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CAP. 01.

INTRODUÇÃO / PROPRIEDADES / CONCEITOS INICIAIS

Prof. Fabiano da Veiga


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
• Denomina-se Fenômenos de Transporte a matéria que
compreende o estudo de:

➢ Mecânica dos Fluídos

➢ Transmissão de Calor

➢ Transferência de Massa.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Verifica-se que diferentes fenômenos difusivos da mecânica


dos fluídos, da transmissão de calor e da transferência de
massa podem ser descritos por um MODELO MATEMÁTICO
COMUM, onde a DIFERENÇA está nas GRANDEZAS FÍSICAS
envolvidas e seus respectivos coeficientes de difusão, de
forma que esses assuntos passaram a ser estudados
conjuntamente com o nome de Fenômenos de Transporte.
MECÂNICA DOS FLUIDOS
Estática dos fluídos
– Estudo dos fluídos em repouso (equilíbrio)

Dinâmica dos fluídos


– Estudo dos fluídos em movimento, analisando as
grandezas velocidade, aceleração, energia, pressão.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A contribuição mais antiga reconhecida para a teoria da mecânica dos fluidos
foi feita pelo matemático grego Arquimedes (285 – 212 AC). Ele formulou e
aplicou o princípio do empuxo no primeiro teste não destrutivo da história
para determinar o teor do ouro da coroa do Rei Hiero I.
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
“Num corpo total ou
parcialmente imerso num
fluido, age uma força vertical
de baixo para cima, chamada
empuxo, cuja intensidade é
igual ao peso do volume de
fluido deslocado.”
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ Idade Média a aplicação da maquinaria hidráulica expandiu-se
vagarosamente mas com persistência. Elegantes bombas a pistão foram
desenvolvidas para remover água das minas e moinhos movidos à água e
a vento foram aperfeiçoados para moer grãos, forjar metais e para outras
tarefas.
❖ O Renascimento trouxe desenvolvimento contínuo dos sistemas e
máquinas de fluido, porém o mais importante foi que o método científico
foi aperfeiçoado e adotado em toda a Europa.
❖ Simon Stevin (1548 – 1617), Galileo Galilei (1564 – 1642), Edme Mariotte
(1620 – 1684) e Evangelista Torricelli (1608 – 1647) estavam entre os
primeiros a aplicar o método científico aos fluidos quando investigaram as
distribuições de pressão hidrostática e o vácuo.
❖ Blaise Pascal (1623 – 1662) integrou e refinou o trabalho acima.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ O monge italiano, Benedetto Castelli (1577 – 1644) foi o primeiro a
publicar um enunciado do princípio da continuidade para fluidos.
❖ Isaac Newton (1643 – 1727) além de formular suas equações do
movimento para sólidos, aplicou suas leis para fluidos e explorou a inércia
e resistência dos fluidos, jatos livres e viscosidade.
❖ O suíço Daniel Bernoulli (1700 – 1782) e Leonard Euler (1707 – 1783),
juntos, definiram as equações de energia e momento.
❖ O tratado clássico de Bernoulli, de 1738, Hydrodynamic, pode ser
considerado o primeiro texto sobre Mecânica dos Fluídos.
❖ Jean d’Alembert (1717 – 1789) desenvolveu a ideia de componentes da
velocidade e aceleração, uma expressão diferencial para a continuidade e
seu “paradoxo” de resistência nula para movimento em regime
permanente uniforme.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ O desenvolvimento da teoria da Mecânica dos Fluidos teve pouco impacto
sobre a Engenharia até o fim do século XVIII.
❖ Com o desenvolvimento da escola de engenharia francesa, liderada por
Riche de Prny (1755 – 1839) a situação mudou.
❖ Prony e seus associados em Paris, na Ecole Polytechnique (escola
politécnica) e a Ecole Ponts et Chaussees (escola de pontes e açudes),
forma os primeiros a incluir cálculo e teoria científica no currículo de
engenharia, que se tornou modelo para o resto do mundo.
❖ Antonie Chezy (1718 – 1798), Loius Navier (1785 – 1836), Gaspard Coriolis
(1792 – 1843), Henry Darcy (1803 – 1858) e muitos outros que
contribuíram para a engenharia e teoria dos fluidos foram estudantes
e/ou professores nessas escolas.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ Em meados do século XIX, avanços fundamentais chegavam de várias
frentes. O médico Jean Poiseuille (1799 – 1869) mediu com precisão o
escoamento em tubos capilares.
❖ Na Alemanha, Gotthilf Hagen (1797 – 1884) definiu a diferença entre
escoamento laminar e turbulento em tubulações. Na Inglaterra, Lord
Osborne Reynolds (1842 – 1912) continuou esse trabalho e desenvolveu o
número adimensional que leva seu nome.
❖ George Stokes (1819 – 1903) completou as equações gerias do
movimento dos fluidos com atrito, trabalho iniciado por Navier e que
agora leva os seus nomes.
❖ William Froude (1810 – 1879) desenvolveu quase sozinho os
procedimentos e provou o valor de testar com modelos físicos.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ A competência americana tornou-se igual à dos europeus como
demonstrado pelo trabalho pioneiro de James Francis (1815 – 1892) e
Lester Pelton (1829 – 1908) em turbinas e pela invenção do medidor
Venturi por Clemens Herschel (1842 – 1930).
❖ O final do século XIX foi significativo para a ampliação da teoria dos
fluidos pelos cientistas e engenheiros irlandeses e ingleses incluindo, além
de Reynolds e Stokes, William Thomson, Lord Kelvin (1824 – 1927),
William Strutt, Lord Rayleigh (1842 – 1919) e Sir Horace Lamb (1849 –
1934). Eles investigaram um grande número de problemas como análise
dimensional, escoamento irrotacional, movimento de vórtices, cavitação e
ondas.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ O alvorecer do século XX trouxe dois desenvolvimentos monumentais.
Primeiro, os autodidatas Santos Dumont, no Brasil, e os irmãos Wright nos
EUA, além de outros experimentos na Alemanha, Rússia e Inglaterra) por
meio da aplicação da teoria e experimentação determinada
aperfeiçoaram o aeroplano. A invenção foi completa e continha todas as
principais características do avião moderno. As equações de Navier-Stokes
eram pouco usadas até essa época porque era difíceis de resolver.
❖ Em 1904, num artigo pioneiro, o alemão Ludwig Prandtl (1875 – 1953)
demonstrou que o escoamento dos fluidos podem ser divididos em uma
camada próxima das paredes, a camada limite, onde os efeitos do atrito
são significativos e uma camada externa onde tais efeitos são desprezíveis
e as equações de Euler e Bernoulli são aplicáveis.
UM POUCO DE HISTÓRIA
❖ Theodore von Karman (1881 – 1963), paul Blasius (1883 – 1970), Johann
Nikuradse (1894 – 1979) e outros ampliaram essa teoria com aplicações
tanto em hidráulica como em aerodinâmica.
❖ Os meados do século XX podem ser considerados a época de ouro das
aplicações da mecânica dos fluidos. As teorias existentes eram adequadas
e as propriedades e parâmetros dos fluidos estavam bem definidos. Isso
suportou a imensa expansão dos setores de aeronáutica, químico,
industrial e recursos hidráulicos, cada um dos quais levou a mecânica dos
fluidos para novas direções.
❖ Com o desenvolvimento do computador digital, atualmente a pesquisa e
o trabalho na Mecânica dos Fluidos segue com o aperfeiçoamento de
hardware e software para a modelagem de problemas mais complexos de
se resolver.
EVENTOS HISTÓRICOS
NO BRASIL
❑ 1723 – Primeiro sistema de abastecimento de água – Rio de Janeiro / RJ

❑ 1864 – Primeira cidade com rede de esgotos – Rio de Janeiro / RJ

❑ 1883 – Primeira hidrelétrica para mineração – Diamantina / MG

❑ 1889 – Primeira hidrelétrica para abastecimento – Juiz de Fora / MG,


chamada de Usina de Marmelos
USINA DE MARMELOS
A Usina Hidrelétrica de Marmelos foi
a primeira grande usina hidrelétrica
da América do Sul, inaugurada em
Juiz de Fora, Minas Gerais, no ano de
1889.

O empreendimento foi idealizado por


Bernardo Mascarenhas, importante
industrial de Juiz de Fora, fundador
da Companhia Mineira de
Eletricidade em 1888.
USINA DE MARMELOS
A Usina de Marmelos foi projetada para
atender não apenas as indústrias de
tecidos do empresário, mas também
para fornecer eletricidade à iluminação
pública da cidade, antes alimentada a
gás.

A usina está localizada no Rio


Paraibuna, às margens da Estrada União
e Indústria, outro importante marco da
engenharia no Brasil no século XIX. O
pioneirismo valeu a Juiz de Fora o título
de "Manchester Mineira".
USINA DE MARMELOS
A construção teve início em fevereiro de 1889, com uma pequena
edificação em alvenaria de tijolos maciços aparentes,
embasamento de pedra, telhas francesas e beirais ornamentados
por lambrequem sendo erguida às margens do Rio Paraibuna,
próximo à Estrada União e Indústria.
USINA DE MARMELOS
Marmelos era guarnecida por uma barragem de 51
metros de largura e 2,4 de comprimento, que
desviava água em um canal no banco sudoeste do
rio, no curso da construção. A princípio, a usina
utilizava dois geradores de 125 kW que operavam
alternadores monofásicos em uma frequência de 60
hertz. No ano seguinte, a hidrelétrica fornecia
energia a 180 lâmpadas. Com o passar do tempo,
um terceiro gerador foi adicionado à usina, que
passou a fornecer energia a mais de 700 lâmpadas e
contribuir em projetos industriais e de utilidade
pública.
DIMENSÕES FUNDAMENTAIS E SUAS UNIDADES
UNIDADES DERIVADAS
NOÇÕES SOBRE CONVERSÃO DE UNIDADES
EXATIDÃO, PRECISÃO E ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Na Engenharia as informações são conhecidas com certo


número de algarismos significativos.

4,3 cm

4,35 cm
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Algarismos significativos ---> Conjunto de algarismos
corretos de uma medida mais um último algarismo, que é
o duvidoso (zeros à direita são algarismos significativos e
zeros à esquerda não são).

Os resultados obtidos NÃO podem ter precisão maior do


que o do número de algarismos significativos dos dados.
Relatar resultados com mais algarismos significativos
implica precisão maior do que existe, e deve ser evitado.
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Finalmente, quando a quantidade de algarismos
significativos for desconhecida, o padrão aceito na
Engenharia é de três algarismos significativos.

Se o comprimento de um tubo for dado como 40 m,


assume-se que o valor seja 40,0 m, a fim de justificar o
uso de três AS nos resultados finais.
FLUÍDOS – DEFINIÇÕES
FLUÍDOS são substâncias ou corpos cujas moléculas ou partículas têm a
propriedade de se mover, umas em relação às outras, sob a ação de forças de
mínima grandeza (Azevedo Netto)

FLUÍDO é a substância que se deforma continuamente sob a ação de uma tensão


cisalhante (tangencial), por menor que seja a tensão de cisalhamento aplicada
(Potter/Wiggert).

Os sólidos e os fluídos apresentam comportamentos diferentes quando


submetidos a uma tensão cisalhante, pois as forças de coesão internas são
grandes nos sólidos e muito pequena nos fluídos.
LÍQUIDOS X GASES
Têm uma superfície livre, e uma determinada
massa, a uma mesma temperatura, ocupa só
um determinado volume de qualquer
recipiente em que caiba. São pouco
compressíveis e resistem pouco a trações e
muito pouco a esforços cortantes.

Quando colocados em um recipiente, ocupam


todo o volume, independente de sua massa ou
do tamanho do recipiente. São altamente
compressíveis e de pequena densidade,
relativamente aos líquidos.
PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS
• Massa específica e densidade
• Peso específico
• Compressibilidade
• Elasticidade
• Viscosidade
• Coesão, Adesão e Tensão Superficial
• Pressão de vapor
MASSA ESPECÍFICA e DENSIDADE
A massa de um fluído em uma unidade de volume é denominada
densidade absoluta, também conhecida como massa específica
– símbolo => letra grega  (“ro”)
– unidade => kg / m3
MASSA ESPECÍFICA e DENSIDADE
Dependem do número de moléculas do fluído na unidade de
volume. Portanto, dependem da temperatura, da pressão e do
arranjo entre as moléculas.
Propriedades Físicas da Água
CURIOSIDADE
PESO ESPECÍFICO
O peso de uma unidade de volume de uma substância é chamado
de PESO ESPECÍFICO () e é expresso como:
 =𝜌∙𝑔
– onde g = aceleração da gravidade

– Símbolo => letra grega  (“gama”)


– Unidade => N / m3
DENSIDADE RELATIVA
Algumas vezes, a densidade de uma substância é dada em relação à
densidade de uma substância muito conhecida.

É chamada de gravidade específica (GE) ou densidade relativa (DR)


e é definida como a razão entre a densidade de uma substância e a
densidade de alguma substância padrão a uma temperatura
especificada (usualmente água a 4oC, para qual  = 1000 kg/m3)
DENSIDADE RELATIVA
• DENSIDADE RELATIVA (DR)

𝛾𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
• 𝐷𝑅 = =
𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝜌á𝑔𝑢𝑎
COMPRESSIBILIDADE
Propriedade que tem os corpos de reduzir seus volumes
sob a ação de pressões externas. Todos os fluídos se
comprimem se a pressão aumenta, resultando em um
aumento de massa específica.
COMPRESSIBILIDADE
Para provocar uma mudança de 1% na massa específica da
água, uma pressão de 21 Mpa (210 atm) é necessária. Essa
pressão é muito grande para gerar uma mudança tão
pequena!

Assim, os líquidos são muitas vezes considerados


incompressíveis.
COMPRESSIBILIDADE
Para gases, se mudanças significativas ocorrerem,
digamos 4%, eles devem ser considerados como
compressíveis. Para pequenas mudanças de massa
específica, abaixo de 3%, eles também poderão ser
tratados como incompressíveis.
ELASTICIDADE
Capacidade que tem os líquidos de aumentar seu volume quando
se lhes diminui a pressão.
O aumento de volume, devido a uma certa depressão, tem o
mesmo valor absoluto que a diminuição do volume, para uma
compressão de igual valor absoluto.
EQUAÇÃO DE ESTADO DE GASES
Quando o fluido não puder ser considerado incompressível e, ao mesmo
tempo, houver efeitos térmicos, haverá a necessidade de determinar as
variações da massa específica  em função da pressão e da temperatura.

Para as finalidades desse estudo, sempre que for necessário, o gás


envolvido será suposto como gás perfeito, obedecendo a equação de
estado:
𝑃 𝑃
=𝑅𝑇 𝑜𝑢 𝜌=
𝜌 𝑅𝑇

onde:
P = pressão absoluta (Pa)
R = constante cujo valor depende do gás (RAR = 287 m2/s2 K)
T = temperatura absoluta (K)
EQUAÇÃO DE ESTADO DE GASES
Numa mudança do estado de um gás: 𝑃1 𝜌2 𝑇1
=
𝑃2 𝜌1 𝑇2
O processo é dito isotérmico quando na transformação 𝑃1 𝑃2
= = 𝑐𝑡𝑒
não há variação de temperatura. Nesse caso: 𝜌1 𝜌2

O processo é dito isobárico quando na transformação não


𝜌1 𝑇1 = 𝜌2 𝑇2 = 𝑐𝑡𝑒
há variação de pressão. Nesse caso:

O processo é dito isocórico ou isométrico quando na 𝑃1 𝑃2


= 𝑐𝑡𝑒
transformação não há variação de volume. Nesse caso: 𝑇1 𝑇2

O processo é dito adiabático quando na transformação 𝑃1 𝑃2


não há troca de calor. Nesse caso: 𝑘
= 𝑘
= 𝑐𝑡𝑒
𝜌1 𝜌2
VISCOSIDADE
Quando um fluído escoa, observa-se um movimento
relativo entre as suas partículas, resultando um atrito
entre as mesmas.

Atrito interno ou viscosidade é a propriedade dos fluídos


responsável pela sua resistência à deformação.

Pode-se definir ainda a viscosidade como a capacidade do


fluído em converter energia cinética em calor, ou
capacidade do fluído em resistir ao cisalhamento
(esforços cortantes).
RELAÇÃO VISCOSIDADE x FLUIDEZ

• Mel • Água
• Óleos • Gasolina
• Graxas • Álcool
VISCOSIDADE – FLUÍDOS NEWTONIANOS
Fluído newtoniano => quando a tensão de cisalhamento
do fluído é diretamente proporcional ao gradiente de
velocidade.

Obs.: ler sobre os demais tipos de fluidos.


VISCOSIDADE – FLUÍDOS NÃO NEWTONIANOS
A relação entre a tensão de
cisalhamento e a taxa de
deformação é não-linear.

A inclinação da curva no
gráfico de  versus du/dy é
denominada viscosidade
aparente do fluido.
VISCOSIDADE – FLUÍDOS NÃO NEWTONIANOS
FLUIDOS DILATANTES

Fluidos para os quais a


viscosidade aparente aumenta
com a taxa de deformação

Exemplos: soluções de amido ou


areia em suspensão.

Obs.: ler sobre os demais tipos de fluidos.


VISCOSIDADE – FLUÍDOS NÃO NEWTONIANOS
PSEUDOPLÁSTICOS

Os que exibem comportamento


oposto (o fluido tornando-se
menos viscoso à medida que o
cisalhamento aumenta

Exemplos: certas tintas, soluções


de polímeros.

Obs.: ler sobre os demais tipos de fluidos.


VISCOSIDADE – FLUÍDOS NÃO NEWTONIANOS
Alguns materiais, como pasta de
dente, resistem a baixas tensão de
cisalhamento e, assim, comportam-
se como sólidos, mas deformam
continuamente quando a tensão de
cisalhamento excede um limite de
carga, passando então a comportar-
se como fluidos. Tais materiais são
denominados plásticos de Bingham,
em homenagem a E. C. Bingham,
que fez os trabalhos pioneiros sobre
viscosidade dos fluidos no início do
século XX.
VISCOSIDADE x TEMPERATURA
VISCOSIDADE
Viscosidade dinâmica ou absoluta (ou simplesmente viscosidade)
– Símbolo = > letra grega  (mi)
– Unidade => N.s/m2

Viscosidade cinemática => divide-se a viscosidade pela massa


específica
– Símbolo = > letra grega 𝜐 (ni)
– Unidade => m2/s

𝜇
𝑣=
𝜌
VISCOSIDADE x TEMPERATURA

Propriedades Físicas da Água


VISCOSIDADE
COESÃO, ADESÃO e TENSÃO SUPERFICIAL
Coesão permite às partículas fluídas
resistirem a pequenos esforços de
tensão. Uma gota se forma através
da coesão.

Ocorre a Adesão quando, um líquido


em contato com um sólido, a
atração exercida pelas moléculas do
sólido é maior que a atração
existente entre as moléculas do
próprio líquido.
TENSÃO SUPERFICIAL
É um efeito físico que ocorre na
interface entre duas fases químicas.
Ela faz com que a camada superficial
de um líquido venha a se comportar
como uma membrana elástica.

Esta propriedade é causada pelas


forças de coesão entre moléculas
semelhantes, cuja resultante vetorial
é diferente na interface.
TENSÃO SUPERFICIAL
Enquanto as moléculas situadas no interior de um líquido são
atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas, as
moléculas da superfície do líquido sofrem apenas atrações laterais
e internas.
FENÔMENOS CAUSADOS PELA TENSÃO SUPERFICIAL

Por causa da tensão superficial, alguns objetos mais


densos que o líquido podem flutuar na superfície, caso
estes se manterem secos sobre a interface. Este efeito
permite, por exemplo, que alguns insetos caminhem
sobre a superfície da água e que poeira fina não afunde.

A tensão superficial também é responsável pelo efeito de


capilaridade, formação de gotas e bolhas, e imiscibilidade
entre líquidos polares e apolares (separação de óleo e
água).
FENÔMENOS CAUSADOS PELA TENSÃO SUPERFICIAL
PRESSÃO DE VAPOR
Sob dada pressão, a temperatura em que uma substância muda de
fase é chamada de temperatura de saturação. De maneira
semelhante, numa dada temperatura, a pressão sob a qual uma
substância pura muda de fase é denominada pressão de
saturação.

Sob uma pressão de 1 atmosfera (1 atm ou 101,325 kPa), por


exemplo, a temperatura de saturação da água é 100oC.

Reciprocamente, a uma temperatura de 100oC, a pressão de


saturação é 1 atm
PRESSÃO DE VAPOR
A pressão de vapor de uma substância pura é definida
como a pressão exercida por seu vapor em equilíbrio de
fase com seu líquido numa dada temperatura.

Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor


quando este está em equilíbrio termodinâmico com o
líquido que lhe deu origem, ou seja, a quantidade de
líquido (solução) que evapora é a mesma que se
condensa.
PRESSÃO DE VAPOR
A pressão de vapor é uma medida da
tendência de evaporação de um
líquido.

Quanto maior for a sua pressão de


vapor, mais volátil será o líquido, e
menor será sua temperatura de
ebulição relativamente a outros
líquidos com menor pressão de
vapor à mesma temperatura de
referência.
EVAPORAÇÃO
Evaporação é um fenômeno no qual átomos ou moléculas no
estado líquido (ou sólido, se a substância se sublima) ganham
energia suficiente para passar ao estado gasoso.

O movimento térmico de uma molécula de líquido deve ser


suficiente para vencer a tensão superficial e evaporar, isto é,
sua energia cinética deve exceder o trabalho de coesão aplicado
pela tensão superficial à superfície do líquido. Por isso, a
evaporação acontece mais rapidamente a altas temperaturas, a
altas vazões entre as fases líquida e vapor e em líquidos com baixas
tensões superficiais (isto é, com pressões de vapor mais elevadas).

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