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ENGENHARIA MECÂNICA

28/05/2019 Prof. Julio Rezende juliorezende@ucl.br 1


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FLUÊNCIA (CREEP)
• Quando um metal é solicitado por uma carga,
imediatamente sofre uma deformação elástica. Com
a aplicação de uma carga constante, a deformação
plástica progride lentamente com o tempo (fluência)
até haver um estrangulamento e ruptura do material
• Velocidade de fluência (relação entre deformação
plástica e tempo) aumenta com a temperatura
• Esta propriedade é de grande importância
especialmente na escolha de materiais para operar
a altas temperaturas
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FLUÊNCIA (CREEP)
• Tensões impostas em temperaturas elevadas produz
uma deformação contínua no componente e resulta em
um fenômeno conhecido como Fluência.
• A Fluência, por definição, é uma deformação
dependente do tempo, da tensão atuante e da
temperatura aos quais o material está exposto.
• Após um período de tempo, a Fluência leva à fratura.
• De modo geral, a Fluência ocorre em qualquer metal
ou liga a partir de temperaturas acima da temperatura
de recristalização do material.
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FLUÊNCIA (CREEP)
• Os materiais afetados são os metais e ligas metálicas.
Porém, algumas ligas não metálicas podem estar
susceptíveis à Fluência.
• A Fluência ocorre por deformação plástica, cuja taxa é
função do material, do nível de tensão, da
microestrutura e, principalmente da temperatura.
FATORES QUE AFETAM A FLUÊNCIA
• Temperatura
• Módulo de elasticidade
• Tamanho de grão
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FLUÊNCIA (CREEP)
• O mecanismo da Fluência começa a ser preocupante
acima de uma temperatura limite (threshold).
• Nas falhas for fluência, é necessário levar conta, além
de resistência,a ductibilidade à Fluência, que pode
explicar a ocorrência de trincas de alívio de tensão em
regiões de grão grosseiro.
• Se ocorrer corrosão com perda de espessura, no local
corroído, haverá um aumento de tensão e
conseqüentemente, aceleração da ocorrência do dano
por Fluência.

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FLUÊNCIA (CREEP)
• A baixa ductilidade à Fluência ocorre:
• Mais severa para materiais de alta resistência e para
soldas;
• Mais provável de ocorrer em materiais de granulação
fina.
• Componentes aquecidos e expostos diretamente a
chamas: Tubos de fornos e caldeiras e reatores.

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FLUÊNCIA (CREEP)
• Os danos normalmente são identificados através da
formação de vazios nos contornos de grãos,
detectáveis em MEV.
• O tipo de fratura depende da temperatura e da taxa de
deformação. Podem ser intergranular ou transgranular.
• Em equipamentos e tubulações trincas podem ocorrer
devido presença de altas temperaturas e
concentradores de tensões tais como, conexões,
bocais, defeitos em cordões de solda, etc.

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ENSAIO DE FLUÊNCIA
É executado pela aplicação de uma
carga uniaxial constante a um
corpo de prova de mesma
geometria dos utilizados no ensaio
de tração, a uma temperatura
elevada e constante
O tempo de aplicação de carga é
estabelecido em função da vida útil
esperada do componente
Mede-se as deformações
ocorridas em função do tempo (
x t)

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Curva  x t
Estágio primário:
ocorre um decréscimo
contínuo na taxa de
fluência ( = d/dt), ou
seja, a inclinação da
curva diminui com o = d/dt
diminui
tempo devido ao
aumento da
resistência por
encruamento.
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Curva  x t
Estágio secundário: a taxa de
fluência ( = d/dt) é constante
(comportamento linear). A inclinação
da curva constante com o tempo é
devido à 2 fenômenos competitivos:
encruamento e recuperação.
O valor médio da taxa de fluência
nesse estágio é chamado de taxa
mínima de fluência (m), que é um
dos parâmetros mais importantes a  = d/dt
constante
se considerar em projeto de
componentes que deseja-se vida
longa.
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Curva  x t
Estágio terciário: ocorre uma
aceleração na taxa de fluência (
= d/dt) que culmina com a
ruptura do corpo de prova.  = d/dt
aumenta
A ruptura ocorre com a separação
dos contornos de grão, formação
e coalescimento de trincas,
conduzindo a uma redução de
área localizada e conseqüente
aumento da taxa de deformação

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