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A INVIABILIDADE DA EXPERIÊNCIA HUMANA

Isabelle Pinto Martins

UFRJ

Esta pesquisa, que está em sua fase inicial, busca explorar uma relação possível entre os
temas mais importantes da obra de Primo Levi (1919-1987) e os análogos de Diário da queda
(2011), de Michel Laub (1973). O escritor italiano é um dos mais importantes autores da literatura
de testemunho e tem influenciado diversos autores que escreveram acerca da Segunda Guerra
Mundial, da Shoah e da diáspora judaica. A literatura de testemunho produziu um grande número
de textos e certamente teve sua influência sobre a literatura brasileira contemporânea, que continua
a produzir textos de grande qualidade relativos aos temas da memória, tradição, identidade judaica e
da Segunda Guerra Mundial. Neste estudo, proponho fazer um recorte específico da obra de Primo
Levi, tendo como base É isto um homem?, A trégua e Os afogados e os sobreviventes (1988, 2010,
2004) (Se questo è um uomo e outros em italiano) e estudá-los em contraponto ao romance Diário
da queda, de Laub. O objetivo é examinar o peso da tradição judaica em uma obra literária e o peso
das relações entre Levi e Laub. Primo Levi mostra em seus escritos que tinha uma relação
contraditória com a herança judaica. Ele declara que sua detenção no campo de concentração o
levou a assumir esta herança e, ao mesmo tempo, o incitou a narrar os acontecimentos. Giorgio
Agamben, (1942) critico italiano, indaga como seria possível narrar o horror e testemunhar sobre a
violência que está além da compreensão humana (O que resta de Auschwitz – o arquivo e a
testemunha, Homo Sacer III, 2008). Italo Calvino, (1923-1985) aponta a impossibilidade de a
memória ser fiel aos acontecimentos passados. A literatura de testemunho aceita o desafio de narrar
o inenarrável e deixa um legado válido para a literatura como um todo.

Primo Levi é considerado pelos teóricos da atualidade o fundador da literatura de


testemunho com a publicação, em 1947, do livro Se questo è um uomo (É isto um homem? – título
traduzido para o português). Este gênero literário tem como princípio narrar o trauma sofrido com
as experiencias vividas em situações limite, mas também dialogando com a tradição literária.
Segundo Marcio Seligmann-Silva no artigo intitulado Literatura de Testemunho: os limites entre a
construção e a ficção, publicado na Revista do Mestrado em Letras da UFSM (RS)
janeiro/junho/1988, a literatura de testemunho talvez seja uma das maiores contribuições que o
século XX deixará para a história dos gêneros literários. Não busca a imitação, nem a criação
absoluta. É uma literatura que se apropria das lições do Romantismo e da ironia romântica, na qual
não é possível um “eu” estável e tampouco um mundo independente de “nós” ou linguagem
independente de “mundo”. Indivíduo e mundo são construídos simultaneamente através dessa
literatura. O testemunho não deve ser compreendido como uma descrição realista dos fatos. É, na
verdade, o testemunho de uma cena traumática.

Levi é um dos inúmeros escritores que produziram obras cujo tema foi o cativeiro nos
campos de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra mundial, mas se destaca dos
demais pela qualidade dos seus escritos. A toda sua obra foi justamente atribuído um prestigioso
valor literário. Seu estilo é singular e repleto de elementos irônicos que se apresentam desde o
prefácio, escrito especialmente para a segunda edição, que foi lançada em 1958 pela editora
Einaudi. Levi começa o seu testemunho com as seguintes palavras: Por minha sorte, fui deportado
para Auschwitz só em 1944, depois que o governo alemão, em vista da crescente escassez de mão
de obra, resolveu prolongar a vida média dos prisioneiros. Sabendo-se da importância das
primeiras linhas de um livro, deve-se observar muito atentamente a escolha das suas palavras. “Por
minha sorte” é a centelha da ironia que permeará todo o texto apontando para uma leitura do avesso.
Como pode ser considerado “sorte” alguém ser capturado aos 24 anos de idade pela Milícia
Fascista, ser enviado ao campo de concentração em Fossoli, depois entregue aos oficiais nazistas
que o enviaram em um trem com mais 649 outros judeus para o maior campo de extermínio da
Europa, Auschwitz? Já no prefácio é evidenciado o seu estilo literário irônico que será pontuado nas
diversas outras passagens do texto. Outros aspectos que serão abordados são a sua necessidade
visceral de narrar as suas experiências. Levi abraça o projeto narrativo para que nunca mais a
história se repita fazendo uso da memória, da criação de uma nova linguagem, utilizando ou não
elementos da tradução, e assim constrói uma prosa quase poética que escapa do contexto denso do
campo de concentração. Esta necessidade de contar “aos outros”, de tornar “os outros” participantes
teve um caráter de impulso imediato e violento e a finalidade da sua liberação interior, da sua
catarse.

Outro aspecto importante a ser destacado no texto de Levi é o poema composto por ele para
o início do seu relato. Segundo o próprio autor, o poema foi escrito em 10 de janeiro de 1946. Um
ano após a sua libertação do campo de concentração e um ano antes da publicação do livro, mas foi
idealizado quando ainda era prisioneiro em Auschwitz. Fundamenta-se sobre uma das orações mais
importantes da religião judaica, Shemá Israel, que significa ouve Israel. É antes de tudo, um
chamado, uma convocação a todos os judeus. É a afirmação da fé judaica e confiança em um único
e verdadeiro Deus a quem os judeus devem todas as bênçãos recebidas. A fé de um judeu em Deus
é inabalável mesmo que precise pagar com sua própria vida. A alma judaica e a faísca Divina
estarão sempre conectadas através desta oração. O fato de ter sido colocado em epígrafe lhe confere
um peso excepcional. Tradicionalmente nas escolas literárias a epígrafe é usada para enaltecer,
exaltar o valor do objeto que está sendo gravado em palavras. Pode ser considerada por alguns
escritores como um acessório à obra servindo para introduzir o tema que será abordado mais
adiante, ou antecipar eventos futuros importantes para o leitor e, inclusive, ironizar o contexto
exibido. Um bom escritor pode fazer uso de uma epígrafe de forma que a desloque da condição de
acessório para a de essencial. No caso de Primo Levi, é muito significativo que o autor,
declaradamente ateu na época, tenha composto um poema (p.9) com o nome da oração mais
importante da tradição judaica e seu estilo e tom relembram um tom profético.

Shemá

Vocês que vivem tranquilos


em suas cálidas casas,
vocês que, voltando à noite,
encontram comida quente e rostos amigos;

pensem bem se isto é um homem


que trabalha no meio do barro,
que não conhece paz,
que luta por um pedaço de pão
que morre por um sim ou por um não.
Pensem bem se isto é uma mulher,
sem cabelos e sem nome,
sem mais força para lembrar,
vazios os olhos, frio o ventre,
como um sapo no inverno.

Pensem que isto aconteceu:


Eu lhes mando estas palavras.
Gravem-nas em seus corações,
estando em casa andando pela rua,
ao deitar, ao levantar;
repitam-nas aos seus filhos.

Ou, senão, desmorone-se a sua casa,


a doença os torne inválidos,
os seus filhos virem o rosto para não vê-los.

Este poema é um chamado não só aos judeus, mas a todas as pessoas, para que estas saibam
o que aconteceu ao povo judeu, o que um homem foi capaz de fazer com o seu semelhante, com o
intuito de que nunca mais venha a se repetir. Porém, é minimamente contraditório o fato do autor
vir de uma família que não cultivava as tradições religiosas do seu povo e ainda assim ele
demonstrar conhecimento da oração e criar um “chamado” com elementos proféticos que se não
forem cumpridos, resultarão em maldições para todos aqueles que não atenderem à convocação.
Relembra o tom usado pelos profetas no Antigo Testamento.

Este chamado é um importante legado da obra de Levi na literatura brasileira


contemporânea. Michel Laub, escritor e jornalista, publicou seu quinto romance, Diário da queda,
em 2011. É um livro que dialoga com Primo Levi e faz referências a É isto um homem? do início
ao fim. Laub nos apresenta um narrador em primeira pessoa que começa a sua história relatando
que seu avô não gostava de falar do passado. Justifica isso nos informando que seu avô era judeu e
um dos poucos sobreviventes do campo de extermínio de Auschwitz. Neste caso, a lembrança do
passado parece ser pior que o fato em si. O narrador nos adverte que também ele não gostaria de
falar sobre esse tema, já esgotado em todos os aspectos.

As testemunhas já narraram isso detalhe por detalhe, e há sessenta anos de reportagens e ensaios
e análises, gerações de historiadores e filósofos e artistas que dedicaram suas vidas a acrescentar
notas de pé de página a esse material, em esforço para renovar mais uma vez a opinião que o
mundo tem sobre o assunto, a reação de qualquer pessoa à menção da palavra Auschwitz, então
nem por um segundo me ocorreria repetir essas ideias se elas não fossem, em algum ponto,
essenciais para que eu possa também falar do meu avô, e por consequência do me pai, e por
consequência de mim. (LAUB, 2011, p.9).

Esse parágrafo logo no início do romance é essencial para entendermos a tônica da história.
Não há mais nada de relevante a acrescentar a toda literatura já escrita sobre esse tema, não fosse o
fato que esse tema faz parte da história, da cultura na qual o narrador está inserido e da qual não
pode se desvencilhar. Ou seja, para que seja possível compreender a si próprio, ao seu pai, ao seu
avô, a sua história, será necessário acrescentar mais uma nota de rodapé a este farto material.

Walter Benjamin, em seu artigo O narrador – Considerações sobre a obra de Nicolai


Leskov, (In: Obras escolhidas – Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história
da cultura, 1987) declara que a arte de narrar está em vias de extinção. O narrador retira da
experiência o que ela conta: sua própria experiência, ou a relatada pelos outros. E incorpora as
coisas narradas às experiências dos ouvintes. Na modernidade o homem perdeu a capacidade de
trocar experiências de valor coletivo que fundavam as sociedades tradicionais. Perdeu, portanto, a
capacidade de contar histórias. Esta incapacidade de trocar experiências é mais forte quando se trata
de contar os eventos traumáticos da guerra e da perseguição aos judeus. A inviabilidade da
experiência humana aparece no romance de Laub primeiramente quando o avô silencia suas
memórias, suas experiências. Este avô, sobrevivente de Auschwitz, nunca falou a respeito da
experiência traumática, mas deixou escrito dezesseis cadernos, nos quais o que mais chama a
atenção é o silêncio sobre o genocídio de todos os membros da sua família. O avô sufoca, cala duas
vezes a sua tradição, a sua história. A primeira quando escreve os cadernos com verbetes de como o
mundo deveria ser e a segunda quando comete suicídio. Somente após a sua morte é que o filho e
posteriormente o neto poderão entender o que o avô havia passado. Essa compreensão é feita no
terreno movediço e enganoso do silêncio. Este neto, que já é um homem no momento do seu relato,
nos conta que toda a temática da tradição para ele é vazia, não lhe diz absolutamente nada. Nada do
que o avô e o povo judeu sofreram na Segunda Guerra Mundial fazia algum sentido para ele. A
distância temporal vai aos poucos apagando a tradição e também os laços emotivos vão sendo
desfeitos. As experiências não vivenciadas pelo narrador e o seu relato nos remetem novamente ao
ensaio O narrador, de Benjamin. Michel Laub chama essa impossibilidade de trocar experiências
de “inviabilidade da experiência humana”. Para o narrador do romance, toda a cultura judaica, todos
os seus ensinamentos, as decorebas das preces, a leitura de “É isto um homem?”, de Primo Levi,
nada disso faria sentido até que ele mesmo tivesse a sua própria experiência que o fez se dar conta
de estar inserido nessa cultura e tradição, mesmo que a negasse. O livro de Levi se tornou a
verdadeira leitura do pai e de todos os judeus. O pai o leu numa edição importada e vivia repetindo
as descrições sobre o funcionamento de um campo de concentração, as noites que Primo Levi
dormia dividindo a cama com um relojoeiro.

A queda literal no romance de Laub pode ser considerada o Shemá do narrador. Este foi o
momento que ficou cristalizado na sua memória. Foi o seu trauma, o que o fez tomar ciência da sua
condição de judeu, de fazer parte de um povo que cultua a transmissão de valores milenares. O
narrador volta à adolescência quando era estudante em uma escola judaica tradicional de Porto
Alegre, onde a maioria dos alunos era formada por filhos de famílias também judias que
incessantemente humilhavam um determinado aluno gói1. As humilhações variavam de simples
cuspidas na merenda, a ser trancado na casa de máquinas ou enterrado no tanque de areia do pátio
da escola. No aniversário deste aluno não judeu, para o qual todos os colegas do colégio foram
convidados, foi combinado pelos alunos que o aniversariante seria jogado para o alto 13 vezes,
como se faz nas festas de Bar Mitzvah, porém ninguém o seguraria na décima terceira vez. É esta
queda que dá título ao romance. Uma queda com diversos significados. Queda física, queda moral,
queda como rebaixamento. Múltiplos sentidos podem ser inferidos desta palavra. Foi no instante da
queda física que todo o peso desta tradição ganhou forma. O momento que ficou marcado para
sempre na sua memória, e que fez da sua memória o seu pior algoz. Uma cena que o fez sonhar
diversas noites e que o afetava mais do que o fato do seu avô ter passado por Auschwitz. A partir
deste instante o narrador começa a questionar os valores judaicos transmitidos através de um
discurso esvaziado pela repetição e por atitudes que não se esperaria de pessoas que têm na
bagagem um passado tão sofrido, pessoas que perderam algum parente na segunda grande guerra. O
pai do narrador abraça o projeto de Primo Levi de rememoração do passado com o intuito de
prevenir o futuro e desde a infância bombardeia o filho com o discurso antissemita.

há professores que se dedicam exclusivamente a falar das atrocidades cometidas pelos nazistas,
que remetiam às atrocidades cometidas pelos poloneses, que eram ecos das atrocidades
cometidas pelos russos, e nessa conta você pode botar os árabes e os muçulmanos e os cristãos e
quem mais precisasse, uma espiral de ódio fundada na inveja da inteligência, da força de

1
1- Gói - Entre os judeus, indivíduo ou povo que não é de origem judaica. Dicionário eletrônico Houaiss da língua
portuguesa 3.0
vontade, da cultura e da riqueza que os judeus criaram apesar de todos esses obstáculos.
(LAUB, 2011, p.11-12).

Esse discurso antissemita vai de encontro ao bullying praticado por ele e por seus colegas
contra o aluno pobre e não judeu. Essa contradição mostra quão vazio é o discurso pedagógico e
tradicional da perseguição e sofrimento do qual os judeus são vítimas desde os tempos bíblicos até
os dias atuais. Mostra também como a escola religiosa também é omissa e conivente, ou será que
nenhum inspetor via o que se passava na hora do recreio? Um povo que já padeceu por séculos de
escravidão, pela Santa Inquisição e que por fim foi vítima do fato mais marcante, vergonhoso e
bárbaro de todo o século XX, é capaz de infligir a outro ser humano, a um semelhante, um enorme
sofrimento e ser seu verdugo, somente porque isso faz parte da natureza humana? Em Diário da
queda, pode-se observar que houve uma mudança na sociedade, nos valores morais e que as
tradições, o respeito ao outro, aos mais velhos, à memória já não ocupa o mesmo espaço ou tem a
mesma importância de outrora. O discurso repetido à exaustão e que é negado pelo narrador, ficou
impresso em algum lugar da sua memória e se tornou evidente quando, apesar de todo o esforço
contrário, não consegue se desvencilhar dele. Ainda causa desconforto, alguma angústia, algo ainda
não digerido, tamanha a necessidade de falar de alguns, de escrever de outros, e da escolha de
outros tantos de silenciar que mantém viva a tradição, a memória e a transmissão da experiência.
Não é possível para o narrador do romance apagar certos ensinamentos que ficaram impressos na
sua memória, na sua mente e no seu caráter. São tradições que apesar de terem se enfraquecido com
o passar do tempo e do discurso repetido à exaustão, têm um peso muito grande, e se torna difícil ou
quase impossível romper inteiramente com elas. Daí advém a necessidade do narrador de ainda
falar sobre este tema, de acrescentar mais uma nota de pé de página a um assunto que já foi
exaustivamente contado por jornalistas e escritores. Essa necessidade se tornou imperiosa no
momento que ele foi diretamente afetado por um fato que tornou pessoal a experiência judaica e
Auschwitz.

A necessidade de narrar o indizível, a redução do homem à condição de não-homem, o


silêncio e o esvaziamento do discurso repetido à exaustão fazem desse estudo uma interessante
análise da herança de Primo Levi. Em ambas as análises dos livros serão abordados o deslocamento
de sentido das palavras com base no texto de Sigmund Freud: Das Unheimlich. Partindo de
heimlich – o familiar, ao un-heimlich- o não familiar. No texto de Freud é interessante observar o
deslizamento da palavra que parte de heim/heimlich/unheimlich. Unheimlich significa inquietante,
perturbador, assustador, estranho, mas um estranho que é familiar. Um inimigo familiar, conhecido,
próximo e este é um conceito presente tanto no livro de Levi, quanto de Laub.
Giorgio Agamben indaga como seria possível narrar o horror e testemunhar sobre a
violência que está além da compreensão humana. Esse questionamento é feito em sua análise da
produção literária de Primo Levi. Através das reflexões de Agamben espero poder unir a
necessidade pungente de Levi de narrar para não esquecer, narrar para que o mal não se repita
nunca mais, com a obra de ficção Diário de queda.

Italo Calvino, em seu livro, Seis propostas para o próximo milênio (1985), considera cinco
qualidades fundamentais para o texto literário. Questões teóricas essenciais para se refletir acerca do
lugar da literatura naquele momento e na contemporaneidade. Seus escritos problematizam
características apontadas como desejáveis para renovar a linguagem já tão corroída pelos clichês,
pelo excesso de repetição, pela “homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma
cultura média” (CALVINO, 1985, p.72).

Dada a importância da reflexão de Calvino sobre a literatura, este estudo pretende


estabelecer pontes teóricas a partir de alguns de seus escritos no intuito de iluminar aspectos
relevantes para a análise investigando como os valores preconizados por Calvino como
fundamentais para a literatura sustentam ou não a literatura na atualidade. Pensando nestas
recomendações, enxergo a essência de Primo Levi em Diário da queda e também alguns dos traços
característicos preconizados por Calvino como uma possibilidade para a literatura contemporânea.
É necessário refletir acerca da necessidade da literatura ainda produzir obras que retomem a Shoah,
apesar deste assunto parecer já ter se esgotado.

Referências

AGAMBEM, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III).
Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

BENJAMIN, Walter. O narrador – Considerações sobre a obra de Nicolai Leskov. In: Obras
escolhidas – Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo:
Brasiliense, 1987.

CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. Tradução de Ivo
Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CHIARELLI, Stefania. Vidas em trânsito: as ficções de Samuel Rawet e Milton Hatoum. São
Paulo: Annablume editora, 2007.

______. VIDAL, Paloma; DEALTRY, Giovanna. O gosto de areia na boca – sobre Diário da queda,
de Michel Laub. In: ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬ O futuro pelo retrovisor: inquietudes da literatura brasileira
contemporânea. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. 327 p. pt. 1, cap. 1, p. 17-32.

LAUB, Michel. Diário da queda. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
LEVI, Primo. É isto um homem? Tradução de Luigi Del Re – Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

___________. A trégua. Tradução de Marco Lucchesi – São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

___________. I sommersi e i salvati. Torino: Einaudi, 1986.

____________. Testemunho: uma breve reflexão sobre ética e estética na literatura judaica. In:
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, vol. 1, n.1, out 2007.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Apresentação da questão: A literatura do trauma. In:


____________ (Org.). História, memória, literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes.
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Reflexões sobre a memória, a história e o esquecimento. In:


____________ (Org.). História, memória, literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes.
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003.

http://www.chabad.org.br/interativo/faq/mulher.html - acessado em 02/03/2014

http://www.judaismoprogressista.org/responsa.php?id=32 - acessado em 02/03/2014

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