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Produção Audiovisual para

Desenvolvimento do Ensino e
da Aprendizagem

MÓDULO I
Pré Produção
Audiovisual de Processo
de Roteirização
AUTORES: Germânia Kelly Ferreira
de Mereiros
Maria Marcigleide Araújo Soares
Gleidson Sales Melo
A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL E SUAS POSSIBILIDADES NO
CONTEXTO ESCOLAR

INTRODUÇÃO

Com a inserção das novas tecnologias de informação e comunicação no


universo escolar, ocorrida de forma mais intensa no Brasil a partir do final da
década de 80, era comum escutar nas formações continuadas de professores
destinadas ao uso das tecnologias na educação, afirmações de que se uma
pessoa tivesse passado os últimos 100 anos dormindo e acordasse de maneira
repentina ao sair para caminhar por entre a cidade e o meio em que se encontra,
sentiria profunda estranheza, pois ao entrar em um hospital, carro, loja ou outro
local sentiria as mudanças em função das tecnologias. Contudo, ao entrar em
uma escola, sentiria uma forte sensação de aconchego e tranquilidade, visto que
tudo estaria da mesma forma como sua memória havia registrado, há cem anos.

Passados mais de trinta anos e revendo a afirmação acima descrita,


percebemos que o avanço das tecnologias ainda não alterou a sala de aula no
tocante ao seu formato original. Contudo, é inegável as transformações que tais
recursos estão a provocar nos alunos.

Ainda observando um pouco mais o passado e refletindo sobre as grandes


transformações ocorridas pela invenção de Gutenberg, é possível encontrar um
ponto de reflexão que sinaliza para o que ocorre na atualidade quando o assunto
é acesso à tecnologia da informação.

...
Naquela época, assim
como agora, foi preciso
que essa tecnologia
passasse a fazer parte
da cultura para que
então, percebêssemos
seus impactos, pois elas
não são simplesmente
novas ferramentas a
serem aplicadas, mas Por mais que muitos estudiosos tenham
processos a serem sinalizado sobre as mudanças que o uso
desenvolvidos.  
das tecnologias traria à educação, foi
...
necessário vivenciar o incomodo do que
fazer com elas.

Quanto a forma como o professor incorpora esse processo e o traduz em


novas práticas de ensino, é preciso compreender que o ato de educar representa
o resultado de um ofício cujas marcas e saberes estão acumulados pelo diálogo
de várias gerações, onde as descobertas representam avanços nos processos
de ensino e aprendizagem, sendo a escola palco dessas transformações.
Assim, ser professor envolve uma conjugação verbal com trânsito livre em
todos os tempos e pessoas, ou seja, ora no singular e ora no plural, mas sempre
com o acúmulo da história, da vivência e da capacidade de renovação, ainda que
esse último aspecto não tenha a mesma velocidade das revoluções
oportunizadas pelo avanço da ciência e da tecnologia.
A atual e constante discussão sobre as exigências impostas à Escola e,
consequentemente, aos professores quanto às diversas inovações ocorridas em
função do avanço tecnológico, associado aos demais desafios, onde professores
apontam ser necessário para o ofício de mestre conhecimentos para além do
domínio do currículo, a citar como exemplo a mediação pedagógica necessária
nos casos de violência, uso de drogas, bulling, e tantos outros, podem encontrar
encaminhamentos justamente num dos desafios: a tecnologia. Ou seja, ao
mesmo em tempo que a tecnologia pode se percebida como problema, pode
também se configurar em solução ou caminho para a renovação da escola e das
práticas pedagógicas (Silva, 2002).

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Nesse cenário, muito se discute


quanto às formações destinadas a habilitar
Escola e professores para o uso das
tecnologias educativas, explicitando que
estas ferramentas podem contribuir para a
melhoria dos processos de ensino e
aprendizagem. Contudo...

Como integrá-las, percebendo que a


Como fazer dessa tecnologia
convergência entre as mídias é um
ponte de convergência com o
percurso natural dessa caminhada?
currículo?

Como utilizá-la?
Acredita-se que o uso da
tecnologia educativa no espaço
escolar possa contribuir com a
socialização do conhecimento, e não
com a posse dele, compreendendo
que esse conhecimento não é algo
dado e acabado, mas produto da
prática docente.

Portanto, com base nas premissas aqui expostas, passemos agora para a
aprendizagem de aspectos teóricos e práticos quanto ao uso do vídeo na
educação, aprendendo técnicas relacionadas a pré-produção, produção e pós-
produção de um vídeo, além de questões conceituais acerca do processo criativo
da linguagem audiovisual e de suas possibilidades no desenvolvimento do
ensino e da aprendizagem.
Pré- Produção

 Pré - Produção – Definição

A pré-produção é a primeira etapa do processo de produção audiovisual.


É o momento em que desenhamos uma ideia no sentido de torná-la concreta. É
tirar do campo da imaginação e trazer para o papel.

 A Importância da Pré - Produção

O trabalho de pré-produção consiste na etapa de planejamento da


elaboração do vídeo. Para se pensar o momento da gravação, é importante que
o professor tenha, para além do planejamento pedagógico, o trabalho de
organização do que se deseja filmar. Para isso, a pré-produção é uma etapa
essencial, pois evita surpresas desagradáveis que possam comprometer o
produto final.

 Etapas do Processo de Pré-Produção

São etapas da pré-produção:

a) Definição do conteúdo e tema:

Após definição do tema e antes de criação do seu roteiro de vídeos, você


precisa estudá-lo. Reúna o máximo de informações relevantes, curiosidades e
dados que deem uma boa base para o seu conteúdo. Isso garantirá uma
abordagem mais segura e atual. Saiba que boa parte do interesse pelo tema
dependerá da forma que você dará a sua apresentação. Iniciar abordando
curiosidades sobre o assunto pode ser uma boa estratégia.
...
IMPORTANTE! Descubra as
palavras-chave e definem alguns
temas relevantes. Isso ajudará nas
chamadas e na definição dos pontos
de destaque.
...

b) Planejamento do Roteiro Audiovisual

O Roteiro é a forma escrita de qualquer produção audiovisual. Pode ser


escrito por um ou vários profissionais.

Para o planejamento da produção de vídeo e ao elaborar o roteiro, levante


as seguintes informações:

• Descreva o objetivo pedagógico do vídeo;


• Defina o público-alvo;
• Pesquise e domine o assunto tratado;
• Determine qual a linguagem a ser usada.
• Imagine o que se quer gravar, como gravar, e como mostrar.

- Processo de Criação de um Roteiro

Para se criar um Roteiro Audiovisual, se faz necessário obedecer as


seguintes etapas:

▪ IDEIA - Ter uma ideia é o principio de qualquer


roteiro, não chega a ser uma etapa propriamente
dita, mas é o início do processo.
▪ LOGLINE/STORYLINE - É um breve resumo,
com uma ou duas frases, que visa despertar o
interesse na essência da história.

▪ SINOPSE - No contexto audiovisual, o objetivo da


sinopse é fazer com que o leitor entenda os pontos
principais do vídeo de forma curta.

▪ ESCALETA - Nada mais é do que a estrutura do


roteiro, onde constará as cenas em ordem e o que
acontece em cada cena.

ATENÇÃO!
 Vídeos muito curtos ou muito longos, geralmente, não possuem
um grande potencial.

 O tempo ideal fica, em média, 3 minutos, sendo o mínimo 2


minutos e o máximo 5 minutos.

 O seu roteiro de vídeos deve ter, em média, 400 palavras,


organizado em tópicos e descrições resumidas de cada um
deles, além do título.
c) Definição de datas, horários e locais das gravações.

É importante que a locação da gravação seja visitada com antecedência,


verificando a necessidade ou não de agendamento desse local.
Se as gravações forem externas, definir melhor horário, considerando
iluminação do ambiente, trânsito de pessoas externas ao roteiro, assim como
passagem de veículos ou outras fontes de ruídos.
Considerar o espaço em função da equipe que deverá ser envolvida na
gravação.
Combinar a data e horário com todos os envolvidos, verificando a
disponibilidade de cada integrante.

d) Identificação da melhor forma de apresentação.

Adapte seu texto do roteiro para o vídeo, escolhendo palavras mais


simples de serem pronunciadas, com o objetivo de ter uma fala mais fluída. O
roteiro servirá para te dar um norte na gravação do seu vídeo, fazendo com que
ao final, você tenha falado tudo que era preciso.

FIQUE ATENTO! Não exagere nos improvisos, afinal,


se fosse para improvisar o tempo todo, você não precisaria
perder tempo com a pré-produção ou escrevendo um roteiro.

Contudo, caso você decida gravar lendo tudo que escreveu, você corre
sérios riscos do seu vídeo ficar extremamente robótico. Muito provavelmente seu
público deixará de assistir após os 2 primeiros segundos.
REFERÊNCIAS

http://www.roteirodecinema.com.br/manuais/screenwriter.sites.uol.com.br/
apostila.doc.htm. data de acesso: 17/05/2018

https://www.tertulianarrativa.com/comoeroteirodecinema. data de acesso:


17/05/2018

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