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ABACAXI
Produção
Aspectos Técnicos
CENAGRI
Esplanada dos Ministérios
Bloco D - Anexo B - Térreo
Caixa Postal: 02432
CEP 70849-970 - Brasília-DF
Fone: (61) 218-2615/2515/321-8360
Fax: (61) 225-2497
cenagri@agricultura.gov.br
1ª edição
1ª impressão (2000): 3.000 exemplares
CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação.
Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia.
Inclui -bibliografia
ISBN 85-7383-084-0
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 9
2. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ............................................................................................... 10
3. EXIGÊNCIAS EDAFOCLIMÁTICAS ............................................................................................ 11
4. A PLANTA E O SEU CICLO ........................................................................................................... 13
5. VARIEDADES .................................................................................................................................... 15
6. MANEJO E PRODUÇÃO DE MUDAS ........................................................................................ 19
7. PREPARO DO SOLO E CORREÇÃO DE ACIDEZ ................................................................... 23
8. PLANTIO ............................................................................................................................................ 25
9. CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS ..................................................................................... 28
10. ADUBAÇÃO ..................................................................................................................................... 30
11. IRRIGAÇÃO ..................................................................................................................................... 35
12. MANEJO DA FLORAÇÃO ............................................................................................................ 41
13. DOENÇAS E SEU CONTROLE ................................................................................................... 45
14. NEMATÓIDES E SEU CONTROLE ........................................................................................... 51
15. PRAGAS E SEU CONTROLE ....................................................................................................... 56
16. MURCHA ASSOCIADA À COCHONILHA ................................................................................ 62
17. COLHEITA, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE...................................................... 66
18. MANEJO DA SOCA (SEGUNDO CICLO) ................................................................................. 68
19. COMERCIALIZAÇÃO .................................................................................................................... 69
20. CUSTOS DE PRODUÇÃO E RECEITAS ESPERADAS ........................................................ 71
21. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 75
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 9
1 INTRODUÇÃO
Luiz Francisco da Silva Souza
José Renato Santos Cabral
Domingo Haroldo Reinhardt
O
abacaxizeiro é, provavelmen- Não obstante sua importância, a pro-
te, originário da região com- dutividade brasileira dessa cultura ainda é
preendida entre 15º N e 30º considerada baixa (25 t/ha a 35 t/ha), quan-
S de latitude e 40º L e 60º W de longitude, do comparada com países produtores que
o que inclui as zonas central e sul do Brasil, têm alcançado produtividades entre 45 t/ha
o nordeste da Argentina e o Paraguai. Estu- e 55 t/ha. Fatores ambientais adversos,
dos de distribuição do gênero Ananas indi- problemas fitossanitários, práticas cultu-
cam que o seu centro de origem é a região rais inadequadas, organização incipiente
da Amazônia compreendida entre 10º N e dos produtores, dentre outros, têm contri-
10º S de latitude e entre 55º L e 75° W de buído para a baixa produtividade da
longitude, por se encontrar nela o maior abacaxicultura nacional.
número de espécies consideradas válidas
até o momento. Assim, a região Norte do A produção brasileira de abacaxi é, em
Brasil pode ser considerada um segundo sua maioria, destinada ao mercado interno
centro de diversificação desse gênero. de frutas frescas (menos de 1% do total
produzido é exportado). O crescimento
O abacaxi é um fruto tropical bastante nas exportações brasileiras de frutos de
demandado no mercado de frutas, com abacaxi será favorecido pelo aperfeiçoa-
uma produção mundial de 12,3 milhões de mento dos sistemas produtivos praticados
toneladas, em 1998, o que lhe confere ele- no país, com a utilização de tecnologias que
vada importância econômica e social. No
promovam a melhoria quantitativa e quali-
Brasil, o abacaxizeiro é cultivado pratica-
tativa da produção, e pela regularidade da
mente em todos os estados, observando-
oferta a preços competitivos no mercado
se, nos últimos anos, um crescimento
internacional.
significativo da produção nacional (1,6
milhões de toneladas em 1998), que colo- Espera-se que este Manual contribua
ca o país como segundo produtor mundial para melhorar a posição brasileira no ranking
dessa fruteira. dos países exportadores de abacaxi.
10 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
2 ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS
José da Silva Souza
Luiz Francisco da Silva Souza
O
continente asiático é, na atu- ram no Sudeste, Nordeste e Norte, que
alidade, o principal produtor naquele ano contribuíram, respectivamen-
de abacaxi, respondendo, em te, com 39%, 31% e 23% da produção
1999, por cerca de 51% (6,9 milhões de brasileira.
toneladas) da produção mundial de 13,4 Um outro aspecto que merece ser
milhões de toneladas de frutos. Tailândia e mencionado é a significativa expansão ob-
Filipinas destacam-se como principais paí- servada nos últimos anos, na abacaxicultura
ses produtores desse continente, partici- irrigada do país, tanto em regiões onde a
pando, respectivamente, com 17% e 11%, cultura do abacaxi é tradicionalmente
do que é produzido no mundo. Em segui- conduzida sob condições de sequeiro, como
da, vem o continente americano, que res- em novas áreas, sobretudo no semi-árido.
ponde por 31% da produção mundial, com Mesmo sem estatísticas oficiais sobre o
destaque para o Brasil, segundo produtor assunto, estima-se que cerca de 10% dos
do mundo, com uma contribuição de 13% 50.000 ha colhidos, em 1998, foram cultiva-
em relação ao total produzido. O continen- dos sob irrigação.
te africano, terceiro colocado, produziu em
Independentemente da sua importân-
1999 cerca de 2,2 milhões de toneladas, o
que representou 16% do global. A Nigéria cia econômica, a cultura do abacaxi merece
é o seu maior produtor, com 6,5% do destaque pela sua condição de atividade
absorvedora de mão-de-obra no meio ru-
abacaxi produzido no mundo.
ral, contribuindo para a geração de empre-
O abacaxizeiro é, praticamente, culti- gos. Na abacaxicultura irrigada, assentada
vado em todos os estados brasileiros. Na em bases tecnológicas melhor estabelecidas,
década de 90, a abacaxicultura brasileira tais perspectivas sociais tornam-se mais
experimentou um crescimento expressivo, evidentes, na medida em que a irrigação
tanto na área plantada como no volume pode viabilizar a sua expansão para áreas não
produzido, expandindo-se, também, em tradicionais, ampliando sobremaneira as al-
regiões que antes não se caracterizavam ternativas de ocupação de mão-de-obra,
como grandes produtoras, como é o caso mormente em regiões semi-áridas, onde
da região Norte, onde se destacaram os são reduzidas as alternativas de trabalho.
estados do Pará e Tocantins. No ano de Esses reflexos positivos podem também
1998, os maiores produtores de abacaxi ser estendidos à mão-de-obra ocupada pe-
foram Minas Gerais, Pará, Paraíba e Bahia, las indústrias de beneficiamento e trans-
que juntos responderam por 68% da pro- formação de produtos de abacaxi, tanto
dução nacional. Considerando as regiões para o mercado interno como para o de
fisiográficas, as maiores produções ocorre- exportação.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 11
3 EXIGÊNCIAS
EDAFOCLIMÁTICAS
Domingo Haroldo Reinhardt
Luiz Francisco da Silva Souza
Getúlio Augusto Pinto da Cunha
4 A PLANTA
E O SEU CICLO
Domingo Haroldo Reinhardt
ASPECTOS
ASPECTOS BOTÂNICOS
BOTÂNICOS A, B, C, D, E e F, da mais velha e externa
para a mais nova e interna. A folha D é a
O abacaxizeiro (Ananas comosus L., mais importante do ponto de vista do ma-
Merril) é uma planta monocotiledônea, nejo da cultura; sendo a mais jovem dentre
herbácea perene, da família Bromeliaceae, as folhas adultas e, metabolicamente, a mais
cujas espécies podem ser divididas, em re- ativa de todas, é, por conseguinte, usada na
lação a seus hábitos, em dois grupos distin- análise do crescimento e do estado
tos: as epífitas, que crescem sobre outras nutricional da planta. Em geral, a folha D
plantas, e as terrestres, que crescem no solo forma um ângulo de 45° entre o nível de
à custa das próprias raízes. Os abacaxis solo e um eixo imaginário que passa pelo
pertencem ao segundo grupo, mais preci- centro da planta, apresenta os bordos da
samente aos gêneros Ananas e Pseudananas,
parte inferior perpendiculares à base, e é
mesmo apresentando algumas caracterís-
fácil de ser destacada da planta.
ticas das epífitas, como por exemplo, a
capacidade de armazenar água tanto no No caule insere-se, também, o
tecido especial de suas folhas como nas pedúnculo que sustenta a inflorescência e o
axilas destas. fruto daí resultante. É um fruto composto
ou múltiplo chamado sincarpo ou sorose,
Aproximadamente, 50 gêneros e 2.000
espécies de Bromaliaceae são conhecidos. formado pela coalescência dos frutos indi-
Algumas espécies têm valor ornamental; viduais, do tipo baga, numa espiral sobre o
outras produzem excelentes fibras para eixo central, que é a continuidade do
cordoaria e fabricação de material rústico pedúnculo. Compõe-se de 100 a 200 flores
(sacaria), de tecidos finos etc. A maioria individuais arrumadas em espiral em volta
dessas espécies é encontrada nas condi- de um eixo.
ções naturais de regiões tropicais da Amé- Os rebentos, ou mudas, desenvolvem-
rica; apenas algumas são vistas em zonas se a partir de gemas axilares localizadas no
temperadas. caule (rebentões) e no pedúnculo (filhotes).
O abacaxizeiro compõe-se de um cau-
CICLO
CICLO DA
DA PLANTA
PLANTA
le (talo) curto e grosso, ao redor do qual
crescem as folhas, em forma de calhas, O ciclo do abacaxizeiro é dividido em
estreitas e rígidas, e no qual também se três fases. A primeira, a fase vegetativa ou
inserem raízes axilares. O sistema radicular de crescimento vegetativo (folhas), vai do
é fasciculado (em cabeleira), superficial e plantio ao dia do tratamento de indução
fibroso, encontrado em geral à profundida- floral (TIF) ou da iniciação floral natural.
de de zero a 30 centímetros e, raras vezes a Tem duração variável, mas corresponde ao
mais de 60 cm da superfície do solo. A período de 8 a 12 meses. A segunda, a fase
planta adulta das variedades comerciais reprodutiva ou de formação do fruto, tem
mede 1,00 m a 1,20 m de altura e 1,00 m a duração bastante estável para cada região,
1,50 m de diâmetro. sendo de 5 a 6 meses. O primeiro ciclo
As folhas são classificadas, segundo completo da cultura dura, portanto, de 13 a
seu formato e sua posição na planta, em 18 meses, na região tropical brasileira.
14 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
5 VARIEDADES
José Renato Santos Cabral
T
odas as variedades de abacaxi cinco grupos distintos: Cayenne, Spanish,
de interesse da fruticultura per- Queen, Pernambuco e Perolera (Mor-
tencem à espécie Ananas comosus dilona), de acordo com um conjunto de
(L.) Merril. Mais recentemente, alguns clones caracteres comuns, relativos ao porte da
de Ananas lucidus, Ananas ananassoides e planta, forma do fruto e características
Ananas bracteatus estão sendo cultivados morfológicas das folhas. Essa chave de
para produção de fibra ou com fins orna- classificação, utilizada por diversos autores
mentais. por razões práticas, apresenta limitações do
Na escolha de uma variedade de aba- ponto de vista genético. A noção de grupo
caxi, deve-se considerar a adaptação ao não é consistente e não leva em considera-
local de plantio às exigências do mercado, a ção diversas variedades de interesse local,
disponibilidade e a qualidade da muda. que não se enquadram bem em nenhum
desses grupos. Dessa forma, seria mais con-
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS VARIET
VARIETAIS
AIS veniente a utilização da terminologia clássi-
ca usada em fruteiras de propagação
As principais características desejadas
vegetativa, formada pelo nome da varieda-
em uma variedade de abacaxi são: cresci-
de acompanhado do nome ou código do
mento rápido; folhas curtas, largas e sem
clone, como por exemplo: Cayenne
espinhos; produção precoce de rebentão
localizado na base da planta próxima ao Champaka, Queen Mc Gregor, Pérola Jupi.
solo; produção de filhotes situados a mais PRINCIPAIS
PRINCIPAIS VARIED
VARIEDADES
ADES
de dois centímetros da base do fruto; fruto
de casca de cor amarelo-alaranjada, olhos A produção comercial de abacaxi é
planos, polpa amarela, firme mas não fibro- baseada nas variedades Smooth Cayenne,
sa, teor de açúcar elevado, acidez modera- Pérola, Queen, Singapore Spanish, Española
da; coroa média a pequena. Associadas a Roja e Perolera. Contudo, estima-se que
essas características, procuram-se ainda cerca de 70% da produção mundial de
variedades que proporcionem altos rendi- abacaxi provém de Smooth Cayenne. No
mentos e que sejam resistentes e/ou tole- Brasil e em outros países da América Latina,
rantes às principais pragas e doenças que ocorrem diversas variedades locais e popula-
ocorrem nos locais de plantio. ções silvestres de abacaxi pertencentes ao
É difícil encontrar uma variedade de gênero Ananas. Alguns desses materiais po-
abacaxi que reúna todas essas característi- deriam ser recomendados diretamente como
cas. Assim, recomenda-se a escolha de variedades ou utilizados em programas de
variedades para usos específicos, conside- melhoramento genético, uma vez caracteri-
rando-se o destino da produção e a adapta- zados e avaliados adequadamente.
ção aos locais de plantio. A diversificação O predomínio do plantio de Smooth
de variedades é importante para a Cayenne, nos principais países produtores
sustentabilidade da cultura. do mundo; o uso de poucas variedades para
CLASSIFICAÇÃO EM GRUPOS plantios comerciais e a substituição de vari-
edades locais por Smooth Cayenne vêm
As variedades de abacaxi mais conhe- provocando o desaparecimento de varieda-
cidas no mundo foram classificadas em des de interesse local ou regional.
16 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
OUTRAS VARIED
VARIEDADES
ADES abacaxizeiro ser uma planta de propagação
vegetativa, o uso contínuo do mesmo ma-
Outras variedades são plantadas em terial de plantio pode proporcionar a
escala reduzida para os mercados locais e
degenerescência do clone pelo acúmulo de
regionais, especialmente nos países da
pragas e doenças, e o surgimento de plantas
América Latina. No Brasil, uma variedade
denominada Jupi, que se assemelha muito com características diferentes do padrão da
com a Pérola, da qual difere apenas pelo variedade. Por esta razão, o agricultor deve
formato cilíndrico do fruto, pode ser en- selecionar suas mudas antes de instalar no-
contrada em plantios nos estados da vos plantios, colhendo somente mudas
Paraíba e Pernambuco. Esta variedade, oriundas de plantas vigorosas, com as mes-
atualmente, está sendo difundida no mas características da variedade, e eliminar
Tocantins e em Goiás. aquelas provenientes de plantas que apre-
A predominância do plantio de Pérola sentam baixo vigor, com anomalias, pragas
e Smooth Cayenne no Brasil tem ocasiona- e doenças. Na variedade Smooth Cayenne,
do o desaparecimento do plantio de varie- é comum o aparecimento de plantas com
dades como Boituva e Rondon, outrora folhas totalmente espinhosas e de frutos
plantadas em várias regiões do país. com coroa fasciada e, em Pérola, plantas
Qualquer que seja a variedade utiliza- que produzem frutos sem coroa. Mudas
da, o agricultor deve preocupar-se com a oriundas dessas plantas devem ser elimina-
manutenção das suas características das para que a variedade mantenha seu
morfológicas e agronômicas. Apesar de o padrão varietal.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 19
6 MANEJO E
PRODUÇÃO
DE MUDAS
Domingo Haroldo Reinhardt
Antônio da Silva Souza
TIPOS DE MUDAS
MUDAS E SUAS
SUAS podridão-negra (Chalara paradoxa), mais uni-
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS forme em tamanho e peso, gerando tam-
bém plantios com plantas de porte e desen-
Os plantios de abacaxi são feitos com volvimento mais uniformes.
mudas de vários tipos (Figura 3), tais como
Filhote ou muda-de-cacho
coroa (brotação do ápice do fruto), filhote
(brotação do pedúnculo, que é a haste que Muda de vigor e ciclo intermediários,
sustenta o fruto), filhote-rebentão (brotação menos uniforme que as coroas, porém mais
da região de inserção do pedúnculo no que os rebentões, de fácil colheita e grande
caule ou talo) e rebentão (brotação do cau- disponibilidade, no caso da variedade Péro-
le). Cada tipo possui as seguintes caracterís- la, a mais cultivada no Brasil.
ticas, vantajosas ou não, que devem ser Rebentão
consideradas quando da escolha e manejo
do material de plantio. Muda de maior vigor, ciclo mais curto,
de colheita mais difícil, menor uniformida-
de em tamanho e peso, baixa disponibilida-
de na variedade Pérola e mais usada no caso
da variedade Smooth Cayenne. É mais sus-
cetível à ocorrência de florações naturais
precoces.
Filhote-rebentão
Autora: Almira Souza Andrade.
com a base virada para cima, sobre as gindo tamanho adequado para plantio após
próprias plantas-mãe ou espalhando-as so- período bastante variável, com duração de
bre o solo em local próximo ao do plantio, dois a dez meses. Podem-se uniformizar e
durante três a dez dias. A cura visa cicatrizar acelerar a emissão e o desenvolvimento dos
a ferida que ocorre quando a muda é desta- rebentões, efetuando-se um corte das plan-
cada da planta, além de diminuir a popula- tas à altura da base do pedúnculo (haste que
ção de cochonilhas. Essa prática também sustenta o fruto e as mudas tipo filhote),
elimina o excesso de umidade das mudas, com facão ou roçadeira (Figura 4). Tal
reduzindo a ocorrência de podridões, so- prática, feita após a colheita do fruto e das
bretudo em períodos de clima úmido. mudas do tipo filhote, facilita, ainda, a
As mudas curadas devem ser colheita dos rebentões.
selecionadas por tipo (separando os filho-
tes dos rebentões) e faixas de tamanho (30 cm
a 40 cm; 40 cm a 50 cm, 50 cm a 60 cm), para
plantio em talhões separados. Durante a
seleção deve ser efetuado um descarte rigo-
roso de mudas defeituosas (com podridão,
exsudação de resina ou lesões mecânicas)
ou com características diferentes do padrão
da cultivar. Mudas contaminadas pela
fusariose devem ser queimadas ou enter-
radas, para reduzir os focos dessa doença.
Entretanto, mudas que possuem apenas
folhas basais com seus bordos ou ápices
secos não devem ser eliminadas, desde
Foto: Domingo Haroldo Reinhardt
7 PREPARO DO SOLO
E CORREÇÃO DE
ACIDEZ
Luiz Francisco da Silva Souza
Getúlio Augusto Pinto da Cunha
PREPARO
PREPARO DO SOLO
SOLO abacaxizeiro como planta acidófila, exis-
tem situações em que a calagem se faz
Um bom preparo do solo é funda- necessária. É sempre recomendável, por-
mental para a cultura do abacaxi, a fim de
tanto, uma avaliação sobre a necessidade de
favorecer o desenvolvimento e o
calcário (NC), normalmente definida a par-
aprofundamento do sistema radicular da
planta, normalmente limitado e superficial. tir da análise do solo, que deve ser provi-
Em áreas virgens, deve-se primeiro remo- denciada antes do estabelecimento da cul-
ver a vegetação, mediante o desmatamento, tura, de modo que a aplicação e a incorpo-
a roçagem, a destoca, o encoivaramento e a ração do corretivo, se indicadas, possam ser
queima. Em seguida, fazer a aração e duas feitas com uma antecedência de 30 a 90 dias
gradagens, realizadas nos dois sentidos do em relação ao plantio.
terreno, procurando atingir uma profun- A maioria dos estados brasileiros pro-
didade de 30 cm, para facilitar o desenvol- dutores de abacaxi conta com recomenda-
vimento das raízes. Em razão de dificulda- ções oficiais para a efetivação de calagem
des operacionais, alguns produtores, prin- para a cultura, conforme exemplificado na
cipalmente os pequenos, não fazem a Tabela 1.
destoca, o que dificulta os trabalhos sub-
seqüentes do preparo do solo, instalação e Se for conveniente para o produtor, a
condução da cultura. aplicação e a incorporação do corretivo
recomendado podem ser feitas durante as
Em áreas já cultivadas, dispensa-se a
operações de preparo do solo (antes das
destoca, mantendo-se as demais operações.
arações e/ou gradagens), o que contribui
No caso de áreas anteriormente plantadas
para melhor distribuição do material em
com abacaxi, deve-se de início proceder à
eliminação dos restos culturais, mediante a profundidade. Deve-se dar preferência aos
sua incorporação ao solo, após a decompo- calcários dolomíticos, considerando a de-
sição parcial do material. Mesmo trabalho- manda do abacaxizeiro pelo magnésio. É
sa, essa operação tem a vantagem de incor- muito comum, em algumas regiões, a ocor-
porar ao solo um grande volume de massa rência de sintomas foliares de deficiência de
vegetal (60 t/ha a 100 t/ha), restituindo-lhe Mg (as folhas velhas se tornam amarelas,
os nutrientes remanescentes na vegetação e principalmente ao longo da parte central
contribuindo para melhorar o seu teor de do limbo, permanecendo verdes apenas as
matéria orgânica e as suas características áreas sombreadas por folhas mais jovens
físicas. Muitos produtores fazem a opção (Figura 5).
pura e simples pela queima dos restos A calagem em excesso pode elevar o
culturais, por ser menos onerosa. Tal pH do solo a valores acima da faixa mais
opção é tecnicamente recomendável em adequada para a cultura (4,5 a 5,5), concor-
áreas com histórico de elevada incidência rendo para limitar a disponibilidade e a
de pragas e doenças. absorção de alguns micronutrientes, como
CORREÇÃO DE ACIDEZ
ACIDEZ zinco, cobre, ferro e manganês, e para favo-
recer o desenvolvimento de microorga-
(CALAGEM)
(CALAGEM) nismos prejudiciais à cultura, como fungos
Não obstante o reconhecimento do do gênero Phytophthora.
24 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
Comissão de
Utilizar as indicações de calagem segundo o índice SMP
Rio Grande do Sul Fertilidade do
para pH 5,5. Consultar tabela específica, elaborada para os
e SantaCatarina Solo - RS/SC,
solos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
1995
8 PLANTIO
Domingo Haroldo Reinhardt
Getúlio Augusto Pinto da Cunha
O SISTEMA DE PLANTIO E
plantio das mudas pode ser
feito em covas, abertas com ESPAÇAMENT
ESPAÇAMENTOSOS
enxada ou enxadeta, ou em
sulcos, dando-se preferência aos sulcos, Os espaçamentos utilizados na cultura
quando se dispõe de sulcador. Após a aber- do abacaxi variam bastante de acordo com
tura das covas ou sulcos, faz-se a distribui- a cultivar, o destino da produção, o nível de
ção das mudas, para o plantio propriamente mecanização e outros fatores.
dito (Figura 6). A profundidade das covas
ou dos sulcos e, portanto, do plantio deve Os plantios podem ser estabelecidos
corresponder, aproximadamente, à terça em sistemas de filas simples ou duplas
parte do comprimento da muda, toman- (Figura 7). Para permitir a obtenção de boas
do-se o cuidado de evitar que caia terra no produtividades, fundamental para alcançar
seu olho. renda adequada, devem ser usadas densida-
O plantio deve ser efetuado em qua- des de plantio elevadas, com um número
dras, separadas de acordo com o tipo e o mínimo de 37.000 plantas por hectare. O
tamanho das mudas, para facilitar os tratos plantio em filas duplas deve ser associado
culturais. No plantio em terrenos de declive ao uso de herbicidas para o controle das
acentuado, devem-se usar curvas de nível e plantas daninhas, uma vez que este sistema
outras práticas de conservação do solo. dificulta a capina manual entre as filas que
Quanto ao posicionamento do plan- compõem cada fila dupla. Recomenda-se
tio, deve-se dar preferência à exposição que o plantio em filas duplas seja alternado
leste, evitando-se a exposição oeste que (plantas descasadas), isto é, as plantas de
favorece a ocorrência de queima solar uma fila colocadas na direção dos espaços
nos frutos. vazios da outra fila (Figura 7).
Foto: Domingo Haroldo Reinhardt
Figura 8. Plantio de abacaxi consorciado com milho, nas entrelinhas de pomar cítrico,
em pequena propriedade.
28 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
9 CONTROLE DE
PLANTAS DANINHAS
Domingo Haroldo Reinhardt
P
lanta de crescimento lento e de além de exigir menos mão-de-obra. Entre-
sistema radicular superficial, o tanto, a aplicação tem que ser feita com
abacaxizeiro ressente-se bastan- cuidado para evitar que o abacaxizeiro sofra
te da concorrência de plantas daninhas, que os eventuais efeitos tóxicos dos produtos
contribuem para atrasar o desenvolvimen- químicos. Um dos pontos básicos é a
to da cultura e reduzir a sua produção. Por calibração do pulverizador, para garantir a
isso, recomenda-se manter a cultura sem- aplicação da dose correta de herbicida na
pre limpa, principalmente nos primeiros área de plantio.
cinco a seis meses após o plantio. É também importante ressaltar que os
As plantas daninhas devem ser con- herbicidas indicados para a cultura do aba-
troladas por meio de capinas manuais (en- caxi são fitotóxicos para outras culturas, a
xada), o método mais comum, ou de exemplo do feijão, o que impossibilita o seu
herbicidas. Uma alternativa, ainda pouco uso em plantios consorciados.
empregada, é a cobertura morta (mulch).
Os herbicidas mais usados, com suas
Desde que disponível na propriedade ou na
respectivas formulações e doses, são apre-
região, a palha seca de diversos produtos
sentados na Tabela 2.
(milho, feijão, capins etc.) ou os restos
culturais (folhas) do próprio abacaxi devem Alguns cuidados adicionais devem ser
ser uniformemente distribuídos sobre a observados ao usar tais herbicidas:
superfície do solo, sobretudo nas linhas de 1. Não usar quantidades totais de
plantio. Essa cobertura morta, além de re- herbicidas (princípio ativo) acima dos se-
duzir o aparecimento de plantas daninhas,
guintes valores: 7,2 kg/ha/ano de Diuron
minimiza a erosão, diminui a perda de nu-
+ Bromacil; 10 kg/ha/ano de Ametryn,
trientes por lixiviação, aumenta o teor de
Simazine, Ametryn + Simazine. Doses aci-
matéria orgânica e conserva a umidade do
ma desses valores podem causar danos aos
solo, evitando ou reduzindo as perdas por
evaporação. solos.
Karmex 500 SC ou
Diuron SC 50 % 3,2 - 6,4
similar
Ametryn +
Top Z SC 500 ou similar SC 50 % 4,0 - 8,0
Simazine
Herbazin 500 BR ou
Simazine SC 50 % 4,0 - 8,0
similar
* Usar as doses baixas em solos arenosos e as mais altas em solos argilosos ou com alto teor de matéria orgânica. Quando
as aplicações se restringem às entrelinhas, as doses têm que ser reduzidas proporcionalmente à redução da área coberta
pelo herbicida (em geral, cerca de 50% da área total).
** Para cada princípio ativo (nome químico) mencionado nesta relação existem, na maioria dos casos, vários produtos e
formulações no mercado, não havendo preferência na recomendação para algum deles.
Aplicações posteriores devem ser dirigidas sapé, grama-seda etc.), recomenda-se a apli-
às entrelinhas, evitando-se atingir a roseta cação de herbicida à base de glifosate, 3 a 6
foliar central das plantas. O número total de litros do produto comercial/ha, sobre as
aplicações não deve passar de três durante plantas daninhas, uma a duas semanas antes
o primeiro ciclo da cultura. Uma aplicação do preparo do solo.
correta de herbicida pode controlar o mato 6. Mesmo que a opção seja pelo con-
por dois a quatro meses, facilitando, ainda, trole químico do mato, capinas manuais
as capinas posteriores. complementares são necessárias, visando
4. Suspender as irrigações por um pe- limpar o solo para as aplicações de herbicida,
ríodo de dois a três dias, após a aplicação a cobertura de adubos e a amontoa.
dos herbicidas. 7. O equipamento para distribuição
5. Em áreas infestadas por plantas do herbicida tem que ser calibrado antes de
daninhas de difícil controle (tiririca, capim- cada aplicação.
30 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
10 ADUBAÇÃO
Luiz Francisco da Silva Souza
Zn - ppm ± 10 17 a 39
Cu - ppm ± 8 5 a 17 9 a 12
Mn - ppm 50 a 200 90 a 100
Fe - ppm 100 a 200 600 a 1000
B - ppm 30
Fontes: Pinon ,1978; Malavolta, 1982; Lacoeuilhe,1984.
Figura 11. Funil acoplado a tubo plástico rígido, para a adubação sólida do
abacaxizeiro. Adaptação desenvolvida no estado da Paraíba.
11 IRRIGAÇÃO
Otávio Alvares de Almeida
NECESSIDADES
NECESSIDADES HÍDRICAS DO permitindo estabelecer as alternativas que
ABACAXIZEIRO
ABACAXIZEIRO melhor se adaptem a elas e, pelas análises
técnica e econômica apropriadas, conduzir
O abacaxizeiro é uma planta com ne- a uma escolha plenamente satisfatória.
cessidades hídricas relativamente reduzi-
Existem, basicamente, quatro formas
das, se comparado com outras plantas cul-
de aplicação de água que caracterizam os
tivadas. A sua adaptação a condições de
principais métodos de irrigação:
deficiência hídrica decorre de uma série de
subsuperfície, superfície, localizada e as-
características morfológicas e fisiológicas
persão.
típicas de plantas xerófilas, tais como: a) a
capacidade de armazenar água na hipoderme De modo geral, os sistemas de irriga-
das folhas; b) capacidade de coletar água ção por subsuperfície e por superfície não
eficientemente, incluindo o orvalho, por são utilizados na cultura do abacaxi.
suas folhas em forma de canaleta; c) capa- Dos sistemas de irrigação localizada
cidade de reduzir consideravelmente as de alta freqüência, o gotejamento é o mais
perdas de água (transpiração) por meio de utilizado na cultura do abacaxi, sobretudo
vários mecanismos. onde a disponibilidade de água é limitada,
A demanda de água do abacaxizeiro os custos de mão-de-obra são altos e as
varia ao longo do ciclo da planta e, depen- técnicas culturais são avançadas. É utiliza-
dendo do seu estádio de desenvolvimento do comumente no Havaí, associado ao uso
e das condições de umidade do solo, pode de filme de polietileno para a cobertura do
ser de 1,3 a 5,0 mm/dia. Um cultivo comer- solo nas linhas de plantio visando reduzir a
cial de abacaxi exige em geral uma quantida- evaporação. Tem como principal inconve-
de de água equivalente a uma precipitação niente o custo excessivamente elevado, em
mensal de 60 mm a 150 mm. A faixa ideal de função da alta densidade de plantio da
precipitação anual, para que ocorra sucesso cultura do abacaxi, visto que, para um hec-
na exploração da cultura, situa-se entre tare de abacaxi plantado em fileira dupla no
1.000 mm e 1.500 mm bem distribuídos, espaçamento de 0,90 m x 0,40 m x 0,30 m,
tornando-se necessária a irrigação nos lo- seriam necessárias 77 linhas de gotejadores
cais onde tal situação não é alcançada. espaçados de 0,30 m, totalizando 7.700
metros/ha.
MÉTODOS
MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO
Já o sistema de irrigação por
Não há informações sobre restrições microaspersão, mesmo tendo também a
de métodos de irrigação para a cultura do mesma faixa de eficiência e oferecendo
abacaxizeiro. Entretanto, a escolha melhores condições de adaptabilidade à
criteriosa de um sistema de irrigação para cultura que a irrigação por gotejamento,
uma determinada área envolve uma ade- tem como inconvenientes a necessidade de
quada caracterização dos recursos hídricos, elevação das hastes suportes dos
solos, topografia, clima e do próprio ele- microaspersores a fim de aspergir água
mento humano. Todos esses fatores asso- sobre as plantas de uma área maior e,
ciados determinam as condições que deve- também, a necessidade de filtragem da água
rão ser atendidas pelo sistema de irrigação, como no gotejamento.
36 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
Figura 12. Utilização do sistema de irrigação por pivô central, com rebaixamento das
bengalas dos aspersores.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 37
(8) (12)
(irrigação total)
para o caso de irrigação suplementar,
tem-se: (13)
(irrigação suplementar)
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 39
Tabela 5. Coeficiente Kp, do tanque Classe A, para diferentes tipos de cobertura do solo e nível de
umidade relativa e ventos durante as 24 horas.
Posição Exposição A Posição Exposição B
do Tanque circundado do Tanque circundado
Tanque por grama Tanque por solo nu
R(m)* UR% (média) R(m)* UR% (média)
Vento Baixa Média Alta Baixa Média Alta
(km/dia) <40 40-70 >70 <40 40-70 >70
1 0,55 0,65 0,75 1 0,70 0,80 0,85
Leve 10 0,65 0,75 0,85 10 0,60 0,70 0,80
<175 100 0,70 0,80 0,85 100 0,55 0,65 0,75
1000 0,75 0,85 0,85 1000 0,50 0,60 0,70
1 0,50 0,60 0,6 1 0,65 0,75 0,80
Moderado 10 0,60 0,70 0,75 10 0,55 0,65 0,70
175-425 100 0,65 0,75 0,80 100 0,50 0,60 0,65
1000 0,70 0,80 0,80 1000 0,45 0,55 0,60
1 0,45 0,50 0,60 1 0,60 0,65 0,80
Forte 10 0,55 0,60 0,65 10 0,50 0,55 0,70
425-700 100 0,60 0,65 0,75 100 0,45 0,50 0,60
1000 0,65 0,70 0,75 1000 0,40 0,45 0,55
1 0,40 0,45 0,50 1 0,50 0,60 0,65
Muito forte 10 0,45 0,55 0,60 10 0,45 0,50 0,55
>700 100 0,50 0,60 0,65 100 0,40 0,45 0,50
1000 0,55 0,60 0,65 1000 0,35 0,40 0,45
Fonte: Doorembos & Pruitt,1994; FAO, 1977.
Nota: Para extensas áreas de solo nu, reduzir os valores de Kp em 20%, em condições de alta temperatura e ventos fortes,
e de 5% a 10%, em condições de temperatura, vento e umidade moderados.
* Maior distância do centro do tanque ao limite da bordadura, na direção predominante do vento.
12 MANEJO DA
FLORAÇÃO
Domingo Haroldo Reinhardt
Getúlio Augusto Pinto da Cunha
A FLORAÇÃO
FLORAÇÃO NATURAL
NATURAL E O rência de florações naturais por meio da
SEU CONTROLE aplicação de substâncias químicas
(fitorreguladores), mas essa tecnologia não
A floração natural (não induzida arti- está pronta, precisa, ainda, ser validada em
ficialmente) do abacaxizeiro ocorre, sobre- estudos conduzidos em áreas de produtores.
tudo, em períodos de dias mais curtos e O produtor pode recorrer a alguns
temperaturas noturnas mais baixas, portan- cuidados no manejo da cultura, para dimi-
to, principalmente nos meses de junho a nuir a possibilidade de incidência de
agosto. Períodos de alta nebulosidade, re- florações naturais precoces nas suas planta-
duzida insolação e estresse hídrico podem, ções de abacaxi. Alguns destes cuidados são:
às vezes, desencadear a diferenciação floral
natural em outras épocas do ano, a exemplo • Evitar que as plantas atinjam porte
do outono (abril e maio) e da primavera elevado ou idade avançada até a época
(outubro e novembro). A floração natural mais crítica para a ocorrência da floração
natural (junho a julho). Para tanto, o
ocorre mais cedo em plantas mais desen-
produtor deve escolher combinações
volvidas. Plantas da cultivar Pérola tendem
adequadas dos fatores época de plantio
a florescer mais precocemente que as da
e tamanho (peso) das mudas no plantio.
Smooth Cayenne.
Por exemplo, evitar plantios no período
Florações naturais precoces são inde- de outubro a dezembro, o que é muito
sejáveis pois ocorrem, em geral, de maneira comum em regiões com chuvas de ve-
bastante desuniforme nas plantações co- rão (Cerrado), pois tais plantas terão
merciais, dificultando o manejo da cultura e porte médio a grande em junho do ano
a colheita, o que encarece o custo de produ- seguinte, sendo altamente suscetíveis à
ção. Podem, também inviabilizar a explora- incidência da floração natural. Reco-
ção da soca (segundo ciclo) e afetar a menda-se efetuar os plantios a partir de
comercialização do produto, devido à dimi- janeiro, usando mudas menores nos
nuição do tamanho médio dos frutos e à primeiros plantios (estas terão cresci-
coincidência da sua maturação com o perí- mento mais lento, devendo chegar com
odo de safra (novembro a janeiro), quando porte menor à época crítica). Em plan-
a grande oferta causa a redução acentuada tios mais tardios, pode-se usar qualquer
dos preços. tamanho de mudas.
A forte influência de condições climá- • Evitar a utilização de mudas velhas para
ticas, que variam de região para região e de os plantios, pois tem sido observado
ano a ano (nebulosidade, insolação, chu- empiricamente que, mesmo quando re-
vas), dificulta o controle de florações natu- lativamente pequenas, tendem a tornar
rais nas lavouras de abacaxi.A aplicação as plantas mais sensíveis à diferenciação
freqüente de adubos nitrogenados, a exem- floral natural.
plo da uréia, não surtiu efeito. Sob condi- • Permitir que, dentro do possível, as
ções experimentais, a Embrapa Mandioca e plantas tenham um crescimento contí-
Fruticultura tem conseguido retardar a ocor- nuo, sem paralisações acentuadas por
42 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
estresses diversos. Neste caso, o uso a maturação do fruto coincide com período
adequado da irrigação, de adubações mais quente, e de cinco e meio a seis meses,
criteriosas para evitar deficiências quando a maturação acontece em época
nutricionais e o controle eficiente do mais fria. No sul do país, com temperaturas
mato, pragas e doenças, sobretudo do mais baixas, o período pode ser mais longo
sistema radicular, tornam-se importan- que seis meses.
tes e amenizam o risco da diferenciação A época mais indicada para a realiza-
floral precoce. ção do TIF depende de diversos fatores,
• Evitar que produtos à base de etefon incluindo o planejamento da data de colhei-
(Ethrel, Arvest ou similar), usados na ta. Em geral, o TIF deve ser feito em plantas
fase pré-colheita, para o amarelecimento com 8 a 12 meses de idade, o que resulta
uniforme da casca dos frutos, atinjam as num ciclo da planta de 14 a 18 meses até a
mudas do tipo filhote em fase de desen- primeira produção.
volvimento nas plantas. Em várias O TIF deve ser procedido em plantas
regiões produtoras do país, têm sido com vigor vegetativo e porte adequados. A
observadas mudas que emitem suas experiência e o olho do abacaxicultor aju-
inflorescências quando ainda estão em dam muito na escolha da época e do tama-
fase de ceva, aderidas às plantas-mãe, nho adequados das plantas para efetuar-se
devido a aplicações desses fitorre- o TIF, em cada região. Para os menos
guladores alguns dias antes da colheita. experientes, os seguintes critérios podem
Mesmo que esses filhotes não floresçam auxiliar nesta definição: as plantas devem
durante a ceva, eles não deveriam ser ter folhas D (essa folha é a mais alta na
usados para novos plantios, pois podem planta e a de arranquio mais fácil, sendo, em
apresentar sensibilidade muito grande geral aquela fisiologicamente mais ativa)
aos estímulos naturais que induzem dife- com comprimento superior a 90 cm e peso
renciações florais precoces. fresco superior a 80 g, na variedade Pérola,
e comprimento superior a 70 cm e peso
TRAT
TRATAMENTO
AMENTO DE INDUÇÃO fresco maior que 70 g, na Smooth Cayenne.
FLORAL
FLORAL (TIF) Plantas com essas características têm nor-
malmente a capacidade de formar frutos de
A época do florescimento e da colhei- peso superior a 1,2 kg, quando não prejudi-
ta do abacaxizeiro pode ser antecipada e cadas por longos períodos de escassez de
homogeneizada por meio da aplicação de água durante a formação do fruto. Plantas
certas substâncias químicas (fitorre- muito pequenas não devem sofrer esse
guladores) na roseta foliar (olho da planta) tratamento, pois não teriam condições de
ou da sua pulverização sobre a planta. formar frutos de tamanho adequado para o
Esta técnica chamada de tratamento de mercado de fruta fresca.
indução floral (TIF) é uma prática cultural Na escolha da melhor época para a
essencial para o bom manejo e o sucesso indução floral deve ser considerada, tam-
econômico no cultivo do abacaxi. Quando bém, a possibilidade de deslocar a colheita
bem planejada e executada, permite me- para o período em que os preços estiverem
lhor distribuição das operações e uso de mais favoráveis. Muitas vezes, antecipação
mão-de-obra na propriedade e a colheita de ou retardamento por período relativamen-
frutos em épocas mais favoráveis à sua venda. te curto (um mês, por exemplo), podem
representar aumentos consideráveis no pre-
O período de tempo entre o tratamen-
ço do fruto e na renda obtida pelo produtor.
to de indução floral e a colheita dos frutos
na maioria das regiões produtoras brasilei- Várias substâncias podem ser usadas
ras é de cinco a cinco e meio meses, quando para induzir a floração do abacaxi. As mais
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 43
condições, a planta absorve melhor os Uma indução floral bem feita deve
gases acetileno (carbureto de cálcio) e proporcionar uma eficiência superior a 90%,
etileno (etefon), que são os indutores flo- o que poderá ser facilmente observado de
rais propriamente ditos. Esse cuidado é 40 a 50 dias após a aplicação do indutor,
fundamental para assegurar uma boa efici- quando as inflorescências aparecem no cen-
ência do TIF, podendo favorecer também tro da roseta foliar das plantas. Uma forma
a produção de um maior número de mu- de avaliação mais precoce da eficiência do
das do tipo filhote. TIF, a partir de cerca de três semanas após
Deve-se ter o cuidado adicional, na a sua introdução, consiste na coleta manual
cultura irrigada, de suspender a irrigação das folhas mais jovens no olho da planta,
alguns dias antes do TIF, retomando-a de passíveis de serem arrancadas (folhas E ou
24 a 48 horas após tal prática. É bom F), para observar a presença de um alarga-
lembrar, porém, que, no caso da opção pelo mento (abertura) e uma mudança de colo-
uso do carbureto de cálcio na forma sólida, ração branco-esverdeada para vermelho-
pode haver a necessidade de uma irrigação esverdeada na sua base, o que indica o
moderada antes da aplicação do produto, surgimento da inflorescência na roseta foliar
para garantir a água no olho da planta. central da planta.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 45
13 DOENÇAS E SEU
CONTROLE
Aristóteles Pires de Matos
A
abacaxicultura brasileira tem essa doença causa sérios prejuízos em todo
sido atacada por vários o seu ciclo de produção, da inflorescência
patógenos que apresentam até a produção dos frutos, afetando o seu
influência negativa na produtividade e na valor comercial e resultando em perdas
qualidade dos frutos. Dentre esses bastantes elevadas na produção. F. subglu-
patógenos, destacam-se Fusarium subglu- tinans pode infectar 40% das mudas, 20%
tinans, agente causal da fusariose, por en- das quais morrem antes de atingir a fase de
contrar-se presente nas principais regiões floração. Nos frutos, a sua incidência varia
produtoras do país, provocando perdas ele- com a época de produção, podendo ser
vadas na produção de frutos; a podridão- superior a 80%, caso o desenvolvimento
do-olho, causada por Phytophthora nicotiana do fruto ocorra em períodos favoráveis à
var. parasitica, de expressão econômica es- doença (ocorrência de umidade relativa e
pecialmente em regiões de alta pluviosidade precipitação elevadas, e temperaturas en-
ou onde se pratica a abacaxicultura sob tre 150 C e 250 C).
irrigação; a queima-solar, anomalia de ori- O principal sintoma da fusariose é a
gem não parasitária, de incidência bastante exsudação de goma a partir da região
comum e importante nos plantios instala- infectada. Nas plantas, assim como nas
dos em regiões sujeitas à ocorrência de mudas, a lesão localiza-se no caule, progre-
temperaturas elevadas durante o desenvol- dindo para a base da folha, ficando restrita
vimento do fruto, e a podridão-negra, à sua região aclorofilada (Figura 14). Sob
Chalara (Thielavipsis) paradoxa, que pode alta intensidade de ataque, as mudas, prin-
tanto infectar as mudas provocando a sua cipalmente as do tipo filhote, podem mor-
morte quanto causar podridão de frutos rer e secar. Por outro lado, mudas com
em pós-colheita. Considerando os danos infecção incipiente, por não expressarem
causados por essas doenças para as princi- sintomas externos, não são descartadas
pais regiões produtoras de abacaxi do Bra- durante a seleção pré-plantio, sendo leva-
sil, estão sendo apresentadas informações das ao campo, passando a constituir o
sobre os seus sintomas, a sua epidemiologia inóculo inicial do plantio. Nos frutos, a
e o seu controle. infecção ocorre por meio das flores abertas,
resultando em podridão dos lóculos do
FUSARIOSE ovário que se apresentam cheios de goma
Causada pelo fungo Fusarium que, forçada para fora, exsuda através dos
subglutinans, a fusariose é a principal doença frutilhos atacados. Com a evolução da do-
do abacaxizeiro no Brasil, onde foi primei- ença, os frutilhos infectados expressam
ramente constatada em abacaxizais da cul- coloração marrom, apresentando-se depri-
tivar Smooth Cayenne, no estado de São midos em relação aos vizinhos sadios, em
Paulo, em 1964. A capacidade de o patógeno decorrência da exaustão dos tecidos inter-
infectar o material de plantio possibilitou a nos (Figura 14).
dispersão da fusariose para as principais A disseminação de F. subglutinans de
regiões produtoras do país. Foi também uma região para outra se dá pela movimen-
por meio de mudas infectadas que ela foi tação de mudas infectadas, o que faz do
acidentalmente introduzida na Bolívia, re- homem o principal agente promotor da
gião de Santa Cruz de la Sierra, onde foi sua disseminação. Uma vez instalado numa
detectada em 1992. Ao infectar as mudas, região produtora, por meio de mudas
46 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
em desenvolvimento.
Considerando-se que a broca-do-fru-
to pode estar associada à incidência da
fusariose, para aumentar a eficiência do
controle dessa doença, é recomendável
adicionar, à calda fungicida, um inseticida
Figura 14. Muda do tipo filhote e fruto de abacaxi Pérola recomendado para o combate dessa praga
expressando sintomas de fusariose, caracterizados pela (Tabelas 7 e 8). Deve-se sempre atentar
exsudação de goma a partir da região lesionada. Notar para a compatibilidade entre os produtos
que os frutilhos infectados apresentam coloração mar- usados na mistura.
rom e estão deprimidos. A resistência varietal é uma alternativa
contaminadas, o patógeno é disseminado altamente promissora para o controle da
por salpicos de chuva e pelo vento e, em fusariose do abacaxizeiro. Variedades como
menor proporção, por insetos visitadores Perolera, Primavera, Piña Negra,
das inflorescências como, por exemplo, a Tapiricanga, Amapá, Alto Turi, Huitota,
broca-do-fruto, Strymon basilides (sinônimo Amarelo de Uaupés, Cabeçona, Turi Ver-
de Thecla basalides). de, Ver-o-peso, Fernando Costa, Inerme
CM, dentre outras, já foram identificadas
Uma característica importante da como resistentes a F. subglutinans. Algumas
fusariose é o efeito sazonal altamente signi- dessas variedades, a exemplo de Perolera e
ficativo sobre a sua incidência, resultando Primavera, vêm sendo utilizadas no pro-
em perdas variáveis na produção de frutos grama de melhoramento genético do
durante o ano, que variam conforme a abacaxizeiro, em condução na Embrapa
época de indução/colheita (Figura 15). Mandioca e Fruticultura, como parentais
Doença altamente destrutiva, a resistentes em cruzamentos com as cultiva-
fusariose tem seu controle fundamentado res Pérola e Smooth Cayenne, de alta acei-
na integração de várias medidas, tais como: tação comercial porém suscetíveis à
fusariose, visando à geração de híbridos
1. utilizar mudas, comprovadamente, resistentes ao patógeno e com característi-
sadias para a instalação de novos plantios; cas desejáveis de planta e fruto, capazes de
2. eliminar os restos culturais de plantios serem indicados para plantios comerciais.
Fonte: Matos (1999).
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 47
PODRIDÃO-DO
PODRIDÃO-DO--OLHO Mudas sadias, plantadas em áreas com
histórico de ocorrência anterior da doença,
Causada por Phytophthora nicotiana var. são infectadas por propágulos de P. nicotiana
parasitica, a podridão-do-olho é uma das var. parasitica presentes no solo, o qual é
mais sérias doenças do abacaxizeiro em depositado no olho das mudas pelos salpicos
todo o mundo, presente principalmente em de chuva. As mudas infectadas após o plan-
plantios instalados em solos sujeitos a tio tornam-se cloróticas e murchas, mor-
encharcamento ou que apresentam drena- rendo em seguida.
gem deficiente. Essa doença também assu-
me importância econômica em regiões onde Uma planta adulta atacada mostra, ini-
ocorrem altas precipitações pluviométricas cialmente, uma coloração verde-fosca a
ou onde o suprimento de água de irrigação acinzentado nas folhas mais novas que a
é feito de maneira inadequada e em excesso. folha D, mantendo, entretanto, a cor verde
48 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
normal das folhas mais velhas. Com o pro- 1. escolha da área onde será instalado
gresso da doença, ocorrem o apodrecimen- o plantio, devendo-se dar preferência para
to e a morte da parte apical da planta, a qual aquela que apresentar boa capacidade de
pode ser totalmente removida, evidencian- drenagem;
do uma podridão-mole, de odor desagradá- 2. o plantio deve ser feito em cama-
vel, decorrente da contaminação por ou- lhões, usando-se mudas dos tipos filhote
tros organismos. Uma importante caracte- e/ou rebentão. Por promover uma drena-
rística dessa doença no campo é verificada gem mais rápida, o uso de camalhões para
nas folhas que, quando infectadas, expres- instalação de plantio de abacaxi, especial-
sam a podridão apenas na região basal, mente em regiões com período seco defi-
aclorofilada, observando-se nitidamente a nido, é uma prática que deve estar acoplada
presença de uma zona marrom-escura que à disponibilidade de irrigação. Mudas tipo
separa os tecidos sadios e infectados (Figu- coroa, por serem mais suscetíveis ao
ra 16). A infecção após a indução floral patógeno, não devem ser usadas como
provoca sintomas similares, que se esten- material propagativo em regiões onde a
dem também à inflorescência em desenvol- podridão-do-olho apresenta ocorrência
vimento, causando a sua podridão. A inci- elevada;
dência da podridão-do-olho, após a
indução floral, é mais elevada nos plantios 3. durante a capina, deve-se evitar a
em que se utiliza o carbureto de cálcio colocação de plantas daninhas sobre as
como o indutor. plantas de abacaxi, uma vez que o solo
contaminado, presente no seu sistema
Por suas próprias características, fica radicular, pode cair na base das folhas do
evidente que uma ação isolada não será abacaxizeiro e, em presença de água, pro-
suficiente para promover total êxito no vocar o desenvolvimento da doença;
controle da podridão-do-olho. Porém, o
controle eficiente da doença pode ser al- 4. em áreas onde as condições são
cançado mediante a integração de várias favoráveis à incidência da doença, o con-
práticas como: trole da podridão-do-olho deve começar
Foto: Aristóteles Pires de Matos
A B
Figura 16. Plantio de abacaxi Red Spanish infectado por Phtytophthora nicotiana var. parasitica (A).
Detalhe da infecção em folha da variedade Smooth Cayenne (B).
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 49
PODRIDÃO-NEGRA
PODRIDÃO-NEGRA DO
FRUTO
FRUTO
Foto: Aristóteles Pires de Matos
14 NEMATÓIDES
E SEU CONTROLE
Dilson da Cunha Costa
Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger
O
s nematóides são, em diver
sos países, um dos principais
fatores limitantes ao cultivo
do abacaxi. Vários gêneros de
fitonematóides têm sido encontrados na
rizosfera do abacaxizeiro. Contudo, a
patogenicidade da maioria deles é pouco
conhecida. Dentre as espécies considera-
das de maior importância para a
abacaxicultura, destacam-se as formadoras
Foto: Dilson da Cunha Costa
BIOLOGIA
BIOLOGIA Figura 19. Estádios juvenis J2 vermiformes e fêmeas adultas
globosas de M. javanica em raiz de abacaxi Pérola.
M. javanica são endoparasitos sedentá-
rios. Nos estádios juvenis, vermiformes,
penetram nas raízes do abacaxizeiro, locali-
zando-se próximo ao cilindro central e in-
jetando toxinas que induzem o crescimento
anormal dos tecidos, e as células passam a
nutrir o nematóide, que aumenta de tama-
nho até atingir o estádio de fêmea adulta
globosa (Figura 19).
P. brachyurus são endoparasitos
migradores. Em todos os estádios pene-
Fonte: Tihohod (1993)
SINTOMAS
SINTOMAS GERAIS NO
CAMPO
Podem ser observados os seguintes
sintomas e situações no campo do ataque
de nematóides: amarelecimento e redução
do crescimento da planta; tamanho desi-
gual de frutos e reboleira de plantas mortas.
SINTOMAS
SINTOMAS NAS RAÍZES
INFECTAD
INFECTADAS
AS
Foto: Dilson da Cunha Costa
OCORRÊNCIA,
OCORRÊNCIA , DANOS
DANOS E
PERDAS
PERDAS
No Brasil a primeira constatação ex-
perimental do parasitismo causado por
fitonematóides ocorreu 1953, num levan-
tamento realizado no estado de São Paulo,
onde se identificaram os gêneros
Helicotylenchus, Meloidogyne, Paratylenchus,
Pratylenchus e Xiphinema associados à rizosfera
da planta. Nos últimos anos, diversos le-
vantamentos em diferentes estados pro-
dutores tornaram disponíveis as informa-
ções sobre os principais gêneros e espécies
encontrados no país. Entre os nematóides
encontrados, apenas P. brachyurus, R. reniformis
Foto: Dilson da Cunha Costa
15 PRAGAS
E SEU CONTROLE
Nilton Fritzons Sanches
COCHONILHA-DO-ABA
COCHONILHA-DO-ABACAXI CAXI Durante todo o dia ela é encontrada
Dysmicoccus brevipes voando, rápida e irregularmente, oviposi-
tando nas inflorescências, da sua emergên-
(Cockerell, 1893) (Hemiptera:
cia, no centro da roseta foliar, até o fecha-
Pseudococcidae) mento das últimas flores. Os ovos são
É a praga mais devastadora da brancos, circulares, levemente achatados,
abacaxicultura mundial. Por estar forte- com 0,8 mm de diâmetro.
mente associada à murcha-do-abacaxi, será A lagarta eclode 5 dias, aproximada-
abordada em capítulo à parte. mente, após a postura. Logo após a eclosão,
procura um local entre os frutilhos, onde
BROCA-DO-FRUT
BROCA-DO-FRUTO O inicia a perfuração da inflorescência, per-
Thecla basalides (Geyer, 1837) manecendo no seu interior durante cerca
(Lepidoptera: Lycaenidae) de 15 dias, onde abre galerias e destrói os
tecidos. Quando completamente desen-
Descrição e biologia volvida, pode atingir de 18 mm a 20 mm de
Considerada uma das principais pra- comprimento por 6 mm de largura, com
gas do abacaxi no Brasil, ela ocorre no uma coloração avermelhada, apresentando
continente americano, do México até a um aspecto típico de lesma ou tatuzinho-
Argentina. Além do abacaxizeiro, ela pode de-jardim (Figura 25). Após essa fase de
atacar também bromeliáceas nativas. destruição, ela desce até a base do pedúnculo,
Foto: Nilton Fitzons Sanches
Figura 32. Lesões na base das folhas de abacaxizeiro ocasionadas pelo ácaro-alaranjado
Dolichotetranychus floridanus.
Classe Toxicológica: I - Altamente tóxico; II - Medianamente tóxico; III - Pouco tóxico; IV - Praticamente
não tóxico.
Tipo de formulação: PM: pó molhável; SC: solução concentrada; CE: concentrado emulsionável; CS:
concentrado solúvel; PS: pó seco; SAC: solução aquosa concentrada.
Modo de Ação: C – contato; F - fumigação; I - ingestão; P – profundidade; S - sistêmico.
62 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
16 MURCHA
ASSOCIADA À
COCHONILHA
Nilton Fritzons Sanches
Aristóteles Pires de Matos
Paulo Ernesto Meissner Filho
E
m 1910, foi detectada no Havaí Inicialmente, a doença foi atribuída a
uma doença em abacaxizeiros, toxinas produzidas pela cochonilha
denominada murcha-do- Dysmicoccus brevipes (Cockerell, 1893). Mais
abacaxizeiro. Desde então, ela vem causan- tarde, verificou-se que as plantas doentes
do elevados prejuízos, sendo considerada estavam infectadas por um vírus, um
um dos maiores problemas desta cultura closterovírus, concentrado sobretudo nas
raízes das plantas infectadas.
em todo o mundo.
Em 1996, foi detectada, por meio de
As plantas infestadas apresentam, na sorologia, a presença de closterovírus em
fase inicial, um avermelhamento em suas cochonilhas. Hoje sabe-se que a cochonilha
folhas, depois as suas margens se tornam Dysmicoccus brevipes é um vetor da doença,
amareladas e as partes medianas adquirem provavelmente causada por um
um tom rosa-vivo, ocorrendo enrolamento closterovírus.
dos bordos das folhas para a face inferior. Esse inseto possui um grande número
Depois, passam por um amarelecimento de hospedeiros, podendo ser observado
gradual, secamento de suas pontas, e por também em arroz, batatinha, algodoeiro,
fim, o dobramento das folhas em direção ao bananeira, milho, sorgo, cana-de-açúcar,
solo (Figura 33). A planta vai definhando Cyperus sp. (dandá ou tiririca), capim
progressivamente podendo chegar à morte. Brachiaria plantaginea etc.
Foto: Nilton Fitzons Sanches
Tabela 10. Informações adicionais sobre os inseticidas recomendados para o controle da cochonilha
do abacaxizeiro.
Classe Modo Tipo de Carência
Grupo químico Nome comum
toxicológica de ação formulação (dias)
Fosforado Diazinon III CIFP PM 14
Fosforado Parathion methil I CIFP CE 15
Fosforado Parathion methil I CIFP CE 15
Fosforado Parathion methil I CIFP CE -
Fosforado Vamidothion II CS CE 30
Espalhante
Alquil fenol Etoxilado IV - (SAC) Não há
adesivo
Espalhante
Elquil aril eter II - CS Não há
adesivo
Classe Toxicológica: I - Altamente tóxico; II - Medianamente tóxico; III - Pouco tóxico; IV - Praticamente não tóxico.
Modo de Ação: C – contato; F - fumigação; I - ingestão; P – profundidade; S - sistêmico.
Tipo de formulação: PM: pó molhável; CE: concentrado emulsionável; CS: concentrado solúvel; SAC: solução aquosa
concentrada.
66 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
17 COLHEITA,
ACONDICIONAMENTO
E TRANSPORTE
Domingo Haroldo Reinhardt
Getúlio Augusto Pinto da Cunha
N
o Brasil, um dos problemas ou regionais, frutos com até a metade da
da cultura do abacaxi para superfície amarela são, também, viáveis.
fins de exportação é o manu- Deve-se evitar a colheita de frutos verdes,
seio inadequado do fruto nas fases de co- pois não amadurecem mais na fase pós-
lheita e pós-colheita, já que o mercado colheita, não atingindo qualidades
frutícola internacional só admite produtos satisfatórias para o consumo, sobretudo
de qualidade. com teor de açúcares mais baixo e sabor e
O fator qualidade está, logicamente, aroma pouco atraentes.
associado à destinação do fruto – consumo Além da coloração da casca (maturação
ao natural ou industrialização - que, por sua aparente), o grau de maturação real do fruto
vez, influencia as práticas culturais adotadas, pode ser avaliado com base na translucidez
tanto no cultivo como na colheita. Sabe-se da sua polpa. O fruto é cortado, transversal-
que os frutos para consumo ao natural são mente, na altura do seu maior diâmetro,
mais valorizados que os destinados à indús- determinando-se a percentagem da área
tria. Como vendem mais em função de sua translúcida existente na superfície da seção
aparência (tamanho, forma, cor, sanidade) obtida, uma vez que esta é diretamente
e odor, podem, por conseguinte, compen- proporcional ao grau de maturação do fru-
sar maiores investimentos na sua produção. to. Para frutos de abacaxi cv. Smooth
Cayenne, que necessitem suportar uma vi-
PONTO
PONTO DE MATURAÇÃO
MATURAÇÃO agem superior a cinco dias a 12°C, a percen-
Os frutos devem ser colhidos em está- tagem de polpa amarela translúcida não
gios de maturação diferentes, de acordo deve ultrapassar 50%.
com o seu destino e a distância do mercado Para uniformizar a coloração da casca,
consumidor. Quando o fruto se destina à frutos que se encontram próximos ao está-
indústria, deve ser colhido maduro (com dio de maturação adequado para a colheita
casca mais amarela que verde), tendo teor e a comercialização podem ser submetidos
de sólidos solúveis totais mais elevado e a tratamento com produto à base de Etefon,
maior conteúdo de suco. Frutos que serão utilizando-se 1 ml a 2 ml do produto comer-
colocados nos mercados in natura devem ser cial a 24% de Etefon por litro de água. No
colhidos mais cedo, em geral quando este- caso da cv. Smooth Cayenne, esse trata-
jam ainda “de vez”, isto é, com os espaços mento pode ser feito por pulverização
entre os frutilhos estendendo-se e adquirin- dirigida aos frutos, realizada cerca de qua-
do cor clara, ou mesmo quando surgem os tro a sete dias antes da colheita. No caso da
primeiros sinais de amarelecimento na casca, cv. Pérola, é mais indicado efetuar o trata-
que deverá estar com os frutilhos (olhos) mento dos frutos por imersão, sem atingir
achatados, a fim de chegarem, após vários a coroa, logo após a colheita, uma vez que
dias de transporte, em boas condições ao o Etefon não deve atingir as mudas tipo
consumidor. No caso de mercados locais filhote, localizadas muito próximas do fruto.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 67
18 MANEJO
DA SOCA
(SEGUNDO CICLO)
Domingo Haroldo Reinhardt
S
e o plantio for bem conduzido e volvimento até o fechamento das últimas
as plantas apresentarem vigor e flores, visando ao controle da fusariose e da
bom estado fitossanitário, pode- broca-do-fruto. Na cultivar Smooth
se optar pela exploração da soca (segundo Cayenne, muito suscetível à murcha do
ciclo). Para tanto, devem ser dadas as me- abacaxizeiro, as medidas para o controle
lhores condições possíveis para o desenvol- químico das cochonilhas e ácaros, usadas
vimento dos rebentões. Plantios afetados no primeiro ciclo, devem ser repetidas na
pela fusariose ou infestados pela cochonilha soca, conforme o grau de infestação. São
e/ou brocas, representam focos perigosos necessárias pelo menos duas aplicações de
de disseminação para outras plantações, inseticida-acaricida, que devem ser efetuadas
devendo ser eliminados o mais breve pos- logo após a poda das folhas (se o agricultor
sível após a colheita dos frutos. fizer opção por esta prática) e cerca de três
a quatro meses mais tarde.
A cultivar Smooth Cayenne é mais
apropriada para a exploração da soca do A indução floral é outra prática que, na
que a Pérola, sendo menos suscetível a soca, não difere daquela usualmente utiliza-
perdas de frutos por tombamento, além de da para as plantas do primeiro ciclo, empre-
possuir capacidade superior para a forma- gando-se as mesmas substâncias, concen-
ção de frutos com pesos adequados, mes- trações e modos de aplicação. No entanto,
mo para mercados mais exigentes. como o desenvolvimento da soca é mais
rápido que o das plantas do primeiro ciclo,
A soca demanda manejo similar àquele permite, em geral, a realização do tratamen-
recebido pelas plantas durante o primeiro to de indução floral de seis a oito meses
ciclo, sobretudo no que se refere a aduba- após a colheita da primeira produção, resul-
ções, à irrigação e aos tratos fitossanitários. tando em um ciclo de apenas 12 a 14 meses.
Em geral, as quantidades de adubos po- Muitas vezes, as plantas da soca, originadas
dem ser reduzidas à metade das doses a partir de rebentões emitidos antes da
fornecidas no primeiro ciclo, sem prejudi- colheita dos frutos do primeiro ciclo, atin-
car o desenvolvimento e a produção. Re- gem mais cedo o porte adequado para a
comenda-se parcelar a adubação em duas realização da indução floral. Diante disso,
aplicações, realizando-se a primeira antes pode ser vantajoso fazer a indução floral em
da amontoa, a qual cobrirá os adubos, e a duas etapas, separadas por um período não
segunda cerca de um mês antes do trata- superior a dois meses, levando em conside-
mento de indução floral. ração a escolha da melhor época para a
A infestação da área por plantas dani- colheita e a comercialização dos frutos.
nhas é normalmente pequena, dada a gran- Embora a produtividade da soca ten-
de cobertura vegetal existente. Algumas da a ser inferior à do primeiro ciclo, devido
capinas manuais são suficientes para o seu à redução do peso médio e do número de
efetivo controle. Os tratos fitossanitários frutos colhidos por hectare, a sua rentabili-
devem ser os mesmos aplicados no primei- dade pode ser similar àquela do primeiro
ro ciclo da cultura, com ênfase nas pulveri- ciclo, pois o seu custo de produção é tam-
zações sobre as inflorescências em desen- bém inferior.
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 69
19 COMERCIALIZAÇÃO
José da Silva Souza
Carlos Estevão Leite Cardoso
A MERCADO EXTERNO
comercialização é a etapa fi
nal do processo produtivo.
Para a cultura de abacaxi, a Segundo dados da FAO, o mercado
produção pode ser destinada ao mercado in mundial de frutas frescas de abacaxi movi-
natura, nas vizinhanças da região produtora mentou, em 1998, um total de 871 mil
e nas mais distantes, para a industrialização toneladas, no valor de 362 milhões de dóla-
e exportação de frutas frescas. A produção res. Deste montante, três países, Costa Rica,
brasileira de abacaxi é, praticamente, toda Côte d’Ivoire e Filipinas, são responsáveis
dirigida para o mercado interno de frutas por, aproximadamente, dois terços do co-
frescas, que consome cerca de 99% do mércio mundial da fruta in natura. Cerca de
total produzido no país. 60% do mercado de frutas processadas –
sucos e produtos enlatados – provêm da
MERCADO INTERNO Tailândia, das Filipinas, da Indonésia e do
Quênia. Nesse último mercado, conside-
Para facilitar a comercialização dos rando a ordem de importância, os valores
frutos e obter preços mais compensadores, das exportações anuais foram: produtos
recomenda-se que para o mercado in natura enlatados (US$ 477 milhões), suco simples
sejam observados os aspectos a seguir: (US$ 227 milhões) e suco concentrado
a) peso mínimo de 1,1 kg, principal- (US$ 13 milhões).
mente na safra. No período de entressafra, A participação brasileira no mercado
frutos de menor peso (de até 800 g) são externo de produtos de abacaxi ainda é
também aceitos; bastante insignificante, concentrando-se,
b) frutos bem conformados e isentos basicamente, os seus envios para países do
de machucados; Cone Sul, sobretudo Argentina e Uruguai.
As exportações brasileiras de frutas frescas
c) estágio de maturação: considerar o de abacaxi no período 1980/98 alcançaram
tempo necessário entre a colheita e a entre- um valor médio de US$ 4,778 milhões, para
ga do produto no centro consumidor que a quantidade média de 15.712 t/anuais, o
engloba as etapas de limpeza dos furtos e de que implica um valor médio por tonelada
sua arrumação no caminhão, de transporte de aproximadamente US$ 300. Para o últi-
(determinado em função da distância), de mo ano (1998), as exportações brasileiras
descarregamento do caminhão e de distri- foram de 13.002.626 kg, correspondendo
buição do produto no mercado varejista. ao valor de US$ 3.853.644. Quanto ao
Análises de sazonalidade de preços volume, as participações dos países com-
nas principais Ceasas do Brasil indicam pradores foram: Argentina (92,70%), Uru-
que o período de diminuição de oferta, guai (5,94%), Países Baixos (1,17%), Esta-
com elevação dos preços médios, ocorre dos Unidos (0,14%) e outros (0,05%).
nos meses de fevereiro a maio. Nos me- Convém salientar que o Brasil enfren-
ses de junho a outubro, esses preços ta barreiras no mercado internacional,
estão em torno da média anual, enquanto provocadas por tarifas impostas aos nossos
nos meses restantes (novembro a janei- produtos e por restrições fitossanitárias
ro), devido ao excesso de oferta do pro- existentes nos principais mercados impor-
duto, estão abaixo dela. tadores (EUA e União Européia). Além
70 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
20 CUSTOS DE
PRODUÇÃO E
RECEITAS ESPERADAS
José da Silva Souza
Carlos Estevão Leite Cardoso
A
produção econômica de qual capital, reforçando a necessidade de traba-
quer cultura depende de uma lhar com a cultura de forma consciente e
série de fatores que afeta seu profissional.
desempenho e seu retorno financeiro. A Com base nas 41.666 plantas/ha e pre-
variedade plantada, o espaçamento, o cli- vendo uma perda em torno de 20% durante
ma, o solo, os tratos culturais, o grau de a condução da cultura, devido à incidência
incidência de pragas e doenças, o preço do de pragas e doenças, e de falhas no
produto e os preços dos fatores de produ- florescimento, espera-se uma colheita de
ção merecem especial atenção no planeja- 33.330 frutos, sendo 70% (23.330) de frutos
mento da produção. Enfim, é preciso co- de primeira e 30% (10.000) de segunda.
nhecer bem o custo de produção e o preço
do produto para que se possam fazer pro- Para a estimativa das receitas, conside-
jeções acerca da rentabilidade do empre- rou-se o preço médio de US$ 0,21/fruto,
endimento. Com o objetivo de analisar a para frutos de primeira, enquanto o de
rentabilidade da cultura do abacaxi, avalia- segunda teve preço de US$ 0,11. Ressalta-
ram-se os custos de produção, os rendimen- se que esses preços refletem uma média
tos e as receitas esperadas, para os sistemas anual, entretanto, considerando a sazonali-
de plantio em fileiras simples e duplas. dade da oferta, podem oscilar para valores
entre US$ 0,37 e US$ 0,16 (para frutos de
SISTEMA DE PRODUÇÃO EM primeira e segunda, respectivamente) na
FILEIRAS SIMPLES entressafra, enquanto que na safra atingem
menores preços, entre US$ 0,16 e US$ 0,08.
Os custos de produção estão relacio-
nados com o sistema de produção utilizado A receita global estimada para este
pelos produtores, em função do maior ou sistema de produção, com base nos núme-
menor uso de insumos e tecnologias. Na ros utilizados, é de US$ 5.999,30. Descon-
Tabela 11, são apresentados os custos de tando-se o custo total, tem-se uma margem
produção de um hectare de abacaxi em bruta de R$ 2.008,37/ha/ciclo, resultando
fileiras simples, no espaçamento de 0,80 m x numa relação benefício/custo de 1,50, sig-
0,30 m (41.666 plantas). nificando que, para cada dólar investido,
retornam US$ 1,50 brutos, ou US$ 0,50
Conforme pode ser observado, os líquidos.
custos com os insumos são os maiores,
representando 52,26%, seguidos dos cus- SISTEMA DE PRODUÇÃO EM
tos de irrigação (21,12%), enquanto que o FILEIRAS DUPLAS
preparo do solo, os tratos culturais/
fitossanitários e a colheita representam Os custos de produção de um hectare
11,88%, 9,91% e 4,82%, respectivamente. de abacaxi em fileiras duplas, no
O custo total deste sistema de produção de espaçamento de 0,90 m x 0,40 m x 0,30 m
abacaxi é de US$ 3.990,93, o que indica a (51.280 plantas), são apresentados na Tabe-
utilização de um montante considerável de la 12. Observa-se que esses custos são
72 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
* Refere-se à recomendação máxima para P e média para K, podendo ser alterada conforme os resultados da análise do
solo.
** Estimativa feita com base em duas aplicações; em condições de solo e clima muito favoráveis à incidência de doenças,
poderá haver a necessidade de quantidades maiores.
*** Estimativa feita considerando o uso de Ethrel; havendo opção por carbureto de cálcio os valores serão alterados.
**** Quando não forem utilizados herbicidas, o número de capinas manuais deve ser estimado em 10 (dez).
***** Considerando o custo do investimento (vida útil do equipamento de 10 anos) e os custos variáveis (energia elétrica
e mão-de-obra).
74 Abacaxi Produção Frutas do Brasil, 7
* Refere-se à recomendação máxima para P e média para K, podendo ser alterada conforme os resultados da análise do
solo.
** Estimativa feita com base em duas aplicações; em condições de solo e clima muito favoráveis à incidência de doenças,
poderá haver a necessidade de quantidades maiores.
*** Estimativa feita considerando o uso de Ethrel; havendo opção por carbureto de cálcio os valores serão alterados.
**** Quando não forem utilizados herbicidas, o número de capinas manuais deve ser estimado em 10 (dez).
***** Considerando o custo do investimento (vida útil do equipamento de 10 anos) e os custos variáveis (energia elétrica
e mão-de-obra).
Frutas do Brasil, 7 Abacaxi Produção 75
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