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Mães Especiais - Jaavas - 2019
Mães Especiais - Jaavas - 2019
Introdução
Percebemos que ao longo do trabalho com crianças e adolescentes com deficiências ou transtornos,
as demandas psicossociais de seus cuidadores, sobretudo da representatividade materna para o
atendido (a) seja: mãe, avó, tia ou irmã, precisam ser foco de acolhimento, escuta, bem como, se
faz necessário proporcionar espaço de escuta coletiva na construção ou reconstrução de suas
vivências pessoais e maternas.
Para Da Mata (1987), a família é um grupo
social, bem como uma rede de relações. Funda-se
na genealogia e nos elos jurídicos, mas também
se faz na convivência social intensa e longa. É um
fato da existência social e também constitui um
valor, um ponto do sistema para o qual tudo deve
tender.
Nesse contexto materno de condução percebe-se no discurso uma solidão para as trocas, para as
falas, para as catarses, a comunicação mais que necessária, as trocas valiosas, o espaço de discussão
e ressignificação de posturas é tão importante quanto necessário nos acompanhamentos que são
proporcionados a criança ou adolescente com deficiência, sobretudo nos aspectos preponderantes a
serem trabalhados diante da família, na medida em que essa criança ou adolescente vem ao longo de
seu desenvolvimento muitas vezes conduzido (a) por: insegurança, comodismo, resistência a
mudanças travando suas possibilidades de adaptar-se a diferentes contextos de seu dia a dia, freando
e minimizando suas possibilidades de avanço até por conta de informações não compreendidas.
2.0 Objetivos
2.1 Geral
Proporcionar para as mães especiais espaços de reflexão a fim de compartilhar
necessidades em torno de um objetivo comum que é o progresso de seus filhos e suas próprias
necessidades enquanto pessoas.
2.2 Específico
Promover um processo grupal de aprendizagem;
Fazer uma leitura crítica da realidade com uma apropriação ativa dessa mesma
realidade;
Estimular nos participantes uma atitude investigadora, na qual cada resposta obtida
se transforme imediatamente em uma nova pergunta;
Ter a aprendizagem como sinônimo de mudança.
Orientar os pais/cuidadores quanto ao desenvolvimento das crianças e sua
participação efetiva nesse processo;
3.0 Metodologia
O Programa funcionará no Complexo de Educação Especial André Vidal de Araújo com
dois atendimentos semanais, no turno vespertino. Nas segundas ocorrerá orientação grupal dos
pais/cuidadores e as terças e quartas ocorrerão o atendimento sensório-motor das crianças e seus
pais/cuidadores.
O público alvo será formado por crianças de dois a seis anos (02 a 06 anos) com distúrbios
de desenvolvimento sensório-motor, após avaliação multiprofissional da equipe responsável.
As terças e quartas, as crianças e seus pais/cuidadores serão atendidos pelas terapeutas com
o intuito de estabelecer vínculo com a criança; compreender o perfil da criança para adaptar o
ambiente, estímulos e as interações; descobrir os suportes que são mais efetivos para as interações
afetivo/sensório-motor; graduar os desafios aos níveis de desenvolvimento da criança.
Nas segundas, os pais/cuidadores participarão de encontros grupais com intuito de favorecer
relacionamentos consistentes com as crianças, onde haja o desenvolvimento de maior senso
proteção e segurança, amabilidade e estabilidade entre seus membros. Também, será um espaço de
apoio emocional aos cuidadores, visando refletir sobre frustrações, expectativa, fantasias, vivencia
de luto e outras demandas parentais que refletem no desenvolvimento das crianças.
Equipe responsável: