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ESCOLA ESTADUAL JUSCELINO KUBITSCHECK DE OLIVEIRA

TRABALHO DE SOCIOLOGIA
CAPÍTULO 2 - padrões, normas e cultura.

Aluna: Marcela Coimbra da Costa Rigamonte


Turma: 3º 06
Professora: Marina

BETIM

2019
1 - CIVILIZAÇÃ O X CULTURA:
Por trás da ideia de progresso havia uma ideia de civilização que estabelecia
uma hierarquia: civilizados eram os europeus (e Norte-americanos), enquanto as
demais populações eram escalonadas entre mais e menos atrasadas.
Antigamente, cultura era sinônimo de “civilização” e um atributo dos países
tidos como civilizados. Boas conceituou a palavra em uma perspectiva pluralista: ele
fala em “culturas”, e não em “cultura”. Não parece, mas foi uma grande
transformação. Pois assim, cada cultura passou a brilhar com luz própria, em seus
próprios termos. É e esse brilho individual que interessa à Antropologia desde o final
do século XIX, a partir do trabalho de Boas.
Para Boas, e muito difícil estabelecer qualquer tipo de hierarquia entre as
diferentes culturas, pois as historias são muito particulares e preenchidas por
interesses muito diferentes que qualquer comparação só́ seria possível se fosse
utilizada uma medida de analise, que seria sempre arbitraria.

2 - CULTURA, ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO:


Boas formou seu conceito de cultura a partir de concepções alemãs ou
“espirito do povo”. Ele transporta essa ideia para a antropologia, em uma critica ao
evolucionismo. Cultura, para ele, era um todo integrado, e não apenas um conjunto
desagregado de praticas, hábitos, técnicas, relações e pensamentos. Essa
integração de múltiplos elementos criava a cultura.
Boas inaugurou o Relativismo cultural; que seria uma forma de encarar a
diversidade sem impor valores e normas alheios. O relativismo é considerado a
inversão do evolucionismo, pois ele evita qualquer tipo de escala. Existe também a
tendência inversa do relativismo cultural, conhecida como Etnocentrismo; que é o
mecanismo principal das classificações evolucionistas. O relativismo foi uma
revolução politica no enfrentamento ao racismo e a outros tipos de preconceitos,
mas que gerou um impasse politico longo no século XX.
Uma forma de tentar solucionar esse impasse é pensar em termos de poder
dentro de cada cultura.
3 - PADRÕ ES CULTURAIS:
Diferentes culturas produziam realidades diferentes, e essas realidades,
davam origem a comportamentos e praticas regulares que se repetiam no tempo e
no espaço. Esses comportamentos e praticas regular foram denominados padrões
culturais. Além deles expressarem comportamentos e praticas regulares, os padrões
culturais produziam indivíduos com inclinações semelhantes.
Para Boas e outros antropólogos norte-americanos, a cultura podia ser
comparada a uma lente que filtra tudo o que vemos, percebemos e sentimos. Para
esses autores não haveria possibilidade de perceber o mundo fora do mecanismo de
transmissão cultural representado pela linguagem.

4 - O CONCEITO DE CULTURA NO SÉ CULO XX:


O conceito de cultura foi incorporado ao senso comum e passou além dos
discursos acadêmicos e ganhou espaço em discussões publicas, como as lutas por
direitos.
A ideia de cultura que prevalece hoje é “um conjunto estável de hábitos,
praticas, costumes, tecnologias”.
Muitas vezes, usando um mesmo termo, como “cultura”, por exemplo, um
sociólogo e um cientista politico podem estar se referindo a aspectos extremamente
diferentes. Na década de 1960, uma nova geração de antropólogos trouxe outros
significados ao conceito de cultura; David Schneider, Clifford Geertz e Marshall
Sahlins criticaram o conceito de cultura como um todo integrado é estático. Que se
referiram as grandes transformações ocorridas no mundo após a segunda guerra
mundial.
Para eles, a cultura continuava a ser um todo integrado, mas era
eminentemente dinâmica, sujeita à mudanças. Sendo assim, a cultura deixa de ser
um conjunto de praticas observáveis e passa a configurar um conjunto de códigos
simbólicos. Ou seja, é mais semelhante a um código do que a um conjunto de
comportamentos.
A cultura não se limita mais a uma serie de comportamentos, mas constitui
um sistema que organiza a experiência das pessoas na vida, ordenando até mesmo
os processos de transformações. Os antropólogos do final do século XX tenderiam a
preferir a segunda resposta, tornando o conceito de cultura mais dinâmico.
5- O CONCEITO DE CULTURA NO SÉ CULO XXI:
O conceito de cultura tem recebido muitas criticas, desde o fim do século XX.
Na antropologia o conceito já́ viveu, morreu e renasceu.
Quando evitamos em falar “cultura” outros conceitos que descrevem mais ou
menos a mesma coisa são cada vez mais usados; exemplo disso é o conceito de
“identidade” que guarda semelhanças significativas com o sentido mais
contemporâneo de cultura.
No século XX, a mais dura critica ao conceito de cultura partiram de um
movimento antropólogo denominado pós-modernismo. No ponto de vista dos
críticos, o processo de cultura sempre se repete; a cada descrição, temos uma
representação criada por quem descreve. Ou seja, aquele que é descrito, por sua
vez, nunca tem sua própria voz ouvida.

ATIVIDADE: PÁGINA 60
QUESTÃ O 2: por que o relativismo cultural pode ser visto como o contrario do
etnocentrismo?

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