Você está na página 1de 7

QUESTÕES 2° BIMESTRE

1. Em um determinado endereço comercial havia um supermercado que após vários anos de


atividade acabou fechando, após 6 meses um outro supermercado acabou locando o mesmo
imóvel no mesmo endereço para explorar a mesma atividade comercial. Nesse caso houve
sucessão de empregadores?

Para que exista a sucessão de empregadores, dois são os requisitos indispensáveis:

a) que um estabelecimento como unidade econômica passe de um para outro titular;

b) que a prestação de serviço pelos empregadores não sofra solução de continuidade.

Na opinião da maioria dos juristas, estaria descaracterizada a sucessão trabalhista. A


interrupção nas atividades comerciais sucedidas por certo lapso de tempo é fator importante na
medida em que afasta a continuidade da prestação de trabalho do trabalhador. Não existe prazo
estabelecido para esta interrupção.
Então no presente caso, não houve sucessão de empregadores.

Apesar do cumprimento do requisito da continuação da mesma atividade, há um lapso temporal


significativo entre o fim da atividade da empresa anterior e o início da atividade da empresa
sucessora. O TRT4 entendeu pela inexistência da sucessão com base em lapso temporal
semelhante. Ainda, houve mera locação do novo estabelecimento, sem fusão, compra ou
arrendamento. A clientela anterior se dispersou diante do tempo em que o local permaneceu
fechado.

2.Uma determinada empresa, pertencente há um grupo econômico foi vendida para outra empresa
que não era integrante do mesmo grupo.Acontece que as empresas que faziam parte do mesmo
grupo econômico da empresa vendida tinha débitos trabalhistas.Pergunta-se a empresa sucessora,
ou seja, a adquirente, respondera apenas pelos débitos trabalhistas da empresa que adquiriu ou
também responderá pelos débitos trabalhistas das demais empresas que antes pertenciam ao
mesmo grupo econômico.

O parágrafo 2º do artigo 2º da CLT determina que: “sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego”. Da mesma forma, o
artigo 1.146 da CLT afirma que o adquirente responde pelo pagamento dos débitos anteriores a
transferência. No entanto, no caso em particular há a presença de grupo econômico e, nesse sentido, o
TST orienta que
TST: «O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida,
integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora
direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.
(OJ 411)

3.Segundo a Reforma trabalhista art.448-A da CLT na hipótese de fraude o sucessor e o sucedido


responderão solidariamente pela divida trabalhista.Pergunta- se: a quem caberá o ônus da prova
dessa fraude? Fundamente.
Diante da ausência de determinação específica dentro da CLT e, tendo em vista a aplicação subsidiária do
Código de Processo Civil ao Direito do Trabalho (art. 769 CLT), o ônus da prova cabe ao autor da
alegação, conforme o artigo 373 do Código de Processo Civil.

4.Trazer acórdão em que houve a descaracterização da personalidade jurídica.


5. João da Silva foi convidado pelo seu empregador para ser chefe da filial da empresa
localizada no município de Jacarezinho, o empregado aceitou. Em contrapartida pelo cargo
de confiança João da Silva passou a receber 50% a mais a titulo de função de confiança.
Acontece que no novo cargo ocupado João da Silva apenas fazia o controle de produção e
de custos, sendo que todas as diretrizes e ou mudanças a serem feitas na filial provinham
da Matriz, fazendo com que ele fosse apenas um cumpridor de ordens. Passado 1 ano o
empregador determinou que o empregado retornasse ao antigo cargo com o antigo salário.
O empregado, descontente reclamou e por conseqüência o empregador acabou
demitindo--o sem justa causa. Esse empregado procurou por você como advogada a fim
de defender os seus direitos. Qual o seu posicionamento a respeito?Fundamente.

6.Trazer um acórdão em que foi descaracterizada a função ou cargo de confiança.

7. Segundo a Reforma trabalhista art.448-A da CLT na hipótese de fraude o sucessor e o sucedido


responderão solidariamente pela divida trabalhista.Pergunta- se: a quem caberá o ônus da prova
dessa fraude? Fundamente.

8.Trazer acórdão em que houve a descaracterização da personalidade jurídica.

9.Empregado da empresa tomadora é demitido sem justa causa.No mês seguinte é contratado por
uma determinada empresa terceirizada.Acontece que essa mesma empresa mantém um contrato
de prestação de serviço com a citada empresa Tomadora. Pergunta-se, poderá o empregado que foi
demitido da empresa tomadora voltar a prestar serviços para a mesma empresa só que agora como
empregado da empresa terceirizada? Fundamente.

Tendo em vista que

10.No tocante, a responsabilidade do tomador quando se trata de ente de direito publico, é a


mesma de quando o tomador é ente de direito privado? Fundamente.

11.É possível que um acordo ou uma Convenção coletiva de trabalho estabeleça pisos
salariais diferentes entre empregados aprendizes e empregado normais?Fundamente.

Sim,o contrato de aprendizagem possui lei especial para regulamentar, bem como o fato de
horário cumprido

12.Pesquisar o valor atual do salário mínimo devido a determinadas categorias


profissionais no Estado do Paraná.

13. Determinada construtora, responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte,
localizada no Rio Tocantins, ao lado do canteiro de obras edificou centenas de casas para servirem
como habitação dos empregados que ali trabalhavam. Essas habitações foram oferecidas de forma
gratuita enquanto durassem as obras. Você entende que elas podem ser consideradas salário in
natura? Fundamente.

Sendo o empregado dirigente sindical, está adequado ao artigo 543, parágrafo 3º: Art. 543, parágrafo 3º –
Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua
candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1
(um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta
grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de
2.10.1986). Logo, em regra, poderia se recusar a transferência.

Entretanto, tendo em vista a Súmula 369 do TST, inciso IV:


IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão
para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997). Portanto, no caso
mencionado, não subsistiria a estabilidade do dirigente, não podendo se negar à transferência.

14. Determinada empresa fornecia em seu refeitório alimentação gratuita aos seus empregados.
Acontece que essa empresa localizava-se na zona rural, a 50km da cidade. Você entende que esse
bem, a alimentação, era salário in natura? Fundamente.

15. Determinada empresa fornecia gratuitamente aos seus empregados 60 unidades de


preservativo (camisinhas) por mês. Esses bens podem ser considerados como salário in natura?
Fundamente.

27/06

16. Determinado empregado Trabalha no escritório em uma empresa com distribuidora de combustíveis,
o seu local de trabalho era no centro da cidade, no escritório administrativo da empresa, porém, esse
empregado, todos os dias, estava obrigado a ir até os postos de combustíveis, pertencentes ao seu
empregador a fim de fazer a aferição ao tanques que reservavam os combustíveis, o empregado levava
um tempo máximo de até 15 mn. para a medição da quantidade de combustível de cada posto. Por dia,
consumia o tempo de aproximadamente uma hora com ambiente perigoso. Terá direito esse empregado,
adicional de periculosidade? Fundamente.

R:O Art. 193 da CLT disciplina que :

[...] "São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação


aprovada pelo ministério do trabalho e emprego, aquelas que, por sua natureza, ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição PERMANENTE do trabalhador a:

I- Inflamáveis, explosivos, ou energia elétrica" [...]

Tendo em vista o Teor do ART. supracitado, bem como o caso em análise, cumpre expor que o mesmo se
refere a uma exposição permanente a um ambiente perigoso, trazendo em seguida em seus incisos, as
hipóteses de caracterização, ocorre que o trabalhador mencionado no caso concreto, passa cerca de uma
hora de sua jornada de trabalho em um ambiente com inflamáveis, tendo o obrigatoriedade de fazer a
inspeção dos tanques de combustíveis, deste modo, o termo permanente pode ser interpretado de
maneira extensiva, visto que, embora o empregado não permanece durante toda sua jornada de trabalho
no posto de combustível, ele todos os dias tem de estar no ambiente, se expondo portanto a eventuais
acidentes que possam vir a ocorrer durante a permanência no local, fazendo jus ao adicional de
periculosidade. Há ainda que se falar da súmula 364 do TST:

Súmula nº 364 do TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item


II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma
intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual,
assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs
da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003).

Nesse sentido, há uma decisão da 3° Turma só Tribunal Superior do Trabalho, condenou uma empresa a
pagar o adicional a um ajudante geral que

JURISPRUDÊNCIA:

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO HABITUAL. CABIMENTO

Faz jus ao pagamento do adicional de periculosidade o empregado que acompanha o


processo de detonação de explosivos na área de operação e permanece dentro da
área de risco definida pelo Anexo 1 da NR 16 da Portaria 3.214/78.Aplica-se, ao caso,
a primeira parte do item I da Súmula 364 do TST, segundo a qual “faz jus ao adicional
de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma
intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-
se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se
por tempo extremamente reduzido”. Como se sabe, os riscos advindos do trabalho
em condições perigosas não se avaliam pelo tempo de exposição do trabalhador, pois
os seus efeitos sobre o organismo humano não se fazem sentir aos poucos, de forma
insidiosa, numa evolução ascendente, como ocorre no tocante aos agentes
insalubres, mas de forma diversa, pois ameaçam a integridade física e a vida do
empregado, por uma ação de impacto, podendo incapacitá-lo ou matá-lo em frações
de segundo.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordinário, em


que figuram, como recorrentes, AILTON VIEIRA DE SOUZA (1); RIMA INDUSTRIAL S.A.
(2) e, com recorridos, os mesmos.

Empregados que trabalham para empregadores distintos, mas ambos os empregadores pertencem ao
mesmo grupo de empresas, nesse caso, caberia equiparação salarial, levando em conta principalmente o
cumprimento do requisito do mesmo empregador?

R: A equiparação salarial tem disposição tanto constitucional como na CLT, sendo respectivamente no ART.5
da CF/88 e ART. 5 da CLT.

De forma concreta, existe regulamentação para a equiparação salarial no ART. 461 da CLT, que estabelece
os requisitos para tal. Quais sejam:

1- Idêntica função

2- Trabalho de igual valor

3- mesmo empregador

4- mesma localidade

5- Diferença de tempo de serviço não superior a 2 anos.


No que tange ao requisito de Trabalho de igual valor, será considerado o que for realizado com igual
produtividade, e a mesma perfeição técnica. (Ex: do professor Lourival, do posto de gasolina).

JURISPRUDÊNCIA: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. EMPRESAS PERTENCENTES AO MESMO


GRUPO ECONÔMICO. IMPOSSIBILIDADE. REQUISITO MESMO EMPREGADOR . Discute-
se a possibilidade de que seja conferida equiparação salarial entre empregados
integrantes de empresas distintas de um mesmo grupo econômico. O Tribunal
Regional consignou que "embora óbvio esteja não haver vínculo direto a segunda ré,
deve o autor receber contraprestação salarial idêntica à paga aos empregados de
outra empresa integrante do mesmo grupo econômico da sua empregadora direta,
sob pena de se atentar contra o princípio constitucional da isonomia" . O
entendimento desta Corte, todavia, é em sentido diverso do exarado pelo Tribunal a
quo, uma vez que as empresas que compõem o grupo econômico, em regra, são
consideradas empregadoras distintas entre si, a teor do disposto no artigo 461 da CLT.
Ademais, ainda que se considerasse o grupo econômico como sendo "empregador
único", a teor da Súmula 129/TST, não se verifica, in casu, a prestação simultânea de
serviços pelo autor às empresas partes no processo. O Tribunal Regional apenas
assinalou que faz jus à equiparação salarial pelo simples fato de as empresas
participarem de grupo econômico, nos seguintes termos: "é incontroverso que estes
eram empregados de empresas do mesmo grupo econômico e exerciam a função de
maquinista". Dessa forma, pode-se concluir que a prestação de serviços pelos
empregados paradigmas e parangonado para empresas distintas obsta a manutenção
da equiparação salarial, nos termos da jurisprudência desta Corte . Recurso de revista
conhecido por violação do artigo 461 da CLT e provido. NORMA COLETIVA. GRUPO
ECONÔMICO. Tendo em vista o reconhecimento da constituição de grupo econômico
entre a VALE S.A. e a FERROVIA CENTRO ATLÂNTICA S.A., o e. TRT entendeu que se
estendem as normas coletivas da segunda reclamada (VALE) ao autor, empregado da
primeira reclamada (FCA). Destarte, considerando-se que o Tribunal Regional
entendeu configurado grupo econômico entre as reclamadas, para se chegar à
conclusão diversa, necessário seria o revolvimento de fatos e provas, o que é vedado
nesta instância extraordinária, a teor da Súmula 126 do TST. Inviável, portanto, a
análise da alegada violação dos artigos legais indicados. Ademais, constata-se que a
Corte a quo não analisou a matéria quanto à aplicabilidade da norma coletiva sob a
ótica de ser ou não o autor integrante de categoria profissional diferenciada, sendo
desprovida de prequestionamento a contrariedade à Súmula 374 do TST suscitada
pela ré, e tampouco foi instada a fazê-lo mediante a oposição de embargos de
declaração. Incidência da Súmula 297 do TST. Por fim, os arestos colacionados
carecem de especificidade, na medida em que tratam de casos fáticos diversos do
presente nos autos. Óbice da Súmula 296/TST. Recurso de revista não conhecido.

INTERVALO INTRAJORNADA DO MAQUINISTA. SÚMULA 446/TST. Esta Corte, por meio


da Súmula 446/TST, firmou o entendimento de que se aplica ao ferroviário
maquinista integrante da categoria c (equipagem de trem em geral) a garantia ao
intervalo intrajornada, prevista no art. 71 da CLT, por constituir medida de higiene,
saúde e segurança do empregado, não havendo incompatibilidade entre as regras
inscritas nos arts. 71, § 4º, e 238, § 5º, da CLT. Logo, a decisão do Regional , que
presumiu a inexistência da concessão do intervalo intrajornada , encontra-se em
consonância com a referida Súmula . Incólumes os artigos 7º, XXII, da CR/88 e 71, 237
e 238, § 5º, da CLT. Ademais, os arestos colacionados desservem ao conhecimento do
recurso de revista, pois superadas as teses fáticas neles constantes em razão do teor
da Súmula 446/TST. Recurso de revista não conhecido. CONCLUSÃO: Recurso de
revista parcialmente conhecido e provido.

(TST - RR: 1002220125050631, Relator: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento:
27/09/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/09/2017).

Assim sendo, de acordo com a jurisprudência, e possível considerar a equiparação salarial entre
empregados de empregadores diversos, porém que pertencem ao mesmo grupo de empresas.

3) Imagine a hipótese que o empregador demitiu o empregado sem justa causa antes de realizar a
compensação da sua jornada de trabalho. Quais serão as conseqüências para o empregador?
Fundamente.

4) Imagine a hipótese que o empregado cometeu falta grave e por esse motivo foi demitido por justa
causa antes de ter ocorrido a compensação da sua jornada de trabalho. Quais serão as conseqüências
para o empregador? Fundamente.

REVISÃO PARA A PROVA

Prova: 12 questões, apenas 1 discursiva.

1. Terceirização: Uma empresa prestadora de serviço acabou realizando um contrato com outra
empresa, entretanto a tomadora é uma autarquia federal (ente publico). De quem é a
responsabilidade, na hipótese do não cumprimento das obrigações pelo empregado.

2. Alteração contratual: ocupante de cargo de confiança (necessidade real de transferência)

3. Reforma trabalhista: quais são os novos e velhos requisitos para que haja a equiparação salarial.

4. Quais são os novos e os velhos requisitos para a caracterização do grupo de empresa ou grupo
econômico.

5. Salário in natura: (analise de casos concretos)

6. Alteração contratual: referente ao horário do empregado

7. Remuneração: o salário mínimo, redução salarial

8. Cargo de confiança: Mesma questão da prova oral.

9. Participação nos lucros: *VALOR RECEBIDO NÃO É DE NATUREZA REMUNERATORIA*


10. Adicional de insalubridade: Qual é a base de calculo? É possível prova testemunhal para a
caracterização da insalubridade?

11. Responsabilidade civil do empregador: art.7 § 28 CF, e o art.927.

Você também pode gostar