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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

O transcultural e o transnacional em Aby Warburg

WARBURG, Aby. Histórias de fantasma para gente grande: escritos, esboços e


conferências, São Paulo: Cia das Letras, 2015.

Érica Boccardo Burini

Resenha apresentada ao Programa


de Pós-Graduação em História da
Arte para avaliação na disciplina
HH172-D Tópicos em Teoria da
História I

Prof. Dr. Gabriel Ferreira Zacarias

2019
Um velho livro aqui folheio:
De Atenas a Oraibi, sempre primos!
28/7/1923
Aby Warburg

Embora não constitua um método, seja extremamente intrincada,

multidisciplinar e em parte inconclusa, a obra de Aby Warburg deixa uma herança

vasta que afeta diversas áreas do conhecimento, principalmente devido à atração

que algumas de suas ideias exercem. Suas formulações são desenvolvidas ao

longo de seus textos, e por isso a edição consultada "Histórias de Fantasma para

Gente Grande" (WARBURG, 2015) é interessante, por contemplar escritos entre

1893 e 1929, período que abrange toda sua vida intelectual, desde os primeiros

anos até o último de sua vida.

Suas ideias mais correntes podem ser introduzidas em uma breve elucidação

de algumas palavras de seu vocabulário que, embora de difícil tradução, se

infiltraram nos idiomas através das expressões resultantes. Notadamente, a "vida

póstuma", uma tradução possível de ​nachleben​, da Antiguidade, que continua

pulsando em épocas posteriores, com transformações pertinentes a seu tempo, é

uma forma de sobrevivência que tem predileção de aparição pelo detalhe,

​ u fórmula expressiva, ​pathosformel​,


(WARBURG, 2015, p.10). A fórmula do ​pathos o

que é esta forma pungente que atravessa o tempo e o espaço, povos e civilizações,

são gestos e movimentos corporais intensificados na representação do artista pelo

recurso às fórmulas visuais da Antiguidade Clássica (DIDI-HUBERMAN, 2013,

p.40)​, ​que se manifestam no domínio da exterioridade, mas que remetem aos

movimentos do domínio da interioridade, as paixões, movimentos da alma. A

importante noção de engrama, um tipo de memória social coletiva que enraíza

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experiências e comoções intensas que penetram na subjetividade e permanecem

armazenadas, podendo afluir em representações de expressões humanas, e que

foram, são e serão utilizadas nas formas da arte, seja ela pura ou aplicada, nas

imagens de modo geral. E por fim, a familiarização com os termos de Warburg deve

abarcar o Atlas Mnemosine, que são painéis de comparação de imagens com

reproduções em preto e branco, em que se fazia aparecer as abstrações

anteriormente comentadas, uma maneira de pensar por imagens. Segundo as

palavras de Warburg (2015, p.365), "O Atlas Mnemosine pretende, com seu material

de imagens, ilustrar esse processo, que se poderia designar como uma tentativa de

introjeção na alma dos valores expressivos pré-formados na representação da vida

em movimento." O autor trabalhou intensamente nos painéis do Atlas até sua morte

na Biblioteca Warburg, fundada por ele mesmo, que nesta altura já integrava o

Instituto de mesmo nome. A biblioteca é notável por sua organização peculiar

governada pela "lei de boa vizinhança" instituída por Warburg na classificação dos

livros (DIDI-HUBERMAN, 2013, p.28).

A apresentação destas ideias permite um vislumbre sobre a potência das

concepções de Warburg, também devido ao caráter único do autor, de erudição

fascinante e sensibilidade aguçada para a articulação de elementos inusitados, e o

porquê da reverberação dessas ideias entre historiadores da arte, como Ernst

Gombrich, responsável pela biografia intelectual do autor, Erwin Panofsky, Fritz Saxl

e Gertrud Bing, que assumiram a direção do Instituto após sua morte, Edgar Wind,

mais recentemente Georges Didi-Huberman recupera o autor. O fascínio gera uma

multiplicação de textos que tratam da obra do autor, com maior e menor grau de

fidelidade, e culmina no que José Emílio Burucúa (2012, p.252), historiador da arte

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argentino influenciado pelo autor e analisa a profusão leituras e releituras na

América Latina, assinala "a ponto de se converter numa espécie de moda

intelectual, de mania acadêmica pela obra de Aby Warburg durante a última

década." Também se propaga entre historiadores, antropólogos, filósofos,

psicólogos, pesquisadores da cultura, da imagem, do cinema, das religiões, entre

outros, alcançando figuras como Peter Burke (2004), Carlo Ginzburg, Giorgio

Agamben. Este extravasamento do campo disciplinar é característico de seus

escritos, que de tal modo hibridizam as ciências humanas, que se julgou ter

inventado uma nova disciplina, a "ciência da cultura", nas palavras do próprio

Warburg (WARBURG, 2015, p. 9).

Neste percurso, o enfoque será dado sobre a contribuição de Aby Warburg

para os estudos de Transferências e Circulações Culturais, cuja relevância é

apontada em ​Circulations in the Global History of Art (KAUFMANN; DOSSIN;

JOYEUX-PRUNEL, 2015, p.3), em que o autor é situado nos estudos de História

Global1, em oposição aos modelos de História Nacional, em uma linha do tempo que

remonta ao contexto intelectual germânico na derrota napoleônica em 1814, quando

o modelo nacionalista teria ganhado maior proeminência, rejeitando o modelo

francês iluminista universalizante em detrimento da ideia de um estado-nação forte,

o que no campo da história da arte se converte na oposição entre a inclinação mais

filosófica à ideia de que a arte e os estilos são uma indicação da evolução da

humanidade, da sociedade e do espírito humano, e o empenho na datação,

1
O caráter multifacetado da obra de Aby Warburg permite que seja inserido em várias linhas do
tempo. Por exemplo, Peter Burke (2004, p.13) insere-o na cronologia de historiadores que se utilizam
de imagens, em um percurso que é iniciado com Francis Haskell em "A história e suas imagens" e se
dirige a Jacob Burckhardt e Johan Huizinga, aos quais é dada a denominação de historiadores
culturais, e desemboca em Warburg, que é seguido por Gilberto Freyre, Philippe Ariès, Michel
Vovelle, Maurice Agulhon, e continua com o que chama de "virada pictórica" em autores como
William Mitchell, Raphael Samuels e Simon Schama.

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atribuição, descrição de artefatos, para caracterizá-los em parâmetros nacionais. Ao

final do século XIX, o modelo germânico de autonomização da disciplina história

havia conquistado o mundo ocidental, nomeadamente a Europa e os Estados

Unidos, tendo dentre suas propriedades, além da separação da filosofia e o exame

crítico das fontes, uma abordagem nacional. Karl Lamprecht é citado como um autor

que considerou as dimensões social e cultural que moldaram a história política da

Alemanha, introduzindo as artes visuais como documento histórico, e se empenhou

em promover a história da cultura material da região, mas foi severamente criticado

e seu trabalho marginalizado na academia alemã. Aby Warburg, que estudou com

Lamprecht, é apresentado neste panorama como uma notável exceção, também por

sua recepção positiva pelos historiadores da arte. Ainda assim, não ocupou uma

cátedra universitária, o Instituto que fundou tampouco se integrou ao sistema

alemão de ensino. Na ascensão de Hitler, o Instituto Warburg foi transferido para

Londres, onde tampouco se integrou ao sistema universitário britânico, e embora as

traduções de seus poucos textos tenham se alastrado, o interesse sobre sua obra

tem direcionamentos muito específicos quando comparado com a abrangência de

sua pesquisa, segundo Thomas DaCosta Kaufmann, Catherine Dossin e Béatrice

Joyeux-Prunel (2015, p.4), que apontam para a perspectiva transcultural e

transnacional, em outras palavras, global do trabalho de Warburg, e para o seu

detimento nos veículos de transmissão que operam nos intercâmbios culturais, que

lhes parece negligenciada pelos historiadores da arte. No Brasil, estas questões são

abordadas por autores como Cássio Fernandes (2014), que se debruça sobre o

tema de Circulações e Transferências, e desenvolve uma cronologia da penetração

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tardia de Warburg no meio editorial brasileiro, ganhando sua primeira tradução ao

português apenas em 2013.

A provocação posta estimula o presente texto a se aventurar por este

caminho, para explorar algumas indagações sobre as relações entre transferência e

contaminação cultural propostas pelo autor. Para tal, serão analisados excertos dos

textos datilografados e comentados utilizados como material para a célebre

conferência ocorrida em abril de 1923, no Sanatório Bellevue, em Kreuzlingen, no

qual o autor estava internado.

O material não compõe um texto uno e inteiro, mas fragmentos diversificados

que compreendem a apresentação de imagens fotográficas, desenhos e listas,

anotações e reflexões mais elaboradas, fruto da viagem imersiva de Warburg aos

Estados Unidos da América feita 27 anos antes para a região dos índios pueblos do

Novo México, com subtítulos que sinalizam seu interesse: "materiais para uma

psicologia da religiosidade primitiva" (WARBURG, 2015, p.199), ou "materiais

oriundos da cultura do homem primitivo para o problema da vinculação simbólica"

(WARBURG, 2015, p.255).

O autor coloca no início de sua exposição a complexa questão que irá

permear sua fala, logo após apresentar a preocupação com o desaparecimento de

um mundo que propicia a cultura observada.

E espero que com isso obtenham uma impressão do problema que é tão
decisivo para a historiografia da cultura como um todo: em que medida
podemos observar os traços característicos essenciais da humanidade
pagã primitiva? A arte plástica dos pueblos, com sua ornamentação
simbólica e sua dança mascarada, deve nos fornecer balizas provisórias
para a resposta. (WARBURG, 2015, p.200)

Neste trecho, algumas das ideias previamente apresentadas de Warburg

emergem sem que sejam nomeadas. Os "traços característicos essenciais da

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humanidade pagã primitiva" pressupõem a existência de uma comunhão entre as

sociedades pagãs ditas primitivas, um elo de ligação global que, ao passo que une

pela essência, mantém as características próprias de cada cultura, a repetição de

formas essenciais que são modificadas segundo necessidades locais. A essência

comum entre as sociedades pagãs primitivas deve aflorar nos produtos culturais

devido ao poder religioso das representações cosmológicas presentes nestes

objetos ou gestos. Por esta razão que a resposta é encontrada nos índios pueblos,

especificamente nas artes plásticas, na ornamentação da cerâmica que possui

simbologia religiosa e na dança mascarada, que apresenta o culto animista na pura

dança animal, na dança do culto arbóreo e na dança com serpentes vivas.

A serpente aparece como elemento de sobrevivência das imagens pungentes

que atravessam o tempo e espaço, e resiste mesmo aos fluxos culturais com

hierarquias coloniais, que aí são vistos como contaminantes. Nas palavras de

Warburg: "É sem dúvida possível detectar, na cerâmica dos pueblos (inclusive como

é hoje praticada), a influência da técnica espanhola medieval, tal como foi trazida

aos índios pelos padres espanhóis, no século XVI" (WARBURG, 2015, p.208), mas

"[...] ficou indiscutivelmente estabelecido que existia uma técnica mais antiga de

cerâmica, independentemente dos espanhóis, que exibe justo aquele motivo

heráldico de pássaro, e além disso a serpente, que é venerada no culto dos mokis -

como em qualquer prática religiosa pagã - como o mais vivo dos símbolos"

(WARBURG, 2015, p. 209). A centralidade da serpente também se deve à

recorrência que tem e a potência de múltiplas significações, aparecendo nos

pueblos em desenhos, representando os raios que trazem a chuva, que interrompe

a seca inclemente, nas cerâmicas evocam pontos cardeais e na dança mascarada,

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os sujeitos adquirem uma espécie de parentesco com o animal, em um processo de

incorporação da natureza para que seja domada e compreendida. A recorrência se

espraia também pelo paganismo europeu, em um elo de ligação entre sociedades,

no culto orgiástico a Dionísio em que as mênades dançavam com serpentes vivas

nas mãos na Grécia antiga (WARBURG, 2015, p.236), no contexto de Laocoonte

(WARBURG, 2015, p.238), a serpente é vista como participante do processo de

sublimação na religião, no movimento do Oriente ao Ocidente, e como contraste à

serpente emblemática da figura demoníaca, a serpente-divindade em Esculápio,

que tinha este animal como símbolo, enrolado em seu bastão terapêutico

(WARBURG, 2015, p.240), as várias aparições simbólicas da serpente e Bíblia

(WARBURG, 2015, p.243), no Velho Testamento (WARBURG, 2015, p.244), e a

serpente e Paulo, marcando o início do cristianismo, na luta contra a idolatria pagã,

em hostilidade contra o culto à serpente (WARBURG, 2015, p.245).

O complexo nexo produzido entre o paganismo da antiguidade greco-romana

e os índios pueblos da virada do século XIX ao século XX, período que Warburg

investigou, levanta algumas questões acerca das relações estabelecidas. A

transferência cultural apontada neste caso não diz respeito às fontes acessadas

pelos artistas ou artesãos índios pueblos de modo direto ou indireto, como em

outros textos de Warburg, a exemplo "O ​Déjeuner sur l'herbe de Manet", "​O

nascimento de Vênus e ​A primavera de Sandro Boticelli", ou "Dürer e a Antiguidade

italiana", de modo que este fluxo mais se assemelha a um acesso concedido de

modo universal aos povos "primitivos", sejam europeus ou americanos, de uma

gama de símbolos que afetam psicologicamente e tem um poder gerar explicação

mística sobre o mundo, enquanto o processo de contaminação cultural, que

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Warburg aponta, é fruto da diferença entre a cultura ocidental cristã introduzida e o

elemento pagão que já estava presente.

Entretanto, é necessário que a avaliação religiosa-psicológica dos índios


pueblos seja feita com a maior cautela, pela seguinte razão: o material está
contaminado, isto é, duplamente encoberto. Desde o século XVI, foi
sobreposto ao substrato americano original o cultivo próprio à educação da
Igreja católica espanhola, interrompido à força no fim do século XVII, para
mais tarde retornar, só que, dessa vez, sem se reinstalar oficialmente nas
aldeias mokis. Por cima disso foi posta a terceira camada, a da educação
norte-americana. (WARBURG, 2015, p.201)

A ênfase dada à educação oferecida, tanto pela Igreja católica espanhola

quanto pela sociedade norte-americana, aponta para a aproximação técnica racional

científica de explicação do mundo que acaba por paulatinamente extinguir a

concepção animista de concepção do mundo. Explica-se então o porquê da

contaminação cultural aparecer relacionada ao alcance dos trilhos dos trens

americanos, e também a razão da adversidade mostrar-se como estímulo ao

pensamento mágico pagão.

Pois enquanto as ferrovias não chegam, os povoados, a seca e a sede


seguem levando às práticas mágicas que visam subjugar as tenazes forças
da natureza - tais como as que aparecem por todo o mundo em culturas
primitivas, pagãs e carentes de técnica. A seca ensina a fazer magia e a
rezar. (WARBURG, 2015, p.201)

Aby Warburg pertence a uma comunidade e contexto intelectual muito

específicos, de filólogos, historiadores e eruditos alemães da virada do século XIX

para o XX, de modo que seria anacrônica algumas expectativas em relação a seu

olhar sobre a cultura dos índios pueblos da América do Norte. Em especial a

alcunha de primitiva, como um estado de desenvolvimento civilizatório anterior cuja

evolução levaria à uma sociedade nos moldes europeus (WARBURG, 2015, p.202),

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denotando um olhar eurocêntrico que é coerente com seu tempo, mas o qual

atualmente não se pode deixar de apontar.

No entanto, o autor também esboça uma construção, que evidencia a

erudição e a sensibilidade anteriormente comentadas, em um cenário de igualdade

entre culturas.

Goethe afirmou: o homem jamais concebe quão antropomórfico ele é.


Resta, pois, o que disse o Espírito da terra: "és equivalente ao espírito que
tu concebes, não a mim." Mas nós não queremos deixar que nossa fantasia
seja coagida pela imagem da serpente, que leva aos primitivos do mundo
subterrâneo. Queremos escalar o teto da morada do mundo, voltar a
cabeça para cima e pensar no que Goethe chegou a dizer: não fosse o olho
algo solar, como poderia contemplar o Sol? Toda a humanidade se
encontra na veneração do Sol. E tomá-lo como símbolo que nos alça das
profundezas da noite é direito tanto do selvagem como do erudito.
(WARBURG, 2015, p.251)

Manifesta a ideia de que o substrato para as formas expressivas emergirem

estão disponíveis para todos, na Natureza, sendo um direito humano inalienável que

ultrapassa barreiras culturais, sociais e políticas.

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Referências Bibliográficas

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