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Conceitos fundamentais de Fenômenos de Transporte (FENTRAN), propriedades dos fluidos, unidades mais comuns, análise dimensional
e estática dos fluidos.
PROPÓSITO
Compreender os Fenômenos de Transporte, a metodologia da análise dimensional e semelhança – bastante utilizada em diversas
disciplinas de Engenharia – e a estática dos fluidos – fundamental para o projeto de diversas estruturas, como reservatórios, comportas e
barragens.
PREPARAÇÃO
Calculadora científica, papel e caneta para a resolução dos exercícios.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 1
A intenção é justamente essa, pois FENTRAN (simplificação frequentemente adotada) trata do transporte de grandezas que têm naturezas
físicas muito diferentes, mas mantêm entre si um aspecto em comum: o mecanismo. Em outras palavras, são os fenômenos que, apesar de
parecerem não ter nenhuma correlação, podem ser explicados pelos mesmos princípios e tratados por equações análogas.
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
No escoamento de fluidos, pode ocorrer “atrito” (tensão cisalhante) entre partículas. Por meio dessa força, é transferida a quantidade de
movimento (produto entre velocidade e massa).
Da mecânica clássica:
Q=m∙v
CALOR
Conforme você provavelmente aprendeu no ensino médio, calor é a transferência de energia térmica que pode ocorrer por condução,
convecção e radiação. Em FENTRAN, aprofundaremos mais esse conhecimento.
MASSA
Quando uma substância é liberada em um meio fluido (como, por exemplo, gás metano na atmosfera e lançamento de efluentes em um
rio), há a tendência de ela se espalhar, seja pelo movimento do meio (como, por exemplo, o vento na atmosfera ou a corrente do rio), seja
pela agitação microscópica (como, por exemplo, a molecular).
EFLUENTES
Todos esses casos envolvem fluidos, ou seja, líquidos e gases. Assim, o conhecimento sobre eles é fundamental, desde seu
comportamento mecânico até suas propriedades físicas.
RESUMINDO
FENTRAN trata do transporte de quantidade de movimento, calor e massa. E isso constitui um tema muito vasto. Portanto, separamos
aqui apenas os tópicos que são mais relevantes e necessários para a formação básica de um engenheiro, mas indicaremos fontes de
informações adicionais, caso você tenha interesse por mais detalhes.
A seguir, apresentaremos diversas aplicações de FENTRAN, principalmente na Engenharia, enfatizando os tipos de transporte envolvidos.
METEOROLOGIA E OCEANOGRAFIA
Nesses dois campos de estudo, são abordados tanto o movimento de fluidos (vento no ar da atmosfera e corrente e onda nos mares)
quanto a transferência de calor.
Foto: Shutterstock.com
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AERODINÂMICA
Há mais de um século, a aerodinâmica tem sido objeto de estudo, principalmente na aeronáutica. Mas, há pouco tempo, os mesmos
conceitos são utilizados no projeto de drones.
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Aerodinâmica
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Aerodinâmica
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LAZER
Talvez você não saiba, mas FENTRAN vai continuar acompanhando você mesmo após as atividades comentadas anteriormente. Os
princípios de transferência de calor estão presentes no churrasco que você prepara, na pizza que vai ao forno e até no hambúrguer
grelhado na chapa.
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Túnel de vento
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Túnel de vento
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Túnel de vento
ENGENHARIA NAVAL
Seja em pequenos barcos de pesca, grandes cargueiros, petroleiros e cruzeiros ou até submarinos: é necessário garantir a flutuabilidade e
o equilíbrio em todos os tipos de embarcações. Além disso, existe a força de arrasto, que impacta diretamente na velocidade e na
autonomia. Esses conceitos também são abordados em mecânica dos fluidos.
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Submarino e cargueiro
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Submarino e cargueiro
ESPORTES
Nos esportes, também tem FENTRAN! Os motivos pelos quais a bola faz curva em chutes mais fortes e os ciclistas se abaixam para
alcançar maiores velocidades são explicados por conceitos abordados em mecânica dos fluidos.
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Esportes
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Esportes
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Hidráulica e irrigação
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Hidráulica e irrigação
ÓLEO E GÁS
A indústria de óleo e gás é um ótimo exemplo para aplicação de FENTRAN, pois utiliza, praticamente, todos os tópicos abordados.
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REFRIGERAÇÃO
Geladeiras, freezers e sistemas de ar-condicionado funcionam com princípios abordados em transferência de calor.
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Refrigeração
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Refrigeração
DISPERSÃO DE POLUENTES
Há uma preocupação cada vez maior com o meio ambiente, o que inclui o impacto do lançamento de poluentes. A maneira como
substâncias se dispersam na atmosfera ou em corpos hídricos é avaliada com base em conhecimentos da transferência de massa.
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Poluição
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Poluição
SUSTENTABILIDADE
Um dos termos mais valorizados na engenharia moderna é a sustentabilidade. Essa é a característica que os melhores projetos devem
buscar, seja no aproveitamento da radiação solar, seja no aproveitamento das baixas temperaturas submarinas.
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SÓLIDO X FLUIDO
Neste momento, já é possível ter uma boa noção do que é FENTRAN e perceber que fluido é o tipo de matéria de nosso interesse. Por
isso, é importante defini-lo.
O que você lembra sobre a diferença entre sólido e fluido aprendida no ensino médio?
SÓLIDO
LÍQUIDO
Adequam-se ao ambiente
Essas características, obviamente, continuam válidas no curso superior. Porém, na Engenharia, precisamos de mais detalhes para
representar a matéria do ponto de vista mecânico, ou seja, em termos de tensões e deformações.
δθ
, entrando em equilíbrio. Já o fluido não é capaz de resistir em equilíbrio. Então, o ângulo de distorção continua aumentando pelo tempo
que a tensão cisalhante for aplicada, ou seja, ele “escoa”, conforme demonstra a imagem a seguir:
δθ
dθ / dt
Isaac Newton (1643-1727) mostrou que, para fluidos mais comuns (como, por exemplo, água, óleos e ar), a tensão cisalhante é
proporcional à taxa de cisalhamento, ou seja:
DΘ
Τ=Μ ( I )
DT
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que
dθ / dt
) não é prático para se medir ou calcular em um escoamento. Por isso, vamos trocar por outro termo equivalente, conforme a dedução a
seguir.
Vamos recortar apenas uma porção retangular infinitesimal de um fluido que escoa, com dimensões
δx
δy
. Transcorrido um tempo
δt
, o retângulo (linha tracejada) passa a ser um losango (linha contínua), conforme mostra a figura seguinte:
δx2 = δu δt
ΔU ΔT
TAN ΔΘ = ( II )
ΔY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
tanδθ ≅ senδθ ≅ δθ
. Portanto:
ΔU ΔT DΘ DU
ΔΘ = → = ( III )
ΔY DT DY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Substituindo na equação
(i)
DU
Τ=Μ ( IV )
DY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa equação representa a Lei da Viscosidade de Newton, válida para os fluidos então chamados de newtonianos.
SAIBA MAIS
Algumas substâncias possuem comportamento ambíguo, ou seja, dependendo da condição, classificam-se como sólidos ou fluidos. Como
exemplos, podemos citar o vidro, que escoa muito lentamente (leva centenas de anos para perceber), e o solo, que, em desmoronamentos
aéreos ou submarinos, pode se comportar como fluido.
Vamos avaliar o efeito desse distanciamento por meio da relação entre massa e volume ocupado, chamado de massa específica:
M
Ρ= (V)
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Partindo de um volume pequeno, mas que já engloba uma molécula (esfera 1 da imagem a seguir), teremos uma massa elevada, conforme
o ponto 1 do gráfico a seguir:
Aumentando o tamanho do volume, a massa específica diminui até o ponto 2 do gráfico, na iminência de incluir mais uma molécula, quando
a massa específica dá um salto (ponto 3). Esse processo se repete, mas os saltos diminuem gradativamente, pois a quantidade de
moléculas adicionadas no aumento do volume perde cada vez mais proporção em relação às já incluídas.
Portanto, a partir de determinado volume limite, comumente aceito como 10-12 cm³ para líquidos e gases nas condições normais de
temperatura e pressão (CNTPs), essa oscilação passa a ser desprezível, e o gráfico tem comportamento contínuo.
As dimensões tratadas na Engenharia são, praticamente, sempre muito superiores a esse volume limite. Portanto, daqui em diante,
consideraremos o fluido como uma matéria contínua.
Assim temos:
HIPÓTESE
As dimensões mínimas estudadas na Engenharia envolvem um número muito grande de moléculas, o que possibilita considerar o fluido
como um meio contínuo, sem distinção entre moléculas e vazios.
CONSEQUÊNCIA
Em qualquer ponto no espaço, haverá uma partícula fluida que possui todas as grandezas inerentes a um fluido, como massa (
δm
), volume (δ ), velocidade (\vec{V}) e temperatura (T). A massa específica, por exemplo, será calculada por: ρ
=
δ
m
δ
V
.
Tabela: Tratamento dos fluidos na Engenharia.
Elaborado por: Gabriel de Carvalho Nascimento
Antes de começar a desenvolver equações, é necessário decidir qual abordagem será adotada – aquela que segue a matéria (lagrangiana)
ou aquela que se mantém fixa ao espaço (euleriana), conforme mostra a imagem a seguir:
EULERIANA
Lê-se: “óileriana”.
Essa decisão se resume ao que mediremos ou calcularemos em termos das grandezas físicas (ex.: velocidade, pressão e temperatura),
conforme a tabela a seguir:
Lagrangiana Euleriana
Onde as grandezas
físicas são Em determinadas partículas de interesse, que Nas partículas que passam nas posições de
medidas/calculadas? são acompanhadas ao longo de sua trajetória no interesse (domínio de análise) ao longo do
tempo. tempo.
Depende. Se estamos falando de sólidos, como na análise de estruturas (por exemplo, aço e concreto), os deslocamentos fazem com que
posições em que antes havia a matéria de interesse, em um momento posterior, passe a não haver nada (apenas ar) ou outro tipo de
material. Isso dificulta a aplicação da abordagem euleriana, que monitora as posições do espaço.
Em contrapartida, em se tratando de fluido, os deslocamentos são grandes. Normalmente, há entrada por um contorno e saída pelo outro, o
que dificulta o acompanhamento das partículas, feito pela abordagem lagrangiana.
DICA
De maneira geral, concluímos que, para sólidos, a abordagem lagrangiana é mais apropriada, enquanto, para fluidos, a euleriana se
adequa melhor.
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EXEMPLO
O velocímetro mede a velocidade do automóvel, ou seja, acompanha a “partícula” enquanto se move. Essa situação corresponde à
definição da abordagem lagrangiana.
E o radar?
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Os radares medem a velocidade dos veículos que passam em determinado local, ou seja, não acompanham a “partícula”. Nesse caso,
temos uma situação correspondente à abordagem euleriana.
MASSA ESPECÍFICA: Ρ
É definida como a razão entre a massa e o volume de uma partícula fluida:
Ρ
=
D
M
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por depender do volume ocupado, \rho pode variar com a temperatura e a pressão. Por definição, fluidos incompressíveis não sofrem
variação de volume para uma mesma quantidade de massa. Portanto, nesse caso, a massa específica \rho é constante, o que pode ser
considerado para os líquidos na maioria das situações e, em alguns casos, até mesmo para gases.
UNIDADES
kg/m³
SAIBA MAIS
PESO ESPECÍFICO: Γ
É definido pela razão entre o peso e o volume de uma partícula:
Γ
=
D
P
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
\GAMMA=\RHO G
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
UNIDADES
N/m³ (S.I.)
DENSIDADE: D OU Δ
É a razão entre a massa específica do fluido (\rho) e a de referência (\rho_{ref}). Portanto, é adimensional:
D=\FRAC{\RHO}{\RHO_{REF}}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Normalmente, \rho_{ref} é adotada como a maior massa específica da água (ρ_{água}=1.000 kg/m³), que ocorre em 4°C.
SAIBA MAIS
Algumas vezes, encontramos o termo densidade referindo-se à massa específica. A maneira de se assegurar do que se trata é observar a
unidade que acompanha o valor. Densidade é traduzida para inglês por specific gravity (S.G.) ou relative density.
VISCOSIDADE (DINÂMICA): Μ
Conforme já vimos, viscosidade é uma constante que aparece na Lei da Viscosidade de Newton, dada por:
\TAU=\MU\FRAC{DU}{DY}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Quanto maior a viscosidade, maior será a tensão cisalhante (viscosa) necessária para manter a mesma velocidade.
Imagine que, entre duas chapas metálicas, seja colocada uma camada fina de óleo. Ao deslizar as superfícies, uma tensão cisalhante será
gerada, e a força necessária para manter o movimento será F=\tau A, conforme mostrado a seguir:
Quanto mais viscoso for o óleo, maior será essa força. É por isso que, para óleos lubrificantes, desejamos os que possuem a menor
viscosidade. Por um lado, a viscosidade sofre pouca influência da pressão. Por outro, a temperatura, além de ter influência significativa,
causa efeito diferenciado em gases e líquidos:
GASES
+ temperatura \rightarrow + viscosidade
LÍQUIDOS
+ temperatura \rightarrow - viscosidade
Esse comportamento diferenciado em líquidos tem um efeito benéfico em muitos equipamentos e motores, pois o aumento da temperatura,
que ocorre durante seu uso, causa diminuição da viscosidade do óleo lubrificante, redução da força resistente e, consequentemente, da
potência dissipada.
Fluido
\mu
\rho
UNIDADES
kg/m.s (S.I.)
UNIDADES
m²/s (S.I.)
Antes de falar de pressão, vamos relembrar de uma grandeza física parecida: a tensão normal (\sigma), que representa a força aplicada
por unidade de área (\sigma=d\vec{F}/dA). Trata-se de uma grandeza vetorial, pois tem direção e sentido, além da intensidade (módulo).
Em uma partícula, que podemos representar como um prisma infinitesimal, pode haver uma tensão normal com valor diferente para cada
face, conforme mostra a imagem a seguir:
P=\FRAC{DF}{DA}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ela constitui, então, uma grandeza escalar, ou seja, tem apenas um valor para cada partícula. A pressão também pode ser calculada pela
média das tensões normais nas três direções (x, y e z):
P=\FRAC{\SIGMA_X+\SIGMA_Y+\SIGMA_Z}{3}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Outro detalhe importante é que a tensão normal tem referencial de tração, ou seja, é positiva quando a superfície está sendo “puxada”.
Para a pressão, é o contrário: Um valor positivo significa compressão. Como fluidos não resistem à tração (eles se separam se
tracionados), a pressão passa a ser uma grandeza mais adequada para avaliar a condição dos fluidos, pois estão sempre comprimidos.
UNIDADES
N/m² \rightarrow 1 N/m² = 1 Pa (Pascal)
SAIBA MAIS
Muitos engenheiros dizem, simplificadamente, “quilos” para se referir a kgf/cm². Portanto, se você ouvir que a pressão de projeto deve ser
de “8 quilos”, não pense em uma balança, pois o valor é 8 kgf/cm².
Os manômetros são instrumentos que medem a pressão e indicam a diferença entre a pressão (absoluta) (p) no interior da tubulação ou
reservatório e a pressão no ambiente externo (p_{amb}). Por isso, chamamos de pressão manométrica (p_m), calculada por:
P_M=P-P_{AMB}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
SAIBA MAIS
A letra “g”, colocada após a unidade da pressão, refere-se a gauge, o que significa pressão manométrica, assim como a letra “a” remete à
pressão absoluta. Por exemplo, se você ler em um relatório de inspeção que a pressão medida foi de 5,2 kgf/cm²g, significa que essa é a
pressão manométrica.
TEORIA NA PRÁTICA
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RESOLUÇÃO
B) Os fenômenos decorrentes do transporte de partículas sólidas, como o carregamento de grãos e areia em vagões e caminhões.
A) Água
B) Ar
C) Aço
D) Vidro
E) Espuma
D) Manômetro
E) Detector de fumaça
A) kg/m
B) Pa
C) m.kg/s
D) Pa.s
E) m/s²
A) Água congelada
B) Ar a 60°C
C) Água a 20°C
D) Ar a 0°C
E) Água a 90°C
UM FLUIDO OCUPA UM VOLUME DE 1,5M³, E SUA MASSA É 3.000KG. DETERMINE SUA MASSA
ESPECÍFICA:
A) 1.000 kg/m³
B) 1
C) 2.000 kg/m³
D) 500 kg/m³
E) 2
GABARITO
A disciplina FENTRAN se refere ao transporte decorrente do movimento de fluidos (transporte de quantidade de movimento), da
transferência de energia térmica (transporte de calor) e de massa.
O vidro tem um comportamento peculiar, pois escoa muito lentamente, levando muitos anos para que se observe a evolução da
deformação decorrente da tensão cisalhante aplicada. Portanto, analisando-os em um curto prazo, os vidros são classificados como
sólidos, mas, a longo prazo, têm um comportamento de fluido.
Na representação lagrangiana, o referencial de coordenadas acompanha a matéria (fluido), enquanto, na euleriana, permanece fixo no
espaço. Assim, a única alternativa que se enquadra na definição lagrangiana é a “sonda lançada em uma adutora”, que será levada junto
com o fluido, realizando as medições (como, por exemplo, temperatura e pressão) das partículas próximas que a acompanham.
Primeiramente, devemos excluir a água congelada (gelo), pois não se trata de um fluido, mas sim de um sólido. Entre os restantes, temos
água e ar. A viscosidade de gases é muito inferior à viscosidade de líquidos devido à maior distância e, consequentemente, à interação
entre moléculas. Resta decidir entre ar a 0°C e 60°C.
Em líquidos, o aumento da temperatura causa diminuição da viscosidade, enquanto, em gases, o efeito é o contrário. Portanto, um gás
(nesse caso, ar) com maior temperatura terá maior viscosidade.
Um fluido ocupa um volume de 1,5m³, e sua massa é 3.000kg. Determine sua massa específica:
Ρ=MV=30001,5=2000 KG/M³
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
EM UMA ATIVIDADE DE LABORATÓRIO, SEU GRUPO VERIFICOU COM UMA BALANÇA DE PRECISÃO QUE
A QUANTIDADE DE GASOLINA QUE PREENCHEU UM RECIPIENTE DE 25ML PESAVA 17G. QUAL É A
MASSA ESPECÍFICA DESSA AMOSTRA DE GASOLINA, NO S.I.?
A) 0,680 kg/m³
B) 0,340 g/mL
C) 340 kg/m³
D) 0,680 g/mL
E) 680 kg/m³
(PETROBRAS - ENGENHEIRO DE PETRÓLEO - 2012)
A) 1/6
B) 1/3
C) 1
D) 2/3
E) 3/2
GABARITO
Em uma atividade de laboratório, seu grupo verificou com uma balança de precisão que a quantidade de gasolina que preencheu
um recipiente de 25mL pesava 17g. Qual é a massa específica dessa amostra de gasolina, no S.I.?
Ρ=MV
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V=25·10-3 DM3=25·10-3·10-13 M3=25·10-6 M3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Então:
$$\RHO=\FRAC{0,017}{25\CDOT{10}^{-6}}=680\ KG/M^3$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Usando um dinamômetro, verifica-se que um corpo de densidade $$d_C$$ e de volume $$V = 1,0 \ litro$$ possui um peso que é o
triplo do “peso aparente” quando completamente mergulhado em um líquido de densidade $$d_L$$. Qual a razão $$d_C/d_L$$?
ΡC=MCV=P/G1=PG
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O peso aparente ($$P^\prime$$) será o peso medido pelo dinamômetro quando o corpo está mergulhado, ou seja, o peso real ($$P$$)
descontado do empuxo ($$E$$):
P'=P-E=P-ΡLGV=P-DLΡÁGUAGV
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
P3=P-DLΡÁGUAGV→23P=DLΡÁGUAGV
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como V = 1 L:
→ P=32DLΡÁGUAG (II)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
$$D_C\RHO_{ÁGUA}G=\FRAC32D_L\RHO_{ÁGUA}G\RIGHTARROW\FRAC{D_C}
{D_L}=\FRAC32$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÓDULO 2
GRUPOS ADIMENSIONAIS
O conteúdo deste módulo é adotado para resolução de muitos problemas, não só em FENTRAN, mas em diversas disciplinas de
Engenharia. Com esse conhecimento, podemos simplificar a análise dos fenômenos e extrapolar resultados para condições além daquelas
em que há dados disponíveis.
A análise do escoamento, da transferência de calor e de massa pode envolver cálculos complexos, normalmente com equações
diferenciais parciais que não têm solução analítica para condições reais.
Já os grupos adimensionais podem nos dizer muito sobre o fenômeno estudado, de maneira muito prática e simples, e até ajudar na
solução de problemas. Eles são formados pela combinação de grandezas dimensionais, de modo que o resultado não tenha unidade.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
𝜌 = massa específica
𝑉 = velocidade do escoamento
𝜇 = viscosidade dinâmica
A força inercial, proporcional a \rho VL, representa a tendência que o fluido tem de manter sua velocidade, enquanto a força viscosa,
proporcional a \nu, representa o que procura resistir ao escoamento. Portanto, quanto menor o denominador (viscosidade), maior é o valor
de Re e menos “controlado” é o escoamento. Esse é o caso dos escoamentos turbulentos, ao contrário dos laminares.
Depende do tipo de escoamento ao qual estamos nos referindo. O escoamento no interior de tubulações é um dos fenômenos de maior
interesse na Engenharia. O número de Reynolds auxilia na escolha e no cálculo das equações utilizadas para prever a perda de pressão
que o fluido sofre ao longo do duto.
tabela a seguir apresenta a classificação desse tipo de escoamento de acordo com o número de Reynolds:
Re Classificação Imagem
Quando um fluido atravessa, transversalmente, um sólido (como, por exemplo, a corrente oceânica em um duto submarino), pode ocorrer o
desprendimento de vórtices (recirculações do escoamento), que, por sua vez, tendem a ocasionar a vibração do corpo. O número de
Reynolds nos permite verificar se há susceptibilidade de desprendimento de vórtices, além do cálculo da força de arrasto.
A tabela a seguir apresenta a classificação desse tipo de escoamento de acordo com o número de Reynolds:
Re Classificação Imagem
Re Classificação Imagem
O número de Euler (Eu) representa a razão entre o incremento de pressão, até determinado ponto, e o máximo valor que ele pode ter, ou
seja:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
\Delta p=p-\ p_0 = diferença entre a pressão local e a pressão na corrente livre (afastado da superfície sólida)
𝜌 = massa específica
𝑉 = velocidade do escoamento
FR=\ \FRAC{V}{\SQRT{GL}}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
𝑉 = velocidade do escoamento
g = gravidade
O valor de Fr tem relevância em escoamentos em que a gravidade exerce influência significativa, como em rios, em ondas e ao redor de
navios.
O número de Froude é utilizado para classificar o escoamento em canais, conforme a tabela a seguir:
Fr Classificação
=1 Crítico
Essa classificação é importante para prever diversos aspectos do comportamento do escoamento. Na transição de um escoamento
torrencial (Fr > 1) para fluvial (Fr < 1), ocorre um fenômeno chamado ressalto hidráulico, conforme ilustra a imagem a seguir:
WE=\FRAC{\RHO V^2L}{\GAMMA}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
𝜌 = massa específica
V = velocidade do escoamento
L = dimensão característica
O valor de We indica se a tensão superficial tem influência significativa no escoamento e é relevante quando é da ordem de grandeza de 1
(100) ou menos.
Se você reduzir demais o tamanho do modelo físico (L), a tensão superficial passa a exercer uma influência que não há no tamanho
original. Consequentemente, o modelo não representará, de forma adequada, o protótipo.
MA=\FRAC{V}{C}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O escoamento pode ser classificado com base no valor de Ma, conforme a tabela a seguir:
Ma Classificação
=1 Barreira do som
Escoamentos supersônicos, como em aviões a jato, apresentam uma complexidade maior para sua análise, pois os efeitos de
compressibilidade devem ser considerados nos cálculos. A imagem a seguir ilustra esses tipos de escoamentos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
𝜌 = massa específica
𝑉 = velocidade do escoamento
A = área de referência
Os coeficientes de arrasto e sustentação são muito úteis, por exemplo, quando há dados na literatura para seus valores sob determinada
condição, como escoamento ao redor de uma esfera. Nesse caso, basta explicitar a força das equações e calcular.
A área a ser considerada como referência varia com as características do problema. Quando o arrasto causado pela força de pressão é
mais significativo, utiliza-se a área de projeção frontal. Se a força de “atrito” (cisalhante) é preponderante, adota-se a área que inclua a
superfície ao longo da qual a tensão é aplicada, como a área planiforme (vista superior) da asa de avião. A imagem a seguir apresenta
essas áreas de referência:
ANÁLISE DIMENSIONAL
Imagine que você quer desenvolver um gráfico ou ábaco que forneça a força de arrasto (F_D) em um corpo com determinada geometria,
como, por exemplo, um novo equipamento que deve ser anexado ao casco de um submarino. Devido à complexidade do fenômeno
(escoamento turbulento), é provável que utilize um modelo físico reduzido: Uma reprodução simplificada do problema em laboratório.
ÁBACO
Primeiramente, devemos avaliar as grandezas dimensionais que influenciarão no resultado. Devemos considerar a velocidade do
escoamento (V), a massa específica e a viscosidade do fluido (\rho e \mu), e a dimensão de referência da geometria (L). Desejamos, então,
obter a grandeza de interesse a partir das demais:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se você deseja que seu gráfico tenha uma boa abrangência de possibilidades, é razoável assumirmos 10 valores diferentes para cada
parâmetro de entrada (L, V e fluido). Então, serão 10 x 10 x 10 = 1000 testes! O estagiário teria de morar no laboratório.
Para contornar isso, existe um método que reduz a quantidade de variáveis e, consequentemente, de testes necessários, conforme
veremos a seguir.
TEOREMA PI DE BUCKINGHAM
Seja um fenômeno que envolve 𝒏 variáveis dimensionais (u_i), em que:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
De acordo com o Teorema Pi de Buckingham, é possível reduzir o número de variáveis dimensionais (𝒏) a um número menor (𝒌) de
variáveis (grupos) adimensionais \pi_i:
G\LEFT(\PI_1,\PI_2,\ \LDOTS,\PI_K\RIGHT)=0
K\ =\ N\ -\ R
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que 𝒓 é o número mínimo de grandezas básicas – como, por exemplo, comprimento (L), massa (M), tempo (T) e temperatura (\theta) –
necessário para formar as grandezas de todas as variáveis (u_i).
Expressar cada uma delas em função das dimensões básicas. A velocidade, por exemplo, é definida como comprimento pelo tempo (L/T).
Obter os \Pi s, escolhendo como \Pi_1 aquele que contém a variável de interesse.
4
5
Agora, vamos voltar ao problema exemplificado da força de arrasto, seguindo esses passos. Já fizemos a listagem das grandezas
dimensionais (primeiro passo), contabilizando n = 5 (F_D, L, V, \rho e \mu).
F_D ML/T^2
L L
V L/T
\rho M/L^3
\mu M/LT
Aqui, percebemos que a quantidade r de grandezas básicas necessárias é 3 (M, L e T). Então, a quantidade de adimensionais necessários
será: k=5-3=2.
O próximo passo consiste em formar os dois adimensionais (\Pi s) a partir das grandezas dimensionais. Por praticidade, escolheremos os
\Pi s a partir dos adimensionais mais conhecidos.
Observamos, rapidamente, que os adimensionais mais oportunos são o coeficiente de arrasto e o número de Reynolds. Como \Pi_1,
devemos escolher o que possui a variável dependente (de interesse), que é F_D. Então:
\LEFT\{\BEGIN{ARRAY}{L}\PI_1=C_D=\FRAC{F_D}{\FRAC12\RHO
VL^2}\\\PI_2=RE=\FRAC{\RHO VL}\MU\END{ARRAY}\RIGHT.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Note que substituímos a área A, do coeficiente de arrasto C_D, por L^2, pois ambos têm a mesma dimensão (comprimento ao quadrado).
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lembre-se de que, na formulação anterior, realizaríamos 1000 testes para variar 10 vezes cada parâmetro de entrada. Agora, temos um
parâmetro de entrada (Re), e são necessários apenas 10 testes. O estagiário agradece!
Outra vantagem dessa metodologia é mostrar do que o resultado será dependente. No exemplo demonstrado, o coeficiente de arrasto
(C_D) é função do número de Reynolds (Re). Então, basta construir um gráfico C_D versus Re, a partir dos resultados do experimento,
para obter o que desejávamos desde o início: Um gráfico que pudesse ser utilizado para obter F_D em diversas condições.
Esse gráfico já existe na literatura para diversas geometrias como esfera, conforme mostra a imagem a seguir:
O procedimento final é: Calcule Re de seu problema, obtenha C_D pelo gráfico e, por fim, calcule F_D a partir de C_D. São cálculos
bastante simples para obter o resultado de um fenômeno complexo. Todavia, lembre-se de que isso só ajudará se você tiver o gráfico.
ATENÇÃO
O Teorema Pi de Buckingham auxilia na obtenção de uma expressão que correlacione as variáveis, reduzindo a quantidade de repetições
necessárias, mas depende de dados experimentais.
TEORIA DA SEMELHANÇA
Muitas vezes, precisamos saber como se comportará um fenômeno, cujas dimensões ou características inviabilizam reproduzi-lo em
condições de projeto ou protótipo. Uma alternativa amplamente empregada na Engenharia é a utilização de modelos físicos em laboratório,
que podem ter não apenas a escala reduzida, mas também outras condições diferentes, como o fluido utilizado (por exemplo, se o fluido de
projeto é perigoso ou caro).
Mas, se medirmos a grandeza física de interesse no modelo, como saberemos qual seria o valor de protótipo necessário para o
desenvolvimento do projeto?
O emprego da semelhança amplifica a aplicabilidade dos resultados experimentais, com base nos seguintes passos:
PASSO 1
Aplique a análise dimensional para determinar os \Pi s, lembrando que \Pi_1 é o grupo adimensional que possui a variável a ser medida
(dependente).
PASSO 2
Seja \Pi_i o grupo adimensional correspondente ao protótipo e \Pi_{im}, ao modelo.
PASSO 3
Faça com que, a partir do segundo, os adimensionais do modelo sejam iguais ao do protótipo:
\LEFT\{\BEGIN{ARRAY}{L}\PI_{2M\;}=\;\PI_2\\\BEGIN{ARRAY}
{C}\PI_{3M}=\PI_3\\\CDOTS\\\PI_{KM}=\;\PI_K\END{ARRAY}\END{ARRAY}\RIGHT.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa condição é obtida durante o planejamento do experimento, quando determinamos a dimensão, a velocidade, o fluido etc.
PASSO 4
Se a condição anterior é garantida, a semelhança é dita completa e, consequentemente:
\PI_1=\ \PI_{1M}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lembrando que o \Pi_1 é o que contém a variável de interesse – por exemplo, força de arrasto (F_D). Isso significa que a medição feita no
modelo pode ser utilizada para calcular o \Pi_{1m} e, por fim, o valor da variável de protótipo.
Exemplo
Você está planejando medir a força de arrasto da água em uma peça do sonar a ser instalado na parte externa do submarino nuclear
brasileiro. O teste será feito em laboratório, em um canal de corrente que comporta um modelo reduzido na escala 1:2. Considere que será
utilizado o mesmo fluido (água do mar) e na mesma temperatura.
Qual deve ser a velocidade aplicada no tanque de corrente para que haja semelhança completa ao submarino navegando a 12m/s?
Qual será a força de resistência (arrasto) adicionada ao submarino se a medida no modelo reduzido é 250N?
SOLUÇÃO
\PI_1=C_D
\PI_2=RE
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o fluido e a temperatura do modelo são os mesmos do protótipo, as propriedades (\rho e \mu) também serão:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V_M=12\LEFT(2\RIGHT)=24\ M/S
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa é a condição necessária para que haja a semelhança completa neste problema. De acordo com a Teoria da Semelhança, teremos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
\ \FRAC{F_D}{\FRAC{1}{2}\RHO V^2L^2}=\FRAC{F_{DM}}{\FRAC{1}
{2}\RHO_MV_M^2L_M^2}
\RIGHTARROW\ \ \ \FRAC{F_D}{V^2L^2}=\FRAC{F_{DM}}{V_M^2L_M^2}\ \ \ \ \ \
\RIGHTARROW\ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ F_D=F_{DM}\LEFT(\FRAC{V}
{V_M}\RIGHT)^2\LEFT(\FRAC{L}{L_M}\RIGHT)^2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim:
F_D=250\LEFT(\FRAC{12}{24}\RIGHT)^2\LEFT(2\RIGHT)^2=250\ N
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
TEORIA NA PRÁTICA
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RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
QUAL DOS ADIMENSIONAIS A SEGUIR CORRESPONDE A UMA RELAÇÃO ENTRE FORÇAS INERCIAIS E
FORÇAS VISCOSAS?
A)
B) $$Fr=V/\sqrt{gL}$$
C) $$Re=\rho VL/\mu$$
D) $$We=\rho V^2L/\sigma$$
E) $$C_D=F_D/(0,5\rho V^2A)$$
E)
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
QUAL DOS ADIMENSIONAIS A SEGUIR CORRESPONDE A UMA RELAÇÃO ENTRE FORÇA INERCIAL E
FORÇA GRAVITACIONAL?
A)
B) $$Fr=V/\sqrt{gL}$$
C) $$Re=\rho VL/\mu$$
D) $$We=\rho V^2L/\sigma$$
E) $$C_D=F_D/(0,5\rho V^2A)$$
E)
QUANTOS ADIMENSIONAIS SÃO NECESSÁRIOS PARA AVALIAR A PERDA DE PRESSÃO CAUSADA POR
UMA VÁLVULA?
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
PARA O PROBLEMA DA QUESTÃO ANTERIOR (PERDA DE CARGA EM UMA VÁLVULA), QUAL(IS) É (SÃO)
O(S) ADIMENSIONAL(IS) NECESSÁRIO(S)?
A)
B)
C) $$\frac{\Delta p}{0,5\rho V^2}$$
C)
D)
E) $$\frac{\rho VD}{\mu}$$
E)
SE O EXPERIMENTO FOR REALIZADO EM ESCALA 1:10 COM O MESMO FLUIDO, NA MESMA PRESSÃO E
TEMPERATURA, QUAL DEVE SER A RAZÃO ENTRE A VELOCIDADE DO ESCOAMENTO DE MODELO PARA
O PROTÓTIPO, CONSIDERANDO SEMELHANÇA COM O NÚMERO DE REYNOLDS?
A) 10
B) 0,1
C) 2
D) 0,5
E) 1
GABARITO
Qual dos adimensionais a seguir corresponde a uma relação entre forças inerciais e forças viscosas?
Ao analisarmos a alternativa C (número de Reynolds), observamos que há a divisão de $$\rho VL$$ por $$\mu$$. O primeiro ($$\rho VL$$)
pode ser interpretado pelo produto entre “massa” e velocidade, o que remete à inércia, enquanto o segundo ($$\mu$$) é a viscosidade do
fluido, diretamente relacionado à força viscosa. Portanto, nesse adimensional, há a divisão entre força inercial e força viscosa.
Em um problema em que as grandezas dimensionais relevantes são $$\rho$$, $$\mu$$, $$V$$, $$L$$ e $$F$$, de acordo com o
Teorema Pi de Buckingham, quantos adimensionais são necessários?
Pelo Teorema Pi de Buckingham, a quantidade de adimensionais necessários será $$k=n-r$$, em que $$n$$ é a quantidade de grandezas
dimensionais, e $$r$$ é a quantidade de grandezas básicas (como, por exemplo, comprimento, tempo, massa e temperatura) necessárias
para formar todas as demais grandezas.
No problema em questão, temos $$n=5$$ grandezas dimensionais, que podem ser formadas com $$r=3$$ grandezas básicas
(comprimento, massa e tempo). Portanto, a quantidade de adimensionais será $$k=5-3=2$$.
Qual dos adimensionais a seguir corresponde a uma relação entre força inercial e força gravitacional?
Ao analisarmos a alternativa B (número de Froude), observamos que é a divisão entre a velocidade, diretamente relacionada com a inércia
(quantidade de movimento), e a raiz da gravidade. Esse adimensional é relevante em problemas em que a gravidade tem influência no
comportamento do fluido, como escoamentos com superfície livre (como, por exemplo, rios).
Quantos adimensionais são necessários para avaliar a perda de pressão causada por uma válvula?
A alternativa "B " está correta.
Pelo Teorema Pi de Buckingham, a quantidade de adimensionais necessários será $$k=n-r$$, em que $$n$$ é a quantidade de grandezas
dimensionais, e $$r$$ é a quantidade de grandezas básicas (como, por exemplo, comprimento, tempo, massa e temperatura) necessárias
para formar todas as demais grandezas. No problema em questão, são relevantes as seguintes variáveis dimensionais:
Portanto, temos $$n=5$$ grandezas dimensionais, que podem ser formadas com $$r=3$$ grandezas básicas (comprimento, massa e
tempo). Logo, a quantidade de adimensionais será $$k=5-3=2$$.
Para o problema da questão anterior (perda de carga em uma válvula), qual(is) é (são) o(s) adimensional(is) necessário(s)?
Se o experimento for realizado em escala 1:10 com o mesmo fluido, na mesma pressão e temperatura, qual deve ser a razão entre
a velocidade do escoamento de modelo para o protótipo, considerando semelhança com o número de Reynolds?
Para que haja semelhança completa, todos os adimensionais devem ter o mesmo valor no modelo e protótipo. Portanto, baseando-se no
número de Reynolds:
$$RE_M=RE_P$$
$$\RIGHTARROW\ \FRAC{\RHO_MV_ML_M}{\MU_M}=\FRAC{\RHO_PV_PL_P}
{\MU_P}$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o fluido é o mesmo e na mesma pressão e temperatura, temos $$\rho_m=\rho_p$$ e $$\mu_m=\mu_p$$. Então:
$$V_ML_M=V_PL_P\RIGHTARROW\ \ \FRAC{V_M}{V_P}=\FRAC{L_P}
{L_M}=\FRAC{10}{1}=10$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
PARA O CÁLCULO DA PERDA DE PRESSÃO POR COMPRIMENTO ($$\DELTA P_L$$), CAUSADA PELA
TENSÃO CISALHANTE COM AS PAREDES AO LONGO DE UM TUBO, SÃO NECESSÁRIOS COMO DADOS DE
ENTRADA:
A)
B)
C)
D)
E)
A FORÇA DE ARRASTO SOBRE UM MODELO DE AVIÃO EM ESCALA 1:20 MEDIDA EM LABORATÓRIO FOI
DE 1,5N PARA UMA VELOCIDADE DE 50M/S. QUAL SERÁ A FORÇA SOBRE O PROTÓTIPO A 100M/S,
CONSIDERANDO QUE A PRESSÃO E A TEMPERATURA SERÃO AS MESMAS?
A) 120N
B) 30N
C) 2,4kN
D) 3,0N
E) 600N
GABARITO
Para o cálculo da perda de pressão por comprimento ($$\Delta p_L$$), causada pela tensão cisalhante com as paredes ao longo
de um tubo, são necessários como dados de entrada:
Qual das alternativas a seguir apresenta um conjunto mínimo de adimensionais suficiente para a análise dimensional?
Pelo Teorema Pi de Buckingham, a quantidade de adimensionais necessários será $$k=n-r$$, em que $$n$$ é a quantidade de grandezas
dimensionais, e $$r$$ é a quantidade de grandezas básicas (como, por exemplo, comprimento, tempo, massa e temperatura) necessárias
para formar todas as demais grandezas.
No problema em questão, temos $$n=6$$ ($$\Delta p_L$$, $$D$$, $$V$$, $$\rho$$, $$\mu$$ e $$\varepsilon$$), que podem ser
formadas com $$r=3$$ (comprimento, massa e tempo). Portanto: $$k=6-3=3$$.
Entre as alternativas apresentadas, a única que possui 3
adimensionais, todos formados apenas com as variáveis envolvidas no problema, é a letra B.
A força de arrasto sobre um modelo de avião em escala 1:20 medida em laboratório foi de 1,5N para uma velocidade de 50m/s.
Qual será a força sobre o protótipo a 100m/s, considerando que a pressão e a temperatura serão as mesmas?
Contemplando a variável de interesse, ou seja, a força de arrasto ($$F_D$$), o adimensional mais conhecido é:
$$C_D=\FRAC{F_D}{0,5\RHO V^2A}$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O adimensional com a variável de interesse deve ter o mesmo valor para modelo e protótipo. Portanto:
$$C_{D_P}=C_{D_M}$$
$$\FRAC{F_{D_P}}{0,5\RHO_PV_P^2A_P}=\FRAC{F_{D_M}}
{0,5\RHO_MV_M^2A_M}$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como a pressão e a temperatura são as mesmas, também será a massa específica ($$\rho_p=\rho_m$$):
$$\FRAC{{F_D}_P}{V_P^2A_P}=\FRAC{{F_D}_M}{V_M^2A_M}$$
$$\RIGHTARROW\ \ \ {F_D}_P={F_D}_M\LEFT(\FRAC{V_P}
{V_M}\RIGHT)^2\LEFT(\FRAC{A_P}{A_M}\RIGHT)$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como a razão entre áreas é igual à razão entre o quadrado do comprimento de referência ($$L$$):
$$F_{D_P}={F_D}_M\LEFT(\FRAC{V_P}{V_M}\RIGHT)^2\LEFT(\FRAC{L_P}
{L_M}\RIGHT)^2$$
$$\RIGHTARROW\ \ {F_D}_P=1,5\LEFT(\FRAC{100}{50}\RIGHT)^2\LEFT(\FRAC{20}
{1}\RIGHT)^2=2,4\ KN$$
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÓDULO 3
FLUIDO ESTÁTICO
Neste módulo, estudaremos o fluido quando ele se encontra imóvel (estático). Apesar de ser uma particularização expressiva, pois quase
sempre os fluidos têm algum movimento, ainda assim, há uma grande variedade de situações na Engenharia em que essa simplificação é
válida.
Ao calcular a pressão da água do mar em determinada profundidade, por exemplo, sabemos que há correnteza e ondas, mas essa
hidrodinâmica tem efeito desprezível nas profundidades em que, normalmente, queremos calcular a pressão. Portanto, podemos considerar
que a água do mar está parada. O mesmo ocorre em barragens, aquários e eclusas.
ECLUSAS
Pequeno canal em águas onde há grandes desníveis a fim de possibilitar a descida ou a subida de embarcações.
P_M=P-P_{AMB}
Equação 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
De acordo com Porto (2006), para altitudes acima do nível do mar e até 2.000m, a pressão atmosférica pode ser estimada por:
P_{ATM}=10,8\CDOT\LEFT(9,38-\FRAC{H}{1000}\RIGHT)\ \ \ \ \ \MATHRM{(KPA)}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Exemplo
O manômetro instalado na “árvore de Natal” de um poço de produção de gás a 1.500m de profundidade mede 26,40barg de pressão. Se a
água do mar na região tem \rho = 1.026,5 kg/m³, qual é a pressão absoluta, em kgf/cm²?
SOLUÇÃO
A letra “g” ao final da unidade se refere a gauge, que significa pressão manométrica, e 1bar = 100kPa:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A pressão ambiente, por sua vez, é calculada pela coluna de água acima do ponto considerado:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Agora, basta converter para kgf/cm². Conforme vimos no primeiro módulo, 1kgf/cm² = 98,1kPa, ou seja, 1kPa = 1/98,1kgf/cm². Fazendo a
conversão do resultado anterior:
P=17.730\;\MATHRM{KPA}=\FRAC{17.730}{98,1} \ KGF/CM^2A=181,1KFG/CM^2A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
FORÇAS DE CAMPO
Atuam em toda a massa fluida sem que haja necessidade de contato, como, por exemplo, a força gravitacional;
FORÇAS DE CONTATO
Atuam por meio de determinada superfície e se subdividem em força proveniente da tensão normal (\sigma) e cisalhante (viscosa) (\tau).
A tensão viscosa (“atrito”) pode ser obtida pela Lei da Viscosidade de Newton, que estudamos no módulo 1, definida por \tau=\mu \ du/dy.
Quando um fluido está estático, não há velocidade. Consequentemente, o gradiente de velocidade é nulo (du/dy), e não há tensão
cisalhante (\tau=0). Nessa condição, a pressão será igual à tensão normal (p=\sigma). Portanto, nos próximos tópicos, adotaremos apenas
pressão.
Uma partícula fluida pode ser representada por um elemento infinitesimal, conforme mostra a imagem a seguir:
Adotando p(x) como a pressão na face esquerda, a pressão na face oposta será p(x+dx). Para calcular a força, devemos multiplicar a
pressão pela área. As faces perpendiculares a x têm área dA_x=dydz. Portanto, a força resultante da pressão na direção x será:
DF_{P_X}=P\LEFT(X\RIGHT)\;DA_X-
P\LEFT(X+DX\RIGHT)\;DA_X=\LEFT[P\LEFT(X\RIGHT)\;-
P\LEFT(X+DX\RIGHT)\RIGHT]\;\UNDERBRACE{DA_X}_{DYDZ}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Multiplicando e dividindo a expressão anterior por dx:
D
F
P
X
=
P
X
-
P
X
+
D
X
D
X
D
X
D
Y
D
Z
⏟
D
V
=
-
P
X
+
Δ
-
P
X
D
X
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que d
V
é o volume do elemento. O termo dx significa \delta x, que tende a zero. Logo:
D
F
P
X
=
-
LIM
Δ
X
→
0
P
X
+
Δ
-
P
X
Δ
X
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O termo entre colchetes dessa equação é a definição da derivada da função p(x). Então:
D
F
P
X
=
-
∂
P
∂
X
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Analogamente:
D
F
P
X
=
-
∂
P
∂
X
D
V
D
F
P
Y
=
-
∂
P
∂
Y
D
V
D
F
P
Z
=
-
∂
P
∂
Z
D
V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
D
F
→
P
=
-
∇
P
D
V
→
D
F
→
P
D
V
=
-
∇
P
Equação 2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
D{\VEC{F}}_G=DM\ \VEC{G}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
D
F
→
G
=
Ρ
D
V
G
→
→
D
F
→
G
D
V
=
Ρ
G
→
Equação 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
\NABLA P=\RHO\VEC{G}
Equação 4
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Normalmente, opta-se por alinhar o eixo z contrário à gravidade. Assim, o vetor da equação (4) não terá componentes nas direções x e y:
\FRAC{DP}{DZ}=\RHO G_Z
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
\FRAC{DP}{DZ}=-\RHO G\ \
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa equação mostra que, na condição estática, a pressão varia apenas na direção vertical, ou seja, pontos em uma mesma altura terão a
mesma pressão. Integrando-se à expressão anterior:
P_2=P_1-\INT_{Z_1}^{Z_2}{\RHO\ G\ DZ}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
P_2=P_1-\INT_{Z_1}^{Z_2}{\GAMMA\ DZ}
Equação 5
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa é conhecida como Equação Fundamental da Fluidostática, pois se aplica a qualquer fluido estático e é utilizada para desenvolver
todas as demais equações da Estática. Uma particularização importante ocorre para fluidos incompressíveis (\rho e \gamma constantes),
pois ocorre para maior parte dos problemas na Engenharia. Então:
P_2=P_1-\GAMMA\INT_{Z_1}^{Z_2}DZ
\RIGHTARROW\ \ \ P_2=P_1-\GAMMA\LEFT(Z_2-Z_1\RIGHT)
Equação 6
\RIGHTARROW\;\;\;P_2-P_1=-\GAMMA\LEFT(Z_2-
Z_1\RIGHT)\RIGHTARROW\DELTA P=-\UNDERBRACE\GAMMA_{\RHO G}\DELTA Z
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Considerando que, do ponto 1 ao 2, há um aprofundamento (z_2 < z_1) de uma altura h, então, \Delta z=-h:
\DELTA P=P_2-P_1=\RHO GH
Equação 7
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Conforme as considerações feitas no desenvolvimento, essa fórmula só se aplica para fluidos incompressíveis. Caso seu problema envolva
um fluido compressível, será necessário aplicar a equação 5.
TEOREMA DE STEVIN
O cálculo da pressão de um ponto que se encontra na profundidade h de um líquido (fluido incompressível) é um problema muito comum,
conforme mostra a imagem a seguir:
P-P_{ATM}=\RHO GH
Equação 8
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa fórmula é conhecida como Teorema de Stevin. Se quisermos calcular a pressão manométrica p_m=p-p_{atm}, então:
P_M=\RHO GH
Equação 9
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Imagine, agora, que a pressão no ponto 1 seja elevada de p_1 para p_1^\prime, por um motivo qualquer, como, por exemplo, a atuação de
um compressor. Aplicando a equação 7 para as duas situações, antes e depois da elevação da pressão:
ANTES
p_2-p_1=\rho gh
DEPOIS
p_2^\prime-p_1^\prime=\rho gh
Lembre-se de que \rho=c^{te} (fluido incompressível), assim como a gravidade e a altura h. Subtraindo essas duas equações:
\UNDERBRACE{P_2-P_2^{'}}_{\DELTA P_2}-(\UNDERBRACE{P_1-
P_1^{'}}_{\DELTA P_1})=0
Equação 10
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa equação nos diz que, em um fluido estático e incompressível, a elevação de pressão em um ponto será igual à elevação em todos os
demais pontos, o que é conhecido como Princípio de Pascal, ilustrado na imagem a seguir:
Exemplo
Uma prensa hidráulica manual é utilizada para romper corpos de prova (cp) de concreto com capacidade de até 15 toneladas. Se a razão
das áreas entre o êmbolo menor, em que é aplicada a força da haste, e o êmbolo maior, que aplica a carga dos cp, é 1/20, qual é a força
requerida no êmbolo menor?
Foto: Shutterstock.com
SOLUÇÃO
Tendo em vista que o processo é realizado lentamente, podemos assumir condição estática. Consequentemente, é válido o Princípio de
Pascal: \Delta p_1=\Delta p_2. Como p=F/A, considerando 1 o êmbolo maior, temos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Além da compensação hidráulica, a haste funciona como um braço de alavanca, reduzindo ainda mais a força que o operador deve realizar.
MÚLTIPLOS FLUIDOS
Há situações em que mais de um fluido entra em equilíbrio estático em camadas diferentes, genericamente representados na imagem a
seguir:
Para calcular a pressão p_n, vamos aplicar a equação 6 sucessivamente, partindo do ponto 0 e atravessando todas as camadas:
P_N=P_0-\GAMMA_1\UNDERBRACE{\DELTA Z_{0,1}}_\UNDERSET{-H_1}
{\UNDERBRACE{Z_1-Z_0}}-\GAMMA_2\UNDERBRACE{\DELTA
Z_{1,2}}_\UNDERSET{-H_2}{\UNDERBRACE{Z_2-Z_1}}-\DOTS-
\GAMMA_N\UNDERBRACE{\DELTA Z_{N-1,N}}_\UNDERSET{-H_N}
{\UNDERBRACE{Z_N-Z_{N-1}}}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em caso de descida, a diferença \Delta z_{k-1,k}=z_k-z_{k-1} no k-ésimo trecho será igual a -h_k, pois z_k < z_{k-1}. Ao realizar essa
substituição:
\RIGHTARROW\ P_N=P_0+\GAMMA_1H_1+\GAMMA_2H_2+\
\CDOTS+\GAMMA_NH_N
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Caso o percurso seja de subida, a parcela resultante será negativa (-\gamma_kh_k). Portanto, a expressão anterior pode ser representada
por:
\RIGHTARROW\;P_N=P_0+\SUM_{K=1}^N\PM\GAMMA_KH_K\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\;\LEFT\
{\BEGIN{ARRAY}{L}\DOWNARROW\;+\GAMMA_KH_K\\\UPARROW\;-
\GAMMA_KH_K\\\GAMMA_K=\RHO_KG\END{ARRAY}\RIGHT.
Equação 11
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Exemplo
SOLUÇÃO
Esse é um problema típico para se resolver com a equação (11), pois se trata de múltiplos fluidos. Como ponto 0 (partida), definiremos a
superfície, em que a pressão manométrica é nula (p_{0_m}=0), e n-ésimo ponto o fundo do tanque. Como esse trajeto (superfície até o
fundo) é apenas de descida, todas as parcelas serão somadas:
P_N=0+\GAMMA_1H_1+\GAMMA_2H_2+\GAMMA_3H_3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Embora a ordem das parcelas não altere a soma, os fluidos se estabilizarão de acordo com sua massa específica, ficando os mais densos
em baixo. Como \gamma=\rho g, então:
P_N=0+998\CDOT9,8\CDOT0,2+789\CDOT9,8\CDOT0,1+680\CDOT9,8\CDOT0,5=6,1\
KPA
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
De acordo com o Teorema de Stevin, um dispositivo que medisse a quantidade de gasolina pela pressão no fundo do tanque marcaria
h=\frac{p}{\rho g}=\frac{6,1\cdot{10}^3}{680\cdot9,8}=0,91m=91cm de gasolina, quando, de fato, há apenas 50cm.
F=\INT_{S}{P\ DA}
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Considere que uma placa plana é submersa em um fluido, conforme mostra a imagem a seguir:
De acordo com o Teorema de Stevin, a pressão variará linearmente do ponto mais alto até o mais baixo. Estamos interessados em saber
qual é a força (\vec{F}) resultante dessa pressão, que é aplicada em determinado ponto da placa, chamado de Centro de Pressão (CP),
conforme mostra a imagem a seguir:
Posicionaremos a origem do sistema de coordenadas no Centro Geométrico (CG), também conhecido como Centroide da Geometria. As
coordenadas do centroide da superfície S são determinadas por:
\LEFT\{\BEGIN{ARRAY}
{L}X_{CG}=\FRAC{\INT_SX\;DA}A\\Y_{CG}=\FRAC{\INT_SY\;DA}A\END{ARRAY}\RIGHT.
Equação 12
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
H_{CG}=\FRAC{\INT_{S}{H\ DA}}{A}
Equação 13
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Para o sistema de coordenadas adotado (origem coincidente com CG), teremos x_{CG}=0 e y_{CG}=0.
A placa tem um ângulo \theta com a horizontal. A distância de um ponto qualquer na placa com coordenada (x,y) até a linha d’água pode
ser medida ao longo da direção da placa, por \xi=\xi(x,y), ou ao longo da vertical, por h=h(x,y).
Começando pela definição da força de pressão e aplicando o Teorema de Stevin (equação 8):
F=\;\INT_SP\;DA=\INT_S{{(P}_{ATM}+\GAMMA
H)\;DA}=\INT_SP_{ATM}\;DA+\INT_S\GAMMA H\;DA
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Com base na equação 13, a segunda parcela da equação anterior pode ser substituída por h_{CG}A:
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Lançando mão, mais uma vez, do Teorema de Stevin, p_{atm}+\gamma h_{CG}=p_{CG}, então:
F=P_{CG}A
Equação 14
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Exemplo
Qual é a força que a água do mar (\rho = 1.025 kg/m³) faz em uma janela circular vertical de 40cm de diâmetro, cujo ponto mais alto está a
2,00m de profundidade e o mais baixo, a 2,40m?
SOLUÇÃO
P_{CG_M}=\RHO GH_{CG}=1025\CDOT9,8\CDOT2,2=22,1KPA
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A área da janela é:
A=\FRAC{\PI D^2}{4}=\FRAC{\PI\LEFT(0,4\RIGHT)^2}{4}=0,126M²
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De um lado da janela atua a pressão da água, enquanto, do outro, a pressão atmosférica. A diferença entre elas, que gera a força
resultante, é equivalente à pressão manométrica. Por isso, a pressão manométrica costuma ser adotada nesse tipo de problema.
Ainda não sabemos onde a força F é aplicada, ou seja, a posição do CP. Para isso, avaliaremos, em seguida, o momento. Assim como a
intensidade da força F deve ser igual à resultante da pressão distribuída ao longo da placa, o momento também.
\xi = distância oblíqua medida ao longo da direção da placa, de um ponto qualquer até a superfície;
\xi_{CG} = distância oblíqua medida ao longo da direção da placa, do CG até a superfície, igual a \xi_{CG}=y+\xi;
O momento provocado pela força Fp deve ser igual ao da pressão distribuída ao longo da placa:
FY_{CP}=\INT_{S} Y\ P\ DA
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Lembrando que estamos assumindo fluido incompressível (\rho e \gamma constantes), e que p_{atm} é constante:
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Comparando com a equação 12, observamos que \int_{S}{y\ dA} pode ser substituído por y_{CG}A. Como o sistema de coordenadas
adotado tem sua origem no CG, y_{CG}=0, portanto:
\INT_{S}{Y\ DA}=0
Equação 15
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A profundidade h, por sua vez, pode ser substituída por \xi sen{\theta} (imagem anterior):
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Como \xi=\xi_{CG}-y:
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Conforme a equação 15, a primeira parcela dessa expressão é nula. A segunda corresponde à definição do momento de inércia de área
I_{xx}=\int_{S}{y^2dA}. Por fim:
FY_{CP}=-\GAMMA SEN{\THETA}I_{XX}
\RIGHTARROW\ \ Y_{CP}=-\FRAC{\GAMMA SEN{\THETA}I_{XX}}{F}
Equação 16
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Resumo
Quando uma superfície plana está submersa, a intensidade e a posição da força resultante são obtidas pelas seguintes fórmulas:
F=P_{CG}A
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Em que:
A posição de CG e o cálculo de I_{xx} para as geometrias mais comuns são mostrados na imagem a seguir:
Exemplo
A comporta AB da imagem a seguir tem 1,20m de largura, está articulada em A e tem o movimento limitado pelo ponto B. A água está a
20°C. Calcule a força sobre o bloco B se a profundidade da água é h = 2,40m.
SOLUÇÃO
A força que a água exercerá sobre o bloco é aplicada no Centro de Pressão (CP), conforme mostra a imagem a seguir:
F=P_{CG}A
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P_{CG}=\RHO GH_{CG}
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Como a geometria da comporta é retangular, CG fica na metade de seu comprimento. Assumindo \rho = 1.000 kg/m³ (água):
P_{CG}=1000\CDOT9,8\CDOT\LEFT(2,4-\FRAC{1}{2}\RIGHT)=18,6\ KPA
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e
F=\LEFT(18,6\CDOT{10}^3\RIGHT)\CDOT\LEFT(1,2\CDOT1,0\RIGHT)=22,3\ KN
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Y_{CP}=-\FRAC{\GAMMA SEN{\THETA}I_{XX}}{F}=-\FRAC{\RHO
GSEN{\THETA}I_{XX}}{F}
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Y_{CP}=-
\FRAC{\LEFT(1000\CDOT9,8\RIGHT)\CDOT1\CDOT\LEFT(\FRAC{1,2\CDOT1^3}
{12}\RIGHT)}{22,3\CDOT{10}^3}=-0,044\ M
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\SUM M_A=0
F\CDOT\LEFT(\FRAC{L}{2}+\LEFT|Y_{CP}\RIGHT|\RIGHT)-
F_B\CDOT\LEFT(L\RIGHT)=0
F_B=F\CDOT\FRAC{\LEFT(\FRAC{L}{2}+\LEFT|Y_{CP}\RIGHT|\RIGHT)}
{L}=F\CDOT\LEFT(\FRAC{1}{2}+\FRAC{\LEFT|Y_{CP}\RIGHT|}
{L}\RIGHT)=22,3\CDOT{10}^3\CDOT\LEFT(0,5+\FRAC{0,044}{1}\RIGHT)=12,1\ KN
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E=\RHO_F\ G\ V_{SUB}
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Em que:
Qualquer objeto que seja projetado para flutuar (empuxo igual ao peso) precisa ser estável, ou seja, no caso de uma perturbação provocar
um balanço (por exemplo, onda), ele voltará para a posição de equilíbrio.
O ponto de aplicação do peso é chamado de centro de gravidade (G). O empuxo, por sua vez, é aplicado no centroide (CG) do volume
submerso, que é chamado de centro de carena (C), conforme mostra a imagem a seguir:
Quando o plano de simetria do corpo flutuante está na posição de equilíbrio, G e C ficam em uma mesma linha vertical.
Consequentemente, não há momento resultante, conforme mostra a imagem a seguir:
Se ocorre um balanço, o centro de carena será reposicionado (C para C’), de acordo com a nova geometria do volume submerso. Traçando
uma linha vertical a partir da nova posição do centro de carena (C’), a interseção com o plano de simetria é definida como metacentro (M).
O binário de forças formado pelo peso e empuxo gera um momento que pode trazer o flutuante de volta para a posição de equilíbrio, ou o
contrário, aumentando ainda mais o balanço, conforme mostra a imagem a seguir:
A condição também pode ser analisada com base na posição de M em relação a G, o que é chamado de altura metacêntrica (GM). Se:
O engenheiro busca projetar um corpo flutuante que tenha a maior altura metacêntrica possível, o que é sinônimo de estabilidade. As
soluções mais comuns para aumentar GM são:
Aliviar pesos situados acima de CG, como utilizar materiais mais leves, o que provocaria um rebaixamento de G e,
consequentemente, um aumento de GM;
Reposicionar para baixo pesos acima de CG, removendo carga do convés para o porão;
Adicionar pesos abaixo de CG, o que é o caso do lastro, onde, normalmente, enchem-se tanques com água.
LASTRO
Qualquer matéria pesada que se coloca no fundo de uma embarcação para dar-lhe equilíbrio.
TEORIA NA PRÁTICA
O PROJETO DE GRANDES AQUÁRIOS ENVOLVE O CONHECIMENTO DE
DIVERSAS DISCIPLINAS DA ENGENHARIA, ASSIM COMO MUITOS OUTROS
EMPREENDIMENTOS MODERNOS.
Foto: Shutterstock.com
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
A) Forças de contato
C) Forças de superfície
D) Forças de campo
A) $$p_{atm}+\rho gh$$
B) $$\gamma gh$$
C) $$p_{atm}gh$$
D) $$\rho gh$$
E) $$p_{atm}+\rho g^2$$
O DISPOSITIVO ILUSTRADO NA IMAGEM A SEGUIR CONTÉM MERCÚRIO, QUE SE ELEVA EM $$H =
600MM$$ EM UM TUBO COM VÁCUO NA PARTE SUPERIOR E FECHADO NO TOPO:
A) 5,89kPa
B) 133,4kPa
C) 101,3kPa
D) 80kPa
E) 181,3kPa
A) 1200kg/m³
B) 998kg/m³
C) 1000kg/m³
D) 120kg/m³
E) 1025kg/m³
QUAL É A FORÇA QUE ATUA EM UMA COMPORTA RETANGULAR DE 1M² DE ÁREA, CUJO CENTRO ESTÁ
A 10M DE PROFUNDIDADE NA ÁGUA SALGADA ($$\RHO = 1025KG/M³$$)?
A) 100,4kN
B) 98kN
C) 50kN
D) 10,2kN
E) 10,4kN
GABARITO
Para um fluido ser considerado em condição estática, a velocidade é nula. Portanto, não há tensão cisalhante, conforme a Lei da
Viscosidade de Newton ($$\tau=-\mu du/dy$$). Assim, em condição estática, as únicas forças atuantes serão as de campo e as resultantes
da pressão.
Qual é a pressão manométrica de um ponto com profundidade $$h$$ em um fluido incompressível de massa específica $$\rho$$
em repouso, se a superfície está sob pressão atmosférica $$p_{atm}$$?
A pressão em um fluido incompressível e em repouso pode ser calculada pelo Teorema de Stevin:
$$P=P_{ATM}+
HO GH$$
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A pressão manométrica ($$p_m$$), por sua vez, é definida como a diferença entre a pressão absoluta e a pressão atmosférica
($$p_{atm}$$):
$$P_M=P-P_{ATM}=
HO GH$$
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O dispositivo ilustrado na imagem a seguir contém mercúrio, que se eleva em $$h = 600mm$$ em um tubo com vácuo na parte
superior e fechado no topo:
Em condição estática, pontos em uma mesma altura terão a mesma pressão, ou seja, $$p_A=p_B$$. Como $$p_A=p_{amb}$$:
$$P_B=P_{AMB}$$
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Pelo Teorema de Stevin:
$$P_B=P_C+\RHO_{HG}GH$$
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$$P_{AMB}=\RHO_{HG}GH=13600\CDOT9,81\CDOT0,6=80KPA$$
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Considere o densímetro da imagem a seguir, com formato cilíndrico de 1,6cm de diâmetro e peso de 22g:
E=P → ΡFGVSUB=MDG
→ ΡF=MDVSUB=MDABH=0,022Π0,01624·0,091=1200KG/M3
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Qual é a força que atua em uma comporta retangular de 1m² de área, cujo centro está a 10m de profundidade na água salgada
($$\rho = 1025kg/m³$$)?
O ponto X é aquele que aparenta estar mais próximo do centroide do volume submerso, onde a força de empuxo atua. Portanto, é
chamado de centro de carena. O ponto Z é a interseção da vertical que passa pelo centro de carena com o eixo de simetria, o que
corresponde à definição de metacentro. O ponto Y se encontra no eixo de simetria e, por exclusão, corresponde ao centro de gravidade.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
O PESO MEDIDO DE UMA AMOSTRA, FORA E DENTRO D’ÁGUA, É 56,0KG E 33,6KG, RESPECTIVAMENTE.
QUAL A MASSA ESPECÍFICA DESSE MATERIAL?
A) 2.500kg/m³
B) 1.000kg/m³
C) 1.500kg/m³
D) 2.235kg/m³
E) 1.972kg/m³
A) 707kN
B) 687kN
C) 117kN
D) 689kN
E) 4242kN
GABARITO
O peso medido de uma amostra, fora e dentro d’água, é 56,0kg e 33,6kg, respectivamente. Qual a massa específica desse
material?
Ao medir o peso de algo dentro d’água ($$P{^{\prime}}$$), a balança medirá a diferença entre o peso real ($$P$$) e o empuxo ($$E$$):
$$P^\PRIME=P-E$$
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M'G=MG-ΡÁGUAVG→M'=M-ΡÁGUA
→ VIMERSO=M-M'ΡÁGUA=56,0-33,61000= 0,0224 KG/M³
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Então:
ΡROCHA=MV=560,0224=2.500 KG/M³
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Uma câmara hiperbárica, representada na figura a seguir, é projetada para realizar experimentos com pressões acima da
atmosférica. Um compressor leva a pressão manométrica do ar na câmara até 100psi.
A força resultante de um fluido estático em uma superfície submersa pode ser calculada como o produto entre a pressão no centro
geométrico (centroide) da superfície e sua área:
$$F=P_{CG}A$$
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Então:
$$F=\LEFT(707\CDOT{10}^3\RIGHT)\CDOT\LEFT(3\CDOT2\RIGHT)=4242KN$$
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CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já sabemos bem o que é a disciplina Fenômenos de Transporte (FENTRAN) e para que se aplica na Engenharia. Devido à grande
abrangência de tópicos abordados – como mecânica dos fluidos, transferência de calor e massa –, é importante ter em mente a que tópico
recorrer quando for necessário lidar com determinado problema.
Os métodos abordados em análise dimensional e semelhança podem ser muito úteis para simplificar a análise dos fenômenos e obter
resultados em condições diferentes para as quais há dados disponíveis (como, por exemplo, experimentos). Lembre-se de que se trata de
um assunto também utilizado em outras disciplinas.
A Estática dos Fluidos fornece ferramentas fundamentais para o projeto de barragens, vertedores, eclusas e aquários, além da análise de
estabilidade de corpos que são projetados para flutuar.
Por fim, concluímos que o profissional que tem um bom conhecimento de FENTRAN está mais bem preparado para resolver os diversos
problemas da Engenharia moderna, que, cada vez mais, têm um caráter multidisciplinar.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J. Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
EXPLORE+
Procure ler na web o texto Explorando a conexão entre a mecânica dos fluidos e a teoria cinética, de Edson José Vasques, Paulo
Menegasso e Mariano de Souza, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física em 2016.
CONTEUDISTA
Gabriel de Carvalho Nascimento
CURRÍCULO LATTES