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FACULDADE TECNOLÓGICA SENAI – ROBERTO MANGE

LUCIANO LOPES SOUSA

Relatório de estágio

Novafarma Indústria Farmacêutica

Setor: Manutenção industrial

Período: 09/09/2009 a 14/12/2009

Anápolis, janeiro de 2010


FACULDADE TECNOLÓGICA SENAI – ROBERTO MANGE

TECNICO ELETROTÉCNICO

LUCIANO LOPES SOUSA

Relatório de estágio

Novafarma Indústria Farmacêutica

Setor: Manutenção Industrial

Período: 09/09/2009 a 14/12/2009

Carga horária: 402 Horas

____________________________

LUCIANO LOPES SOUSA

____________________________

Ass. do Coord. do Curso Técnico

____________________________

Ass. do Supervisor de Manutenção

____________________________

Ass. do Gerente de Manutenção

Anápolis, janeiro de 2010


Índice
1. Objetivo
2. Introdução
3. Apresentação
4. Empresa
4.1 Tecnologia empregada
5. Manutenção industrial
5.1 Definição de Manutenção
5.2 Tipos de Manutenção
5.3 Manutenção Preventiva
5.4 Manutenção Preditiva
5.5 manutenção Corretiva
6. Atividades realizadas
6.1 Planejamento
6.2 Pesquisa
6.3 Execução
6.4 Assistências Tecnológicas
6.5 Reuniões
6.6 Cursos
6.7 Visitas
7. Atividades realizadas durante o estágio
7.1 Instalação do inversor frequência weg cfw-08
7.1.1 Procedimento de Instalação Mecânica e elétrica do inversor de
freqüência CFW-08
7.1.2 Instalação mecânica do CFW-08
7.1.3 Instalação Elétrica do CFW-08
7.2 Manutenção na tomada de alimentação trifásica de uma maquina
de envasamento
7.2.1 Descrição do serviço realizado
7.2.2 Melhoria Sugerida
7.2.3 Dados técnicos do equipamento
7.2.4 Grau de Proteção (IP)
7.2.5 Ferramental utilizado
7.3 Substituição de um cotrolador de velocidade motron cve 2002
7.3.1 Dados técnicos do equipamento
7.3.2 Descrição do serviço realizado
7.3.3 Ferramental utilizado
7.4 Substituição de um relé temporizador coel ae (on-delay)
7.4.1 Dados técnicos do equipamento
7.4.2 Descrição do serviço realizado
7.4.3 Ferramental utilizado
7.5 Manutenção no grupo gerador 01
7.5.1 Dados técnicos do equipamento
7.5.2 Descrição do serviço realizado
7.5.3 Ferramental utilizado
8. Instalações e equipamentos
8.1 Instalações
8.2 Equipamentos
9. Matéria prima
10. Processos de produção
11. Normas técnicas e de segurança
12. Conclusão
13. Referencias Bibliograficas

1. Objetivo
Relatório de estágio realizado na empresa Novafarma Indústria Farmacêutica,
tem por objetivo fazer o aprendizado na prática das atividades desenvolvidas no
curso estabelecendo laços entre a prática e a teoria.

O objetivo específico do trabalho foi de demonstrar através de atividades


juntamente com o embasamento teórico as melhorias possíveis e necessárias
dentro da empresa e a importância dos equipamentos no setor de manutenção
industrial.

E consequentemente realizando o cumprimento curricular do curso Técnico


em Eletrotécnica realizado na FATEC- SENAI Roberto Mange, no período de
2008 à 2010. Concluindo 1200 horas aulas e 402 horas de estágio na empresa.

2. Introdução
Quando falamos da manutenção em uma indústria, seja de sistemas
elétricos ou mecânicos, costumamos separá-las em três tipos:

Corretiva:

 A manutenção é feita apenas quando um equipamento quebra ou para de


funcionar. Em equipamentos de grande importância na planta industrial,
este é um método caro e pouco funcional.

 Uma parada não programada faz com que a empresa recorra a uma
manutenção emergencial, muitas vezes pagando mais caro tanto pelos
materiais a serem substituídos quanto pela mão-de-obra.

 Além disso, esta parada reduz os índices de performance da produção da


empresa e podem provocar grandes prejuízos financeiros com atrasos,
cancelamentos de pedidos, etc...

Preventiva:

 Consiste em programar revisões ou troca de componentes baseados no


fator tempo de utilização. É muito eficaz para problemas simples, porém
não resolve degradações relacionadas a má utilização de componentes ou
componentes com vida útil menor do que a esperada.

 Depende muito dos tempos de utilização adotados para troca


(normalmente baseados em estimativas ou levantamentos empíricos), uma
vez que se forem subestimados poderão ocorrer problemas no processo e
se forem superestimados haverá desperdício na troca de um componente
que ainda não chegou ao final de sua vida útil.

Preditiva:
 É a maneira mais inteligente de se realizar a manutenção, porém, devido
ao seu custo, é mais aplicável a processos essenciais de uma planta
industrial.

 Consiste em monitorar os parâmetros (elétricos, mecânicos, temperatura,


viscosidade de óleos, etc...) de forma a ser possível identificar se o sistema
está funcionando da maneira correta ou não.

 Para exemplificar a eficácia deste método, basta dizermos que com ele é
possível detectar qual componente de um complexo sistema está com
defeito, bem como prever em quanto tempo ocorrerá uma parada se não
for feita uma intervenção.

 Existem diversas formas – baratas e caras – de se realizar a manutenção


preditiva, sendo que sua eficácia dependerá sempre da especialização e
conhecimento técnico do pessoal de manutenção envolvido.

Nos últimos tempos, nota-se uma mudança de postura nas indústrias: a


manutenção não é mais encarada como um mero gasto, mas sim como um
investimento que garante a confiabilidade da planta e reduz paradas não
programadas, que são as grandes vilãs do planejamento de uma indústria.

Este relatório vem apresentar a importância da manutenção industrial,


sendo que detalhamos aqui a manutenção corretiva e preventiva, pois dentro da
indústria aqui apresentada a manutenção preditiva é realizada através de mão-de-
obra terceirizada.

Neste relatório de estágio supervisionado, estou descrevendo as atividades


que pude desenvolver aprender e aprimorar meus conhecimentos, no que
conserve a técnica prática e conciliando assim os referentes conhecimentos
durante o estágio nesta empresa, onde trabalho atualmente.

Todas as atividades realizadas neste relatório foram supervisionadas pelo


supervisor de manutenção que assina este relatório de estágio.
3. Empresa

NOVAFARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA


Produção de medicamentos injetáveis

Fundada em fevereiro de 1994, obteve sua Autorização de Funcionamento


publicada em setembro de 1999, com a proposta inicial de ser uma empresa
prestadora de serviços, terceirizando a produção de medicamentos injetáveis,
conquistando uma divisão de mercado até então inexplorada.
No decorrer de seu desenvolvimento, optou pela implantação de sua
própria linha de produtos, cujo alvo final é mercado hospitalar, atendendo
distribuidores, secretarias de saúde, hospitais particulares, órgãos públicos,
autarquias, associações, fundações e prefeituras.
Em 25 de maio de 2000 foram faturados aos primeiros produtos com a
marca Novafarma. Desde então, tem direcionado seus esforços no
desenvolvimento de novos produtos, na qualificação profissional e na satisfação
de seus clientes internos e externos, buscando o crescimento da empresa e a
garantia de uma linha de medicamentos injetáveis de confiança.
Situada no Pólo Farmoquimico do Estado de Goiás, região central do
Brasil, tem como compromisso ser uma empresa referência na fabricação de
medicamentos injetáveis, contribuindo com a Política Nacional de Medicamentos
do Ministério da Saúde, proporcionando o acesso da população a medicamentos
injetáveis de qualidade, segurança e eficácia a preços acessíveis.
Para que seus objetivos sejam alcançados a Novafarma tem como
prioridade o investimento em pessoal, o respeito ao meio ambiente, o
compromisso com a fabricação de medicamentos em conformidade com os
Compêndios Oficiais e o atendimento às demais normas regulamentares,
aplicáveis à Industria Farmacêutica.
Nos últimos anos, a Novafarma têm investido na conquista do mercado
externo, estabelecendo parcerias com empresas representantes na Bolívia, Peru,
Paraguai e Costa Rica.
Hoje a Novafarma conta com uma área total de 7.055m², sendo que
8.565m² de área construída, além da área atual a empresa conta com uma área
de 61.649.90m² situada no Distrito Agroindustrial de Anápolis, onde já se encontra
em fase de construção a sua nova unidade.

A Novafarma dispõe do que melhor há em tecnologia, sistemas,


arquitetura, laboratórios, além de espaços que promovem o bem-estar dos nossos
colaboradores. Atualmente possui em seu quadro aproximadamente 400
colaboradores, divididos em diversos setores.

A Novafarma indústria farmacêutica situada na Avenida Brasil Norte


n°1255, cidade Jardim, Anápolis-Goiás, há 10 anos tem se destacado em sua
área de injetáveis. Devido a sua preocupação em produzir injetáveis de confiança.
Para esse desenvolvimento, foi necessário investimentos em toda a sua área
produtiva, como pesquisa e desenvolvimento de seus produtos, com tanta
tecnologia empregada em 2004, receberam o certificado da ISSO 9001,
certificado que garante o bom processo de fabricação de seus produtos.

4. Atividades realizadas
4.1 Planejamento:

A forma de planejamento da manutenção na Novafarma segue os


seguintes critérios:

- Parada de setup – PPE, entre os intervalos de limpeza, executa-se ajuste


de corretiva ou preventiva, se houver necessidade.
- Entre os finais de semana, manutenção preventiva nas linhas de produção.
- Nos projetos de melhorias das linhas de produção, segue alguns
procedimentos como: Quantidade de materiais a ser executado, custo e
beneficio.

4.2 Pesquisa

Nas melhorias da linha de produção, existe uma atenção especial, sobre que
tipo de material se deve investir nas maquinas, como: Durabilidade, qualidade,
custo, beneficio, fragilidade, modernidade. E com essas pesquisas, estamos
tendo resultado satisfatório como qualidade e produtividade.

4.3 Execução

Antes de qualquer execução seja de melhorias ou preventiva, analisamos


primeiro as paradas emergenciais durante o processo de produção. Com isso,
programamos os serviços a serem executados.

4.4 Assistência Tecnológica

Uma assistência Tecnológica que foi utilizada, quando o eixo da ventoinha


do Fancoil (purificador de ar) estava desbalanceado. O supervisor da manutenção
acionou a empresa para executarmos este serviço com aparelhagem adequada
para alinhar e balancear o eixo que seu funcionamento. =

4.5 Reuniões

As reuniões da Equipe da manutenção são realizadas mensalmente, onde


são abordadas todas as ocorrências de parada para manutenção corretiva,
preventiva e melhorias do equipamento.

4.6 Cursos

O curso adquirido no estagio foi de Vasos de Pressão (Autoclave) com o


período de 40 horas, realizado pelo Instrutor Técnico de Segurança do Trabalho
que a Novafarma fechou contrato para ministrar o curso.

4.7 Visitas
Durante o período de estagio foram realizadas visitas técnica nas áreas de
produção para serem analisadas cada atividade de manutenção relatada neste
relatório.

5. Descrição das atividades


Setor de Rotulagem, Geração de energia, Área 08, onde executamos
manutenções corretivas preventivas e instalações de equipamentos atendendo a
necessidade de cada setor.

5.1 Instalação do inversor de frequência WEG CFW08

Foto 01 - Inversor de Freqüência CFW08

5.1.1 Definição

Componente que varia a freqüência elétrica, usado para o controle de


velocidade dos motores elétricos de indução trifásicos. A alimentação desses
aparelhos pode ser monofásica ou trifásica, dependendo de sua construção. Em
geral, podem ser programados para os valores máximos e mínimos de freqüência
de saída, conforme necessidade da instalação. A variação da velocidade é
geralmente feita a partir de um potenciômetro de referência externo. O esquema
de ligação e as características como potência de acionamento, tensão de entrada
e saída, variação da freqüência e outros são encontrados no manual que
acompanha o aparelho.

5.1.2 Características técnicas do equipamento:


Potência de entrada de 0.88 Kw, tensão nominal de entrada 220 V,
Corrente Nominal de 4.8 A, Freqüência de 60 Hz, potência de saída: Corrente
nominal 4 A, freqüência de saída 10 à 60 Hz trabalhando com sinal analógico de
04-20 mA ou 0 a 10V para controle de velocidade do motor principal de uma
esteira de embalagens na área 08, setor de rotulagem.

5.1.3 Instalação mecânica:

Ambiente:

A localização dos inversores é fator determinante para a obtenção de um


funcionamento correto e uma vida normal de seus componentes.
O inversor deve ser montado em um ambiente livre de:
- Exposição direta a raios solares, chuva, umidade excessiva ou maresia;
- Gases ou líquidos explosivos e/ou corrosivos;
- Vibração excessiva, poeira ou partículas metálicas/óleos suspensos no ar.

Condições ambientais permitidas:

- Temperatura: 0 ºC a 40 ºC - condições nominais.


- De 40 ºC a 50 ºC - redução da corrente de 2 % para cada grau Celsius
acima de 40 ºC.
- Umidade relativa do ar: 5 % a 90 % sem condensação.
- Altitude máxima: 1000 m - condições nominais.
- De 1000 m a 4000 m - redução da corrente de 1 % para cada 100 m acima
de 1000 m.
- De 2000 m a 4000 m - redução da tensão de 1.1 % para cada 100 m acima
de 2000 m.
- Grau de poluição: 2 (conforme EN50178 e UL508C)

Dimensões do CFW-08

A figura 1, em conjunto com a tabela 1, trazem as dimensões externas e de


furação para fixação do CFW-08.
Figura 1

Tabela 1

Posicionamento e Fixação:

Para a instalação do CFW-08 deve-se deixar no mínimo os espaços livres


ao redor do inversor conforme figura 2 a seguir. As dimensões de cada
espaçamento estão descritas na tabela 2.
Instalamos o inversor na posição vertical de acordo com as recomendações a
seguir:

- Instale o inversor em uma superfície plana;

- Não coloque componentes sensíveis ao calor logo acima do inversor.

Figura 2

Tabela 2

Montagem em Painel:
Para inversores instalados dentro de painéis ou caixas metálicas fechadas,
prover exaustão adequada para que a temperatura fique dentro da faixa
permitida. Como referência, a tabela 3 apresenta o fluxo do ar de ventilação
nominal para cada modelo.

Método de Refrigeração: ventilador interno com fluxo do ar de baixo para cima.

Tabela 3

Montagem em Superfície

A figura 3 ilustra o procedimento de instalação do CFW-08 na superfície de


montagem.

Figura 3
Torque de aperto recomendado para as conexões de potência e aterramento:

Tabela 4

5.1.4 Instalação elétrica:

As informações a seguir foram devidamente seguidas com a atenção para


se obter uma instalação correta. Seguimos também as normas de instalações
elétricas aplicáveis.

- Foi verificado que a rede de alimentação estava desconectada antes de


iniciar as conexões, foi utilizando o multímetro para confirmar a ausência
de tensão.

- Afastamos os equipamentos e fiações sensíveis em 0,25 m do inversor e


dos cabos de ligação entre inversor e motor.

Exemplo: CLPs, controladores de temperatura, cabos de termopar, etc.

- Os inversores devem ser obrigatoriamente aterrados a um condutor terra


de proteção (PE).

- A rede que alimenta o inversor deve ter o neutro solidamente aterrado.

- Não utilize o neutro para aterramento.

- Sempre aterrar a carcaça do motor. Fazer o aterramento do motor no


painel onde o inversor está instalado ou no próprio inversor. A fiação de
saída do inversor para o motor deve ser instalada separada da fiação de
entrada da rede, bem como da fiação de controle e sinal.

Fiação de Potência/Aterramento e Disjuntores:

- Utilizamos no mínimo as bitolas de fiação e os disjuntores recomendados


na tabela 5. Usamos somente fiação de cobre (70 ºC).
Tabela 5

Conexões de potência:

Modelos 1,6-2,6-4,0-7,3- 10A/ 200-240 V – Alimentação monofásica

Figura 4

(*) No caso de alimentação monofásica com fase e neutro, somente passar a fase pelo
disjuntor.

(**) Nos modelos 1,6A- 2,6 A e 4,0A os terminais para conexão do resistor de frenagem
não estão disponíveis.
Conexões de sinal e controle:

As conexões de sinal (entradas e saídas analógicas) e controle (entradas


digitais e saídas a relé) são feitas no conector XC1 do cartão eletrônico de
controle :

Figura 6

Comando do inversor de frequência


Figura 7

Posição dos jumpers para seleção das entradas e saídas analógicas em tensão (0 a 10)
Vcc ou em corrente (0 a 20) mA / (4 a 20) mA e seleção das entradas digitais como ativo
alto (PNP) ouativo baixo (NPN)

Uso da HMI

- Descrição geral da HMI.


- Uso da HMI.
- Programação e leitura dos parâmetros.
- Descrição das indicações de status e das sinalizações.

Descrição da interface homem- máquina

A HMI standard do CFW-08 contém um display de LEDs com 4 dígitos de 7


segmentos, 4 LEDs de estado e 8 teclas. A figura 4.1 mostra uma vista frontal da
HMI e indica a localização do display e dos LEDs de estado.

Figura 8
Funções do display de LEDs:

Mostra mensagens de erro e estado (consulte a Referência Rápida de


Parâmetros e Mensagens de Erro), o número do parâmetro ou o seu conteúdo. O
display unidade (mais à direita) indica a unidade de algumas variáveis [U = volts,
A = ampares ou °C = Graus Celsius]

Funções dos LEDs “Local” e “Remoto”

- Inversor no modo Local:


LED verde aceso e LED vermelho apagado.

- Inversor no modo Remoto:


LED verde apagado e LED vermelho aceso.

Funções dos LEDs de sentido de giro (horário e anti-horário):

Consulte a figura 9.

Figura 9
Uso da HMI para operação do inversor

Habilita o inversor via rampa de aceleração (partida).


Desabilita o inversor via rampa de desaceleração (parada).
Reseta o inversor após a ocorrência de erros.

Seleciona (comuta) display entre número do parâmetro e seu valor


(posição/conteúdo).
Aumenta a velocidade, número do parâmetro ou valor do parâmetro.
Diminui a velocidade, número do parâmetro ou valor do parâmetro.

Inverte o sentido de rotação do motor comutando entre horário e anti-horário.

Seleciona a origem dos comandos/referência entre LOCAL ou REMOTO.

Quando pressionada realiza a função JOG [se a(s) entrada(s) digital (is)
programada(s) para GIRA/PÁRA (se houver) estiver (em) aberta(s) e a(s)
entrada(s) digital (is) programada(s) para HABILITAGERAL (se houver) estiver
(em) fechada(s).

Descrição dos parâmetros (Programação e leitura dos parâmetros).

- Parâmetros de Acesso e de Leitura - P000 a P099


- Parâmetros de Regulação - P100 a P199
- Parâmetros de Configuração - P200 a P398
- Parâmetros do Motor - P399 a P499

Sinalizações/ estados do inversor: indicações no display da HMI (básica)

Inversor pronto (“READY”) para acionar o motor.

Inversor com tensão de rede insuficiente para a operação.

Inversor na situação de erro, o código do erro aparece piscante.


No caso exemplificado temos a indicação de E02 (consulte o capítulo 7).

Inversor está executando rotina de Auto- Ajuste para identificação


automática de parâmetros do motor. Esta operação é comandada por P408
(consulte o capítulo 6).
Ferramental utilizado:
- Chave de borne simples isolada VDE (Gedore)
- Chave de fenda cruzada isolada VDE (Gedore)
- Alicate eletricista 8” (Belzer)
- Alicate amperímetro categoria II de segurança mod.: ET-3200A
(Minipa)
- Manual do inversor de freqüência (WEG CFW08)
- Na figura 01 é apresentada uma foto do inversor descrito neste
relatório.
- Alicate Pressa terminal.

Após instalação foi verificada corrente do motor, parâmetros do inversor,


sincronismo do equipamento em relação ao restante da linha de produção.

5.2 Manutenção na tomada de alimentação trifásica de uma maquina de


envasamento

Foto 02 tomada trifásica IP44

5.2.1 Descrição do serviço realizado:


A manutenção foi necessária, pois a máquina de envase não estava
funcionando, não havia tensão no painel do equipamento e o disjuntor do quadro
geral que alimenta a mesma estava desarmado.

Testes foram feitos com o multímetro na escala ACV 750V, para verificar a
tensão e foi constatada a ausência de tensão. O motivo pelo qual o disjuntor
estava desarmado era a tomada de alimentação trifásica do equipamento que
estava em curto. O curto circuito foi ocasionado por umidade em seus contatos,
pois a cada setup a sala de produção e as máquinas são higienizadas utilizando
água no processo, sendo assim, a água penetrava no interior da tomada.
Para a solução deste problema um estudo sobre o modelo da tomada foi
feito para aquele setor, foi descoberto que o grau de proteção (IP) era inadequado
para aquele ambiente e foi sugerida a substituição da tomada.

5.2.2 Melhoria sugerida:

A troca do modelo utilizado naquele ambiente por uma tomada com o grau
de proteção adequado: Tomadas Bloqueio Mecânico Surelock STECK S-4006/B
IP65. Com este modelo o operador não precisa desconectar o plug da tomada
para desligar o equipamento, pois existe uma chave manual liga/desliga.

5.2.3 Características técnicas do equipamento:

- Temperatura Operação: 0 / 120ºC trabalho contínuo, 200ºC (30 minutos).

- Construção: Conforme normas NBR IEC 60309-1, IEC 60309-2, DIN49462,


DIN 49463, CEE 17-BS4343 e VDE 0623.

- Voltagem máxima de trabalho: 690 Volts RMS conforme NBR IEC 60309-1.

- Identificação dos Terminais: Conforme U.L., CSA e NBR IEC 60309

- Rigidez Dielétrica: NBR IEC 60309-1


- Resistência ao Impacto: Conforme C.S.A. C22. 2 nº 182-1 parágrafos 7.4.2
e 7.4.4

- Resistência à Abrasão: Conforme C.S.A. C22. 2 nº 182-1 parágrafos 7.4.3


e 7.4.4

- Estanqueidade: Conforme Norma NBR IEC 60529

- Proteção Cabos: Conforme C.S.A. C. nº 182-1 parágrafos 7.3

- Tipo de Cabos: Conforme U.L.62 e C.S.A.C22.2 nº 49

- Resistências à Corrosão: (Partes Plásticas) Salt Spray, Álcool, Óleo,


Solventes, Lubrificantes, Graxas, Meios ácidos, Alcalinas e Outros Agentes
Químicos.

Foto 03 Tomadas Bloqueio Mecânico Surelock STECK S-4006/B IP65


5.2.4 Grau de proteção (IP)

É a indicação das características física dos equipamentos


elétricos, referenciando-se a permissão da entrada de corpos estranhos
para seu interior. É definido pelas letras IP seguidas por dois algarismos
que representam:

1º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de corpos


sólidos estranhos e contato acidental:

0 - sem proteção
1 - corpos estranhos de dimensões acima de 50 mm
2 - corpos estranhos de dimensões acima de 12 mm
4 - corpos estranhos de dimensões acima de 1 mm
5 - proteção contra acúmulo de poeiras prejudicial ao equipamento
6 - proteção total contra a poeira

2º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de água no


interior do equipamento:

0 - sem proteção
1 - pingos de água na vertical
2 - pingos de água até a inclinação de 15º com a vertical
3 - água de chuva até a inclinação de 60º com a vertical
4 - respingos de todas as direções
5 - jatos de água de todas as direções
6 - água de vagalhões
7 - imersão temporária
8 - imersão permanente

5.2.5 Ferramental utilizado:

- Chave de borne simples isolada VDE (Gedore)


- Chave de fenda cruzada isolada VDE (Gedore)
- Alicate eletricista 8” (Belzer)
- Alicate amperímetro categoria II de segurança mod.: ET-3200A
(Minipa)
5.3 Substituição de um controlador de velocidade MOTRON CVE 2002

Foto 04 - Controlador velocidade CVE 2002 e o esquema de ligação do transformador

5.3.1 Características técnicas do equipamento:

- Alimentação: 110 e 220 VCA, 60 Hz


- Controle por PWM
- Massa 1,9 Kg
- Saída 24 VCC
- Consumo Máximo 5 VA
- Potencia 96W
- Controle de velocidade através do potenciômetro de 470 Kohms

5.3.2 Descrição do serviço realizado:

A substituição foi necessária devido a elevação de sua corrente, causada


pelo motor VCC (Varired) que estava trabalhando em sobrecarga, pois o
rolamento estava danificado, ocasionando a queima de componentes do
seu circuito(diodos e transistor). Após instalação e a troca do rolamento, foi
verificada corrente com o multímetro na escala de ACA 20A, que
apresentou um valor normal (1,3A). Local da Manutenção e Equipamento:
Esteira da ecrã na Área 08, setor revisão de frascos.

5.3.3 Ferramental utilizado:


- Chave de borne simples isolada VDE (Gedore)
- Chave de fenda cruzada isolada VDE (Gedore)
- Alicate eletricista 8” (Belzer)
- Alicate amperímetro categoria II de segurança mod.: ET-3200A
(Minipa)

5.4 Substituição de um relé temporizador COEL AE (on-delay)

Foto 5 - Relé temporizador COEL AE (ON-delay) e esquema elétrico

5.4.1 Características técnicas do equipamento:

- Energizando-se a bobina, os contatos levam um tempo predeterminado


para mudar de posição. Ao desligar, instantaneamente os contatos
assumem a posição normal.
- Tensão de alimentação 12VCC,24VCC/VCA,42 VCA,48VCA/VCC, 110VCA
E 220VCA.
- Frequência de rede 48 – 63 Hz
- Tolerância -15 % +10
- Tempo de reset 100ms
- Escala 0 a 3s
- Corrente máxima nos contatos 15, 16 e 18(220V) 5A
5.4.2 Descrição do serviço realizado:
A substituição foi necessária, pois o relé quando energizado, através do
contato 16, aciona uma bomba por 3 segundos enchendo ou completando o nível
do vaso de pressão da autoclave com água (em condições normais). Foi
constatado que o relé a ser substituído não estava desenegirzando, após os 3
segundos, assim aumentava a pressão do vaso (pressão de trabalho 3kgf/cm²) e
disparava a válvula de segurança. Equipamento localizado na autoclave de
esterilização final da área 03. (após testes, o equipamento funcionou
normalmente). Local da Manutenção e Equipamento: autoclave de esterilização
final da área 03.

5.4.3 Ferramental utilizado:

- Chave de borne simples isolada VDE (Gedore)


- Chave de fenda cruzada isolada VDE (Gedore)
- Alicate eletricista 8” (Belzer)
- Alicate amperímetro categoria II de segurança mod.: ET-3200A
(Minipa)

5.5 Manutenção no grupo gerador 01

Foto 6 Grupo Gerador 01 e o sensor tipo PT100

5.5.1 Características técnicas do equipamento:


- Motor: Perkins
- Gerador: WEG
- Potencia: 699/637KVA
- Tensão: 380 v
- Cos �: 0.8
- Rotação: 1800 RPM
- Corrente: 965 A
- Frequencia: 60HZ
- Peso do equipamento: 4180 Kg
- Modelo: GTA
- Fabricante: STEMAC

5.5.2 Descrição do serviço realizado:

A manutenção foi necessária, pois grupo gerador 01 estava com uma falha
no seu funcionamento. Foi detectado que o Controlador de Temperatura D’água
N322 NOVUS estava ultrapassando o seu limite de temperatura predeterminado
(110 °C) para a proteção do grupo gerador 01.

Foi verificado que o sensor tipo PT100 na figura 06 estava com os seus
contatos folgados, assim causando o aumento anormal na leitura da temperatura
no controlador N322 NOVOS, foi ajustado e fixado o sensor.

Um teste foi realizado e o grupo gerador 01 funcionou com carga máxima


por três horas simulando o horário de ponta. Durante o teste não ultrapassou
87°C, que é a temperatura de trabalho e o grupo gerador 01 passou a opera
normalmente. Local da Manutenção e Equipamento: Setor de geração de energia.

5.5.3 Ferramental utilizado:

- Chave de borne simples isolada VDE (Gedore)


- Chave de fenda cruzada isolada VDE (Gedore)
- Alicate eletricista 8” (Belzer)
- Alicate amperímetro categoria II de segurança mod.: ET-3200A (Minipa)
- Manual do grupo gerador 01
- Alicate Pressa terminal.

6. Instalações e equipamentos
6.1 Instalações:

Todos os equipamentos e instalações seguiram as normas do projeto


executado pela supervisão de manutenção, como: Área em que o equipamento
seria instalado, distância definidas pela planta do projeto de execução, fácil
acesso da porta de emergência, hidratante de água potável do banheiro longe dos
painéis de energia, áreas de riscos químicos e físicos. A Novafarma possui cinco
áreas de produção e duas em fase de construção.

6.2 Equipamentos:

AUTOCLAVE HORIZONTAL

Foto 7 Autoclave Horizontal

Descrição do equipamento:

Fabricante/Marca: BAUMER

Ano de fabricação: 1997

Numero de serie: NF 005

TAG: 08 – AH – 01

Setor: Penicilínicos

ESTUFA DE DESPIROGENIZAÇÃO
Foto 8 Estufa de despirogenização

Descrição do equipamento:

Fabricante/Marca: BAUMER

Ano de fabricação: 1998

Numero de serie: NF 008

TAG: 02 – ED – 02

Setor: Penicilínicos II

MAQUINA DE ENVASE DE PÓS ESTEREIS

Foto 9 Maquina de envase de pós estéreis

Descrição do equipamento:

Descrição do Equipamento: Maquina de envase de Pós Estéreis


Fabricante / Marca: Treu

Ano de fabricação: 2003

Numero de Serie: NF 002

TAG: 01 – ME – 03

Setor: Penicilinicos I

MAQUINA BATOCADEIRA DE FRASCOS

Foto 10 Maquina Batocadeira de Frascos

Descrição do equipamento:

Histórico do Equipamento: Batocadeira de Frascos

Fabricante/ Marca: EMNF

Ano de Fabricação: 2006

Número de Série: NF003

TAG: 01-BAT-06

Setor: Peniciernicos

MAQUINA RECRAVADEIRA DE FRASCOS


Foto 11 Maquina Recavadeira de frascos

Descrição do equipamento:

Fabricante/Marca: Treu

Ano de fabricação: 2003

Numero de série: NF 004

TAG: 01-Rec – 03

Setor: Penicilinicos II

MESA REVISORA DE FRASCOS

Foto 12 Mesa Revisora de Frascos

Descrição do equipamento:

Fabricante/Marca: WS
Ano de Fabricação: 2006

Número de Série: NF 008

TAG: 01 – MR – 06

Setor: Área 08

MAQUINA ROTULADORA

Foto 13 Maquina Rotuladora

Descrição do equipamento:

Fabricante/Marca: Rotec Plus

Ano de Fabricação: 2004

Numero de Série: 03.530.10

TAG: 14 – RT – 01

Setor: Rotulagem

7. Matéria prima
Durante o processo produtivo, utilizamos matéria prima que estava na
ordem de produção, com o trabalho em ambiente estéril ou sala estéril.

Pó para solução injetável:

- Oxacilil
- Cortison
- Clorofenicol
- Biozatin
- Amplatil
- Piperacilina

Liquido para envase de ampolas

- Amicacina
- Corticoidex
- Dobutanil
- Bromoprida
- Clindamicina

8. Processo de produção
A Novafarma adota um sistema elaborado pela ANVISA, que é o sistema
de meta. A cada 24 horas o supervisor de produção envia para o sistema do CPD,
quantidade real produzido nesse período. É uma forma que a garantia de
qualidade tem para programar a limpeza de sala, manutenção preventiva, controle
de contaminação, qualificação e melhorias de treinamentos de seus
colaboradores.

O processo de produção é feito por salas esterilizadas, adaptadas para


esse processo, de acordo com as Normas da BPF (Boas praticas de fabricação)
desenvolvidas pela Vigilância Sanitária, condicionadas para produção de
injetáveis.

9. Normas técnicas e de segurança


Para as tarefas realizadas durante o estágio foram utilizadas as normas:

- NORMA REGULAMENTADORA - NR 12

Máquinas e Equipamentos

- NORMA REGULAMENTADORA - NR 6

Equipamento de proteção individual

- NORMA REGULAMENTADORA - NR10

Segurança em instalações e serviços em eletricidade

- NORMA REGULAMENTADORA - NBR-5410

Instalações de baixa tensão

- NORMA REGULAMENTADORA – NR 13

Segurança em unidades de processos

- Norma Européia (E.N) de segurança e riscos do equipamento


- Manual de Instalação dos Equipamentos fornecido pelo fabricante;

A utilização das Normas foi conforme a necessidade que cada tarefa exigia.

10. Conclusão
Concluí que o estágio é de extrema importância na finalização do
curso, pois a troca de experiências de outros companheiros no cotidiano da
manutenção industrial torna mais produtiva o aprendizado do estagiário e
atende uma grande expectativa do empresariado no cenário industrial.
A tecnologia da eletroeletrônica industrial vem se aprimorando no
passar dos tempos, e isso pra quem almeja obter conhecimento na área
profissional, não pode ficar parado no tempo, mas sim, caminhar junto com
a tecnologia aperfeiçoando o conhecimento pra ser um bom profissional.
O verdadeiro profissional não é aquele que só tem a prática, e sim
aquele que tem a teoria aplicada com a prática, o técnico tem a capacidade
de resolver os problemas simples aos mais complexos.
Os conhecimentos adquiridos na FATEC-SENAI Roberto Mange
juntamente com as atividades aqui relatadas, foram essenciais para meu
crescimento profissional e capacidade de pensar e solucionar problemas
no setor de manutenção industrial.
Ao termino deste estágio percebi que é um caminho de
aprendizagem e adaptação no campo profissional constante, pois de nada
adianta teoria sem a prática.

11. Referências Bibliográficas


MAMEDE FILHO, João – Instalações Elétricas Industriais, 7ª edição, Rio de
Janeiro, 2008
CREDER, Helio - Instalações Elétricas - 15ª Edição, 2007, Rio de Janeiro,
2007

Sites pesquisados:
www.abnt.org.br
www.novafarma.com.br
www.weg.com.br
www.steck.com.br
www.coel.com.br
www.stemac.com.br
www.motron.com.br

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