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Apostila Fundicao
Apostila Fundicao
FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO
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FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO
1
2
3
Fundição
1 - Introdução
i
Temperatura de fusão é a temperatura em que o metal passa para o estado líquido
ii
Fluidez é a capacidade de uma substância de escoar com maior ou menor facilidade. Por
exemplo, a água tem mais fluidez que o óleo porque escorre com mais facilidade.
5
Embora o ferro fosse conhecido no Egito já em 4000 A.C., o uso do ferro fundido
era impossível devido à alta temperatura de fundição, e a falta de vasilhas de
cerâmica (cadinho) capazes de conter o ferro fundido. A idade do ferro fundido
chegou finalmente em 1340, quando o forno de fluxo foi construído em Marche-
Les- Dames na Bélgica. Era capaz de produzir um volume contínuo de ferro
fundido. A prática de fundição de materiais ferrosos desenvolveu mais adiante
com a invenção do forno de cúpula por John Wilkenson na Inglaterra. Isto foi
seguido pela produção de ferro maleável em 1826 por Seth Boyden e o
desenvolvimento da metalografia por Henry Sorby da Inglaterra.
Sem dúvida, as descobertas da Revolução Industrial, como os fornos Cubilô, os
fornos elétricos, e a mecanização do processo, muito contribuíram para o
desenvolvimento da fundição do ferro e, consequentemente, do aço. A maioria
dos equipamentos de fundição foi concebida basicamente nesse período, quando
surgiram também os vários métodos de fundição centrífuga. Ao século XX coube
a tarefa de aperfeiçoar tudo isso.
A relação entre as propriedades e a microestrutura das ligas foram entendidas. O
controle completo do processo de fundição ficou possível baseado no
conhecimento e controle da microestrutura. No entanto, os processos de
conformação tiveram um desenvolvimento mais rápido do que a fundição porque
as ligas forjadas tinham um desempenho melhor e um campo mais largo de
aplicações. O ferro nodular, que possui a fundibilidade do ferro fundido e a
resistência ao impacto do aço, foi introduzido em 1948, e favoreceu a difusão do
ferro para competir mais favoravelmente com ligas forjadas.
2.1 Cristalização
Essa particularidade dos metais, durante sua solidificação, já foi estudada, sob o
ponto de vista geral. Consiste, como se viu, no aparecimento das primeiras
células cristalinas unitárias, que servem como "núcleos" para o posterior
desenvolvimento ou "crescimento" dos cristais, dando, finalmente, origem aos
grãos definitivos e à "estrutura granular" típica dos metais.
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Nesse caso, a solidificação tem inicio nas paredes comas quais o metal líquido
entra imediatamente em contato; os cristais formados e em crescimento sofrem a
interferência das paredes do molde e dos cristais vizinhos, de modo que eles
tendem a crescer mais rapidamente na direção perpendicular às paredes do
molde. Origina-se, então, uma estrutura colunar típica, até uma determinada
profundidade, como a Figura 1(b) mostra, e que pode, nos cantos, produzir efeitos
indesejáveis - Figura 1(c) - devido a grupos colunares de cristais, crescendo de
paredes contíguas, se encontrarem segundo planos diagonais.
Os efeitos indesejáveis resultam do fato de essas diagonais constituírem planos
de maior fragilidade de modo que, durante a operação de conformação mecânica
a que essas peças são submetidas posteriormente - como laminação - podem
surgir fissuras que inutilizam o material. Esse inconveniente é evitado
arredondando-se os cantos
No caso dos ferros fundidos - uma das mais importantes ligas para fundição de
peças - a contração sólida linear varia de 1 a 1,5%, o valor de 1%
correspondendo ao ferro fundido cinzento comum e o valor 1,5% (mais
precisamente de 1,3 a 1,5%) ao ferro nodular.
Para os outros metais e ligas - a contração linear é muito variada, podendo atingir
valores de 8 a 9% para níquel e ligas cobre-níquel.
A contração dá origem a uma heterogeneidade conhecida por vazio ou rechupe,
ilustrada na Figura 2 Inicialmente, tem-se (a) o metal inteiramente no estado
líquido; (b) a solidificação tem início na periferia, onde a temperatura é mais baixa
e caminha em direção ao centro; (c) fim da solidificação e (d) contração sólida.
Esse fenômeno ocorre, como no caso anterior, principalmente nas ligas ferro-
carbono. O oxigênio dissolvido no ferro, por exemplo, tende a combinar-se com o
carbono dessas ligas, formando os gases CO e CO2 que escapam facilmente à
atmosfera, enquanto a liga estiver no estado liquido. À medida, entretanto, que a
viscosidade da massa liquida diminui, devido à queda de temperatura, fica mais
difícil a fuga desses gases, os quais acabam ficando retidos nas proximidades da
superfície das peças ou lingotes, na forma de bolhas.
Em aços de baixo carbono, na forma de lingotes a serem forjados ou laminados,
as bolhas não são prejudiciais, pois elas, às temperaturas de conformação
mecânica, principalmente para a fabricação de chapas, têm suas paredes
soldadas. A rigor, essas bolhas podem ser até mesmo desejáveis.
As bolhas devem ser evitadas, contudo, em aços de alto carbono; isso pode ser
feito adicionando-se ao metal líquido substâncias chamadas "desoxidantes", tais
como alguns tipos de ferro-ligas (ferro-silício e ferro-manganês) ou alumínio.
De fato, o oxigênio reage de preferência com os elementos Si, Mn e Al, formando
óxidos sólidos - SiO2, MnO e AI2O3 - impedindo, assim, que o oxigênio reaja com
o carbono formando os gases CO e CO2, responsáveis pela produção das
bolhas.
Outros gases que podem se libertar na solidificação dos aços são o hidrogênio e
o nitrogênio, que comumente também se encontram dissolvidos no metal líquido.
3- Fundição em areia
Qualidade, hoje em dia, é muito mais que uma palavra. É uma atitude
indispensável em relação aos processos de produção, se quisermos vencer a
competição com os concorrentes; o que não é nada fácil.
A qualidade da peça fundida está diretamente ligada à qualidade do molde. Peças
fundidas de qualidade não podem ser produzidas sem moldes. Por isso, os
autores usam tanto o material quanto o método pelo qual o molde é fabricado
como critério para classificar os processos de fundição. Portanto, é possível
classificar os processos de fundição em dois grupos:
para cima.
Enche-se a caixa com areia que é socada até que a caixa fique completamente
cheia.
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A fundição em moldes de areia verde não tem nada a ver com a cor verde. O
processo tem esse nome somente porque a mistura com a qual o molde é feito
mantém sua umidade original, quer dizer, não passa por um processo de
secagem. A matéria-prima para esse tipo de moldagem é composta basicamente
por um agregado granular refratário chamado de areia-base que pode ser sílica,
cromita ou zirconita, mais argila (como aglomerante) e água.
Tanto metais ferrosos quanto não-ferrosos podem ser fundidos nesse tipo de
molde. Os moldes são preparados, o metal é vazado por gravidade, e as peças
são desmoldadas durante rápidos ciclos de produção. Após a utilização,
praticamente toda a areia (98%) pode ser reutilizada. Esse processo de
moldagem é facilmente mecanizável, sendo realizado por meio de máquinas
automáticas.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
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Desvantagens:
O controle da areia é mais crítico do que nos outros processos que também usam
areia.
Maior erosão quando as peças fundidas são de maior tamanho.
O acabamento da superfície piora nas peças de maior peso.
A estabilidade dimensional é menor nas peças de maior tamanho.
Como já mencionado, moldes de areia verde contêm até 7 por cento de água,
dependendo do tipo e porcentagem do material de liga. Então, este tipo de molde
só pode ser usado para moldes pequenos com paredes finas, uma vez que
peças grandes com paredes espessas aquecem o molde e provocam a
vaporização da água presente no molde. Isso iria provocar bolhas nas peças. Por
esta razão, moldes para peças grandes devem ser secos. A operação para secar
é feita em fornos a uma temperatura que varia de 150º para 350ºC, de 8 até 48
horas, dependendo do tipo e quantia de aglomerante usado.
Moldagem em Pasta
Moldes de gesso são apropriados para fundir prata, ouro, magnésio, cobre, e
ligas de alumínio. O material para moldagem é uma mistura de areia fina, amianto
e gesso como aglomerante. Água é adicionada a mistura até que uma pasta
cremosa é obtida. O processo de secagem deverá ser bem lento para evitar
trincas no molde.
Moldagem em Argila
O molde de argila é usado para peças muito grandes. A forma básica do molde
desejado é construída com tijolos e argamassa (como se fosse uma casa de
tijolo). Uma mistura de argila é então usada como material de moldagem para
obter o acabamento final do molde. Gabaritos e chapelonas são empregados no
processo de moldagem. A mistura de argila usada na moldagem consiste em 50
por cento de argila e o resto sendo principalmente de areia lavada. Os moldes de
argila devem ser secos antes do metal ser vazado.
Moldagem em Cerâmicos
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Moldagem em Grafita
A grafita é usado nos moldes feitos para receber ligas de alto ponto de fusão,
como o titânio, que deve ser vazado em moldes inertes. O processo de fundição
deve ser executado em no vácuo para eliminar qualquer possibilidade de
contaminar o metal. Moldes de grafite ou podem ser feitos através de usinagem
de um bloco de grafita para criar a cavidade desejada ou compactando um
agregado de base de grafite ao redor do modelo e então sintetizando o molde
obtido a uma temperatura de 1000º a 1120ºC em uma atmosfera redutora .Os
moldes de grafita tem aplicações industriais difundidas na fundição centrífuga do
bronze e do cobre.
2.A placa é presa na máquina e aquecida por meio de bicos de gás até atingir a
3.A placa é então girada contra um reservatório contendo uma mistura de areia
4. O calor funde a resina que envolve os grãos de areia e essa mistura, após
algum tempo (±15 segundos), forma uma casca ("se") com a espessura
Essa mistura é feita, por meio de equipamentos, na hora da moldagem e deve ser
empregada imediatamente porque a reação química de cura começa a se
desenvolver assim que a mistura está pronta. O processo é o seguinte:
Com esse processo, os fundidores obtêm moldes mais rígidos para serem usados
para a produção de peças grandes e de formatos complicados com bom
acabamento de superfície. O vazamento do metal é feito por gravidade.
.6 - Fundição de Precisão
Como você já sabe, produzir peças por fundição é basicamente fazer um modelo,
fazer um molde a partir desse modelo, e vazar (despejar) metal líquido dentro do
molde
O que diferencia um processo do outro é tanto o modo como o metal líquido é
vazado (pode ser por gravidade ou pressão) quanto o tipo de moldagem utilizado
(em moldes de areia ou em moldes metálicos).
Por outro lado, a escolha do processo é determinada principalmente pelo tipo de
produto final que você quer obter. Assim, se você quiser produzir um produto
fundido com determinado peso máximo de 5 kg, formato complexo, melhor
acabamento de superfície e tolerâncias mais estreitas em suas medidas, ou seja,
um produto com características aliadas à qualidade do produto usinado, será
necessário usar o processo de fundição de precisão.
Por esse processo, pode-se fundir ligas de alumínio, de níquel, de magnésio, de
cobre, de cobre-berílio, de bronze-silício, latão ao silício, ligas resistentes ao calor,
além do aço e do aço inoxidável para a produção de peças estruturais para a
indústria aeronáutica, para motores de avião, equipamentos aeroespaciais, de
processamento de dados, turbinas a gás, máquinas operatrizes, equipamentos
médicos, odontológicos, ópticos etc.
Em qual aspecto a fundição de precisão se diferencia dos outros processos de
fundição? Exatamente na confecção dos modelos e dos moldes. Enquanto nos
processos por fundição em areia que estudamos na aula anterior o modelo é
reaproveitado e o molde é destruído após a produção da peça, na fundição de
precisão tanto o modelo quanto o molde são destruídos após a produção da peça.
Em primeiro lugar, devemos saber que os modelos para a confecção dos moldes
são produzidos em cera a partir de uma matriz metálica formada por uma
cavidade com o formato e dimensões da peça desejada. A cera, que não se
assemelha àquela que usamos no assoalho da nossa casa, é um material que
derrete com o calor. E é no estado líquido que ela é injetada dentro da matriz para
formar os modelos.
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O molde é produzido a partir de uma pasta ou lama refratária feita com sílica ou
zirconita, na forma de areia muito fina, misturada com um aglomerante feito com
água, silicato de sódio e / ou silicato de etila. Esta lama endurece em contato com
o ar e é nela que o modelo de cera ou plástico é mergulhado. Quando a lama
endurece em volta do modelo, forma-se um molde rígido. Após o endurecimento
da pasta refratária, o molde é aquecido, o modelo derretido, e destruído. Essa
casca endurecida é o molde propriamente dito e é nele que o metal líquido é
vazado. Assim que a peça se solidifica, o molde é inutilizado. Por causa das
características desse processo, ele também pode ser chamado de fundição por
moldagem em cera perdida. Resumindo, a fundição por moldagem em cera
perdida apresenta as seguintes etapas:
vazamento.
meio de grampos para receber o metal líquido. Isso pode ser feito manualmente.
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A montagem dos moldes também pode ser feita por meio de dispositivos
mecânicos movidos por conjuntos hidráulicos, que comandam o ciclo de abertura
e fechamento dos moldes.
Tanto os moldes quanto os machos são cobertos com uma pasta adesiva rala
feita de material refratário cuja função, além de proteger os moldes, é impedir que
as peças grudem neles, facilitando a desmoldagem.
A fundição com moldes metálicos também é feita sob pressão. Nesse caso, o
molde chama-se matriz.
Para realizar sua função, as matrizes têm que ter resistência suficiente para
agüentar o desgaste imposto pela fundição sob pressão, e são capazes de
Essa máquina é dotada de duas mesas: uma fixa e outra móvel. Na mesa fixa
ficam uma das metades da matriz e o sistema de injeção do metal. Na mesa
móvel localizam-se a outra metade da matriz, o sistema de extração da peça e o
sistema de abertura, fechamento e travamento da máquina.
Ela é usada quando o metal líquido se funde a uma temperatura que não corrói o
material do
cilindro e do pistão de injeção, de modo que ambos possam ficar em contato
Vantagens e desvantagens
Como todo o processo de fabricação, a fundição sob pressão tem uma série de
vantagens e desvantagens. As vantagens são:
As desvantagens são:
4.9.3 - Centrifugando.
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5 - Fornos de Fundição
Vários tipos de fornos são empregados para fundir diferentes metais ferrosos e
não ferrosos em fundição. O tipo de forno de fundição a ser usado é determinado
pelo tipo de metal a ser fundido, a taxa de produção do metal fundido e a pureza
desejada. A seguir é feita uma descrição sucinta de cada um dos fornos de
fundição comumente usados.
Estrutura : O Cubilô é o forno mais usado para produzir ferro fundido cinzento.
Um esboço esquemático deste tipo de forno é mostrado na figura 2-20. Como nós
podemos ver naquela figura, o Cubilô é um forno cuja altura é de três a cinco
vezes o seu diâmetro. É construído em um base de aço que é de (10 mm) de
densidade e que está interiormente forrado com tijolos de argila refratária. A
estrutura inteira é erguida em pernas ou colunas. Para o topo do forno, há uma
abertura pela qual o combustível é colocado. O ar que é necessário para a
combustão é soprado pelas ventaneiras localizadas a aproximadamente 900 mm
acima da base do forno. Ligeiramente acima da base e na frente, há um furo
vedado e uma calha que permite o ferro fundido ser coletado. Também há uma
abertura de escória localizada na parte de trás e acima do nível do furo vedado
(porque a escória flutua na superfície do ferro fundido). O fundo do Cubilô está
fechado com portas removíveis para esvaziar o resíduo de coque ou metal e
também habilitar a manutenção e o conserto do forno em linha.
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5
O forno de chama direta (ou forno de reverbação) é usado para um tipo de
fundição de bronze, latão, ou ferro nodular. São acendidos os queimadores do
forno com carvão pulverizado. Como nós podemos ver na figura 2-21, o telhado
reflete a chama sobre o metal que aquece o metal e consequentemente o
fundido. Os produtos gasosos provindos da combustão deixam o forno pelo tubo
da chaminé. A superfície interna do forno está forrada com tijolos refratários onde
estão a carga e a válvula. Quando se funde ferro, a relação de combustível e ar é
ajustada para produzir um ferro completamente branco sem grafite livre em
camadas, uma vez que isso diminui as qualidades do ferro nodular.
Metais não ferrosos como bronze, latão, alumínio e ligas de zinco normalmente
são fundidos em fornos de panela. Estes fornos são acendidos através de líquido,
gás ou da pulverização de combustível sólido. A figura 2-22 mostra que os
produtos de combustão não entram em contato direto com o metal fundido e
habilitam assim a produção de fundidos de qualidade. Os fornos de cadinho
podem ser estacionários ou basculantes. Quando empregando o tipo
estacionário, os cadinhos são erguidos através de pinças e são elevados por
sistema de roldanas (moitões). Por outro lado, panelas com bica longa são
sempre usados em fornos basculantes.
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O forno de arco elétrico é o tipo mais usado de forno elétrico. A figura 2-23 mostra
um esboço de um forno de arco elétrico. O calor gerado pelo arco elétrico é
transferido através de radiação direta ou por radiação refletida pelo forro interno
do forno. O arco elétrico é gerado entre dois eletrodos de grafite. Para controlar a
folga entre os dois eletrodos e adequar o controle da intensidade do calor, um
eletrodo é estacionário e o outro é móvel. Os fornos de arco elétrico são usados
principalmente para fundir aços e menos usados para fundir ferro fundido cinzento
e alguns metais não-ferrosos.
6- Moldagem
Materiais do Molde. Areia lavada retirada das margens dos rios são usados como
matéria-prima para moldes destinados a ligas de baixo-ponto de fusão. Eles têm
as vantagens de baixo custo, especialmente peças leves. Porém, estes moldes
contêm de 15 a 25 por cento de barro que, em troca, inclui algumas impurezas
orgânicas que notadamente reduzem as temperaturas de fusão daquela mistura
de areia natural, diminui a coesão, e requer um conteúdo de umidade alto (6 a 8
por cento). Então, o molde de areia sintética foi desenvolvido para ultrapassar
esses problemas e consiste de sílica limpa na qual a estrutura do grão e
distribuição do tamanho de grão é controlada, com até 18 por cento de argila e de
bentonita e só aproximadamente 3 por cento de umidade. Como a quantidade de
argila usada para unir o material é mínima, o molde de areia sintética tem um alto
teor refratário, alta resistência verde (verde aqui significa aglomerado e não se
refere a cor), uma melhor permeabilidade, e um baixo teor de umidade. Essa
última vantagem resulta na presença de menos gases durante o processo de
fundição. Este controle das propriedades da mistura da areia é uma condição
importante para obter boas peças fundidas. Por esta razão um laboratório de
areia, normalmente, é unido à fundição para determinar, com antecedência, as
propriedades da areia de moldagem para fundição.
A seguir algumas propriedades importantes da mistura da areia-verde:
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Introdução
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Fundidos
Desenho do Modelo.
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O metal de uma dada peça fundida, após solidificar-se, continua a se contrair até
atingir a temperatura ambiente. O grau dessa contração varia de acordo com o
tipo de metal mas de qualquer forma o modelador deve estar de posse de todos
os elementos necessários para projetar o modelo, levando em conta esta
particularidade do metal. Isto é facilmente executado quando se tem à mão uma
régua de contração na qual as divisões são ligeiramente maiores do que as
normais. A tolerância de contração que deve ser levada em consideração para os
vários metais é dada a seguir em mm/m.
Ferro fundido l0
Aço fundido 20
Ligas de alumínio 12,5
Ligas de magnésio 0.55
40
Tolerâncias de Sobremetal.
Plano De Separação.
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Posicionadores De Machos.
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Tão logo a posição do plano de separação tenha sido determinada, devem ser
indicados os ressaltos para posicionamento dos machos. Esses ressaltos são
elementos salientes do modelo, cuja finalidade é provocar a formação de um
rebaixo no molde de areia onde o macho vai ser fixado. Como o macho
preencherá totalmente esses rebaixos, a função dos mesmos é única e
exclusivamente atuar como elemento posicionador até que o metal derretido se
solidifique. A Fig. 10.2 mostra esses ressaltos aficionados ao desenho do modelo.
Esses elementos não são mostrados, no desenho da peça acabada.
Saída.
Muito embora seja essencial que todos os ângulos tenham sido arredondados e
os respectivos filetes colocados, é também de suma importância evitar raios
muito grandes para filetes com abas, cujas seções retas são finas. Filetes muito
grandes podem causar tensões durante o processo de resfriamento em almas
finas, fazendo com que o material se concentre de maneira acentuada nas
interseções, levando o conjunto a um resfriamento desigual. Os desenhos
executados pelo departamento de Engenharia deverão sempre mostrar todos os
filetes e trazerem uma nota tal como "Todos os filetes terão raio (x) e raios de
concordância y) a não ser que se especifique de outra forma ".
À medida que o metal fundido vai sendo vazado, o mesmo se escoa nas várias
direções, indicadas pelo formato do molde e gradualmente, vai se resfriando.
Caso as seções sejam muito finas, o metal pode solidificar sem que se consiga o
total preenchimento do molde, ou então, devido à baixa temperatura em
Ressaltos.
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Calços ou coxins.
Os coxins, como são indicados na Fig. 10.10, fazem com que o custo da peça
seja reduzido, devido à economia causada pela eliminarão de grandes áreas que
deverão ser usinadas.
Nervuras.
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Ressalto. Projeção num objeto cuja altura é, em geral, menor do que o seu
diâmetro. Ele é colocado nesse loca com a finalidade de proporcionar um ponto
de apoio ou ainda permitir que a usinagem faça um furo em condições mais
vantajosas. Ver a Fig. 10.9.
Macho. Um modelo de areia para fazer um furo no interior do fundido. Ver a Fig.
10.11.
Caixa de macho. Uma caixa de madeira, cujo formato interno é de tal natureza
que, quando está totalmente cheia de areia, forma-se o macho desejado. Ver a
Fig. 10.11 .
48
Conicidade ou saída. Certa conicidade atribuída ao modelo e que torna mais fácil
a sua retirada do molde de areia.
Filete. Uma superfície côncava que cobre totalmente os ângulos agudos entre
duas faces num modelo. Ver a Fig. 10.5.
49
Canal de alimentação. Uma abertura no molde de areia, por onde o metal escoa.
Ver a Fig. 10.13.
Plano de separação. O plano que divide o modelo em duas partes que podem ser
retiradas da areia. Ver a Fig. 10.3.
Régua de contração. A régua usada pelo modelador. Possui uma escala que leva
em conta o aumento dimensional, compensado na contração do metal durante o
processo de solidificação.
Código De Cores.
Caixa De Machos.
50
Machos.
os espaços interiores de modo que o macho possa ter removido depois do metal
ter sido vazado e solidificado.
Caixa de Fundição.
Fundição.
O projetista tem pouca ligação imediata com a fundição, pois o modelador atua
como intermediário entre os dois. Os desenhos da oficina, em geral, não incluem
nenhuma referência à operação de fundição. No entanto, é pouco provável que
exista lugar onde o item referente ao custo seja de importância tão vital como na
fundição. O sobremetal em excesso e o formato complexo difícil de se fundir,
fazem com que o produto acabado seja demasiado caro. O projetista deve estar
sempre alerta quanto a estes detalhes que oneram o custo.
Moldes Permanentes.
Sistemas de Distribuição
Os moldes são preenchidos com metal fundido por meio de tubos cortados na
areia do molde que são chamados canais. A figura 2-4 indica um sistema de
distribuição típico que inclui uma bacia de descanso, canal de descida canal de
distribuição e canal de ataque. O projeto do sistema de distribuição às vezes é
crítico e deve, então, estar baseado nas teorias da mecânica dos fluidos como
também na prática industrial. De fato, um sistema de distribuição deve ser
projetado de forma que as seguinte regras sejam asseguradas:
7 Fundição passo-a-passo
usinagem da peça. Ele é feito de madeira, alumínio, aço, resina plástica e até
isopor.
2.Confecção do molde - O molde é o dispositivo no qual o metal fundido é
colocado para que se obtenha a peça desejada. Ele é feito de material refratário
composto de areia eaglomerante. Esse material é moldado sobre o modelo que,
após retirado, deixa uma cavidade com o formato da peça a ser fundida.
54
colocados nos moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal
líquido.
i
Canais de alimentação são as vias, ou condutos, por onde o metal líquido passa para chegar ao molde.
Massalote é uma espécie de reserva de metal que preenche os espaços que vão se formando à medida que a peça
vai solidificando e se contraindo.
56
A fundição por gravidade usa também moldes cerâmicos. Esse processo recebe o
nome de fundição de precisão. Existe ainda um outro processo de fundição por
gravidade que usa moldes metálicos. Quando são usados moldes metálicos, não
são necessárias as etapas de confecção do modelo e dos moldes, por nós
descritas. Outro processo que usa molde metálico é o processo de fundição sob
pressão.
i
Tolerância dimensional é a faixa dentro da qual uma medida qualquer pode variar. Por exemplo, o desenho
especifica uma medida de l0 mm,
com uma tolerância dimensional de ±1. Isso quer dizer que essa medida pode variar entre 9 e 11 mm.
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furos pequenos e detalhes complexos não são feitos na peça porque dificultam o
processo de fundição, embora apareçam no desenho. Esses detalhes são depois
executados também por meio de usinagem.
arredondamento de cantos e engrossamento das paredes da peça para evitar
defeitos como trincas e melhorar o preenchimento com o metal . líquido.
inclusão da areia do molde nas paredes internas ou externas da peça. Isso causa
problemas de usinagem: os grãos de areia são abrasivos e, por isso, estragam a
ferramenta. Além disso, causam defeitos na superfície da peça usinada.
defeitos de composição da liga metálica que causam o aparecimento de
partículas duras indesejáveis no material. Isso também causa desgaste da
ferramenta de usinagem.
rechupe, ou seja, falta de material devido ao processo de solidificação, causado
por projeto de massalote malfeito.
porosidade, ou seja, a existência de "buraquinhos" dentro de peça. Eles se
originam quando os gases que existem dentro do metal líquido não são
eliminados durante o processo de vazamento e solidificação. Isso causa
fragilidade e defeitos superficiais na peça usinada.
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Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
6. Desmoldagem
7. Rebarbação
Coluna A
8. Limpeza
Coluna B
1. Confecção do molde
2. Confecção do macho
3. Confecção do modelo
4. Fusão
5. Vazamento
62
63
Exercício 5
Exercício 6