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Congresso Internacional, Universidade de Coimbra 2014

Livro de Resumos
Título: Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável.
Livro de Resumos do I Congresso Internacional

Departamento de Geografia - Faculdade de Letras

CEIS 20 – Centro de Estudos Interdisciplinades do Século XX

Universidade de Coimbra, Portugal

Coordenação
António Rochette Cordeiro
Luís Alcoforado
António Gomes Ferreira

Editor
Departamento de Geografia - Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Equipa técnica
Patrícia Figueiredo
Liliana Paredes
Selene Martinho
Lúcia Santos

ISBN
978-989-96810-3-3

Copyright 2014

Todos os direitos reservados

Julho, 2014

ii |
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

APRESENTAÇÃO

Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento


Sustentável

Raramente uma ideia adquiriu centralidade maior, nos discursos e nas estratégias políticas mais
recentes, que a reflexão sobre a importância do território na promoção de formas de desenvolvimento,
que se deseja sustentado. Começa hoje a ser pacífico aceitar que um desenvolvimento que envolva todas
as pessoas e integre, de maneira equilibrada, as dimensões económica, social e cultural, com respeito
integral pelos diferentes patrimónios comuns, apenas poderá resultar de uma ação transformadora
conjunta, no espaço que todos/as partilham.
Também no domínio da educação e da formação a noção de um contexto desafiador, com unidade
geográfica e identidade cultural, tem vindo a ser reclamada como possibilidade educativa e formativa
mais consistente, uma vez que, como qualquer ação concreta, a educação e a formação necessitam de
um espaço e de um tempo que corporizem as transformações que devem promover, a partir dos
recursos disponíveis e mobilizáveis.
Estas ações necessitam de políticas e práticas educativas de base local que se devem articular com
outras iniciativas nacionais e transnacionais e de convocar a participação generalizada da sociedade civil,
com o propósito de promover movimentos ascendentes capazes de impulsionar as mudanças necessárias
a partir das diferentes comunidades (de vizinhança, económicas, profissionais, empresariais, sociais,
culturais, desportivas, familiares, entre outras), sendo desejável que todas elas contribuam para o
desenvolvimento integrado e sustentado do território que integram.
O I Congresso Internacional Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável é
um convite a todos os Investigadores e Profissionais da Educação, da Formação e do Território pensadas
a partir das realidades territoriais e com o objetivo de introduzir transformações geradas pela dinâmica
das diferentes comunidades locais, a encontrarem-se, trocarem experiências e conhecimento.
O programa científico do congresso conta com duas conferências, três mesas redondas, seis mesas
coordenadas, três workshops, um debate e 161 comunicações organizadas em sessões paralelas, tendo
por base dez eixos temáticos:
Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável;
Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa;
Eixo 3. Educação e Ambiente;
Eixo 4. Educação, Património e Cultura;
Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social;
Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões;
Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento;
Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local;
Eixo 9. Territórios e Politicas Locais de Educação;
Eixo 10. Competências e responsabilidades dos municípios nos domínios da educação e da formação.
Em nome da Comissão Organizadora do I Congresso Internacional Territórios, Comunidades
Educadoras e Desenvolvimento Sustentável uma palavra de agradecimento a todos os membros das
diferentes Comissões, bem como todos os parceiros do evento.

Coimbra, 1 de julho de 2014

iii |
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

COMISSÕES

Comissão Científica

Adriana Diniz (UFPB) José Bravo Nico (UEVORA)


Alberto Melo (UALG) Justino Magalhães (UL)
Ana Maria Bettencourt (IPS) Licínio Lima (UMINHO)
António Gomes Ferreira (FPCE- UC) Lídia Brito (UNP)
António Rochette Cordeiro (FL - UC) Lucia Iglésias (USC)
António Neto-Mendes (UA) Luís Alcoforado (FPCE - UC)
António Nóvoa (UL) Luís Sime (PUCP)
Donaldo Bello de Souza (UERJ) Márcia Barbosa (UFPE)
Eugênia Maria Dantas (UFRN) Marcos Lima (UFC)
Flávia Werle (UNISINOS) M. Concepció Torres Sabaté (URV)
Ione Rodrigues Diniz Morais (UFRN) Pilar Figuera (UB)
João Luís Fernandes (UC) Rita Gurgel (UFERSA)
João Pinhal (UL) Simone Valdete dos Santos (UFRGS)
José Alberto Correia (UP)

Comissão Organizadora

António Gomes Ferreira (FPCE - UC) Rui Gama (FL - UC)


António Rochette Cordeiro (FL - UC) Lucía Iglesias da Cunha (USC)
Luís Alcoforado (FPCE - UC) Adolfo Ignacio Calderón (puc-campinas)
Ana Maria Seixas (FPCE - UC) Sónia Mairos Ferreira (FPCE - UC)
Armanda Pinto Matos (FPCE - UC) Patrícia Figueiredo (CEIS 20 – UC)

Comissão Organizadora Executiva

António Gomes Ferreira (FPCE - UC) Selene Martinho (FL – UC)


António Rochette Cordeiro (FL - UC) Lúcia Santos (FL - UC)
Luís Alcoforado (FPCE - UC) Liliana Paredes (FL - UC)
Sónia Mairos Ferreira (FPCE - UC) Manuel Mateus (FL - UC)
Patrícia Figueiredo (CEIS 20 – UC) Cláudia Preguiça (FPCE – UC)

v|
PROGRAMA

vii | Programa
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

terça-feira, 1 de julho

09:00 – 11:00 | Abertura do secretariado da receção dos participantes

11:00 – 11:45 | Sessão de abertura

11:45 – 13:00 | Conferência de abertura - Maria de Lurdes Rodrigues


(ISCTE - ex-Ministra da Educação)

13:00 – 14:30 | Almoço

14:30 – 15:45 | Mesa redonda “Educação, mudança e espaço público: como pode a educação
influenciar as transformações culturais?”
• Nicolas Barbieri (Universidade Autónoma de Barcelona)
• Lana Mara Castro Siman (Universidade do Estado de Minas Gerais)
• António Rochette Cordeiro (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)
Moderador - Carlos Camponez (Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra/CEIS20)

15:45 – 16:00 | Pausa para café

16:00 – 18:00 | COMUNICAÇÕES LIVRES A

18:00 – 18:30 | Porto de honra e visita ao Museu Machado de Castro

quarta-feira, 2 de julho

09:00 – 11:00 | COMUNICAÇÕES LIVRES B

11:00 – 13:00 | Mesa redonda – " Desenvolvimento Humano, Trabalho e Cidadania”


• Félix Esménio (Instituto do Emprego e Formação Profissional)
• José Bravo Nico (Universidade de Évora)
• Walter Frantz (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande
do Sul)
Moderador: Luís Alcoforado

13:00 – 14:30 | Almoço

14:30 – 16:00 | Mesas Coordenadas (em simultâneo)

• Dinâmicas demográficas, educação e desenvolvimento sustentado


o Rui Gama e Cristina Barros (Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra)
o Ana Paula Pais (Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo)
o José Couto (Conselho Empresarial do Centro)

ix |
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

• O município pedagógico como estrutura de educação e de desenvolvimento do


ensino
o Justino Magalhães (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa)
o Áurea Adão (Instituto de educação da Universidade de Lisboa)
o António Gomes Ferreira e Luís Mota (GRUPOEDE/Centro de Estudos
Interdisciplinares do Século XX)

• Educação ambiental e território


o Graça Silva e José Francisco Rolo (Câmara Municipal de Oliveira do
Hospital)
o Anabela Almeida (Esposende Ambiente)
o Rosa Branca Tracana (Escola Superior de Educação, Comunicação e
Desporto do Instituto Politécnico da Guarda)

16:00 – 16:15 | Intervalo

16:15 – 18:15 | COMUNICAÇÕES LIVRES C

20:30 – 23:00 | Jantar do congresso na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra

quinta-feira, 3 de julho

9:30 – 12:30 | Mesa redonda – “Território, educação e desenvolvimento sustentável”


• Roser Bertran Coppini (Fundación Kreanta)
• Pedro Carvalho (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)
• Paulo Fernandes (Câmara Municipal do Fundão)
• Ana Maria Bettencourt (Instituto Politécnico de Setúbal/Ex. Presidente do Conselho Nacional de
Educação)
Moderador - António Rochette Cordeiro (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)

12:30 – 14:00 | Almoço

14:00 – 15:45 | Mesas Coordenadas (em simultâneo)

• Educação e desenvolvimento social


o Sónia Mairos Ferreira (Faculdade de Psicologia e de Ciências da
Educação da Universidade de Coimbra)
o Jorge Alves (Câmara Municipal de Coimbra)
o Fernanda Maria Dias (Instituto de Emprego e Formação Profissional)
o Olivia Maria Costa Silveira (Universidade Federal da Bahia)
o Anailton Salgado (Universidade da Floresta)

• Educação, Cultura e Património


o Marlos Alves Bezerra (Universidade Federal de Rio Grande do Norte)
o João Luís Fernandes (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)
o Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho (Universidade Federal de
Pernambuco)

• Educação, espaços e desenvolvimento local


o Luís Antunes (Câmara Municipal da Lousã)
o Gonçalo Canto Moniz, Mabely Moreira, Carolina Ferreira e Mariana
Carvalho (Faculdade de Ciências e Tecnologia e Centro de Estudos
Sociais da Universidade de Coimbra)
o António Rochette Cordeiro e Patrícia Figueiredo (Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra)

x|
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

15:45 – 16:00 | Intervalo

16:00 – 18:00 | COMUNICAÇÕES LIVRES E

sexta-feira, 4 de julho

1º Encontro Internacional de políticas e agentes locais de educação, formação e


desenvolvimento

09:30 – 10:45 | Conferência David Justino


(Presidente do Conselho Nacional de Educação – Ex- Ministro da Educação)

10:45 – 11:00 | Pausa para café

11:00 – 13:15 | Workshops temáticos (em simultâneo)

• Os recursos humanos e as novas divisões de educação: estratégias e desafios?


• O ensino profissional e as políticas educativas locais: o local e o supramunicipal
• Território inclusivo e vulnerabilidades: como incluir?

13:15 – 14:45 | Almoço

14:45 – 15:45 | Apresentação das conclusões dos workshops temáticos

15:45 – 18:00 | Debate

Descentralização e governo local na educação: que papeis para as autarquias na


Educação no Portugal do século XXI. Responsabilidades e Competências

o Rui Santos (Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e representante ANMP)


o Paulo Cunha (Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão)
o João Pinhal (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa)
o António Gomes Ferreira (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
Universidade de Coimbra)
o Gonçalo Xufre (Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional)

18:00 - Sessão de Encerramento com a presença do Exmo. Senhor Secretário de Estado da


Administração Local, Dr. António Leitão Amaro

xi |
RESUMOS

13 | Conferências
Resumos
15 | Conferências
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

MARIA DE LURDES RODRIGUES

Maria de Lurdes Rodrigues é licenciada em Sociologia pelo ISCTE (1984) e doutorada em Sociologia
pelo ISCTE (1996). É atualmente Professora Associada no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, onde
leciona desde 1986. É, desde maio de 2010, Presidente da Fundação Luso-Americana para o
Desenvolvimento. Dirigiu o Observatório das Ciências e das Tecnologias do Ministério da Ciência e da
Tecnologia (1997-2002). Entre 2005 e 2009, foi ministra da Educação do XVII Governo Constitucional.
Publicou 14 artigos em revistas especializadas, possui 15 capítulos de livros e 7 livros publicados. Possui
17 itens de produção técnica. Participou em diversos eventos em Portugal e no estrangeiro. Atua na área
das Ciências Sociais e Outras Humanidades. Nas suas atividades profissionais interagiu com 11
colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.

DAVID JUSTINO

David Justino é licenciado em Economia pelo ISE (1976), pós-graduado em Economia Históricas pela
Universidade Nova de Lisboa (1978) e doutorado em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa (1987). Foi assistente no Instituto Superior de Economia entre
1976 e 1980 e no Departamento de Sociologia da UNL, desde 1981. É atualmente Professor Associado no
Departamento de Sociologia da FCSH-UNL. Investigador e Diretor da Comissão Instaladora do CESNOVA -
Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa. Bolseiro do Governo Francês em Paris,
1980. Prémio Calouste Gulbenkian de Ciência e Tecnologia, 1987. Desenvolve atualmente investigação no
âmbito da sociologia histórica e em temas relacionados com os sistemas sociais e com a educação. Foi
Ministro da Educação do XV Governo Constitucional, 2002-2004. Desempenha as funções de Assessor do
Sr. Presidente da República para os Assuntos Sociais, desde 2006. É atualmente Presidente do Conselho
Nacional de Educação (CNE).

17 | Conferências
Mesas Redondas

19 | Conferências
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

“Educação, mudança e espaço público: como pode a


educação influenciar as transformações culturais?”

_________________

NICOLAS BARBIERI | Universidade Autónoma de Barcelona


LANA MARA CASTRO SIMAN | Universidade do Estado de Minas Gerais
ANTÓNIO ROCHETTE CORDEIRO | Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Ainda que a centralidade da educação, neste âmbito concetualizada de forma plural, seja tida como
uma das premissas chave para o desenvolvimento sustentado e sustentável de cada território, a análise
reflexiva profunda do seu contributo, específico e em articulação com outras dimensões estruturantes,
permanece um desafio que urge abraçar. Perante um quadro histórico, cultural e económico
progressivamente mais exigente os agentes locais são, na atualidade, cada vez mais diretamente
convocados à participação nas decisões e ações de mudança que (se) pretendem ver implementadas.
Neste âmbito, mais do que a mera acumulação de mudanças, o território é visto como o espaço desejável
para uma reconfigurada visão sobre os espaços públicos, os cidadãos e a participação de todos/as neste
processo. A questão chave reside, por conseguinte, no contributo específico que a educação pode (e
deve) assumir no âmbito deste processo de reconfiguração do espaço público, agora concetualizado
como um espaço de todos/as e para todos/as, i.e., um espaço com o qual cada cidadão/ã se sente parte
integrante e relevante. É, precisamente, neste ponto que se situa o debate central da presente mesa
redonda. Pretende-se, em suma, debater, entre outras questões, (i) quais são os sustentáculos que
norteiam o papel da educação neste processo de transformação cultural e territorial; (ii) de que forma(s)
a educação se organiza no sentido de potenciar a vinculação de pessoas e comunidades aos territórios;
(iii) quais os vetores chave da ação educativa que sustentam as transformações culturais, democráticas,
participativas e de matriz bottom-up que se pretendem desenvolver?; (iii) que riscos se colocam na
assunção desta relação entre educação-políticas-implementação de medidas de desenvolvimento
(económico, social, escolar). Revistam-se, por fim, algumas das áreas científicas que poderão fornecer
um input de relevo nesta matéria (e.g., ciência política, economia).

“Desenvolvimento Humano, Trabalho e Cidadania?”

_________________

FÉLIX ESMÉNIO | Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP


JOSÉ BRAVO NICO | Universidade de Évora
WALTER FRANTZ | Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

A escola, como hoje a conhecemos, surgiu como caraterística da modernidade, suportada em três
pilares de incontornável importância: a educabilidade humana, a crença no desenvolvimento e a
superioridade ética da democracia. A um primeiro momento em que se apostava na existência de um
tempo educativo que antecedia um tempo de desempenho dos diferentes papéis socias, sucedeu a
convicção de que não só a educação tinha que se prolongar ao longo de toda a vida, como todos os

21 | Mesas Redondas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

espaços de vida (de trabalho e de exercício da cidadania) são potencialmente educativos. A educação
deixou de ser entendida como algo que se acrescentava à vida para passar entendida como parte
integrante da própria vida, uma dimensão essencial às transformações que as pessoas e as diferentes
comunidades (de vizinhança, culturais, profissionais, sociais…) necessitam de, em permanência,
empreender. Como essas transformações necessitam de um tempo e um espaço, consideração dos
territórios e do planeamento dos recursos e projetos educativos a partir das realidades locais tem vindo a
assumir uma centralidade progressiva. Esta Mesa pretende trazer algumas reflexões sobre esta
necessidade, equacionado a educação como um processo de contínua humanização, capaz de
incrementar o bem-estar das pessoas e dos seus grupos de pertença.

“Território, educação e desenvolvimento sustentável”


_________________

ROSER BERTRAN COPPINI | Fundación Kreant


PEDRO CARVALHO | Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
JOÃO PAULO FERNANDES | Presidente da Câmara Municipal do Fundão
ANA MARIA BETTENCOURT | Ex. Presidente do Conselho Nacional de Educação

Com a globalização e com o aumento de informação acerca da responsabilidade que a ação humana
tem vindo a exercer sobre o território, o conceito de desenvolvimento sustentável tem sido alvo de
muitas reflexões e ações. Ao se pensar de forma integrada, incluindo na sua definição as dimensões
cultural, ambiental, social e económica, de certo perceberemos que várias são as reflexões que analisam
as dimensões isoladamente, mas poucas são as ações que o planeiam de forma concertada. É neste
sentido que a educação, nas sua vertente formal, não formal e informal, em conjunto com os diferentes
parceiros educativos do território, pode contribuir para uma ação planeada dando forma a atividades
locais que têm em vista as necessidades globais, assim como deve ser considerado que, em sentido
inverso, a contribuição para um global que não pode fazer perder as especificidades locais.

22 | Mesas Redondas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

“Descentralização e governo local na educação: que papéis para


as autarquias na educação no Portugal do século XXI.
Responsabilidades e Competências”
_________________

RUI SANTOS | Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e representante Associação Nacional de
Municípios Portugueses
PAULO CUNHA | Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
JOÃO PINHAL | Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
ANTÓNIO GOMES FERREIRA | Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de
Coimbra
GONÇALO XUFRE | Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional

Desde da segunda metade do século XIX que os Municípios portugueses foram sendo convocados
pela legislação educativa para o objetivo nacional de uma educação que pudesse garantir, a todos os
cidadãos, os saberes necessários para uma participação plena na vida comum e no desenvolvimento
económico, social e cultural. Já em pleno século XXI foram finalmente atribuídas competências e,
principalmente, assumidas pelas autarquias responsabilidades no âmbito da gestão da rede escolar e da
respetiva afetação dos públicos, com a assunção da elaboração e implementação das cartas educativas e
a organização das dimensões logísticas e de atividades de enriquecimento curricular. No momento atual,
aos municípios coloca-se a missão de associar, no âmbito dos seus territórios, a educação e o
desenvolvimento integrado, em projetos articulados que assegurem uma educação para todos, ao longo
e em todos os espaços da vida. Este desafio obrigará a uma permanente negociação com o poder central,
diferentes comunidades e sociedade civil, mas colocará aos responsáveis e aos serviços técnicos das
autarquias, um conjunto de questões que urge equacionar e debater, tais como se pode (ou deve
processar-se à municipalização da educação em Portugal, que competências e responsabilidades, para as
diferentes instâncias, ao nível do poder central, regional e local (municipal e intermunicipal), que
organização para a gestão local da Educação, como se pode pensar e organizar a educação (e a formação)
a partir do território, que ofertas educativas/formativas e como podemos pensar a sua articulação com a
procura e o desenvolvimento, entre outras temáticas.

23 | Mesas Redondas
Mesas Coordenadas

25 | Mesas Redondas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

“Dinâmicas demográficas, educação


e desenvolvimento sustentado”
____________________

RUI GAMA E CRISTINA BARROS | Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra


ANA PAULA PAIS | Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo
JOSÉ COUTO | Conselho Empresarial do Centro

A demografia portuguesa caracteriza-se, nas décadas mais recentes, por uma sucessiva diminuição do
número de nascimentos. Em paralelo, regista-se um prolongamento da esperança média de vida
traduzida numa estrutura demográfica com uma população cada vez mais envelhecida. Os portugueses,
sendo cada vez menos, morrem cada vez mais tarde. Esta evolução tem uma tradução espacial desigual,
mesmo sendo a tendência de fundo comum aos diferentes territórios, sejam rurais ou urbanos.
Embora as consequências sejam diversas, do ponto de vista da estrutura da população são cada vez
em menor número as crianças e os jovens em idade escolar. As necessidades de recursos humanos e de
equipamentos no sector da educação têm, desta forma, que ser continuamente reestruturados para
responder a este quadro.
Por outro lado, a emergência e consolidação de uma nova sociedade e economia do conhecimento e
da aprendizagem exige novas qualificações e respostas mais diversificadas no contexto das exigências de
um mercado cada vez mais competitivo. Acresce que a cadeia de valor das atividades económicas tem
vindo a ser alterada, sendo os ciclos de mudança cada vez mais curtos e incorporando novo
conhecimento e tecnologia, por forma a dar resposta às solicitações do mercado, tentando antecipar o
futuro. É decisivo inovar constantemente criando novo conhecimento que, ainda assim, se desatualiza
rapidamente.
As empresas reconfiguram-se utilizando conhecimento e recursos humanos com escolarização
elevada e necessitando de formação constante.
Tendo presente este novo contexto demográfico, económico e social, a sessão tem como objetivo
fundamental discutir as implicações que decorrem das alterações da demografia portuguesa para as
próximas duas décadas, considerando a procura que o sistema educativo terá, a oferta formativa a
desenhar e os recursos humanos que serão necessários, assim como as resposta que as diferentes
instituições e organizações terão que dar para antecipar as mudanças tecnológicas e as novas exigências
de formação profissional no quadro das necessidades e expectativas do tecido empresarial e produtivo.

“O município pedagógico como estrutura de educação e de


desenvolvimento do ensino”
______________________

JUSTINO MAGALHÃES | Instituto de Educação da Universidade de Lisboa


ÁUREA ADÃO | Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
ANTÓNIO GOMES FERREIRA E LUÍS MOTA | FPCEUC/GRUPOEDE - CEIS20

Esta mesa está associada ao Projeto Atlas-Repertório dos municípios na Educação e na Cultura em
Portugal (1820-1986), em curso no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, com a colaboração
de investigadores de outras instituições universitárias, é subsidiado pela FCT e pela Fundação Gulbenkian.
Tomando como unidade de observação o município, o principal objetivo do Atlas-Repertório consiste em
reconstituir a ação dos municípios na Educação e na Cultura, em Portugal, dando curso à reconstituição
de dois grandes movimentos históricos: a aculturação escrita e a escolarização (da obrigatoriedade da

27 | Mesas Coordenadas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

instrução primária à universalização da educação secundária). O processo desenvolvimentista local


(económico, concelhio, autárcico) teve no horizonte a constituição do município pedagógico, pelo que
esta categoria é tomada como meta-história, na organização e atribuição de sentido aos grandes ciclos de
decisão e transformação territorial. Neste contexto, a participação dos municípios nos diferentes sectores
do sistema educativo-escolar está a ser abordada na longa duração, entre a Revolução Liberal e a Lei de
Bases do Sistema Educativo (1820-1986).
As comunicações que aqui se apresentam visam dar a conhecer as principais transformações
históricas da oferta escolar em Portugal, bem como a reconfiguração da relação entre o poder central e
municipal, que lhe está subjacente. Ressaltam deste modo distintas territorialidades e a importância do
município como centro histórico-pedagógico. As incertezas de ontem são desafios de hoje e nos planos
internacional, europeu, regional, os municípios dispõem atualmente de meios e de instrumentos de
soberania, sustentabilidade e governo que permitem novos desafios e novas formas de representação e
de soberania. Esta mesa coordenada pretende abrir-se a diferentes tempos, olhares e modos de ação.

“Educação ambiental e território”


____________________

GRAÇA SILVA E JOSÉ FRANCISCO ROLO | Câmara Municipal de Oliveira do Hospital


ANABELA ALMEIDA | Esposende Ambiente
ROSA BRANCA TRACANA| ESECD Guarda-IPG

Os desafios da sociedade atual fundamentam a necessidade de repensar o sistema educativo numa


perspetiva alargada onde as dimensões do ambiente e do desenvolvimento sustentável se entrecruzam. É
neste cruzamento e da sua articulação com os recursos endógenos do território que emerge a
necessidade de estimular uma visão crítica das práticas pedagógicas associadas à educação ambiental e à
educação para o desenvolvimento sustentável. O grande desafio das políticas autárquicas do século XXI é,
precisamente desenvolver uma política educativa participativa, cujos principais atores sejam os
diferentes agentes educativos locais. A definição de novos paradigmas e novas dinâmicas nos processos
educativos é, assim, crucial para o alargamento dos espaços de educação e formação e para a
implementação de uma comunidade pedagógica ampla, criativa e inovadora.

“Educação e desenvolvimento social”


____________________

JORGE ALVES | Câmara Municipal de Coimbra


FERNANDA MARIA DIAS | Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP
OLIVIA MARIA COSTA SILVEIRA | Olivia Maria Costa Silveira | Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
ANAILTON SALGADO | CES-UC/Universidade da Floresta

Tornou-se pacífico aceitar, ao longo das últimas décadas, que não é possível promover qualquer
forma de desenvolvimento integrado (económico, cultural e social) sem um políticas e práticas educativas
que envolvam todos/as, portanto sem excluir ninguém, durante mais tempo, ensinando mais coisas.
Associar educação e bem-estar social das pessoas e comunidades tornou-se, desta maneira, inevitável.
Pensar esta ligação a partir das realidades territoriais tornou-se uma necessidade iniludível.

28 | Mesas Coordenadas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

“Educação, cultura e património”


____________________

MARLOS ALVES BEZERRA | DEPSI-UFRN/BRASIL


JOÃO LUÍS FERNANDES | FLUC
ANA BEATRIZ GOMES PIMENTA DE CARVALHO | UFPE/ULusofona Porto

Toda a atividade educativa é uma ação cultural, devendo, por isso mesmo, contribuir sempre para nos
tornar conscientes de um processo socio-histórico, no qual seremos agentes responsáveis e autónomos
da construção do nosso futuro. Amar o território e os seus recursos patrimoniais e valorizar a cultura
comum pode ser o maior desafio de um programa educativo orientado para uma praxis transformadora
orientada pela necessidade de empreender renovadas soluções de desenvolvimento sustentável.

“Educação, espaços e desenvolvimento local”


____________________

LUÍS ANTUNES | Câmara Municipal da Lousã


GONÇALO CANTO MONIZ, MABELY MOREIRA, CAROLINA FERREIRA E MARIANA CARVALHO | Faculdade de Ciências
e Tecnologias da Universidade de Coimbra/CES-UC
ANTÓNIO ROCHETTE CORDEIRO E PATRÍCIA FIGUEIREDO | Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra/CEIS20

A escola, enquanto equipamento público, tem um papel fundamental no desenvolvimento da zona


que a envolve, em particular no desenvolvimento da cidade e dos territórios. Vários são os exemplos que
a história das cidades tem mostrado e que valida este planeamento, que deve ser pensado e contruído de
forma a elaborar, consolidar ou reabilitar o espaço construído.
Por sua vez o espaço e a forma como este é dividido e a forma individual que ele assume nos
territórios deve ser repensada, e as dinâmicas existentes devem dar origem a novas identidades coletivas
locais.

29 | Mesas Coordenadas
Resumos das Comunicações
Comunicações livres

Comunicações Livres
31 | Mesas Coordenadas
Eixo 1. Educação e desenvolvimento sustentável

Eixo 1. Educação e
Desenvolvimento Sustentável
33 | Mesas Coordenadas
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

27

PEGADA ECOLÓGICA VS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ESTUDO DE


CASO EM VÁRIAS ESCOLAS DA ÁREA URBANA DE COIMBRA

ADÉLIA NUNES(1).
(1)Departamento de Geografia e Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território – CEGOT -
Universidade de Coimbra, (adelia.nunes@fl.uc.pt)

Resumo:
O uso e consumo excessivo de recursos naturais, conjugado com a produção de resíduos, são marcas
de degradação ambiental das sociedades humanas, sobretudo das mais desenvolvidas. Foi a pensar na
dimensão crescente das marcas que deixamos e na forma de as quantificar, que W. Rees e M.
Wackernagel desenvolveram, em 1996, o conceito de Pegada Ecológica (PE). A PE foi criada para ajudar a
perceber a quantidade de recursos naturais que utilizamos para sustentar os nossos estilos de vida, onde
se inclui a cidade e a casa onde moramos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, o que
fazemos nas horas de lazer... Na PE está implícito o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, a
“capacidade de uma geração transmitir à outra um planeta com tantos recursos como os que
encontrou”. Assim, é possível aferir como os modos de vida se adequam à capacidade do Planeta em
disponibilizar e renovar recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os poluentes que geramos.
A análise da PE pode ser avaliada em múltiplas escalas: mundial, nacional regional, organizacional,
familiar ou individual. Com o intuito de avaliar a PE de alunos de 9.º ano foi aplicado um inquérito
(disponível em http://www.escolasverdes.org/pegada/), em várias turmas, que frequentam escolas
inseridas na área urbana de Coimbra, de modo a caraterizar as condições de alojamento, transporte,
hábitos de consumo, entre outros. Devido à mensagem simples e percetível que a pegada transmite, esta
tem um potencial muito elevado ao nível da sensibilização e educação ambiental, e assim constituir um
dos pilares do desenvolvimento sustentável.
Palavras-Chave: Pegada Ecológica; Desenvolvimento Sustentável; Sensibilização escolar.

161

EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA


EDUCATIVA DE UMA CASA FAMILIAR RURAL NA AMAZÔNIA, BRASIL

ANDRÉ DE OLIVEIRA MELO (1)


(1)Universidade do Estado do Amazonas, (andremelo@uea.edu.br)

Resumo:
O propósito do presente trabalho é compartilhar resultados preliminares de um projeto de pesquisa
em andamento, que aprofunda estudos sobre a Pedagogia da Alternância das Casas Familiares Rurais na
Amazônia Brasileira, buscando compreender a relação, dessa prática educativa com Trabalho, Educação e
Sustentabilidade na perspectiva de uma educação para além dos interesses exclusivo do sistema
capitalista. Do ponto de vista metodológico o estudo está sendo desenvolvido a partir de uma
abordagem qualitativa de pesquisa, nos possibilitando compreender e refletir sobre o contexto social
onde os sujeitos vivem e trabalham, os limites e os desafios, assim como a expectativa dos sujeitos sociais
que fazem parte direta e indiretamente da experiência. A princípio, já é possível identificar que: (i) A Casa
Familiar Rural é uma instituição educativa no campo, criada para formar os filhos de agricultores
familiares que buscam uma educação personalizada e uma formação integral, a partir de sua própria
realidade. É considerada uma escola-residência, na qual os jovens, além de estudarem os conteúdos da
educação básica, também recebem conhecimentos de formação geral e profissional na área do Manejo

35 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Florestal, Agroecologia e Permacultura; (ii) O principio norteador na formação é a Pedagogia da


Alternância que adota como princípio fundamental a participação de todos os sujeitos sociais na dinâmica
da escola, visando ao fortalecimento da articulação entre ensino, família e comunidade para um foco
maior, o desenvolvimento local; (iii) É vista pelos agricultores como uma possibilidade de fortalecimento
do desenvolvimento das unidades produtivas, com a introdução de técnicas ligadas à agricultura familiar
e o fortalecimento da comunidade na luta pela legitimação dos direitos sociais. A continuidade da
pesquisa permitirá, por um lado, a construção de material científico e, compreender a partir de uma
leitura critica suas diversas facetas e contradições.
Palavras-Chave: Educação do Campo; Pedagogia da Alternancia; Desenvolvimento Sustentavel na
Amazonia.

105

ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL/TERRITÓRIO


SUSTENTÁVEL: FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
ANGELA MARIA CAVALCANTI RAMALHO(1) ; RAFAELA DIAS FERNANDES(2); SANDRA SEREIDE FERREIRA DA
SILVA(3); RUTHLENE RIBEIRO GOMES(4).
(1)UniversidadeEstadual da Paraíba, (angelaramalho@oi.com.br)
(2)UEPB, (rafaela@oi.com.br)
(3)Universidade Federal de Campina Grande, (sandrasereide@yahoo.com.br)
(4)UEPB, (ruthlene@ig.com.br)

Resumo:
Os fundos rotativos surgem como instrumento estimulador da mobilização e integração de processos
cooperativos entre diversos atores sociais, voltados à satisfação das necessidades coletivas e tendem a
apresentar estratégias para o imbricamento do desenvolvimento local / territorial sustentável. Esse
processo pode acontecer tanto pelo viés das políticas públicas socialmente construídas que resulte no
desenvolvimento social e ambientalmente justo. Também pela concepção de território enquanto
recortes étnico-raciais, culturais, sociais e econômicos, configurando um espaço socialmente construído.
O estudo tem como objetivo analisar como as experiências dos fundos rotativos solidários do Centro de
Educação e Organização Popular - CEOP, enquanto estratégia política tem contribuído para viabilizar o
desenvolvimento local sustentável no território contemplado pelas ações. O CEOP é uma instituição não
governamental fundada em 1992 por um grupo de educadores popular ligados à igreja católica que
juntamente com a ASA, coordena o programa de formação e mobilização social para a convivência com o
Semiárido, junto às comunidades com foco na economia solidária, captação e manejo da água de chuva e
manejo sustentável dos recursos naturais. Optou-se por uma metodologia de caráter exploratório com
abordagem qualitativa na análise dos dados, como instrumentos de coleta de dados a observação
participante, a entrevista semiestruturada realizada nas comunidades: Serra Baixa e Massapê, Picuí e na
comunidade Damião de Baixo, Damião – Território do Curimataú Paraibano, Brasil. Os resultados parciais
apontam que no cenário as experiências dos fundos rotativos solidários ecoam na esfera social e
econômica como instrumentos estratégicos capazes de viabilizar a economia na perspectiva de gerar
localmente trabalho e renda, além de uma prática organizativa natural das comunidades humanas como
relações de ajuda mútua, mudando estruturas, formas de pensar e de compreender o mundo.
Palavras-Chave: Fundos Rotativos Solidários; Desenvolvimento Local; Territorio Sustentável.

36 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

203

A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NO PROCESSO DE


RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
ANICETA NEVES PENA COIMBRA(1)
(1)Escola Tecnológica, Artistica e Profissional de Pombal, (anicetapena@hotmail.com)

Resumo:
A dimensão ambiental no contexto educativo objetiva a construção de conhecimentos através da
articulação de diferentes saberes a aprendizagens, possibilitando a formação de indivíduos que sejam
agentes ativos na construção de uma sociedade sustentável, socialmente justa e ecologicamente
equilibrada. A educação ambiental pretende o envolvimento de um conjunto de atores sociais e de
formas de organização que reflitam a prática de ações com ênfase na sustentabilidade socio ambiental.
Pretende-se apresentar alguns argumentos sobre a necessidade e a relevância da inclusão da Educação
Ambiental para a difusão da importância da sustentabilidade na educação e formação de adultos e como
ela interfere no percurso formativo dos formandos de todas as faixas etárias e níveis sociais de forma a
refletir sobre o seu papel enquanto sujeitos históricos e ambientalmente conscientes. A metodologia
adotada neste estudo situa-se no paradigma interpretativo, essencialmente a partir da análise do
Portefólio Reflexivo de Aprendizagens de adultos que evidenciaram uma dimensão ambiental nos seus
processos de RVCC de nível secundário, apresentando o processo como uma possibilidade que
potencializa cidadãos conscientes sobre os problemas do meio ambiente, reconhecendo e certificando
competências adquiridas ao longo da vida em práticas de promoção da sustentabilidade.
Palavras-Chave: Dimensão Ambiental; Educação e Formação de Adultos; Reconhecimento, Validação
e Certificação de Competências.

50

EDUCAÇÃO INTEGRAL POLITÉCNICA E SUSTENTABILIDADE SOCIAL: A


ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA PARA A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA

ANTONIO CARLOS MACIEL (1) ; RUTE MOREIRA BRAGA(2); CLAUDINEI FRUTUOSO(3).


(1)Universidade Federal de Rondônia, (maciel_ac@hotmail.com)
(2)Universidade Federal de Rondônia, (rutebraga@unir.br)
(3)Universidade Federal de Rondônia, (frutuoso12@gmail.com)

Resumo:
Este trabalho explora um dos resultados de uma experiência pedagógica realizada no Município de
Ariquemes, Estado de Rondônia: o Projeto Burareiro de Educação Integral, que teve por objetivo
demonstrar a aplicabilidade do princípio pedagógico politecnia aos processos de ensino-aprendizagem,
através do desenvolvimento de atividades didáticas na área dos esportes e das artes voltadas para
compreensão das matérias do ensino regular, bem como avaliar os impactos sociais na comunidade.
Utilizou-se a análise histórico-crítica para se chegar ao conceito de politecnia como unidade de cognição,
habilidade, sensibilidade e sociabilidade, decorrente da concepção marxiana de educação. Nos 18 meses
da pesquisa de campo, utilizou-se o laboratório social histórico-crítico, constituído por três movimentos
intercomplementares: a preparação, o laboratório e o monitoramento, tendo por base a observação e a
demonstração. Teoricamente, a busca por um princípio pedagógico que representasse a unidade da
concepção marxiana de educação resultou na politecnia como princípio pedagógico. Empiricamente,
pode-se verificar: do ponto de vista pedagógico, que é possível uma educação integral de caráter
politécnico; do ponto de vista social, que a sustentabilidade social é possível em áreas vulneráveis das
periferias urbanas, como alternativa às políticas paternalistas oficiais.

37 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Palavras-Chave: Educação Integral; Politecnia; Sustentabilidade Social.

111

A SOCIOBIODIVERSIDADE COMO UM DOS ELEMENTOS DO


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ANIELI EBLING BULÉ(1); CLEITON LIXIESKI SELL(2); MARCELO TREVISAN(3); FÁTIMA BARASUOL
HAMMARSTRÖN(4).
(1)Universidade Federal de Santa Maria (anieli.bule@hotmail.com)
(2)Universidade de Cruz Alta (cleitonls.direito@gmail.com)
(3)Universidade Federal do Rio Grande do Sul (marcelotrev@gmail.com)
(4)Universidade de Cruz Alta (fatima.advocacia@hotmail.com)

Resumo:
O desenvolvimento sustentável teve suas primeiras abordagens na Conferência das Nações Unidas em
1972, onde tratava sobre o meio ambiente como forma de desenvolvimento. A partir desse momento, o
tema desenvolvimento sustentável foi estabelecido como princípio que, durante a Conferência foi sendo
mais debatido. Entretanto, ganhou força pela previsão no art. 170, inciso VI, da Constituição Federal de
1988. Contudo, é notável que, com essa previsão legal, as normas subsidiárias passarão a ter sua
definição completa. Quando se fala em desenvolvimento de forma sustentável, é preciso entender as
suas raízes para encontrar soluções que possam ser aplicáveis. No entanto, sua origem necessitou desde
a crise da civilização, onde foi o marco do intenso número de indivíduos em busca de recursos naturais
para sobreviver, pois passaram a ser materialistas, priorizando bens pessoais. Quando se faz a referência
ao termo desenvolvimento com sustentabilidade, chega-se a “desenvolvimento sustentável”, que apesar
de ter seu enfoque recente, já existe desde os primórdios em que se tornaram incontroláveis os impactos
ambientais. Entretanto, quando se mencionou as primeiras vezes em crise ambiental, já surgia a
expressão em resposta as catástrofes em desrespeito ao meio ambiente. Entretanto, um dos principais
efeitos do desenvolvimento sustentável é a diminuição dos recursos naturais empregados de maneira
absurda, vindo a tornar-se um desperdício.
Palavras-Chave: Sustentabilidade; Meio ambiente; Direito ambiental.

184

OS DESLIZAMENTOS EM MASSA EM COIMBRA E NA LOUSÃ, NUMA


PERSPETIVA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
CARLOS ANTUNES(1) ; ANTÓNIO SARAIVA(2); CELESTE ROMUALDO GOMES (3).
(1)Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (carloslousa@gmail.com)
(2)Centro de Geociências, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (asaraiva@dct.uc.pt)
(3)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
Os deslizamentos em massa constituem riscos, por vezes, com consequências imprevisíveis. Muitas
vezes, a ocorrência de deslizamentos tem origem em más práticas, potenciados por fatores internos
(geologia e estrutura geológica) e por outros externos, como por exemplo o excesso de precipitação. O
estudo dos riscos e da ocorrência de deslizamentos faz parte do programa do 11º ano do Ensino
Secundário e dos cursos superiores de Geologia e afins. Neste sentido, e também na Educação para todos
(UNESCO), definimos, para este estudo, os seguintes objetivos: inventariar, analisar, selecionar e revelar
exemplos de deslizamentos na área da Lousã e de Coimbra. A metodologia consistiu em pesquisar casos

38 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

importantes para a Educação, tendo em consideração os programas portugueses. Assim, selecionámos:


1) um deslizamento na Lousã, relacionado com a natureza do substrato geológico e as más práticas na
construção; 2) queda de blocos na estrada Coimbra Lousã; 3) exemplos em Coimbra e arredores (Monte
Formoso, Areeiro e Foz do Caneiro). O conhecimento e a sua divulgação, numa perspetiva de educação
ambiental para todos, podem evitar a continuação de más práticas. A apresentação de soluções para
evitar a instabilização, como por exemplo, a implementação de drenagem, ancoragens, pregagens e
muros de gabiões, são igualmente importantes para a educação para todos.
Palavras-Chave: Deslizamentos em massa; Ensino das geociências; Educação para todos.

33

JUSTIÇA SOCIAL E JUSTIÇA AMBIENTAL: PILARES DE UMA EDUCAÇÃO


GLOBAL PARA A CIDADANIA E PARA A SUSTENTABILIDADE

CRISTINA PINTO ALBUQUERQUE(1) ; NELMA BALDIN(2).


(1)Universidade de Coimbra/ FPCE, (crisalbuquerque@fpce.uc.pt)
(2)Universidade da Região de Joinville, (nelma.baldin@univille.br)

Resumo:
A comunicação proposta assenta no pressuposto, ilustrado por evidências empíricas referentes
sobretudo à sociedade brasileira, de que a correlação entre fatores naturais e sociais é cada vez mais
complexa, evidenciando a necessidade de uma noção renovada de risco e de uma maior consistência e
holismo das chamadas políticas “prudenciais”. Com efeito, como vários autores destacam e diversos
estudos demonstram, os riscos sociais e ecológicos são distribuídos desigualmente e a degradação
urbana e ambiental gera impactes diferenciados, quer entre populações, mais ou menos vulneráveis,
quer entre diferentes regiões e países. Nesta ótica, as populações que têm menor poder político e são
mais marginalizadas são também as mais vitimizadas pela degradação ecológica, como será demonstrado
com diversos exemplos. A interdependência entre economia, sociedade e ambiente, permeada pela
dimensão política, constitui-se assim como o ponto nodal na reflexão sobre a sustentabilidade, sendo que
o que permite defini-la é precisamente o prisma de análise de interligação sistémica entre as diversas
dimensões, que se reforçam e explicam mutuamente, consubstanciando a ideia de que justiça social e
justiça ambiental se constituem como duas faces de uma mesma moeda. A partir de uma discussão em
torno desta problemática procurar-se-á fundamentar um programa de educação para a cidadania e para
a sustentabilidade, ancorado numa noção renovada de risco e de cooperação e apelando à ação do/no
espaço público.
Palavras-Chave: justiça ambiental; sustentabilidade; educação para a cidadania.

182

A CIDADE DE PEDRO II, EM PIAUÍ (BRASIL), NUMA PERSPETIVA DE


EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
FERNANDA BRANDÃO(1) ; LUÍS NEVES(2); CELESTE ROMUALDO GOMES (3).
(1)Departamentodas Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (fernandabrandao969@gmail.com)
(2)IMAR-CMA; Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (luis.neves@fct.uc.pt)
(3)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
A Educação para todos é fundamental para o entendimento das práticas de cada um, no sentido de
um desenvolvimento sustentável. Aquela é a aposta da Unesco, em especial, a partir de 2015. Assim, é

39 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

muito importante conhecer as potencialidades locais e regionais e formar educadores. Os cidadãos,


enquanto participantes de um mundo global, devem: conhecer as potencialidades do espaço em que
vivem, compreender como podem contribuir para o seu desenvolvimento; encontrar formas de equilíbrio
entre a sua existência e o espaço comum. Os objetivos deste estudo foram: inventariar, analisar,
selecionar e revelar exemplos relevantes, na área da cidade de Pedro II, no Piauí, Brasil. Esta seleção
justifica-se, em especial, pela existência de recursos geológicos raros, as opalas. A metodologia consistiu
em pesquisar casos relevantes, para a Educação das Ciências, tendo em consideração os programas de
ensino do Brasil e de Portugal. Assim, a partir de um conjunto, selecionaram-se: a cidade com as suas
construções coloniais; os recursos e a sua exploração; a transformação dos materiais originais em joias; a
produção de materiais de construção, a partir de rejeitados das escombreiras; a importância de todas
estas atividades para o desenvolvimento económico e social da área de estudo; os locais com interesse
geológico e, em especial, geomorfológico. As particularidades da cidade de Pedro II constituem exemplos
significativos para a Educação para todos. Exemplos relevantes, para os seus habitantes, poderão ser
usados no ensino português, em formato virtual.
Palavras-Chave: Cidade para a Educação; Educação para todos; Recursos geológicos.

32

METAS CURRICULARES DO 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE


GEOGRAFIA: QUE CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS?

FERNANDO ALEXANDRE(1) ; BRANCA MIRANDA(2); MANUELA MALHEIRO FERREIRA(3).


(1)CEMRI, (fernando.alexandre@essje.pt)
(2)Universidade Aberta, (branca.miranda@uab.pt)
(3)CEMRI, (manuelamalheirof@gmail.com)

Resumo:
Pretende-se com esta comunicação perspetivar os efeitos decorrentes da aplicação das metas
curriculares aprovadas em 2013 sobre o ensino da geografia no 3.º ciclo do ensino básico,
designadamente, no que respeita ao seu contributo para a promoção da educação ambiental (EA) e da
educação para o desenvolvimento sustentável (EDS). Em Portugal, a matriz curricular para o ensino dos
jovens entre os 12 e os 15 anos (ISCED 2) tem sido objeto de múltiplas revisões que, não obstante,
preservaram o núcleo duro dos saberes disciplinares obrigatórios, dos quais faz parte o ensino da
geografia. Se este tem conseguido manter esse estatuto no nosso currículo, também a EA e a EDS são há
muito apontados como domínios transversais a privilegiar e que, como tal, devem ser abordados de
acordo com estratégias que promovam a integração dos saberes e o desenvolvimento de novas
competências. A educação geográfica, a EA e a EDS convivem no mesmo quadro de referência
epistemológico: situam-se na charneira entre o físico e o humano; exigem a integração dos
conhecimentos produzidos por diferentes ciências; procuram construir uma visão multidimensional da
realidade, em resultado da interação de variáveis naturais, sociais, culturais e económicas. Assim,
justifica-se o papel de relevo que a disciplina de geografia tem assumido no incremento de projetos de
escola orientados para as problemáticas do ambiente e da sustentabilidade. Mas o conteúdo das novas
metas curriculares para o 3.º ciclo do ensino básico parece contrariar alguns daqueles princípios
estruturantes. Com efeito, a análise do conteúdo dos documentos homologados pela tutela revela um
claro retrocesso sob o ponto de vista epistemológico: 1) ausência de uma visão holística da realidade
dada a excessiva separação entre a geografia física e humana; 2) conteúdos listados de forma atomizada
e sem uma hierarquia conceptual adequada aos processos de construção do conhecimento; 3) caráter
residual atribuído aos temas relativos à EA e à EDS.
Palavras-Chave: Desenvolvimento sustentável; Educação geográfica; Cidadania ambiental.

40 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

103

ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS RURAIS DO SERTÃO SERGIPANO E


QUESTÕES SOBRE DESENVOLVIMENTO LOCAL E O FUTURO DA
AGRICULTURA FAMILIAR
ISABELA GONÇALVES DE MENEZES(1).
(1)Universidade Federal de Sergipe / Universidade de Lisboa / CAPES, (isagmenezes@gmail.com)

Resumo:
Embora, no Brasil, existam políticas de desenvolvimento rural que incentivam a fixação do homem no
meio rural como alternativa ao desemprego urbano, questiona-se qual o futuro da agricultura familiar,
pois a probabilidade de migração dos filhos de produtores rurais em direção às cidades com o intuito de
trabalhar ou de prosseguir os estudos deixa em aberto o futuro desse modo de produção, visto que a
educação escolar é percebida como principal alternativa à atividade agrícola, trazendo para o debate a
interface educação e desenvolvimento sustentável. Neste artigo, foram considerados resultados de
pesquisa que investigou a relação entre escolarização e identidades culturais de jovens rurais do Alto
Sertão Sergipano, território cuja economia é predominantemente assentada em unidades produtivas de
base familiar. A amostra compôs-se de 194 filhos de produtores familiares e de assentados da reforma
agrária, na faixa etária de 14 a 29 anos, estudantes do ensino médio regular em escolas urbanas,
pesquisados por meio de questionário. Com base na análise dos dados coletados, os jovens rurais, em sua
maioria, são apoiados a se escolarizarem pelos parentes que veem nos mais novos sua própria realização
pessoal. Um processo de individualização foi verificado, tanto em relação aos rapazes, como em relação
às moças quanto a conseguir independência financeira. Estas foram mais incisivas a esse respeito ao
requererem a liberdade de tomar suas decisões. Os sujeitos pesquisados, em sua maioria, gostam do
campo, mas nenhum, de forma voluntária, aventou a possibilidade de continuar trabalhando em
atividades agrícolas. A maioria quer morar na cidade, atribuindo essa vontade aos estudos e à "facilidade"
de se conseguir emprego no meio urbano. Dessa forma, há uma relação entre escolarização e migração,
na medida em que demonstram interesse em continuar os estudos e, posteriormente, passar em
concurso público e ou vestibular, com destaque para carreiras mais urbanas.
Palavras-Chave: Educação; Juventude rural; Desenvolvimento sustentável.

24

TERRITÓRIO, IDENTIDADE E SUSTENTABILIDADE: UMA PROPOSTA DE


EDUCAÇÃO ÍNDIGENA SUPERIOR NO ALTO RIO NEGRO/AM

IVANI FERREIRA DE FARIA (1).


(1)Universidade Federal do Amazonas, (ivanifaria@ig.com.br)

Resumo:
O curso de Licenciatura Indígena em Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável”,
realizado no Campus da UFAM/São Gabriel da Cachoeira, dentro da Terra Indígena Alto Rio Negro tem
como objetivo promover a formação de professores pesquisadores proporcionando a formulação de
políticas públicas educacionais e processos pedagógicos próprios respeitando a diversidade cultural dos
povos indígenas. São 120 vagas exclusivamente para indígenas de acordo com a territorialidade
linguística, sendo 40 estudantes por turmas (Nheengatu, Tukano e Baniwa/Kuripako).
O que difere esta licenciatura das demais é o fato de ter sido discutida de forma participante por
meio da territorialidade linguística com os povos indígenas da região, respeitando a diversidade cultural e
linguística, onde a base do conhecimento produzido é por meio do ensino via pesquisa, sem disciplinas, e

41 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

currículo pós-feito com estrutura curricular flexível, orientada pelas pesquisas desenvolvidas pelos
discentes sem uma grade curricular pré-elaborada contribuindo não somente para a formação
pedagógica dos alunos, mas também permitindo a partir da gestão do conhecimento e de tecnologias
sociais tradicionais indígenas e não indígenas, intercultural, uma discussão e uma gestão territorial de
suas comunidades em Terras Indígenas. A 1ª turma formou-se em 2013 com 72 licenciados em Educação
Indígena. É um curso com 3 currículos diferentes de acordo com a cultura de cada povo/turma. Para as
sociedades indígenas a preservação da identidade étnica significa a garantia da própria existência, e a
escola passa a ser, nessa perspectiva, espaço positivo de sua reconstrução. Para que isto de fato ocorra,
faz-se necessária a formação de recursos humanos indígenas, que assumam o papel de
professores/pesquisadores de suas próprias culturas.
Palavras-Chave: Território; sustentabilidade; educação indígena.

EDUCAÇÃO EM PAISAGENS CÊNICAS E O DESENVOLVIMENTO LOCAL: O


CASO DA SERRA CONFUSÃO DO RIO PRETO (GOIÁS/BRASIL)

JEAN CARLOS VIEIRA SANTOS(1).


(1)Universidade Estadual de Goiás - UEG/Brasil, (svcjean@yahoo.com.br)

Resumo:
Esse trabalho tem como objetivo central suscitar uma discussão acerca do ensino e investigação
paleontológica na serra da confusão do rio Preto no município de Quirinópolis (Goiás/Brasil). Uma
paisagem de beleza cênica que vem despertando crescente atenção de pesquisadores e governante
locais, pois no ano de 2013 foram localizados fósseis de dinossauros nessa área. Desse modo, as
dimensões educativas e socioespaciais de desenvolvimento local são abordagens que instigam diversos
questionamentos como: educação em sítios paleontológicos pode conquistar espaços numa região
econômica marcada pelo agronegócio? Quais motivações, além do cunho educativo/investigativo são
inerentes a essa paisagem? Como os sujeitos rurais se relacionam com investigadores e professores que
desenvolvem seus projetos na serra confusão do rio Preto?Pode-se dizer que o referido trabalho utiliza os
métodos “analíticos” e “estudo de caso”, pois se entende que existe uma relação próxima entre eles.
Quanto aos aspectos metodológicos, vale salientar que o trabalho foi dividido em duas fases. Na primeira
destacam-se o levantamento das referências e a discussão conceitual, enquanto a segunda fase
apresenta resultados e análises, destacando as interpretações e movimento dinâmico orientados pelas
determinações do lugar. Sendo assim, ao estudar o segmento educação e paleontologia em paisagens
cênicas, nota-se que é uma atividade que tanto pode gerar o desenvolvimento local, valorizar espaços,
promover novas relações entre os sujeitos locais como, simultaneamente, pode funcionar como um meio
de controle ao desenvolvimento acelerado capitalizado pelo agronegócio, um grande consumidor das
belezas naturais dessa região no interior do Brasil.
Palavras-Chave: Ensino; Fósseis; Turismo.

42 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

22

EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA E DESCONSTRUÇÃO NO SEMIÁRIDO


BRASILEIRO

LALITA KRAUS(1) ; MARCELO MORAES(2); ADRIANO NEGRIS(3).


(1)Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, (kraus.lalita@gmail.com)
(2)Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, (marcelojdmoraes@hotmail.com)
(3)Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, (adrianonegris@gmail.com)

Resumo:
A presente proposta visa apresentar o processo de educação contextualizada, que está sendo
praticado por associações da sociedade civil na região semiárida brasileira. A região semiárida é uma área
geografica que se caracteriza por elevada vulnerabilidade climatica, além de ser a região com indice de
pobreza e exclusão social mais preocupantes do país. As políticas públicas impulsionadas pelo Estado
sempre expressaram-se no semiárido através de políticas assistenciais de emergência segundo um
paradigma de combate à seca. Atualmente associações da sociedade civil estão promovendo um
paradigma de convivência com o semiárido, dentro do qual se insere a proposta de educação
contextualizada. Essas associações estão inferendo nas propostas curriculares e pedagógicas de mais de
1500 instituições escolares prevendo uma adaptação dos conteúdos escolares ao território, à cultura, à
identidade do semiárido. A partir do pensamento pedagógico freireano, a educação contextualizada
contribui no processo de produção de significado como pratica de leitura de mundo e como exercício
político de tomada de consciência e ação social na própria realidade. Apresenta-se como um processo
dialético de inserção dos saberes no contexto dos estudantes para adquirirem sentido, anunciar e ser
anunciado pelo contexto enquanto espaço vivo. Nessa dinâmica se constróem sujeitos conectivos com o
mundo num processo que quer desconstruir estereótipos e estigma identitários, assim como fazer com
que a relação entre desenvolvimento e educação deixe de ser meramente residual.
Palavras-Chave: Educação contextualizada; desenvolvimento; território.

232

PAISAGENS EDUCATIVAS E TERRITÓRIOS EDUCADORES: DUAS FACES DA


MESMA MOEDA
LILIANA PAREDES(1); LUÍS ALCOFORADO(2); A. M. ROCHETTE CORDEIRO (3).
(1)FPCEUC/FLUC/CEIS20, (lilianarparedes@gmail.com)
(2)
FPCEUC/CEIS20, (lalcoforado@fpce.uc.pt)
(3)Departamento de Geografia – FLUC/CEIS20, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

Resumo:
A “territorialização da educação” traduz-se na formalização da participação da comunidade na ação
educativa através dos atores individuais e coletivos. Considerando as problemáticas relacionadas com o
estilo de vida e com os novos padrões de consumo, esta abordagem territorial contribui para o
reequacionar do papel da educação, numa lógica de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida
individual e comunitária.

43 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Os desafios da sociedade atual fundamentam a necessidade de repensar o sistema educativo numa


perspetiva alargada onde as dimensões do ambiente e do desenvolvimento sustentável se entrecruzam. É
neste cruzamento e da sua articulação com os recursos endógenos que emerge a necessidade de
definição de paisagens educativas e de territórios educadores.
Em termos metodológicos procedemos à revisão da literatura, à análise documental de publicações
académicas e técnicas que desenvolvem os conceitos de territorialização da educação e de paisagens
educativas, e ainda trabalhos que abordem as questões associadas ao ambiente e ao desenvolvimento
sustentável.
Com este trabalho pretendemos explicitar a necessidade de implementar ações pedagógicas
escolares e extraescolares, cujas temáticas do ambiente e do desenvolvimento sustentável sejam
centrais. Considerando a necessária articulação entre estas ações e o território, desenvolveremos os
conceitos de paisagens educativas e ecoterritórios, fundamentais para o aperfeiçoamento de uma praxis
ambiental verdadeiramente transformadora.
Palavras-chave: paisagem educativa, território educador, ecoterritório

23

EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: CONTRIBUTOS


DE UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA

MAFALDA MARIA GAUDÊNCIO FRANCO LEITÃO(1) ; MANUELA MALHEIRO FERREIRA(2).


(1)CEMRI- Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais -Universidade Aberta.,
(mafaldafrancoleitao@gmail.com)
(2)CEMRI- Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais -Universidade Aberta.,

(manuelamalheirof@gmail.com)

Resumo:
A educação para o desenvolvimento sustentável concorre para que os professores, e aqueles que
beneficiam da sua ação, possam ser cidadãos críticos e responsáveis, numa sociedade local e
simultaneamente global, que vive num tempo concreto mas, cada vez mais, consciente das repercussões
futuras das suas ações e decisões. Uma investigação que decorreu entre 2008 e 2012 pretendeu
contribuir para a autoformação de professores em educação para o desenvolvimento sustentável. Criou-
se uma comunidade de prática virtual constituída por professores de Física e Química de Portugal e de
países africanos de língua oficial portuguesa, inicialmente desconhecidos entre si e provenientes de
diferentes contextos. A educação para o desenvolvimento sustentável constituiu o domínio da
comunidade. A água foi o tema motivador e aglutinador pois estabelece um desafio ético,
simultaneamente social, económico, ambiental e político. Da análise da prática desta comunidade, que
constituiu o objeto da referida investigação, verificou-se que os diferentes contextos geográficos,
educacionais, culturais e de desenvolvimento dos professores proporcionaram uma participação
diversificada na comunidade de prática e a criação e/ou o desenvolvimento das competências requeridas
em educação para o desenvolvimento sustentável. Esta experiência abre caminho a futuros projectos,
como a criação de parcerias entre educadores e profissionais em todo o mundo, sobre a água e o
desenvolvimento sustentável.
Palavras-Chave: Educação para o desenvolvimento sustentável; Comunidades de prática;
Autoformação de professores.

44 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

193

POSSIBILIDADES EDUCATIVAS PARA UM TERRITÓRIO SUSTENTÁVEL:


PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DE
ITAPEMIRIM NO ESPÍRITO SANTO - BRASIL

MARIA DEUCENY DA SILVA LOPES BRAVO PINHEIRO(1), ALFREDO BRAVO MARQUES PINHEIRO(2)
(1)
FPCE Universidade de Coimbra, (deuceny@yahoo.com.br)
(2)
FPCE Universidade de Coimbra, (alfredobravo1@yahoo.com.br)

A Educação Integral sempre foi assunto de debates na educação pública brasileira considerada como
proposta utópica diante de tantos desafios a serem vencidos. O Programa Mais Educação prioriza escolas
que apresentam baixo IDEB-Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, onde os estudantes
encontram-se em situação de vulnerabilidade social. São ofertadas atividades extra curriculares com
acompanhamento pedagógico dentro e fora do espaço escolar. Esta comunicação apresenta a evolução
dos marcos teóricos e legais que foram significativos para a implantação da Educação Integral no Brasil; o
formato do Programa Mais Educação adotado pelo município de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo,
Brasil, analisando e comparando a Proposta Pedagógica das escolas que iniciaram a implementação do
Programa, verificando os princípios norteadores da mesma, as atividades desenvolvidas, as parcerias
realizadas, o IDEB alcançado e sua relação com a sustentabilidade. Os dados resultantes desta pesquisa
são pautados nos registros existentes na Secretaria de Educação do município, na Proposta Pedagógica,
nos relatórios das atividades das escolas e nos índices do Ideb publicados pelo Inep- Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, comparando os princípios norteadores com as
atividades previstas e desenvolvidas e se elas alcançaram as múltiplas possibilidades educativas para um
território sustentável.
Palavras-chave: sustentabilidade, Programa Mais Educação, proposta pedagógica

175

CIDADANIA PARTICIPATIVA: PRÁTICA EDUCATIVA DE JOVENS PARA


TRANSFORMAÇÃO SOCIAL EM TERRITÓRIOS

MARI REGINA ANASTACIO(1) ; JUCIE PARREIRA(2); DIEGO BAPTISTA(3); JULIANA DE OLIVEIRA SOUZA(4);
ROBSON COSTA(5).
(1)Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (mari.anastacio@pucpr.br)
(2)Associação Nuvem, (nuvem.ong@gmail.com)
(3)Associação Sociedade Global, (diegohsbaptista@gmail.com)
(4)Pontifícia Universidade Católica do Paraná, (s.juliana@pucpr.br)
(5)Associação Nuvem (nuvem.ong@gmail.com)

Resumo:
Dentre as maiores dificuldades encontradas na área educativa, encontra-se a proposição de práticas
formativas que consigam integrar pessoas e comunidades em torno do desenvolvimento sustentável de
um território, e que possam gerar efetiva transformação. O objetivo do estudo é apresentar o modelo e
os resultados do projeto de extensão universitária desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná no município de Almirante Tamandaré, Brasil. O projeto atuou em três frentes engajadas:
preparar estudantes de nível superior para tornarem-se agentes de transformação social; propiciar
formação a jovens líderes residentes em comunidade de alta vulnerabilidade, os empoderando como
agentes de sua história e articuladores locais para o desenvolvimento; e contribuir para que os membros
da comunidade reconhecessem suas potencialidades e capacidade de articulação político-emancipatória.

45 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

O processo metodológico do estudo utilizou como modo de investigação a pesquisa-ação. A pesquisa


utilizou-se dos seguintes instrumentos: questionários, diário de bordo (elaborado por universitários,
jovens da comunidade e coordenação do projeto), observação, sistematizações de reflexões coletivas
(encontros universitários e jovens da comunidade), coleta de depoimentos dos participantes do projeto,
anotações de reuniões da comissão coordenadora do projeto, registros fotográficos e áudio visuais.
Alguns dos resultados: para os estudantes universitários - desenvolvimento de nível mais apurado de
leitura da realidade, reconhecimento de si como agentes com potencial de transformação social e
engajamento crítico-político em prol do coletivo; para comunidade e seus jovens - percepção do valor e
poder de ações conjuntas em prol do território; protagonismo dos jovens frente as demandas territoriais
e enquanto agentes de ação/transformação coletiva; contribuição para reversão de visibilidade da
relação jovens-jovens, jovens-comunidade, comunidade-jovens e comunidade-comunidade.
Palavras-Chave: Prática educativa; Formação de jovens; Transformação social.

166

A “CRISE SILENCIOSA”. A CRÍTICA DE MARTHA NUSSBAUM À EDUCAÇÃO


E AO DESENVOLVIMENTO

MARIA TERESA SANTOS(1).


(1)Universidade de Évora, (msantos@uevora.pt)

Resumo:
Esta comunicação parte duma afirmação de Martha Nussbaum: a actual crise educacional, massiva e
global, é silenciosa e requer um paradigma alternativo de desenvolvimento humano. Considerada como a
filósofa contemporânea de maior influência, em parte devido aos projectos realizados em parceria com o
economista Amartya Sen, Nussbaum recorre ao conceito “crise silenciosa” para criticar o rumo tomado
pelas políticas educacionais, assentes num só princípio: o lucro económico tem prioridade em relação ao
desenvolvimento humano e ao fortalecimento da escola. Todavia, educar para uma cidadania
democrática responsável não é incompatível com crescimento económico, daí que Nussbaum proponha
um equilíbrio entre competência e cooperação. Para tal é necessário não só pensamento crítico e
criativo, mas também relação humana empática (“imaginação narrativa”). Como fazer e como articular a
educação com uma política de desenvolvimento? Em primeiro lugar, é necessário configurar reformas
curriculares focadas no valor educativo das humanidades e das artes. Em segundo lugar, o paradigma
educacional da vulnerabilidade deve substituir o da perfectibilidade. A apresentação destas tarefas
desafiadoras são a matéria da comunicação proposta.
Metodologicamente retoma-se o percurso interpretativo de Nussbaum em Cultivating Humanity,
para se compreender quer a sua crítica às políticas educativas (1.º ponto), quer a sua proposta de
estruturação de um curriculum de desenvolvimento humano (2.º ponto). Conclui-se que a actual “crise
silenciosa” – a da educação – tem de ser pensada no quadro dialéctico do local/global e ter como
horizonte de referência o bem-estar da humanidade.
Palavras-Chave: "Crise silenciosa"; Desenvolvimento sustentável; Paradigma educacional.

46 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

196

A PERCEÇÃO DE PESSOAS IDOSAS INSTITUCIONALIZADAS SOBRE A


ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E DAS INFRAESTRUTURAS DAS
INSTITUIÇÕES RESIDENCIAIS. UM ESTUDO DE CASO COM IDOSOS DA CASA
DOS POBRES DE COIMBRA

MARIANA FILIPE BOLA RIBAU (1).


(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, (mariana.ribau12@gmail.com)

Resumo:
Em Portugal, a institucionalização é uma das resposta sociais para a população idosa, no caso de as
famílias não terem condições para manter os seus familiares em casa passando assim a estar entregue a
cuidados de cuidadores formais ao invés de informais quer durante todo o dia quer a tempo parcial
(Jacob, 2001). Partindo deste pressuposto, neste estudo pretende-se compreender a perceção das
pessoas idosas institucionalizadas acerca da organização do espaço físico e das infraestruturas da própria
instituição onde viveu, na promoção de uma vida com qualidade depois da institucionalização. A
investigação em causa é desenvolvida com pessoas idosas da Casa dos Pobres de Coimbra, cujas
instalações foram recentemente construídas, tendo-se passado de uma casa antiga, adaptada e sem
grandes condições de habitabilidade para um edifício novo, construído já com o objetivo de ser um lar
residencial, com recursos modernos mais capazes de dar resposta às necessidades específicas de alguns
idosos (ex: rampas para cadeiras de rodas, elevador, ginásio, etc). Para a recolha de dados, no âmbito de
um paradigma qualitativo, foram entrevistadas através de uma entrevista semiestruturada 5 pessoas
idosas institucionalizadas, cognitivamente saudáveis, que se encontram a viver na instituição há pelo
menos 1 ano. Os dados foram tratados através de análise de conteúdo da informação previamente
gravada, com a devida autorização dos participantes através de um consentimento informado. As
conclusões deste trabalho de investigação poderão ser úteis para a organização dos espaços que têm
como valência o acolhimento residencial de pessoas idosas, tendo em vista uma melhor satisfação das
suas necessidades, a promoção de bem-estar e o fomento dos laços afetivos entre todos os
intervenientes diretamente ligados a este tipo de instituições.
Palavras-Chave: Institucionalização; Pessoa idosa; espaço físico e infraestruturas.

187

EXERCÍCIOS SOBRE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO ÂMBITO DO


ENSINO SECUNDÁRIO. ESTUDO DE AVALIAÇÃO
NUNO OLIVEIRA(1); CELESTE ROMUALDO GOMES (2)
(1)Universidade de Coimbra, (nunooliveira585@gmail.com)
(2)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de CoimbraPortugal, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
O ordenamento do território faz parte do programa de Biologia e Geologia do 11º ano do ensino
secundário. Aprendizagens sobre o tema são importantes para a educação de todos (objetivo definido
pela UNESCO, em especial, a partir de 2015).

47 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Este estudo, desenvolvido no âmbito da formação inicial de professores, numa Escola Secundária de
Coimbra,teve como objetivos: construir recursos para as aulas, orientar trabalhos de pesquisa, a
desenvolver pelos alunos, que foram apresentados no IX Congresso dos Jovens Geocientistas, organizado
pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra; promover a interdisciplinaridade
(Geologia e Matemática), recorrendo a cálculos simples de matemática para estudar processos
geológicos. A metodologia consistiu: na construção de recursos, pelo professor, usando casos
portugueses recentes; no acompanhamento dos trabalhos por pesquisa; na avaliação dos processos e dos
produtos. Participaram 5 estudantes, em 2 grupos, de uma turma de 11 alunos que realizaram trabalhos
sobre problemas de ocupação antrópica associados a zonas costeiras e a zonas de vertente. Para a
avaliação dos processos e dos produtos, foram usados: um teste diagnóstico, em formato pré e pós
lecionação, e grelhas de avaliação. Os resultados revelaram que os recursos, desenvolvidos pelo
professor, e os materiais, construídos pelos alunos, foram adequados; os alunos obtiveram bom
aproveitamento (média de 15 valores), evidenciando empenho e interesse na concretização das
atividades.
Palavras-Chave: Educação para todos; Ensino por pesquisa; Ocupação Antrópica.

71

“ELEMENTOS PARA REFLEXÃO SOBRE O PROJETO FIB (FELICIDADE


INTERNA BRUTA) EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA: UMA
EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO COM JOVENS”

RACHEL ANDRIOLLO TROVARELLI(1) ; DENISE MARIA GÂNDARA ALVES(2).


(1)Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) / Universidade de São Paulo,
(racheltrovarelli@yahoo.com.br)
(2)Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) / Universidade de São Paulo, (ecodenise@gmail.com)

Resumo:
Da necessidade de novas perspectivas para indicadores de progresso de comunidades ganha impulso
o FIB (Felicidade Interna Bruta), que utiliza parâmetros mais holísticos em nove dimensões. No Brasil, a
experiência do processo FIB envolve a participação da juventude como elemento catalizador das
transformações sociais. O objetivo do presente trabalho é discutir elementos da aplicação do FIB que foi
adaptada e realizada com os jovens em um município do interior paulista, enfatizando a utilização da arte
como mobilizadora para exercer o protagonismo social, dialogando sobre as consequências desse
processo na vida pessoal e social dos jovens envolvidos. Trabalhou-se com a temática ambiental, num
recorte territorial de município, num quadro de degradação dos cursos d’água. Para tal, a pesquisa
qualitativa é a que mais atende a presente abordagem investigativa. Optou-se pela utilização de
entrevistas semi-estruturadas e a observação livre. Os resultados mostraram indícios de que o projeto
propiciou bons aprendizados para os jovens, especialmente no tocante a convivência em grupos.
Observou-se uma aproximação identitária, especialmente no sentido de pertencimento ao ambiente. A
intervenção teatral, deu oportunidade aos jovens de colocar em prática o que aprenderam, diante das
dificuldades que emergiram no processo cotidiano. Assim, há indicativos de que naturalmente os
participantes levaram as habilidades adquiridas para o ambiente familiar, escolar e entre os amigos.
Palavras-Chave: protagonismo social; jovens; educação ambiental.

48 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

106

ENERGIA EÓLICA E COMPLEMENTARIDADE ENERGÉTICA: PERSPECTIVAS


E DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SANDRA SEREIDE FERREIRA DA SILVA(1) ; GESINALDO ATAÍDE CÂNDIDO(2); ANGELA MARIA CAVALCANTI
RAMALHO(3); VALDIR CESARINO DE SOUZA(4).
(1)UniversidadeFederal de Campina Grande - UFCG, (sandrasereide@yahoo.com.br)
(2)Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, (gacandido@uol.com.br)
(3)UEPB, (angelaramalho@oi.com.br)
(4)Universidade Federal de Campina Grande, (valdircdes@ig.com.br)

Resumo:
Diante do cenário global de alterações climáticas, a importância das energias renováveis tem se
destacado cada vez mais nos espaços de planejamentos governamentais sobre suas matrizes energéticas.
O conceito de sustentabilidade energética compreende não somente a obrigação cogente de avalizar
uma oferta apropriada de energia para acatar as necessidades futuras, mas fazê-lo de forma que haja
compatibilidade com a salvaguarda da integridade essencial dos sistemas naturais, até mesmo impedindo
mudanças climáticas catastróficas. Diante desse enfoque, este ensaio teórico tem como objetivo analisar
a viabilidade de uma proposta de integração da energia eólica à modalidade hidrelétrica numa
perspectiva de desenvolvimento sustentável. Como resultados, evidencia-se que a questão energética
está no centro do desafio da sustentabilidade em todas as suas dimensões, competindo à geração
presente a tarefa de mapear um novo caminho, isto porque nenhum objetivo é mais cogente do que
encontrar meios para produzir e usar energia que limite a degradação ambiental preservando a
integridade dos sistemas naturais subjacentes e sustente em vez de desestabilizar o progresso em
direção a um mundo mais estável, tranquilo, justo e humano. Contudo, a tarefa é tão desalentadora
quanto complexa e suas dimensões são ao mesmo tempo sociais, tecnológicas, econômicas e políticas,
além de globais. Atingir os objetivos de sustentabilidade demandará mudanças não somente no modo
pelo qual a energia é fornecida, mas no modo como é usada. A integração da energia eólica à modalidade
hidrelétrica, bem como a possibilidade de redefinição de políticas energéticas de maneira a beneficiar a
formação de mercados para tecnologias ambientalmente favoráveis para cobrar os custos ambientais de
alternativas não-sustentáveis, embasa-se no pressuposto de que a implementação dessa alternativa de
energia à modalidade energética vigente seja politicamente correta, economicamente viável e
ambientalmente sustentável.
Palavras-Chave: Matriz Energética; Potencial Eólico; Desenvolvimento Sustentável.

11

PEDAGOGIA DA IMAGEM: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E AÇÕES


SUSTENTÁVEIS ENTRE A UNIVERSIDADE E ESCOLA

SILVIO RONNEY DE PAULA COSTA(1).


(1)Universidade Estácio de Sá, (sronney@ig.com.br)

Resumo:
A Universidade deve transpor seus muros e desenvolver parcerias com Escolas para estimular a
formação ética e responsável visando despertar no aluno o desenvolvimento científico, político e
sustentável. O presente artigo retrata a implementação de Práticas Pedagógicas com utilização da
Pedagogia da Imagem através de ações sustentáveis entre alunos do Ensino Superior, Ensino
Fundamental e Médio do Município de Cabo Frio, localizado no Rio de Janeiro – Brasil. Com base na
proposta da Pedagogia da Imagem e a Gestão da Comunicação em Projetos Ambientais, foram

49 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

elaborados estratégias metodológicas e ações práticas que deram origem a um projeto desenvolvido em
sala de aula chamado de Recic-Óleo.
Este Projeto dividiu-se em duas linhas; na área da Pesquisa sobre novas fontes de energia,
transformando o óleo de cozinha usado em óleo diesel e outro na área da Extensão, promovendo ações
de Educação Ambiental, instalação de Eco-pontos, coleta e reutilização do óleo de cozinha usado. O
Projeto envolve alunos dos Cursos de Engenharia de Petróleo e Gás, Gestão Ambiental e Administração
de Empresas da Universidade Estácio de Sá – Campus Cabo Frio.
O Projeto cria uma relação dos conteúdos aprendidos em sala de aula e sua aplicação prática no
campo, tendo como base o planejamento de todas as ações, destacando a importância das novas
tecnologias da informação e comunicação como agente difusor em escala para o Desenvolvimento
Sustentável. Os alunos fazem o planejamento das ações na Universidade e, posteriormente realizam
palestras no Campus e em escolas da região para despertar nos cidadãos a importância da reciclagem do
óleo de cozinha e a sua reutilização como fonte de energia limpa. Atualmente temos 06 Eco-Pontos
instalados; no Campus Cabo Frio da UNESA - coleta de 480 litros de óleo usado, 03 Escolas Municipais -
coleta de 380 litros, 01 Escola Estadual - coleta de 60 litros e o Centro de Recurso Integrado - coleta 80
litros. A produção de biodiesel está em testes no laboratório.
Palavras-Chave: Pedagogia da Imagem; Práticas Pedagógias; Desenvolvimento Sustentável.

146

CARACTERIZAÇÃO DE UMA COMUNIDADE LOCAL: O PRIMEIRO PASSO NA


ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS INTERGERACIONAIS

SUSANA VILLAS-BOAS(1) ; ALBERTINA OLIVEIRA(2); NATÁLIA RAMOS(3); INMACULADA MONTERO(4).


(1)Universidade de Coimbra, (suvboas@gmail.com)
(2)Universidade de Coimbra, (aolima@fpce.uc.pt)
(3)Universidade Aberta de Lisboa, (Maria.Ramos@uab.pt)
(4)Universidade de Granada, (imontero@ugr.es)

Resumo:
O envelhecimento demográfico é um fenómeno sobre o qual é necessário refletir a partir da
comunidade local. Considerar que o envelhecimento demográfico é idêntico em todos os territórios pode
conduzir ao insucesso das intervenções sociais cada vez mais urgentes nas sociedades contemporâneas
que estão cada vez mais envelhecidas. Para intervir nesta dimensão é fundamental ter conhecimento da
população com que tratamos, identificar o grau de envelhecimento da população e as suas principais
causas, assim como compreender quais as necessidades, interesses e possibilidades da população para
elaborar respostas locais. Nesta comunicação começamos por apresentar os programas intergeracionais,
uma recente forma de intervenção social e possível resposta aos desafios do envelhecimento
populacional. Para de seguida, expormos os resultados da primeira fase da Análise de Necessidades da
freguesia do Bonfim da cidade do Porto. Que consiste na caracterização sociodemográfica, efetuada
através de diversos documentos e informações. Este primeiro “retrato” da comunidade, por um lado,
permitiu identificar necessidades e possibilidades existentes na freguesia, e por outro lado, possibilitou
conjeturar quais os âmbitos a aprofundar, estabelecer grupos-alvo, fontes de informação e tomar
decisões sobre como serão recolhidas as informações numa segunda fase da Análise de Necessidades da
freguesia do Bonfim.
Palavras-Chave: Caracterização sociodemográfica; Programas Intergeracionais; Programas educativos
intergeracionais.

50 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

76

EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NUMA ESCOLA


DO 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO

VALDEMAR SOUSA(1); FILOMENA AMADOR(2)


(1)Doutoramento em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento - Universidade Aberta (Portugal),
(valsousa@portugalmail.pt)
(2)Universidade Aberta (Portugal) e Centro de Geologia da Universidade do Porto, (famad@univ-ab.pt)

Resumo:
A escola é um sistema aberto, em constante comunicação com o ambiente circundante. Essa
comunicação dá-se através dos seus atores e dos recursos que os mesmos usam para esse efeito. Se se
despoletar uma mudança nesse sistema, é previsível que existam repercussões nos sistemas com o qual
interage. É esse o objetivo deste projeto, atualmente em desenvolvimento, numa escola particular do
Funchal (Região Autónoma da Madeira). Esta comunicação descreve as ações encetadas no referido
contexto, no sentido de potenciar práticas curriculares, segundo uma visão crítica da Educação e do
Desenvolvimento Sustentável. Visto que pretende uma mudança significativa neste contexto, seleciona a
metodologia democrática da Investigação-Ação Participativa. Como ponto de entrada, e inserido numa
primeira fase do trabalho, procuraram-se identificar as conceções de uma amostra de estudantes do 3.º
Ciclo do Ensino Básico da referida escola, relativamente ao conceito de “Desenvolvimento Sustentável”.
Para esse efeito foi validado e aplicado um questionário, cujos resultados foram depois objeto de análise
e usados numa primeira intervenção, junto de um grupo de atores desse contexto, inicialmente
constituído por professores e elementos da respetiva direção, no sentido de diagnosticar as necessidades
do colégio, concernentes a esta temática. A partir desta intervenção, iniciou-se um processo de mudança,
abrindo-se o projeto a outros atores no mesmo contexto.
Palavras-Chave: Escola; Desenvolvimento Sustentável; Currículo.

18

EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EMPREGOS VERDES


YARA KASSAB(1) ; CLAUDEMIR RAMOS DA SILVA SUGAHARA(2)
(1)Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, (yarakassa@usp.br)
(2)Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, (economista.sugahara@gmail.br)

Resumo:
Este trabalho discute a relação entre educação, desenvolvimento sustentável e empregos verdes. A
fim de se alcançar esse objetivo, levanta-se os conceitos de educação, de desenvolvimento sustentável e
empregos verdes. Observa-se também que, ligada ao desenvolvimento sustentável, a educação alicerça a
primeira, e, até mesmo, implica em uma mudança na visão de sustentabilidade. De fato, o
desenvolvimento sustentável precisa da educação formal, objetivando o redimensionamento da
qualificação educacional visando à valorização dos empregos verdes, o que leva à discussão de uma
formação educacional embasada nos conceitos do desenvolvimento sustentável. Empregos verdes'' se
referem às profissões que, ao mesmo tempo em que promovem o progresso econômico, contribuem
com a restauração da qualidade do meio ambiente. Abrange as ocupações que ajudam a proteger a flora,
a fauna e reduzem o consumo de energia, de recursos naturais e de água, minimizando os impactos que a
natureza vem sofrendo ao longo dos séculos pelo processo de transformação dos fatores de produção
em bens e serviços. A classificação de emprego verde pressupõe ainda o trabalho decente, amparado nas
conquistas pela proteção social do trabalho, com salários adequados, condições seguras de trabalho e
direitos trabalhistas. Neste sentido vê-se na educação uma protagonista, criando espaços para formação

51 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

e experiência, para o desenvolvimento de uma postura crítica por meio da ação-reflexão-ação a partir das
informações disponíveis, bem como de sua formação curricular, valores e comportamentos. Nas
considerações finais, tenta-se apontar caminhos que diminuam os embates que distinguem e limitam as
classificações que cercam os empregos verdes, tornando-os ilhas intransponíveis no panorama
educacional.
Palavras-Chave: Educação; Desenvolvimento Sustentável; Empregos Verdes.

174

AS PARCERIAS NO ÂMBITO DA FORMAÇÃO COMO FONTE DE


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO MULTICASOS

ZULMIRA DE JESUS CARDOSO DA SILVA RODRIGUES(1)


(1)Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, (rodrigues.zulmira@gmail.com)

Resumo:
O presente artigo expõe alguns resultados parciais de uma investigação em desenvolvimento, cujo
objetivo primordial é saber e conhecer qual o impacto das parcerias no âmbito da formação, entre a
escola, as empresas e respetivos atores. Pressuposto de partida: as parcerias no âmbito da formação
contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional dos atores envolvidos nos referidos processos.
Tal princípio conduziu-nos a outros questionamentos no âmbito do desenvolvimento sustentável, como:
i) Como o processo das parcerias pode contribuir, ou não, para o desenvolvimento da comunidade
escolar? ii) Quais os benefícios ou riscos para a comunidade local? iii) Quais as perspetivas dos atores
sobre este novo modelo de organização das escolas e empresas? Neste quadro pretendemos sublinhar
processos de mudança e de progresso na organização quotidiana das escolas, das empresas e na vida dos
atores. Os modelos de parceria que expomos neste Congresso Internacional emergiram do nosso estudo
exploratório, centrando o núcleo de pesquisa em dois casos de parceria distintos quanto às modalidades
de formação e público-alvo. Num caso a parceria é acordada no âmbito do processo de Revalidação
Validação de Competências Chave (RVCC) e, no segundo caso, no âmbito de um Curso Profissional. Os
procedimentos e metodologia seguidos tiveram como pano de fundo os objetivos e questões do estudo
visando identificar fenómenos educativos, eventualmente ilustradores de viragem na (re)organização
escolar e empresarial. A estratégia metodológica utilizada foi o estudo de caso e organizámos a
informação da pesquisa segundo a perspetiva de Stake (2010), numa abordagem qualitativa. O Corpus
empírico é constituído por entrevistas semiestruturadas, as quais foram administradas a dezanove
participantes no estudo, não contando com os participantes da fase exploratória. Os resultados
preliminares de pesquisa são positivos nos dois casos, revelando haver mais benefícios do que riscos,
quer no âmbito das escolas, quer no das empresas e dos atores. Para além disso, na perspetiva dos
participantes, as parcerias aumentam a motivação e a satisfação dos atores melhorando a qualidade de
vida das comunidades e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Palavras-chave: Parceria;
Formação; Desenvolvimento.
Palavras-Chave: Parcerias; Formação; Desenvolvimento.

52 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa

53 | Eixo 1. Educação e Desenvolvimento Sustentável


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

104

TERRITÓRIOS DE JOGABILIDADE SÃO PRECISOS PARA COMUNIDADES


EDUCADORAS
ANA CRISTINA F. ALMEIDA(1) ; RICARDO MANUEL FIGUEIREDO DE SOUSA(2).
(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, (calmeida@fpce.uc.pt)
(2)CáritasDiocesana de Coimbra, (sousa134@gmail.com)

Resumo:
A educação e o desenvolvimento são temas inescusáveis nas agendas políticas, pelo impacto
económico, social e cultural nas pessoas e populações. Consoante o grau de estruturação e formalidade,
tendem a ser apropriados em grau de especificidade variável, assistindo-se à sua relocalização em
espaços cada vez mais fluidos, abertos, democráticos e distantes. A diversidade de meios de informação e
de comunicação, de conteúdos e recursos de aprendizagem ao longo da vida, a transversalidade das
literacias para uma formação integral desejável e usabilidade dos conhecimentos são requisitos para o
sucesso à escala global. Contudo, o sentido da criação de verdadeiras comunidades é questionável, tal
como o caráter educativo das localidades, regiões ou territórios, quando as estratégias gerais definidas
para um crescimento inteligente, inclusivo e sustentável não implicam as pessoas no seu pleno poder e
potencial participativo. Mas o lúdico e as oportunidades informais de aprender, como sejam atividades
coletivas são abordagens passíveis de tonificar as prioridades da mudança, promovendo coesão social,
encorajando a aprender, promovendo a inovação, empreendendo melhorias e sugerindo preparação em
competências para novos empregos, na ordem da flexibilidade e segurança do mercado de trabalho,
economia eficiente, ecológica e competitiva, tal como se advoga no horizonte de 2020. Este trabalho
pretende apresentar, a partir de uma revisão sistemática da literatura e evidência empírica, o valor da
jogabilidade como iniciativa emblemática para o desenvolvimento humano e social sustentável. Resulta,
como proposta, a utilização dos espaços públicos e do território na aceção de "tabuleiro de jogo" para
aprender a resolver problemas, cooperativamente, adquirir perícia pelo envolvimento ativo, dinâmicas de
interação e desempenhos de responsabilidade compartilhada, em modalidades de cidadania
autorregulada e mecanismos de decisão generativa de tranformações positivas do cidadão educado(r).
Palavras-Chave: Comunidades Educadoras; Aprendizagem situada; Jogo.

10

CIDADE EDUCADORA: VER-A-CIDADE COMO ESPAÇO SOCIAL DA EDUCAÇÃO


CIDADÃ
APARECIDA LUZIA ALZIRA ZUIN (1) ; VÂNIA SICILIANO AIÊTA(2).
(1)Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ/Universidade Federal de Rondônia - UFRO,
(alazuin@gmail.com)
(2)Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ, (vaniaaieta@siqueiracastro.com.br)

Resumo:
A presente pesquisa faz uma análise acerca dos princípios que constituem as Cidades Educadoras e
sobre a participação dos sujeitos nos seus modos de vida, como forma de política deliberativa (gestão
democrática participativa). Para isso, apresenta como fio condutor, a Teoria da Ação Comunicativa
(Habermas) e da Educação Cidadã (Paulo Freire) acrescidas aos Direitos da Cidade, Urbanístico e Estatuto
da Cidade (Lei 10.257/2001 do Meio Ambiente Artificial/Cap. IV-

55 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Gestão Democrática Participativa), cujas categorias de valores para a efetivação da política deliberativa é
o protagonismo do sujeito no espaço social urbano e rural, como condição à garantia do desenvolvimento
pleno da cidadania (Constituição Federal do Brasil/1988), em consequência para as cidades. De acordo
com o paradigma retirado dos princípios de Paulo Freire, na Cidade Educadora se recusa o autoritarismo
e o antidiálogo. Desse modo, ao planejar a cidade pensa-se no direito do indivíduo correlacionado aos
seus deveres, portanto, na sua responsabilidade. Em um sentido mais amplo, esse ideal para Freire
significa uma política pública nunca pensada de modo sectário, mas libertário. Para a arquitetura desta
cidade, objetiva-se uma logística de favorecimento à realização de atividades que valorizam as
experiências anteriores da população e as condições para aquisição de novos conhecimentos, inclusive,
do mundo tecnológico. A implantação da Cidade Educadora visa à criação de espaços possibilitadores da
comunidade de comunicação, bem como a intenção de implantação de programas urbanísticos, numa
gestão democrática, cuja ideia desenvolve o local, do ponto de vista jurídico, semiótico, político e
socioeconômico. Por esses vieses, sustenta-se o direito fundamental do cidadão, isto é, a Cidade
Educadora que cresce planejadamente com projetos sociais sustentáveis, logo, planejamento urbano
participativo – cuja lógica se insere na apreensão dos sentidos e no ver-a-cidade (Ferrara): “a cidade que
educa e aprende”.
Palavras-Chave: Educação Cidadã; Direito da Cidade; Gestão Democrática Participativa.

171

JOVENS, CIDADANIA E PERTENÇA A GRUPOS


CONCEIÇÃO ALVES PINTO(1) ; ANTÓNIO SOTA MARTINS(2).
(1)ISET - Instituto Superior de Educação e Trabalho, (mcalvespinto@gmail.com)
(2)ISET - Instituto Superior de Educação e Trabalho, (sotamartins@gmail.com)

Resumo:
Reconhece-se atualmente a importância do desenvolvimento de atitudes de cidadania entre os
jovens. Com efeito o desenvolvimento integral dos jovens e nomeadamente na dimensão da cidadania
deve considerar a pluralidade de situações. Compreender o sentido que a cidadania tem para os jovens
supõe considerar 3 grandes dimensões: por um lado a pessoa – como sujeito e como ser de relação, por
outro os vínculos das suas pertenças – vinculo social e vínculo à organização que frequentam, a escola), e
por outro ainda a expressão do seu contributo à sociedade através da participação – social e uma vez
mais na organização em que frequentam – a escola.O objetivo é apreender os sentidos atribuídos por
jovens dos 7º ao 12º anos de escolaridade e se existe diferenças segundo a frequência de outros espaços
de socialização, nomeadamente o desporto, grupos religiosos ou o escutismo. A amostra - alunos do 7º
ao 12º ano (Porto e Lisboa). Instrumento de recolha de dados - questionário. Análise estatística descritiva
e inferencial. A frequência presente ou passada de grupos diversos parece interferir de formas diferentes
nestes indicadores. Situação inversa acontece com o nível de instrução familiar. A forma de ser e de estar
dos jovens em sociedade, as atitudes face a instituições e a relevância dada à participação estão
fortemente interligadas. E importa compreender como é que a participação em grupos diversos
potencialmente favorece
Palavras-Chave: jovens; cidadania; participação.

56 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

169

OS JOVENS, E A PLURALIDADE DE ESPAÇOS DE CLARIFICAÇÃO DE VALORES


CONCEIÇÃO ALVES PINTO (1) ; MARIA JOSÉ RANGEL(2); FÁTIMA CARVALHO(3).
(1)ISET - Instituto Superior de Educação e Trabalho, (mcalvespinto@gmail.com)
(2)ISET
- Instituto Superior de Educação e Trabalho, (rangel.mj@gmail.com)
(3)ISET - Instituto Superior de Educação e Trabalho, (fatimagcarvalho.avep@gmail.com)

Resumo:
O desenvolvimento dos alunos é complexo e plurifacetado, e não se limita à instrução. Comporta
necessariamente a clarificação de valores, e esta clarificação ocorre em diferentes espaços. O jovem
desempenha uma papel decisivo nomeadamente na atitude face aos valores e ao uso que fazem dos
espaços em que participa. Afinal um ator plural. Neste estudo consideraremos a família, a escola, a igreja
a internet e as leituras. Apreender a percepção que os jovens têm sobre a clarificação de valores como o
Bem, a verdade e a justiça em espaços como a família, escola, igreja, a internet e as leituras articulando
com estratégias intervenção pessoal. Questionário aplicado a 2640 alunos de escolas de Lisboa, Coimbra
e Porto. Para a análise dos dados utilizámos testes de estatística descritiva e inferencial. Tanto os espaços
de clarificação considerados como os valores clarificados apresentam tendências diferentes nas variações
com o género, o ano de escolaridade, o nível de instrução familiares, o estilo educativo familiar e as
estratégias de intervenção pessoal. A consideração da pluralidade e complementaridade de espaços de
clarificação dos valores e a potenciação dessa pluralidade pode enriquecer de forma decisiva a educação
global dos jovens.
Palavras-Chave: Socialização; Valores; Participação.

73

CIDADES EM REDE PARA UMA REDE DE CIDADES!


MANUEL GAMA (1).
(1)Universidade do Minho (CECS-ICS) /Instituto Politécnico de Viana do Castelo, (mea0911@gmail.com)

Resumo:
A cidade deve, cada vez mais, ser vista como um território de um vasto e complexo conjunto de
relações. A crescente importância das cidades como motores do crescimento económico e centros de
cultura, conhecimento e aprendizagem, tem sido acompanhada pela urbanização da pobreza, a migração
e a violência, e, por isso, torna-se fundamental operar mudanças profundas no estilo e abordagem à
governança urbana, de forma a, efetivamente, combater a enorme exclusão social que tem sido
produzida. Tal como a globalização e a organização social em rede, o estabelecimento de redes, mais ou
menos complexas e intensas, de cooperação intermunicipal também não são uma invenção da
contemporaneidade – a título de exemplo relembra-se que as geminações entre cidades são um produto
do contexto europeu do pós-guerra –, no entanto é indiscutível que foi a partir da década de 80 do século
XX, que se assistiu assistimos ao proliferar de organizações e redes de cidades. De entre as múltiplas
redes de cidades que, com escalas, objetivos e condições de adesão diversas, têm surgido nos últimos
anos na presente comunicação, realizada na sequência da investigação de doutoramento "POLÍTICAS
CULTURAIS: Um olhar transversal pela janela-ecrã de Serralves" desenvolvida no CECS-UM com o apoio
da FCT, vai fazer-se um plano aproximado à Rede de Cidades Educadoras, uma “rede internacional de
cidades apostada em pôr em prática e monitorizar, de modo partilhado, práticas, planos, projectos e
programas de acção em benefício da sustentabilidade sócio-cultural e da moderna cidadania […, e que,
por isso, se constitui como] um projecto de enorme alcance civilizacional, porquanto se projecta não
apenas na nossa vida urbana contemporânea, mas igualmente no nosso futuro urbano”.

57 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Palavras-Chave: Cidades Educadoras; Redes Colaborativas; Políticas Culturais.

163

TERRITÓRIO: E SE DEIXÁSSEMOS PARTICIPAR OS JOVENS?


JOÃO ARMANDO P. GONÇALVES(1).
(1)CITTA - Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente - FEUP, (jarmando@isec.pt)

Resumo:
A participação dos jovens na vida e transformação dos territórios tem vindo a ser abordada, com
crescente interesse, desde os anos 70 do século XX. A literatura identifica dois grandes movimentos dos
últimos 30 anos como os principais impulsionadores do gradual reconhecimento das necessidades e
competências específicas das crianças no contexto das comunidades onde se inserem: 1) o movimento
relacionado com os direitos das crianças e 2) o movimento relacionado com a sustentabilidade. Este
último, ao colocar o desenvolvimento e o bem-estar das futuras gerações no centro das preocupações,
fez surgir um novo olhar sobre as atuais jovens gerações e ao seu potencial papel no desenhar desse
futuro melhor. Porque faz pouco sentido planear o futuro sem envolver os seus protagonistas. O
território, com o seu caráter tangível, é uma porta de entrada privilegiada para fazer os jovens participar
na vida da comunidade, mas a literatura dá conta da dificuldade que existe na inclusão ativa dos jovens
no seu planeamento e gestão, de forma sustentável, sendo que, em Portugal, tal prática é residual. A
inclusão dos jovens nos diversos tipos de processos de planeamento e gestão do território apresenta um
conjunto de desafios (normativos, estruturais, operacionais e atitudinais) mas tem o potencial de se
revelar como fonte de desenvolvimento pessoal e de coesão social, bem como de transformação de
mentalidades e práticas.
Palavras-Chave: Participação dos jovens; Planeamento; Cidadania.

29

O CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL E A FORMAÇÃO DE


ATIVOS LOCAIS E DE GESTÃO PARA UMA CIDADE EDUCADORA
JULIA NADER DIETRICH(1) ; HELENA SINGER(2); NATACHA COSTA(3); AGDA SARDENBERG(4).
(1)Associação Cidade Escola Aprendiz, (juliadietrich@aprendiz.org.br)
(2)Associação Cidade Escola Aprendiz, (helenasinger@aprendiz.org.br)
(3)Associação Cidade Escola Aprendiz, (natachacosta@aprendiz.org.br)
(4)Associação Cidade Escola Aprendiz, (agdasardenberg@aprendiz.org.br)

Resumo:
Desde 1996, o Brasil passou a investir sistematicamente em programas para ampliar a jornada escolar
de 4 para 7 horas diárias. Contudo, esta carga horária é preenchida por um currículo excessivamente
técnico, segmentado e esvaziado de sentido para o estudante contemporâneo. Comumente, a escola,
quando realiza atividades diversificadas, não as integra à estrutura curricular, e mantém os saberes
comunitários e realidade local afastados do processo de ensino e aprendizagem. Como resposta a este
cenário e partindo da ideia que a cidade é um território educativo e que o binômio escola-comunidade é
a sua síntese, 15 organizações governamentais e não governamentais desenvolveram o Centro de
Referências em Educação Integral, uma iniciativa que visa promover o desenvolvimento, aprimoramento
e difusão gratuita de referências que contribuam para a gestão de políticas públicas de Educação Integral
no país. Estruturado em ações presenciais e virtuais, o projeto conta com um site, que contabiliza 28 mil
usuários desde o seu início, em setembro de 2013. Entre outras ações, o projeto reuniu 60 lideranças da

58 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

sociedade civil e governos para desenvolver orientações a gestores públicos, escolas e ativos
comunitários no desenho de programas de educação integral – recomendações estas sistematizadas na
plataforma e redes sociais afins. Em 2014, o projeto inicia formações a professores e equipes técnicas de
governo para implementação de programas, a partir de estudo realizado com 180 gestores municipais
brasileiros.
Palavras-Chave: educação integral; Currículo; Formação.

99

OS PROCESSOS AVALIATIVOS EM SECRETARIAS MUNICIPAIS DE


EDUCAÇÃO
JUSSARA CRISTINA BARBOZA TORTELLA(1)
(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (jussaratortella@gmail.com)

Resumo:
O presente trabalho descreve os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo analisar e
interpretar como se dá o processo avaliativo nas três esferas – Secretaria Municipal de Educação, escola e
sala de aula - verificando se apresentam as mesmas representações sobre os princípios do processo
avaliativo participativo e se existe diálogo entre estas e o impacto destas nas decisões administrativas e
pedagógicas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo e interpretativo. Utilizou como
instrumentos de coleta o questionário e análise de documentos oficiais. Foram analisadas as concepções
de avaliação de treze gestores, sete coordenadores e quarenta e três professores de uma secretaria
municipal de educação que teve por objetivo desenvolver um programa de avaliação com foco na
participação da comunidade escolar. Descreve-se, segundo os participantes, os pontos frágeis e as
potencialidades das avaliações externas e suas relações com a avaliação da aprendizagem. Os resultados
indicaram a necessidade de novos investimentos para se estabelecer um diálogo entre os dados das
avaliações externas e os da escola.
Palavras-Chave: Participação; Avaliações externas; Avaliação da aprendizagem.

47

AS PROPOSTAS DIDÁTICO-METODOLÓGICAS DO PARFOR E A EDUCAÇÃO


EM CIDADES DO INTERIOR DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
MARGARETE EDUL PRADO DE SOUZA LOPES(1).
(1)Universidade Federal do Acre - Brasil, (maga.lopes@gmail.com)

Resumo:
Em 2013, a UFAC (Universidade Federal do Acre) aderiu ao Plano Nacional de Formação de
Professores para a Educação Básica (PARFOR), financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Ensino Superior). Esse trabalho está sendo implantado no Brasil todo, em parcerias da
CAPES com as universidades brasileiras, sendo um programa nacional. O objetivo é oferecer curso de
graduação em cidades do interior, cuja população não tem nenhum acesso às universidades públicas ou
particulares. Assim, no Acre, temos em funcionamento várias turmas de Pedagogia, Letras, Biologia e
Geografia, em mais de 20 municípios acreanos. Nessa comunicação, tratamos da análise e estudo do
funcionamento e metodologia dos cursos de formação de professores para o ensino básico, também
chamado no Brasil de ensino fundamental, mais especificamente trabalhamos com alunos das duas
turmas em que ministramos a disciplina Português Brasileiro Instrumental. Foram turmas de cerca de 40

59 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

alunos (entre julho de 2013 a março de 2014), e a disciplina teve a duração de 60 horas cada uma. A
metodologia foi levantar quando alunos do PARFOR já trabalhavam como professores, para depois
entrevistar esses profissionais, cuja maioria já exercia o ofício de professor da rede pública e tão somente
esperava a oportunidade de poder realizar um curso superior, com diplomas de licenciatura, que lhes
permitisse trabalhar devidamente credenciados, deixando de ser profissionais leigos. Além das
entrevistas, foram analisados os conteúdos ministrados durante as aulas, para ajudar na formação desses
professores. Neste sentido, as aulas tiveram um enfoque de aporte teórico, com um caráter mais
concentrado, para num segundo momento, procede às práticas de ensino de gramática e literatura em
sala de aula. A partir de nossa experiência como docente do PARFOR, mapeamos os métodos utilizados
por um universo de 40 professores da rede pública, antes e depois do curso de formação. Além das aulas
ministradas por mim, visitei as escolas onde meu alunos/professores trabalham, para observar o trabalho
deles em sala de aula, visando integrar as novas tecnologias de ensino, ministradas por mim, às
estratégias de ensino de literatura e gramática adotadas pelos professores selecionados. Considerei mais
produtivo ir além de somente ensinar em sala de aula, mas pesquisar e estudar como o PARFOR, o curso
de formação de professores, estaria afetando a educação básica nas cidades do interior atendidas pelo
programa. Os resultados mostraram grande incentivo para mudanças, reajustes, revitalização dos
métodos e maior interesse e entusiasmos dos professores em atualização nos cursos de formação. O
PARFOR está longe de terminar, os cursos de graduação estão nos primeiros semestres, uma vez que
acabam de serem implantados, mas já permitem estudos que mostram efeitos nos alunos que já são
professores na rede pública, e que vão mudando atitudes e estilos a cada disciplina realizada no PARFOR.
Palavras-Chave: Educação brasileira; tecnologias de ensino; formação de professores.

80

CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS NO CONTEXTO DE UMA CIDADE


EDUCADORA: O CASO DO MUNICÍPIO DE LEIRIA
MARIA CELESTE PEREIRA FRAZÃO(1) ; FILOMENA AMADOR (2).
(1)Universidade Aberta (Portugal) - Doutoramento em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento,
(mcpfrazao@gmail.com)
(2)Universidade Aberta (Portugal) e Centro de Geologia da Universidade do Porto, (famad@univ-ab.pt)

Resumo:
Neste trabalho procuram identificar-se eventuais convergências e divergências, no contexto de uma
Cidade Educadora – Leiria, entre o Município que aderiu ao projecto e nessa medida assumiu uma série
de funções expressas na Carta de Princípios das Cidades Educadoras e as diversas instituições educativas
que existem no Município. Segundo a referida Carta de Princípios a Cidade Educadora deve ser
considerada uma cidade em rede e multidimensional, já que se organiza com todos os seus atores,
instituições e intervenientes do espaço urbano. Associada à sua conceção aberta e diversificadora de
saberes, de práticas e de expressões culturais, deve procurar delinear tempos e espaços formais e
informais de permuta e de aprofundamento das respetivas potencialidades. Assim, todos os recursos da
cidade devem encontrar-se comprometidos com a ação educadora e devem participar em ações
conjuntas, numa perspetiva multidisciplinar. No presente estudo opta-se por uma metodologia
qualitativa de tipo hermenêutica, procurando-se analisar e interpretar os discursos dos atores envolvidos,
atribuindo-lhes significado. Para esse efeito, procedeu-se à identificação de um conjunto de atores a
quem se realizaram entrevistas estruturadas, as quais foram posteriormente objecto de análise de
conteúdo antes de se proceder à interpretação dos resultados. Os dados obtidos permitem inferir
existirem domínios de acordo em que existe partilha de significados, assim como áreas de divergência as
quais necessitam de maior atenção.
Palavras-Chave: Cidades Educadoras; Educação; Município.

60 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

113

A CIDADE EDUCADORA: A CONSTRUÇÃO DO HABITAR COMUM


MARIA TERESA SANTOS(1).
(1)Universidade de Évora /IFP, (msantos@uevora.pt)

Resumo:
A ligação dos conceitos "cidade", "educação" e "participação" foi diferentemente equacionada por
Platão - A República - e por Aristófanes - Assembleia das Mulheres -, o primeiro configurando uma
politeia ideal assegurada por uma formação humana de cunho ético-racional, o segundo ridicularizando o
fracasso da participação na gestão da cidade. Os dois textos moldaram a mentalidade politico-educativa
ocidental no quadro de uma sociedade fechada, vinculadora e controlada, fosse qual fosse a sua
estrutura ideológica e funcionamento. Distintamente a sociedade contemporânea assenta numa "série
de redes interligadas" de fluxo contínuo e global, que gera problemas de condensação, de vazios e de
fragmentação a vários níveis que põe em causa o viver bem em comum ou a cidadania com dignidade.
Uma das questões que se levanta incide sobre o modo como se constrói o habitar na cidade, cuja
dimensão e densidade geraram megapolis. Ora, partindo do pressuposto grego que a educação se
destina a aprender a viver justamente na cidade, interessa-nos aproximar-nos da compreensão da
especificidade do viver numa Cidade dita Educadora. Os objectivos da comunicação são três: um, saber se
os cidadãos de uma Cidade Educadora reconhecem o significado da expressão; outro, saber se os
cidadãos de uma Cidade Educadora valorizam tal pertença. Neste sentido realizou-se um conjunto de
debates onde se colocavam as duas questões a grupos de cidadãos com interesses e vínculos diversos
(política local, sector empresarial,...). Os debates, abertos e de ocorrência regular, foram registados. A
comunicação proposta visa dar a conhecer um desses debates e as conclusões foram três: uma, a
dificuldade em transmitir o sentido subjacente ao movimento das Cidades Educadora; outra, a
dificuldade em fazer perpassar o programa nas actividades sectorias; outra ainda, a dificuldade em
articular a ideia de construção do habitar comum para garantir o vivem bem com o exercício da
cidadania participada.
Palavras-Chave: Cidade Educadora; Viver bem em comum; Cidadania activa.

194

A APRENDICIDADE DAS ESCOLAS INVISÍVEIS


NÍVEA MARIA ARAÚJO MAIA CAMPOS(1); JOSÉLIA GODOY PORTUGAL(2).
(1)Universidade Federal de Viçosa- MG- Brasil, (niveamcampos@gmail.com)
(2)Universidade Federal de Viçosa- MG- Brasil, (joselia.portugal@ufv.br)

Resumo:
O presente artigo é resultado do estudo dos conceitos de cidade educadora e bairro-escola,
objetivando reconhecer mecanismos e ações para a potencialização do caráter educativo dos espaços
públicos, tendo como foco as cidades brasileiras de pequeno porte. Para compreensão desses conceitos
foi utilizada uma pesquisa qualitativa tomando por base uma revisão bibliográfica na qual se destacaram
os seguintes autores: Euclides Redin (2007), Viviane Mosé (2013) e Herman Hertzberger (2008). Também
foram realizados estudos de caso sobre bairros-escola de grandes centros, tendo em vista a proximidade
da escala urbana no contexto dos municípios de pequeno porte.
Através desta pesquisa foi possível perceber que a materialização dos conceitos estudados é possível
através de uma teia associativa envolvendo os diversos agentes da sociedade como: setor público, setor
privado, escola, comunidade, educadores, pais e alunos, compartilhando de forma corresponsável o ato
educacional, conforme assegura a legislação brasileira. Destaca-se o diálogo entre a cidade e seus

61 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

habitantes como um caminho para se fazer do meio conteúdo e agente educativo, construindo o
conhecimento que ultrapassa os limites dos muros das escolas, se apoiando nas relações humanas e na
dinâmica urbana.
Palavras-Chave: cidade educadora; potencialização do caráter educativo; municípios de pequeno
porte.

227

PROJETOS PEDAGÓGICOS PARA A PROMOÇÃO DE UMA CIDADANIA


PARTICIPATIVA NUMA ESCOLA DO SÉCULO XXI
PATRÍCIA COSTA(1); VÍTOR FONTES(2); JOÃO FONSECA(3) CRISTINA SILVA(4).
(1)ColégioPaulo VI/GEGOT - Universidade do Porto, (patricia.colegiopaulovi@gmail.com)
(2)Colégio Paulo VI/GEGOT - Universidade do Porto, (vitorfontesgeo@gmail.com)
(3)Colégio Paulo VI/GEGOT - Universidade do Porto, ( joaodfonseca@gmail.com)
(4)Colégio Paulo VI, (prof.cristi@gmail.com)

Resumo:
Pensar a educação, hoje, implica pensar numa educação com vista a uma cidadania e participação
ativas e democráticas em todas as esferas da vida do indivíduo. A escola do século XXI é,
permanentemente, desafiada a olhar a aprendizagem como um processo interativo e dinâmico, em
constante evolução. Estes desafios promovem, não só, a capacidade de participar e agir num mundo
global, mas principalmente, a criatividade, a inovação, o empreendedorismo, a flexibilidade, num
posicionamento crítico na sociedade. Responder a todos estes desafios exige a criação de projetos
atentos e abertos aos problemas de âmbito social, cultural e económico em diferentes escalas, os quais
possam criar espaços para a construção de conhecimento mútuo e preparação para uma cidadania ativa,
consciente e empenhada. Com base nestes pressupostos, o colégio Paulo VI apresenta os seguintes
projetos: Programa Porta Aberta, Projeto de Voluntariado, Projeto de Pensamento Crítico e Fórum
Económico e Social. Cada um destes projetos, visando áreas distintas, prepara os alunos para um mundo
global, um mundo pensante, em permanentes mutações e onde a análise crítica e a capacidade de
entendimento de si e do outro são pilares fundamentais para um crescimento integral, harmonioso e
diferenciado.
Palavras-Chave: cidadania participativa; educação global; pensamento crítico.

154

A ESCOLA COMO CIDADE E A CIDADE DOMO ESCOLA


GONÇALO CANTO MONIZ(1); CAROLINA FERREIRA(2); MARIANA CARVALHO(3).
(1) Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – CES/UC
(2) Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – CES/UC
(3) Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – CES/UC

Resumo:
A recente modernização da Escola Secundária, através da Parque Escolar, gerou na sociedade
portuguesa um debate sobre os espaços de aprendizagem, nomeadamente sobre a sua abertura à
comunidade, tanto do ponto de vista pedagógico como arquitectónico. Com o objectivo de contribuir
para este debate, os alunos de arquitectura desenvolveram durante este ano lectivo projectos
académicos para reabilitar a Escola Secundária da Casa Branca a partir do tema “A Escola como Cidade”
(Hertzberger, 2004). Construída na década de 80 segundo um modelo pavilhonar, esta escola pretendia

62 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

responder às exigências de um ensino público e obrigatório, sem contudo estabelecer relações urbanas.
A abordagem da disciplina de Projecto IV e dos alunos é centrada na capacidade dos equipamentos
escolares se constituírem como motores da transformação urbana. Deste modo, a metodologia de
projecto fixa quatro etapas de investigação: num primeiro momento, analisa-se a estrutura urbana
envolvente, através de mapeamentos críticos; num segundo momento define-se uma estratégia de
intervenção urbana; num terceiro momento reinventa-se o programa escolar a partir de processos de
participação com a comunidade escolar; num quarto e último momento desenvolve-se o projecto de
arquitectura nas suas dimensões espaciais, programáticas, construtivas conceptuais; por fim,
apresentam-se os resultados à comunidade escolar. Assim, esta comunicação pretende apresentar e
problematizar os trabalhos escolares realizados pelos alunos como investigações pelo projecto que
contribuam para uma revisão do papel dos equipamentos escolares na cidade.

63 | Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa


Eixo 3- Educação e Ambiente

65 | Eixo 3. Educação e Ambiente


21

PROSEPE : DUAS DÉCADAS A EDUCAR PARA A PRESERVAÇÃO DA FLORESTA


ADÉLIA NUNES(1) ; LUCIANO LOURENÇO(2); FERNANDO FÉLIX(3); SANDRA OLIVEIRA(4).
(1) Departamento de Geografia e Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT)
Universidade de Coimbra, (adelia.nunes@fl.uc.pt)
(2)1) Departamento de Geografia e Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT)

Universidade de Coimbra, (luciano@uc.pt)


(3)Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF), Universidade de Coimbra, (ffelix@fl.uc.pt)
(4)Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF), Universidade de Coimbra,

(sisoliveira@gmail.com)

Resumo:
O PROSEPE desde a sua génese, em 1993, sempre visou transmitir valores e educar a população, em
especial a mais jovem, para a preservação do ambiente, com particular ênfase para a promoção e
preservação da floresta. Assumiu, como objetivos principais a defesa da floresta e a redução do risco de
incêndio florestal. Com efeito, a manifestação deste risco e a consequente destruição do coberto vegetal
desencadeiam efeitos múltiplos no ambiente florestal: a nível da biodiversidade, solos, recursos hídricos,
atmosfera, entre outros. Não raras vezes, leva mesmo à perda de vidas humanas, além de enormes
prejuízos materiais. Assim, nestas duas décadas de vigência do PROSESPE foram fundados, a nível
nacional, mais de 650 clubes da floresta, onde trabalharam semanalmente cerca de 15 milhares de
alunos, nas respetivas escolas, tendo sido sensibilizados mais de um milhão de jovens. Com o presente
trabalho pretende-se apresentar, analisar e discutir o contributo que este projeto, de educação não
formal, tem tido na criação e dinamização de instrumentos essenciais na formação e na informação dos
professores e, sobretudo, dos alunos, futuros cidadãos, para os quais se ambiciona a promoção de uma
cidadania interventiva, no que se refere à proteção dos valores florestais, em particular, e dos
ambientais, em geral. 1.Projeto de Sensibilização e Educação da População Escolar, dinamizado pelo
Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF) da Faculdade de Letras da Universidade
de Coimbra (http://www.uc.pt/fluc/nicif/PROSEPE).
Palavras-Chave: PROSEPE; Educação; Ambiente.

152

À DESCOBERTA DO RIO ZÊZERE: UMA ATIVIDADE DE OUTDOOR COM


ALUNOS DO 1º CEB
ANA DIREITO(1) ; ROSA TRACANA(2); ANA LOPES(3); MARIA EDUARDA FERREIRA (4)
(1)Jardim de Infância de Celorico da Beira, (ana.martins45@hotmail.com)
(2)IPG - ESECD Guarda, (rtracana@ipg.pt)
(3)IPG - ESECD Guarda, (anaventura@ipg.pt)
(4)IPG - ESECD Guarda, (eroque@ipg.pt)

Resumo:
O bloco À descoberta do ambiente natural, do 4º ano do 1º CEB, abrange conteúdos propiciadores do
desenvolvimento de atividades de outdoor. O ensino em contexto não formal é proporcionador de
aprendizagens significativas que podem desenvolver atitudes de respeito para com a natureza e
sensibilização para os aspetos estéticos do ambiente. O meio natural necessita que a educação ambiental
desencadeie sentimentos ecocêntricos nas nossas crianças, de modo a que cesse a perspetiva
antropocêntrica em relação ao meio ambiente. Assim, tendo como objetivo perceber se estas crianças do
1º CEB, de uma povoação da região da Serra da Estrela, conheciam o rio Zêzere, rio do meio natural a que
pertenciam, utilizamos a metodologia de investigação/ação, com uma componente qualitativa, pelo que
construímos um questionário, que foi preenchido, anonimamente, pelos alunos. A amostra compreendeu

67 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

58 alunos do 4º ano das escolas do 1º Ciclo de um grupamento de Escolas da região da Serra da Estrela. A
análise das respostas aos questionários mostrou que os alunos sabem que existe o rio Zêzere, mas não
sabem, por exemplo, onde nasce nem onde desagua, nem conhecem nenhum exemplar da sua fauna e
flora. Dizem que a poluição dos rios é perigosa para as espécies de fauna e flora. Concordam com a
preocupação que existe, na sociedade, pelas reservas e parques naturais, pela preservação do ambiente e
com tudo o que é prejudicial à natureza. Face a estes resultados estruturou-se o guião “Conhecer o Rio
Zêzere” com vista a uma saída de estudo. Os guiões para saídas de estudo constituem recursos didáticos
fundamentais para que a aprendizagem tenha continuidade, por exemplo, em contexto de sala de aula,
utilizando como estratégia a discussão, em grande grupo, dos registos das observações efetuadas.
Palavras-Chave: Educação ambiental,; Atividade de outdoor; 1º CEB.

155

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE ESPOSENDE: A SENSIBILIZAÇÃO


COMO FERRAMENTA DE RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL
ANABELA ALMEIDA(1) ; SANDRA MARQUES(2); ALEXANDRA ROEGER(3).
(1)EsposendeAmbiente, EM, (anabela.almeida@esposendeambiente.pt)
(2)EsposendeAmbiente, EM, (sandra.marques@esposendeambiente.pt)
(3)Esposende Ambiente, EM, (alexandra.roeger@esposendeambiente.pt)

Resumo:
O contributo do Município de Esposende enquanto gestor, coordenador e promotor de iniciativas
ambientais tem sido uma constante nos últimos 17 anos e o incremento de práticas que potenciem a
formação de cidadãos cada vez mais comprometidos com a sustentabilidade do planeta, tem vindo a
ocupar um lugar prioritário nas preocupações da empresa municipal Esposende Ambiente. A promoção
de uma educação ambiental assente na participação e na partilha de responsabilidades tem sido a aposta
da Esposende Ambiente, EM. A abertura do Centro de Educação Ambiental (CEA) em 2011 veio contribuir
para uma nova dinâmica na estratégia educativa do Município, através do desenvolvimento de projetos
baseados na experimentação. Os espaços existentes neste equipamento educativo propiciam uma nova
perceção da relação Homem/Ambiente e o contacto com outras formas de conhecimento e tecnologias.
Refira-se nomeadamente a exposição “Ambiente Interativo”, uma exposição permanente que constitui o
suporte para o desenvolvimento de muitos projetos educativos. As várias salas, com diferentes valências,
permitem a realização de oficinas práticas e exploratórias, onde são trabalhados temas na área do
ambiente. Já os espaços exteriores, em perfeita sintonia com a dinâmica do Horto Municipal, possibilitam
a realização de projetos que favorecem o contacto com a natureza. Anualmente o CEA disponibiliza um
conjunto diversificado de propostas educativas dirigidas a diversos públicos,onde são abordadas diversas
áreas de interesse, com vista à sensibilização e formação dos participantes, contribuindo desta forma
para uma maior co-responsabilização ambiental dos cidadãos. Mais do que a quantificação das
participações e das avaliações de satisfação dos participantes, e não obstante a sua relevância enquanto
indicadores em constante monitorização, importa realçar o contributo do CEA na gradual mudança de
hábitos, incentivo à participação crítica e responsabilização dos munícipes.
Palavras-Chave: Educação Ambiental; Participação; Responsabilização.

68 | Eixo 3. Educação e Ambiente


195

EDUCAÇÃO COMO ESPAÇO SOCIAL E EDUCOMUNICAÇÃO


APARECIDA LUZIA ALZIRA ZUIN(1) ; BRUNO VALVERDE CHAHAIRA(2); TIAGO BATISTA RAMOS(3).
(1)Universidade Federal de Rondônia, (alazuin@gmail.com)
(2)Universidade Federal de Rondônia, (professorbrunodireito@gmail.com)
(3)Universidade Federal de Rondônia, (tiagoramos8@gmail.com)

Resumo:
Neste trabalho, apresenta-se a ideia de educação como espaço social, também “espaço” de
desenvolvimento e aprendizado das técnicas culturais, da escrita e da fala. Busca para tal intento,
subsídios teóricos nas abordagens educacionais e pedagógicas de Paulo Freire, em conjunção com as
teorias de Jürgen Habermas no tratamento da Teoria da Ação Comunicativa; nas proposituras dos
Parâmetros Curriculares do Ensino Médio – PCN+, área: Linguagem, Códigos e Novas Tecnologias e, na
área da Educomunicação. Nesse sentido, a ideia é compreender a linguagem como capacidade humana
de articular significados coletivos e compartilha-los, em sistemas arbitrários de significação provenientes
das necessidades (PCNEM) e experiências do mundo vivido. Nessa perspectiva as habilidades e
competências se inserem no eixo da representação e da comunicação, a fim de colocar o sujeito como
protagonista do processo produção/recepção.
Palavras-Chave: Educação; Espaço Social; Educomunicação.

26

EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO


SEMIÁRIDO BRASILEIRO
EDILENE BARBOSA PINTO(1).
(1)Fundação Joaquim Nabuco, (ebp@br.inter.net)

Resumo:
Mudar os hábitos em relação às formas mais adequadas de convivência com o clima semiárido é uma
questão urgente. Conviver com este clima implica em saber viver com a escassez de água na região.
Sendo assim, faz-se necessária a mudança do imaginário das necessidades de água no semiárido, o que
exige a transformação de hábitos e valores. Assim, é importante o investimento em processos de
formação das crianças, jovens e adultos dessa região, que tenham como foco o esgotamento dos
recursos naturais no mundo. A Educação é o caminho primordial que deve ser tomado. A Educação
baseada no contexto possibilita a compreensão dos fenômenos que circundam o indivíduo que, de posse
de novos conhecimentos tem a possibilidade de viver com mais qualidade e dignidade. E nesse contexto
versa essa comunicação, elaborada a partir de pesquisa realizada em escolas públicas do Semiárido
brasileiro para identificar quais as concepções de convivência com o semiárido estão sendo trabalhadas
na prática pedagógica e de que maneira está sendo incorporado pelos educandos no seu cotidiano. A
partir do resgate das experiências usadas no processo de promoção e difusão sobre a convivência com o
semiárido na pratica pedagógica, almeja-se produzir um DVD que poderá ser utilizado como instrumento
lúdico-pedagógico subsidiando a Proposta de Educação Contextualizada naquela região. A pesquisa foi
realizada a partir da revisão bibliográfica; levantamento, coleta e tratamento de dados secundários e
primários.
Palavras-Chave: Educação; Educação contextualizada; Semiárido.

69 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

36

EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA - A MILITÂNCIA COMO PROCESSO


EDUCATIVO
GUILHERME CARDOSO DA SILVEIRA(1) ; CELSO SANCHEZ PEREIRA(2).
(1)Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, (guisilveira88@hotmail.com)
(2)Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, (celso.sanchez@hotmail.com)

Resumo:
O trabalho tem a premissa de refletir sobre como a militância no movimento ambientalista pode ser
compreendida como um processo de acumulação de capital cultural, situando esta perspectiva como
inerente à Educação Ambiental Crítica. Fundamentamos a pesquisa com o referencial teórico conhecido
como estruturalismo construtivista, obra do sociólogo francês Pierre Bourdieu, pois trás elementos para a
compreensão do campo onde esses sujeitos estão inseridos e as relações de poder nele presentes. Outra
discussão necessária para a compreensão do campo é a que refere-se aos diferentes discursos e práticas
do movimento ambientalista, na qual utilizamos as considerações do ecólogo político Juan Martinez Alier
e autores que trazem a temática da Justiça Ambiental e Racismo Ambiental. Para conseguir os subsídios
necessários para o trabalho utilizamos a História Oral através de entrevistas com militantes do
movimento ambientalista do Estado do Rio de Janeiro. O recorte metodológico recai sobre os militantes
que possuem a condição de porta-voz (conceito bourdieusiano) e estão em atuação há pelo menos 10
anos. Os resultados finais indicam que a luta política no campo ambientalista propicia grande
possibilidade de acumulação de capital cultural – sobretudo informações que permeiam o conflito no
qual se inserem e também de capital social, haja vista a necessidade de articulações necessárias para o
enfrentamento. A condição de porta-voz revela-se como uma potencializadora da acumulação de
capitais.
Palavras-Chave: Educação Ambiental Crítica; Movimento Ambientalista; Militância.

140

RECICLAGEM COMO AÇÃO ECONÔMICA, SOCIAL E AMBIENTAL: A


EXPERIÊNCIA DOS TRABALHADORES DA ASSOCIAÇÃO SORRISO DE
CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS, MUNICÍPIO DE SORRISO, MATO
GROSSO, BRASIL
LIANDRA CRISTINE BELLÓ GRÖSZ(1) ; JUSSARA GIARETTA(2).
(1)Instituto Federal de Mato Grosso - Campus Sorriso, (liandra.grosz@srs.ifmt.edu.br)
(2)CAT- Clube Amigos da Terra, (jussaragiaretta@yahoo.com.br)

Resumo:
A pesquisa investigou treze colaboradores da Associação Sorriso de Catadores de Materiais
Recicláveis, cujas entrevistas, in loco, mostraram sete mulheres e seis homens com faixas etárias entre os
dezessete a cinquenta e cinco anos. A maioria afirmou possuir ensino fundamental completo e somente
um mostrou-se não alfabetizado. A composição familiar revelou que a maioria é casada, dividindo o lar
com mais de seis familiares. No tocante à renda mensal, oito entrevistados afirmaram receber até dois
salários mínimos, ficando o restante dos colaboradores com até um salário, sendo este complementado
com o recebimento de benefício social.

70 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Inquiridos sobre o tempo que trabalhavam com reciclagem, os achados demonstraram que a maioria
exerce essa função há menos de um ano. Em relação aos tipos de resíduos mais vendidos, registraram-se
o papel e o plástico, sendo este último o de maior valor agregado.
Observaram-se, no local, odores fortes, nível de ruído intenso e presença de material cortante nos
resíduos, somados à exposição à radiação solar e à sobrecarga de esforço físico contida nas atividades
laborais. Quanto ao uso de EPIs, os entrevistados revelaram usá-los ocasionalmente. Por meio do
conhecimento das tarefas de coleta, separação e transmutação do lixo em mercadoria, a reciclagem
garante a sobrevivência dessa parcela da população e contribui para que a sociedade possa (re) conhecê-
los como trabalhadores não menos merecedores de dignidade e importância nas esferas sociais.
Palavras-Chave: resíduos sólidos urbanos; sustentabilidade; economia.

231

O CONTRIBUTO DOS PROJETOS EDUCATIVOS LOCAIS PARA A


IMPLEMENTAÇÃO DE ECOTERRITÓRIOS: AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL COMO VETORES ESTRATÉGICOS
LILIANA PAREDES(1); LUÍS ALCOFORADO(2); A. M. ROCHETTE CORDEIRO(3).
(1)FPCEUC/FLUC/CEIS20, (lilianarparedes@gmail.com)
(2)PCEUC/CEIS20, (lalcoforado@fpce.uc.pt)
(3)Departamento de Geografia – FLUC/CEIS20, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

Resumo:
Os anos 70 marcaram o início de uma maior consciencialização sobre as temáticas do ambiente e do
desenvolvimento sustentável, contribuindo para a introdução de práticas ambientais nos diferentes
quadrantes da sociedade. O desafio atual no âmbito dos Projetos Educativos Locais (PEL) é estimular uma
visão crítica da educação ambiental e das práticas pedagógicas associadas.
Num momento em que os municípios portugueses assumem o PEL como um instrumento
estruturante no domínio educativo, estes não podem deixar de contemplar o ambiente e o
desenvolvimento sustentável como vetores estratégicos, na definição de “ecoterritórios”.
A metodologia utilizada neste trabalho teve em conta a revisão da literatura sobre as temáticas do
ambiente e do desenvolvimento sustentável, bem como a análise documental de publicações
académicas, técnicas e políticas sobre responsabilidades e práticas de educação ambiental
implementadas no concelho do Fundão.
A atual oferta educativa/formativa direcionada à temática do ambiente e do desenvolvimento
sustentável, ao refletir muitas das lacunas existentes, justifica a necessidade de planear ações e recursos
vocacionados para a educação ambiental com vista à capacitação dos agentes educativos face aos
desafios do século XXI. Com este trabalho pretendemos descrever o processo de desenvolvimento de
propostas ecoformativas no município do Fundão, explicitando os agentes e variáveis envolvidas.
Palavras-chave: ambiente, desenvolvimento sustentável, educação ambiental

71 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

108

A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E SEUS IMPACTOS NA


SAÚDE HUMANA E NO MEIO AMBIENTE: REFLEXÕES E DESAFIOS
SANDRA SEREIDE FERREIRA DA SILVA(1) ; VALDIR CESARINO DE SOUZA(2); ANGELA MARIA CAVALCANTI
RAMALHO(3); MARIA BETÂNIA GAMA DOS SANTOS(4).
(1)Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, (sandrasereide@yahoo.com.br)
(2)Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, (valdircdes@ig.com.br)
(3)Universidade Federal de Campina Grande, (angelaramalho@oi.com.br)
(4)Universidade Federal de Campina Grande, (betaniagama@ibest.com.br)

Resumo:
Na sociedade contemporânea os transtornos causados pelos resíduos sólidos tem se ampliado cada
vez mais, tendo como elemento definidor o processo produtivo tanto industrial como tecnológico. Ao
considerar a crescente produção industrial com o intuito de suprir os desejos, acepções e fantasias
humanas, tem-se intensificado a geração de efluentes sólidos, líquidos e gasosos, fatos esses causadores
de impactos negativos tanto à saúde pública como ao meio ambiente. Face a esse cenário, a gestão e o
destino final dos resíduos sólidos tem sido foco de acirrados debates em todos os setores das
administrações públicas brasileiras e mundiais.
Diante desse enfoque, este estudo tem como objetivo apresentar os principais impactos na saúde
humana e no meio ambiente, resultante da acomodação inadequada dos resíduos sólidos urbanos. De
acordo com o estudo, esse problema constitui uma questão sanitária grave na maioria dos municípios
brasileiros, que ainda utilizam vazadouros a céu aberto, ameaçando a habilidade de auto-regeneração do
sistema água-solo-ar, corroborando num grau de poluição e degradação ambiental, prejudicial à vida, à
saúde e à economia em geral. A população reage e cobra pelas vias disponíveis, as contrapartidas,
responsabilidades e mais eficiência dos seus gestores públicos. Face ao exposto, faz-se necessário o
emprego de novas formas de avaliação dos impactos ambientais. Apoiar-se em métodos e ferramentas
adequadas para assegurar a resolução de problemas de gestão pública com mensurações periódicas de
estudos de determinantes ambientais, sobretudo das cidades, certamente auxiliará na redação de leis,
como contribuirá na busca de metas e estratégias duradouras para o meio ambiente.
Palavras-Chave: Resíduos Sólidos Urbanos; Saúde Humana; Meio Ambiente.

237

AGENDA 21 ESCOLAR: NO ÂMBITO AMBIENTAL EM OLIVEIRA DO HOSPITAL


SARA RODRIGUES MARMÉ(1); PATRÍCIA FIGUEIREDO(2) A. M. ROCHETTE CORDEIRO(3)
(1) Mestradoem Geografia Humana - Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra, (sara-
margarida23@hotmail.com)
(2)CEIS20, (pfigueiredo.3@gmail.com)
(3) Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra (rochettecordeiro@fl.uc.pt))

Resumo:
O objetivo principal deste trabalho é a integração da educação ambiental na comunidade escolar,
sendo fulcral, neste processo, dar a conhecer aos municípios e ao corpo docente e não docente o quão
importante deve ser a implementação da Agenda 21 Escolar, envolvendo-os na sua construção.

72 | Eixo 3. Educação e Ambiente


A comunidade escolar, sendo um reflexo da sociedade é caraterizada como um lugar privilegiado para
testar estratégias que provoquem as mudanças desejadas, de forma a contribuir para a construção de
cidades sustentáveis, neste caso ao nível ambiental. Parece ser, assim, evidente que é nas escolas que
todo o processo se deve iniciar, de forma a desenvolver as competências necessárias para resolver
problemas ambientais e sociais, a nível local e global.
O plano de ação proposto assenta sobre três grandes eixos: a gestão sustentável do ambiente, dos
recursos naturais e dos espaços interiores e exteriores, a participação comunitária através de fóruns de
participação e atividades extra curriculares e a intervenção, formação e sensibilização ambiental.
Parece importante ainda refletir criticamente sobre o tipo de agendas 21 escolares que têm sido
implementadas, de forma a tentar melhorar e provocar um impacto positivo na participação e no
comportamento dos alunos.
Palavras-Chave: Agenda 21 Escolar; Educação Ambiental; Sustentabilidade Local.

75

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL NA BACIA DE CAMPOS


(RJ – BRASIL)
SILVIA ALICIA MARTÍNEZ(1).
(1)Universidade Estadual do Norte Fluminense, (silvia-martinez@hotmail.com)

Resumo:
A Constituição Federal Brasileira garante que a construção de qualquer empreendimento que tenha
um potencial degradador do meio ambiente dependa de um processo de licenciamento ambiental.
Dentre as exigências dos órgãos ambientais está a execução de programas de Educação Ambiental.
O texto trata de recente projeto de educação ambiental, planejado e a ser implementado e
desenvolvido por grupo de profissionais de uma universidade pública localizada no Estado do Rio de
Janeiro, no âmbito do licenciamento ambiental. O projeto será desenvolvido na denominada Bacia de
Campos, território que abarca 13 municípios inseridos em área de influência das atividades realizadas na
região por empresas com atuação em setores de exploração e produção de gás, petróleo,
biocombustíveis dentre outras atividades. O projeto será implementado em sete desses municípios, e
tem como objetivo a mobilização e organização da comunidade pesqueira direita e indiretamente
envolvida na cadeia de produção, de forma a fortalecer ações vinculadas com os conceitos de Economia
Solidária, Inclusão Digital e Geração de Trabalho e Renda (GTR), com a criação de possíveis projetos de
intervenção para preservação e desenvolvimento socioambiental e econômico desta população.
Palavras-Chave: educação; gestão ambiental; organização social.

73 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Eixo 4. Educação, Património e Cultura

75 | Eixo 3. Educação e Ambiente


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

168

PROJETO EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - CIDADÃO ESCLARECIDO, CIDADÃO


ATIVO

ANA PAULA R. A. R. BROCHADO DE ALMEIDA(1) .


(1)Câmara Municipal de Esposende, (ana.almeida@cm-esposende.pt)

Resumo:
O Projeto “Educação Patrimonial” foi concebido em 2003 pelo Serviço de Património Cultural, na
sequência de uma reflexão centrada na função do Património na sociedade. Estamos conscientes que
todo o trabalho de investigação desenvolvido em torno do Património só é válido se for visto como um
instrumento de trabalho fundamental para o conhecimento e compreensão dos vestígios do passado,
que merecem o respeito, a preservação e a manutenção por parte dos munícipes. Assim, a política
educativa só pode ter sucesso se se desenvolver a par de uma formação de públicos. A educação é
perspetivada como componente fundamental da política de educação patrimonial e, simultaneamente,
um potencial motor de salvaguarda do património. Abraçamos uma missão que se centra no auxílio aos
cidadãos em geral, mas particularmente aos munícipes para que estes entendam qual é o seu lugar no
mundo e compreendam a sua identidade, contribuindo assim para aumentar o respeito por si próprio e
pelos outros. Na nossa sociedade os objetos têm uma função de comunicação muito importante. Assim, a
experiência de animação pedagógica usa o objeto e/ ou o monumento, procurando descobrir as histórias
que eles contêm. Serve de meio para lhes inventar linguagens diversas, dando espaço à imaginação
criativa inerente a todo o ser humano. Pretende-se que a experiência de aprendizagem proporcionada
pelas atividades do Projeto seja um instrumento distinto, mas complementar ao processo desenvolvido
ao longo da vida.
Palavras-Chave: Educação; Património; Cidadania.

229

PARA UMA CARTOGRAFIA ESCOLAR DE COIMBRA


ANTÓNIO GOMES FERREIRA(1); LUÍS MOTA(2).
(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra/GRUPOEDE, CEIS20,
Universidade de Coimbra, (antonio@fpce.uc.pt)
(2)Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação/GRUPOEDE, CEIS20, Universidade de Coimbra,

(mudamseostempos@gmail.com)

Resumo:
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ao reconhecer a
Universidade de Coimbra, a Alta universitária e a rua da Sofia como Património Mundial da Humanidade
mais do que a importância arquitetónica e da sua evolução, através de intervenções sempre
questionáveis consoante o prisma analítico, reconhece a relevância e o significado da cultura e, muito
especialmente, da cultura pela oferta escolar. Isso torna ainda mais evidente a conveniência de se olhar
para a evolução da distribuição dos estabelecimentos escolares na cidade.

77 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Neste pressuposto, avançamos para a necessidade de elaboração de uma cartografia escolar em


Coimbra, a partir das existências de estabelecimentos de ensino, da idade média até ao presente, que
nos permita perceber o que foi o sistema escolar. Uma cartografia que ajude a compreender a oferta
educativa, quantas vezes percebida como estática e linear, dedicando especial atenção à localização e à
própria consideração do estabelecimento escolar no espaço da cidade, procurando compreender a sua
evolução à luz do desenvolvimento do espaço urbano. Propomo-nos centrar em três exemplos, desde
logo a Universidade, do momento em que se instala junto à Praça 8 de maio, num edifício onde se
localiza hoje a Caixa Geral de Depósitos, à sua deslocação para a Alta, a edificação dos edifícios
pombalinos e a sua ulterior evolução e, de igual maneira, mapear e cartografar o trajeto da Escola Avelar
Brotero e da Escola Normal Primária, sem perder de vista a existência de património educativo visível e
invisível no sentido de esclarecer qual o seu significado.
Palavras-chave: Património educativo, Universidade, Oferta escolar

85

LOCAL, NACIONAL E UNIVERSAL NA EDUCAÇÃO COMPARADA: A


QUESTÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL PARA A EFETIVAÇÃO DE POLÍTICA
PÚBLICA ANTIRRACISTA NO ÂMBITO ESCOLAR BRASILEIRO

ARTUR JOSÉ RENDA VITORINO(1).


(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (arturvitorino@uol.com.br)

Resumo:
Essa comunicação enseja lançar as bases de uma interrogação a partir da Educação Comparada se o
nacional ainda tem lugar nas novas circunstâncias geradas pela globalização. Defende-se, a partir do caso
das ações afirmativas na era genômica, que o valor heurístico da polarização entre o particular e o geral,
ou entre o local e o universal, é útil tanto para a compreensão de fenômenos que eram baseados
especialmente no território e nos Estados nacionais, quanto para o entendimento das identidades
culturais e afetivas existentes no grande panorama da mundialização. Procede-se uma síntese da
investigação quanto às modificações materializadas pelo Estado-Nação no Brasil nos processos de
regulação dos sistemas educacionais no que diz respeito aos meios de geração de identidades culturais e
afetivas étnicas, como se elas fossem o resultado de um processo mais largo de regulação transnacional.
Porém, a efetivação na escola de política pública antirracista é um tema a ser resolvido a partir do que
Nancy Fraser (2009) denominou de "enquadramento Keynesiano-Westfaliano", pelo qual, em regra, as
discussões acerca da justiça concernentes às relações entre os cidadãos deveriam "submeter-se ao
debate dentro dos públicos nacionais e contemplar reparações pelos Estados nacionais".
Palavras-Chave: Escola; Nação e nacionalismo; política pública antirracista.

78 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

147

ESCRITURAS AL MARGEN
BIENVENIDO MARTÍN FRAILE(1) ; ISABEL RAMOS RUIZ(2).
(1)Universidad de Salamanca, (bmf@usal.es)
(2)Universidad de Salamanca, (mirr@usal.es)

Resumo:
El CEMUPE dispone de un archivo que sitúa la cifra en mil cuadernos aproximadamente clasificados
por categorías según la clase de los mismos, siendo el más antiguo de 1868. Un material escrito que
muestra vívidamente lo que la escuela fue y cómo evolucionó al compás de los años. Nos acercan a
tiempos pasados, a las prácticas diarias de formación de los niños. Permiten acercarnos a la vida fuera de
la escuela, puesto que dan cuenta de aquellos aspectos de la realidad social, política o familiar que más
llamaron la atención de los alumnos o del maestro, y que quedaron reflejados en el soporte del papel. De
ellos vamos a extraer aquellas páginas que proporcionan una información directamente relacionada con
dos vertientes, una objetiva y formal, el curriculum explícito trabajado en el aula, y otra denominada
subjetiva y sentimental. Ambas vertientes configuran la base central del estudio denominado por los
autores como Escrituras al margen. En síntesis, un precioso trabajo de rastrear vida y sentimientos en los
renglones escritos por manos infantiles, unas veces recogidos en enunciados, otras en el contenido del
asunto y otras en las márgenes; esto es, la escritura alternativa, la que no se ajusta al currículum
totalmente, sino que se escapa de la red que teje la legislación y el habitus del maestro. Pensar y sentir,
estas son las claves. Analizamos, estudiamos y transmitimos un bagaje cultural válido para la escuela
actual y la de un futuro próximo.
Palavras-Chave: Cuadernos; escritura; sentimientos.

177

PATRIMÓNIO GEOLÓGICO E GEOMORFOLÓGICO EM COIMBRA NUMA


PERSPETIVA DE EDUCAÇÃO E CULTURA

CELESTE ROMUALDO GOMES (1) ; PEDRO M. CALLAPEZ(2); ARMANDO L. ROCHA(3); LÚCIO CUNHA(4).
(1)CGUC,Departamento das Ciências da Terra, Universidade de CoimbraPortugal, (romualdo@dct.uc.pt)
(2)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (callapez@dct.uc.pt)
(3)Agrupamento de Escolas Coimbra Sul, (armandoferreirarocha@gmail.com)
(4)CEGOT e Departamento de Geografia, Universidade de Coimbra, Portugal, (luciogeo@fl.uc.pt)

Resumo:
O sítio de Coimbra moldou a construção e o desenvolvimento da urbe. Por isso, muitos dos locais com
interesse geológico e geomorfológico, constituem um cartão-de-visita e representam hoje um verdadeiro
património natural e, mais especificamente, um importante geopatrimónio da cidade. Esta ocupa
unidades geológicas da base da bacia Lusitânica, contemporânea com a abertura do Atlântico. As
caraterísticas das litologias, bem como os processos de geodinâmica interna e externa esculpiram a
morfologia atual. Os objetivos deste estudo foram: inventariar, analisar, selecionar e revelar os exemplos
principais do geopatrimónio urbano, em Coimbra.

79 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A metodologia consistiu em pesquisar casos importantes para a Educação, num formato


interdisciplinar (Geologia e Geografia) e tendo em consideração os programas de ensino portugueses.
Assim, a partir de um conjunto de possibilidades, selecionaram-se: 1) o Penedo da Saudade; 2) o Penedo
da Meditação; 3) o meandro abandonado do Mondego; 4) o vale do Rio; 5) o Miradouro do Vale do
Inferno; 6) a colina do Polo I da Universidade; 7) a colina da Igreja de Santo António dos Olivais; e 8) o
relevo do limite entre as unidades do Pré-Câmbrico e as unidades da base do Mesozóico. Estes exemplos
são importantes, não apenas em Educação formal, mas, também, em Educação para todos (objetivo
definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015) e para a compreensão da evolução dos terrenos
geológicos, ao longo do tempo, à escala geológica. Alguns dos locais selecionados são notáveis,
especialmente, pelas paisagens com interesse educacional e turístico.
Palavras-Chave: Educação para todos; Património natural; Locais com interesse geomorfológico.

78

EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTIVA: CONTRIBUTO INTELECTUAL E


REPRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO

CÉSAR RODRIGUES(1).
(1)CEIS20, (cesarseter@gmail.com)

Resumo:
A educação física mereceu, desde o século XIX, a atenção dos Estados como forma «de militarização
da “sociedade civil”, de educação da juventude, de disciplina dos corpos, de higienização médica e de
propaganda nacionalista», pelo que «a educação física significou, em grande medida, a recondução do
fenómeno desportivo à educação estatal».1 O exercício do corpo seria paulatinamente associado a uma
componente da educação física como contraponto à educação mental. Em 1928, Neves Reis, defendia
que o equilíbrio mental dependia do equilíbrio físico. Defendia que «a ginástica racional – a educação
física numa palavra – deve ser ministrada, a par da educação literária e científica».2 Através da educação
física, o desporto poderia representar a afirmação de uma sociedade como sucedeu, em Portugal, através
dos Jogos de Amesterdão, em 1928. A imprensa valorizava o desporto como componente de educação
física, mas também diplomática, social, política e educação moral. Exultava-se a raça portuguesa e suas
qualidades físicas. A prática desportiva revelava-se um agente unificador de classes, de identidades e de
pertença ao território nacional. A comunicação pretende analisar de que forma a educação física e
desportiva era tida em consideração dentro da área educativa e enquanto representação do território.
Ter-se-á, por base, o discurso da imprensa desportiva, particularmente no ano de 1928. 1. NEVES, José
e DOMINGOS, Nuno (2011) – Uma História do Desporto em Portugal – Corpo, Espaços e Média. Volume I.
Vila do Conde: QUIDNOVI. 2. Neves Reis, In Os Sports, 8 de fevereiro de 1928, p. 1.
Palavras-Chave: Educação; Território; Espírito desportivo.

80 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

189

RECURSOS PARA ATIVIDADES DE EXTERIOR NA SERRA DA LEBA, EM


ANGOLA
CONSTANTINO USSOMBO(1); FERNANDO CARLOS LOPES (2); CELESTE ROMUALDO GOMES (3)
(1)EscolaSecundaria do II ciclo da Arimba-Lubango, Angola, (caleiussombo1otmail.com)
(2)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (fcarlos@dct.uc.pt)
(3) CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
As atividades práticas são muito importantes para o desenvolvimento de competências
(conhecimentos, capacidades e atitudes). A realização de atividades de exterior, quando realizadas de
acordo com modelos validados, é muito importante. Este estudo consistiu na construção de recursos
para atividades de exterior de acordo com um modelo que inclui 3 unidades: preparação; atividade de
exterior e síntese. Estes recursos foram construídos com exemplos da geologia e da geomorfologia da
Serra da Leba, em Angola.
Os objetivos deste estudo foram: construir e apresentar os recursos para a atividade de exterior,
organizada com o modelo em 3 fases. Os recursos, construídos no âmbito da realização de uma
dissertação de mestrado, consistiram em documentos em PowerPoint, atividades de papel e lápis,
caderno de campo e minicartazes. Estes recursos podem ser usados, também, numa atividade de exterior
virtual. Foram selecionados 15 locais de interesse, nos quais se efetuaram trabalhos de campo de
observação e recolha de dados, incluindo representações pictóricas. As representações foram, numa 2ª
fase, interpretadas e simplificadas por um especialista. O projeto de atividade de exterior e os recursos
foram avaliados e validados pelos orientadores e pelos membros do júri das provas de mestrado. Numa
próxima etapa, a atividade e os recursos serão avaliados e validados em contexto de aula.
Palavras-Chave: Atividades de exterior; recursos para o ensino; Serra da Leba (Angola).

13

EDUCAÇÃO E CULTURA: O PERFIL DOS ALUNOS INDÍGENAS DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA, AMAZÔNIA, BRASIL

EDIENE PENA FERREIRA(1) ; ÂNDREA CONSOELO CUNHA DA SILVA(2); DANIELA CUNHA DOS SANTOS(3);
MARIA EDUARDA DOS SANTOS CHAIBE(4).
(1)UniversidadeFederal do Oeste do Pará - UFOPA, (ediene.ferreira@ufopa.edu.br)
(2)Universidade Federal do Oeste do Pará, (gelopa.stm@gmail.com)
(3)Universidade Federal do Oeste do Pará, (gelopa.stm@gmail.com)
(4)Universidade Federal do Oeste do Pará, (gelopa.stm@gmail.com)

Resumo:
Este trabalho compreende um dos objetivos de uma pesquisa maior intitulada O ensino de língua
portuguesa em contexto plurilingue e intercultural: por uma política de inclusão desenvolvida pelo Grupo
de Estudos Linguísticos do Oeste do Pará – GELOPA. A pesquisa é o resultado da preocupação de um
grupo de professores da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, em criar uma política que
incluisse, efetivamente, os alunos indígenas que, por meio de seleção especial, passaram a ter acesso ao
ensino superior.

81 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A UFOPA, criada em 2009, com sede na cidade de Santarém, Pará, no coração da Amazônia Brasileira,
é a primeira universidade federal no interior da Amazônia e, além da sede, abrange mais 06 (seis)
municípios, a saber: Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre e Oriximiná. Desde 2010, a UFOPA vem
abrindo edital para seleção especial indígena e já conta com 126 (cento e vinte e seis) alunos aprovados
por meio dessa seleção. Foi observado, entretanto, que estes alunos apresentam dificuldades em
acompanhar as disciplinas ofertadas, em grande parte, porque não dominam a língua portuguesa.
Preocupado com essa situação, o Grupo elaborou o projeto já citado e dentre os objetivos está o de
traçar o perfil destes estudantes, descobrir quais os principais problemas enfrentados por esses alunos no
que diz respeito à sua inclusão no ambiente universitário, para, posteriormente, elaborar atividades que
possam auxiliá-los no domínio do português, sem que os indígenas abandonem sua cultura e,
consequentemente, sua identidade. Após embasamento teórico, Sclair-Cabral (1999); Roncarato;
Abraçado (2003); Savedra, (2008, 2009), foi aplicado, como metodologia para atingir nosso primeiro
objetivo, um questionário com perguntas relacionadas à identificação, formação e ao domínio da língua
portuguesa. Esse questionário foi aplicado a 100 (cem) alunos indígenas. Os resultados apontam o
seguinte perfil dos alunos indígenas: a) Em relação ao ensino fundamental e médio: os alunos cursaram
en
Palavras-Chave: Educação; Cultura; Alunos indígenas.

173

ZONA ESCOLAR DO CALHABÉ E A (RE)CONSTRUÇÃO DA CIDADE


MODERNA

MABELY MOREIRA(1); GONÇALO CANTO MONIZ (2).


(1)Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – CES/UC
(2) Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra – CES/UC

Resumo:
A escola, enquanto equipamento público, tem um papel estruturante no desenvolvimento da Cidade.
De facto, o equipamento escolar foi, ao longo da história, associado a importantes operações urbanísticas
de abertura de arruamentos, construção de espaços públicos e de áreas habitacionais. Em diferentes
momentos da história urbana, a escola ora permitiu ampliar a malha urbana ora contribuiu para
consolidar ou reabilitar o espaço construído. A Zona Escolar do Calhabé, em Coimbra, é um dos exemplos
deste processo. Num primeiro momento, o plano de urbanização de Coimbra projectado por Etienne de
Groer na década de 40 define uma nova área de expansão no Calhabé, a partir de um centro constituído
por um polo desportivo e escolar - um liceu feminino, uma escola técnica e uma escola do magistério
primário. Num segundo momento, o Estado português propõe, no início do século XXI, a modernização
deste pólo, tanto do estádio municipal como das escolas (Brotero e Dona Maria). Esta comunicação tem
como objectivo analisar a construção e a transformação destes espaços de aprendizagem no contexto do
planeamento da cidade, das políticas educativas e da cultura arquitectónica. Pretende-se assim
compreender o papel deste património escolar moderno na reinvenção do espaço e da cultura urbana do
Calhabé, hoje denominado de Solum.

82 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

51

PATRIMÔNIO CULTURAL E INFÂNCIA: OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO E DA


CULTURA

MARCELA ALVES VIÇOZO(1) ; TÂNIA DE VASCONCELLOS(2).


(1)Universidade Federal Fluminense, (cellavicozo@hotmail.com)
(2)Universidade Federal Fluminense, (taniadevasconcellos@yahoo.com.br)

Resumo:
A proposta deste trabalho é promover uma reflexão acerca da relação entre patrimônio, infância e
educação. Fruto de pesquisas desenvolvidas com grupos de cultura popular, o estudo tem buscado
compreender como se estabelecem os diálogos e as tensões entre saberes patrimoniais e escolares. Para
esse fim, as práticas do Jongo/Caxambu e do Congado têm se caracterizado como pano de fundo diante
do qual se tecem as relações entre crianças e patrimônio, entre infâncias e memória. Os procedimentos
metodológicos que dão suporte a este trabalho estão pautados na investigação etnográfica, com os
aportes da pesquisa histórico-documental. Os resultados preliminares demonstram que as práticas
presentes nessas manifestações são entendidas pelos participantes como uma tradição de resistência, de
identificação própria. O registro dessas expressões culturais pelo IPHAN-- Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional-- abre o leque para a discussão de salvaguarda desses bens, para a
experiência e estética de olhar e estar no mundo. Conclui-se que a imersão das crianças nos grupos
configura um movimento crucial para a construção de um novo conceito de infância e patrimônio, pois
aponta novas lógicas que permitem potencializar a incorporação dos saberes patrimoniais às concepções
e práticas que norteiam o cotidiano escolar, que clama pelo processo criativo e pelo ócio.
Palavras-Chave: Infância; Educação, Patrimônio.

MEDIAÇÃO SOCIOCULTURAL, LITERATURA E INTERVENÇÃO


MARIA AUXILIADORA CUNHA GROSSI(1).
(1)Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais- Brasil, (dorinhagrossi@gmail.com)

Resumo:
A presente comunicação objetiva suscitar reflexões acerca de fundamentos teórico-práticos
educativos e culturais, aplicados e desenvolvidos em pesquisas científicas de fomento a práticas escolares
com o ensino da Literatura como patrimônio cultural. Tais pesquisas propuseram metodologias que
visaram à formação de alunos, contando com a participação da comunidade escolar, com um todo. As
referidas práticas culturais com a Literatura possibilitaram o desenvolvimento da função socializadora da
comunicação poética no espaço escolar, ampliando o sentido das relações humanas nos locais
institucionais. Pretende-se colocar em foco discussões sobre as possíveis formas de relação e de diálogo
entre a instituição escolar e os espaços simbólicos da Literatura, especialmente da poesia, da música
assim como demais disciplinas do conhecimento como a Geografia, a História. As metodologias utilizadas
privilegiaram o redimensionamento deste “entre-lugar”, na e pela ocupação sociocultural promovida pelo
próprio sujeito em seu espaço cotidiano escolar. Objetiva-se, assim, a partir destas pesquisas, aprofundar
as discussões sobre o significado desse espaço como lugar da imaginação. Para tanto é preciso incitar os
sujeitos à compreensão e à transformação de sua realidade, produzindo conhecimentos que intervenham
no projeto educativo cotidiano, em sua organização e estrutura, valorizando, enfim, os sentidos
produzidos nesses espaços privilegiados da comunicação humana.
Palavras-Chave: Educação; Literatura; Comunidade.

83 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

48

ROTEIROS GEO-TURÍSTICOS EM BELÉM DO PARÁ, AMAZONIA, BRASIL:


TURISMO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM BELÉM DO PARÁ NA AMAZÔNIA
BRASILEIRA.

MARIA GORETTI DA COSTA TAVARES(1).


(1)Universidade Federal do Pará, (mariagg29@gmail.com)

Resumo:
O presente artigo é resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará. O projeto
denominado Roteiros Geo-turísticos: conhecendo o centro histórico de Belém na Amazônia é de extrema
relevância e pertinência para a resignificação das práticas turísticas em Belém, como ação estimuladora
de resgate da memória social, histórica e geográfica do bairro da Cidade Velha, e como ação de educação
patrimonial articulada com a educação ambiental. O projeto visa, também, contribuir no planejamento de
ações turísticas para a cidade de Belém e na revalorização histórica patrimonial, cultural e turística da
cidade (associações locais, população em geral e turistas), conforme nos orienta as leituras sobre o
turismo de base comunitária.
O artigo tem como objetivos compreender a experiência de construção de um roteiro Geo-turístico,
tendo em vista que este se diferencia dos roteiros tradicionais porque apresenta elementos da geografia
e conta com a participação da sociedade local, uma característica fundamental do Turismo de Base
Comunitária; visa, também, contribuir para o reconhecimento e valorização das práticas turísticas
alternativas que insiram o patrimônio cultural, patrimonial, no que se refere aos profissionais que
elaboram as políticas de turismo local, estadual e nacional.
A experiência de construção do roteiro Geo-turístico tem se mostrado bastante positiva, pois já foi
criado e realizado o primeiro roteiro que contou com a participação de vários profissionais (Geógrafos,
Turísmologos, historiadores, Arquitetos), estudantes de graduação e sociedade local. Durante a
elaboração e execução do roteiro contamos com o apoio de órgãos ligados ao turismo, tanto da esfera
estadual, quanto municipal, isso tem demonstrado que estes poderes começam a perceber a necessidade
e importância de ações como estas que visam valorizar práticas turísticas alternativas e inserir ações de
educação patrimonial e ambiental com a sociedade.
Palavras-Chave: Educação Patrimonial; Belém; Amazônia.

141

LA CONSTRUCCIÓN DE LA MEMORIA HISTÓRICO-EDUCATIVA ATRAVÉS


DE UN MUSEO PEDAGÓGICO: EL CASO DEL MUSEO DE LA EDUCACIÓN DEL
PAÍS VASCO
PAULÍ DÁVILA(1) ; LUIS M. NAYA(2).
(1)Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, (pauli.davila@ehu.es)
(2)Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, (luisma.naya@ehu.es)

Resumo:
La recuperación del patrimonio memoria histórico-educativo es una vía adecuada para la
reconstrucción de la memoria colectiva y de las experiencias escolares. Con este objetivo, entre otros, se
han creado algunos museos de la educación distinta dependencia institucional: universidades,
patronatos, municipios, centros privados, asociaciones culturales, etc. La Universidad del País Vasco, a
través de un grupo de investigación ha comenzado la tarea de poner en marcha el “Museo de la
Educación de Euskal Herria”.

84 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

El objetivo de esta comunicación es dar a conocer a la Comunidad los pasos dados hasta este
momento, centrándonos en su construcción como museo universitario y en la aportación de diversas
entidades públicas y privadas a este proyecto. Asimismo se presentará el diseño global del museo y de las
salas que actualmente están accesibles. En este proceso estamos recuperando material escolar
(cuadernos escolares, libros de texto, mapas, láminas didácticas, etc.) y educativo, poniendo en valor el
Patrimonio Histórico-Educativo que estaba en riesgo de desaparecer y favoreciendo la construcción de la
memoria colectiva y los rasgos más característicos de la Educación en el País Vasco. El análisis de
cuadernos y textos escolares utilizados durante el franquismo son una muestra de la capacidad de
recuperación y construcción de la memoria histórico-educativa, tanto en las escuelas públicas como en
las privadas e ikastolas (escuelas vascas).
Palavras-Chave: Patrimonio Histórico-Educativo; Museo de la Educación; País Vasco.

170

CULTRA TERRITORIAL E CULTURA NEGRA BRASILEIRA: APONTAMENTOS


SOBRE CAMPO E CONCEITO

RENAN RIBEIRO MOUTINHO(1) ; CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS MARTINS(2); JOYCE GONÇALVES DA
SILVA(3); ROSILENE DA CONCEIÇÃO SILVA(4).
(1)Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Relações Etnicorraciais (PPRER) do Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), (renanmus@gmail.com)
(2)Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Relações Etnicorraciais (PPRER) do Centro Federal de Educação

Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), (renanmus@gmail.com)


(3)Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Relações Etnicorraciais (PPRER) do Centro Federal de Educação

Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), (renanmus@gmail.com)


(4)Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Relações Etnicorraciais (PPRER) do Centro Federal de Educação

Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), (renanmus@gmail.com)

Resumo:
A letra da Lei 10.639 de 2003 é enfática ao incluir a História e a Cultura Afro-brasileira no currículo
oficial da Rede de Ensino no Brasil. O parágrafo primeiro da referida lei enfatiza o conteúdo programático
e retoma a temática da cultura, convergindo especificamente para a denominada “cultura negra
brasileira”, sinalizando para um resgate e sinalização de uma cultura territorial. Face à complexidade
intrínseca a estes conceitos, os quais são transversais a diferentes áreas do saber, este artigo propõe-se a
debater estes que, aglutinados, remetem ao resgate da cultura do povo negro brasileiro. Este trabalho
caracteriza-se como uma revisão bibliográfica e análise documental. A metodologia partiu de pesquisa
bibliográfica dentre notáveis debates entre pensadores brasileiros e portugueses que debruçaram-se
sobre questões análogas. Pretendemos, com este debate preliminar, complementar o trabalho de
pesquisa em desenvolvimento no mestrado, em andamento sobre Relações Étnico-Raciais, além de
colaborar para que sejam superados os desafios apresentados para a aplicação efetiva da referida lei.
Palavras-Chave: Cultura negra brasileira; Cultura Territorial; Negro Brasileiro.

85 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

176

REABILITAR A SABEDORIA NA CIDADE A PARTIR DA RUA DA SOFIA EM


COIMBRA
ROONEY FIGUEIREDO(1) ; MAIZA TRIGO(2); ANTÓNIO GOMES FERREIRA(3); LUÍS MOTA(4).
(1)FLUC,
(professor.rooney@gmail.com)
(2)FPCEUC,
(matrigo_rn@hotmail.com)
(3)FPCEUC / GRUPOEDE-CEIS20, (antonio@fpce.uc.pt)
(4)ESEC-IPC 7 GRUPOEDE-CEIS20, (mudamseostempos@gmail.com)

Resumo:
Cada lugar é percebido a partir do conhecimento que já se tem ou adquire do lugar. A leitura dos
espaços é feita quase que inconscientemente, pois as associações são instantâneas. No entanto, não é
raro passarmos ou visitarmos lugares e não conseguirmos interagir com o espaço a partir da significância
originalmente atribuída. Com o objetivo de abrigar os colégios da Universidade, quando D. João III a faz
retornar à Coimbra, a Rua da Sofia é aberta com imensa importância. Sua imagem e significância foram
registradas em sua toponímia de “rua da sabedoria”, pois a rua era percebida pelos objetivos de sua
ocupação principal. Da mesma forma, os seus colégios receberam significância pela leitura da
importância atribuída à rua. Esses diálogos iconológicos entre o espaço e seus objetivos e a percepção
dos usuários ou transeuntes tornaram-na num dos elementos-chave de seu desenvolvimento. À medida
que há alteração do espaço (suas edificações e objetivos), a leitura do mesmo transforma-se. Por
conseguinte, o diálogo entre o indivíduo e o espaço pode promover sua importância (valorização e status)
ou não (e consequente abandono social). Essa leitura reflete-se diretamente na maneira como
interagimos com o lugar e na maneira como entendemos o diálogo entre a sua significância e a utilidade
que lhe atribuímos. Uma simbiose de significâncias e significados atribuídos que reflete a percepção
coletiva do espaço, suas edificações e os diálogos interrompidos.
Palavras-Chave: Patrimônio material e imaterial.; Patrimônio educativo.; Significância e significados.

41

CONTRIBUIÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO APRENDIZAGEM


DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM COMPARATIVO ENTRE DUAS ESCOLAS
PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE GUAMARÉ/RN

SAMANTHA ALEXSANDRA DE ARRUDA CÂMARA ARAÚJO(1) ; VALQUIRIA MELO SOUZA CORREIA(2).


(1)Universidade Federal Rural do Semi-árido, (valquiria@ufersa.edu.br)
(2)Universidade Federal Rural do Semi-árido, (valquiria@ufersa.edu.br)

Resumo:
O presente trabalho aborda as questões referentes ao uso das tecnologias em ambientes escolares
referenciando a importância de uma estrutura física para a efetivação das ações pedagógicas. Buscou-se
efetuar um comparativo entre duas escolas públicas de um município do Estado do Rio Grande do Norte,
questionando as possibilidades tecnológicas em relação ao uso das TIC’s – Tecnologias de Informação e
Comunicação, formação docente e infraestrutura.

86 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados o processo de observação no espaço escolar,
a utilização do laboratório de informática e entrevistas através de questionários fechados com docentes e
discentes a respeito da importância dos dois âmbitos citados em referência: a importância das
tecnologias e estrutura física das escolas. Os resultados obtidos traduzem a positividade quanto ao uso
das TIC’s, aborda a negatividade da estrutura física escolar no processo de ensino aprendizagem, como
também a exigência de melhorias no espaço escolar por docentes e discentes.
Palavras-Chave: Aprendizagem; TIC’s; Infraestrutura.

192

“O MEU TERRITÓRIO, A NOSSA HISTÓRIA”: CONTRIBUTOS DA


EDUCAÇÃO PELA ARTE NA PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR EM PESSOAS COM
DEMÊNCIA E CUIDADORES/AS

SÓNIA MAIROS FERREIRA(1) ; VIRGÍNIA MORAIS GOMES(2); MARIA ISABEL FERNANDES PEREIRA(3).
(1)Faculdadede Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, (smairosferreira@fpce.uc.pt)
(2)Museu Nacional de Machado de Castro, (virginiamorais.gomes@gmail.com)
(3)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, (mifpereira19@gmail.com)

Resumo:
Nesta comunicação apresenta-se um projeto de intervenção com pessoas com Demência e
cuidadores informais. O projeto “EU no musEU” baseia-se no modelo de estimulação cognitiva aplicado
pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Parte-se da apresentação das suas premissas tendo por
base as orientações normativo-legais nacionais e internacionais, e releva-se a imprescindibilidade da
criação de programas que permitem dar oportunidades aos grupos de pessoas com demência de se
expressarem, de se relacionarem, de socializarem, de partilharem experiências. Sucede-se a descrição da
sua metodologia, a saber: (i) Participantes (processo de triagem, sessão de esclarecimento); (ii)
instrumentos de avaliação (reunião pós-sessão; preenchimento das grelhas de observação de
comportamentos e (iii) procedimentos. A partir da análise dos dados constatou-se uma influência positiva
na relação entre a pessoa com demência e o seu cuidador informal, assim como com o espaço
museológico. Contribui, ainda, para a melhoria da qualidade de vida, com um efeito secundário no
combate à depressão e ao isolamento, numa lógica que não se circunscreve ao indivíduo, entendido
como unidade isolada, mas sim à pessoa em contexto, atribuindo aos agentes locais responsabilidade
partilhada na promoção de oportunidades de desenvolvimento e bem-estar dos/as cidadãos/as.
Palavras-Chave: território; museu; demência.

87 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

45

ENSINO VIA PESQUISA COMO PROCESSO DE VALORIZAÇÃO CULTURAL


NA ESCOLA INDÍGENA TUKANO YE´PA MAHSÃ

THALINE FERREIRA FONTES(1) ; IVANI FERREIRA DE FARIA(2).


(1)Universidade Federal do Amazonas, (tf.fontes@gmail.com)
(2)Universidade Federal do Amazonas, (ivanifaria@ig.com.br)

Resumo:
As comunidades do Rio Uaupés, no Alto Rio Negro município de São Gabriel da Cachoeira/ AM
tiveram a iniciativa de discutir uma ação de educação que visasse superar à falta de professores, uma
metodologia educacional própria e o fortalecimento cultural dos povos pertencentes a esta região. No
ano de 2004 foi criada a Associação da Escola Indígena Tukano Ye’pa Mahsã – AEITYM e em 2005 passou
a funcionar como escola diferenciada para o ensino fundamental. O estudo nasce da necessidade de se
analisar a metodologia utilizada de ensino intercultural, a finalidade de analisar o contexto histórico da
construção e do projeto pedagógico e identificar a proposta política para a formação e escolarização da
AEITYM. O enfoque teórico da pesquisa é geográfico, utilizando como método de análise o dialético com
procedimentos metodológicos da pesquisa participante, de dados secundários e de pesquisa de campo
como de levantamentos de fontes primárias. A proposta do projeto político pedagógico da AEITYM é
promover o fortalecimento cultural dos povos que a compõe o ensino fundamental e formar jovens para
sustentabilidade das comunidades para que nelas permaneçam. Neste sentido, a forma de aplicação dos
conhecimentos e as dificuldades enfrentadas pelos professores, contribuiu para o crescimento de todas
as comunidades, pois esta proposta metodológica visa romper com uma pedagogia tradicional, promover
uma cultura de inovação e ao mesmo fortalecer a identidade étnica dos povos envolvidos.
Palavras-Chave: Ensino Via Pesquisa; Cultura; Educação.

88 | Eixo 4. Educação, Património e Cultura


Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social

89 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

209

´EXPETATIVAS (IN)CUMPRIDAS´- A VIVÊNCIA DA RECLUSÃO NO


FEMININO E A EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO DE ADULTOS NAS PRISÕES

ANA DA CONCEIÇÃO FONTES FERREIRA MONTEIRO(1).


(1)Câmara Municipal de Seia, (ana.cffmonteiro@gmail.com)

Resumo:
Neste estudo tenta compreender-se o modo como mulheres exreclusas dão significado à vivência da
reclusão nos seus percursos de vida e qual a importância que estas mulheres atribuem à
educação/formação que recebem dentro do EP, tendo em vista a sua reinserção social e profissional. A
formação profissional, o ensino e a ocupação laboral, são instrumentos fundamentais no plano de
reinserção da pessoa em situação de reclusão. O objetivo é preparar o/a recluso/a para a vida ativa, tanto
no meio prisional como na altura da saída. Na tentativa de melhor conhecer esta realidade, ouvimos em
discurso direto quatro participantes voluntárias, as quais estiveram em situação de reclusão por
determinado período de tempo durante o qual frequentaram ações EFA. A metodologia utilizada para a
realização deste trabalho empírico foi de natureza qualitativa, tendo-se optado pelo estudo de caso
(casos múltiplos) enquanto plano de investigação. Dos dados obtidos, através de uma entrevista semi-
directiva por via da análise de conteúdo a que submetemos as informações recolhidas nas nossas quatro
entrevistas, aferimos por um lado, que estes cursos, na opinião das pessoas entrevistadas, são
considerados importantes na medida que enriquecem o currículo de quem os frequenta e contribuem
para a sua qualidade de vida no imediato – ainda dentro do EP - e à posteriori, ainda que de forma lenta e
gradual após a saída do do EP. Por outro lado, a vivência da reclusão no feminino revela-se uma situação
difícil e dramática, mas que propicia de certo modo, um conjunto de oportunidades e mudanças que se
podem traduzir numa vida melhor para estas mulheres, após a sua liberdade.Ainda que as conclusões
não se estendam à população prisional feminina no geral, e seja importante ouvir outros protagonistas
envolvidos na implementação destes cursos, acreditamos que as reflexões apresentadas podem
contribuir para a melhoria das ofertas formativas dentro dos Estabelecimentos Prisionais (EP´s).
Palavras-Chave: Prisões; Género; Reinserção Social.

81

PROGRAMAS BÁSICOS DE SERVIÇOS BÁSICOS: EXIGÊNCIA DE


FREQUÊNCIA ESCOLAR DE ACORDO COM AS PERCEPÇÕES DE BENEFICIÁRIOS
DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

ANDRÉ PIRES(1).
(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), (anpires@gmail.com)

Resumo:
A presente comunicação tem como objetivo analisar como a exigência de frequência escolar mínima
para crianças e jovens do Programa Bolsa Família (PBF), programa de transferência de renda com
condicionalidades governo federal brasileiro, é percebida por sete beneficiárias residentes no município
de Campinas, estado de São Paulo (Brasil).
De acordo com as entrevistas, a maioria das beneficiárias espera o mínimo da escola, em termos de
conteúdo, para seus filhos, isto é, o letramento e as equações básicas. Em nosso entender, tais
percepções, longe de denotarem somente fatalismo das entrevistadas em relação à sua condição social,
indicam que elas compreendem de maneira muito precisa as clivagens dos usos dos serviços públicos no
Brasil. Na consideração da maioria das entrevistadas é difícil esperar algo além do mínimo da escola

91 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

pública, já que a educação de melhor qualidade é aquela oferecida em escolas pagas. A pesquisa ainda
evidenciou que o grau de escolaridade das entrevistas tem influência sobre suas percepções sobre a
educação e a escola.
Palavras-Chave: Educação; Políticas Públicas; Programa Bolsa Família.

98

EMPREENDIMENTO SOCIAL NA ÁREA TÊXTIL NUMA ALDEIA INDÍGENA:


PARA ALÉM DO AUMENTO DE RENDA

ASSIS FRANCISCO DE CASTILHOS(1) ; JOSÉ AUGUSTO FARIA SANTOS (2); MARILENE RITTER(3); SUZY
PASCOALI(4).
(1)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (assis.castilhos@ifsc.edu.br)
(2)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (jaugusto@ifsc.edu.br)
(3)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (ritter@ifsc.edu.br)
(4)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (suzy@ifsc.edu.br)

Resumo:
O objetivo desta investigação exploratória consistiu em estudar os elementos balizadores para o
desenvolvimento do processo de interação entre a educação profissional e uma aldeia indígenas da etnia
guarani, localizada no território de ação de um campus da Rede Federal de Educação Profissional. Na
perspectiva dos conceitos interculturalidade e multiculturalidade definidos em Boaventura de Souza
Santos, foram elaborados os roteiros para a coleta de dados das variáveis que os definem como
dimensões culturais através da técnica de Grupos Focais: um representado pelos docentes envolvidos e o
outro pelos sujeitos da comunidade indígena. A análise dos dados foi realizada pela aplicação da técnica
da Análise do Discurso. Os resultados obtidos permitiram a elaboração de uma proposta de cooperação
entre a instituição federal e a aldeia indígena com vistas a sua nucleação para inclusão no programa da
incubadora de desenvolvimento em economia solidária e popular do campus, onde o foco profissional
envolverá a troca de conhecimento têxtil tanto indígena quanto dos profissionais docentes.
Palavras-Chave: Empreendimento social indígena; incubadora de economia popular e solidária;
culturalidades.

82

PROBLEMATIZAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DO CONFLITO


ESCOLA/TERRITÓRIO: ABORDAGEM PARA A ELABORAÇÃO DE PROPOSTA
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL LOCAL

ASSIS FRANCISCO DE CASTILHOS(1) ; MARILENE RITTER(2); JANAINA MARQUES SILVA(3); JOSÉ AUGUSTO
FARIA SANTOS(4); SUZY PASCOALI(5).
(1)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (assis.castilhos@ifsc.edu.br)
(2)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (ritter@ifsc.edu.br)
(3)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul Rio-Grandense - IFSul, (janaina@sapucaia.ifsul.edu.br)
(4)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (jaugusto@ifsc.edu.br)
(5)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC suzy@ifsc.edu.br

Resumo:
Este trabalho objetivou estudar as variáveis psico-sócio-econômicas e ambientais dos sujeitos
envolvidos no conflito escola/grupos de jovens em conflito com a lei, de forma a subsidiar a proposta de
nucleação coletiva destes em uma incubadora de economia popular e solidária. Os dados para esta
pesquisa foram obtidos a partir da abordagem pela pedagogia problematizadora freiriana de dois grupos

92 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

focais identificados com o grupo de docentes e administrativos da escola local e o grupo constituídos por
sujeitos identificados como “usuários de drogas e desocupados” da comunidade em estudo. A técnica
utilizada para a análise dos dados foi construída a partir da Análise do Discurso e da Teoria das
Representações Sociais. Os resultados desta análise foram interpretados e correlacionados com o campo
do conhecimento definido pelas lógicas do “fascismo societal”, conforme Boaventura de Souza Santos.
Ao final desta pesquisa exploratória, pode-se construir um conjunto de elementos indicadores para a
intervenção tanto no conflito escola/grupos jovens em conflito com a lei, bem como elaborar uma
proposta para a educação profissional destes sujeitos nucleada na concepção sóciocontrutivista de
desenvolvimento profissional/incubadora de economia popular e solidária do Instituto Federal de
Educação de Santa Catarina, Brasil.
Palavras-Chave: Jovens em conflito com a lei; Fascismo societal; Incubadora de economia popular e
solidária.

90

RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIVERSITÁRIA: QUE IMPACTOS SOCIAIS


NAS PRÁTICAS DE ENVELHECIMENTO ACTIVO?

CLÁUDIA TEIXEIRA GOMES(1).


(1)Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, (claudia.gomes@letras.ulisboa.pt)

Resumo:
Nos discursos e abordagens da responsabilidade social das organizações seria uma imprudência
colocar à margem dessa reflexão o papel assumido pela Universidade enquanto agente de
desenvolvimento local. Na sua missão, a Universidade congrega um conjunto de princípios e de
atividades geradoras de dinâmicas positivas no território envolvente e respectivas populações. É a partir
deste pressuposto e dos impactos organizacionais, educativos, cognitivos e sociais resultantes da
responsabilidade social universitária, que se pretende uma abordagem do envelhecimento ativo
destacando o papel da Universidade na orientação de práticas de inclusão dos indivíduos em ciclos de
vida mais avançados. Perante a evidência demográfica do envelhecimento a par do elevado índice de
longevidade, o espaço da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa tem vindo a captar nos seus
diferentes níveis de estudos alunos mais velhos, que encontram na educação-formação a sua valorização
pessoal, a (re)descoberta de si próprios, a possibilidade de concretizarem projetos de vida significativos
ou mesmo a alternativa a situações de ruptura em ciclos de vida mais avançados (desemprego de longa
duração, reforma, perda do cônjuge, etc.). Apresentar-se-ão resultados (preliminares) do projeto de
doutoramento em curso, nomeadamente uma análise das preferências e das orientações dos alunos da
FLUL com mais de 50 anos de idade por experiências de educação, como forma de vivenciar ativamente o
envelhecimento. Analisaremos as experiências de envelhecimento ativo na relação destas pessoas com o
desenvolvimento de competências de literacia, de modo a compreender diferentes protagonismos
subjacentes nessa retoma aos contextos formais de educação-formação nos ciclos da vida mais
avançados. Os dados a apresentar resultam da aplicação de uma metodologia mista (intensiva e
extensiva), prevendo uma análise quali-quantitativa que combine uma estratégia capaz de captar a maior
diversidade possível de situações.
Palavras-Chave: Envelhecimento Activo; Responsabilidade Social Universitária; Participação e Inclusão
Social.

93 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

37

EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS NO SUL DO AMAZONAS E A


EDUCAÇÃO EM ÁREAS DE ASSENTAMENTO RURAL
DARIANE BATALHA GUIMARÃES (1) ; MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA GOMES (2); ANTONIO CARLOS MACIEL
(3)
.
(1)Universidade Federal de Rondonia, (daribatalha@gmail.com)
(2) Universidade Federal de Rondonia, (marcooliveiragomes@yahoo.com.br)
(3) Universidade Federal de Rondonia, (maciel_ac@hotmail.com)

Resumo:
Este texto apresenta um breve histórico da expansão agrícola no sul do Amazonas, as políticas de
estado que fomentaram este processo e contribuíram para a expulsão de comunidades de territórios que
a sustentaram ao longo de anos, provocando consequentemente problemas de cunho social, político,
econômico, ambiental e cultural, e que estão ligados diretamente à ausência da oferta de uma educação
de qualidade para as populações que residem no campo. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi
utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, e para fundamentar o fato de que as diversas políticas
estatais criadas com o intuito de amenizar os problemas de cunho social, econômico, ambiental e
cultural, causados pela expansão das fronteiras e a ocupação de terras no sul do amazonas incentivadas
pelas politicas do governo utilizamos dados e observação realizada desde 2011, no Projeto de
Assentamento Agroextrativista - BOTOS, o (PAE/BOTOS), localizado no Município de Humaitá, no Sul do
Amazonas, durante pesquisas realizadas em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Ambiente,
Socioeconomia e Agroecologia – NUPEAS financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA
com apoio do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq, da Fundação de Amparo a Pesquisa do Amazonas-
FAPEAM e da Universidade Federal do Amazonas-UFAM. Gil (1994) afirma que, apesar do método
observacional apresentar alguns vieses, como a imprecisão, o mesmo pode ser tido como um dos mais
modernos nas Ciências Sociais. A observação adotada nesta pesquisa é chamada de “artificial”, pois o
pesquisador não pertence à comunidade estudada, e sua inserção na mesma tem o objetivo
investigativo.
Palavras-Chave: Expansão agricola; Assentamento Rural; Educação.

61

INCUBADORA DE EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA,


TERRITORIALIZAÇÃO E COOPERAÇÃO: ELEMENTOS DE UMA EDUCAÇÃO
SÓCIO-DIALÓGICA

EDSON MARQUES OLIVEIRA(1).


(1)Unioeste/CES-FEUC, Universidade de Coimbra, (empreendedorsocial03@yahoo.com.br)

Resumo:
Propomos uma reflexão teórica a partir de uma experiência prática realizada num programa de
extensão universitária de incubação de empreendimentos de economia solidária, numa universidade
pública. Apresentamos o processo de incubação onde utilizamos uma ferramenta, denominada
territorialização e mapeamento de oportunidades, com o objetivo de levantar dados e informações de
forma participativa para elaboração de Plano de Negócios Sociais.

94 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Essa atividade foi realizada num território onde um grupo de mulheres em risco e vulnerabilidade
social, criaram um empreendimento, a Coopermesa, para gerar renda, trabalho e inclusão social. Esse
processo teve a participação de vários atores e organizações locais, mostrando a importância da primazia
do espaço local e do território, além da constatação da complexidade que é gerir a cooperação de
pessoas e interação no desenvolvimento de ações associativas. O que explicitou uma miríade de
elementos controversos e paradoxais, como por exemplo, o fechamento da Coopermesa. Ao estudar esse
processo, incubação, mapeamento /territorialização e o fechamento desse empreendimento social, foi
possível captar minúcias do processo de educação para o trabalho numa perspectiva, associativa,
cooperativa e solidária que procura romper com o modelo convencional capitalista de competição,
precarização e desvalorização da vida e do trabalhador. Dessa reflexão se extrai elementos do que
estamos denominando de educação sócio-dialógica para o trabalho.
Palavras-Chave: economia solidaria; territorialização e mapeamento de oportunidades; cooperação e
associação.

39

DESAFIOS E CONQUISTAS ENCONTRADOS EM CLASSES MULTISSERIADAS


NO SEMIÁRIDO POTIGUAR

FRANCILENE LINDUÍNA BARBOSA MARTINS(1) ; VALQUIRIA MELO SOUZA CORREIA(2); CESAR BARBALHO(3).
(1)Universidade Federal Rural do Semi-Árido, (valquiria@ufersa.edu.br)
(2)Universidade Federal Rural do Semi-Árido, (valquiria@ufersa.edu.br)
(3)Universidade Federal Rural do Semi-Árido, (valquiria@ufersa.edu.br)

Resumo:
Este trabalho objetiva refletir a existência e a importância das classes multisseriadas no panorama da
escolarização brasileira, bem com analisar os limites e possibilidades destas classes à luz das concepções
libertárias de educação. Focando a realidade das escolas multisseriadas localizadas na cidade de
angicos/RN, inserindo as particularidades dessas escolas nos desafios mais abrangentes que enfrentam os
movimentos sociais populares do campo para afirmar o direito à educação de qualidade e à vida com
dignidade das populações do campo.
As limitações são exploradas basicamente no que diz respeito à formação do professor, a relação com
o conhecimento/conteúdos escolares e na percepção do sistema de seriação como obstáculo à
organização da classe que facilita o processo ensino-aprendizagem. As possibilidades se pautam numa
relação pedagógica que permita trabalhar a heterogeneidade do grupo de crianças, como fator positivo e
desencadeador de relações/interações autônomas e cooperativas, posicionando-se inquieta e
curiosamente diante dos conhecimentos, para poder apropriar-se, questionar, reconstruir e produzir
outros conhecimentos de modo dinâmico e criativo.
Palavras-Chave: educação; escolas rurais; classes multiseriadas.

95 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

244

QUANDO A VIDA PODE IMITAR A ARTE: GESTANDO PRÁTICAS


DEMASIADAMENTE HUMANAS NO CAMINHO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

GEÓRGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA (1)


(1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (gsibele@uol.com.br)

Resumo:
Um projeto de pesquisa-intervenção que objetivou problematizar temas comuns no cotidiano das
Unidades de Saúde do Município de Natal/RN/Brasil: violências e diversidade sexual, por meio da arte
dramatúrgica, envolvendo todos os atores sociais no processo de produção de saúde (profissionais de
saúde, usuários, gestores), a fim de contribuir no desenhar de caminhos menos desumanizados e
discriminantes no cotidiano de suas práticas. Nasceu da demanda crescente de situações de violências
(maus tratos físicos e violências simbólicas e institucionais), aliado a presença da desqualificação e
agressividade dirigidas as pessoas que sinalizam uma vivência sexual diversa dos padrões normatizados
socialmente.
Foram elaborados esquetes teatrais para abordagem dos temas, e realizados teatros–fórum. Tivemos
138 apresentações e 5 teatros-fóruns com reconstruções de cenas pela plateia. Refletir coletivamente
por meio da arte possibilitou um encontro com sofrimentos vivenciados, silenciados ou não reconhecidos
através do universo de um outro - os personagens, permitindo dirigir o olhar para dentro (sem
exposições), e ensaiar saídas para desconstrução de conceitos e práticas desumanizadas; demonstrou o
lugar da arte para a promoção e educação em saúde ao contribuir para o processo de ressignificação de
atitudes, ao permitir olhar com os “olhos do outro”. Como diria Saramago: “é preciso ver de ouvir”, para
mudar nosso território subjetivo e coletivo na construção de projetos de felicidade.

72

FINCA TRADICIONAL AFROCOLOMBIANA UNA EXPERIENCIA DE


REIVINDICACIÓN POR LA JUSTICIA COGNITIVA Y LA JUSTICIA SOCIAL

ISABEL CRISTINA TOBON(1).


(1)Pontificia Universidade Javeriana – Bogota, (ictobon@javeriana.edu.co)

Resumo:
Una de las grandes causas de desigualdad y la injusticia social en América Latina es la estructura de
tenencia de la tierra basada en latifundios y minifundios. En Colombia particularmente, se fortalece la
condición de injusticia a través de actividades extractivas dedicadas a monocultivos intensivos y
extensivos. La inequidad en la distribución de la tierra deriva en conflictos de propiedad y titulación que
se agrava por la ineficacia de las políticas públicas. En tal sentido, mi trabajo visibiliza las formas de
relación y aprovechamiento de la tierra por parte de una comunidad afrocolombiana en el norte del
Cauca que resiste al monocultivo de la caña de azúcar y a la instalación de parques industriales. La
metodología del estudio parte de la Teoría Sociológica de Boaventura de Sousa Santos, toda vez que
pretende ampliar las fronteras del conocimiento a través del encuentro de saberes e identifica ausencias
y emergencias en las prácticas de los sujetos de conocimiento. Los resultados derivados del proceso de
investigación evidencian luces y sombras sobre diversas formas emergentes en las prácticas cotidianas de
los actores sociales en pos de soberanía alimentaria y autonomía. Son estas prácticas de los actores
sociales las que demandan reivindicación y visibilización para ampliar los límites del conocimiento
Palavras-Chave: finca tradicional afrocaucana; emergencias; ausencias.

96 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

89

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA PERSPETIVA DA ECONOMIA POPULAR E


SOLIDÁRIA: AVALIAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR EM
ADMINISTRAÇÃO
JANAINA MARQUES SILVA(1) ; ASSIS FRANCISCO DE CASTILHOS(2).
(1)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul Rio-Grandense - IFSul, (janaina@sapucaia.ifsul.edu.br)
(2)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catariana - IFSC, (assis.castilhos@ifsc.edu.br)

Resumo:
No campo da produção literária técnica da Administração pouco tem sido produzido no Brasil
referente aos empreendimentos populares e solidários, havendo, muitas vezes a necessidade de
adaptação da literatura existente e desenvolvida nos paradigmas do capitalismo e da competitividade da
escola norte-americana de Administração e traduzida para o português. O objetivo deste trabalho foi o de
avaliar o projeto interdisciplinar denominado Projeto Empreendedor que está em fase de consolidação
no currículo do Curso Técnico em Administração modalidade de Educação de Jovens e Adultos em uma
instituição da Rede Federal de Educação Profissional brasileira, projeto este que buscou, num primeiro
momento, transpor elementos e conceitos da ciência da Administração nas áreas marketing, finanças,
gestão de pessoas do paradigma capitalista competitivo para a perspectiva da economia popular e
solidária e, num segundo momento, busca a produção de literatura técnica em administração nesta outra
perspectiva. Trata-se de uma pesquisa exploratória cujos dados foram obtidos pelo uso de dois Grupos
Focais – discentes do curso que não realizaram o projeto e os egressos do curso. A Análise do Discurso foi
utilizada como técnica para análise dos dados obtidos quanto aos elementos agrupados em quatro
temas: relação com as dinâmicas locais de economia formal e informal; perspectivas dos sujeitos quanto
à inserção no mundo do trabalho e no mercado de trabalho; perspectiva dos sujeitos quanto à visão de
educação ao longo da vida e por um período da vida e perspectiva dos sujeitos quanto às áreas do
conhecimento da administração: marketing, finanças, gestão de pessoas. Os resultados mostraram que
há elementos conceituais técnicos com diferentes níveis de conflitos pedagógicos e ideológicos entre os
modelos de economia estudados, o que determina a necessidades de abordagem desde a supressão,
inversão, alteração, até simples adaptação destes conceitos para a proposta de produção literária
técnica.
Palavras-Chave: Educação Profissional; Administração; Economia.

94

A AVALIAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE INTEGRAÇÃO DAS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA NA ECONOMIA SOLIDÁRIA E POPULAR VIA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
JOSÉ AUGUSTO FARIA SANTOS (1) ; ASSIS FRANCISCO DE CASTILHOS(2); SUZY PASCOALI(3); MARILENE
RITTER(4).
(1)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (jaugusto@ifsc.edu.br)
(2)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (assis.castilhos@ifsc.edu.br)
(3)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (suzy@ifsc.edu.br)
(4)Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, (ritter@ifsc.edu.br)

Resumo:
Este trabalho objetivou estudar as possibilidades de integração no mundo do trabalho das pessoas
com deficiência indo além do mercado de trabalho. Os dados para esta pesquisa foram obtidos a partir
de três grupos focais: sujeitos com deficiência, familiares destes sujeitos e educadores de uma entidade

97 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

sem fins lucrativos e com larga experiência na integração e inclusão social de pessoas com deficiência. A
técnica da Análise do Discurso foi utilizada para a análise dos dados. A interpretação dos resultados das
variáveis de estudo inseridas nas temáticas abordadas nos grupos focais e cujos pressupostos teóricos
foram estabelecidos tanto no campo da Educação Especial proposta na Conferência Mundial sobre
Necessidades educacionais Especiais (Salamanca, 1994), na Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional Brasileira Nº 9.394 (1996), como na Política Nacional da Educação Especial, permitiu propor o
processo de nucleação destes sujeitos no projeto da incubadora de economia popular e solidária do
Instituto Federal de Educação de Santa Catarina, Brasil.
Palavras-Chave: pessoas com deficiência; educação inclusiva; incubadora de economia popular e
solidária.

54

QUALIDADE DE VIDA E APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA: OS


IDOSOS DE COIMBRA

MARCIA REGINA MEDEIROS VEIGA(1) ; A. M. ROCHETTE CORDEIRO (2); SÓNIA MAIROS FERREIRA(3).
(1)Universidade de Coimbra, Instituto de Investigação Interdisciplinar, Centro de Estudos Interdisciplinares do
Século XX, (marciarmveiga@gmail.com)
(2)Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Departamento de Geografia, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)
(3)Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, (smairosferreira@fpce.uc.pt)

Resumo:
A qualidade de vida é, consensualmente, vista como sendo de caráter subjetivo, implicando, para sua
definição – e consequente busca –, uma série de fatores: culturais, sociais, psicológicos, morais,
biológicos, geográficos. A aprendizagem ao longo da vida é um dos pressupostos que devem ser
considerados quando se investiga a qualidade de vida de sujeitos idosos, podendo ser associada ao que
alguns autores – nomeadamente Gilberto Velho – identificaram como projeto de vida. Aprender ao longo
da vida sugere, para além da ideia de projeto e de expectativas de vida para um futuro próximo, no caso
dos mais velhos, o estabelecimento de uma importante rede de relações, tanto mais rica quanto maior
for sua diversidade em termos de gênero, geração, grau de relação ou parentesco entre os diversos
atores aí envolvidos. O território - com sua oferta de bens e serviços, aqui voltados à aprendizagem ao
longo da vida, e as relações com ele estabelecidas - também é um importante marcador na definição do
que seja qualidade de vida para as populações idosas que nele vivem e por ele transitam. Esta
comunicação tem por objetivo identificar, comparar e analisar as necessidades educativas, ligadas à sua
compreensão de qualidade de vida, de dois grupos distintos de idosos residentes em dois diferentes
territórios de Coimbra: a zona da Almedina (União das Freguesias de Coimbra)e a zona de Celas
(Freguesia de Santo António dos Olivais), bem como a oferta educativa, formal e/ou não-formal, nas
respectivas zonas. A escolha por estas duas zonas do concelho se deve ao fato de as duas distinguirem-se
uma da outra quanto à sua caracterização geográfica, habitacional e populacional, o que confere à
pesquisa múltiplas possibilidades comparativas. Para além da mera identificação e análise comparativa
dos dados, objetiva-se, também, a construção de novas possibilidades que possam, de alguma forma,
suprir as necessidades evidenciadas em atenção ao que os idosos almejam como uma vida com
qualidade.
Palavras-Chave: Qualidade de vida; Idosos; Aprendizagem ao longo da vida.

98 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

191

ATIVIDADES E LUGAR EM TRAJETÓRIAS NA ECONOMIA SOLIDÁRIA:


RENORMATIZAÇÕES NO/DO TRABALHO ASSOCIADO

MARIA CLARA BUENO FISCHER(1) ; LEANDRO PINHEIRO(2); DAIANA R. MELLO CARGNIN(3).


(1)UFRGS,(Clarafis@cpovo.net)
(2)UFRGS,(leandropinheiro75@gmail.com)
(3)UFRGS, (daianacargnin@yahoo.com.br)

Resumo:
A A emergência de novos atores no âmbito de atuação de movimentos sociais nos últimos decênios
demanda pesquisas concernentes aos processos educativos que a constituem, analisando-os na sua
relação com as (re)normatizações cotidianas. Tomando a realidade de uma cooperativa do setor do
vestuário do sul do Brasil, buscamos compreender a relação construída pelas trabalhadoras com sua
atividade, seus saberes e valores. Identificamos que o itinerário percorrido por este coletivo, incluindo
alianças que implicaram na sua vinculação ao movimento da economia solidária e à uma cadeia
produtiva, construiu uma relação singular com o trabalho e com o lugar em que produzem, configurando
pertencimentos coletivos e laços cooperativos em meio a intensos ritmos produtivos
Palavras-Chave: Trabalho Associado; Educação; Atividade de trabalho.

64

DEMOCRATIZAÇÃO ESCOLAR, MULTICULTURALIDADE E GLOBALIZAÇÃO


MARIA DAS DORES FORMOSINHO(1); CARLOS SOUSA REIS(2).
(1)CEIS20 Universidade de Coimbra, (mformosinhosanches@gmail.com)
(2)CEIS20 Universidade de Coimbra, (creis@ipg.pt)

Resumo:
A expansão da educação escolar, perpectivada sob os ideais da Modernidade, assumiu como
pressuposto fundamental a exigência de uma igualdade de tratamento dos alunos, norteando a
organização curricular pelos princípios da uniformidade. Constatados os efeitos diferenciadores da
uniformidade curricular, o reconhecimento da alteridade fez-se através da introdução de uma
perspectiva diferenciadora que denota uma concepção deficitária dessa mesma alteridade. Assim
aconteceu com os vários modelos e programas de educação compensatória, projectados dentro dos
padrões clássicos da uniformização, mas facultando metodologias diferenciadoras.
Numa etapa subsequente, o reconhecimento do direito à alteridade fez conceptualizar em moldes
menos discriminatórios a inserção das diferenças nos planos curriculares. As reivindicações identitárias
dos grupos minoritários, fortemente mediatizadas, suscitaram uma renovada reflexão política e
educacional em torno da vocação multicultural da Escola, em sociedades em que as vozes e as paisagens
culturais e étnicas se tornam cada vez mais diversificadas, como é o caso da Europa. Concomitante a este
movimento de “pluralização de identidades”, as sociedades ocidentais têm vindo a sofrer, nas últimas
décadas, o impacto de uma globalização crescente.
O fenómeno da globalização tem vindo a afectar, de forma significativa, os processos de educação e
formação, induzindo uma maior convergência nos sistemas organizacionais e nos conteúdos curriculares.
Neste novo contexto histórico, em que a produção económica transcultural tende a uniformizar símbolos
e representações, que sentido atribuir à educação multicultural? Como incluir a alteridade na coabitação
de um mesmo espaço europeu, quando a atopicidade ou pluritopicidade das novas tecnologias de
comunicação anulam as distâncias que configuram a própria diversidade geocultural?
Palavras-Chave: multiculturalidade; escola; globalização.

99 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

248

OS JOVENS DO SOL POENTE: TRAJETÓRIAS DE VIDA E INVENTIVIDADES


NAS PERIFERIAS

MARLOS ALVES BEZERRA (1).


(1) DEPSI-UFRN/BRASIL

Resumo:
Tendo como locus de atuação a zona oeste de Natal-RN, cujo IDH é semelhante a países
depauperados, esta pesquisa-intervenção estruturou-se através de um conjunto de oficinas de história de
vida em coletividade discutindo a interrelação das histórias pessoais e coletivas em um movimento de
engajamento comunitário e artístico. Como resultado do trabalho, verificou-se o potencial da arte e
cultura em produzir, conforme Michel de Certeau, uma “arte de fazer”, pensar e ser. Concluímos que à
margem do stabilishment há uma arte periférica (hip hop, capoeira, axé music, etc...) que produz efeito
nos processos de subjetivação individual e novas formas de participação comunitária na esteira de uma
educação não-formal que se gesta fora do espaço da escola e das organizações não-governamentais.

79

UM OLHAR, UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO TRANSVERSAL PARA A


INCLUSÃO

NATÉRCIA MARIA SANTOS MIRÃO VICENTE(1).


(1)Segurança Social, (natercia.m.vicente@seg-social.pt)

Resumo:
Intervenção em territórios desfavorecidos do concelho de Coimbra. Os primeiros diagnósticos locais
(1988) permitiram o desenvolvimento de vários Projectos de intervenção Comunitária, criaram-se novas
respostas de intervenção social financiadas pela Segurança Social /Fundos Comunitários. Em 2004
deparamo-nos com um conjunto de entidades com intervenção local desarticulada e sem obter
resultados junto da população excluída. Aplicamos uma metodologia de trabalho em rede envolvendo
todas as entidades intervenientes. A inovação existiu, pela aplicação uma estratégia única e assente em
planeamento estratégico, para promover a participação da população (Empowerment). Como
metodologia de avaliação utilizamos o Método de Análise Swot, tendo sido analisadas as Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças em presença. Este método permitiu-nos elaborar planos de
intervenção coordenados territorialmente e transversais a todas as entidades: Segurança Social,
Educação, Saúde, Emprego, Autarquia, CPCJ, IPSS e ONG’s), como parceiros de projectos comuns, onde o
desejo de ser «parte da solução» é completado pela consciência de também ser «parte do problema»
para a inserção social. Hoje, está implementado o Programa da Rede Social, que incentiva os organismos
a conjugarem os seus esforços através de um trabalho em parceria, com vista ao combate da pobreza e
exclusão social tendo em vista a inclusão social do cidadão desfavorecido.
Palavras-Chave: Exclusão social; Planeamento; Empowerment.

100 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

42

IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO ENTRE BIBLIOTECA ESCOLAR E O


PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO BÁSICA DO
EDUCANDO
ROSIMERE RODRIGUES DE ASSIS SILVA(1) ; VALQUIRIA MELO SOUZA CORREIA(2).
(1)Universidade Federal Rural do Semi-Árido, (valquiria@ufersa.edu.br)
(2)Universidade Federal Rural do Semi-Árido, (valquiria@ufersa.edu.br)

Resumo:
As vantagens e as descobertas que se encontram na difusão entre biblioteca escolar e o trabalho
pedagógico desenvolvido nas escolas oferece um leque de oportunidades, para serem ampliadas diante
do processo de ensino aprendizagem. Essas ampliações necessitam de planejamento adequado com as
situações encontradas nos espaços escolares e no processo de alfabetização dos estudantes. O ambiente
do espaço biblioteca precisa ser aconchegante e acolhedor, oferecendo ao corpo discente da escola
momentos prazerosos e práticas educativas provocadoras, despertando o hábito da leitura e da escrita
em todas as fases da formação básica. A pesquisa desenvolve-se em observações e coletas de dados do
(IDEB) Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, da Instituição Escolar. O presente trabalho tem
como objetivo primordial a formação básica do educando, numa fusão interativa entre biblioteca e o
fazer pedagógico, utilizando metodologias inovadoras que busque a participação do corpo discente e
docente, de forma dinâmica e significativa, oferecendo oportunidades de se redescobrir em seu mundo
como seres pensantes, capazes de construirem, projetos de vida com a aquisição de novos
conhecimentos.
Palavras-Chave: Biblioteca; Leitura e Escrita; Aprendizagem.

239

O IDOSOS EM CONTEXTO RURA OS DIFERENTES COMPORTAMENTOS NO


CONCELHO DE PENELA

SARA RODRIGUES MARMÉ(1); A. M. ROCHETTE CORDEIRO(2)


(1) Mestradoem Geografia Humana - Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra, (sara-
margarida23@hotmail.com)
(2) Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra (rochettecordeiro@fl.uc.pt))

Resumo:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a população com mais de 60 anos, a nível mundial,
aumentará cerca de 22%, isto no horizonte até 2050. Este cenário é particularmente preocupante no que
diz respeito à população portuguesa e, em especial, aos territórios rurais e o interior, onde o idoso ainda
hoje pode ser visto como um “peso” para a sociedade no que diz respeito à economia e às famílias.
A finalidade desta reflexão preliminar é enfatizar o papel do idoso na sociedade em que vivemos, o
comportamento e forma como se relaciona com o território em que está localizado e se vive em
condições de isolamento ou sem quaisquer ajudas sociais, através de uma análise teórica com ligações
entre as dimensões geográfica, sociológica, médica e psicológica.

101 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A componente empírica é direcionada para uma área rural e em processo de desvitalização


demográfica: o concelho de Penela (Pinhal Interior Norte), tendo em vista analisar algumas das
discrepâncias no comportamento da população na mesma área geográfica. O interesse é assim o de criar
um projeto de inovação social, onde através deste estudo seja conseguido, no final, o identificar das
principais linhas orientadoras para uma melhor qualidade de vida para essa população.
Palavras-chave: Idoso, território, participação social, desenvolvimento local, economia social.

83

ENSINO MÉDIO DE JOVENS E ADULTOS (EJA): UMA PROPOSTA


EDUCATIVA E UM DESAFIO DE VIDA

SELMA LÚCIA LIMA SANTOS(1).


(1)Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo, (Selmalucia@ifes.edu.br)

Resumo:
A educação e a formação devem permitir uma leitura crítica do mundo. O mundo que nos rodeia é
um mundo inacabado e isso implica a denúncia da realidade opressiva, da realidade injusta e,
conseqüentemente, de crítica transformadora, portanto, de outra realidade. Essa nova realidade do
amanhã é a utopia do educador de hoje que busca novos paradigmas em sua atuação diária. É conhecida
a tese de Paulo Freire de que “ninguém educa ninguém”, mas ninguém, tampouco, se educa sozinho: nós
nos educamos uns aos outros à medida que interagimos uns com os outros. Em adultos independentes e
competentes, capazes de definir autonomamente um projeto de vida e de transformá-lo em realidade.
Os pensadores da educação defendem um processo educativo contextualizado, que se pode dizer que é a
derrubada das aulas que não significam muita coisa para os alunos é a descoberta de que o ser humano
só aprende efetivamente aquilo que tiver utilidade para ele.Educação é o nome dado a esse processo de
aquisição ou construção de competências através da aprendizagem, com vistas à crescente
autonomização do indivíduo.
A educação moderna tem que estimular o aluno a investigar, a se envolver com a realidade, a
acompanhar as mudanças dessa realidade, através da participação das instituições de ensino em seu
contexto, ou seja, ouvindo o mercado produtivo e fomentando as discussões internas. É necessário
aventurar-se no novo, de coração e mente aberta, possibilitando ao aluno e professor pesquisar novos
temas, sem ficar presos aos tão famosos pré-requisitos dos currículos. O problema da empregabilidade é
hoje influente nas reflexões sobre uma educação profissional. O trabalho que segue foi elaborado sobre
aspectos da pedagogia de projeto, pois os alunos vinham de um processo tradicional com um tipo de
ensino baseado em conteúdos e em avaliações puramente quantitativas.Elaboramos então uma proposta
pedagógica partindo da Pedagogia de Projetos, totalmente contrário a pedagogia tradicional.
Palavras-Chave: EJA; Alunos; Projetos.

102 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

16

COOPERAÇÃO COMO ESPAÇO EDUCATIVO E INSTRUMENTO DE


INCLUSÃO SOCIAL
WALTER FRANTZ(1) ; NADIA SCARIOT(2).
(1)UNIJUI, (wfrantz@unijui.edu.br)
(2)UNIJUI, (nadia.scariot@gmail.com)

Resumo:
A constituição de caminhos e de instrumentos para a intervenção contra a exclusão social são
questões centrais desafiadoras, na sociedade contemporânea. Hoje, verifica-se uma acentuada tendência
ao individualismo, submetido a uma globalização de lógica econômica capitalista. Diante desse contexto,
ainda há lugar para o movimento cooperativo? Pode esse movimento contribuir para com a construção
de novos caminhos na economia, de novos laços sociais? No contexto político brasileiro, hoje, a
organização cooperativa é valorizada como prática e meio de organização e atuação, por parte de
camadas sociais menos favorecidas. O movimento cooperativo, historicamente, é identificado como luta
em defesa e valorização do trabalho, como uma prática a partir da qual seria possível construir caminhos
de inclusão social. Parte-se do pressuposto de que a organização cooperativa pode ser instrumento de
inclusão social e, como tal, constitui também espaço educativo. A partir desse questionamento, vai-se a
fontes bibliográficas, aos debates em reuniões de lideranças e de associados de cooperativas, a vivências
e experiências de práticas de cooperação, na região noroeste do estado brasileiro Rio Grande do Sul.
Entre os resultados podem ser apontados: valorização da cooperação, decepção e preocupação com as
práticas concretas existentes, consciência crítica, esforços por novas iniciativas, buscando aprender dos
erros.
Palavras-Chave: Economia cooperativa; Inclusão social; Educação.

103 | Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social


Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões

105 | Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

114

CONTEXTUALIZAR EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO LOCAL E NOVAS


PROFISSÕES: UMA DISCUSSÃO SOBRE EMPREENDORISMO, PROFISSÕES
INOVADORAS E ESCOLHAS EDUCATIVAS

CLÁUDIA SANTOS PREGUIÇA(1) ; LUÍS ALCOFORADO(2).


(1)FPCEUC, (claudiapreguica@gmail..com)
(2)FPCEUC, (lalcoforado@fpce.uc.pt)

Resumo:
No entendimento de que face à globalização, se configuram estratégias de desenvolvimento
endógeno, centradas nos municípios, que procuram dar resposta a uma nova estrutura de oportunidades
resultante do processo de globalização e do envolvimento dos agentes locais, compreendendo o
incremento da escolarização como contributo essencial para o desenvolvimento local, procurámos
compreender como quatro municípios do distrito de Coimbra se organizaram com vista a encontrar
soluções próprias que respondam a necessidades educativas e formativas de jovens e de um mercado de
trabalho em transformação que visa inovar e criar valor. Para tal analisámos a oferta educativa/formativa
existente nos quatro municípios, ao mesmo tempo que procurámos compreender a percepção que os
responsáveis pela educação têm acerca da mesma: adequação a necessidades presentes e futuras e
principais contributos para a superação de desigualdades de escolarização. Utilizando como referência os
documentos Estratégia Europa 2020 e Estratégia Portugal 2020, procuraremos refletir acerca da
necessidade de facilitar a integração dos alunos, proporcionando-lhes vias de aprendizagem mais
ajustadas às suas pertenças culturais, preferências individuais e projetos de vida, procurando
contextualizar esta problemática no cerne de processos de globalização que cada vez mais exigem
comprometimento com a excelência e inovação.
Palavras-Chave: Projetos Educativos Locais; Educação; Escolhas Educativas.

34

NOVAS DINÂMICAS DE DESENVOLVIMENTO LOCAL: CATEGORIZAÇÃO E


AVALIAÇÃO DE INICIATIVAS INOVADORAS BOTTOM-UP

CRISTINA ALBUQUERQUE (1).


(1)Universidade de Coimbra/ FPCE, (crisalbuquerque@fpce.uc.pt)

Resumo:
Eixo 1. Que modelos de desenvolvimento? A atual insegurança económico-financeira à escala global
exige o reposicionamento de um conjunto de pressupostos de desenvolvimento, criando, em
consequência, as condições para novas dinâmicas de experimentação sociopolítica. Neste contexto, as
interdependências entre territórios locais, nacionais e supra nacionais colocam questões políticas e éticas
relevantes. A “posição” de cada território local e de cada país no xadrez internacional, e as lógicas de
poder e influência subjacentes, exigem um debate mais profundo e crítico sobre as orientações
associadas aos próprios modelos de desenvolvimento em contextos de crise social, económica e política e
à definição das políticas públicas orientadas por preocupações de Justiça socioeconómica indissociáveis
de preocupações éticas e económicas globais. Eixo 2. Que possibilidades e vias alternativas em contextos
de crise? Algumas pesquisas evidenciam (novas) iniciativas de cariz económico e social e processos de
transição paradigmática ainda pouco estudadas sobretudo de um ponto de vista comparativo, por ex., o

107 | Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

movimento das transition towns, a economia de troca direta, a autogestão territorial, as hortas urbanas,
etc. Pretende-se pois uma discussão em torno de tais iniciativas, pela apresentação de dados de
pesquisas já realizadas e em curso, ponderando as suas configurações, lógicas internas, nível de inovação,
possibilidades de disseminação, entre outros aspectos.
Palavras-Chave: desenvolvimento alternativo; inovação; sustentabilidade.

92

A EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO COMO FATOR


DIFERENCIADOR DE DESENVOLVIMENTO LOCAL
DARLENE ÁVILA(1) ; CRISTINA ALBUQUERQUE(2).
(1)Universidade de Coimbra, (darlene.avila@gmail.com)
(2)Universidade de Coimbra, (crisalbuquerque@fpce.uc.pt)

Resumo:
Face ao contexto de crise que hoje se vive e à crescente aposta no capital humano, o
desenvolvimento local, assente numa lógica de “Pensar Global, Agir Local”, parece concretizar-se
favoravelmente mediante a capacidade dos cidadãos se adaptarem às constantes transformações na
sociedade. No âmbito da Estratégia Europa 2020, a promoção do empreendedorismo assume-se como
fator de competitividade sendo a educação uma via essencial para a sua promoção, dado conjugar o
conhecimento e as competências necessárias para uma profícua integração no mercado de trabalho e
para gerar capital social, determinante para o desenvolvimento. Porém, diversos estudos apontam a
necessidade de um novo paradigma educativo centrado na comunidade sob o pressuposto de que ao
longo do percurso de vida de um indivíduo, o meio envolvente fornece estímulos favoráveis ou
constrangimentos ao ato de empreender, evidenciando também a sua dimensão coletiva e cooperativa.
Partindo da experiência do Projeto Aveiro Empreendedor, o estudo cujos resultados aqui se apresentam
decorreu de uma investigação-ação e pretendeu contribuir para o entendimento que diversos atores
locais detêm a respeito do papel da educação na promoção de competências empreendedoras junto das
gerações mais jovens e do desenho, a nível local, de uma intervenção educativa que se baseie e potencie
o capital social da comunidade.
Palavras-Chave: Educação e Empreendedorismo; Capital Social; Desenvolvimento Local.

108 | Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões


Eixo
ixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento

109 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

185

ACTIVIDADES SOBRE SISMOS NUMA PERSPETIVA DE FORMAÇÃO DE


PROFESSORES
CARLOS ANTUNES(1) ; SUSANA CUSTÓDIO(2); FERNANDO CARLOS LOPES (3); CELESTE ROMUALDO GOMES
(4)
.
(1)Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (carloslousa@gmail.com)
(2)Instituto Dom Luiz, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal, (susanacustodio@campus.ul.pt)
(3)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (fcarlos@dct.uc.pt)
(4)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
Os sismos podem ter consequências imprevisíveis, constituindo processos de risco. Efeitos
desencadeados à superfície, como os tsunamis ou os movimentos de massa, também não são previsíveis.
São conhecidas as zonas de risco, mas ainda não foram desenvolvidas formas de previsão das datas de
ocorrência nem das magnitudes dos eventos. O estudo dos sismos e dos riscos associados faz parte dos
programas do 10 º e do 11º ano do ensino secundário e dos cursos superiores de Geologia e afins. Neste
sentido, e também no âmbito da formação de professores, ao longo da vida, e na Educação para todos
(objectivo definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015), definimos os seguintes objectivos para
este estudo: analisar os programas e os manuais de ensino; avaliar a adequação dos manuais para o
ensino dos sismos e dos seus riscos; propor e avaliar novos recursos. A metodologia enquadrou-se num
estudo qualitativo, seguindo as regras da análise de conteúdo. Foram analisados 4 manuais (os
disponíveis no mercado português) e os resultados os seguintes: as Actividades de Sala de Aula foram as
mais propostas. No total, 60,78% das actividades propostas, nos manuais, são incluídas na categoria
Adequada. Foi seleccionada a construção de recursos: com base em modelos de sismos e tsunamis
existentes; de exemplos de sismos, considerando sismos históricos e recentes; de exemplos que
afectaram o território português (Sismos de 1755, de Benavente, de 28 de Fevereiro de 1969); e outros
territórios, como os do Alasca de 1964, da Tailândia de 2004 e do Japão de 2011; uma actividade de
exterior à estação sísmica do Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra.
Palavras-Chave: Educação para todos; Formação de professores; Sismos.

190

TRABALHOS POR PESQUISA COM ALUNOS DE BIOLOGIA E GEOLOGIA DO


ENSINO SECUNDÁRIO. UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO
CARLOS BARATA(1) ; PAULO MAGALHÃES(2); CELESTE ROMUALDO GOMES (3).
(1)Universidade de Coimbra, (ninobarata@yahoo.com)
(2)Agrupamento de Escolas Oeste Coimbra, (p.m.magalhaes@sapo.pt)
(3)Universidade de Coimbra, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
O desenvolvimento de trabalhos por pesquisa, com alunos do ensino secundário, é importante para o
desenvolvimento de competências. As aprendizagens são importantes para a educação de todos
(objetivo definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015). Este estudo, desenvolvido no âmbito da
formação inicial de professores, teve como objetivos: orientar trabalhos de pesquisa, a desenvolver pelos
alunos das turmas de estágio, que foram apresentados no IX Congresso dos Jovens Geocientistas,
organizado pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra; promover a
interdisciplinaridade (Geologia e Matemática); avaliar os processos e os produtos. A metodologia
consistiu: no acompanhamento da realização dos trabalhos, incluindo todas as fases de realização dos

111 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

trabalhos; avaliação dos processos e dos produtos. Participaram 18 estudantes de duas turmas do 10º
ano, organizados em 6 grupos, e realizaram trabalhos relacionados, em especial, com vulcanismo: Janelas
do interior da Terra; Respiração cinzenta; Os gigantes do sistema solar; Calcular áreas de caldeiras
vulcânicas é fenomenal, e conhecer o nosso planeta é fundamental; Caberá um gato?; Para saberes onde
se localiza um vulcão, a matemática entra em ação. Para a avaliação foram usadas grelhas que avaliaram,
igualmente, a participação no congresso e o desempenho individual e em grupo. Os resultados da
avaliação dos processos e produtos foram muito positivos, variando entre Muito Bom e Excelente. O
trabalho do professor, desenvolvido em Projeto Educacional I, foi avaliado com Excelente.
Palavras-Chave: Educação para todos; Ensino por pesquisa; Formação de professores.

55

PROGRAMA REDES SOCIAIS DO SENAC SÃO PAULO NO FOMENTO DO


DESENVOLVIMENTO LOCAL
CECÍLIA MARIA BARROS TAVARES(1) ; HELEN ROSE DOS SANTOS(2); MARIA PAULA PUGLISE YOSHIRARA(3);
EDUARDO HENRIQUE FERIN DA CUNHA(4).
(1)Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac São Paulo, (cecilia.mbtavares@sp.senac.br)
(2)ServiçoNacional de Aprendizagem Comercial - Senac São Paulo, (helen.rsantos@sp.senac.br)
(3)Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac São Paulo, (maria.pyoshihara@sp.senac.br)
(4)Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac São Paulo, (eduardo.hfcunha@sp.senac.br)

Resumo:
O Programa Rede Social da área de Desenvolvimento Social do Senac São Paulo,iniciou em 1997,a
capacitação de lideranças comunitárias promovendo a articulação e integração de atores sociais nas
localidades de atuação de suas unidades educacionais . Propôs dessa forma, a construção de
compromissos em torno de interesses comuns,a promoção fortalecimento desses coletivos, a
implementação de projetos e promoção de suas comunidades. Desde 2004, com o Programa de
Desenvolvimento local, promove, por meio da implantação de uma metodologia, a melhoria das
condições de vida e convívio social de algumas comunidades no Estado de São Paulo. A fim de ilustrar
essas experiências, os os autores acima supra citados, apresentarão os trabalhos desenvolvidos na
cidade de Itirapina(SP),nos bairros de Campos de São José em São José dos Campos (SP), e da Bela Vista
na cidade de São Paulo.
Palavras-Chave: Articulação social; Educação; Desenvolvimento local.

87

O TRABALHO E O PESQUISADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO NO TERRITÓRIO


BRASILEIRO
CHRISTIANE FABÍOLA MOMM(1) ; LARISSA HOLLER(2).
(1)Universidade Regional de Blumenau - FURB, (christifabi@gmail.com)
(2)Universidade Regional de Blumenau - FURB, (larissa.holler@gmail.com)

Resumo:
O desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação (CTI) no Brasil, está vinculado à formação de
massa crítica (investigadores) para atuar em CTI, a partir dos programas de pós-graduação em nível
stricto sensu encontrados no território brasileiro. Nesse sentido, esta proposta tem como objetivo
apresentar um breve histórico sobre a ciência e tecnologia, bem como, sobre a pós-graduação, e, dados
estatísticos acerca da formação de mestres e doutores no território brasileiro. Pautado em pesquisa

112 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

documental e bibliográfica, o trabalho considera os pressupostos teóricos, a partir de uma analogia dos
escritos de Karl Marx sobre o ‘exército de reserva’ explicitado na obra “O Capital” e do disposto por
André Gorz em “Técnica, técnicos e as lutas de classe”. Conclui apresentando as considerações finais
acerca do dilema em relação à ciência e tecnologia no Brasil e a absorção de mestres e doutores nas
instituições de ensino e organizações no território brasileiro.
Palavras-Chave: Pós-graduação; Território; Trabalho.

59

A CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO


STRICTO SENSU NA ÁREA DE PLANEJAMENTO URBANO E
REGIONAL/DEMOGRAFIA NO BRASIL
CHRISTIANE FABÍOLA MOMM(1) ; MARCOS ANTÔNIO MATTEDI(2).
(1)Universidade Regional de Blumenau - FURB, (christifabi@gmail.com)
(2)Universidade Regional de Blumenau - FURB, (mam@furb.br)

Resumo:
A relação entre conhecimento e território, constitui uma das questões mais desafiadoras da formação
profissional. Nesse sentido, esta proposta objetivou analisar a configuração territorial dos programas de
pós-graduação stricto sensu em planejamento urbano e regional/demografia no Brasil, com enfoque nos
que possuem mestrado e doutorado, responsáveis por formar investigadores que estudam o território, o
desenvolvimento (econômico, social, cultural, ambiental, sustentável), o planejamento, a demografia e
outras temáticas. Foi realizada pesquisa bibliográfica e em documentos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES (fundação do Ministério da Educação do país) e se
constatou que há dez programas que possuem mestrado e doutorado na área. Quanto à configuração
territorial dos programas: cinco estão no sul do país, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná; no sudeste, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro; três no nordeste, nos estados da Bahia e
do Pernambuco. Quanto às notas de avaliação atribuídas pela CAPES (escala de 1 a 7): um programa
possui nota 6, dois possuem nota 5 e sete possuem nota 4. Concluiu-se que os programas estão
localizados na faixa litorânea, concentrados no sul do país; há assimetrias em relação à formação de
investigadores e à produção de conhecimento científico; há assimetrias em relação ao território, pois não
há programas em planejamento urbano e regional/demografia no norte e centro-oeste do Brasil.
Palavras-Chave: Doutoramento; Mestrado; Território.

243

UM OLHAR SOBRE OS MOTIVOS E EXPECTATIVAS DE ESTUDANTES DA


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A RESPEITO DO PROCESSO DE
ESCOLARIZAÇÃO

CHRISTIANE DE PAULA SILVA DE OLIVEIRA(1); MAYRA CRISTINA BATISTA DE QUEIROZ(2) ; MÁRCIA REGINA
BARBOSA(3)
(1)Centro de Educação UFPE - Brasil (chris_ochristi@hotmail.com)
(2)Centro de Educação UFPE - Brasil (mayracristina23@hotmail.com)
(3)Centro de Educação - Universidade Federal de Pernambuco - Brasil (marciape46@hotmail.com)

Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo verificar os motivos e expectativas que estimularam
Estudantes Jovens e Adultos da rede Estadual da cidade do Recife, fora da faixa etária regular, a

113 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

procurarem a escola para se alfabetizar. A pesquisa é de natureza qualitativa e buscou relacionar


expectativas e motivações desses Jovens e Adultos a respeito da não frequência escolar, motivo de
retorno à escola e importância da escolarização. A pesquisa foi feita com estudantes, faixa etária entre 15
e 75 anos, de uma turma do Centro de Estudos Supletivos Valdemar Oliveira, que fica situado no
complexo de escolas IEP (Instituto de Educação de Pernambuco), localizado no Centro da cidade. A
opção pela classe na qual coletamos os dados foi feita devido à mesma ser formada de Jovens e Adultos
(EJA) que ainda estavam em processo de alfabetização bem como por estabelecimento de ensino
oferecer a modalidade Educação de Jovens e Adultos no turno da manhã, sendo este um fator que a
diferencia de outras instituições que só atendem a EJA no turno da noite. Os resultados mostraram que
as motivações e expectativas dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), estão ligadas a
questões relacionadas com a aprendizagem da leitura e da escrita enquanto suporte para melhores
condições de vida, sobretudo por fazerem parte de uma sociedade predominantemente letrada.
Palavras-chave:: Educação de Jovens e Adultos – Inclusão - Expectativa

109

ENTRE MUROS E FLORES: NAS REPRESENTAÇÕES DE NARRATIVAS DE


AUTOBIOGRÁFICAS

FERNANDA DE OLIVEIRA SILVA(1) ; EVANDRO NOGUEIRA DE OLIVEIRA(2); KALINE LÍGIA ESTEVAM DE


CARVALHO PESSOA(3); MARIA IONE DA SILVA(4); MARCOS ANTONIO DA SILVA(5).
(1)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (nandamadrid5@hotmail.com)
(2)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (evandro.eno@gmail.com)
(3)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (kaligia.tc@hotmail.com)
(4)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (silvamariaione@yahoo.com.br)
(5)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte marcos.silvaantonio@yahoo.com.br

Resumo:
A utilização das narrativas de vida como área de produção de conhecimento científico ganhou
destaque nas últimas décadas. As pesquisas em educação vem se apropriando desta técnica para
compreender aspectos relacionados à formação de professores. Assim, o objetivo deste estudo é
identificar quais são os saberes para a construção da identidade do “Ser-professor”, através das análises
de narrativas de vida de alunos do Curso de Educação Física da UERN/CAMEAM bolsistas do PIBID. Por
privilegiar a qualidade e a subjetividade a pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa e se utiliza das
narrativas escritas para obtenção dos dados. Foram analisadas três narrativas autobiográficas. Utilizamos
o método da análise de conteúdos. Nossas discussões foram embasadas em autores como Nóvoa e
Finger (2010), Josso (2000), Nóvoa (2000), Tardif (2002), Pineau (2012) entre outros nomes relevantes.
Os resultados permitiram enxergar que os saberes que estão envolvidos na formação de professores irão
depender das múltiplas facetas vividas pelo sujeito e que envolvem saberes experienciais curriculares,
disciplinares e da formação profissional, o que acabam por constituir identidades formativas e mutáveis
ao longo de toda a sua vida. Por fim, acreditamos que ninguém se forma no vazio e que formar-se supõe
troca de conhecimentos e interações sociais e que a partir do vivenciado que nos delineamos e
constituímos nossa identidade. Palavras–chave: Narrativas; formação; identidade.
Palavras-Chave: Narrativas; Formação; Identidade.

114 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

56

A MORTE “ADORMECIDA” NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR


GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA(1) ; CAROLINA MEDEIROS MACEDO(2).
(1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (gsibele@uol.com.br)
(2)Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (carollumedeiros@hotmail.com)

Resumo:
Apesar de vivemos em uma sociedade que silencia sobre a reflexão em torno da morte, tal temática
surge indiretamente por meio das comunicações não verbais, das interrupções e, emerge em qualquer
etapa da vida. Os profissionais de psicologia vêm sendo convidados a abordarem esse tema de forma
episódica nas escolas em função da inevitável presença da morte no cotidiano. Este estudo investigou
como os professores do ensino fundamental estão trabalhando (se estão) com o tema da morte,
buscando compreender suas dificuldades, facilidades, formas de inserção do tema, metodologia usada, a
fim poder contribuir com pistas capazes de subsidiar a prática desses profissionais para lidar com a morte
no processo de educação. Realizamos uma pesquisa qualitativa, valendo-se de uma entrevista semi-
estruturada com os professores, aliando ao recurso da técnica projetiva - o uso de “cenas”. Para análise e
interpretação das narrativas recorremos à Hermenêutica Gadameriana. Realizada em duas escolas
particulares da cidade de Natal, com cinco educadores (professores do Ensino Fundamental I) em cada
uma, sendo um representante de cada ano. Constatou-se que os professores não possuem treinamento,
não se sentem preparados, evitam o tema, mas desejam aprender a lidar com a morte na educação das
crianças, reconhecendo o ganho possível para todos os envolvidos no processo. Alguns percebem a
possibilidade de utilizarem o recurso das histórias infantis para lidarem com a morte. É urgente a inserção
da temática da morte na formação dos educadores a fim de contribuir com um enfrentamento mais
saudável do tema para educadores, alunos e familiares.
Palavras-Chave: educação escolar; morte; crianças.

57

A EDUCAÇÃO MÉDICA E A MORTE: OS CAMINHOS PARA HUMANIZAÇÃO


DO CUIDADO

GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA(1) ; JOSE RICARDO DE CARVALHO MESQUITA AYRES(2).


(1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (gsibele@uol.com.br)
(2)Universidadede São Paulo, (jrcayres@usp.br)

Resumo:
Este estudo objetivou compreender o processo de construção do “ser médico” e sua relação com a
morte, a fim de investigar em que medida essa relação contribui para promover o distanciamento entre
as tecnociências médicas e os processos dialógicos do cuidar na prática médica. Foi realizada uma
pesquisa qualitativa com estudantes/residentes de medicina da UFRN, Brasil. A Fenomenologia
Existencial, a Hermenêutica e a Teoria da Ação Comunicativa, constituíram a base filosófica do trabalho
de produção e interpretação das narrativas.

115 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

As estratégias metodológicas foram: entrevistas em profundidade com roteiro e oficinas com


utilização de “cenas” projetivas. Constatou-se que ser um bom médico, significa ser técnico e humano na
doença e na morte. Os entrevistados demonstraram sensibilidade à re-humanização do processo de
morrer, apesar de serem formados aprendendo o processo de expropriação da subjetividade. O
horizonte de humanização da prática médica convive com escassos modelos, poucas experiências para
nominar e lidar com a morte, e muitos paradoxos. No encontro com o paciente à morte, o cuidador se
depara com as dificuldades para não promover a distância entre intenção e gesto em suas interações.
Reclamam por uma formação médica capaz de re-juntar razão e emoção; professor e aluno; médico e
paciente; técnica e cuidado; vida e morte. Este estudo defende que enfrentar os conteúdos existenciais
da morte é um convite para o resgate da humanização do cuidado na prática médica.
Palavras-Chave: educação médica; morte; estudandes de medicina.

188

RECURSOS PARA O ENSINO DO PALEOMAGNETISMO EM GEOLOGIA:


ESTUDO QUALITATIVO DE AVALIAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO
DE PROFESSORES

GINA M. CORREIA(1) ; CELESTE ROMUALDO GOMES (2).


(1)Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (gina_maria@sapo.pt)
(2)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
A qualidade do ensino depende, entre outras variáveis, da formação dos professores. Esta formação,
ao longo da vida, é imprescindível para uma atualização e para uma educação para todos (objetivo
definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015). Assim, num estudo, na perspetiva de formação de
professores, foi definido o objetivo principal: avaliar os recursos construídos para o ensino do
Paleomagnetismo, em Geologia do 12º ano de escolaridade.
Foram formuladas as seguintes questões de investigação: os participantes consideram os recursos
construídos adequados aos alunos do 12º ano de Escolaridade? Qual a pertinência dos recursos
construídos, no âmbito deste estudo, como complementos dos manuais escolares? A metodologia, para a
avaliação dos recursos, foi qualitativa e incluiu a utilização de um questionário (7 perguntas) e a aplicação
de uma entrevista semiestruturada (8 perguntas, 7 com indicação de justificação). No total participaram
15 professores e 5 foram entrevistados. Todos os recursos avaliados foram considerados pertinentes,
exequíveis e úteis, podendo constituir-se como um complemento aos manuais disponíveis no mercado.
Os resultados permitiram concluir que a maioria dos itens avaliativos “Muito adequado” e “Adequado”
foram os que reuniram a maioria das respostas.
Palavras-Chave: Formação de professores; Ensino do paleomagnetismo; Recursos para o ensino.

116 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

91

PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL E


EM – QUAL PROFESSOR? QUAL FORMAÇÃO?

HELOISA HELENA AZEVEDO(1).


(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (hhazevedo79@gmail.com)

Resumo:
Esta investigação constitui-se em um estudo de caráter bibliográfico e documental sobre a
profissionalização do professor de educação infantil, visando identificar quais atribuições que lhes têm
sido colocadas no âmbito profissional no Brasil e em Portugal, com vistas a identificar suas implicações na
elaboração de propostas para a educação infantil vigentes nestes países. A educação infantil tem
reconhecimento legal muito recente no Brasil, e por meio da LDB, Lei 9.394/1996, trouxe avanço para a
educação infantil ao exigir formação em nível superior para seus professores. No que se refere a Portugal,
a educação pré-escolar inclui-se nas preocupações do governo no que se refere ao desenvolvimento do
país e à qualidade de vida de sua população, além de ser legalmente reconhecida como primeira etapa da
educação básica. Realizamos levantamento da produção científica (teses e dissertações) sobre formação
de professores de educação infantil. No Brasil, no Banco de Teses e Dissertações da Capes e em Portugal
no CIEC (Centro de Investigação em Estudos da Criança) que desenvolve suas atividades no âmbito do
Instituto de Educação da Universidade do Minho (Braga/Portugal), no intuito de mapear as pesquisas
realizadas no período de 2007 a 2011. As pesquisas selecionadas foram analisadas com base nas
abordagens histórico-cultural de desenvolvimento humano e histórico-crítica de educação. Foi possível
identificar a variedade de denominações dadas ao professor e a exígua preocupação das pesquisas com
as crianças de 0 a 3 anos de idade
Palavras-Chave: Profissionalização Docente; Educação Infantil; Propostas para a educação infantil.

46

O PERFIL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPO NO


MUNICÍPIO DE HUMAITÁ/AM
JULIANE SANTOS DIAS(1) ; ANA CLÁUDIA FERNANDES NOGUEIRA(2).
(1)Universidade Federal de Rondonia, (julianesdias@ig.com.br)
(2)Universidade Federal do Amazonas, (anamanaus@gmail.com)

Resumo:
Este trabalho tem por objetivo traçar o perfil dos professores do campo que lecionam na educação
infantil no município de Humaitá/AM, a fim de identificar qual a formação do professor de educação
infantil do campo, suas condições de trabalho, e suas possíveis dificuldades frente a sua profissão. Em se
tratando da situação brasileira a respeito da educação do campo, é coerente afirmar que a formação dos
profissionais da educação infantil merece uma atenção especial dada à relevância de sua atuação como
mediador no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

117 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A qualificação de educadores é um desafio frente a um sistema cheio de mudanças, e o campo com


suas peculiaridades educacionais ainda pouco pesquisadas nos leva a refletir a respeito do modo como a
educação escolar é trabalhada. Esta pesquisa é de abordagem qualitativa, pois busca explicitar o perfil do
professor de educação infantil do campo. Para a coleta de dados fora utilizada a entrevista semi
estruturada, e para analise dos dados foi a partir da Análise de Conteúdo (Bardin, 2007). Desta forma, foi
possível analisar os dados, verificando que este profissional que leciona no campo sem formação,
concomitantemente sem conhecimento, torna-se um professor de educação infantil sem identidade,
sentem-se como professores de ensino fundamental. E ainda acaba por não se reconhecer como
professor deste nível de ensino, como foi identificado neste trabalho.
Palavras-Chave: formação; educação infantil; educação do campo.

60

OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS À PROFISSÃO DOCENTE NA FORMAÇÃO


INICIAL DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NO BRASIL E EM
PORTUGAL
LETÍCIA DOS SANTOS CARVALHO(1) ; ANDRÉ FERRER PINTO MARTINS(2); MÓNICA BAPTISTA(3).
(1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte (em programa de doutoramento intercalar na Universidade de
Lisboa - Instituto de Educação, (lleticia_carvalho@hotmail.com)
(2)Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (aferrer34@hotmail.com)
(3)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (mbaptista@campus.ul.pt)

Resumo:
Uma investigação fundada na análise comparada entre concepções de estudantes em formação inicial
do Brasil e de Portugal sobre a profissão docente é a proposta deste trabalho. Os sujeitos de nossa
investigação são 19 alunos do curso de Química e 22 alunos do curso de Física, participantes do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal e cinco alunos do Mestrado em ensino de Química e Física no 3º ciclo do Ensino Básico e no Ensino
Secundário no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Busca-se entender que aspectos de uma compreensão da profissão docente encontram paralelos
e/ou dialogam. Propuseram-se cinco procedimentos/estratégias: a observação participante, o
questionário, a entrevista semidiretiva, a análise documental, o portfolio e o grupo focal. Nesse trabalho
discutem-se os resultados categorizados a partir da análise de conteúdo realizada com os questionários.
Os resultados apontam que, apesar das diferentes estruturas curriculares e limites territoriais, a visão da
profissão docente como campo de luta, sendo necessário uma melhor atenção dos poderes econômicos
dos países para a efetivação de uma educação de qualidade é um posicionamento comum entre ambos.
Os dados são relevantes, pois considera-se que reconhecer em qual(is) modelos de profissão docente os
futuros professores ancoram seus discursos se torna importante para orientar futuras estratégias de
formação para a docência em distintas instituições e organizações curriculares.
Palavras-Chave: Profissão Docente; Ensino de Ciências; Formação Inicial.

118 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

236

DESEMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: PERSPETIVAS E DESAFIOS NA


CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA O FUTURO

LUÍS ALCOFORADO(1) ; LILIANA PAREDES(2); PATRÍCIA FIGUEIREDO(3);A. M. ROCHETTE CORDEIRO (4).


(1)
FPCEUC/CEIS20 (lalcoforado@fpce.uc.pt)
(2)
FLUC/CEIS20(lilianarparedes@gmail.com)
(3)
CEIS20 ( pfigueiredo.3@gmail.com )
(4)Departamento de Geografia – FLUC/CEIS20 (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

Resumo:
Os novos desafios impostos pela globalização, pelos avanços tecnológicos, pela cada vez maior
abrangência e diversidade do mercado de trabalho e, ainda, pelo aumento do desemprego justificam a
necessidade de uma crescente qualificação dos recursos humanos. Importa pois desenvolver uma
estratégia de formação profissional que, ao avaliar a realidade de um determinado território, se adeque
às necessidades identificadas na fase de diagnóstico e se coadune com os seus objetivos de
desenvolvimento. A principal meta será a crescente qualificação dos recursos humanos, a diversificação
das competências profissionais e a redução do desemprego.
Em termos metodológicos procedemos à revisão da literatura, à análise documental e, ainda, à
análise de publicações técnicas e científicas sobre a temática do desemprego e da formação profissional.
Para a prossecução deste trabalho foram consultados os dados disponibilizados no site do Instituto
Nacional de Estatística e os dados cedidos pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Pinhal
Interior Norte – Serviço de Emprego e Formação Profissional de Arganil.
Com este trabalho, pretendemos explicitar o processo conducente à elaboração de um diagnóstico
que, face às necessidades identificadas no decorrer desta fase, irá possibilitar a definição de uma
estratégia de educação e formação profissional de jovens e adultos inovadora, em rede e adequada à
realidade concelhia. Nesta forma pretende-se garantiras práticas de promoção das qualificações
necessárias a um desenvolvimento integrado do município de Oliveira do Hospital.
Palavras-chave: recursos humanos, desemprego, formação profissional

144

ESCOLA E CRIAÇÃO DE TERRITÓRIOS NOVOS


MANUEL DE JESUS DAS NEVES MALAGUERRA(1).
(1)CEIS20 - Universidade de Coimbra, (mallaguerra1@gmail.com)

Resumo:
Partindo da ideia de que no bojo das transições entre regimes de sociedade se observa a emergência
de novos dispositivos de controlo, que implicam a afirmação de novas tecnologias de gestão, que têm
como objetos primazes a vida e a governabilidade do socius, a nossa comunicação problematiza,
conceitualmente e no marco da denominada corrente pós-estruturalista, as articulações que se operam
entre sujeição social e servidão maquínica no território Escola e a possibilidade de esta criar linhas de
fuga para se reterritorializar numa terra nova. A defesa desta plausibilidade justifica-se com base na
seguinte problemática: no contexto da atual axiomática do capital assiste-se a uma perigosa transição de
um poder sobre a vida (Biopolítica - FOUCAULT) para um poder sobre o pensamento (Noopolítica –
DELEUZE; LAZZARATO). Esteirados nesta questionalidade, debatemos e colocamos à discussão dois
postulados: primo, a possibilidade da Escola criar linhas de fuga desterritorializantes implica atualizar as
transições entre mecânicas de controlo (anátomo-política, biopolítica, noopolítica) no socius; secundo, a

119 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

criação de linhas de fuga implica uma articulação criativa entre dois modelos de pensamento antitéticos,
mas complementares e reciprocamente indispensáveis: o modelo árvore-raiz (hierárquico, centrado,
operando por dicotomizações) e o modelo rizoma-canal (não hierárquico, a-centrado, operando por
encontros e multiplicidades). A comunicação conclui-se com a proposta de uma Escola menor, apoiada
numa pedagogia deslizante aberta às incertezas, na qual a descolonização dos saberes permite criar, sem
utopias delirantes, territórios novos para uma escola que não faz o que quer, mas quer o que faz.
Palavras-chave: Territorialização. Desterritorialização. Reterritorialização. Linhas de Fuga. Pedagogia.
Rizoma. Árvore. Nomadismo. Molecular. Molar. Menor. Maior.Anátomo-política. Biopoder. Biopolítica.
Noopoder. Noopolítica.
Palavras-Chave: Linha de Fuga; Poder; Pedagogia.

214

INTERDISCIPLINARIDADE GEOLOGIA E MATEMÁTICA: ESTUDOS NUMA


PERSPETIVA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES AO LONGO DA VIDA

MARIA APARECIDA DE MOURA AMORIM SOUSA (1).


(1)Universidade de Coimbra

Resumo:
A qualidade da Educação depende, para além doutros fatores, da formação dos professores. A
formação ao longo da vida é imprescindível para uma atualização e para uma educação para todos
(objetivo definido pela UNESCO, em especial, até 2015). A interdisciplinaridade, bem como a realização
de uma aprendizagem significativa são fundamentais. Assim, para desenvolver este estudo, foram
definidos os seguintes objetivos: 1) selecionar, revelar e justificar exemplos de interdisciplinaridade
Geologia e Matemática; e 2) selecionar temas para desenvolver recursos numa preceptiva
interdisciplinar. A metodologia enquadrou-se num estudo qualitativo, com análise documental e análise
de conteúdo. Foram analisados: documentos oficiais, manuais escolares das Ciências da Natureza
(Biologia, Física e Química) do Brasil; Biologia e Geologia (10º e 11º ano) e Geologia (12º ano) de Portugal
e livros científicos. Os temas selecionados foram a geometria esférica, o paleomagnetismo, a curva de
deriva polar aparente e a tectónica global. Os recursos a construir serão: 1) numa perspetiva histórica e
evolução da geometria esférica (importância dos descobrimentos portugueses); 2) para a compreensão
da geometria do planeta; 3) em estudos de paleomagnetismo e na construção de modelos de curvas de
deriva polar aparente, importantes para a fundamentação da Teoria da Tectónica Global. Concluiu-se que
existem, em livros científicos, exemplos de modelos de geometria esférica (Matemática) para resolver
problemas de paleomagnetismo (Geologia).
Palavras-chave: Aprendizagem significativa, formação de professores, interdisciplinaridade, Geologia e
Matemática

120 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

183

ESTUDOS NUMA PERSPETIVA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES AO


LONGO DA VIDA: INTERDISCIPLINARIDADE GEOLOGIA VERSUS
MATEMÁTICA
MARIA APARECIDA DE M. A. SOUSA(1) ; CELESTE ROMUALDO GOMES (2).
(1)Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (ninamamorim@gmail.com)
(2)CGUC, Departamento das Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Portugal, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
A qualidade do ensino depende, para além doutros factores, da formação dos professores. Esta
formação, ao longo da vida, é imprescindível para uma actualização e para uma educação para todos
(objectivo definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015). Assim, num estudo, na perspectiva de
formação de professores, foram definidos os seguintes objectivos: analisar os programas e os manuais de
ensino do Brasil e de Portugal; seleccionar temas para desenvolver recursos que permitam aumentar o
conjunto de materiais disponíveis; construir e avaliar recursos intermédios entre o grau de
desenvolvimento do ensino secundário e do ensino universitário.
A metodologia enquadrou-se num estudo qualitativo, seguindo as regras da análise de conteúdo
foram consideradas possibilidades de interdisplinaridade Geociências versus Matemática. Foram
analisados os Parâmetros Curriculares Nacional do Ensino Médio-PCNEM, Orientações Curriculares
Nacional do Ensino Médio- OCNEM e manuais didácticos das Ciências da Natureza (Biologia, Física e
Química) do Brasil, Programa de Geologia (12º ano) de Portugal. Os temas seleccionados foram
geometria e trigonometria esférica. Os recursos a construir serão: numa perspectiva histórica e evolução
da geometria esférica (importância dos descobrimentos portugueses); na compreensão da geometria do
planeta; na construção de modelos de curvas de deriva polar aparente, importantes para a
fundamentação da Teoria da Tectónica Global; em estudos de paleomagnetismo.
Palavras-Chave: Formação de professores; Geometria esférica; Geociências versus Matemática.

212

A CONSTITUIÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E


TECNOLÓGICA: UM ESTUDO NO IFSUL CAMPUS PASSO FUNDO – RS - BRASIL
MARIA CAROLINA FORTES(1) .
(1)IFSul, (mcarolbf@gmail.com)

Resumo:
O presente artigo constitui o relato da pesquisa de doutorado em educação no PPGEDU/PUCRS -
Brasil. Tem como temática central a constituição da docência na Educação Profissional e Tecnológica. O
trabalho teve como campo empírico o Campus Passo Fundo do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Sul Rio-grandense, localizado na região norte do Estado do Rio Grande do Sul - Brasil. Traz
para reflexão, inicialmente, aspectos conceituais que sustentam teoricamente a pesquisa e
posteriormente busca discutir os pressupostos metodológicos do trabalho, na perspectiva da abordagem
(Auto)biográfica e da Rede de Significações. Tais abordagens se apresentam de forma relevante, pois
considera as pessoas da pesquisa como “atores sociais”, que se constituem na territorialidade
constitutiva de suas trajetórias de vida, os quais revelam processos singulares da constituição humana. O
foco da pesquisa é contribuir para a ressignificação dos processos de formação docente na Educação
Profissional e Tecnológica, considerando a formação emancipada para o trabalho.
Palavras-Chave: Formação docente.; Educação Profissional.; Docência.

121 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

145

POR UMA PEDAGOGIA DA SUSTENATIBILIDADE DA EDUCAÇÃO: UM


ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO-BRASIL.

MARIA DE FÁTIMA GOMES DA SILVA(1).


(1)Universidade de Pernambuco, (fatimamaria18@gmail.com)

Resumo:
Esta comunicação apresenta um recorte de uma investigação que está a ser realizada no âmbito da
Universidade de Pernambuco-Brasil e tem por objetivo principal, a construção de uma pedagogia da
sustetabilidade na Educação Superior assente em práticas docentes universitárias interdisciplinares. Ou
seja, considera-se importante a vivência de práticas docentes sustentáveis na academia e que essas
práticas se orientem pelas vias da interdisciplinaridade. Dessa forma, a sustentabilidade e a
interdisciplinaridade, na Educação Superior, constituem-se em categorias mestras deste estudo.
Relativamente aos aspectos metodológicos, reitera-se que este estudo é de caráter interdisciplinar e
ancora-se na abordagem qualitativa de pesquisa. Tem como instrumentos de recolha de dados,
questionários, por inquéritos, semi-estruturados os quais foram analisados pela técnica de análise de
conteúdo. Tem uma componente de intervenção que almeja contribuir para a melhoria das práticas
docentes na academia, por meio do exercício crítico reflexivo permanente e da pesquisa-ação.
Relativamente às principais conclusões a que se tem chegado, conclui-se até aqui que é de suma
importância a implementação, nas práticas docentes universitárias, de uma pedagogia da
sustentabilidade que considere as possibilidades de uma integração do ecossistema como essência para o
desenvolvimento integrado e sustentável da universidade.
Palavras-Chave: Sustentabilidade; Educação Superior; Interdisciplinaridade.

107

O IMPACTO DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA


MARIA IONE DA SILVA(1) ; MARCOS ANTONIO DA SILVA(2); FERNANDA DE OLIVEIRA SILVA(3); EVANDRO
NOGUEIRA DE OLIVEIRA(4); KALINE LÍGIA ESTEVAM DE CARVALHO PESSOA(5).
(1)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (silvamariaione@yahoo.com.br)
(2)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (marcos.silvaantonio@yahoo.com.br)
(3)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (nandamadrid5@hotmail.com)
(4)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (evandro.eno@gmail.com)
(5)Universidade do Estado do Rio Grande do Norte kaligia.tc@hotmail.com

Resumo:
A educação brasileira vem buscando no decorrer dos tempos estratégias que possam melhorar a
qualidade do ensino público. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior (CAPES) apresenta como um de seus
objetivos a valorização da formação docente, e foi desenvolvido no Curso de Educação Física (CEF-
CAMEAM) com a temática “Educação Física: desenvolvendo competências no Ensino Médio para Além do
Fazer”. O presente estudo objetivou analisar o subprojeto do PIBID-CEF, buscando identificar as ações
que nortearam o desenvolvimento do subprojeto no contexto escolar, bem como as estratégias utilizadas
para incentivar a formação inicial e continuada. A metodologia utilizada para a realização da investigação
foi a análise de conteúdo (Bardin 2009). O instrumento utilizado para o desenvolvimento da pesquisa foi
o relatório final do subprojeto do PIBID-CEF. Os resultados revelaram que os bolsistas participantes do
subprojeto tiveram um salto qualitativo na formação profissional, ou seja os acadêmicos bolsistas
passaram a valorizar o magistério no campo da pesquisa , ensino e extensão e os professores

122 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

supervisores buscaram estratégias diferenciadas de ensino como também o reingresso em cursos de pós-
graduação. Assim concluímos que o PIBID é um programa de excelência por promover uma formação de
licenciandos e professores de qualidade, e principalmente por valorizar e incentivar o ser professor.
Palavras – chave: Educação Física; formação inicial; formação inicial.
Palavras-Chave: Educação Física; formação inicial; formação inicial.

200

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA COMUNIDADE – O PROGRAMA DE


FORMAÇÃO EM COMPETÊNCIAS BÁSICAS
MARISA ALEXANDRA TAVARES CAMPOS(1).
(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação - UC, (marisaatcampos@gmail.com)

Resumo:
Numa altura em que a formação profissional assume um papel de relevo na aquisição de
competências profissionais por parte da população, torna-se pertinente perceber o impacto da mesma na
qualidade de vida dos cidadãos, quer a nível pessoal, quer a nível económico e profissional. Quando
falamos em formação profissional entendemos que esta compreende a capacitação da população,
permitindo não só satisfazer as necessidades da mesma, como permitir ao país um desenvolvimento
económico, político e social mais estável e benéfico. O Programa de Formação em Competências Básicas
permite que adultos com baixos níveis de escolaridade possam adquirir competências de leitura, cálculo e
escrita, fundamentais para o seu desenvolvimento, e consequentemente o desenvolvimento da
comunidade em que se inserem. Posto isto, a questão que se coloca é: Contribuirá a Formação em
Competências Básicas para a melhoria da qualidade de vida, a nível pessoal, social, económico e
profissional da população, promovendo a sua (re)integração na comunidade?. O presente projeto utiliza a
modalidade de investigação Histórias de Vida, para compreender qual a perceção da população
relativamente ao seu passado, presente e futuro, enquadrando a Formação Profissional nesse percurso
de vida, percebendo a mudança realizada e a consciencialização da mesma por parte do sujeito.
Palavras-Chave: Formação Profissional; Desenvolvimento; Inclusão.

186

O ESTUDO DAS ROCHAS NUMA PERSPETIVA DE FORMAÇÃO DE


PROFESSORES

NUNO OLIVEIRA(1) ; CELESTE ROMUALDO GOMES (2).


(1)Universidade de Coimbra, (nunooliveira585@gmail.com)
(2)Universidade de Coimbra, (romualdo@dct.uc.pt)

Resumo:
A qualidade do ensino está relacionada, entre outros fatores, com a formação dos professores. Esta
formação, ao longo da vida, é imprescindível para a atualização científica e para a educação de todos
(objetivo definido pela UNESCO, em especial, a partir de 2015). Assim, na perspetiva de um estudo, no
âmbito da formação de professores, ao longo da vida, foram definidos os seguintes objetivos: analisar os
programas e os manuais de ensino do ensino secundário; selecionar temas para desenvolver recursos
que permitam aumentar o conjunto de materiais didáticos disponíveis; construir e avaliar recursos
intermédios entre o grau de desenvolvimento do ensino secundário e do ensino universitário.

123 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A metodologia enquadrou-se num estudo qualitativo, seguindo as regras da análise de conteúdo.


Foram considerados a diversidade de atividades práticas e a utilização de perguntas de diferentebaixo
nível cognitivo. Foram analisados 8 manuais do ensino secundário, e os temas selecionados foram: o ciclo
das rochas, as rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. A construção e avaliação dos recursos serão
realizadas numa próxima fase da investigação. Como trabalhos prévios serão efetuados: entrevistas a
professores do ensino secundário e superior; pesquisa bibliográfica sobre rochas e, particularmente,
sobre exemplos portugueses; trabalhos de campo e de laboratório; seleção e validação de exemplos a
desenvolver.
Palavras-Chave: Análise de manuais; formação de professores; rochas.

248

A EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR N BRASIL E O DESENVOLVIMENTO


SOCIAL; O CASO DA UFRB

OLIVIA MARIA COSTA SILVEIRA(1)


(1)Universidade Federal da Bahia

Resumo:
O projeto de educação proposto pela república brasileira prevê o processo educacional como um
direito, um “bem social” disponibilizado pelo estado para todos. Contudo, a maneira como a educação foi
tratada no Brasil a configurou como um privilégio e não como um dever do Estado e um direito universal
do cidadão. Os passos dados em direção à universalização da escola no Brasil, ou melhor, acessibilidade
dos pobres à instituição escolar, iniciam-se no período da ditadura militar com a “invenção” do 1º grau
(fundindo os antigos: primário e ginásio) e se intensificam a partir da década de 1990, quando passa a ter
status de política do Estado brasileiro com programas de aceleração de aprendizagem e correção da
distorção série/idade. O início do século XXI amplia o processo de expansão para a educação superior,
com políticas voltadas para a ampliação de vagas e criação de novas universidades públicas. O Ministério
da Educação, para a expansão do ES, se apóia em três políticas: 1) Reuni – Programa de Apoio a planos de
reestruturação para as Instituições Federais de Ensino Superior, 2) ProUni – Programa Universidade para
Todos e 3) FIES – Fundo de Financiamento Estudantil. A ampliação das vagas, implementação de cursos
noturnos, a interiorização dos campi, flexibilização de currículo e concessão de bolsas estudantis, são
algumas metas do Reuni. Um exemplo da democratização da educação superior pode ser observado no
Recôncavo da Bahia, um território cuja construção histórica, social, econômica e cultural data do início da
colonização brasileira. Importante pólo de desenvolvimento, a região sofre uma grande queda em seus
indices sócio-economicos na segunda metade do século XX, quando o vetor de transporte migrou do mar,
através dos saveiros, para as estradas de rodagem em direção ao pólo industrial. Neste cenário de
empobrecimento, mais de cinquenta anos depois, foi criada pela Lei 11.151 de 29 de julho de 2005 a
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A UFRB se insere no contexto da democratização da
educação como pode ser visto em seu Estatuto, no qual declara o Recôncavo como uma região de
aprendizagem, marcada pelos traços da miscigenação aliada à concepção de subespaços que são capazes
de traduzir história, cultura, diversidade natural e outras especificidades e busca ocupar uma posição
fundamental nessa dinâmica, empreendendo processos de inovação tecnológica, de produção e difusão
da ciência e da cultura, além de ocupar lugar estratégico e redefinidor da matriz de desenvolvimento
socioeconômico e cultural da região em foco. Para inclusão social, a Universidade age em três vetores
diretos: na formação de alunos propriamente dita, na oferta de uma opção de futuro para os alunos
locais e mais pobres (que, de outro modo, não fariam “faculdade”) e, ao formar um aluno local, na
contribuição de uma profissionalização interiorizada. No entanto, a simples implantação da Universidade
em uma área empobrecida não assegura o desenvolvimento social e pode, ao contrário, trazer novos

124 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

problemas para a região, como o aumento do preço de alugueis e de alimentos, a “invasão” de novos
costumes por vezes estranhos à população local, o aumento da violência, entre outros problemas. Assim,
tanto no caso da UFRB como de outras novas universidades que se propõem a contribuir para o
desenvolvimento, é fundamental um acompanhamento contínuo de suas ações e efeitos e um
permanente diálogo entre a “nova” universidade e as comunidades locais.

242

AS ESCOLAS PROFISSIONAIS DE MÚSICA E A SUA RELAÇÃO COM O


TERRITÓRIO

SELENE MARTINHO (1)


(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (selenemartinho@hotmail.com)

Resumo:
Em Portugal o ensino da música foi, durante muito tempo, um ensino considerado de elite e
administrado em conservatórios e académias de música. No ano de 1989, através do Gabinete de
Educação Tecnológica, Artística e Profissional (GETAP) criou-se o ensino profissional, tal como o
conhecemos. Esta oferta educativa decorria em escolas privadas (com utilidade pública) e tinha como
grande objetivo o estabelecimento de uma relação de proximidade com a comunidade envolvente,
facultando aos jovens uma forte relação com o mundo do trabalho. Desta forma surgiram as escolas
profissionais, nomeadamente as escolas profissionais de músicas que vieram romper com o ensino
tradicional administrado nos conservatórios e académias de música. Tendo em conta as especificidades
do ensino da música, e o facto de atualmente existirem apenas cinco escolas profissionais que
administram esta oferta, pretende-se dar a conhecer esta realidade educativa, assim como a relação que
estas estabelecem com a comunidade. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que visa
compreender quais as perceções dos vários intervenientes acerca das relações que as escolas
estabelecem com o território. Os dados serão obtidos através de visitas às escolas e de entrevistas
realizadas junto dos intervenientes (e.g., Diretores, professores, alunos e ex. alunos), assim como através
de análise documental. Com os resultados obtidos pretende-se refletir acerca da relação que as escolas
estabelecem com toda a comunidade e perceber em que medida essas relações contribuem para o
processo de formação dos jovens.
Palavras-chave: Ensino Profissional de Música; Território; Formação.

238

O PAPEL DOS PROFESSORES NO PROJETO EDUCATIVO LOCAL


PATRÍCIA FIGUEIREDO(1); A. M. ROCHETTE CORDEIRO(2).
(1)Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/CEIS20, (pfigueiredo.3@gmail.com)
(2)Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

Resumo:
O Projeto Educativo Local apresenta-se assim como um projeto estratégico local que tenta dar
resposta integrada às necessidades das comunidades e das pessoas que as integram, explicitando o
sentido da ação educativa do município e o modo específico de se organizar e de encontrar soluções
próprias para os seus problemas e anseios.
Nesse contexto, o território tem-se assumido nas suas diferentes lógicas e valências, não existindo
uma relação estruturada entre estas e a educação. A procura de soluções e sinergias de proximidade

125 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

torna os territórios potencialmente ativos e permite que se desenvolvam de forma diferenciada e


sustentada. Se a este ponto se acrescentar o facto de os territórios serem, em si, recursos inesgotáveis de
aprendizagem, quando explorados, verifica-se que têm sido pouco aproveitados, apresentando os alunos
não só um desconhecimento do local onde se movimentam mas, também, uma falta de cruzamento
entre as aprendizagens e o seu sentido prático.
Estas opções e práticas educativas a nível local vêm criar, assim, novos desafios para a
profissionalidade docente, quer na relação com a instituição educativa ou com os educandos, quer com
os conteúdos e os espaços educativos. O papel do professor, enquanto sujeito da ação educativa, é
equacionado numa lógica alargada de promoção do desenvolvimento cognitivo das crianças e jovens, na
garantia da aquisição dos saberes necessários e, fundamentalmente, na criação de cidadãos ativos e
críticos, conciliando o enfoque nas práticas educativas disciplinares, com atividades mais abertas e
partilhadas, integradas nas dinâmicas económicas, sociais e culturais dos contextos.
Neste projeto os docentes são desafiados, através da formação contínua, desafiados a construir
ferramentas pedagógicas de trabalho em sala de aula, que vão ao encontro das suas necessidades, dos
seus interesses e das necessidades do próprio território.
Palavras-chave: formação de professores; território; projeto educativo local

241

O PAPEL DOS DIRETORES DE AGRUPAMENTO DE ESCOLAS NO PROJETO


EDUCATIVO LOCAL
PATRÍCIA FIGUEIREDO(1); ANTÓNIO M. ROCHETTE CORDEIRO(2).
(1)Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/CEIS20, (pfigueiredo.3@gmail.com)
(2)Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, (rochettecordeiro@fl.uc.pt)

Resumo:
O território, desde que o processo de descentralização de competências na área da educação tem
sido implementado, tem vindo a assumir muitas frentes e dado forma a muitas valências educativas
pontuais. A procura de soluções e sinergias de proximidade torna os territórios potencialmente ativos e
permite que se desenvolvam de forma diferenciada e sustentada. Neste contexto, o Projeto Educativo
Local ao apresentar-se como um projeto estratégico para a educação local, tenta dar uma resposta
integrada às necessidades das comunidades e das pessoas que as integram, explicitando o sentido da
ação educativa do município e o modo específico de se organizar e de encontrar soluções próprias para
os seus problemas e anseios.
A escola, num conceito de cidade educadora, deve ser vista como um território de uma comunidade
que partilha e aprende com o seu território. Numa lógica de espaço sem muros, onde a educação não se
confine à sala de aula, é importante que as escolas desenvolvam uma visão e, sempre que possível, um
projeto pedagógico que mostre o espaço social e de cidadania associado à escola, tal como separe
estrategicamente a pedagogia do currículo, relacionando as com o território na construção de algo
comum. Para que esta visão aconteça, é importante que exista um líder e uma equipa de liderança que
procure os mesmos objetivos e não descore as ações visíveis da cultura que se espelha na gestão oculta
da escola e que, muitas vezes permanece firme à mudança.
É, assim, neste sentido que se propõe uma formação de professores como estratégia de envolvimento
e participação dos diretores no Projeto Educativo Local, refletindo sobre o território educativo escolar e
sobre a forma como os projetos educativos de escola o podem transformar.
Palavras-chave: formação de professores; diretores; Projeto Educativo Local

126 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

84

(PER)CURSOS PROFISSIONAIS DOS JOVENS MOÇAMBICANOS


SOFIA OLIVEIRA MARTINS(1) ; JOAQUIM AZEVEDO(2).
(1)Universidade Católica Portuguesa, (sofia.om@gmail.com)
(2)Universidade Católica Portuguesa, (jazevedo@porto.ucp.pt)

Resumo:
O presente estudo procura compreender um pouco mais acerca da complexa relação entre
“educação”, nomeadamente ensino profissional, e “desenvolvimento”. Apesar de ser consensual a
existência de um círculo virtuoso entre estes dois elementos (Alves, Centeno e Novo, 2010; Ambrósio,
2003; Azevedo, 1994; Cabugueira, 2002; Caleiro, s/d; Correia, 2008; Cremin & Nakabugo, 2012; Lopes,
2006; UNESCO, 2009), o que tem fundamentado que a educação absorva “uma das maiores fatias dos
orçamentos em quase todos os países” (Cabugueira, 2002, p.194; Alves et al., 2010; Barros & Mendonça,
1997; Correia, 2008; Fox, Santibañez, Nguyen, e André, 2012; IMF, 2011; OECD, 2011; Psacharopoulos,
2004; UNESCO, 2012) e que as famílias invistam uma parte considerável do seu capital na formação dos
seus membros (Gómez, Freitas, & Callejas, 2007); existem também diversas evidências que desmontam
as ilusões dos efeitos positivos diretos entre estes dois elementos (Azevedo, 1996; Cabugueira, 2002;
Cardoso, 2011; Cremin e Nakabugo, 2012). Na procura de uma melhor compreensão sobre este
fenómeno, estamos a realizar um estudo em Moçambique que ambiciona conhecer se (e como) as
escolas profissionais estão a desempenhar o papel de “motor” de desenvolvimento local (artigo 1º,
Regulamento das Escolas Profissionais de Moçambique). Pretendemos compreender de que modo estas
escolas estão a realizar socioprofissionalmente os alunos e a promover a sua inserção sociocomunitária, a
mobilizar a comunidade e a contribuir para melhorar o bem-estar dos habitantes. Recorremos a uma
metodologia qualitativa e ambicionamos compreender o fenómeno em profundidade, partindo de
diversos ângulos pelo contacto direto, ao longo de 10 semanas no terreno, com mais de 200 atores de 10
escolas/comunidades espalhadas por todo o país. Nesta apresentação pretendemos expor a perspetiva
dos graduados de uma escola profissional, pela análise de focus group, questionários, entrevistas
individuais e observação naturalista.
Palavras-Chave: Ensino profissional; Desenvolvimento; Moçambique.

66

DESAFIOS À PROSSECUÇÃO DA UTOPIA DO TERRITÓRIO INCLUSIVO:


RESULTADOS DE UM PROJETO EDUCATIVO DE MATRIZ PARTICIPATIVA PARA
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE SEM ABRIGO

SÓNIA MAIROS FERREIRA(1) ; CARLA TEIXEIRA(2).


(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, (smairosferreira@fpce.uc.pt)
(2)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, (carlacustodioteixeira@gmail.com)

Resumo:
Nesta comunicação apresentam-se os resultados de um projeto de intervenção com adultos/as em
situação de sem-teto, o qual se estrutura segundo um modelo que se sustenta nas potencialidades de
pessoas e territórios. Integram o projeto 14 participantes (12 homens, 2 mulheres, entre os 22 e 55
anos). Inicia-se com a sistematização das suas premissas, conferindo-se relevo à centralidade do território
no âmbito da implementação de iniciativas destinadas a pessoas e grupos em circunstâncias de privação
severa. Prossegue-se com a caracterização dos seus elementos estruturantes: (i) procedimento de
avaliação inicial (ii) sessões de grupo [5 temáticas (Atividades da Vida Diária, Informática/Internet,
Matemática Funcional, Português Funcional e Gestão Doméstica e Financeira)]; (iii) avaliação contínua

127 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

(registo de aquisições do/a participante, análise da sessão e eventuais impactos do programa) e final
[do/a participante: avaliação das aprendizagens, (segundo cada área, através de exercícios de simulação)
e da satisfação (preenchimento de questionário) e focus group de apreciação global do programa e
contextos mais próximos em que este ocorreu]. Apresentados os primeiros dados de avaliação da sua
implementação (e.g., aumento de autonomia na realização de tarefas do quotidiano e de subsistência,
incremento do bem-estar), analisam-se, por fim, as singularidades inerentes à implementação de
programas consubstanciados numa lógica de território e de desenvolvimento local.
Palavras-Chave: Território; Sem-teto; Educação/formação.

40

ENCONTROS E DESENCONTROS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DOS


ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA NO
MUNICÍPIO DE HUMAITÁ-AMAZONAS-BRASIL
ZILDA GLÁUCIA ELIAS FRANCO DE SOUZA(1) ; DARIANE BATALHA GUIMARÃES(2).
(1)Universidade Federal do Amazonas, (zildaglaucia@hotmail.com)
(2)Universidade Federal de Rondônia, (daribatalha@gmail.com)

Resumo:
A formação docente exige um espaço adequado. A escola é o ambiente social que define como o
trabalho é repartido/realizado, como é planejado, supervisionado (TARDIF, LESSARD, 2012). A docência é
vivida através de tarefas diversificadas que são divididas na carga horária do trabalho cotidiano, dentre
elas está a sua formação.
A pesquisa investigou a formação dos docentes de uma escola pública do município de
Humaitá/AM por meio do PIBID/CAPES, do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente – IEAA, da
Universidade Federal do Amazonas/Brasil, os desafios enfrentados na sua prática educacional, a escola
como organização do trabalho docente, a postura aberta às mudanças na metodologia utilizada e os
resultados da proposta apresentada para sua formação. O estudo fundamentou-se na pesquisa
qualitativa: observações, entrevistas e questionários. Identificou-se que há diversos fatores como a não
organização de um espaço para o estudo para a condução e a reflexão da sua prática, a maioria dos
professores que fazem formação continuada, quando ocorre, não almejam a melhoria da qualidade do
ensino e aprendizagem, apenas a titulação, há certa resistência à mudança no planejamento das
atividades diárias e o comodismo enquanto profissional. Atribuir à formação pedagógica estatuto
científico, aliando à investigação e a formação seria um dos caminhos para a formação profissional.
Palavras-Chave: Formação docente; Prática pedagógica; PIBID.

128 | Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento


Eixo 8 Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local

Eixo 8. Qualificação,
Certificação de Competências
129 | Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local

e Desenvolvimento Local
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

15

ANÁLISE DOS REGULAMENTOS PEDAGÓGICOS E DAS NORMAS DE


AVALIAÇÃO NUMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PORTUGUESA

CARLOS BARREIRA(1) ; FREDERICO MONTEIRO(2); GRAÇA BIDARRA(3); PIEDADE VAZ-REBELO(4).


(1)Universidade de Coimbra, (cabarreira@fpce.uc.pt)
(2)Universidade de Coimbra, (flsfmonteiro@gmail.com)
(3)Universidade de Coimbra, (gbidarra@fpce.uc.pt)
(4)Universidade de Coimbra, (pvaz@mat.uc.pt)

Resumo:
Este trabalho visa analisar os regulamentos pedagógicos e normas de avaliação que lhes estão
subjacentes, incluindo o regulamento geral de uma instituição de ensino superior portuguesa e os
regulamentos de oito unidades orgânicas referentes às áreas de Artes e Humanidades, de Ciências da
Saúde, de Ciências e Tecnologia e de Ciências Sociais da mesma universidade. Neste contexto, uma
questão de partida nos parece oportuno formular; será que os regulamentos pedagógicos e de avaliação
começam a assumir uma lógica formativa ou continuam a obedecer a uma lógica mais sumativa?
Segundo a matriz de investigação do referido projeto, pretende-se saber quais as indicações institucionais
para a organização das atividades letivas, nomeadamente a definição, divulgação e clarificação dos
critérios e metodologias de avaliação, os instrumentos, atividades e modalidades de avaliação previstas, a
natureza da avaliação e a relação entre ensino, aprendizagem e avaliação. Os dados recolhidos, através
de uma grelha de análise construída para o efeito, parecem indicar uma certa indefinição dos processos
pedagógicos orientados para a avaliação formativa e melhoria das aprendizagens, sendo que o discurso,
mais explícito constante nos referidos regulamentos, parece privilegiar a avaliação sumativa e os
resultados do processo de ensino associados à atribuição de classificação e certificação dos estudantes.
Palavras-Chave: Regulamentos Pedagógicos; Normas de Avaliação; Ensino Superior.

86

LÓGICAS DE APROPRIAÇÃO LOCAL DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO


BÁSICA DE ADULTOS: O TERRITÓRIO CONTA
JOÃO MARTINS(1).
(1)Universidade do Algarve, (jrmartins@ualg.pt)

Resumo:
Na presente comunicação apresentam-se os resultados parciais de uma investigação de
doutoramento em Sociologia realizada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa intitulada “Das Políticas Às Praticas de Educação de Adultos: Lógicas de Acção, Sentidos E
Modos de Apropriação Localmente Produzidos”. Partindo da análise da medida de política pública
Iniciativa Novas Oportunidades a investigação teve como um dos seus objectivos centrais os modos como
a mesma é apropriada pelos actores nos terrenos onde ela é implementada. Procurando conhecer em
profundidade o trabalho realizado em duas organizações formativas de características marcadamente
diferenciadas, uma Associação de Desenvolvimento Local e um Centro de Formação Profissional na região
do Algarve, com recurso a uma metodologia de investigação qualitativa e tendo como técnica de recolha
de dados privilegiada a entrevista semi-estruturada, o material empírico recolhido foi sujeito a
tratamento a partir de uma análise estrutural de conteúdos. Os resultados de investigação permitem
dizer que os modos como as diferentes organizações se apropriam localmente desta medida, os modos
como o acompanhamento dos projectos é produzido nos territórios onde é implementada e os modos

131 | Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

como o currículo é localmente construído e apropriado condicionam decisivamente a implementação


desta medida de política pública. O trabalho que os actores fabricam quotidianamente no terreno conta.
Palavras-Chave: Educação de Adultos; Lógicas de Apropriação Local; Políticas Públicas.

112

UMA ANÁLISE DE MUDANÇAS SOCIOAMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE


CAMPINA DO MONTE ALEGRE, SÃO PAULO/BR, DECORRENTES DA
CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL MUNICÍPIO VERDEAZUL

MARIANA PAZ MAGALHÃES DE SOUZA(1) ; FLÁVIA LETÍCIA SILVA(2).


(1)UNIP, (maripazms@gmail.com)
(2)UNIP, (flavia_leticia@uol.com.br)

Resumo:
Introdução: A certificação ambiental “Município VerdeAzul” é concedida pelo Governo do Estado de
São Paulo/BR aos municípios que desenvolverem dez diretivas ambientais determinadas pela Resolução
SMA 55/2009. O município de Campina do Monte Alegre/SP foi certificado no ano de 2009. O objetivo
deste estudo é avaliar se houve envolvimento da população no projeto e mudança de atitude da
população e administração pública frente aos assuntos ambientais após a certificação. Materiais e
Métodos: Foi realizado método exploratório com aplicação de questionários na população local e na
prefeitura municipal para determinar as condições do meio ambiente e a participação de ambos na
certificação. Resultados: Houve divergências entre as respostas da prefeitura e da população.A prefeitura
informou grande envolvimento da comunidade.Dos entrevistados, 67% informaram desconhecimento
sobre na certificação, apenas 13% confirmaram participação no conselho ambiental.Na escola, instituiu-
se a educação ambiental, confirmado por 43%, porém de caráter conservador, focado em questões
pontuais e pouco reflexiva. Conclusão: A prefeitura oferece poucos subsídios na divulgação do projeto e
na comunicação, nota-se pouca participação dos munícipes no conselho ambiental e a educação
ambiental introduzida na escola é focada em questões pontuais, o que não contribui para promover a
maior participação da população nas questões socioambientais. O governo local move esforços no
desenvolvimento das diretivas ambientais, o que pode representar uma mudança de atitude do poder
público, mas as ações de melhoria do meio ambiente poderiam transpassar o limite das diretivas e focar
em planejamento de ações aprimoradas e contínuas.
Palavras-Chave: Cidades Sustentáveis; Conselho Ambiental; Educação Ambiental.

199

FORMAÇÃO PARA A INCLUSÃO: UMA JANELA ENTREABERTA


MARTA ALEXANDRA RIBEIRO SANTOS(1).
(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, (santosesantos.uc@gmail.com)

Resumo:
O contexto socioeconómico que Portugal atravessa está demarcado pelos baixos níveis de
escolaridade dos portugueses em idade ativa. Ao mesmo tempo, as respostas sociais e económicas para
as situações de pobreza e exclusão social são diversas revelando (quase) sempre fins inacabados devido
ao seu volume e complexidade. Apesar das medidas criadas para (re)qualificar uma grande parte da
população terem vivido grandiosos momentos pautados pela satisfação e orgulho de retomar a procura
do saber que foi perdida no (com o) tempo não retribuiu o esforço prestado. As incertezas sobrepõem-se

132 | Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

aos incessantes dias de tentativas em encontrar um lugar. Na mesma linha aumentou o desemprego e as
situações de pobreza e risco de exclusão social existindo, cada vez mais, a necessidade de criar medidas
locais que tratem cada situação de forma individualizada de modo a dar uma resposta clara e concisa a
cada uma. Neste sentido, importa salientar o papel que a formação profissional desempenha no seio
destas iniciativas sendo ela uma ferramenta para o equilíbrio e desenvolvimento sustentável da nossa
sociedade em geral. Contudo, este sistema precisa de ajustes e de contínuas melhorias como qualquer
outro que cresce num mundo em constante transformação. Após a análise de um conjunto de medidas
implementadas que obtiveram o seu expoente dentro do que era possível permitiu-nos uma visão
amplificada destas questões que assombram o nosso presente. De facto, o desemprego é um problema
que afeta milhares de portugueses incidindo não só no vazio das algibeiras, mas também, no aumento de
problemas do foro psicológico pela falta de poder para gerir as próprias vidas abaladas pela falta de um
espaço no mundo do trabalho. Por estas razões serão realizadas entrevistas a um grupo de formandos/as
para compreender os motivos que os leva a ingressar neste percurso formativo.
Palavras-Chave: Desemprego; Formação; Inclusão.

133 | Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local


Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação

135 | Eixo 8. Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

67

BOAS PRÁTICAS ESCOLARES: UMA REVISÃO DA LITERATURA


ACADÊMICO-CIENTÍFICA NO ESPAÇO IBERO-AMERICANO

ADOLFO IGNACIO CALDERÓN(1) ; EDIVALDO CESAR CAMAROTTI MARTINS(2).


(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (professoradolfocalderon@gmail.com)
(2)Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (edivaldoccmartins@gmail.com)

Resumo:
A influência das agências multilaterais nas políticas educativas de nações ibero-americanas por meio
do financiamento de projetos e programas escolares ou pelas orientações de seus estudos e pesquisas
que incentivam a disseminação de boas práticas não é ponto pacífico no campo acadêmico intelectual, há
muitos autores que tecem altas críticas a essa tendência. Nessa ótica, o presente artigo tem como
objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre as boas práticas escolares no espaço ibero-
americano. Registrando o atual estado do conhecimento do tema boas práticas no contexto da educação
básica a partir de um rigoroso levantamento bibliográfico em artigos científicos, teses, dissertações e
publicações de agências multilaterais, pretende-se apresentar as concepções subjacentes, tendências e
principais abordagens na literatura acadêmica e científica. A investigação aponta que no contexto luso-
brasileiro, contrariamente às orientações das agências multilaterais que incentivam o desenvolvimento, a
disseminação e a premiação das boas práticas escolares como estratégia de melhoria do desempenho
escolar nas avaliações em larga escala, a literatura acadêmico-científica sinaliza uma tendência de
discussão mais politizada, concatenada com os alicerces do chamado paradigma do conflito, ao passo que
no âmbito hispânico há uma crescente comunidade científica que se debruça numa análise mais
sistêmica das boas práticas escolares, classificando-as e categorizando-as de acordo com critérios
específicos.
Palavras-Chave: Boas práticas escolares; Educação Básica; Desempenho Escolar.

230

A INSTRUÇÃO ELEMENTAR NO MUNICÍPIO DE COIMBRA: DA


ORGANIZAÇÃO À REDE ESCOLAR

ANTÓNIO GOMES FERREIRA(1); LUÍS MOTA(2).


(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra/GRUPOEDE, CEIS20,
Universidade de Coimbra, (antonio@fpce.uc.pt)
(2)Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação/GRUPOEDE, CEIS20, Universidade de Coimbra,

(mudamseostempos@gmail.com)

Resumo:
A comunicação incidirá num primeiro momento sobre o distrito de Coimbra, explorando uma leitura
da dinâmica educativa que nele se verificava na centúria de oitocentos, colocando em perspetiva a sua
organização e o seu desenvolvimento. Partindo de um conjunto de fontes estatísticas, muito
especialmente demográficas, e documentais, constantes em espólios de diferentes arquivos (de natureza
nacional, distrital e municipal) queremos articular o desenvolvimento da rede escolar com outros dados
qualitativamente ou quantitativamente relevantes, desde logo a importância da evolução demográfica,
detetando a distribuição dos alunos considerando aspetos como urbano, rural, género, freguesia, etc.. De
igual modo, pretendemos abrir para uma reflexão sobre a difusão e a organização – da instrução primária
no concelho de Coimbra, olhando para a intervenção do poder local no processo de criação de escolas e
na construção e na manutenção de edifícios escolares, entre outros aspetos. O recurso a fontes
documentais, nomeadamente a relatórios de inspeção, abre espaço também para a compreensão da

137 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

realidade das condições educativas no ensino primário, nomeadamente no que toca aos edifícios,
equipamentos e materiais escolares.
Palavras-chave: Municipalização da educação, Rede escolar, Instrução elementar

12

OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO COMO OBSERVATÓRIOS


DAS POLÍTICAS E AÇÃO PÚBLICA: O CASO DA POLÍTICA DE ESCOLA A TEMPO
INTEIRO

CLARA CRUZ(1) ; CARLOS PIRES(2).


(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa / UIDEF, (cruz.clara@gmail.com)
(2)Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, (cpires@eselx.ipl.pt)

Resumo:
A presente comunicação resulta de um processo de articulação entre dois estudos no âmbito da
análise das políticas públicas de educação, realizados durante o mesmo período de tempo e que
comungam do mesmo quadro teórico (“análise das políticas e ação públicas”): um sobre a conceção da
política de “escola a tempo inteiro” e outro sobre o Conselho Municipal de Educação (CME) enquanto
medida política de descentralização. Da problematização do “modelo” de operacionalização da política
de “escola a tempo inteiro”, resulta a representação de uma nova tendência para monopolização da
prestação de serviços educativos pela escola pública sob a responsabilidade do Estado, através da
mediação autárquica, ao serviço de um projeto educativo nacional de caráter uniforme. Por seu lado, o
estudo intensivo, descritivo e monográfico realizado em onze conselhos municipais de educação permite
escrutinar a ação pública praticada, a regulação que é feita e o conhecimento que é mobilizado pelos
atores locais no processo de receção da política de escola a tempo inteiro. Este processo de
transformação e adaptação da política aos contextos locais é revelador de formas de regulação, fundada
na especificidade de cada regime local, nos espaços de regulação autónoma das autarquias e dos diversos
atores.
Palavras-Chave: escola a tempo inteiro; conselho municipal de educação; ação pública em educação.

44

A EDUCAÇÃO NO CAMPO DO MUNICÍPIO DE HUMAITÁ-AM


DARIANE BATALHA GUIMARÃES (1) ; ANA CLÁUDIA FERNANDES NOGUEIRA (2).
(1) Universidade Federal de Rondonia, (daribatalha@gmail.com)
(2) Universidade Federal de Rondonia, (anamanaus@gmail.com)

Resumo:
Este trabalho apresenta os resultados finais da pesquisa: “Diagnóstico das condições de infraestrutura
e de pessoal da educação do campo no município de Humaitá-AM-Brasil”, que teve por objetivo realizar o
diagnóstico da estrutura física e educacional de todas as escolas presentes no campo no Município de
Humaitá. A cidade de Humaitá está localizada ao sul do estado do Amazonas distante aproximadamente
777 km² da capital Manaus. Pertence à mesorregião do sul amazonense e microrregião do Madeira. Sua
população é de quarenta e cinco mil novecentos e cinquenta e quatro habitantes (45.954), de acordo
com estimativas do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012. Limita-se com os
Municípios de Manicoré ao Norte, leste e oeste com a cidade de Porto Velho, capital de Rondônia e
Tapauá e Canutama ao oeste. Sua área é de trinta e três milhões, setenta e um mil e seiscentos e
sessenta e sete quilômetros quadrados (33.071.667 km²), um dos maiores em área territorial do estado.

138 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

O diagnóstico, identificou a estrutura física das escolas destacando o acesso a serviços básicos como
água, eletricidade, esgotamento sanitário e dependências escolares, além da formação de professores e
do acesso a programas suplementares como o Programa Nacional de Alimentação escolar e Programa
Nacional de Transporte Escolar.
A pesquisa proposta neste trabalho é do tipo exploratória, a mesma é objetivada sempre que o objeto
proposto “é realizado em áreas e sobre problemas dos quais há escasso ou nenhum conhecimento
acumulado e sistematizado” (Tobar & Yalour, 2002, p.69). Optou-se por uma pesquisa de caráter
documental e participante. Os dados coletados foram obtidos junto Secretaria Municipal de Educação-
SEMED, e referem-se a arquivos públicos tais como: atas, relatórios, planilhas e boletins de frequência
que nunca haviam sido analisados. Outro instrumento utilizado durante a coleta de dados foram
entrevistas semi-estruturadas com os responsáveis da secretaria Municipal de Educação, como recurso
para coletar as informações que estavam ausentes nos documentos analisados, algumas informações não
eram suficientes para completar o banco de dados que estava sendo gerado. A análise dos resultados
deste estudo desenvolve-se numa abordagem que destaca a técnica da análise de conteúdo. Utilizamos
de operações estatísticas simples que nos permitiram estabelecer quadros e gráficos que condensam e
põem em prestígio as informações fornecidas pela analise que foi realizada nos documentos. Após a
disposição de resultados significativos e fiéis, pôde-se, então, propor inferências e adiantar
interpretações acerca dos objetivos previstos (BARDIN, 2007).
Palavras-Chave: Educação do Campo; Legislação; Diagnóstico.

198

PERCEÇÃO SOBRE AO SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO E OS


CONTRIBUTOS DESTE SERVIÇO PARA O BEM-ESTAR PESSOAL, SOCIAL E
CULTURAL DOS CLIENTES. UM ESTUDO COM IDOSOS E SEUS CUIDADORES,
APOIADOS PELA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE APOIO AO IDOSO

DIANA ISABEL PIRES VIEIRA(1).


(1)Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, (dianapv89@hotmail.com)

Resumo:
O apoio domiciliário é uma resposta social crescente em Portugal, que tem como objetivo satisfazer
as necessidades básicas das pessoas idosas com dificuldades na sua autonomia ou mesmo com carência
de cuidadores familiares ou de cuidadores da rede informal. Partindo da experiencia como estagiária
numa instituição que tem a valência de SAD, pretende-se conhecer a perceção dos clientes do SAD da
Associação Nacional de Apoio ao Idoso-ANAI. A investigação foi desenvolvida com pessoas idosas que
usufruem do SAD prestado ou com os seus cuidadores, no caso da pessoa idosa em causa não se
encontrar cognitivamente saudável para responder às questões, ou sofrer de alguma patologia que a
impeça de responder em consciência às perguntas colocadas. Esta tem como objetivo verificar a
perceção que as pessoas idosas têm do serviço, bem como se este corresponde a todas as necessidades
dos clientes e de que modo contribui para o seu bem-estar pessoal, social e cultural. Para a realização
desta investigação, que assenta num paradigma qualitativo, foi utilizada a técnica de entrevista
semiestruturada, junto de 5 clientes que usufruem dos vários serviços que são disponibilizados pelo
serviço de apoio domiciliário da ANAI. Os dados da entrevista foram complementados com um
questionário modelo previsto pelo ISS para avaliar o grau de satisfação dos clientes deste tipo de
valências. Os dados recolhidos foram tratados através de uma análise de conteúdo de informação
previamente gravada, com a devida autorização dos participantes através de um consentimento
informado. As entrevistas foram realizadas na habitação dos clientes, e com a cooperação com a equipa
de colaboradores do SAD da ANAI para a integração da visita no domicílio. As conclusões retiradas deste

139 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

trabalho de investigação poderão ser úteis para o delineamento de possíveis melhorias no SAD, tendo em
vista a satisfação não só das necessidades básicas dos clientes, mas também o seu bem-estar pessoal e
qualidade de vida.
Palavras-Chave: serviço de apoio domiciliário - SAD; bem-estar geral das pessoas idosas; necessidades
básicas.

69

AUTOAVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE EMANCIPAÇÃO E


REGULAÇÃO DAS ESCOLAS
ESTELA COSTA(1) ; MARTA MATEUS DE ALMEIDA(2).
(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (ecosta@ie.ulisboa.pt)
(2)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (mialmeida@ie.ulisboa.pt)

Resumo:
A reflexão que se apresenta resulta de um trabalho de análise de conceções e de práticas de
autoavaliação implementadas em cinco agrupamentos de escolas da região de Lisboa e Vale do Tejo, num
processo de investigação-formação-acção. Este processo assentou em dois grandes eixos: a escola como
centro da mudança, numa perspectiva de escola aprendente, centrada na reflexão individual e colectiva
sobre as práticas; e os processos de auto-avaliação como instrumento de emancipação e regulação das
escolas e, simultaneamente enquanto prática indutora de desenvolvimento profissional. Tendo em conta
o quadro enunciado, procurámos criar um espaço de articulação entre a teoria e a prática, assumindo a
autoavaliação das escolas como potencial prática indutora de desenvolvimento profissional e
organizacional. As experiências de autoavaliação partilhadas, em contexto de formação, foram objeto de
transformação, decorrente dos processos de interação desenvolvidos e da integração dos saberes
mobilizados, de natureza teórica e prática (praxis). Damos, ainda, conta da ocorrência de processos de
maturação, organizacional e individual, em que, num continum, se foram transpondo mecanismos de
resistência e de desconfiança, a par do progressivo abandono da importação acrítica de modelos e
procedimentos estandardizados, abraçando-se a (des)construção de modelos e de procedimentos
próprios e em que se alia o (des)envolvimento individual ao trabalho colaborativo e à partilha de
responsabilidades.
Palavras-Chave: autoavaliação; desenvolvimento organizacional; desenvolvimento profissional.

240

EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA E O TERRITÓRIO DA LOUSÃ: ATUALIDADE E


PROPOSTAS PARA O MUNICÍPIO EDUCADOR

INÊS ABREU RODRIGUES(1); ANTÓNIO GOMES FERREIRA(2); ANTÓNIO ROCHETTE CORDEIRO(3)


(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
ines.abreu.rodrigues@gmail.com/
(2)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra antonio@fpce.uc.pt/
(3)Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra / rochettecordeiro@fl.uc.pt/

Resumo:
A presente investigação apresenta como objetivo primordial analisar as políticas e as práticas
existentes no município da Lousã no que concerne à educação de crianças entre os 0 e os 6 anos de
idade. Numa primeira fase, encontra-se a ser analisada a distribuição da educação de crianças na referida
faixa etária, atendendo às modalidades de educação formal e não formal existentes no município sendo

140 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

objetivo posterior averiguar qual o papel que os órgãos de poder e de administração local desempenham
no desenvolvimento de uma educação de infância de qualidade.
Neste contexto pretende-se também equacionar um possível enquadramento da educação das
crianças, entre os 0 e os 3 anos de idade, no sistema educativo, de modo a que possa ser melhorada a
oferta de serviços, assegurando-se a continuidade educativa com o sistema subsequente - a educação
pré-escolar.
Com todos estes dados coletados e analisados indaga-se sobre quais as propostas a apresentar para o
território, de modo a que se possam enquadrar numa lógica de município educador, contribuindo
igualmente para a inclusão da educação de infância na construção coletiva do projeto educativo local.
Palavras-Chave: educação de infância, políticas, práticas e município da Lousã.

93

TERRITÓRIOS E POLÍTICAS LOCAIS DE CULTURA…


MANUEL GAMA(1).
(1)Universidade do Minho (CECS-ICS)/ Instituto Politécnico de Viana do Castelo, (mea0911@gmail.com)

Resumo:
Num congresso que surge da constatação da importância do território para o desenvolvimento
sustentado e que pretende contribuir para se operarem transformações nas dinâmicas a partir de um
domínio central que é a educação, considera-se pertinente convocar para a discussão no eixo destinado a
debater questões relacionadas com o território e as políticas locais de educação, as políticas culturais e o
papel central que o poder local neste domínio, tanto mais que é recorrente, e muito pouco concretizada,
sublinhada a intenção e a necessidade de promover uma articulação efetiva e consequente entre as
políticas de cultura e de educação. Na presente comunicação vai apresentar-se sucintamente a 1ª fase do
projeto “Políticas Culturais: O Papel Central do Poder Local || 2104-2020” que tem como objetivo
promover um conjunto de ações que concorram para, a partir da escala local, potenciar a reflexão e o
diálogo sobre as políticas culturais, contribuindo, também e inevitavelmente, para a capacitação dos
envolvidos.
Com este projeto não se pretende avaliar as políticas culturais que estão a ser implementadas a nível
local, mas sim contribuir para realçar e reforçar a perceção por parte dos stakeholders locais da
relevância das políticas culturais locais, da importância da articulação interna e externa das políticas
implementadas num município e da existência de indicadores que permitam aferir a consequência da
ação, nomeadamente no setor cultural. Se o objetivo macro do projeto for atingido pode ser que este e
outros pequenos passos concorram para que, a médio prazo, se criem condições para que seja possível
implementar em Portugal uma política cultural, enquadrada internacionalmente, que seja fruto de uma
rede de políticas culturais públicas e privadas que, articuladamente, desenvolva um conjunto de medidas
setoriais para atingir o objetivo de contribuir para o desenvolvimento integral dos indivíduos e das
sociedades.
Palavras-Chave: Políticas Culturais; Poder Local; Desenvolvimento sutentado.

141 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

97

TERRITORIO RURAL Y EDUCACIÓN AGROTÉCNICA. POLÍTICAS PÚBLICAS Y


FAMILIARES DE DESARROLLO LOCAL EN LA REGIÓN OESTE DE LA
PROVINCIA DE BUENOS AIRES (ARGENTINA)
MARCELA GINESTET (1).
(1)Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación-Universidad Nacional de La Plata (Argentina),
(campitoderetama@yahoo.com.ar)

Resumo:
La educación agrotécnica (nivel secundario de educación) no sólo se considera una institución
educativa que imparte conocimientos con prácticas y actores específicos y otorga una formación para el
mundo del trabajo, sino que, las consideramos como instituciones territoriales, ligadas al desarrollo local
(Plencovich y Constantini, 2011). En este sentido, abordamos la complejidad de la escuela agrotécnica,
actuando entre el mundo de lo rural y la productividad agropecuaria y el mundo familiar, operando en
cada región, localidad en la que está inserta de manera diferenciada de acuerdo a sus variables
socioproductivas. Nos proponemos en este trabajo abordar la localización de instituciones educativas
agropecuarias como estrategias de políticas públicas municipales y provinciales de desarrollo local y
estrategias familiares, en dos municipios continuos de la región oeste de la Provincia de Buenos Aires
(Argentina) a partir de la década de 1990. Tomaremos en cuenta las características de este territorio
rural, sus articulaciones con lo urbano, las variaciones demográficas y las políticas públicas educativas
orientadas a la localización rural. Relevaremos las instituciones educativas agropecuarias en el territorio,
su modalidad, caracter de gestión (pública o privada), las estrategias educativas familiares, articulación
con otros actores e instituciones de la comunidad, cantidad, origen y componente de los alumnos y del
cuerpo docente y seguimiento de los egresados.
Palavras-Chave: Educación Agrotécnica; Territorio rural; Políticas públicas.

77

MUNICÍPIOS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO? OS 3000


KM ENTRE TORRES NOVAS E AALBORG

JORGE SALGADO SIMÕES(1) .


(1)Câmara Municipal de Torres Novas, (jorge.simoes@cm-torresnovas.pt)

Resumo:
Os 3000 km que separam Torres Novas e Aalborg, na Dinamarca, constituem a distância percorrida
pelo projecto PASCRI - Parent-School Cooperation in Relation to Inclusion, em execução entre os dois
municípios e financiado pela Comissão Europeia entre 2012 e 2014, no âmbito do Programa
Aprendizagem ao Longo da Vida. Trata-se de uma experiência de cooperação internacional promovida
pelo município que, na sequência de outros projectos entretanto desenvolvidos, se enquadra numa
lógica de actuação que propõe a qualificação da intervenção local em educação. Não sendo
propriamente uma competência formal dos municípios, a cooperação internacional em educação pode
constituir uma ferramenta importante para a optimização das políticas locais de educação, havendo
algumas possibilidades de financiamento comunitário que facilitam o desenvolvimento de projectos nesta
área. Em Torres Novas, nos últimos anos, quer a participação na Associação Internacional das Cidades
Educadoras, quer as actividades desenvolvidas no âmbito de programas europeus, concorrem para a
obtenção de novos conhecimentos e para a partilha de experiências com outros contextos de actuação.
Com a presente comunicação pretende-se apresentar em detalhe o projecto PASCRI, a sua metodologia

142 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

de execução, as dificuldades encontradas e os resultados esperados, reflectindo sobre a


internacionalização das políticas locais e o seu contributo para a qualificação do território.
Palavras-Chave: cooperação internacional; municipios; território.

167

LÓGICAS SOCIOTERRITORIALES EN EL MUNICÍPIO DE GENERAL SAN


MARTÍN: DESCORRIENDO EL “TELÓN DE FONDO” DE LAS POLÍTICAS DE
ESCOLARIZACIÓN EN ESCUELAS SECUNDARIAS

LILIANA GRACIELA PAREDES(1).


(1)Universidad Nacional de San Martín; Universidad Nacional de La Plata, (liliana.paredes@gmail.com)

Resumo:
Nuestra presentación se propone describir y analizar las formas que asumen las políticas de
escolarización en el nivel secundario en territorios signados por dinámicas de fragmentación
socioeconómica y diferenciación socioespacial a partir de la década de 1990 en la RMBA. La hipótesis que
orienta nuestras investigaciones considera que, a pesar de la extensión y diversificación de la oferta
educativa, tanto la localización como la disposición de las escuelas en territorio están atravesadas por
procesos de segregación y fragmentación socioeconómica. Se trata de procesos que se traducen en
nuevas diferencias y jerarquías, nuevas formas de desigualdad tanto en dispositivos pedagógicos, como
en condiciones y procesos de escolarización de los adolescentes en distintos barrios de la metrópoli. Para
abordar estas problemáticas que configuran nuestro objeto de estudio proponemos una estrategia de
complementación metodológica. En primer lugar describiremos ciertas transformaciones que tuvieron
lugar en las dinámicas socioterritoriales a escala municipal, indagando cómo se relacionan estos cambios
con fenómenos que tuvieron lugar en distintas localidades y barrios que conforman el Partido. Luego,
abordaremos las políticas de escolarización en el nivel medio, identificando la localización y la disposición
de establecimientos educativos en el Municipio. Se presentarán datos procedentes de una encuesta
aplicada en 2011 a una selección de escuelas secundarias de gestión pública.
Palavras-Chave: fragmentación socioespacial; escuela secundaria; políticas de escolarización.

102

OS EFEITOS DA AGREGAÇÃO DE AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS NO SEU


CAPITAL SOCIAL
MAGDA MESQUITA(1).
(1)Universidade Aberta, (mpemesquita@gmail.com)

Resumo:
A comunicação apoia-se num estudo realizado no âmbito de uma tese de Doutoramento com o
objetivo de compreender os efeitos da agregação de agrupamentos de escolas nas relações entre o
Diretor e o corpo docente, nas relações entre os professores, e no seu grau de participação na vida da
escola. A investigação encontra enquadramento teórico na noção de capital social, aplicada no
entendimento dos benefícios decorrentes dos laços criados entre indivíduos de um mesmo grupo ou rede
relacional. A pesquisa empírica, concretizada entre janeiro e junho de 2013, incidiu sobre três
agrupamentos de escolas da zona centro de Portugal, e recorreu a entrevistas aos respetivos Diretores, à
aplicação de um inquérito por questionário ao seu corpo docente, e à análise documental. Volvidos três
anos sobre o processo de agregação, uma análise preliminar dos dados recolhidos permite entrever que

143 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

estes Diretores, assoberbados por tarefas administrativas, fazem um esforço acrescido para minimizar as
consequências desse facto no seu relacionamento com os docentes. Nos professores observa-se que se
ajudam mutuamente na resolução de questões profissionais, e confiam uns nos outros para partilharem
dificuldades com os alunos. Mas revelam uma menor motivação para participarem em projetos de
melhoria do agrupamento, e no seu plano anual de atividades.
Palavras-Chave: capital social; agregação; agrupamentos de escolas.

74

TERRITÓRIOS DO PETRÓLEO. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ECONOMIA NO


BRASIL
MARCELO CARLOS GANTOS(1).
(1)Universidade Estadual do Norte Fluinense, RJ , Brasil, (mcgantos@gmail.com)

Resumo:
O texto relata o processo de criação e implantação por parte de uma universidade pública de um
Projeto de Educação Ambiental condicionante de Licenciamento Ambiental na Bavia de Campos e
originado no contexto da implementação de medidas de mitigação de impactos ambientais
provenientes de atividades de produção de gás e petróleo. A proposta se insere na Linha de Ação B da
NOTA TÉCNICA CGPEG/DILIC/IBAMA de 01/10 "Controle Social da aplicação de royalties e de
participações especiais da produção de petróleo e gás natural”. O projeto Territórios do Petróleo situa
seu acionar na geografia e no cenário sociial de demandas informativas oriundas dos grupos sociais
vulneráveis identificados durante o Diagnóstico Participativo do Programa de Educação da Bacia de
Campos (2012) direcionadas a questão dos royalties. Busca-se promover a inter-relação dos grupos
afetados e segmentos representativos da sociedade civil, desenvolvendo estratégias e ações coletivas de
Educação Ambiental (EA) e comunicação popular que os auxiliem a efetivar o direito ao acesso às
informações sobre os Royalties originárias da esfera do poder público municipal, qualificando-os com o
objetivo de alargar as formas democráticas instituídas de participação no controle social dessas receitas
na região produtora de petroleo mais importante do Brasil.
Palavras-Chave: educação ambiental; Licenciamento Ambiental; Petroleo.

100

O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: TRANSFORMAR A CULTURA ESCOLAR E


PROMOVER A GESTÃO INTERSETORIAL DO TERRITÓRIO PARA PROMOVER A
EDUCAÇÃO INTEGRAL

MÁRCIA BAIERSDORF DE ARAUJO(1) ; MARÍLIA ANDRADE TORALES CAMPOS(2).


(1)Universidade Federal do Paraná, (marbaier@yahoo.com.br)
(2)Universidade Federal do Paraná, (mariliat.ufpr@gmail.com)

Resumo:
Nesse trabalho tematizamos a educação integral na escola pública brasileira, considerando a
expressiva expansão do Programa Mais Educação no contexto brasileiro desde o ano de 2008.
Identificamos tendências e ações efetivadas pelas políticas educacionais no que diz respeito à qualidade
da educação, as possibilidades de mudanças na forma escolar e as finalidades assumidas pela escola
diante de demandas sociais locais e globais de nosso tempo histórico. Destacamos, sobretudo, as
iniciativas da União, a qual em 2008 iniciou em 54 municípios, no âmbito do Plano de Desenvolvimento

144 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

da Educação, processo de mobilização nacional para adesão ao Programa do Governo Federal intitulado
“Mais Educação” (PME). Tomamos como método investigativo a análise do discurso pedagógico acerca
da educação em tempo integral, com base na consulta de escritos governamentais direcionados às
escolas e gestores locais. Tal análise compreendeu olhar o prescrito considerando sua circularidade,
variabilidade e polifonia, mas também, assumindo posição diante do seu conteúdo, o que implica uma
leitura entre outras. Julgamos necessário aprofundar os argumentos “transformar a cultura escolar” e
“promover a gestão intersetorial no território”, ambos recorrentes nos textos selecionados. Debatendo
essas duas linhas argumentativas recorremos as práticas pedagógicas em curso nas escolas posto que as
experiências locais necessitam ser interpretadas como sinalizadoras de mudanças curriculares plausíveis,
bem como dos êxitos e das dificuldades para a implementação da educação em tempo integral em todo o
país.
Palavras-Chave: Educação integral; Forma/Cultura escolar; Territórios educativos.

101

PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA E REGULAÇÃO AUTÓNOMA E LOCAL


OU A TRANSFORMAÇÃO DA PERIFERIA EM CENTRO

MARIA AGRIPINA CARRIÇO VIEIRA(1) .


(1)Universidade de Lisboa/Centro de Formação "Os Templários", (agripinavieira@portugalmail.com)

Resumo:
Nesta comunicação procuraremos compreender a escola enquanto organização, detentora de uma
estrutura, de uma cadeia de poderes e regulamentada por um conjunto de normativos, quer externos,
quer internos a partir dos quais constrói uma identidade própria que nasce de um tempo, de um
contexto e ainda das relações que os seus atores entretecem entre si. Com a criação da figura do diretor
de escola, alteram-se substancialmente as dinâmicas da gestão da organização. A passagem de uma
governança colegial para uma liderança unipessoal faz recair no diretor todas as responsabilidades do
cargo, mas atribui-lhe também o poder de definir o caminho que a escola deve seguir. Esta alteração de
paradigma traz consequências substanciais na construção, definição e papel do projeto educativo de
escola (PEE). A problemática deste estudo centra-se numa questão essencial, a de perceber como é que o
diretor de escola faz a gestão do PEE, tomando-o como mais uma técnica de gestão ou como um
instrumento de consolidação da dimensão autonómica da sua liderança e que relações se estabelecem
entre o PEE, o projeto de intervenção na escola (PIE) e a carta de missão (CM). Interessa-nos, pois,
analisar o processo de construção e implementação do PEE à luz dos diferentes papéis que o diretor vai
assumindo na direção diária da escola. É nosso entendimento que, por força da publicação de sucessivos
normativos, o PEE de escola viu a sua centralidade posta em causa pelo PIE assim como pela CM.
Procuraremos igualmente apreender a imagem identitária da escola presente em diversos documentos: o
PEE, o PIE e a CM e compreender em que medida a gestão do PEE reforça a imagem do diretor enquanto
líder comunitário. Partiremos da análise documental, entendida como fonte de evidências e
conhecimento, realizada através da consulta de alguns dos documentos estruturantes para a construção
da autonomia das escolas numa seleção aleatória de escolas, na tentativa de estabelecer as correlações
entre o PEE, PIE e CM.
Palavras-Chave: territorialização; projeto educativo de escola; projeto de intervenção na escola.

145 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

206

A EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS LOCALIZADAS NO CAMPO NOS MUNICÍPIOS


DA REGIÃO METROPOLITANA NORTE DE CURITIBA – PARANÁ - BRASIL:
TERRITÓRIOS DE POSSIBILIDADES

MARIA CRISTINA BORGES DA SILVA(1) ; VANUSA EMÍLIA BORGES(2); VALÉRIA DOS SANTOS CORDEIRO(3).
(1)UniversidadeTuiuti do Paraná, (mariacrisbs@gmail.com)
(2)Universidade Tuiuti do Paraná, (vanusaemilia@hotmail.com)
(3)Universidade Tuiuti do Paraná, (vvcordeiro@gmail.com)

Resumo:
No Brasil a educação destinada às classes populares do campo esteve vinculada a um modelo de
educação urbana, sendo necessário rever a injustiça histórica em relação aos povos do campo para
garantir a sustentabilidade desses espaços. O objetivo da pesquisa é verificar se as questões
socioespaciais e socioambientais, voltadas para experiências vividas estão sendo contempladas na
formação de educadores e educandos que vivem e atuam nas áreas rurais em onze municípios ao norte
da Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, Brasil. A pesquisa é de natureza quanti-qualitativa. Foram
realizados encontros com secretários municipais de Educação e com professores que atuam em escolas
localizadas no campo para a coleta e analise dos projetos políticos pedagógicos. Os resultados
preliminares apontam para a necessidade de se repensar as práticas educativas numa perspectiva
transformadora, que prepare para uma participação efetiva na tomada de decisões no lugar onde se vive.
Possibilitando redescobrir e potencializar identidades, conhecimentos, cultura, tradições e a superação
das vulnerabilidades social, ambiental e espacial, contribuindo para o desenvolvimento humano, do
lugar/território das comunidades rurais. Faz-se necessário, como desafio, pensar na reelaboração de
projetos políticos pedagógicos, que contemplem as questões espaciais de suas realidades e que
permitam criar um sentimento de pertença, proporcionando uma formação que instrumentalize para
compreensão dos conceitos espaciais.
Palavras-Chave: Educação; Campo; Território.

110

EDUCAÇÃO SOCIOESPACIAL: POSSIBILIDADES PARA O


DESENVOLVIMENTO LOCAL

MARIA CRISTINA BORGES DA SILVA(1).


(1)Universidade Tuiuti do Paraná, (mariacrisbs@gmail.com)

Resumo:
A utilização de conceitos que expliquem os significados e a gênese socioespacial é importante para a
compreensão da realidade, dos arranjos socioespaciais, socioambientais, econômicos, políticos, que
determinam a evolução dos lugares. Esses conceitos precisam ser aprofundados na educação formal, e
transpor a barreira escolar, para chegar às comunidades. As áreas cársticas são naturalmente ambientes
frágeis, o que tem despertado o interesse de vários pesquisadores de diversas áreas.

146 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Instigados em identificar e compreender as condições em que se encontram porções dos territórios


cársticos da Região Metropolitana de Curitiba – Paraná - Brasil, e visando analisar a relação existente,
entre esses espaços, comunidades locais e como a educação se insere neste contexto. Definimos como
objetivo geral, identificar e analisar a problemática socioambiental e socioespacial relacionada à região
carstica curitibana a partir da Teoria das Representações Sociais, de moradores, gestores públicos e
professores.
Em termos de embasamento teórico e metodológico optamos pela Teoria das Representações Sociais.
As estratégias metodológicas utilizadas foram: a pesquisa de campo, a aplicação de questionários a
quatrocentos e vinte e cinco professores da rede municipal e estadual de ensino, entrevistas com sete
gestores e noventa moradores da área. Os resultados da pesquisa revelaram o profundo sentimento de
abandono em que vivem os moradores, assim como, os profundos laços identitários que os unem ao
território, que é compreendido como a base da vida e se relaciona intimamente com o sentimento de
pertinência ao lugar. A partir de nossas análises, verificamos que não há representações sobre o carste e
sua fragilidade. Deste modo, apontamos para a necessidade de uma educação socioespacial, que possa
contribuir para um planejamento socioambiental e socioespacial mais eficaz, que impulsione o
desenvolvimento local, e como possibilidade de transformação socioambiental e socioespacial.
Palavras-Chave: Representação social. Território e Territorialidade. Fragilidade ambiental.
Abandono.Desenvolvimento Local; Território.Educação. Cultura.Ambiente; Educação. Conceitos
Espaciais.Educação formal e não formal.

158

CLIMA ESCOLAR E CIDADANIA NA PERSPETIVA DE ALUNOS DO 3º CICLO:


COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLAS TEIP E NÃO-TEIP

MARIA DE FÁTIMA GOMES DE CARVALHO(1) .


(1)Instituto Superior de Educação e Trabalho, (fatimagcarvalho.avep@gmail.com)

Resumo:
No quadro político de territorialização da educação, no qual se situa a medida TEIP, advieram, com
grande significado, ações conjuntas de parcerias das escolas com a comunidade local e afetação de
recursos que visam promover a melhoria dos processos de formação global dos alunos de meios
socioculturalmente desfavorecidos. Muitos estudos têm sido feitos sobre o sucesso académico medido
em termos de resultados escolares. Este estudo foca-se em dimensões da formação global do aluno
menos consideradas: o clima escolar e a cidadania. O objetivo é perceber se há diferenças, nas opiniões
dos alunos, estruturadas pelos contextos escolares TEIP e não-TEIP, acerca do clima relacional e da
cidadania. Metodologia: O estudo desenvolveu-se em 4 escolas do mesmo concelho (2 Escolas TEIP e 2
escolas Secundárias não-TEIP) com uma amostra de 940 alunos do 3º ciclo. O instrumento de recolha de
dados é um questionário com indicadores de socialização, clima de escola e cidadania. A análise recorre a
estatística descritiva e inferencial. Resultados: As diferenças dos indicadores usados umas vezes são e
outras não estatisticamente diferentes. E quando existem diferenças estatisticamente diferentes, as
partições nem sempre se estruturam entre escolas TEIP e não TEIP, revelando realidades diversas e
complexas.
Palavras-Chave: TEIP; clima escolar; cidadania.

147 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

157

O TERRITÓRIO NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA


PÚBLICA EDUCATIVA
MARIA MARLY DE OLIVEIRA COELHO(1) ; MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO DUARTE MARQUES(2).
(1)Universidade Federal do Amazonas, (marlycoelho1952@gmail.com)
(2)Universidade Federal do Amazonas, (mps.marques@hotmail.com)

Resumo:
Este trabalho busca apresentar os debates teóricos de vários estudiosos sobre o tema, partindo da
apresentação da relação entre educação e desenvolvimento, com vista a levantar questões em torno das
políticas públicas educativas, identificando os programas que, na sua implementação, contribuíram para a
perspectiva do desenvolvimento local, particularmente no campo. Tem como foco a ação do governo em
planejar e implementar políticas educativas que possibilitem a criação de políticas públicas para que
possam oferecer condições para o desenvolvimento socioeconômico.
O enquadramento teórico, entre outros, terá como base os estudos de Silva & Bassi (2012) que
discutem a relação política pública e desenvolvimento local,em que o território assume papel decisivo no
resultado da implementação de uma política. O trabalho consiste em um estudo bibliográfico e pesquisa
de campo. No estudo foi verificado, sob o olhar de coordenadores locais (municípios) e coordenadores
institucionais (Estado), acerca da vantagem do Programa Escola Ativa no Estado do Amazonas. Como
conclusão, foi apresentado o contexto geográfico como dificultador da implementação dessa política,
razão de não ter alcançado o sucesso que se esperava e o compromisso dos responsáveis pela
implementação, como maior responsável em conseguir vencer as várias dificuldades que se
apresentaram nesse processo.
Palavras-Chave: Políticas Públicas Educativas; Programa Escola Ativa; Território.

25

A CIDADE COMO O TERRITÓRIO NA PERSPECTIVA DA FORÇA DO LUGAR


MARISTELA MARIA DE MORAES(1) ; HELENA COPETTI CALLAI(2); WALTER FRANTZ(3).
(1)UNIJUÍ,
(marimmm1@hotmail.com)
(2)UNIJUÍ, (helena@unijui.edu.br)
(3)UNIJUÍ, (wfrantz@unijui.edu.br)

Resumo:
A cidade como lugar, considerando o território na lógica da multiescalaridade: local, regional, nacional
e global e a educação a partir das políticas públicas nacionais e a sua subjetivação nos lugares específicos
é o tema deste estudo, tendo por referência os conceitos de território, cidade e cidadania.
A metodologia na perspectiva de análise qualitativa consiste no estudo de teóricos da Educação e da
Geografia; na análise das políticas públicas nacionais de educação, a partir dos PCNs - Parâmetros
Curriculares Nacionais, de Livros Didáticos (LD) de Geografia; e no levantamento junto a professores da
Secretaria de Educação da cidade de Ijuí - RS, sobre como consideram e abordam a temática. Os
resultados mostram que na perspectiva da educação e da Geografia existe a preocupação em reconhecer
o lugar como a possibilidade de exercitar a cidadania partindo da concepção da “força do lugar”. Os
documentos das políticas públicas nacionais consideram a questão do território como dado importante
na definição das mesmas, expresso através de itens a serem trabalhados nas propostas de Geografia, e
dos temas transversais propostos nos PCNs. O Programa Nacional do Livro Didático revela o cuidado com
as questões de cidadania e do saber do aluno para produção do conhecimento. Estes documentos e os

148 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

depoimentos de professores revelam a preocupação com a temática na perspectiva da importância do


estudo lugar, como território demarcado socialmente.
Palavras-Chave: Cidadania; Políticas públicas; Território.

88

A ANÁLISE DE NECESSIDADES DE FORMAÇÃO AO SERVIÇO DO


DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA
MARTA MATEUS DE ALMEIDA(1) ; ESTELA COSTA(2).
(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (mialmeida@ie.ul.pt)
(2)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (ecosta@ie.ul.pt)

Resumo:
Assiste-se hoje a uma viragem no referencial enquadrador da formação contínua em Portugal. De
uma lógica de formação centrada nos Centros de Formação, e orientada para o indivíduo, escorada na
adequação dos interesses individuais à oferta formativa, passa-se para uma conceção da formação
centrada na Escola, e orientada para a conjugação de ‘interesses’ individuais e coletivos. Espelha este
novo olhar o novo Regime Jurídico da Formação Contínua (DL n.º 22/2014), que remete para a Escola a
responsabilidade de deteção de necessidades de formação dos seus atores e de conceção de um plano
de formação que se pretende congruente e ajustado, ao contexto e aos indivíduos. A reflexão que se
apresenta resulta de um projeto de investigação-formação-ação, envolvendo 5 equipas diretivas e a
diretora de um Centro de Formação de Associação de Escolas, da região Oeste. O projeto decorre da
necessidade sentida pelos participantes em dar resposta a este novo exigente mandato. Do trabalho
realizado resulta uma (re)visão dos modos de gestão estratégica das organizações envolvidas, atinentes a
processos de desenvolvimento profissional e organizacional, com base na tríade: Projeto Educativo,
processos de autoavaliação e política de formação.
Palavras-Chave: análise de necessidades; formação; desenvolvimento profissional e organizacional.

68

TERRITÓRIOS EDUCATIVOS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA: DESAFIOS À


EMERGÊNCIA DE COMUNIDADES APRENDENTES

MARTA MATEUS DE ALMEIDA(1) ; ESTELA COSTA(2).


(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (mialmeida@ie.ul.pt)
(2)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, (ecosta@ie.ul.pt)

Resumo:
A discussão em torno das linhas de orientação que devem estar na base do desenho de projetos de
formação e de desenvolvimento profissional dos professores vem apontando para uma, cada vez maior,
aproximação aos contextos de trabalho em que estes se inserem. No mesmo sentido, preconiza-se que o
desenvolvimento organizacional implica assumir a escola enquanto entidade que aprende e se reinventa
a partir do envolvimento e co-responsabilização de toda a comunidade educativa. Assim, das duas linhas
de força enunciadas, preconiza-se uma cada vez maior aproximação dos processos de aprendizagem e
desenvolvimento profissional e organizacional ao contexto da escola, através de processos de
participação e co-responsabilização individual e colectiva. O trabalho colaborativo, a reflexão partilhada
na procura de soluções inovadoras torna-se ainda mais premente nas escolas dos Territórios de
Intervenção Prioritária (TEIP). Assim, as escolas TEIP surgem aqui entendidas enquanto espaços
embrionários de criação de comunidades aprendentes. Partindo das notas de campo de uma perita

149 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

externa recolhidas em quatro escolas TEIP da região de Lisboa e Vale do Tejo, bem como dos documentos
internos das mesmas, foi possível identificar um conjunto de desafios, transversais a todos os casos,
organizados em torno de três grandes eixos: a cultura e o clima institucionais; os processos de avaliação e
de melhoria e as lideranças intermédias.
Palavras-Chave: Desenvolvimento organizacional; Desenvolvimento profissional; Escola aprendente.

210

A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS E


AÇÕES DOS GESTORES ESCOLARES

MÔNICA PICCIONE GOMES RIOS(1).


(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), (monica.rios@puc-campinas.edu.br)

Resumo:
O presente trabalho articula-se a uma pesquisa com apoio financeiro da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Nesse estudo, buscou-se investigar as estratégias
e ações dos gestores escolares, em prol da qualidade sociocultural da educação, relacionadas a três, dos
dezoito municípios pesquisados da mesorregião oeste do estado de Santa Catarina, no Brasil, a saber:
Concórdia, Entre Rios e Lindóia do Sul. Com base na abordagem qualitativa, sem desprezar os dados
quantificáveis, foram analisadas as respostas dos questionários que tiveram como sujeitos os gestores
escolares e os secretários municipais de educação e das entrevistas que tiveram como sujeitos os
gestores escolares e os professores das disciplinas de português e matemática do 5º e do 9º ano do
Ensino Fundamental. De uma forma geral, constatou-se que, salvaguardando as especificidades de cada
município, o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) gera ações na direção da
melhoria da qualidade educativa. Destaca-se o esforço por se instaurar uma cultura de desenvolvimento
do trabalho coletivo, com base na construção e reconstrução do projeto político pedagógico, o que
sinaliza o exercício de uma gestão democrática. Nessa perspectiva, os espaços formativos e a formação
continuada são considerados pelos participantes da pesquisa como sendo fundantes para a melhoria da
qualidade da educação, o que não isenta a necessidade de definição de políticas públicas em educação.
Palavras-Chave: Gestão Escolar; Políticas Públicas de Avaliação; Qualidade da Educação.

162

NATUREZA: TERRITÓRIO EDUCATIVO


OLGA OLIVEIRA CUNHA(1) ; PEDRO DUARTE SILVA(2).
(1)CNE - Corpo Nacional de Escutas, (cunhaolgaoliveira@gmail.com)
(2)CNE Corpo Nacional de Escutas, (snp@cne-escutismo.pt)

Resumo:
Existem diversas formas de aprendizagem, as quais dependem do “território” educacional onde
decorrem. Os jovens podem aprender dentro dos clubes dos quais fazem parte, na sua família, na
universidade, nos campos e espaços desportivos, em encontros informais, entre outros. O Escutismo,
movimento de educação não-formal, utiliza a natureza como o seu território educativo por excelência,
sendo o acampamento a ferramenta pedagógica privilegiada. A educação não-formal surge, assim, de
forma natural no contexto escutista, dado que se refere a qualquer programa que seja organizado em
torno da educação social e pessoal, dirigido aos jovens, de forma a desenvolver os seus conhecimentos,
competências e atitudes, fora do curriculum normal escolar e/ou universitário.

150 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A natureza assume-se como espaço de aprendizagem onde o Escutismo ocorre principalmente, um


ambiente de aventura e desafios que os escuteiros são chamados a viver, experienciar e ultrapassar.
Desta forma, o escuteiro e a sua patrulha (pequeno grupo) aprendem a enfrentar desafios e obstáculos,
através da tomada de decisões em comunidade participativa e democrática. Além disso, de acordo com
Baden-Powell, o escuteiro pode encontrar Deus na natureza, quando percebe a complexidade, beleza e
mistério da mesma. O presente artigo visa a apresentação dos resultados preliminares de um inquérito
realizado a jovens entre os 14 e os 17 anos, complementados com as entrevistas realizadas aos adultos
voluntarios com o objetivo de explorar quais as suas perceções sobre a importância da natureza como
território educativo e as competências nele desenvolvidas.
Palavras-Chave: Educação Não-Formal; Natureza; Escutismo.

202

VIVER COM O ENVELHECIMENTO : DAS POLÍTICAS ÀS PRÁTICAS. ESTUDO


DE CASO NA FREGUESIA DE COZ, CONCELHO DE ALCOBAÇA

RICARDO JOSÉ PEREIRA DE OLIVEIRA(1) .


(1)Mestre em Educação e Formação de Adultos e Intervenção Comunitária pela Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, (ricardoliveira.ac@gmail.com)

Resumo:
O envelhecimento demográfico apresenta-se em Portugal como um fenómeno incontornável que
acarreta desafios para os quais teremos necessariamente de encontrar novas respostas e/ou de adequar
as respostas existentes. Os governantes têm vindo a determinar políticas que visam combater
comportamentos estereotipados sobre a velhice, a aposentação e a pessoa idosa, aplicadas sob a forma
de programas e de iniciativas pelas instituições locais. Está a percorrer-se um caminho no sentido de
consciencializar a população para a valorização e para as potencialidades das pessoas idosas.
As políticas e práticas têm procurado sensibilizar a população para a adoção de estilos de vida
saudáveis, para a aprendizagem ao longo da vida, para o fortalecimento das relações interpessoais e para
a obtenção de segurança económica. A aposentação parece tender a tornar-se numa etapa da vida mais
ativa, produtiva, de continuidade do desenvolvimento, de aprendizagem e de realização pessoal, sendo
reconhecido à pessoa aposentada potencial para participar ativamente na sociedade e desenvolver
papéis sociais transversais, importantes e necessários, quer para a sociedade, quer para ela própria.
Procurando compreender estes fenómenos na freguesia de Coz, concelho de Alcobaça, entrevistámos
pessoas com responsabilidades locais que integram organizações sociais com atuação direta nesta
freguesia, por forma a perceber quais as políticas e as práticas desenvolvidas na promoção do
envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações de modo a serem obtidas melhores condições de
vida e sustentabilidade. Procurámos, assim, descortinar os rumos seguidos na mobilização, capacitação e
implementação de respostas cooperativas para a população desta freguesia. As principais conclusões
mostram-nos que as políticas sociais em Coz não aparentam estar a responder totalmente às
necessidades das pessoas, mesmo na emergência de políticas que vão de encontro ao envelhecimento
progressivo da sua população.
Palavras-Chave: envelhecimentos; políticas sociais; pessoas idosas.

151 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

38

CENTRALIDADE DA PEDAGOGIA FREIREANA NA CONSTRUÇÃO DO


PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ANGICOS/RN 50 ANOS DEPOIS DAS
“40 HORAS”
RITA DIANA DE FREITAS GURGEL(1) ; ÉDER JOFRE MARINHO ARAÚJO(2).
(1)UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO, (rdiana@ufersa.edu.br)
(2)UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO, (edermarinho@ufersa.edu.br)

Resumo:
Dentre as ações de envergadura no campo da Educação de Jovens e Adultos e de Educação Popular
no Brasil no século XX até os dias atuais, a proposta do educador Paulo Freire foi a que mais tomou
projeção nacional e internacional. Conhecida como as “40 horas de Angicos”, a ação ocorreu no início de
1963 e foi oficialmente encerrada com a presença do Presidente da República João Goulart no dia 02 de
abril do mesmo ano. Ação revolucionária no tempo e na metodologia empregados, alfabetizou 300
trabalhadores(as), o que levou a presidência da República a planejar a expansão por meio do Plano
Nacional de Alfabetização (PNA), o qual visava alfabetizar 5 milhões de jovens e adultos em 2 anos. O PNA
teve início, mas foi interrompido logo após o Golpe Militar de 1964, levando Freire ao exílio. Não
obstante terem se passado cinquenta anos da ação de Freire em Angicos, é inegável a atualidade de sua
pedagogia para reverter o quadro do analfabetismo no Brasil. Neste trabalho, relataremos as ações
empreendidas em Angicos pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em parceria com a
Secretaria Municipal de Educação de Angicos e com a Secretaria de Estado de Educação e da Cultura do
Rio Grande do Norte (SEEC/RN), no intuito de contribuir para a construção de um novo Plano Municipal
de Educação, com metas de curto, médio e longo prazos (10 anos). A elaboração foi iniciada a partir da
assinatura do Pacto Paulo Freire pela Educação de Jovens e Adultos, quando da ocasião da comemoração
do cinquentenário da experiência das 40 Horas, em Angicos, em 2013.
Palavras-Chave: 40 horas de Angicos; Plano Municipal de Educação; Educação de Jovens e Adultos.

197

PERCEPÇÕES DE AGENTES POLÍTICOS E DA SOCIEDADE CIVIL A RESPEITO


DA VIABILIDADE DA EXISTÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO RESIDENCIAL PARA
PESSOAS IDOSAS NA ALTA DE COIMBRA

SANDRA CRISTINA BRITO DE FREITAS(1).


(1)Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, (sandra-britoamigos@hotmail.com)

Resumo:
A Alta de Coimbra, que junta as antigas Freguesias de Almedina e Sé Nova, caracteriza-se por um
acentuado envelhecimento dos seus residentes, havendo poucas respostas sociais para fazer face às
necessidades específicas desta população. Neste estudo, que foi desenvolvido no âmbito do estágio
curricular em Ciências da Educação, na área da Educação e Formação de Adultos, no Centro de Dia 25 de
Abril do ATENEU de Coimbra, pretendeu-se conhecer as percepções de pessoas com responsabilidades
ligadas ao poder central e entidades locais, da sociedade civil, acerca da viabilidade da existência de um
Lar de Idosos na Zona Alta de Coimbra.

152 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A razão deste trabalho prende-se com a nossa constatação das necessidades permanentes de alguns
utentes do Centro de Dia referido, e de outras pessoas que não o frequentam, mas que vivem nas
redondezas dos nossos utentes, para as quais não existem respostas sociais eficazes, o que coloca muitas
vezes algumas pessoas em risco de vida. Podemos referir a preocupação, regularmente expressa pelos
utentes do Centro de Dia do ATENEU, acerca do seu futuro quando já não tiverem saúde física e
autonomia para regressarem a suas casas ao final do dia, tratando-se aqui de outros tipos de respostas
que uma instituição como o ATENEU não consegue oferecer. Para a recolha de dados utilizou-se um
Guião de entrevista semiestruturada, foram entrevistados 5 agentes do poder político local e entidades
da sociedade civil com responsabilidades directas na tomada de decisões. Tratou-se de uma investigação
de natureza qualitativa, dado que o nosso objetivo consistiu em ouvir em discurso directo as entidades
por nós selecionadas,chamando a atenção dos responsáveis políticos e da sociedade em geral para a
situação de carência material e afectiva dos idosos e averiguar a exequibilidade de uma resposta social
inexistente.
Palavras-Chave: Respostas Sociais para pessoas idosas; Envelhecimento; Institucionalização.

148

PERFIL DE GESTORES ESCOLARES EM UM TERRITÓRIO DE


VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA

SOFIA LERCHE VIEIRA(1) ; ELOISA MAIA VIDAL(2); STELA MARIA MENEGHEL(3); PAULO SPELLER(4).
(1)Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB), (sofialerche@gmail.com)
(2)Universidade Estadual do Ceará (UECE), (eloisamvidal@yahoo.com.br)
(3)Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira, (stela.meneghel@inep.gov.br)
(4)Ministério da Educação, (paulo.speller@mec.gov.br)

Resumo:
A reflexão sobre o território ainda é tema pouco presente no debate sobre política educacional no
Brasil. Reconhecendo a diversidade de situações num país de dimensões continentais e a necessidade de
melhor compreendê-las, o projeto denominado Observatório da Educação no Maciço de Baturité
(OBEM), desenvolvido por grupos de pesquisa vinculados à Universidade Estadual do Ceará (UECE) e à
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB), com apoio financeiro do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), debruçou-se sobre a realidade
educacional de uma amostra de 30 escolas localizadas em 15 pequenos municípios do estado do Ceará –
território marcado pela pobreza e exclusão social. A investigação, de natureza quanti-qualitativa, analisou
indicadores socioeconômicos e educacionais da região, registros de entrevistas com gestores escolares,
observações e imagens colhidas em pesquisa de campo, objetivando traçar um diagnóstico das condições
de organização e gestão de escolas do referido território, apontando seus desafios. O presente recorte
faz uma análise do perfil dos dirigentes escolares da região, considerando ainda seu processo de
formação e atuação profissional. A partir destes dados, levanta questões acerca da sustentabilidade das
iniciativas de política educacional em um território marcado pela descontinuidade administrativa e pela
dependência do poder público estadual e federal.
Palavras-Chave: politica educacional; território; dirigentes escolares.

153 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

17

A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NA PROTEÇÃO DOS AMBIENTES QUE DÃO


SUPORTE À PESCA ARTESANAL NO RIO SÃO FRANCISCO, BRASIL

SOLANGE FERNANDES SOARES COUTINHO(1) ; DAYWISON BORGES DA SILVA(2).


(1)Fundação Joaquim Nabuco e Universidade de Pernambuco, (solangefscoutinho@gmail.com)
(2)Universidade de Pernambuco e Fundação Joaquim Nabuco, (daywisonborges@hotmail.com)

Resumo:
O Rio São Francisco destaca-se por transpor o semiárido brasileiro em regime perene, tendo, assim,
enorme relevância para as populações ribeirinhas e da Região Nordeste do Brasil como um todo. Até a
sua foz no Oceano Atlântico percorre 2863 km, segundo a Agência Nacional de Águas, atravessando
ambientes extremamente diferenciados nos aspectos ecológico, social e econômico. A pesquisa da
Fundação Joaquim Nabuco, instituição do Ministério da Educação do Brasil, objetivou avaliar a
contribuição da educação para a sustentabilidade ecológica e socioeconômica dos ambientes que dão
suporte à pesca artesanal no Rio São Francisco. Foram avaliados os dois últimos Planos Nacionais de
Educação, por estabelecerem as diretrizes, metas e estratégias da educação brasileira –, e o Programa
Nacional “Pescando Letras” que fora elaborado para atender as especificidades dos discentes jovens e
adultos inseridos nas atividades de pesca. Optou-se por metodologia qualitativa baseada na revisão
bibliográfica e na análise de conteúdo para interpretação dos dados primários obtidos através de
questionários e entrevistas aplicados a pescadores, pescadoras e outras pessoas que estavam envolvidas
com a pesca artesanal e observações em campo. Os resultados revelaram descompassos entre as
políticas públicas educacionais e as necessidades pertinentes à luta das comunidades tradicionais
pesqueiras pela regularização, garantia e proteção dos seus territórios.
Palavras-Chave: Educação; Pesca Artesanal; Proteção Ambiental.

172

ARRANJOS DE COOPERAÇÃO INTERGOVENAMENTAL NO BRASIL:


DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO

THAMARA CAROLINE STRELEC(1).


(1)Universidade Estadual de Campinas, (thamara.strelec@gvmail.br)

Resumo:
Esta comunicação apresenta uma discussão acerca dos arranjos de cooperação intergovernamentais
no contexto brasileiro e dos desafios e oportunidades de seu desenvolvimento no âmbito das políticas
públicas educacionais. Os arranjos de cooperação tem se apresentado como solução com potencial para
a implementação de políticas públicas, na medida em que pretendem resolver dilemas coletivos que
ultrapassam os limites jurisdicionais.

154 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

No âmbito das políticas educacionais, tendo em vista que o modelo brasileiro apresenta-se
tensionado pela convivência de redes de ensino distintas e fragmentadas, arranjos intergovernamentais
supostamente promoveriam maior articulação entre os governos, além de possibilitar o desenho das
políticas públicas sob o enfoque territorial. Apesar de infrequentes no setor da educação, a experiência
de arranjos cooperativos em outras áreas permite apresentar suas principais potencialidades e
vicissitudes se analisados à luz do contexto educacional brasileiro.
Em termos metodológicos, a partir de pesquisa bibliográfica e documental, são apresentados os
condicionantes históricos dos arranjos de cooperação intergovernamental no Brasil, suas principais
modalidades, bem como a crescente participação desses arranjos na agenda dos governos. Além disso,
pretende-se discorrer sobre as potencialidades desses arranjos para a implementação de políticas
públicas mais articuladas entre os governos assim como ressaltar os principais desafios na constituição
desses arranjos.
Palavras-Chave: Federalismo; Cooperação intergovernamental; Políticas educacionais.

233

LIBERDADE DE ESCOLHA DA ESCOLA: DA UTOPIA ANUNCIADA À


REALIDADE VIVIDA

LÚCIA SANTOS(1), LUÍS ALCOFORADO(2), A. M. ROCHETTE CORDEIRO(3).


(1)
FCT, (luciarsantos@gmail.com)
(2)
FPCEUC, (lalcoforado@fpce.uc.pt)
(3)
FLUC, rochettecordeiro@fl.uc.pt

Resumo:
A liberdade de aprender e de ensinar é um direito consagrado na Constituição da Republica
Portuguesa, facto que não deixa margem para dúvidas quanto ao reconhecimento da liberdade na
educação e do direito dos pais assegurarem a educação dos seus filhos em conformidade com as suas
convicções.
Fruto de algumas medidas tomadas pelo atual Governo, a ideia de liberdade de escolha da escola tem
estado recentemente no centro de uma acesa troca de argumentos nos mais variados setores da
sociedade. Não se trata, no entanto, de uma problemática nova, mas sim de um reaparecimento, uma
vez que apesar do conceito só agora ter surgido na legislação (Despacho n.º 5106-A-2012 de 12 de abril),
este consta entre os temas em debate público há já algum tempo.
O novo estatuto do ensino particular e cooperativo (Decreto-Lei n.º 152-2013 de 4 de novembro), que
proporciona aos estabelecimentos autonomia semelhante à das escolas públicas com contrato de
autonomia e integra-os na rede de oferta pública de educação, tornando livre a transferência de alunos
entre escolas independentemente da sua natureza jurídica, abre caminho a esta liberdade de escolha da
escola, instalando a concorrência entre escolas e projetos educativos (no fundo, entre o sistema público
estatal e não estatal), facto que traz a lógica da “lei do mercado” para a educação em Portugal.
Mas apesar do renascer da temática, permanecem grandes interrogações sobre esta matéria, quer ao
nível do seu significado, quer ao nível das suas consequências no sistema educativo. Apesar de numa
análise superficial parecer de interesse evidente, numa análise mais profunda desvanece-se num
emaranhado de prós e contras, pelo que continua a carecer de uma ampla discussão, à luz da realidade
social do nosso país e das experiências de outros países.
Palavras-chave: Liberdade de escolha da escola, Ensino particular e cooperativo, Concorrência.

155 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

235

IMPACTO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NA REQUALIFICAÇÃO DA REDE


ESCOLAR DOS DEZANOVE MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM A COMUNIDADE
INTERMUNICIPAL (CIM) REGIÃO DE COIMBRA

LÚCIA SANTOS(1), SOFIA FÉLIX(2), PATRÍCIA FIGUEIREDO (3), A. M. ROCHETTE CORDEIRO(4).


(1)
FCT, (luciarsantos@gmail.com)
(2)
CEIS20, (sfelix@cm-tabua.pt)
(3)
CEIS20, (pfigueiredo.3@gmail.com)
(4)
FLUC, rochettecordeiro@fl.uc.pt

Resumo:
Enquanto instrumento de planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos
educativos a nível municipal, a carta educativa criou condições para que os municípios se pudessem
afirmar como autores e participantes na reorganização da sua rede escolar pública do ensino básico e da
educação pré-escolar, habilitando-os a encontrar soluções educativas locais, o que só foi possível com a
disponibilização de financiamento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 (QREN),
através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e dos Programas Operacionais
Regionais (POR).
No POR do Centro (Mais Centro), a área de intervenção “Requalificação da Rede Escolar”, configurada
no "Programa Nacional de Requalificação da Rede Escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré
Escolar" e no “Programa de Requalificação de Escolas Básicas do 2.º e 3.º Ciclos e Escolas Básicas
Integradas”, incluía-se no eixo prioritário III - Coesão Local e Urbana - e visava apoiar o financiamento à
requalificação e modernização do parque escolar do ensino básico, básico integrado e da educação pré-
escolar, promovendo a utilização de edifícios escolares dotados de elevada qualidade arquitetónica e
funcional que possibilitem um eficaz reordenamento da rede educativa e contribuam para a melhoria da
qualidade das aprendizagens dos alunos.
Os apoios concedidos para a concretização destes programas foram bastante diferenciados nos
dezanove municípios que integram a CIM Região de Coimbra, não existindo uma relação direta entre o
fundo comunitário aprovado e as características do território (geográficas, número de habitantes/alunos
ou importância estratégica), pelo que parece indispensável compreender os diferentes volumes de
investimento realizado e os seus reais impactos, nomeadamente no que refere ao cumprimento dos
objetivos a que se propunham.
Palavras-chave: Fundo comunitário, Comunidade intermunicipal, Requalificação da rede escolar

234

O NOVO PARADIGMA DO PLANEAMENTO DA REDE EDUCATIVA: DO


PLANEAMENTO PELA OFERTA AO PLANEAMENTO PELA PROCURA

LÚCIA SANTOS(1), A. M. ROCHETTE CORDEIRO (2), LUÍS ALCOFORADO (3).


(1)
FCT, (luciarsantos@gmail.com)
(2)
FLUC, rochettecordeiro@fl.uc.pt
(3)
FPCEUC, (lalcoforado@fpce.uc.pt)

Resumo:
Recentemente assistimos ao aparecimento de novas tendências para a educação, destacando-se a
ressurgida ideia de liberdade de escolha da escola, entretanto reforçada pela publicação do novo
estatuto do ensino particular e cooperativo, que corresponde à primeira tentativa de ultrapassar o campo

156 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

da inofensiva formulação teórica ou da mera intenção política e avançar com iniciativas concretas com
vista à criação de um mercado educativo em Portugal.
A introdução da liberdade de escolha da escola vai transformar completamente as formas de
planeamento da rede educativa tal como as conhecemos. Se até aqui imperou um modelo de
planeamento objetivo, assente em critérios rígidos, baseados em regras de frequência definidas
centralmente, e associado a um contexto de expansão da frequência (resultado da democratização do
ensino e do aumento da escolaridade obrigatória), défice de equipamentos e construção de obra, ou seja,
o planeamento resultante da carta educativa, em que a regulação é feita pela oferta. Com esta mudança
passaríamos a um modelo de planeamento subjetivo, assente em critérios flexíveis, consequência da
desregulação da frequência, e associado a um contexto de retração da frequência (resultado da
transformação demográfica), excesso de equipamentos e investimento em serviços e projetos associados
à garantia da qualidade de vida dos seus habitantes (com o fim do paradigma da obra pública), ou seja, o
planeamento resultante da implementação lei de mercado, em que a regulação é feita pela oferta.
Esta mudança na política educativa vai trazer grandes desafios para o planeamento da rede educativa
e a grande questão que se impõe é se 40 anos após o advento da democracia o nosso país se encontra
preparado para esta alteração.
Palavras-chave: Liberdade de escolha da escola, Definição de critérios, Planeamento da rede
educativa

245

OS MUNICÍPIOS E O MUNICIPALISMO NA EDUCAÇÃO E NA CULTURA.


ATLAS-REPERTÓRIO DOS MUNICÍPIOS NA EDUCAÇÃO E NA CULTURA EM
PORTUGAL (1820-1986)

JUSTINO MAGALHÃES (1).


(1)Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Resumo:
Nesta comunicação tomo como referente a tensão entre centralização e polarização, desdobrando-a
numa sequência de quadros histórico-pedagógicos, que constituem a cartografia da oferta escolar e
cultural. Após um breve enquadramento do projecto Atlas-Repertório, reportar-me-ei à polarização
cultural e ao local educativo, cujas representação, dimensões e estatutos variaram de país para país e de
época para época. No caso português, os municípios assumiram desde a Revolução Liberal uma
estratégia de desenvolvimento, integração e identidade, chamando a si uma participação determinante
no fomento da instrução e da cultura. Esta função evoluiu para uma maior autonomia e capacidade de
iniciativa, com a Regeneração e a República. No quadro do Estado Novo, o município, também ele
corporativo, cumpriu a principal função de complementar a acção do Estado. Com a Revolução
Democrática, os municípios foram investidos de novas competências em matéria de educação e cultura,
nomeadamente: acção social e transportes escolares, educação sociocomunitária e educação de adultos,
educação de infância, protecção da terceira idade, cartas educativas e planeamento escolar.
Emerge, deste modo, um outro Portugal polarizado nas unidades orgânicas e desenvolvimentistas
mais activas. É assim possível uma reinterpretação dos territórios, escalonados em função de potenciais
de desenvolvimento.

157 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

246

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA


CONSOLIDAÇÃO DA REDE ESCOLAR NO PORTUGAL DE OITOCENTOS:
REFLEXOS E CONTRIBUTOS DOS DISCURSOS POLÍTICOS E DOS PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS

ÁUREA ADÃO(1).
(1) Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Resumo:
Durante o regime da Monarquia Constitucional, o papel desempenhado pelos municípios na criação e
consolidação da rede escolar dependeu dos ideários políticos dos muitos governos que se foram
sucedendo assim como das Oposições, mas também e essencialmente da situação financeira que o poder
local foi encontrando. Com esta comunicação, pretende-se dar a conhecer os conteúdos de alguns dos
discursos políticos mais significativos e influentes, oscilando entre o sistema de centralização do ensino
primário e as efémeras experiências de sua descentralização administrativa. Para a elaboração deste
trabalho de investigação, são analisados os discursos produzidos no Parlamento tanto por deputados
como por governantes, os diplomas legislativos promulgados e sua concretização prática. Está igualmente
presente, a influência dos sistemas educativos estrangeiros inspiradora de propostas e leis e/ou desejada
por alguns dos políticos da época.

247

MUNICÍPIOS E A EDUCAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE REATIVA E A


CONVENIÊNCIA DE UMA ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO

ANTÓNIO GOMES FERREIRA(1) E LUÍS MOTA(2).


(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra/GRUPOEDE, CEIS20,
Universidade de Coimbra, (antonio@fpce.uc.pt)
(2)Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação/GRUPOEDE, CEIS20, Universidade de Coimbra,

(mudamseostempos@gmail.com)

Resumo:
Embora seja evidente uma retórica que se manifesta a favor do desenvolvimento local, ela não tem
favorecido uma atuação conscienciosa por parte dos municípios. A obra suscetível de inauguração tem
sido preferida a uma atuação sustentada na valorização dos recursos. Assim sendo, os municípios tem
gerido a educação ao sabor de agendas exteriores ou de um voluntarismo pouco ou nada consequente
para o desenvolvimento da sua região. Ora, importa considerar a educação na estratégia de
desenvolvimento do município e olhar para o território e a comunidade municipal como entidades vivas e
que, como tal, devem integrar um projeto de desenvolvimento que olhe às suas particularidades e que
lhes garanta trocas equilibradas. Portanto, o território e a comunidade não podem ser somente objetos
de uso; têm de ser encarados como entidades capazes de contribuir para a promoção do
desenvolvimento por quem com elas souber aprender, cooperar e agir. Sem elas não há projeto
educativo para um desenvolvimento sustentável e sem isso não há futuro para a maioria dos municípios
portugueses. Daí pensarmos que governo municipal deve assumir claramente a educação como ponto
central da estratégia de desenvolvimento da comunidade e da organização do território que está sob a
sua responsabilidade, sem o que muitos municípios poderão, num futuro mais ou menos próximo,
prosseguir no caminho da desertificação ou da estagnação/retrocesso. Os municípios têm de ter ideias e
convicções sobre como desejam que a educação condicione o seu futuro e, por isso, têm de romper com
a inércia ou a inconsequência da sua atuação.

158 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação


Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da formação

Eixo 10. Competências e


responsabilidade dos municípios nos
nos
159 | Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação

domínios da educação e da formação


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

201

VISÕES DE RESPONSÁVEIS POLÍTICOS LOCAIS ACERCA DA EXISTÊNCIA DE


LARES RESIDENCIAIS EM OLIVEIRA DO HOSPITAL

CLÁUDIA RAQUEL SARAIVA COSTA(1).


(1)Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, (claudiasaraivacosta@gmail.com)

Resumo:
O concelho de Oliveira do Hospital, com características de ruralidade, apresenta um
acentuadoenvelhecimento demográfico, tal como evidenciam as últimas estatísticas nacionais
disponíveis. O Índice de Envelhecimento que se trata de um indicador da relação entre a população idosa
e a população jovem (INE) mostra nas últimas estatísticas que em Oliveira do Hospital este é de 181,8
(Censos, 2011). A existência de respostas sociais que impliquem instituições residenciais para pessoas
idosas está longe de corresponder às necessidades de uma população, a quem muitas vezes falta
também o apoio das redes de suporte informal, como a família e os vizinhos. O trabalho apresentado
consiste, numa primeira fase, na análise dos dados sociodemográficos disponíveis sobre o concelho, a
respeito do envelhecimento da população, e, numa segunda fase, são apresentadas as perceções de
agentes do poder político local acerca da viabilidade da existência de Lares de Idosos, sobretudo em
locais mais isolados e longe da periferia urbana, de forma a contribuir para a promoção da qualidade de
vida das pessoas nas últimas etapas do seu desenvolvimento. Para a recolha de dados no âmbito da
segunda fase deste trabalho, utilizou-se um guião de entrevista semiestruturada e toda a informação
recolhida foi gravada com o devido consentimento informado dos participantes. Foram entrevistadas três
pessoas, que foram escolhidas pelas suas funções políticas na autarquia e no concelho (Presidente da C.
M. de Oliveira do Hospital – José Alexandrino, Vereador da Ação Social – Francisco Rolo e Presidente da
Junta de F. de O. H. - Nuno Oliveira). Tratou-se de uma investigação de natureza qualitativa, dado que o
nosso objetivo consistiu em dar voz a quem tem maior poder de decisão política no concelho em análise,
para a construção de infraestruturas que respondam efetivamente às necessidades básicas e de bem-
estar de uma população envelhecida e muitas vezes esquecida pelas suas redes de cuidadores informais.
Palavras-Chave: Envelhecimento demográfico; Instituições Residenciais para Idosos; Decisores
Políticos.

115

PARADIGMAS MUNICIPAIS NOS DOMÍNIOS DA EDUCAÇÃO E


FORMAÇÃO: CONTEXTOS DA AUTONOMIA E DO DESENVOLVIMENTO LOCAL
CLÁUDIA SANTOS PREGUIÇA(1) ; LUÍS ALCOFORADO(2).
(1)FPCEUC, (claudiapreguica@gmail..com)
(2)FPCEUC, (lalcoforado@fpce.uc.pt)

Resumo:
Foi efetuado um estudo concertado entre a legislação que regulamenta as políticas educativas
portuguesas atuais e a análise dos dados recolhidos de entrevistas realizadas aos responsáveis pela
educação e respetivos técnicos superiores de quatro municípios do distrito de Coimbra. De entre os
muitos entendimentos que o nosso estudo nos permitiu aferir, pretendemos neste espaço avaliar
competências municipais nos domínios da educação, que se interpretam a partir do pensamento e das
práticas dos responsáveis políticos e técnicos.
Ao identificarmos pontos de encontro e desencontro, conseguimos a partir dos mesmos compreender
respostas, enquadrando-as num registo de oportunidades e necessidades presentes nos concelhos.

161 | Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da formação
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Percebemos que o governo central não disponibiliza meios adequados ao cumprimento das normas,
limitando a autonomia dos municípios, existindo um ainda longo percurso no que concerne ao
desenvolvimento de uma estrutura de respostas que envolvam cidadãos, entidades e empresas. Não
obstante as contrariedades encontramos responsáveis e técnicos comprometidos, que procuram
diariamente superar obstáculos a partir da concertação com escolas, empresas, entidades de ensino não
formal, instituições públicas, encarregados de educação e cidadãos na consubstanciação de Projetos
Educativos Locais. Perspetivamos nesta comunicação avaliar possibilidades tendo em conta os contextos,
com o intuito de com este debate fazer surgir novas questões e opções.
Palavras-Chave: Autonomia; Projetos Educativos Locais; Competências Municipais.

153

A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS E


AÇÕES DOS GESTORES ESCOLARES

MÔNICA PICCIONE GOMES RIOS(1).


(1)Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC, (monica.rios@puc-campinas.edu.br)

Resumo:
O presente trabalho articula-se a uma pesquisa com apoio financeiro da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Nesse estudo, buscou-se investigar as estratégias
e ações dos gestores escolares, em prol da qualidade sociocultural da educação, relacionadas a três, dos
dezoito municípios pesquisados da mesorregião oeste do estado de Santa Catarina, no Brasil, a saber:
Concórdia, Entre Rios e Lindóia do Sul. Com base na abordagem qualitativa, sem desprezar os dados
quantificáveis, foram analisadas as respostas dos questionários que tiveram como sujeitos os gestores
escolares e os secretários municipais de educação e das entrevistas que tiveram como sujeitos os
gestores escolares e os professores das disciplinas de português e matemática do 5º e do 9º ano do
Ensino Fundamental. De uma forma geral, constatou-se que, salvaguardando as especificidades de cada
município, o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) gera ações na direção da
melhoria da qualidade educativa. Destaca-se o esforço por se instaurar uma cultura de desenvolvimento
do trabalho coletivo, com base na construção e reconstrução do projeto político pedagógico, o que
sinaliza o exercício de uma gestão democrática. Nessa perspectiva, os espaços formativos e a formação
continuada são considerados pelos participantes da pesquisa como sendo fundantes para a melhoria da
qualidade da educação, o que não isenta a necessidade de definição de políticas públicas em educação.
Palavras-Chave: Gestão Escolar; Políticas Públicas de Avaliação; Qualidade da Educação.

65

“ABANDONO ZERO”: BOAS PRÁTICAS NO COMBATE AO ABANDONO


ESCOLAR NO CONCELHO DE SESIMBRA

PAULO N. NOSSA (1) ; DANIEL B. RIJO (2); LUIZA N. LIMA(3).


(1)FLUC UC/CECS/CEGOT, (paulonnossa@gmail.com)
(2)FPCE
UC/CINEICC, (drijo@fpce.uc.pt)
(3)FPCE UC/CINEICC, (luizabelima@fpce.uc.pt)

Resumo:
Introdução A taxa de retenção e desistência no ensino básico (EB) em Portugal é elevada (4,4 -1.º
ciclo; 15,6 - 3º ciclo), reconhecendo a literatura a existência de associação entre qualificação,
empregabilidade e o potencial de exclusão social. Com responsabilidades no EB, a C. M. de Sesimbra

162 | Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da formação
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

(2011-13), desafiou um conjunto de investigadores e a Associação EPIS a desenharem uma estratégia de


base local para combate ao abandono escolar - 2.º e 3.ºciclos. Objetivos Identificar factores
territorialmente potenciadores de abandono escolar; compreender os motivos de abandono; desenhar
estratégias de resgate para contexto formativo envolvendo a escola, a família e atores locais.
Metodologia 1ª Fase - Em parceria com escolas e técnicos autárquicos procedeu-se à localização dos
abandonantes, à caracterização das famílias e identificação de fatores individuais de abandono; 2.º Fase -
Foi desenhado um programa motivacional envolvendo famílias e recursos comunitários; 3.ª Fase –
Execução de um programa de formação individualizado com objectivos de certificação de competências e
posterior follow up de inserção na vida ativa. Resultados Abandonantes efetivos 59 sujeitos. A taxa de
sucesso do projeto foi de 58,6%: 17 alunos resgatados concluíram um nível de certificação educativa no
1º ano de frequência (medida PIEF), permanecendo 9 alunos em conclusão no ano letivo 2012/2013 e 2
em ensino regular. Dois alunos, após certificação de competências, iniciaram estágio apoiado para
inserção na vida ativa. Conclusões A metodologia aplicada em estreita colaboração com a autarquia
permitiu colocar no terreno um dispositivo de sinalização de abandono em tempo real, partilhando
mecanismos de remediação entre a escola e autarquia. Foram testadas com sucesso boas práticas
identificadas na literatura. Foi possível contrariar crenças demonstrando que é exequível formular, com
base local, uma 2ª oportunidade para jovens abandonantes, mesmo em faixas etárias mais avançadas.
Palavras-Chave: abandono escolar; boas práticas; base local.

211

PERCEPÇÕES DE IDOSOS ACERCA DA SUA QUALIDADE DE VIDA NUMA


FREGUESIA DE SEVER DO VOUGA
VIVIANA PATRICIA CORNIELES CARVALHEIRA DA SILVA PEDRO(1).
(1)Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra,
(viviana_eskimokas@hotmail.com)

Resumo:
Neste estudo, desenvolvido no âmbito do estágio curricular em Ciências da Educação, na área da
Educação e Formação de Adultos, no Centro Social e Paroquial Maria da Glória, na valência de Centro de
Dia, pretendeu-se perceber qual a percepção, no que se refere à respectiva qualidade de vida, de utentes
do Centro de Dia e dos que usufruem do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), procurando-se eventuais
pontos em comum e possíveis divergências das avaliações subjectivas expressas.
O objetivo desta investigação tem a ver com o fato de ainda existirem nas populações muitos
preconceitos em relação à frequência de um Centro de Dia, por parte das pessoas mais idosas, recaindo
muitas vezes a opção das famílias e dos próprios utentes apenas pela valência de Apoio ao Domicílio, a
qual nem sempre consegue dar resposta a todas as necessidades das pessoas abrangidas. Perante esta
constatação, pretende-se com este estudo compreender se a opção pelo Centro de Dia parece propiciar
aos idosos maior qualidade de vida, visto que usufruem do convívio e da realização de atividades que lhes
proporcionam maior autonomia, que começa a desaparecer com o avanço da idade, ou se aqueles que
recebem somente as refeições e alguns cuidados de higiene, não beneficiando do contacto diário com
pessoas da mesma idade em actividades organizadas, têm percepções idênticas sobre a respectiva
qualidade de vida. A recolha de dados foi feita através de uma ficha de dados pessoais e de três
questionários (já adaptados para a população portugusa) que medem diferentes construtos (satisfação
com a vida, felicidade subjectiva e solidão), a 15 idosos da valência de Centro de Dia e a 15 idosos da
valência do Serviço de Apoio Domiciliário, sem patologias que afectassem o seu funcionamento cognitivo,
tendo-se obtido previamente o devido consentimento informado junto de todas as pessoas participantes.
Com as conclusões derivadas deste trabalho pretende-se reflectir sobre a importância das redes de apoio
formal.
Palavras-Chave: Envelhecimento; Qualidade de vida; percepções das pessoas idosas.

163 | Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da formação
ÍNDICES

Índices
165 | Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da formação
Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Índice global

Apresentação ...................................................................................................................................................... iii


Comissões ............................................................................................................................................................ v
Comissão Científica ........................................................................................................................................ v
Comissão Organizadora ................................................................................................................................. v
Comissão Organizadora Executiva ................................................................................................................ v
Programa ............................................................................................................................................................ vii
Resumos ............................................................................................................................................................. 13
Mesas Redondas .................................................................................................................................... 19
Mesas Coordenadas .............................................................................................................................. 25
Resumos das Comunicações ................................................................................................................. 31
Comunicações livres .............................................................................................................................. 31
Eixo 1. Educação e desenvolvimento sustentável.......................................................................... 33
Eixo 2. Cidades Educadoras e Cidadania Participativa ................................................................... 53
Eixo 3- Educação e Ambiente .......................................................................................................... 65
Eixo 4. Educação, Património e Cultura .......................................................................................... 75
Eixo 5. Educação, Economia e Inclusão Social ................................................................................ 89
Eixo 6. Educação, Desenvolvimento Local e Novas Profissões ....................................................105
Eixo 7. Educação/Formação Profissional, Trabalho e Desenvolvimento ....................................109
Eixo 8 Qualificação, Certificação de Competências e Desenvolvimento Local ...........................129
Eixo 9. Território e Políticas Locais de Educação..........................................................................135
Eixo 10. Competências e responsabilidade dos municípios nos domínios da educação e da
formação ........................................................................................................................................159

índices ..............................................................................................................................................................165
Índice global ...............................................................................................................................................167
Índice de comunicações ............................................................................................................................169
Índice por autores ......................................................................................................................................177

167 | Índice global


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Índice de comunicações

Eixo 1

Pegada Ecológica vs Desenvolvimento Sustentável estudo de caso em várias escolas da área urbana de
Coimbra .............................................................................................................................................................. 35
Educação e Sustentabilidade: reflexões sobre a prática educativa de uma Casa Familiar Rural na
Amazônia, Brasil................................................................................................................................................. 35
Estratégias para o Desenvolvimento Local/Território Sustentável: fundos rotativos solidários ................... 36
A Responsabilidade Ambiental no Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências .................................................................................................................................................... 37
Educação Integral Politécnica e Sustentabilidade Social: a alternativa democrática para a escola pública
brasileira ............................................................................................................................................................. 37
A sociobiodiversidade como um dos elementos do desenvolvimento sustentável ...................................... 38
Os deslizamentos em massa em Coimbra e na Lousã, numa Perspetiva de Ordenamento do Território ... 38
Justiça Social e Justiça Ambiental: pilares de uma educação global para a cidadania e para a
sustentabilidade ................................................................................................................................................ 39
A cidade de Pedro II, em Piauí (Brasil), numa Perspetiva de Educação e Desenvolvimento Sustentável .... 39
Metas Curriculares do 3.º Ciclo do Ensino Básico de Geografia: que contributo para o desenvolvimento de
competências ambientais? ...............................................................................................................................40
Escolarização de Jovens Rurais do Sertão Sergipano e Questões sobre Desenvolvimento Local e o Futuro
da Agricultura Familiar ...................................................................................................................................... 41
Território, Identidade e Sustentabilidade: uma proposta de educação índigena superior no Alto Rio
Negro/am ........................................................................................................................................................... 41
Educação em Paisagens Cênicas e o Desenvolvimento Local: o caso da serra confusão do Rio Preto
(Goiás/Brasil) ...................................................................................................................................................... 42
Educação contextualizada e desconstrução no semiárido brasileiro ............................................................. 43
Paisagens Educativas e Territórios Educadores: Duas Faces da Mesma Moeda ........................................... 43
Educação para o Desenvolvimento Sustentável: contributos de uma comunidade de prática .................... 44
Possibilidades educativas para um território sustentável: programa Mais Educação no município de
Cachoeiro de Itapemirim no Espírito Santo - Brasil ......................................................................................... 45
Cidadania participativa: prática educativa de jovens para transformação social em territórios .................. 45
A “crise silenciosa”. A crítica de Martha Nussbaum à educação e ao desenvolvimento .............................. 46
A perceção de pessoas idosas institucionalizadas sobre a organização do espaço físico e das
infraestruturas das instituições residenciais. Um estudo de caso com idosos da Casa dos Pobres de
Coimbra .............................................................................................................................................................. 47
Exercícios sobre ordenamento do território no âmbito do Ensino Secundário. Estudo de avaliação .......... 47
“Elementos para reflexão sobre o Projeto FIB (Felicidade Interna Bruta) em um município do interior
paulista: Uma experiência de intervenção com jovens” ................................................................................. 48
Energia Eólica e Complementaridade Energética: perspectivas e desafios para o desenvolvimento
sustentável ......................................................................................................................................................... 49
Pedagogia da Imagem: práticas pedagógicas e ações sustentáveis entre a universidade e escola ............. 49

169 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Caracterização de uma Comunidade Local: o primeiro passo na elaboração de Programas Educativos


Intergeracionais ................................................................................................................................................. 50
Educação para o Desenvolvimento Sustentável numa Escola do 3º Ciclo do Ensino Básico ........................ 51
Educação, desenvolvimento sustentável e empregos verdes ........................................................................ 51
As Parcerias no âmbito da formação como fonte de desenvolvimento sustentável: Um estudo multicasos
............................................................................................................................................................................ 52

Eixo
Eixo 2

Territórios de jogabilidade são precisos para comunidades educadoras ...................................................... 55


Cidade Educadora: ver-a-cidade como espaço social da educação cidadã .................................................... 55
Jovens, cidadania e pertença a grupos ............................................................................................................ 56
Os jovens, e a pluralidade de espaços de clarificação de valores ................................................................... 57
Cidades em rede para uma rede de cidades! .................................................................................................. 57
Território: e se deixássemos participar os jovens? .......................................................................................... 58
O Centro de Referências em Educação Integral e a formação de ativos locais e de gestão para uma cidade
educadora .......................................................................................................................................................... 58
Os Processos Avaliativos em Secretarias Municipais de Educação................................................................. 59
As Propostas Didático-Metodológicas do Parfor e a Educação em Cidades do Interior da Amazônia
Brasileira ............................................................................................................................................................. 59
Convergências e Divergências no Contexto de uma Cidade Educadora: o caso do município de Leiria ...... 60
A Cidade Educadora: a construção do habitar comum ................................................................................... 61
A Aprendicidade das Escolas Invisíveis ............................................................................................................. 61
Projetos Pedagógicos para a Promoção de uma Cidadania Participativa numa Escola do Século XXI ......... 62
A escola como cidade e a Cidade domo Escola ............................................................................................... 62

Eixo 3

PROSEPE : duas décadas a educar para a preservação da floresta ................................................................ 67


À descoberta do rio Zêzere: uma atividade de outdoor com alunos do 1º CEB ............................................ 67
Centro de Educação Ambiental de Esposende: a sensibilização como ferramenta de responsabilização
ambiental ........................................................................................................................................................... 68
Educação como espaço social e Educomunicação .......................................................................................... 69
Educação Contextualizada: uma prática pedagógica no semiárido brasileiro ............................................... 69
Educação Ambiental Crítica - A militância como processo educativo ............................................................ 70
Reciclagem Como Ação Econômica, Social E Ambiental: A Experiência Dos Trabalhadores Da Associação
Sorriso De Catadores De Materiais Recicláveis, Município De Sorriso, Mato Grosso, Brasil....................... 70
O Contributo dos Projetos Educativos Locais para a Implementação de Ecoterritórios: ambiente e
desenvolvimento sustentável como vetores estratégicos .............................................................................. 71
A Problemática dos Resíduos Sólidos Urbanos e seus Impactos na Saúde Humana e no Meio Ambiente:
reflexões e desafios ........................................................................................................................................... 72

170 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Agenda 21 Escolar: no âmbito ambiental em Oliveira do Hospital................................................................. 72


Educação Ambiental e Mobilização Social na Bacia de Campos (RJ – Brasil) ................................................. 73

Eixo 4

Projeto Educação Patrimonial - Cidadão esclarecido, cidadão ativo .............................................................. 77


Para uma Cartografia Escolar de Coimbra........................................................................................................ 77
Local, Nacional e Universal nA Educação Comparada: a questão do território nacional para a efetivação de
política pública antirracista no âmbito escolar brasileiro................................................................................ 78
Escrituras al Margen .......................................................................................................................................... 79
Património geológico e geomorfológico em Coimbra numa perspetiva de Educação e Cultura ................. 79
Educação Física e Desportiva: contributo intelectual e representação do território .................................... 80
Recursos para atividades de exterior na Serra da Leba, em Angola ............................................................... 81
Educação E Cultura: o perfil dos alunos indígenas da universidade federal do oeste do pará – ufopa,
amazônia, brasil ................................................................................................................................................. 81
Zona Escolar do Calhabé e a (re)construção da cidade moderna................................................................... 82
Patrimônio Cultural e Infância: os caminhos da educação e da cultura......................................................... 83
Mediação Sociocultural, Literatura e Intervenção ........................................................................................... 83
Roteiros Geo-Turísticos em Belém do Pará, Amazonia, Brasil: turismo e educação patrimonial em Belém
do Pará na Amazônia brasileira. ....................................................................................................................... 84
La Construcción de la Memoria Histórico-Educativa através de un Museo Pedagógico: el caso del Museo
de la Educación del País Vasco..........................................................................................................................84
Cultra Territorial e Cultura Negra Brasileira: apontamentos sobre campo e conceito ................................ 85
Reabilitar a Sabedoria na Cidade a partir da Rua da Sofia em Coimbra ......................................................... 86
Contribuição das Novas Tecnologias no Ensino Aprendizagem do Ensino Fundamental: um comparativo
entre duas escolas públicas no município de guamaré/rn .............................................................................. 86
“O Meu Território, A Nossa História”: contributos da educação pela arte na promoção do bem-estar em
pessoas com demência e cuidadores/as .......................................................................................................... 87
Ensino Via Pesquisa como processo de valorização cultural na escola indígena Tukano Ye´pa Mahsã ....... 88

Eixo 5

´Expetativas (In)Cumpridas´- a vivência da reclusão no feminino e a educação/formação de adultos nas


prisões ................................................................................................................................................................ 91
Programas Básicos de Serviços Básicos: exigência de frequência escolar de acordo com as percepções de
beneficiários do Programa Bolsa Família ......................................................................................................... 91
Empreendimento Social na Área Têxtil numa Aldeia Indígena: para além do aumento de renda ............... 92
Problematização e Análise Crítica do Conflito Escola/Território: abordagem para a elaboração de
proposta desenvolvimento da educação profissional local ............................................................................ 92
Responsabilidade Social Universitária: que impactos sociais nas práticas de envelhecimento activo? ....... 93
Expansão das Fronteiras Agrícolas no Sul do Amazonas e a Educação em Áreas de Assentamento Rural.. 94

171 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Incubadora de Empreendimentos de Economia Solidária, Territorialização e Cooperação: elementos de


uma educação sócio-dialógica .......................................................................................................................... 94
Desafios e Conquistas Encontrados em Classes Multisseriadas no Semiárido Potiguar ............................... 95
Quando a vida pode imitar a Arte: gestando práticas demasiadamente humanas no caminho da educação
em saúde ............................................................................................................................................................ 96
Finca tradicional afrocolombiana una experiencia de reivindicación por la justicia cognitiva y la justicia
social ................................................................................................................................................................... 96
Educação Profissional na Perspetiva da Economia Popular e Solidária: avaliação de uma experiência
interdisciplinar em Administração .................................................................................................................... 97
A Avaliação das Possibilidades de Integração das Pessoas com Deficiência na Economia Solidária e Popular
Via Educação Profissional .................................................................................................................................. 97
Qualidade de Vida e Aprendizagem ao Longo da Vida: os idosos de Coimbra .............................................. 98
Atividades e Lugar em Trajetórias na Economia Solidária: renormatizações no/do trabalho associado ..... 99
Democratização Escolar, Multiculturalidade e Globalização .......................................................................... 99
Os jovens do sol poente: trajetórias de vida e inventividades nas periferias ..............................................100
Um olhar, uma experiência de intervenção transversal para a inclusão ......................................................100
Importância da Interação entre Biblioteca Escolar e o Processo de Ensino e Aprendizagem na Formação
Básica do Educando .........................................................................................................................................101
O Idosos em Contexto Rura os diferentes comportamentos no concelho de Penela .................................101
Ensino Médio de Jovens e Adultos (EJA): uma proposta educativa e um desafio de vida ..........................102
Cooperação como Espaço Educativo e Instrumento de Inclusão Social ......................................................103

Eixo 6

Contextualizar Educação, Desenvolvimento Local e Novas profissões: uma discussão sobre


empreendorismo, profissões inovadoras e escolhas educativas ..................................................................107
Novas Dinâmicas de Desenvolvimento Local: categorização e avaliação de iniciativas inovadoras bottom-
up ......................................................................................................................................................................107
A Educação para o Empreendedorismo como Fator Diferenciador de Desenvolvimento Local ................108

Eixo 7

Actividades sobre Sismos numa Perspetiva de Formação de Professores ...................................................111


Trabalhos por Pesquisa com Alunos de Biologia e Geologia do Ensino Secundário. Um estudo de avaliação
..........................................................................................................................................................................111
Programa Redes Sociais do Senac São Paulo no Fomento do Desenvolvimento Local ...............................112
O trabalho e o Pesquisador da Pós-graduação no Território Brasileiro .......................................................112
A Configuração Territorial dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu na Área de Planejamento
Urbano e Regional/Demografia no Brasil .......................................................................................................113
Um olhar sobre os motivos e expectativas de estudantes da Educação de Jovens e Adultos a respeito do
processo de escolarização ...............................................................................................................................113
Entre Muros e Flores: nas representações de narrativas de autobiográficas ..............................................114

172 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

A Morte “Adormecida” no Contexto da Educação Escolar ...........................................................................115


A Educação Médica e a Morte: os caminhos para humanização do cuidado ..............................................115
Recursos para o ensino do paleomagnetismo em geologia: estudo qualitativo de avaliação numa
perspectiva de formação de professores .......................................................................................................116
Profissionalização Docente na Educação Infantil no Brasil e em – qual professor? qual formação? .........117
O Perfil Do Professor De Educação Infantil Do Campo No Município De Humaitá/Am ..............................117
Os Sentidos Atribuídos À Profissão Docente Na Formação Inicial De Professores De Ciências Da Natureza
No Brasil E Em Portugal ...................................................................................................................................118
Desemprego e formação profissional: perspetivas e desafios na construção de uma estratégia para o
futuro................................................................................................................................................................119
Escola e Criação de Territórios Novos ............................................................................................................119
Interdisciplinaridade Geologia e Matemática: Estudos numa perspetiva de formação de professores ao
longo da vida ....................................................................................................................................................120
Estudos numa Perspetiva de Formação de Professores ao Longo da Vida: interdisciplinaridade Geologia
versus Matemática ..........................................................................................................................................121
A Constituição Docente na Educação Profissional e Tecnológica: um estudo no ifsul campus passo fundo –
rs - Brasil ...........................................................................................................................................................121
Por uma Pedagogia da Sustenatibilidade da Educação: um estudo de caso na Universidade de
Pernambuco-Brasil. .........................................................................................................................................122
O Impacto do Pibid na Formação Inicial e Continuada ..................................................................................122
A Formação Profissional na Comunidade – o Programa de Formação em Competências Básicas ............123
O estudo das rochas numa perspetiva de formação de professores ...........................................................123
A Expansão da educação superior n Brasil e o desenvolvimento social; o caso da UFRB ...........................124
As escolas profissionais de música e a sua relação com o território ............................................................125
O papel dos professores no Projeto Educativo Local ....................................................................................125
O papel dos diretores de Agrupamento de Escolas no Projeto Educativo Local .........................................126
(Per)cursos Profissionais dos Jovens Moçambicanos ....................................................................................127
Desafios à Prossecução da Utopia do Território Inclusivo: resultados de um projeto educativo de matriz
participativa para pessoas em situação de sem abrigo .................................................................................127
Encontros e Desencontros na Formação de Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma
Escola Pública no Município de Humaitá-Amazonas-Brasil...........................................................................128

Eixo 8

Análise dos regulamentos pedagógicos e das normas de avaliação numa instituição de ensino superior
portuguesa .......................................................................................................................................................131
Lógicas de Apropriação Local das Políticas de Educação Básica de Adultos: o território conta .................131
Uma análise de mudanças socioambientais do município de Campina do Monte Alegre, São Paulo/BR,
decorrentes da certificação ambiental Município VerdeAzul .......................................................................132
Formação para a Inclusão: uma janela entreaberta ......................................................................................132

173 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Eixo 9

Boas Práticas Escolares: uma revisão da literatura acadêmico-científica no espaço ibero-americano .....137
A Instrução Elementar no Município de Coimbra: da organização à rede escolar ......................................137
Os Conselhos Municipais de Educação como Observatórios das Políticas e Ação Pública: o caso da política
de escola a tempo inteiro................................................................................................................................138
A Educação no Campo do Município de Humaitá-AM ..................................................................................138
Perceção sobre ao Serviço de Apoio Domiciliário e os contributos deste serviço para o bem-estar pessoal,
social e cultural dos clientes. Um estudo com idosos e seus cuidadores, apoiados pela Associação
Nacional de Apoio ao Idoso ............................................................................................................................139
Autoavaliação como Instrumento de Emancipação e Regulação das Escolas .............................................140
Educação de infância e o território da Lousã: Atualidade e propostas para o município educador ..........140
Territórios e Políticas Locais de Cultura… ......................................................................................................141
Territorio rural y educación agrotécnica. Políticas públicas y familiares de desarrollo local en la región
oeste de la Provincia de Buenos Aires (Argentina) ........................................................................................142
Municípios e Cooperação Internacional em Educação? Os 3000 km entre Torres Novas e Aalborg .........142
Lógicas Socioterritoriales en el município de General San Martín: descorriendo el “telón de fondo” de las
políticas de escolarización en escuelas secundarias......................................................................................143
Os Efeitos da Agregação de Agrupamentos de Escolas no seu Capital Social ..............................................143
Territórios do Petróleo. Educação ambiental e economia no Brasil ............................................................144
O Programa Mais Educação: transformar a cultura escolar e promover a gestão intersetorial do território
para promover a educação integral ...............................................................................................................144
Projecto Educativo de Escola e regulação autónoma e local ou a Transformação da Periferia em Centro
..........................................................................................................................................................................145
A Educação nas Escolas Localizadas no Campo nos Municípios da Região Metropolitana Norte de Curitiba
– Paraná - Brasil: territórios de possibilidades ...............................................................................................146
Educação Socioespacial: possibilidades para o desenvolvimento local .......................................................146
Clima Escolar e Cidadania na Perspetiva de Alunos do 3º Ciclo: comparação entre escolas TEIP e não-TEIP
..........................................................................................................................................................................147
O território no Processo de Implementação de uma Política Pública Educativa .......................................148
A Cidade como o Território na Perspectiva da Força do Lugar .....................................................................148
A análise de Necessidades de Formação ao Serviço do Desenvolvimento Organizacional da Escola ........149
Territórios Educativos de Intervenção Prioritária: desafios à emergência de comunidades aprendentes 149
A Qualidade da Educação Básica: um estudo das estratégias e ações dos gestores escolares ..................150
Natureza: território educativo ........................................................................................................................150
Viver com o Envelhecimento : das políticas às práticas. Estudo de caso na freguesia de Coz, concelho de
Alcobaça ...........................................................................................................................................................151
Centralidade da Pedagogia Freireana na construção do Plano Municipal de Educação de Angicos/RN 50
anos depois das “40 horas”.............................................................................................................................152
Percepções de agentes políticos e da sociedade civil a respeito da viabilidade da existência de uma
instituição residencial para pessoas idosas na Alta de Coimbra ...................................................................152
A influência da educação na proteção dos ambientes que dão suporte à pesca artesanal no rio são
francisco, brasil ................................................................................................................................................154

174 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Arranjos de Cooperação Intergovenamental no Brasil: desafios e oportunidades no âmbito da educação


..........................................................................................................................................................................154
Liberdade de escolha da escola: da utopia anunciada à realidade vivida ....................................................155
Impacto dos fundos comunitários na requalificação da rede escolar dos dezanove municípios que
integram a comunidade intermunicipal (cim) região de coimbra ................................................................156
O novo paradigma do planeamento da rede educativa: do planeamento pela oferta ao planeamento pela
procura .............................................................................................................................................................156
Os municípios e o municipalismo na Educação e na Cultura. Atlas-Repertório dos municípios na Educação
e na Cultura em Portugal (1820-1986) ...........................................................................................................157
A importância da participação dos municípios na consolidação da rede escolar no Portugal de oitocentos:
reflexos e contributos dos discursos políticos e dos programas governamentais.......................................158
Municípios e a educação entre a atividade reativa e a conveniência de uma estratégia para o
desenvolvimento .............................................................................................................................................158

Eixo 10

Perfil de gestores escolares em um território de vulnerabilidade socioeconômica ....................................153


Visões de responsáveis políticos locais acerca da existência de lares residenciais em Oliveira do Hospital
..........................................................................................................................................................................161
Paradigmas Municipais nos Domínios da Educação e Formação: contextos da autonomia e do
desenvolvimento local.....................................................................................................................................161
A Qualidade da Educação Básica: um estudo das estratégias e ações dos gestores escolares ..................162
“Abandono Zero”: boas práticas no combate ao abandono escolar no concelho de Sesimbra .................162
Percepções de Idosos Acerca da sua Qualidade de Vida numa Freguesia de Sever do Vouga ...................163

175 | Índice de comunicações


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Índice por autores

A. M. Rochette Cordeiro · 21, 29, 43, 71, 72, 98, 101, 119, 125, 155, 156
Adélia Nunes · 35, 67
Adolfo Ignacio Calderón · v, 137
Adriano Negris · 43
Agda Sardenberg · 58
Albertina Oliveira · 50
Alexandra Roeger · 68
Alfredo Bravo Marques Pinheiro · 45
Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho · 29
Ana Cláudia Fernandes Nogueira · 117, 138
Ana Cristina F. Almeida · 55
Ana da Conceição Fontes Ferreira Monteiro · 91
Ana Direito · 67
Ana Lopes · 67
Ana Maria Bettencourt · v, 22, 23
Ana Maria Seixas · v
Ana Paula Pais · 27
Ana Paula R. A. R. Brochado de Almeida · 77
Anabela Almeida · 28, 68
Anailton Salgado · 28
André de Oliveira Melo · 35
André Ferrer Pinto Martins · 118
André Pires · 91
Ândrea Consoelo Cunha da Silva · 81
Angela Maria Cavalcanti Ramalho · 36, 49, 72
Aniceta Neves Pena Coimbra · 37
Anieli Ebling Bulé · 38
Antonio Carlos Maciel · 37, 94
António Gomes Ferreira · ii, v, 77, 86, 137, 158
António Rochette Cordeiro · ii, v
António Saraiva · 38
António Sota Martins · 56
Aparecida Luzia Alzira Zuin · 55, 69
Armanda Pinto Matos · v
Armando L. Rocha · 79
Artur José Renda Vitorino · 78
Assis Francisco de Castilhos · 92, 97
Áurea Adão · 27, 158

177 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Bienvenido Martín Fraile · 79


Branca Miranda · 40
Bruno Valverde Chahaira · 69

Carla Teixeira · 127


Carlos Antunes · 38, 111
Carlos Barata · 111
Carlos Barreira · 131
Carlos Henrique dos Santos Martins · 85
Carlos Pires · 138
Carlos Sousa Reis · 99
Carolina Ferreira · 29, 62
Carolina Medeiros Macedo · 115
Cecília Maria Barros Tavares · 112
Celeste Romualdo Gomes · 38, 39, 47, 79, 81, 111, 116, 121, 123
Celso Sanchez Pereira · 70
Cesar Barbalho · 95
César Rodrigues · 80
Christiane Fabíola Momm · 112, 113
Clara Cruz · 138
Claudemir Ramos da Silva Sugahara · 51
Cláudia Carvalho · 29
Cláudia Preguiça · v
Cláudia Raquel Saraiva Costa · 161
Cláudia Santos Preguiça · 107, 161
Cláudia Teixeira Gomes · 93
Claudinei Frutuoso · 37
Cleiton Lixieski Sell · 38
Conceição Alves Pinto · 56, 57
Constantino Ussombo · 81
Cristina Albuquerque · 107, 108
Cristina Barros · 27
Cristina Pinto Albuquerque · 39
Cristina Silva · 62

Daiana R. Mello Cargnin · 99


Daniel B. Rijo · 162
Daniela Cunha dos Santos · 81
Dariane Batalha Guimarães · 94, 128, 138
Darlene Ávila · 108
David Justino · 17
Daywison Borges da Silva · 154

178 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Denise Maria Gândara Alves · 48


Diana Isabel Pires Vieira · 139
Diego Baptista · 45

Éder Jofre Marinho Araújo · 152


Ediene Pena Ferreira · 81
Edilene Barbosa Pinto · 69
Edivaldo Cesar Camarotti Martins · 137
Edson Marques Oliveira · 94
Eduardo Henrique Ferin da Cunha · 112
Eloisa Maia Vidal · 153
Estela Costa · 140, 149
Evandro Nogueira de Oliveira · 114, 122

Fátima Barasuol Hammarströn · 38


Fátima Carvalho · 57
Félix Esménio · 21
Fernanda Brandão · 39
Fernanda de Oliveira Silva · 114, 122
Fernanda Maria Dias · 28
Fernando Alexandre · 40
Fernando Carlos Lopes · 81, 111
Fernando Félix · 67
Filomena Amador · 51, 60
Flávia Letícia Silva · 132
Francilene Linduína Barbosa Martins · 95
Frederico Monteiro · 131

Georgia Sibele Nogueira da Silva · 115


Geórgia Sibele Nogueira da Silva · 96
Gesinaldo Ataíde Cândido · 49
Gina M. Correia · 116
Gonçalo Canto Moniz · 29, 62, 82
Graça Bidarra · 131
Graça Silva e José Francisco Rolo · 28
Guilherme Cardoso da Silveira · 70

179 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Helen Rose dos Santos · 112


Helena Copetti Callai · 148
Helena Singer · 58
Heloisa Helena Azevedo · 117

Inmaculada Montero · 50
Isabel Cristina Tobon · 96
Isabel Ramos Ruiz · 79
Isabela Gonçalves de Menezes · 41
Ivani Ferreira de Faria · 41, 88

Janaina Marques Silva · 92, 97


Jean Carlos Vieira Santos · 42
João Armando P. Gonçalves · 58
João Martins · 131
João Paulo Fernandes · 22, 23
Joaquim Azevedo · 127
Jorge Alves · 28
Jorge Salgado Simões · 142
José Augusto Faria Santos · 92, 97
José Bravo Nico · v, 21
José Couto · 27
Jose Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres · 115
Josélia Godoy Portugal · 61
Joyce Gonçalves da Silva · 85
Jucie Parreira · 45
Julia Nader Dietrich · 58
Juliana de Oliveira Souza · 45
Juliane Santos Dias · 117
Jussara Cristina Barboza Tortella · 59
Jussara Giaretta · 70
Justino Magalhães · v, 27, 157

Kaline Lígia Estevam de Carvalho Pessoa · 114, 122

180 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Lalita Kraus · 43
Lana Mara Castro Siman · 21
Larissa Holler · 112
Leandro Pinheiro · 99
Letícia dos Santos Carvalho · 118
Liandra Cristine Belló Grösz · 70
Liliana Graciela Paredes · 143
Liliana Paredes · v, 43, 71, 119
Lucía Iglesias da Cunha · v
Lúcia Santos · v, 155, 156
Luciano Lourenço · 67
Lúcio Cunha · 79
Luís Alcoforado · ii, v, 43, 71, 107, 119, 155, 156, 161
Luís Antunes · 29
Luis M. Naya · 84
Luís Mota · 27, 77, 86, 137, 158
Luís Neves · 39
Luiza N. Lima · 162

Mabely Moreira · 29, 82


Mafalda Maria Gaudêncio Franco Leitão · 44
Magda Mesquita · 143
Maiza Trigo · 86
Manuel de Jesus das Neves Malaguerra · 119
Manuel Gama · 57, 141
Manuel Mateus · v
Manuela Malheiro Ferreira · 40, 44
Marcela Alves Viçozo · 83
Marcela Ginestet · 142
Marcelo Carlos Gantos · 144
Marcelo Moraes · 43
Marcelo Trevisan · 38
Márcia Baiersdorf de Araujo · 144
Marcia Regina Medeiros Veiga · 98
Marco Antônio de Oliveira Gomes · 94
Marcos Antonio da Silva · 114, 122
Marcos Antônio Mattedi · 113
Margarete Edul Prado de Souza Lopes · 59
Mari Regina Anastacio · 45
Maria Agripina Carriço Vieira · 145
Maria Aparecida de M. A. Sousa · 121
Maria Aparecida de Moura Amorim Sousa · 120
Maria Auxiliadora Cunha Grossi · 83
Maria Betânia Gama dos Santos · 72
Maria Carolina Fortes · 121

181 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Maria Celeste Pereira Frazão · 60


Maria Clara Bueno Fischer · 99
Maria Cristina Borges da Silva · 146
Maria das Dores Formosinho · 99
Maria de Fátima Gomes da Silva · 122
Maria de Fátima Gomes de Carvalho · 147
Maria de Lurdes Rodrigues · 17
Maria Deuceny da Silva Lopes Bravo Pinheiro · 45
Maria do Perpétuo Socorro Duarte Marques · 148
Maria Eduarda dos Santos Chaibe · 81
Maria Eduarda Ferreira · 67
Maria Goretti da Costa Tavares · 84
Maria Ione da Silva · 114, 122
Maria Isabel Fernandes Pereira · 87
Maria José Rangel · 57
Maria Marly de Oliveira Coelho · 148
Maria Paula Puglise Yoshirara · 112
Maria Teresa Santos · 46, 61
Mariana Carvalho · 62
Mariana Filipe Bola Ribau · 47
Mariana Paz Magalhães de Souza · 132
Marilene Ritter · 92, 97
Marília Andrade Torales Campos · 144
Marisa Alexandra Tavares Campos · 123
Maristela Maria de Moraes · 148
Marlos Alves Bezerra · 29, 100
Marta Alexandra Ribeiro Santos · 132
Marta Mateus de Almeida · 140, 149
Mónica Baptista · 118
Mônica Piccione Gomes Rios · 150, 162

Nadia Scariot · 103


Natacha Costa · 58
Natália Ramos · 50
Natércia Maria Santos Mirão Vicente · 100
Nelma Baldin · 39
Nicolas Barbieri · 21
Nívea Maria Araújo Maia Campos · 61
Nuno Oliveira · 47, 123, 161

Olga Oliveira Cunha · 150


Olivia Maria Costa Silveira · 28, 124

182 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Patrícia Costa · 62
Patrícia Figueiredo · v, 29, 72, 119, 156
Paulí Dávila · 84
Paulo Magalhães · 111
Paulo N. Nossa · 162
Paulo Speller · 153
Pedro Carvalho · 22, 23
Pedro Duarte Silva · 150
Pedro M. Callapez · 79
Piedade Vaz-Rebelo · 131

Rachel Andriollo Trovarelli · 48


Rafaela Dias Fernandes · 36
Renan Ribeiro Moutinho · 85
Ricardo José Pereira de Oliveira · 151
Ricardo Manuel Figueiredo de Sousa · 55
Rita Diana de Freitas Gurgel · 152
Robson Costa · 45
Rooney Figueiredo · 86
Rosa Branca Tracana · 28
Rosa Tracana · 67
Roser Bertran Coppini · 22, 23
Rosilene da Conceição Silva · 85
Rosimere Rodrigues de Assis Silva · 101
Rui Gama · v, 27
Rute Moreira Braga · 37
Ruthlene Ribeiro Gomes · 36

Samantha Alexsandra de Arruda Câmara Araújo · 86


Sandra Cristina Brito de Freitas · 152
Sandra Marques · 68
Sandra Oliveira · 67
Sandra Sereide Ferreira da Silva · 36, 49, 72
Sara Rodrigues Marmé · 72, 101
Selene Martinho · v, 125
Selma Lúcia Lima Santos · 102
Silvia Alicia Martínez · 73
Silvio Ronney de Paula Costa · 49
Sofia Félix · 156
Sofia Lerche Vieira · 153
Sofia Oliveira Martins · 127
Solange Fernandes Soares Coutinho · 154

183 | Índice por autores


Territórios, Comunidades Educadoras e Desenvolvimento Sustentável

Sónia Mairos Ferreira · v, 87, 98, 127


Stela Maria Meneghel · 153
Susana Custódio · 111
Susana Villas-Boas · 50
Suzy Pascoali · 92, 97

Tânia de Vasconcellos · 83
Thaline Ferreira Fontes · 88
Thamara Caroline Strelec · 154
Tiago Batista Ramos · 69

Valdemar Sousa · 51
Valdir Cesarino de Souza · 49, 72
Valéria dos Santos Cordeiro · 146
Valquiria Melo Souza Correia · 86, 95, 101
Vânia Siciliano Aiêta · 55
Vanusa Emília Borges · 146
Virgínia Morais Gomes · 87
Vítor Fontes · 62
Viviana Patricia Cornieles Carvalheira da Silva Pedro · 163

Walter Frantz · 21, 103, 148

Yara Kassab · 51

Zilda Gláucia Elias Franco de Souza · 128


Zulmira de Jesus Cardoso da Silva Rodrigues · 52

184 | Índice por autores

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