Você está na página 1de 4

Rev. Medicina Desportiva informa, 2014, 5 (2), pp.

16–19 atingindo o pico de concentração


plasmática 15 a 120 minutos após a
sua ingestão (mais frequentemente
entre os 40 a 60 minutos), sendo
Cafeína e o desempenho
Tema 2
esta variabilidade dependente da
velocidade de esvaziamento gás-
desportivo trico6. A absorção oral não é afetada
pela forma como é ingerida, pois
Dr. Rui Cadilha1, Dr. João Barroso2 são atingidos níveis semelhantes
1
Interno de Formação Específica em Medicina Física e de Reabilitação 2Assistente Hospitalar Graduado –
Medicina Física e de Reabilitação – Centro Hospitalar de São João. Porto.
quando consumida em diversas
formulações8. É principalmente
metabolizada no fígado e eliminada
RESUMO / ABSTRACT na urina9. O peso corporal, género,
O efeito estimulante da cafeína é sobejamente conhecido e o seu consumo dietético tem idade, fatores genéticos, etnia, inges-
como finalidade principal aumentar o desempenho de atividades cognitivas e funcionais. tão de medicamentos ou estado de
Assim, o seu consumo no intuito de melhorar o rendimento desportivo não é de estranhar.
hidratação podem interferir na sua
Com esta revisão bibliográfica pretende-se avaliar o mecanismo de ação ergogénica da
cafeína, bem como os eventuais efeitos adversos.
farmacodinâmica6,7. A altura mais
benéfica para a sua ingestão parece
The stimulating effect of caffeine is widely known and the main purpose of its dietary intake is ser pelo menos uma hora antes ao
to increase the performance of the cognitive and functional activities. Therefore, its consumption exercício, devendo ser ingeridas
in order to improve athletic performance is not surprising. The aim of this literature review is to
novas doses quando se prevê que a
find out the physiological mechanisms of the ergogenic actions of the caffeine and its eventual side
effects as well.
sua duração seja mais longa.
A co-ingestão de cafeína com
PALAVRAS-CHAVE / KEYWORDS refeição rica em carbohidratos ou
Cafeína, desempenho desportivo. rica em gordura não parece ter efeito
Caffeine, sports performance. aditivo na utilização do substrato
energético ou no rendimento10.

Introdução
(tabela I)2,3, e em grande quanti- Mecanismos de ação
Desde há longa data que a cafeína dade no café, fazendo este parte
faz parte dos nossos hábitos alimen- integrante dos hábitos sociais da Várias hipóteses têm sido propos-
tares1. Uma elevada percentagem da população. tas na tentativa de esclarecer os
população consome cafeína diaria- Os efeitos na atenuação da fadiga mecanismos subjacentes ao poder
mente o que a torna na substância são conhecidos desde o início do ergogénico da cafeína, não sendo
psicoativa (já que carece de valor século passado. No início da década ainda consensuais. Vários mecanis-
nutricional) mais consumida. É de 70 trabalhos mostravam melho- mos fisiológicos cuja ação se localiza
provável que o seu uso não dimi- ria no desempenho de exercício a nível do sistema nervoso central,
nua, pois é acessivel, clinicamente físico com a ingestão de cafeína, o periférico ou diretamente a nível
parece segura e está presente em que tornou popular o seu uso como neuromuscular têm sido apontados,
vários produtos de consumo diário ergogénico4,5. entre os quais:
· a acção antagónica nos receto-
Tabela I – Conteúdo de cafeína em dife- res de adenosina, existentes na
rentes produtos. Farmacodinâmica maioria dos tecidos, como cérebro,
Conteúdo em coração, adipócitos, músculo liso
Produto Quantidade
cafeína (mg) A cafeína, ou 1,3,7-trimetilxan- e estriado11 (a cafeína tem uma
Café ml 106-164 tina, é um alcaloide que estrutura muito semelhante à
Café instantâneo ml 47-68 pertence a um grupo de subs- adenosina, podendo ligar-se de
Café descafeinado ml 2-5 tâncias denominadas generica- forma não seletiva aos seus rece-
Chá preto ml 25-110 mente de metilxantinas3, tores), sendo atualmente este o
Chá verde ml 8-36
podendo ser encontrada mecanismo mais convincente para
naturalmente em mais de 60 explicar os efeitos ergogénicos da
Coca-Cola® ml 42
plantas. É eficazmente absor- cafeína. As doses necessárias para
Pepsi® ml 35
vida através do aparelho bloquear os recetores de adenosina
7 Up® ml 0
gastrointestinal, tem biodispo- são muito inferiores às necessárias
Leite achocolatado gr 2-8
nibilidade de quase 100% e para provocar a maioria dos outros
Chocolate preto gr 5-25
pode ser também absorvida efeitos fisiológicos da cafeína4.
Red Bull® ml 80 pelas vias transdérmica, · a poupança das reservas de glico-
Gel com cafeína gr 25 subcutânea, intramuscular ou génio através da maior oxidação
Barra com cafeína 65gr 50 intraperitoneal6,7. de gordura12 (com aumento dos
Comprimidos de 1 Compri- O tempo de semi-vida da níveis de ácidos gordos livres) e de
100/200
cafeína mido cafeína é de 3 a 5 horas4,6, hidratos de carbono exógenos13,14,

16 · Março 2014 www.revdesportiva.pt


sendo no entanto esta hipótese
controversa10.
·a
 umento da libertação de cateco-
laminas, especialmente a epine-
frina15-17, não observado em todos
os casos onde existiu melhoria no
rendimento desportivo16,18.
·m
 aior eficácia no mecanismo de
excitação-contração muscular atra-
vés da regulação de níveis de potás-
sio11,19 e de cálcio intracelular6.

Doses de cafeína/efeito ergogénico

A dose ideal para exercer este efeito


parece ser entre 2 a 6 mg/kg de
peso, sendo que em doses supe- + cápsulas de cafeína e placebo. As da diurese em repouso, não estão
riores a 9 mg/kg parece não existir cápsulas de cafeína ingeridas com descritas alterações significativas
benefícios adicionais, aumentando água permitiram tempo de corrida na sudorese, volume de urina, água
a probabilidade de efeitos adver- significativamente maior, com maior total perdida ou volume plasmático
sos, como taquicardia, cefaleias distância percorrida22. durante o exercício14,24,25.
e distúrbios gastrointestinais16,20.
A magnitude e duração do efeito
ergogénico parecem ser superiores Efeitos fisiológicos e adversos Cafeína e o desporto
em indivíduos que não consomem
regularmente cafeína21. Num estudo, Em geral, a cafeína não parece ter A cafeína é ergogénica em des-
que avaliou a ingestão de cafeína efeitos adversos graves. A maioria dos portos com elevada componente
1, 3 e 6 horas antes de um teste até efeitos laterais parece ser, no entanto, aeróbia, como é o caso de desportos
à exaustão (intensidade igual 80% dose dependente (tabela II)2,7. de resistência13,14,16,22,26-28, sendo por
VO2máx), em utilizadores regulares Estes mecanismos podem ajudar isso, onde a literatura é mais abun-
e não utilizadores, verificou-se que a explicar a ação estimulante da dante. Nestes estudos, a duração
o efeito ergogénico era maior e mais cafeína: aumenta o nível de alerta, de das provas físicas variou entre 30 e
duradouro no grupo dos não utiliza- atenção, de concentração e diminui a 150 minutos e foram realizadas em
dores regulares21. perceção subjetiva de dor e de esforço, várias modalidades como atletismo
A cafeína quando consumida sob pelo que atrasa a sensação de fadiga. e ciclismo.
a forma anidra parece ter um Ao provocar insónia e ansiedade a Graham et al calcularam o tempo
potencial ergogénico maior, além de cafeína pode influenciar a qualidade de corrida até à exaustão num tapete
ser mais facilmente doseável. Alguns e duração do sono, interferindo na rolante com intensidade constante
estudos mostram que o potencial recuperação do atleta, deste modo de 85% do VO2max em 8 atletas
ergogénico da cafeína é indepen- influenciando negativamente o ren- de resistência bem treinados, do
dente do modo de apresentação. dimento desportivo. A interrupção do sexo masculino, após a ingestão de
Num destes estudos22 avaliou-se os seu consumo crónico pode levar ao cafeína em cápsulas (3, 6 e 9 mg/kg)
efeitos da cafeína na dose igual a aparecimento da síndrome de abs- e de placebo, uma hora antes da
4,45 mg/kg de peso corporal, em tinência, originando sintomas como prova. Todos se abstiveram da
corridas levadas até à exaustão, com cefaleias, irritabilidade, fadiga, sono- ingestão de qualquer tipo de cafeína
intensidade igual a 85% do VO2max e lência, diminuição do estado de alerta nas 48 horas anteriores. O tempo de
administrada de diversas formas: e dificuldade de concentração23. corrida aumentou com as doses de 3
cápsulas de cafeína + água, café, Apesar do consumo de cafeina e 6 mg/kg (aumentos de 22 ± 9 e 22 ±
café descafeínado, café descafeínado poder estar associado a aumento 7%, respetivamente, ambos p <0.05)
em relação ao tempo na avaliação
com placebo (49.4 ± 4.2 minutos),
Tabela II – Doses de cafeína versus efeitos adversos. enquanto não houve aumento signi-
Quantidade de cafeína Consequências fisiológicas ficativo com a dose de 9 mg/kg16.
Maior agilidade mental, velocidade de pensamento mais Com o objetivo de avaliar o ren-
100 a 200 mg rápido, inquietação, redução da fadiga, necessidade de sono é dimento na resistência aeróbia e
atrasada
cognitiva, Hogervorst et al utiliza-
Ansiedade, insónia, alterações de humor, arritmias cardíacas, ram 24 ciclistas bem treinados que
1 grama
distúrbios gastrointestinais, náuseas
ingeriram cafeína sob a forma de
1,5 gramas Agitação, ansiedade, tremores, alucinações, delírio
barra energética antes (100 mg de
5 a 10 gramas Pode ocorrer a morte
cafeína) e durante a avaliação (100 +
Mais de 10 gramas Dose letal
100 mg) num teste de 2,5 horas (60%

18 · Março 2014 www.revdesportiva.pt


VO2máx), a que se seguiu período até (1 RM) na avaliação da força da parte apresentados (grupo ou individuais)
à exaustão (75% VO2máx). O teste superior do tronco, avaliada no teste poderá ajudar a explicar algumas
até à exaustão teve maior duração de supino, enquanto não existiu das divergências entre estudos. A
(p <0.05) após o consumo da barra benefício na realização de repetições cafeína parece não ter efeitos adver-
energética que continha cafeína até á exaustão com intensidade igual sos significativos em doses capazes
comparativamente aos testes reali- a 60% de 1 RM36. No entanto, Astorino de melhorar o rendimento despor-
zados com consumo de carboidratos et al tiveram o resultado inverso38. tivo, mas a suscetibilidade individual
ou do placebo. Observou-se também Já no estudo realizado por Wolf et al deve ser tida em conta.
melhoria significativa na compo- em atletas de equipa masculinos e Embora a AMA não inclua esta
nente cognitiva, o que poderá ser bem treinados, que ingeriram cafeína substância na lista de substâncias
importante no desempenho despor- na dose de 5 mg/kg de peso corporal, dopantes, a sua monitorização
tivo onde a concentração é crucial27. revelou aumento significativo na poderá estar relacionada, não só
Outros estudos também apoiam resistência muscular nos exercícios com o potencial estimulante, mas
a existência de efeito ergogénico de supino e no pico de potência no também como eventuais efeitos
em desportos de alta intensidade teste de Wingate, mas sem aumento adversos.
com curta duração (até 30 minutos, na prensa de pernas41. Também Beck
habitualmente entre 3 e 8 minu- et al constataram que doses baixas
tos)17,20,29,30, assim como em des- de cafeína (2.1-3.0 mg/kg) melhora- Bibliografia
portos de equipa31-35. Estes últimos, vam o rendimento de 1 RM no supino
geralmente possuem elevada dura- (2,1%), mas não verificaram aumen- 1. Wolf, A., G.A. Bray, and B.M. Popkin, A short
ção, com períodos de alta intensi- tos significativos na força membro history of beverages and how our body treats
them. Obes Rev, 2008. 9(2): p. 151-64.
dade envolvendo também agilidade. inferiores, quer para 1 RM, quer para
2. Harland, B.F., Caffeine and nutrition. Nutri-
Del Coso et al simularam uma a resistência muscular39. tion, 2000. 16(7-8): p. 522-6.
partida de futebol, após a ingestão 3. Palacios Gil-Antunano, N., E. Iglesias-
de uma bebida energética que forne- -Gutierrez, and N. Ubeda Martin, [Effect of
ceu a cada atleta cafeína na dose de Substância dopante? caffeine on athletic performance]. Med Clin
(Barc), 2008. 131(19): p. 751-5.
3mg/kg de peso. Cada participante
4. Keisler, B.D. and T.D. Armsey, 2nd, Caffeine as
efetuou dois jogos separados por A cafeína foi removida da Lista de an ergogenic aid. Curr Sports Med Rep, 2006.
uma semana. As bebidas fornecidas Substâncias Proíbidas no desporto 5(4): p. 215-9.
(uma possuindo cafeína e a outra em Janeiro de 2004 pela Agência 5. Chester, N. and N. Wojek, Caffeine consump-
sem cafeína), foram apresentadas Mundial de Antidopagem (AMA) ou tion amongst British athletes following changes
to the 2004 WADA prohibited list. Int J Sports
como possuindo o mesmo efeito WADA (World Anti-Doping Agency),
Med, 2008. 29(6): p. 524-8.
ergogénico. No final, a distância total fazendo atualmente parte do 6. Sinclair, C.J. and J.D. Geiger, Caffeine use in
percorrida, assim como a distância programa de monitorização. Este sports. A pharmacological review. J Sports
percorrida em sprint, foi superior programa inclui substâncias que Med Phys Fitness, 2000. 40(1): p. 71-9.
no grupo que ingeriu a cafeína. Os não são proibidas no desporto, mas 7. Bramstedt, K.A., Caffeine use by children: the
quest for enhancement. Subst Use Misuse,
autores apontam como uma das que a AMA usa para monitorizar
2007. 42(8): p. 1237-51.
limitações deste estudo a presença os padrões de consumo, avaliando 8. Mumford, G.K., et al., Absorption rate of
de taurina, entre outras substâncias, possíveis abusos42. methylxanthines following capsules, cola and
na bebida energética e que estavam chocolate. Eur J Clin Pharmacol, 1996. 51(3-
ausentes na bebida controlo 35. 4): p. 319-25.
9. Cano-Marquina, A., J.J. Tarin, and A. Cano,
Um estudo realizado com corre- Conclusão
The impact of coffee on health. Maturitas,
dores bem treinados e corredores de 2013. 75(1): p. 7-21.
recreação (a pé), que ingeriram uma O consumo de cafeína para a 10. Jacobson, T.L., et al., Effect of caffeine co-
dose de cafeína (5 mg/kg) uma hora obtenção de benefício no rendi- -ingested with carbohydrate or fat on meta-
antes da prova, constatou existência mento desportivo parece ser prática bolism and performance in endurance-trained
men. Exp Physiol, 2001. 86(1): p. 137-44.
de benefício com a sua ingestão. A comum. O efeito ergogénico desta
11. Graham, T.E., Caffeine and exercise: metabo-
magnitude da melhoria no rendi- substância está demonstrado em lism, endurance and performance. Sports Med,
mento foi idêntica nos dois grupos alguns estudos. O papel antagónico 2001. 31(11): p. 785-807.
(1,0 e 1,1%, respetivamente). Os auto- nos receptores de adenosina parece 12. Costill, D.L., et al., Effects of elevated plasma
res concluíram que a ingestão prévia ser o mais constantemente aceite, FFA and insulin on muscle glycogen usage
during exercise. J Appl Physiol, 1977. 43(4):
da cafeína pode “produzir significa- embora estes mecanismos não este-
p. 695-9.
tivos, mas possivelmente pequenos jam claramente estabelecidos. 13. Yeo, S.E., et al., Caffeine increases exogenous
ganhos no rendimento na corrida de A opinião dos autores dos estudos carbohydrate oxidation during exercise. J Appl
5 km, em corredores treinados e de apresentados nesta breve revisão é Physiol, 2005. 99(3): p. 844-50.
recreação” 30. que a diferença nos protocolos utili- 14. Kovacs, E.M., J. Stegen, and F. Brouns, Effect
of caffeinated drinks on substrate metabolism,
Quanto aos desportos de força/ zados, sejam eles a dose / momento
caffeine excretion, and performance. J Appl
potência, a literatura disponível é / forma como a cafeína é consu- Physiol, 1998. 85(2): p. 709-15.
menor e contraditória 36-41. Como mida, o consumo regular ou não 15. Spriet, L.L., et al., Caffeine ingestion and
exemplo, existe um estudo em que desta, a condição física dos partici- muscle metabolism during prolonged exercise
a ingestão de cafeína resultou no pantes, a suscetibilidade á cafeína in humans. Am J Physiol, 1992. 262(6 Pt 1):
p. E891-8.
aumento numa repetição máxima e forma como os resultados são

Revista de Medicina Desportiva informa Março 2014 · 19


16. Graham, T.E. and L.L. Spriet, Metabolic, cate- Physiol Nutr Metab, 2013. 38(4): p. 368-74.
cholamine, and exercise performance responses 35. Del Coso, J., et al., Effects of a caffeine-
to various doses of caffeine. J Appl Physiol, -containing energy drink on simulated soccer
1995. 78(3): p. 867-74. performance. PLoS One, 2012. 7(2): p. e31380.
17. Jackman, M., et al., Metabolic catecholamine, 36. Goldstein, E., et al., Caffeine enhances upper
and endurance responses to caffeine during body strength in resistance-trained women. J
intense exercise. J Appl Physiol, 1996. 81(4): Int Soc Sports Nutr, 2010. 7: p. 18.
p. 1658-63. 37. Del Coso, J., et al., Dose response effects of
18. Tarnopolsky, M.A., et al., Physiological res- a caffeine-containing energy drink on muscle
ponses to caffeine during endurance running in performance: a repeated measures design. J Int
habitual caffeine users. Med Sci Sports Exerc, Soc Sports Nutr, 2012. 9(1): p. 21.
1989. 21(4): p. 418-24. 38. Astorino, T.A., R.L. Rohmann, and K. Firth,
19. Davis, J.K. and J.M. Green, Caffeine and Effect of caffeine ingestion on one-repetition
anaerobic performance: ergogenic value and maximum muscular strength. Eur J Appl Phy-
mechanisms of action. Sports Med, 2009. siol, 2008. 102(2): p. 127-32.
39(10): p. 813-32. 39. Beck, T.W., et al., The acute effects of a
20. Bruce, C.R., et al., Enhancement of 2000-m caffeine-containing supplement on strength,
rowing performance after caffeine ingestion. muscular endurance, and anaerobic capabi-
Med Sci Sports Exerc, 2000. 32(11): p. 1958- lities. J Strength Cond Res, 2006. 20(3): p.
63. 506-10.
21. Bell, D.G. and T.M. McLellan, Exercise endu- 40. Woolf, K., W.K. Bidwell, and A.G. Carlson,
rance 1, 3, and 6 h after caffeine ingestion in Effect of caffeine as an ergogenic aid during
caffeine users and nonusers. J Appl Physiol anaerobic exercise performance in caffeine
(1985), 2002. 93(4): p. 1227-34. naive collegiate football players. J Strength
22. Graham, T.E., E. Hibbert, and P. Sathasivam, Cond Res, 2009. 23(5): p. 1363-9.
Metabolic and exercise endurance effects of 41. Woolf, K., W.K. Bidwell, and A.G. Carlson,
coffee and caffeine ingestion. J Appl Physiol, The effect of caffeine as an ergogenic aid in
1998. 85(3): p. 883-9. anaerobic exercise. Int J Sport Nutr Exerc
23. Irwin, C., et al., Caffeine withdrawal and Metab, 2008. 18(4): p. 412-29.
high-intensity endurance cycling performance. J 42. WADA. World Anti-Doping Agency Web Site.
Sports Sci, 2011. 29(5): p. 509-15. 2013. Consultado em 25/08/2013. Disponí-
24. Millard-Stafford, M.L., et al., Hydration vel em http://www.wada-ama.org/.
during exercise in warm, humid conditions:
effect of a caffeinated sports drink. Int J Sport
Nutr Exerc Metab, 2007. 17(2): p. 163-77.
25. Roti, M.W., et al., Thermoregulatory responses
to exercise in the heat: chronic caffeine intake
has no effect. Aviat Space Environ Med, 2006.
77(2): p. 124-9.
26. Ganio, M.S., et al., Effect of ambient tempera-
ture on caffeine ergogenicity during endurance
exercise. Eur J Appl Physiol, 2011. 111(6): p.
1135-46.
27. Hogervorst, E., et al., Caffeine improves
physical and cognitive performance during
exhaustive exercise. Med Sci Sports Exerc,
2008. 40(10): p. 1841-51.
28. Desbrow, B., et al., The effects of different
doses of caffeine on endurance cycling time
trial performance. J Sports Sci, 2012. 30(2): p.
115-20.
29. Wiles, J.D., et al., Effect of caffeinated coffee on
running speed, respiratory factors, blood lactate
and perceived exertion during 1500-m treadmill
running. Br J Sports Med, 1992. 26(2): p.
116-20.
30. O’Rourke, M.P., et al., Caffeine has a small
effect on 5-km running performance of well-
-trained and recreational runners. J Sci Med
Sport, 2008. 11(2): p. 231-3.
31. Glaister, M., et al., Caffeine supplementation
and multiple sprint running performance. Med
Sci Sports Exerc, 2008. 40(10): p. 1835-40.
32. Stuart, G.R., et al., Multiple effects of caffeine
on simulated high-intensity team-sport perfor-
mance. Med Sci Sports Exerc, 2005. 37(11): p.
1998-2005.
33. Schneiker, K.T., et al., Effects of caffeine on
prolonged intermittent-sprint ability in team-
-sport athletes. Med Sci Sports Exerc, 2006.
38(3): p. 578-85.
34. Del Coso, J., et al., Caffeine-containing energy
drink improves physical performance of elite
rugby players during a simulated match. Appl

20 · Março 2014 www.revdesportiva.pt

Você também pode gostar