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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOÃO DEL -


REI .........

JOSÉ ROBSON RIBEIRO DE PAIVA, brasileiro, casado, auxiliar de viagem, portador da


Cédula de Identidade nº.MG 7361490, inscrita no C.P.F.963144196-20, residente e domiciliado
Alcebíades da Paixão, 215, bairro Bom Pastor, São João del - Rei, vem manifestar, por
intermédio de seu advogado abaixo constituído o propósito da

AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA

em face de Ana Paula Silveira, brasileira, casada, confeiteira, residente e domiciliado na .........,
nº. ....., bairro ......, nesta cidade, portador da Cédula de Identidade nº MG 10819488, inscrito no
C.P.F. sob o nº.009083916-17, manifestando, para ver prosperar o seu pedido, as razões a
seguir:

DOS FATOS

1. A requerente e o requerido casaram-se em 19 de dezembro de 2000, sob o Regime de


Comunhão Universal de Bens, conforme consta na cópia xerográfica da Certidão de
Casamento inclusa.

2. O casal encontra-se separado de fato desde de Julho de 2008, ou seja, a pouco mais
de dois anos.
3. O casal não possui filhos.
4. Durante a convivência conjugal o casal adquiriu uma casa financiada pela Caixa
Econômica Federal, a qual está sendo vendida.

7. Diante disso, encontram-se separados de fato, pois a vida em comum tornou-se


insuportável, culminando na propositura da presente ação.

DO DIREITO

8. Em consonância com os fatos narrados, é cediço aduzir que, conforme dispõe o art. 1.572
do Código Civil, a separação litigiosa poderá ser requerida por um só dos cônjuges, a qualquer
tempo, desde que prove, em juízo, que o outro vem se conduzindo desonrosamente ou está
violando os deveres do matrimônio, e não há nada que viole tanto tais deveres quanto o
comportamento extremamente agressivo do requerido, o que impediu a continuidade da vida a
dois.

DOS BENS

9. A requerente tem a informar que não há nenhum bem advindo a sociedade do casamento a
ser partilhado.

DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA FINAL

10. A requerente, após inúmeras tentativas de diálogo e aproximação com o ora requerido, viu
frustradas todas as suas tentativas a fim de solucionar as desavenças surgidas após o retorno
definitivo de seu esposo ao lar do casal. Não obtendo êxito, e pior, vítima de descaso e
humilhação sofrida pelo comportamento desonroso do requerido, o reflexo maléfico para os
filhos do casal e ameaça sofrida – o que por si só caracteriza elemento suficiente para o
afastamento do possível agressor –, representou contra o requerido, fato que reforça o
melindroso convívio familiar e a verossimilhança das alegações da requerente, caracterizando,
pois, no presente caso, o “fumus boni iuris”.

11. Ainda mais, pelo teor da Representação Policial citada, a requerente sofreu ameaças,
figurando-se também como vítimas suas filhas, de agressões verbais e gestos obscenos, além
disso, ameaça de terem suas vidas ceifadas pelo ora requerido, fato que demonstra o
“periculum in mora”, a desnecessidade da permanência do pai em casa, pois, pelo constante
estado de embriaguez e modo agressivo do requerido, a requerente teme que o mesmo acabe
concretizando suas intenções de pôr fim à sua vida e de seus filhos.

12. A jurisprudência coaduna com este entendimento. Da seguinte forma:

“EMENTA: DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE


CORPOS. DEFERIMENTO LIMINAR DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE, FIXAÇÃO
DE GUARDA E ARBITRAMENTO DE ALIMENTOS PROVISIONAIS. PEDIDO DE
REFORMA. RETORNO DO CÔNJUGE AO LAR CONJUGAL. VISITAS IRRESTRITAS
AOS FILHOS. REDUÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISIONAIS. AGRAVO
PARCIALMENTE PROVIDO. - Deferida a liminar em ação cautelar de separação de
corpos, a prudência recomenda a manutenção do afastamento, evitando-se,
assim, o agravamento da situação conflituosa entre os consortes, que advirá da
revogação do ‘decisum', eis que restabelecerá o convívio diário dos cônjuges,
que estão em clima de repulsão mútua. - O direito irrestrito de visitas, tal como
postulado, aproxima-se do conceito de guarda compartilhada que, para aqueles que a
admitem, pressupõe um estado de acertamento e apaziguamento entre os cônjuges,
que ajustam os limites de convívio com os menores, sempre visando ao convívio
mútuo e à educação compartilhada das crianças. - O julgador, no arbitramento dos
alimentos provisionais, deve prender-se à realidade fática demonstrada, ou seja, ao
conjunto probatório constante dos autos e, também, ao binômio
necessidade/possibilidade, na esteira da reiterada jurisprudência deste Tribunal. Deve
considerar, outrossim, o preceito contido no art. 1.703 do Código Civil, que estabelece:
""para a manutenção dos filhos, os cônjuges, separados judicialmente, contribuirão na
proporção dos seus recursos"" (§ 4º do art. 226 da Constituição Federal). - Agravo
parcialmente provido. (Processo n.º 1.0702.04.122772-0/001(1),

Relator: SILAS VIEIRA, Data do Julgamento: 24/02/2005, Data da Publicação:


17/06/2005)”

13. Conforme demonstram as provas inequívocas dos autos e a verossimilhança da alegação,


verifica-se que é necessária e importante A CONCESSÃO LIMINAR DA ANTECIPAÇÃO DOS
EFEITOS DA TUTELA, concedendo o afastamento imediato do requerido do lar conjugal, pois
presentes estão os requisitos do “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.

DO NOME

14. A requerente voltará a usar seu nome de solteira, ou seja, XXXXXXX.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer-se:

1. A CONCESSÃO INAUDITA ALTERA PARTE, DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA FINAL,


PARA DETERMINAR O AFASTAMENTO DO ORA REQUERIDO DO LAR CONJUGAL,
CONSIDERANDO PRESENTES OS PRESSUPOSTOS LEGAIS – FUMUS BONI IURIS E O
PERICULUM IN MORA – ALÉM DA PRESENÇA DE PROVA INCIAL DOCUMENTAL –
BOLETIM DE OCORRÊNCIA;

2. QUE O REQUERIDO SEJA CITADO, PARA QUE, CASO QUEIRA, CONTESTAR A


PRESENTE AÇÃO, SOB PENA DE REVELIA E CONFISSÃO;

3. QUE SEJAM JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS, DECRETANDO A SEPARAÇÃO


JUDICIAL DO CASAL, COM A EXPEDIÇÃO DO COMPETENTE MANDADO DE AVERBAÇÃO
AO CARTÓRIO DE REGISTRO DE PESSOAS CIVIS;

4. QUE SEJA INTIMADO O MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, NOS TERMOS DO QUE


DISPÕE O ART. 84 DO CPC;

Dá-se à causa o valor de R$ 100,00 (cem reais) para efeitos fiscais.

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. XXXX, residente e domiciliado na .........., nº. ..., Bairro ........., nesta cidade de .............;

2. XXXX, residente e domiciliado na .........., nº. ..., Bairro ........., nesta cidade de .............;

3. XXXX, residente e domiciliado na .........., nº. ..., Bairro ........., nesta cidade de .............

Termos em que,

P. Deferimento.

Pará de Minas (MG), ... de ...... de 2008.

NOME DO ADVOGADO

OAB N°

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