único
• Configuração em contracorrente na qual os
fluidos se deslocam em sentidos opostos.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplo para 1 Passe
no Casco e 2 Passes no Tubo
1 passe no casco e 2 passes no tubo.
Trocadores de Calor – Distribuição de
Temperaturas: Exemplo para Correntes
Cruzadas
Correntes cruzadas com fluidos não misturados.
Diferença de Temperatura Média
Logarítmica -DTML
• MÉTODO DTML PARA ANÁLISE DOS TROCADORES DE CALOR
Na análise térmica dos trocadores de calor, a taxa total de transferência de calor Q
através do trocador é uma quantidade de interesse primordial. Concentraremos nossa
atenção nos trocadores de calor de passe único, que têm configuração de escoamento
do tipo ilustrado na Fig. 8.15. É evidente, segundo esta figura, que a diferença de
temperatura D T, entre os fluidos quente e frio, não é em geral constante; varia com a
distância ao longo do trocador de calor.
Na análise da transferência de calor nos trocadores de calor, é conveniente
estabelecer uma diferença ΔTm, entre o fluido quente e o frio, de modo que a taxa
total de transferência de calor Q entre os fluidos possa ser determinada pela seguinte
expressão simples:
Q =AU Δ Tm
Diferença de Temperatura Média
Logarítmica -DTML
Diferença de Temperatura Média
Logarítmica -DTML
Coeficiente Global de Transferência de
calor em trocadores de calor
Nas aplicações de trocadores de calor, o coeficiente global de transferência de
calor é, ordinariamente, baseado na superfície externa do tubo de diâmetro
externo Do e interno Do, levando em conta os coeficientes de convecção (hi e
ho) a condutividade térmica do material do tubo (k) e os fatores de
incrustação (Fi e Fo):
U0 = 1/{(Do/Di)(1/hi)+DoFi/Di+[Do/(2k)]ln(Do/Di)+Fo+1/ho}
Nu=hD/k=0,023Re0,8Prn
n = 0,4 no aquecimento; n = 0,3 no resfriamento
Re=4m./(D)
Simulação computacional
Diversos simuladores para vários tipos e
configurações de trocadores de calor estão
disponíveis. Existem simuladores específicos e
mais genéricos. Alguns softwares de simulação
de processos, como o Aspen Plus e o Aspen
Hysys apresentam blocos de simulação de
trocadores de calor casco e tubos...
Trocadores de calor de placas
Trocadores de calor de placas
Um trocador de calor de placa gaxeta consiste de
uma pilha de chapas finas espaçadas presas
juntas a um quadro.
Aplicações
•Operações rápidas;
•Operações com água do mar;
•Indústria de alimentos;
•Indústria de polímeros.
Trocadores de calor de placas
Vantagens
Desvantagens
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Número de passes
quente / frio :
1/1
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
Fluido
quente
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
t2
Fluido t1
quente
T1 T2
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
t2
Fluido t1
quente
T1 T2
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
t2
Fluido t1
quente
T1 T2
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
t2
Fluido t1
quente
T1 T2
Número de passes
quente / frio :
2/2
Sistema de passes
Fluido frio
t2
Fluido t1
quente
T1 T2
Número de passes
quente / frio :
2/2
Projeto de trocadores de calor de placas
Obs.
Coeficientes de convecção:
• Metanol
𝑚 27,8
• Velocidade do canal = 𝑢 = = = 0,51m/s
𝜌𝐴𝑁𝑐 750∗0.015∗48
𝜌𝑢𝐷 750∗0.51∗6∗10−3
• 𝑅𝑒 = = = 6750
𝜇 0,34∗10−3
ℎ𝐷 0,65 0,4 𝜇 0,14
• 𝑁𝑢 = = 0,26Re 𝑃𝑟 = 0,26 ∗ 67500,65 5,10,4 = 153,8
𝑘 𝜇𝑤
• h = 153,8 *0,19 / 6 * 10-3 = 4870 Wm-2 oC-1
• Água salobra
𝑚 68,9
• Velocidade do canal = 𝑢 = = = 0,96m / s
𝜌𝐴𝑁𝑐 995∗0.015∗48
𝜌𝑢𝐷 995∗0.96∗6∗10−3
• 𝑅𝑒 = = = 6876
𝜇 0,8∗10−3
ℎ𝐷 0,65 0,4 𝜇 0,14
•𝑁𝑢 = = 0,26Re 𝑃𝑟 = 0,26 ∗ 68760,65 5,70,4 = 162,8
𝑘 𝜇𝑤
• h = 162,8 * 0,59 /6 * 10-3 = 16009 Wm-2 oC-1
Solução
Coeficiente global:
• quedas de pressão
Metanol
f = 0,60 * (5400) -0,3 = 0,046
Comprimento do caminho = comprimento da placa = número de passes
= 1,5 * 1 = 1,5 m.
ΔPd = 8 * 0,046 * (1,5 / 6 * 10-3) * 750 * ((0,412) / 2) = 5799N / m2
• Perda de pressão localizada, tome o diâmetro da entrada como 100
mm,
área = 0,00785 m2.
• Velocidade através da entrada = (27,8 / 750) / 0,00785 = 4,72m / s,
• ΔPl = 1,3 * ((750 * 4,722) / 2) = 10860 N / m2
• Queda de pressão total = 5799 + 10,860 = 16,659 N / m2, 0,16 bar.
Solução
• quedas de pressão
Água
• f = 0,60 * (5501) -0,3 = 0,045
• Comprimento do caminho = comprimento da placa * número de
passes = 1,5 * 1 = 1,5 m.
• ΔPd = 8 * 0,045 * (1,5 / 6 * 10-3) * 995 * (0,772 / 2) = 26547N / m2
• Velocidade através da porta = (68,9 / 995) /0,0078 = 8,88 m / s
• ΔPl = 1,3 * (995 * 8,88) / 2 = 50999N / m2
• Queda de pressão total = 26.547 + 50.999 = 77.546 N / m2, 0,78 bar
• Poderia aumentar o diâmetro da porta para reduzir a queda de
pressão.
• O projeto do teste deve ser satisfatório, portanto, um trocador de calor
a placas pode ser considerado para esta tarefa.
Material para aprofundamento dos
estudos/projetos envolvendo
trocadores de calor de placas
• http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-
22102003-093322/publico/Tese_Jorge_A_W_Gut.pdf
• https://sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2014/
MIQ14020.pdf